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ASSISTENCIA DOMICILIAR 1

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É caracterizada pela efetivação de todo e qualquer atendimento a domicílio realizado por profissionais que integram a equipe de saúde. Pode ser dividida em algumas modalidades:
Atendimento Domiciliar;
Internação Domiciliar;
Acompanhamento Domiciliar;
Vigilância Domiciliar
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É o cuidado prestado no domicílio, para pessoas com problemas agudos, e que em função disto estejam temporariamente impossibilitadas de comparecer à unidade.
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É o cuidado no domicilio de pacientes, com problemas agudos ou egressos de hospitalização, que exijam uma atenção mais intensa, mas que possam ser mantidos em casa, desde que disponham de equipamentos, medicamentos e acompanhamento diário pela equipe da ESF e a família assuma parcela dos cuidados. Este atendimento não substitui a internação hospitalar.
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É o cuidado no domicílio para pessoas que necessitem contatos freqüentes e programáveis com os profissionais da Equipe. São exemplos de condições apropriadas para inclusão no Acompanhamento Domiciliar: 
Paciente portador de doença crônica que apresente dependência física;
Pacientes em fase terminal;
Pacientes idosos, com dificuldade de locomoção ou morando sozinhos.
Pacientes egressos do hospital, que necessitem acompanhamento por alguma condição que o incapacite à comparecer na Unidade;
Pacientes com outros problemas de saúde, incluindo doença mental, o qual determine dificuldades de locomoção ou adequação ao ambiente da Unidade de Saúde.
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	É decorrente do comparecimento de um integrante da equipe até o domicilio para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população de sua área de responsabilidade, geralmente vinculadas à vigilância da saúde que a Unidade desenvolve, dentre estas podemos salientar:
Ações preventivas
Visitas à Puérperas;
Busca de Recém-nascidos;
Busca ativa dos Programas de Prioridades;
Abordagem familiar para diagnóstico e tratamento;
Acompanhamento de Egressos Hospitalares
A assistência domiciliar pode ser importante instrumento para prevenção de reinternações, bem como para abordagem de problemas recorrentes de saúde;
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Sendo constituído pelo conjunto de ações sistematizadas para viabilizar o cuidado a pessoas com algum nível de alteração no estado de saúde (dependência física ou emocional) ou para realizar atividades vinculadas aos programas de saúde;
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A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento, seja ele assistencial ou educativo. É uma dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto que acontecem no domicílio da família (Mattos, 1995). 
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Portanto, através dessa estratégia é possível conhecer o ambiente familiar e as micro-áreas de moradia dos usuários da UBS ampliando o nível de informações e conhecimentos relativos ao auto cuidado, ao uso dos recursos sociais, à ação política em saúde ou, ainda, como atitude complementar às ações de vigilância em saúde.
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 Conhecer o domicílio e suas características ambientais, identificando socioeconômicas e culturais;
. Verificar a estrutura e a dinâmica familiares com elaboração do genograma ou familiograma ou ecomapa. 
Identificar fatores de risco individuais e familiares
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.  Prestar assistência ao paciente no seu próprio domicílio, especialmente em caso de acamados. 
 Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, agravos e doenças não transmissíveis, estimulando a adesão ao tratamento, medicamentoso ou não.
  Promover ações de promoção à saúde, incentivando a mudança de estilo de vida. 
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 Propiciar ao indivíduo e à família, a participação ativa no processo saúde-doença. 
 Adequar o atendimento às necessidades e expectativas do indivíduo e de seus familiares.
 Intervir precocemente na evolução para complicações e internações hospitalares. 
Estimular a independência e a autonomia do indivíduo e de sua família, incentivando práticas para o autocuidado. 
Aperfeiçoar recursos disponíveis, no que tange a saúde pública, promoção social e participação comunitária. 
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Organização
 Na organização da VD, alguns itens devem ser observados para se garantir o alcance do objetivo proposto com a priorização de indivíduos e/ou famílias de maior risco. A sistematização da visita dá-se por meio do planejamento, execução e avaliação conjunta de profissionais.
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As visitas devem ser programadas rotineiramente pela equipe de saúde da família, devendo a seleção do indivíduo e/ou das famílias ser pautada nos critérios definidores de prioridades, por conta de especificidades individuais ou familiares.
Assim, deve-se considerar como critérios gerais:
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 Situações ou problemas novos na família relacionados à saúde ou que constituem risco à saúde (morte súbita do provedor, abandono de um dos genitores, situação financeira crítica, etc...). 
Situação ou problema crônico agravado.  Situação de urgência. 
Problemas de imobilidade e/ou incapacidade que impedem o deslocamento até a unidade de saúde. 
 Problemas de acesso à unidade (condições da estrada, ausência de meios de transporte, etc...). 
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Entre os adultos são priorizadas visitas domiciliares quando da identificação: 
 Do problema de saúde agudo que necessite de internação domiciliar. 
 Das ausências no atendimento programado.  Dos portadores de doenças transmissíveis de notificação obrigatória. 
 Dos hipertensos, diabéticos, portadores de tuberculose e hanseníase que não estão aderindo ao tratamento. 
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Duas formas de visita:
A visita domiciliar fim: com objetivos específicos de atuação,
A visita domiciliar meio: na qual realiza-se a busca ativa, promoção e prevenção da saúde.
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Ter claro o(s) objetivo(s) da visita (assistencial, educativa, de avaliação, entre outros);
Conferir se o paciente a ser visitado está cadastrado na Unidade, tendo prontuário;
Reunir todos os dados sobre o paciente ou a família que irá visitar, da seguinte maneira: Pesquisando com o solicitante através de anamnese: idade, sexo, motivo da solicitação, sinais e sintomas que o paciente apresenta e condições atuais;
Revisando o prontuário do paciente para inteirar-se de dados que podem ser úteis;
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Avaliar se há condições de manejar o problema em casa;
A partir da anamnese inicial com o solicitante, estabelecer o espaço de tempo em que deverá ser realizada a visita (é urgente? Pode ser agendada?);
Avaliar qual o profissional da equipe é indicado para avaliar a situação trazida, e se há necessidade de mobilizar outros recursos - da equipe ou externos;
Anotar e confirmar o endereço antes da visita;
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Levar material e medicações apropriadas para o atendimento do caso, providenciando aqueles que não existem na maleta de atendimento domiciliar;
Levar e preencher o formulário para registro do atendimento;
Ao retornar do atendimento, o profissional deve: Registrar o atendimento no prontuário; Dar a equipe e aos colegas que atendem o paciente retorno sobre o atendimento.
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A equipe deve ainda dispor de materiais devidamente acondicionados em maleta que garantam o desenvolvimento de suas atividades no domicílio, tais como:
  Ficha-guia da visita domiciliária  Prontuário do(s) usuário(s).  Receituário.  Papel, lápis e caneta.  Estetoscópio  Esfigmomanômetro.  Lanterna.  Material educativo.  Fita métrica.  Abaixador de língua.  Termômetro.  Pequeno espelho para orientação de higiene dental.  Glicosímetro com fitas.  Luvas de procedimento e estéreis.  Pacote de curativos. 
 
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Idosos;
Dificuldade de locomoção à Unidade (acidentado, distúrbios psicológicos, questões sociais ou ambientais);
Pacientes egressos de internação hospitalar, com necessidades de cuidados domiciliares;
Portador de doença crônica, com deficiência física;
Consentimento da família;
Paciente terminal;
Morar na área adscrita.
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Pessoa com ou sem vínculo familiar, capacitada para ajudaro paciente em suas necessidades e atividades cotidianas.
Merece um enfoque na atenção.
Geralmente abdica da sua vida para a realização do cuidado.
Importante entender suas dificuldades.
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Não aceitação da família;
Se a dificuldade de locomoção for sanada; 
Mudança;
Óbito.
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Realizar a assistência integral à saúde do indivíduo, que beneficie também a família e a comunidade;
Resgatar e potencializar esta modalidade de assistência;
Transformar o modelo médico e hospitalo-centrado em usuário centrado;
Implementar a educação permanente em saúde numa abordagem mais cuidadora e humanizada;
Incorporar instituições de ensino num processo de trabalho focado na realidade;
Trabalhar pelo máximo de contato multiprofissional: diversos saberes;
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Ter claro o objetivo da visita;
Fazer ‘anamnese’ com o solicitante sobre o motivo da solicitação;
Avaliar o prontuário previamente;
Fazer uma análise crítica(devo optar pela visita domiciliar?, quais os motivos que justificam a visita domiciliar?, que profissional vai?, qual a duração da visita?, qual deve ser a freqüência das visitas? );
Avaliar o grau de urgência;
Anotar endereço pontos de referência;
Levar material e medicações apropriados;
Levar formulários próprios para o registro do atendimento.
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Avaliação da vista domiciliária É indispensável a instituição de um processo avaliativo de todas as etapas da visita para assegurar o alcance dos objetivos propostos previamente e o cumprimento dos encaminhamentos e cuidados prescritos. Na avaliação da visita devem ser respondidas as seguintes perguntas:  Os objetivos propostos foram atingidos?  Os pressupostos da visita foram contemplados?  O preparo para a realização da atividade foi adequado?  O tempo estimado foi cumprido? 
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ABORDAGEM INTEGRAL À FAMÍLIA;
CONSENTIMENTO DA FAMÍLIA, ARTICIPAÇÃO DO USUÁRIO E EXISTÊNCIA DO CUIDADOR;
TRABALHO EM EQUIPE E INTERDISCIPLINARIDADE;
ADSCRIÇÃO DA CLIENTELA;
INSERÇÃO NA POLÍTICA SOCIAL LOCAL;
ESTÍMULO A REDES DE SOLIDARIEDADE;
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Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS.
Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática.
A relação morador/cômodo é importante indicador na avaliação do risco
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ESCORE 5 OU 6: R1
ESCORE 7 OU 8: R2
MAIOR QUE 9: R3
R1 – risco MENOR
R2 – risco MÉDIO
R3 – risco MÁXIMO
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Paciente alvo: sexo, idade, estado civil, escolaridade, emprego, situação de saúde (patologias) tratamentos, historia pregressa. Queixas do momento. Exame físico. Tratamento atual. Impressão do paciente sobre a sua situação de saúde, expectativas.
Cuidador: se há, quem é, qual o vinculo com o paciente-alvo, qual o conhecimento sobre a doença do paciente e suas expectativas. Saúde do cuidador.
Estrutura familiar: esboçar um genograma com quem reside no domicilio, sexo, idade, escolaridade e situação de saúde e de vida.
Necessidades de cuidado e tratamento: verificar quais medicamentos compra, quais recebe da unidade, se há outra necessidade(material de curativo, fralda, etc)
Medicamentos: como são as condições de estoque, quem administra, dificuldade de leitura, como fica escrito horários, etc.
Alimentação: quem prepara e administra. A que horas o paciente come, relação com horários de medicação.
Ferramentas sociais envolvidas: há alguma ajuda ao paciente do tipo religiosa, política ou outras.
Domicilio: como é o quarto do paciente, como é o banheiro, quem o ajuda a se deitar e ir ao banheiro. Estado de conservação, como é feita a limpeza, necessidade e uso de cama e cadeiras especiais.
Fontes de prazer do paciente: como são as atividades diárias do paciente, o que ele fica fazendo o dia todo. Do que o paciente gosta? Restrições que a doença trouxe.
Metas: ao final traçar uma lista das necessidades do paciente em ordem de prioridade e prazos, tentar esboçar um plano de cuidados.
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Frente da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família:
reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
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Verso da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família:
reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
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Não transformar a visita domiciliar em um trabalho de caridade. 
O profissional deve ter objetivos claros ao adentrar a casa do paciente.
O atendimento médico deve ser de excelência: avaliação do estado mental, avaliação clínica completa, ter em mente planos terapêuticos, propedêuticos, medicamentosos, e um plano de ação interdisciplinar eficaz, não permitindo que as dificuldades inerentes ao atendimento em domicílio prejudique a qualidade da atenção.
Os profissionais devem ter espontaneidade.
 Atrair os problemas progressivamente.
Valorizar as informações nos silêncios 
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Responde aos 4 princípios básicos da Atenção Primária e aos 3 princípios doutrinários do SUS:
Princípios da APS: Acessibilidade, Longitudinalidade, Integralidade, Coordenação
Princípios Doutrinários do SUS: Universalidade, Eqüidade na assistência, Integralidade da assistência.
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PRIVILÉGIO: Oportunidade de observar e analisar o sujeito por inteiro, dentro de sua realidade, suas nuances e particularidades, possibilitando intervenções mais efetivas.
A visita domiciliar tem um potencial transformador muito grande.
Humaniza o profissional.
Dá bastante satisfação pessoal.
Responsabilidade: Fazer pontes adequadas e eficazes entre todas as esferas da assistência, para garantir a continuidade do cuidado. A casa está na esfera central de todas as ações, está no centro de todos os níveis.
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