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Serviços Públicos

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Serviços Públicos
Introdução
Neste trabalho falaremos sobre serviços públicos, seus conceitos, definições, princípios, classificações, formas de gestão, características, entre outros tópicos.
A partir do momento que a vida social foi se tornando mais confusa pela evolução das comunidades que a formavam, conclui-se, apesar de que suas necessidades pudessem ser atendidas sem a interferência da própria comunidade, outras necessidades, não se prestavam a este abandono, à iniciativa dos próprios interessados. Era necessário, pelas características que apresentavam estas necessidades, que as sociedades as assumissem como próprias. Desta evolução surge o que viria a ser chamado de serviço público.
Serviços Públicos são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Por isso mesmo, tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros.
Para Dinorá Adelaide Musetti Grotti (2003:19-20), o primeiro a utilizar a expressão teria sido Rousseau, no Contrato Social, com o significado de qualquer atividade estatal e abrangendo dois aspectos: “ de um lado, trata-se de atividades destinadas ao serviço público, isto, é, ações através das quais se assegura aos cidadãos a satisfação de uma necessidade sentida coletivamente, sem que cada um tenha de atendê-la pessoalmente; de outro, concebe-se como atividade estatal que sucede ao serviço do Rei, porque se operou uma substituição na titularidade da soberania”.
“... a noção de serviço público tornou-se polêmica, confusa, abarcando múltiplas atividades e sem se ter por certo qual o discrímen entre o que era serviço público e o que não era. Tal noção variou muito, desde a que erigiu o serviço público a um conceito máximo, abarcando toda a atividade prestada pela Administração, confundindo, portanto, a função pública com o serviço público, até confundir a função de prestação de serviços públicos com a própria função de Estado...” (Bastos, 2001, p. 182) 
Conceito:
Como já falamos é uma difícil tarefa definir os serviços públicos.
A noção de serviço público não permaneceu estática no tempo; houve uma ampliação na sua abrangência, para incluir atividades de natureza comercial, industrial e social.
Para Bastos, 2001, p. 181, “O serviço público consiste no conjunto de atividades que a administração presta visando o atendimento de necessidades que surgem exatamente em decorrência da vida social, própria do homem, embora também atendam interesses individuais. Trata-se, portanto, fundamentalmente da satisfação de algo que emerge da vida em sociedade.”
Pode ser utilizada em um sentido subjetivo, quando se refere ao conjunto de órgãos e entidades que desempenham atividade administrativa, ou em um sentido objetivo, quando se refere a uma determinada coleção de atividades. 
“ Com efeito, os homens, em sociedade, desenvolvem, além de necessidades individuais, que comportam atendimento pelos próprios indivíduos, no âmbito e sob regime privados, algumas necessidades coletivas, que só podem ser plenamente satisfeitas se forem asseguradas pelo Poder Público, sob um regime que lhes garanta prestação adequada, ou seja, sob certas características e condições, pelo menos as de generalidade, de continuidade e de modicidade de custos.” (Neto, 2014, p. 469)
“Embora os serviços públicos consistam no instituto de Direito Administrativo que talvez maior contato possua com os administradores, os quais são constante e invariavelmente usuários de serviços públicos em seu cotidiano, a tarefa de se definir juridicamente o que sejam os serviços públicos apresenta-se muito árdua. Trata-se daqueles institutos cujo conceito pode ser “sentido”, mas não tem uma singela expressão verbal.
Como se não bastasse tal disponibilidade, deve-se acrescentar uma outra, de responsabilidade da doutrina em geral. Com efeito existem vários níveis de definição quando se busca relacionar o conceito de Serviços Públicos com a atividade prestacional do Estado, Nesse sentido, ensina Roberto Dromi ( Derecho Administrativo, p. 529) que os serviços públicos, numa interpretação positiva, podem corresponder a três leituras possíveis: a) uma leitura máxima, pela qual serviço público seria toda atividade de Estado cujo desempenho deva ser garantido e regulado. b) uma leitura média, pela qual os serviços públicos representariam toda e qualquer atividade de Administração Pública; c) uma leitura mínima, segundo a qual os serviços públicos representariam um importante, mas não único, compartimento da atividade estatal de Administração Pública. Em certa medida tais leituras propostas por Roberto Dromi correspondem respectivamente, ao que também podem ser chamados de significados “amplíssimo”. “amplo” e “estrito” de serviços públicos” ( Maffini, 2008, p. 171)
É o Estado, por meio da lei, que escolhe quais as atividades quem em determinado momento, são consideradas serviços públicos; no direito a própria Constituição faz essa indicação nos artigos 21, incisos X, XI, XII, XV e XXIII, e § 2°, alterados, respectivamente, pelas Emendas Constitucionais 8 e 5, de 1995;isto exclui a possibilidade de distinguir, mediante critérios objetivos, o serviço público da atividade privada;esta permanecerá como tal enquanto o Estado não a assumir como própria.
Art. 21. Compete à União:
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 8, DE 15 DE AGOSTO DE 1995
	
	Altera o inciso XI e a alínea "a" do inciso XII do art. 21 da Constituição Federal.
        As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
       Art.1º O inciso XI e a alínea "a" do inciso XII do art. 21 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 21. Compete à União: ..........................
...................................................................
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - ................................................
a) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens; "
        Art. 2º É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 5, DE 15 DE AGOSTO DE 1995
	
	Altera o § 2º do art. 25da Constituição Federal.
        As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
       Artigo único. O parágrafo 2º do art. 25 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:
"Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação."
O Distrito Federal que, por força de norma constitucional, não pode ser dividido em municípios, presta os serviços públicos que são da competência dos Estados e dos municípios, com exceção daqueles previstos no artigo 21, XIII e XIV da Lei Maior.
Art. 21. Compete à União:
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;  
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
Podemos concluir que o serviço público varia não só no tempo, como também no espaço, pois depende da legislação de cada país a maior ou menor abrangência das atividades definidas como serviços públicos.
Não podemos dizer que os conceitos mais amplos ou mais restritos, sejam mais correto que o outro, podemos classificar , de forma crescente, os vários conceitos: os que incluem todas as atividades do Estado ( legislação, jurisdição e execução); os que só consideram as atividades administrativas, excluindo jurisdição e legislação, sem distinguir o serviço público do poder de polícia, fomento e intervenção; Os que preferem restringir mais para distinguir o serviço público das outras três atividades da Administração Pública. 
Definições
Nos termos de nossa Carta Política e das leis em geral, sempre que um serviço for um serviço público ele será prestado, obrigatoriamente, sob regime jurídico de direito público; de outra parte, sempre que um serviço for prestado sob regime jurídico de direito privado ele será incontroversamente, um serviço privado.
Será determinado se uma atividade será prestada sob regime jurídico de direito público é o próprio ordenamento jurídico.
Devemos frisar que não existe, nem é possível existir, uma lista taxativa de atividades que devam ser exercidas como exercício público.
“ Depois de percorridas as características que compõem o serviço público, chegamos ao ponto que nos permite dar-lhe uma definição: serviço público é uma atividade prestada pela Administração, que se vale do seu regime próprio de direito administrativo, com vistas ao atingimento de uma atividade coletiva que pode ser fruída adi singuli ou UTI universi pelos administradores.” (Bastos, 2001, p. 184)
“ Serviço público é atividade administrativa concreta traduzida em prestações que diretamente representem, em si mesmas, utilidades ou comodidades materiais para a população em geral, executada sob regime jurídico de direito público pela administração pública, ou se for o caso, por particulares delegatórios (concessionários e permissionários, ou, ainda em restritas hipóteses, detentores de autorização de serviço público).” ( Alexandrino e Paulo, 2009, p. 621)
Princípios
A Lei nº 8.987/95 estabelece as regras gerais, além dos princípios relacionados à prestação dos serviços públicos.
Os requisitos do serviço público são sintetizados em cinco princípios:
1º) Permanência (continuidade do serviço);
 Impõe a prestação ininterrupta do serviço público, tendo em vista o dever do Estado de satisfazer e promover direitos fundamentais.
A continuidade pressupõe a regularidade na prestação do serviço público, com observância das normas vigentes e, no caso dos concessionários, das condições do contrato de concessão.
É oportuno ressaltar que a continuidade não impõe, necessariamente, que todos os serviços públicos sejam prestados diariamente e em período integral.  O serviço público deve ser prestado na medida em que a necessidade da população se apresenta, sendo lícito distinguir a necessidade absoluta da relativa. Na necessidade absoluta, o serviço deve ser prestado sem qualquer interrupção, uma vez que a população necessita, permanentemente, da disponibilidade do serviço (ex: hospitais, distribuição de água etc.). Ao revés, na necessidade relativa, o serviço público pode ser prestado periodicamente, em dias e horários determinados pelo Poder Público, levando em consideração as necessidades intermitentes da população (ex: biblioteca pública, museus, quadras esportivas etc.). 
Atualmente, é possível mencionar três questões polêmicas que envolvem a aplicação do princípio da continuidade dos serviços públicos:
 a) Interrupção dos serviços públicos em caso de inadimplemento do usuário. 
b) Direito de greve dos servidores públicos 
 c) Exceptio non adimpleti contractus nos contratos celebrados com a Administração Pública.
2º) Generalidade (serviço igual para todos)
Consiste em reconhecer-se o direito que todos têm de utilizar os serviços públicos, dentro das modalidades estabelecidas, sem se negar a um usuário o que foi concedido a outro. As exclusões da utilização dos serviços não podem ser em consequência arbitrárias.
3º) Eficiência (serviços atualizados)
Esse princípio exige atualização técnica da prestação do serviço, decorre desse princípio também o controle da atividade do Poder Público avaliando continuamente.
A eficiência requer avaliação do custo-benefício, um serviço altamente eficiente é evidentemente mais caro, no entanto, as taxas e tarifas não podem ser tão altas a ponto de não poderem ser pagas pela população. Esse ponto de equilíbrio de eficiência e acesso ao serviço deve ser constantemente procurado.
4º) Modicidade (tarifas módicas)
Os serviços públicos devem ser prestados a preços módicos e razoáveis. Sua fixação deverá considerar a capacidade econômica do usuário e as exigências do mercado, de maneira a evitar que o usuário deixe de utiliza-lo em razão de ausência de condições financeiras, sendo, por esta razão excluído do universo de beneficiários do serviço público.
5º) Cortesia (bom tratamento para o público).
O princípio da cortesia é sinônimo de urbanidade no tratamento. Noutro falar, significa o trato educado para com o público, Pois somente assim a relação poderá ser completa.
Existem doutrinadores que defendam a obediência ao princípio também aos administrados em razão de disposição expressa no artigo 4°, II, da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, litteris:
Art. 4° São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:
(...)
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
Classificações
Serviços Públicos - são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Por isso mesmo, tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros. Ex.: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública.
Serviços de utilidade pública - são os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Ex.: os serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone.
Serviços próprios do Estado - são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) e para a execução dos quais a Administração usa da suasupremacia sobre os administrados. Não podem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.
Serviços impróprios do Estado - são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais), ou delega sua prestação.
Serviços Gerais ou “uti universi” - são aqueles que a Administração presta sem Ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo. Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento. Daí por que, normalmente, os serviços uti universi devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço.
Serviços Individuais ou “uti singuli” - são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário. Ex.: o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo quê devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto.
Serviços Industriais - são os que produzem renda mediante uma remuneração da utilidade usada ou consumida. Ex.: ITA, CTA.
Serviços Administrativos - são os que a administração executa para atender as suas necessidades internas. Ex.: Imprensa Oficial.
Características
O serviço público é bastante diferente dos serviços comuns prestados pelas empresas privadas ou pelos prestadores autônomos, vez que está subordinado coletivo, portanto, um interesse maior que o interesse individual de cada cidadão.
Assim, o Estado, por critérios jurídicos, técnicos e econômicos, define e estabelece quais os serviços deverão ser públicos ou de utilidade pública, e ainda se estes serviços serão prestados diretamente pela estrutura oficial ou se serão delegados a terceiros.
Naturalmente alguns serviços não poderão ser delegados a terceiros pela sua complexidade ou vinculação direta com a administração pública, entretanto, outros tipos de serviços não devem ser prestados diretamente e, por conseqüência, sempre são transferidos à iniciativa privada, contudo, obedecidas certas condições e normas.
Os serviços públicos, propriamente ditos, são aqueles prestados diretamente à comunidade pela Administração depois de definida a sua essencialidade e necessidade. Assim são privativos do Poder Público, ou seja, só a Administração Pública deve prestá-los. Por exemplo a preservação da saúde pública e os serviços de polícia.
Outros serviços públicos, chamados de serviços de utilidade pública, são aqueles que a Administração Pública reconhece a sua conveniência para a coletividade prestando-os diretamente ou delegando-os a terceiros, nas condições regulamentadas e sob o seu controle. Por exemplo o transporte coletivo, a energia elétrica, o serviço de telecomunicações e o fornecimento de água.
Os serviços que são prestados individualmente a cada cidadão, por exemplo o fornecimento de água, luz, telecomunicações etc., geralmente o são por empresas privadas mediante concessão outorgada pelo poder público e sob pagamento da tarifa respectiva diretamente pelo usuário.
A cessação do pagamento desses serviços por parte do usuário tem suscitado hesitações da jurisprudência sobre a legalidade e legitimidade da suspensão de seu fornecimento em face de normas vigentes como o Código de Defesa do Consumidor.
Mas, importante, o prévio aviso da suspensão não pode ser ignorado e é obrigatório pela lei e, aliás, conforme tem entendido pacificamente a jurisprudência.
A lei também define como essenciais alguns tipos de serviços, que nem sempre são serviços públicos, mas que, sendo essenciais à coletividade, poderão sofrer alguns tipos de intervenção do poder público.
São serviços essenciais, assim definidos pela Lei n.º 7.783/89, os serviços os de água, energia elétrica, gás, combustíveis, saúde, distribuição de medicamentos e alimentos, funerário, transporte coletivo, captação e tratamento de esgoto, tráfego aéreo, compensação bancária e outros.
Formas de Gestão
Procede dos principais processos gerenciais característicos das organizações públicas, indicando diferentes opiniões de estruturação organizacional e de seus modelos de gestão, de modo a orientá-las para resultados. 
A superintendência de serviços públicos choca o desafio de acrescentar e evoluir suas prestações de serviços através de políticas de gestão que não suprimem um aumento descontrolado dos gastos. Algumas ideias e princípios utilizados em estratégias de marketing e de gestão de qualidade podem ser utilizados no entorno público com o propósito de desenvolver e avançar a capacidade da atuação prestadora de serviços das organizações públicas. 
A utilização dessas metodologias deduz ao servidor público uma melhor avaliação das demandas dos cidadãos, através da análise de suas características demográficas, níveis de renda ou de educação, hábitos de atuação, de uso de serviços, de informação, traços psicológicos ou de seu estilo de vida. 
Considerar as atitudes, preferências e desejos do cidadão no desenho e implementação da atuação pública possibilita uma dinâmica mais participativa na gestão dos serviços, aumentando a receptividade da Administração.
A sociedade busca, não somente a criação ou implantação de determinados serviços públicos, que esses sejam prestados com qualidade, produza um aumento qualitativo nas reivindicações dos cidadãos no que se refere ao como, a que forma ou com que características se devem desenvolver as gestões nos serviços públicos e privados. 
Podemos destacar que isso ocorre porque a cada dia aumentam e se alternam as demandas que se referem aos mais heterogêneos tipos de serviços públicos. Com esse aumento, os gestores públicos acabam tendo que dar prioridades aos serviços essenciais, como: saúde, educação, segurança, etc ...
Para satisfazer as disputas públicas, as administrações vêm forçadas a desenvolver processos de autêntica modernização, facilitando não apenas melhorias na informação e atenção que se presta aos cidadãos, em seu funcionamento interno.
Das Entidades de Prestação de Serviço
“A administração pública brasileira é classificada em administração direta e indireta.
Administração direta: é representada pelas entidades políticas, são elas: União, Estados, DF e Municípios.
São pessoas jurídicas de direito público interno = têm autonomia
Unidas forma a república federativa do Brasil: pessoa jurídica de direito público externo = tem soberania (independência na ordem externa e supremacia na ordem interna).
Regime jurídico de direito público
Autonomia: a) política, b) administrativa, c) financeira.
Sem subordinação: atuam por cooperação
Competências: hauridas da CF
Regime de pessoal: regime jurídico único
Competência para julgamento de ações judiciais
União = justiça federal
Demais entes políticos = justiça estadual
Administração indireta: é representada pelas entidades administrativas, são elas: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista.
Têm personalidade jurídica própria
Têm patrimônio e receita próprios.
Têm autonomia: a) administrativa; b) técnica; c) financeira.
Obs.: não tem autonomia política
Finalidade definida em lei
Controle do estado 
Não há subordinação nem hierarquia entre os entes da administração direta e indireta e sim vinculação que se manifesta através da supervisão ministerial realizada pelo ministério ou secretária da pessoa política responsável pela área de atuação da entidade administrativa, tal supervisão tem por finalidade o exercício do denominado controle finalístico ou poder de tutela. Em alguns casos a entidade administrativa pode estar diretamente vinculada à chefia do poder executivo e neste caso, caberá a esta chefia o exercício do controlefinalístico de tal entidade.” (Retirado do site http://www.equipealfaconcursos.com.br)
Concessão
Concessão e permissão são situações através dos quais se descentraliza a prestação de serviços públicos para particulares. A diferença entre elas está no grau de pouca duração
“Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos” (art. 175 da CF). 
A prestação do serviço público pode ser feita pelo:
 
Poder Público diretamente: Como a titularidade não sai das mãos da Administração ela só pode ser transferida para integrantes da Administração que sejam pessoas jurídicas de direito público (Ex: Autarquias e Fundações Públicas que tenham personalidade jurídica de direito público). A transferência da titularidade e da prestação do serviço público chama-se descentralização por outorga.
Particular sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação: Como a titularidade é intransferível para particulares, só podemos falar em transferência da execução do serviço público. Esta transferência chama-se descentralização por delegação.
 
É a Administração que dita as regras de execução (que fiscaliza, que aplica sanções, que retoma o serviço público), pois a titularidade da prestação do serviço público não é transferida a particulares.
 
A transferência para particulares se dará através de licitação (princípio da impessoalidade) e na forma da lei. “A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado” (art. 175, parágrafo único, I, II, III e IV da CF).
 
REFERÊNCIAS 
Bibliográficas:
Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 27° edição, 2014. 
Curso de Direito Administrativo, Diogo de Figueireido Moreira Neto, 16° edição, 2014.
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 17° edição, 2009.
Direito Administrativo, Rafael Maffini, 2° edição, 2008.
Curso de Direito Administrativo, Celso Ribeiro Bastos, 5° edição, 2001.
Sites:
http://www.tudosobreconcursos.com
http://www.consumidorbrasil.com.br
http://genjuridico.com.br
http://www.portaleducacao.com.br
http://www.equipealfaconcursos.com.br
SERVIÇOS PÚBLICOS
INTRODUÇÃO
CONCEITO
DEFINIÇÕES
PRINCÍPIOS
CLASSIFICAÇÕES
CARACTERÍSTICAS
FORMAS DE GESTÃO
DAS ENTIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
CONCESSÃO
REFERÊNCIAS
 FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE
JULIANA GALVÃO DE ASSIS
Vitória da Conquista, 04 de novembro de 2014.
FAINOR – FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE
Trabalho realizado pela aluna Juliana Galvão de Assis do 5º semestre de Direito noturno, da turma B para ser entregue a professora Joana Rocha da disciplina Direito Administrativo II.
Vitória da Conquista, 04 de novembro de 2014.

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