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CIV FatimaRibeiro

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AUL A 
Prof. (a): Dra. Fátima Ribeiro, MsC,PhD
UNINABUCO - PAULISTA – PE
2018.1
Cimento Ionômero de Vidro
Cimento Ionômero de Vidro
• Conceito:
Ionômero de vidro É um nome generico
de um grupo de materiais que são
compostos de pó de vidro de silicato e de
uma soloção aquosa de ácido poliacrílico.
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Cimento Ionômero de Vidro
• A formulação e o desenvolvimento dos cimentos
de ionômero de vidro por Wilson Kent (1971)
teve por objetivo combinar as boas
propriedades do cimento de silicato e de
policarboxilato de zinco. Os cimentos de silicato
possuem propriedades anticariogênicas devido
a liberação de fluor, enquanto o de
policarboxilato de zinco possui a capacidade de
adesão à estrutura dentária e ocasiona pouca
irritação.
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Cimento Ionomero de Vidro
• Wilson e Kent (1971/1972)
• Wilson e Kent (1971/1972)
O CIV se constitui numa evolução
do cimentos de silicato e de 
policarboxilato
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Cimento de Ionômero de Vidro
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Cimento de Ionômero de Vidro
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Cimento de Ionômero de Vidro
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Cimento de Ionômero de Vidro
• Primeiro CIV Restaurador
• ASPA (Dentsply)
• Alumínio Silicato Poliacrilato
✓Propriedades estéticas não eram boas
✓ Tempo de trabalho reduzido
✓ Endurecimento final demorado
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Composição
Pó
Sílica Alumina
Fluoreto
de Cálcio
Magnésio
Sódio
Composição
Líquido
Ácido 
Tartárico
Ácidos
Itacônico
Acelerador
de
presa
Aumenta o
Tempo de vida
útil
Ácidos polialcenóicos
Cimento de Ionômero de Vidro
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• Propriedades
✓Adesividade
✓Liberação de fluoretos
✓Resistência à compressão e à tração
✓Coeficiente de expansão térmica linear
✓Compatibilidade biológica
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• Reação de presa 
✓A reação de presa dos cimentos de 
ionômero de vidro se dá por uma reação 
do tipo ácido-base: 
MO.SiO2 + H2A → MA + SiO2 + H2O
vidro ácido sal gel de sílica
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• O processo de presa desses cimentos envolve 
três estágios que se sobrepõem:
✓ Dissolução 
✓ Geleificação 
✓ Endurecimento continuado
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• Isso ocorre devido aos diferentes graus de 
liberação de íons do vidro e de formação da 
matriz do sal. Como pode se verificar pelas 
curvas, os íons cálcio são mais rapidamente 
liberados do que os de alumínio. São os íons de 
cálcio e alumínio que irão formar ao final da 
reação a matriz do sal. Os íons de sódio e flúor 
não participam do processo de presa, mas se 
combinam com o intuito de formarem fluoreto de 
sódio que é, então, liberado.
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Variação dos graus de 
liberação de íons do vidro
• Dissolução
Quando a solução aquosa ou a água é
misturada ao pó, o ácido reage com a
superfície externa do vidro. Essa
superfície, então, torna-se pobre em íons
alumínio, cálcio, sódio e flúor, restando um
gel de sílica que a fica envolvendo.
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Estágios iniciais da reação de 
presa do cimento de ionômero de 
vidro
• Os íons hidrogênio que são liberados do ácido 
se difundem para o vidro e compensam a perda 
dos íons de alumínio, cálcio e flúor. A reação de 
presa desses cimentos é um processo lento e 
que requer certo tempo para a estabilização do 
material; a translucidez final do material não é 
visível antes que se completem 24 horas após 
sua aplicação. 
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• Embora o material pareça estar rígido
após seu tempo de presa inicial (que
geralmente varia entre 3 e 6 minutos,
dependendo de sua finalidade,
restauradora ou como agente cimentante),
ele ainda não atingiu suas propriedades
físicas e mecânicas finais.
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• Geleificação
• A presa inicial do material ocorre devido à
rápida ação dos íons cálcio que, por serem
bivalentes e mais abundantes inicialmente,
reagem mais prontamente com os grupos
carboxila do ácido, do que os íons de alumínio
(trivalentes) .
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• Esta é a chamada fase de geleificação da 
reação de presa. A eficiência com que os 
íons de cálcio realizam ligações cruzadas 
com as moléculas de poliácido não é tão 
boa como poderia ser, já que eles também 
são capazes de se quelarem aos grupos 
carboxila da mesma molécula.
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Fase de geleificação do processo de 
presa
• Inúmeras coisas podem acontecer caso a
restauração de ionômero de vidro não seja
protegida do meio bucal durante essa fase
crítica. Os íons de alumínio podem se difundir
para fora do material, sendo perdidos e,
portanto, tornando inviável a ligação cruzada
entre as cadeias de ácido poliacrílico.
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• Se água for perdida, a reação não pode se
completar. Nos dois casos, o resultado será um
material enfraquecido. Contrariamente, umidade
adicional pode ser absorvida pelo material, com
contaminantes como saliva ou sangue, levando
a um empobrecimento das características
estéticas do mesmo, ou seja, resultando em
uma restauração excessivamente opaca e
branca.
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• A contaminação por umidade também irá
enfraquecer o material e pode chegar a causar
trincas no mesmo. Por isso é essencial que a
contaminação por umidade e a desidratação da
restauração sejam prevenidas, pelo menos
durante os períodos iniciais da presa, quando o
material está no máximo grau de
vulnerabilidade.
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• Endurecimento continuado 
✓Após a geleificação, o material passa pela fase
de endurecimento que pode perdurar por até
sete dias.
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• A concentração dos íons livres de alumínio leva
em torno de 30 minutos para se tornar
significante, mas são esses íons que promovem
a resistência final do cimento à medida que são
responsáveis pelo início das ligações cruzadas
Ao contrário dos íons cálcio, sua natureza
trivalente garante que um alto grau de ligações
cruzadas entre moléculas ocorra.
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Fase de endurecimento continuado do 
processo de presa
• Enquanto normalmente é desejado que haja
uma resistência por parte dos vidros para a
liberação de íons, no caso do cimento de
ionômero de vidro uma liberação de íons de
cálcio e alumínio é essencial. A escolha do vidro
correto e da formulação ideal vem do equilíbrio
entre os vários requisitos: facilidade de
manipulação, baixa solubilidade e liberação
adequada de flúor
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Estrutura final do 
cimento de 
ionômero de 
vidro
• Propriedades
• Características de manipulação Os efeitos 
da composição do vidro no processo de presa 
são muito pronunciados e de considerável 
importância na aceitabilidade das características 
finais de manipulação. 
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• Os cimentos de ionômero de vidro são
caracterizados previamente a terem tempos de
trabalho e presa prolongados. Este foi
certamente um dos problemas encontrados com
as primeiras formulações desse cimento, até
que se adicionasse ácido tartárico a uma
concentração ideal, já que adequadas adições
desse ácido proporcionam maior tempo de
trabalho, enquanto o tempo de presa
permanece praticamente inalterado
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Efeito do ácido tartárico na curva tempo-
viscosidade para um cimento de ionômero de 
vidro tomando presa
• Adesão 
✓Os cimentos de ionômero de vidro possuem
capacidade de se unirem à dentina e ao
esmalte. A teoria que explica esse fato sugere
que os íons de poliacrilato reagem com a apatita
(deslocando cálcio e fosfato, e criando uma
camada intermediária constituída por poliacrilato
e íons de fosfato e cálcio) ou se ligam
diretamente ao cálcio da apatita.
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• Como a adesão do material está diretamente 
relacionada á quantidade de cálcio presente 
nos subtratos dentais, é correto assumir que a 
adesão do esmalte é maior que á dentina.
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Coeficiente de expansão térmica 
linear
Semelhante ao da estrutura 
dentária
EXCELENTE VEDAMENTO MARGINAL
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• Barreiras para a adesão : para que haja adesão 
do ionômero de vidro, é preciso que o 
material possua bom molhamento e entre em 
intimo contado com a superficie dentária. 
• Em alguns casos o acido poliacrilico deve ser 
aplicado ppor 10 a 20 segundos, lavado e 
secado antes da colocação do ionomero.
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• Liberação de Flúor
✓O fluor liberado pelo ionômero de vidro é
incorporado aos tecidos mineralizados do dente,
tornando-os mais resistentes aos ciclos de des-
remineralização; atua também remineralizando
lesões incipientes de carie em esmale e dentina
ao redor do material ou nas proximidades de
dentes adjacentes.
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• O fato de cimentos odontológicos se
dissolverem na cavidade bucal é geralmente
considerado como uma desvantagem, já que
leva à degradação do material. Contudo, o flúor
também é liberado, e acredita-se que isso
aumenta significativamente a resistência do
esmalte adjacente à restauração.
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• O alto percentual de fluor é liberado 
imediatamente apos a inserção do ionomero 
de vidro.
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• Solubilidade
✓Devido à sua alta solubilidade, os cimentos de
silicato tinham uma reputação de perda de
material na cavidade bucal. Até certo ponto, isso
pode ser atribuído aos proporcionamento e
manipulação incorretos, mas essa é uma
característica inerente de todos os cimentos
odontológicos e, como tal, o cimento de
ionômero de vidro não é exceção.
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• Apesar disso, este aspecto negativo com
relação ao comportamento do material
pode ser minimizado por uma avaliação
dos mecanismos envolvidos e pela
adoção de técnicas clínicas apropriadas.
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• Os processos que contribuem para a perda do
material são complexos, já que existem muitas
variáveis envolvidas, como a composição do
cimento, a técnica clínica empregada e a
natureza do ambiente. A perda de material do
cimento de ionômero de vidro pode ser
classificada em três principais categorias:
Dissolução do cimento imaturo; Erosão em
longo prazo;Abrasão.
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• Biocompatibilidade
✓ A mínima reação exotermica durante a reação de presa; 
✓ A rapida neutralização dos ácidos da reação de presa, 
além da ausencia de componentes ácidos 
remanescenetes;
✓ E as substancias liberadas pelo cimento serem 
geralmente benignas ou maleficas aos tecidos, garantem 
a biocompatibilidade.
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• Aplicações clínicas
✓ O cimento de ionômero de vidro foi
designado para abranger uma grande
variedade de aplicações. Ele pode originar
materiais com propriedades imensamente
diferentes.
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• Propriedades estéticas :
• O Cimento de ionômero de vidro não é
considerado um material estético.
• Algumas caracteristicas intrinsicas são
responsaveis pelas baixas propriedades
estesticas: falta de translucidez; amis
rugosidade superficial devido ao maior tamanho
medios da particula e menor variedade de cores
,etc.
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Classificação 
• Em relação a natureza do material:
• O cimento de ionõmero de vidro convencional 
apresentam diversas desvantagens, tais como: 
curto tempo de trabalho; sensibilidade a 
variações de umidade (sinerese e embebição); 
baixa resistência mecânica; não é considerado 
material estetico.
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• Indicação do material
✓Tipo I- Indicado para cimentação de quaisquer 
artefatos ortodõnticos ou protéticos;
✓Tipo II – Indicados para a restauração. Este tipo é 
subdividido em: A- materiais indicados para baixo 
esforço mastigatorios e; B- materiais sujeitos a esforços 
mastigatorios intensos; 
✓Tipo III- indicados para selamento de cicraticulas e 
fissuras.
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• Indicações
✓ Selamento de cicatrículas e fissuras
✓ Classe I conservativa
✓ Classe II tipo túnel e slot horizontal
✓ Classe V – erosão , abrasão e abfração
✓ Restaurações laminadas (sanduíche)
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• Contra-indicação
✓Classe II com envolvimento de crista marginal
✓ Classe IV
✓ Restaurações com grandes perdas de esmalte 
vestibular
✓ Restaurações com envolvimento de cúspide
✓ Áreas de grande esforço mastigatório
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Cimentos de Ionômero de vidro - Propriedades
Material / Estrutura dentária Coeficiente (mm/mmoCx10-6)
Esmalte 
Dentina
Amálgama
CIV restaurador
Cermet
CIV forramento
CIV modificado por resina
Compômero
Resina composta micro
Resina composta híbrida
11,4
8,3
25,0
13,0
15,0
8,0
31,5
64,2
35,0
60,0
Manipulação
Proporção pó / líquido
Pouco pó
✓ Mistura fluida
✓ Alta solubilidade
✓ Baixa resistência à abrasão
Cimentos de Ionômero de vidro - Manipulação
Cimentos de Ionômero de vidro - Manipulação
1 2
3 4
Cimentos de Ionômero de vidro - Manipulação
5 6
7 8
Cimentos de Ionômero de vidro - Manipulação
Cimentação Restauração
Forro Base
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Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
Cimentos de Ionômero de vidro - Indicações
COMPÔMEROS
Compômeros
São resinas modificadas por poliácidos
Variglass
(Dentsply)
Dyract
(Dentsply)
Advance
(Dentsply)
Cimentos de Ionômero de vidro - Compômeros
Compômeros
✓ São erroneamente chamados de 
Cimento de Ionômero de vidro
✓ Não apresentam a reação ácido/base 
típica dos cimentos de Ionômero de 
vidro
Cimentos de Ionômero de vidro - Compômeros
Cimentos de Ionômero de vidro - Compômeros
VIDEOS SOBRE IONÔMERO
• https://www.youtube.com/watch?v=kPJEBNxy
QI0
• https://www.youtube.com/watch?v=kPJEBNxy
QI0&t=322s
• https://www.youtube.com/watch?v=jrRP6H8-
-X0
• https://www.youtube.com/watch?v=laUnHGK
22Mg
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