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Unidade4-CimentosOdontolgicos

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Cimentos Odontológicos
Unidade IV
André Guimarães Machado
DDS, MDSc
O que são cimentos 
odontológicos? São materiais 
duros e friáveis obtidos, em 
geral, da mistura de um 
componente em pó com um 
líquido, os quais são levados à 
boca do paciente em 
consistência plástica para que 
tome presa. Portanto, é 
considerado um material 
direto.
As apresentações podem 
variar: 
pó (óxido ou vidro) + líquido
cápsulas (resinosos) ou, 
sistema pasta-pasta (hidróxido 
de cálcio)
O que são ?
O que são ?
O que são cimentos odontológicos? São 
materiais duros e friáveis obtidos, em geral, da 
mistura de um componente em pó com um 
líquido, os quais são levados à boca do 
paciente em consistência plástica para que 
tome presa. Portanto, é considerado um 
material direto.
As apresentações podem variar: 
pó (óxido ou vidro) + líquido
cápsulas (resinosos) ou, 
sistema pasta-pasta (hidróxido de cálcio)
Indicações
Cimentação 
Protética
Definitiva Provisória
Os cimentos odontológicos podem ter muitas indicações e, 
muitas vezes, essas indicações determinam qual o cimento 
a ser utilizado para determinada situação clínica.
Cimentação - usada para reter restaurações à cavidade, 
preenchendo o espaço entre o dente e a restauração, ou 
para reter peças ortodônticas ao dente, por exemplo.
Para os casos de cimentação na interface dente-
restauração, o cimento precisa ter fluidez e baixa 
viscosidade.
Para casos de cimentação provisória, usa-se cimentos com 
baixa resistência (mais fraco), uma vez que essa cimentação 
será removida da boca. Para cimentações definitivas, 
preconiza-se o oposto, para evitar que a peça se solte do 
dente.
Indicações
Cimentação 
Ortodôntica
Indicações
Restaurações
Definitiva Provisória
Alguns cimentos podem ser usados 
como material restaurador.
Este pode ser temporário, Ex: selamento 
provisório de cavidades durante a 
adequação do meio bucal; ou definitivo, 
Ex: CIV na técnica ART
Indicações
Proteção Pulpar
Proteção pulpar
Estes cimentos servem para proteger a polpa 
(vascularização e inervação), de agressões mecânicas 
(mastigação); térmicas (variações de temperatura dos 
alimentos); elétricas (corrente galvânica) e químicas 
(elementos oriundos dos próprios materiais 
restauradores)
Os cimentos indicados para proteção pulpar podem 
ser:
Vernizes cavitários: não são cimentos (resina em um 
solvente), mas são usados como forramento para 
proteger a polpa de injúrias.
Forradores cavitários: uma camada sob o material 
restaurador
Bases para cimentação (Ex: fosfato de zinco como 
base de uma RMF)
Indicações
Obturação dos 
Canais Radiculares
Cimentos especiais, como os de 
obturação dos canais radiculares (uso 
muito específico dentro de uma 
especialidade)
Indicações
Proteção Cirúrgica
Proteção cirúrgica: feridas grandes ou 
profundas, que irão requerer tempo 
para cicatrização: cimento cirúrgico 
para proteger a ferida ou o coágulo
Cimento de Fosfato de Zinco
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol (OZE)
Cimento de Policarboxilato de Zinco
Cimento de Ionômero de Vidro
Cimentos Resinosos
Cimentos de Hidróxido de Cálcio
Classificação
Cimento de Fosfato de Zinco
Mais de um século de uso - propriedades 
conhecidas
Necessita proteção pulpar 
(acidez)
Baixo custo e facilidade de 
trabalho
Cimentação definitiva
Embora tenha uso limitado atualmente, já foi muito utilizado na 
Odontologia.
Por ter uso datado em mais de 100 anos, já possui características muito 
bem conhecidas
Suas principais vantagens são o baixo custo e a facilidade de trabalho.
É usado para cimentação definitiva especialmente de peças metálicas
Cimento de Fosfato de Zinco
Pó = óxido de zinco + óxido de magnésio + pigmentos
Líquido = ácido fosfórico + H2O + sais de Al e Zn
Reação exotérmica
Composição
Cimento rígido: rede hidratada amorfa de aluminiofosfato de zinco que circunda partículas 
incompletamente dissolvidas de óxido de zinco.
Óxido de magnésio age como retardador, assim como os sais de alumínio e zinco ajudam a 
retardar a reação de presa durante a mistura.
O líquido tem ácido fosfórico que confere acidez ao cimento (irritante pulpar).
A presa ocorre por meio de uma reação exotérmica (liberação de calor) o que agride a 
polpa, requerendo atenção à proteção pulpar.
Cimento de Fosfato de Zinco
Tempo de Presa
Geralmente o cimento de fosfato de zinco toma presa no interior da boca, 
após 5 a 9 minutos do início da mistura.
O tempo de presa é afetado por:
Temperatura - o calor acelera a presa
Relação pó-líquido - o tempo de presa reduz com a maior relação P/L
Tempo de incorporação - quanto mais rápida a incorporação do pó ao 
líquido, mais acelerada a presa.
5 a 9 minutos após início da mistura
Relação pó-líquido
Tempo de incorporação
Temperatura
Fatores que 
Afetam o Tempo 
de Presa
Cimento de Fosfato de Zinco
Propriedades
Presa rápida
*Solubilidade aceitável 
Oscilação de pH
(pH baixo que aumenta para quase neutro em 48 h)
*Biocompatibilidade
Alta Resistência
Alta Estabilidade 
Dimensional
O cimento de fosfato de zinco exige uso imediato, pois possui como uma de suas principais 
propriedades o tempo de presa rápido.
Possui linha de cimento pequena
Tanto a espessura quanto a solubilidade em água são aceitáveis clinicamente, porém uma 
das piores em relação aos cimentos de maneira geral.
Possui baixa acidez, pois o pH, que é baixo no início (4,2), acaba por se tornar quase neutro 
(7,0) após 48 horas.
Quanto à compatibilidade biológica, ressalta-se que a sua acidez inicial exige a proteção 
pulpar para evitar o efeito deletério na polpa.
A resistência é dada pelas partículas de óxido de zinco que não reagiram. Chega a ser o 
dobro da resistência exigida para retenção adequada da restauração.
Cimento de Fosfato de Zinco
Propriedades
Vantagens
Fácil manipulação
Durabilidade clínica razoável
Resistência à compressão
Boa estabilidade dimensional
Desvantagens
Solubilidade em ácidos orgânicos e fluidos
Não adesivo
Irritação pulpar
Sem características anticariogênicas
Cimento de Fosfato de Zinco
Indicação
Cimentação permanente de restaurações 
metálicas
Forramentos de restaurações metálicas
Cimentação permanente de bandas 
ortodônticas
Cimento de Fosfato de Zinco
Manipulação 
FO-UFRGS
A relação pó-líquido é muito importante.
Manter o recipiente do líquido bem fechado (absorve água em ambientes úmidos - reação mais rápida 
e redução no tempo de presa - e perde água em ambientes secos - tempo de presa mais extenso)
Placa de vidro resfriada (18 a 24 graus) e espessa para dissipar o calor da reação. Caso ocorra reação 
rápida, não haverá muito tempo para uma manipulação adequada.
Qualquer partícula de umidade resultante da condensação da umidade da placa resfriada terá efeito 
deletério sobre as propriedades do cimento.
Dividir a porção em 4 partes e dividir a primeira parte em 2 partes
Incorporar inicialmente pequenas porções do pó no líquido (liberação de um mínimo de calor, que é 
facilmente dissipado)
Usar uma área ampla da placa de vidro para a espatulação (tempo de 1 a 2 minutos)
A última porção vc só vai inserir se precisar modificar a consistência da mistura, por isso, antes de 
inserir a última porção, teste a consistência da mistura e veja se está adequada ao pretendido.
Consistências: fio que quebra (cimentação); fio que não quebra (base); massa (restauração provisória)
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Usado desde 1890
Proteção pulpar
Efeito sedativo na polpa
pH neutro na aplicação
O cimento a base de OZE tem sido utilizado 
desde 1890, possuindo efeito sedativo na polpa.
Seu pH é de aproximadamente 7,0 no momento 
da aplicação, o que causa menos irritação em 
comparação a outros cimentos.
Tem sido especialmente útil para a cimentação 
de dentes que possuem túbulos dentinários 
expostos
O efeito sedativo da polpa direciona seu uso 
para preparos com exposição de túbulos 
dentinários
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Composição 
Pó =óxido de zinco + colofônia + sulfato de 
bário
Líquido = eugenol + óleos
Quelato amorfo de eugenolato de zinco
*Umidade essencial
O cimento a base de OZE forma um quelato amorfo (composto em forma de anel) de 
eugenolato de zinco
A umidade é essencial para que ocorra a presa
Umidade e calor aceleram a presa.
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Classificação
Cimentação provisória 
(curto prazo)
Tipo I
Cimentarão definitiva
(permanente)
Tipo II
Tipo I - não são fortes, mas podem ser úteis na cimentação em curto prazo de coroas 
provisórias. Podem ser manipulados com óleos que não o eugenol para pacientes sensíveis 
ao produto.
Tipo II - Cimento de OZE reforçado com polímero. Cimento de vedamento permanente ou 
restaurações provisórias.
ADA, 30
Restauradores 
provisórios (temporários)
Tipo III
Forradores cavitários
(proteção do complexo 
dentino-pulpar)
Tipo IV
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Propriedades
Resistência moderada a baixa
Boa biocompatibilidade
Reduzida acidez (pH neutro)
Capacidade sedativa
Solubilidade baixa (0,1 a 3,5%) Longos tempos de 
trabalho e presa
Devido a capacidade sedativa, não requer forrador para a cavidade
Chain et al., 2013
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Propriedades
Devido ao fato de p eugenol agir como inibidor para materiais polimerizados por 
radicais livres, não se pode associar o uso do cimento de OZE com materiais 
resinosos
Vantagens
Longo tempo de uso
Efeito sedativo da polpa
Biocompatibilidade
Desvantagens
Não pode ser usado com materiais resinosos
Eugenol (isoladamente) irrita tecidos 
orgânicos
Não possui grande resistência
Radiopacidade
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Indicações
Cimentação provisória
Restaurações provisórias
Obturação de condutos radiculares
Forramento
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Manipulação
Placa de vidro ou bloco de papel e espátula metálica
Sem medida
Tempo de espatulação: 30 segundos a 1 minuto
Movimentos amplos e vigorosos
Na boca, os cimentos de óxido de zinco e eugenol tem a presa acelerada (umidade e calor)
Podem estar disponíveis no sistema pasta-pasta (tipo I), cuja manipulação se dá sobre 
bloco de papel ou placa de vidro. Duas partes guias de pasta (base e aceleradora) e misture 
até obter mistura homogênea.
Difícil ser removido dos tecidos e superfícies após a presa (óleo de laranja é um solvente 
útil). O ideal é proteger o rosto do paciente e limpar a placa e a espátula antes da presa do 
material.
O sistema pasta-pasta é do Tipo I e a manipulação é feita sobre bloco de papel ou placa de 
vidro, duas partes guais de pasta (base e aceleradora) e misture até obter mistura 
homogênea
Ideal é proteger o rosto o paciete e limpar a placa e a espátula antes da presa do material
USP-RB
Cimento de Ionômero de Vidro
1971 - Wilson e Kent
Cimento de silicato + Policarboxilato de zinco
Cimento de ionômero de vidro
O cimento de ionômero de vidro constituiu um marco na Odontologia, 
consistindo em um dos materiais mais utilizados nos dias atuais, 
encontrando sua maior aplicabilidade na especialidade da 
Odontopediatria.
Criado no ano de 1971, por Wilson e Kent, a partir de 2 cimentos: 
Cimento de silicato - não é mais utilizado, mas aproveitaram sua 
liberação de flúor e baixa alteração dimensional;
Policarboxilato de zinco - por meio do ácido poliacrílico possibilitou 
adesividade à estrutura dentária.
Cimento de Ionômero de Vidro
Composição
Pó
Líquido
Óxido de Si, Óxido de Al, Fluoreto de Ca, de Al e de Na, e Fosfato de Al
Ácido poliacrílico, ácido itacônico e ácido tartárico
+
Diminui viscosidade
Aumenta 
tempo de trab.
Diminui 
tempo de presa
Melhora manipulação
Óxido de silicato, óxido de alumínio, fluoreto de cálcio, de alumínio e de sódio, e fosfato de alumínio.
O líquido é basicamente o ácido poliacrílico com modificadores (ácido itacônico: diminui a 
viscosidade e a tendência à geleificação; ácido tartárico: melhora manipulação e aumenta o tempo 
de trabalho, reduzindo tempo de presa).
Em alguns ionômeros o ácido poliacrílico é incorporado ao pó sendo o líquido, água ou água + ácido 
tartárico (conhecidos por ionômeros anidros)
Vidro de Fluoraminossilicato
Cimento de Ionômero de Vidro
Composição
Reação de Presa 
CIV Convencionais
Fase de Deslocamento de íons 
(Grupo Carboxílico livre)
Fase da Matriz de poliácido 
(adesão)
Gel de Sílica + vidro sob a matriz 
(24 horas)
Na fase de deslocamento de íons tem grupo carboxílico livre 
para que ocorra a adesão.
Em seguida, forma-se uma matriz de poliácido e ocorre a adesão 
inicial ao dente. Durante esta fase ocorre o endurecimento do 
cimento, sendo muito sensível à presença de água.
As fases seguintes, formação de gel de sílica e incorporação do 
vidro à matriz levam 24 horas, exigindo, ainda, o controle de 
umidade, o que pode ser feito com proteção de superfície
Fase de deslocamento de íons (grupos carboxílicos - adesão) - 
inserção do material
Fase de formação da matriz poliácidos - 5 a 10 min
Cimento de Ionômero de Vidro
Composição
Reação de Presa 
CIV Modificados
Sistema fotoativado - reação de 
fotopolimerização do monômero
Sistema de presa dual - além da reação 
ácido/básica e da fotopolimerização, 
ainda possuem iniciadores químicos 
para polimerizar os componentes 
metacrilatos que existem no material
Sistema quimicamente ativado - reação 
ácido-básica do ionômero convencional 
e a polimerização química dos 
componentes resinosos
Sistema 
Fotoativado
reação de 
fotopolimerização do 
monômero
Sistema Dual
além da reação ácido/
base e da 
fotopolimerização, ainda 
possuem iniciadores 
químicos para polimerizar 
os componentes 
metacrilatos
Sistema 
Autopolimerizável
reação ácido-base do 
ionômero convencional 
e a polimerização 
química dos 
componentes resinosos
Cimento de Ionômero de VidroDevido ao fato de liberar flúor o CIV torna a interface dente-restauração menos propensa a lesões de cárie por retenção de biofilme. Indicações
Cimentação
Coroas parciais, totais 
e prótese fixa
Bandas e colagem de 
acessórios ortodônticos
Cimento de Ionômero de Vidro
Indicações
Procedimentos 
Preventivos
Dentes com maturação pós-eruptiva incompleta (3 a 4 anos na cavidade bucal) também podem ter 
esta maturação acelerada pelo flúor do material.
Selamento de cicatrículas e fissuras
fonte: http://blog.dentalcremer.com.br
Cimento de Ionômero de Vidro
Indicações
Procedimentos 
Curativos Convencionais
Restaurações classe I, III, V e 
classe II tipo túnel
Restaurações de dentes decíduos
Odontologia Integrada
fonte: http://www.swissdentalmed.it
Cimento de Ionômero de Vidro
Indicações
Procedimentos 
Curativos Convencionais
Bases e forramentos de cavidades
Técnica do sanduíche
Tratamento restaurador 
atraumático
(ART)
Ionofast
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Composição Química
Convencional/Anidro Reforçados por metais 
(amálgama ou liga de prata)
Modificados por resina / Híbridos
(metacrilato)
Liberação de flúor Estética
(ácido poliacrílico incorporado ao pó)
Segundo a composição, o CIV pode ser classificado em: 
Convencional ou anidro: (anidro: ácido poliacrílico incorporado ao pó). No anidro é mais fácil o 
controle da relação pó-líquido, havendo maior tempo de armazenamento e menor efeito deletério à 
polpa.
Reforçado por metais: em uma tentativa de compensar a baixa resistência dos CIV, são inseridas 
partículas metálicas, de liga de amálgama ou de liga de prata (CIV-N ou mistura milagrosa, já foi 
muito usado na Odontopediatria e em serviço público).
Modificados por resina ou híbridos: perde em liberação de flúor e ganha em estética e resistência.
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo Função
Tipo I Cimentação
Tipo II Restauração
Tipo III Forramento / Selamento cicatrículas e fissuras
Tipo IV Todas as anteriores
(modificados)
Tay & Lynch, 1989 
De acordo com a indicação, os ionômeros podem ser classificados como:
Tipo I: paracimentação
Tipo II: para restaurações
Tipo III: para forramento ou base de restaurações
Tipo IV: modificados por partículas metálicas (Cermets) ou resina (híbridos)
Ex: Vidrion C, R, F e N
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo I
Partículas de 15 a 20µ
película final com espessura aceitável
Boa adesividade a estrutura dental
Menor quantidade por volume de material 
para assegurar uma película final com 
espessura aceitável
Indicado para cimentações permanentes
Coroas unitárias ou prótese fixa 
de múltiplos elementos
Inlays/onlays
Bandas ortodônticas
Tay & Lynch, 1989 
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo I
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo II
Tay & Lynch, 1989 
Indicado para restaurações
Inicialmente usado em áreas de abrasão/
erosão
Pobre combinação de cores
Apenas em áreas de baixa tensão
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo II
Tay & Lynch, 1989 
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tay & Lynch, 1989 
Tipo III
Idealizado para forrar cavidades
Esse cimento foi idealizado para forrar cavidades devido ao 
tamanho de suas moléculas que não penetram nos canalículos 
dentinários
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tay & Lynch, 1989 
Tipo IV
Modificados por metal ou resina
Híbridos / Resinosos CERMETS
Simons, 1983
Esse cimento surgiu da tentativa de melhorar as propriedades mecânicas dos CIV 
convencionais
CERMETS
Simmons (1983) - mistura milagrosa (sinterização de partículas de prata ao CIV)
Indicado para Classes I e II dentes posteriores; restauração do tipo túnel e confecção 
de núcleos de preenchimento
Híbridos
Introduzidos para superar sensibilidade à umidade e baixas propriedades mecânicas
Reação original ácido-base e processo secundário de polimerização iniciada pela luz.
Dupla polimerização, ainda que Vitremer prometa polimerizar na ausência de luz 
(radicais livres de metacrilato)
Existem materiais que possuem adição de partículas de ionômero de vidro à matriz de 
resina em quantidades insuficientes para produzir a reação ácido-base, então não 
podem ser considerados ionômero de vidro
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tay & Lynch, 1989 
Tipo IV
Modificados por metal ou resina
Restaurações Classe III e V ou 
interproximal com manutenção 
de crista, ideais para pacientes jovens 
com risco à cárie elevado
Classe I e II para dentes 
decíduos - estética e 
resistência satisfatóriasBase / Forramento
Híbridos
Selantes: proteção da superfície oclusal 
de molares recém-erupcionados
Selante usado quando se deseja 
proteção da superfície oclusal de 
molares recém-erupcionados em 
pacientes com risco de cárie
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo IV
Modificados por metal ou resina
Híbridos
Vantagens Desvantagens
Maior tempo de trabalho
Endurecimento melhorado
Controle sobre a presa do 
material
Maior resistência que o CIV 
convencional
Melhor estética que o CIV 
convencional
Menor translucidez que a 
resina composta
Maior contração de 
polimerização que o CIV 
convencional
Muda de cor após 1 a 2 anos
Alto custo
Cimento de Ionômero de Vidro
Classificação
Por Indicação do Material
Tipo IV
Modificados por metal ou resina
Híbridos
Cimento de Ionômero de Vidro
Propriedades
Vantagens
Boa biocompatibilidade
Desvantagens
Estética razoável para 
posteriores
Liberação de flúor
Boa adesão
Fácil manipulação
Alta solubilidade
Baixa resistência
Cimento de Ionômero de Vidro
Propriedades Positivas
Adesão à Estrutura Dentária
Consistência plástica e brilhante denota a disponibilidade de líquido 
suficiente para que ocorra a adesão ao dente
Ligações químicas dos radicais carboxílicos (COOH) aos íons cálcio 
existentes no esmalte, dentina e cemento
Não apresenta adesão satisfatória com ouro, platina e porcelana
Adesividade mais evidente em materiais que apresentam componente 
ácido para pré-tratamento da dentina
Adesão mais forte 
em esmalte
Consistência da mistura -
plástica e brilhante
Limpeza das superfícies é 
essencial para promover a 
adesão
(Solução de pedra-pomes)
Contaminação por saliva ou 
sangue impede a adesão
Condicionamento com ácido poliacrílico
10 a 20 seg.
Secagem da superfície
Cimento de Ionômero de Vidro
Propriedades Positivas
Liberação de Flúor
Capacidade de adquirir flúor de distintas fontes e funcionar como 
reservatório (propriedades anticariogênicas)
Ocorre tanto nos convencionais como nos modificados por resina.
Maior intensidade nas primeiras 24 e 48 horas
Substantividade
Capacidade de adquirir flúor de distintas fontes
Armazenamento
Cimento de Ionômero de Vidro
Propriedades Positivas
Biocompatibilidade
Mais biocompatível do que os outros cimentos dentários
Em cavidades rasas e de média profundidade não é necessário qualquer 
tipo de forramento
Apresentam coeficiente de expansão mais próximo aos da estrutura 
dentária 
Ionômeros convencionais possuem um coeficiente de expansão térmica 
linear melhor que dos ionômeros modificados por resina
Boa biocompatibilidade
Cavidades rasas e 
médias não há 
necessidade de 
forramento
Coeficiente de expansão 
térmica similar ao da dentina
Convencionais melhores que modificados 
Expansão Térmica
Cimento de Ionômero de Vidro
Propriedades Negativas
Resistência
Ionômeros modificados por resina possuem resistência superior aos 
convencionais
Resistência moderada
Limita seu uso em 
cavidades extensas
Alto índice de solubilidade
Necessitam de protetores superficiais
Solubilidade
(materiais especiais, vernizes, adesivos, vaselina, esmalte incolor)
Cimento de Ionômero de Vidro
Propriedades Negativas
Estética
Emprego limitado a: 
Cavidades classe III estritamente proximal ou com acesso pela palatina;
Cavidades classe V
Estética insatisfatória - alta opacidade
Limita seu uso em 
dentes anteriores 
Cimento de Ionômero de Vidro
Contra-indicações
Classe II com envolvimento da crista marginal
Classe IV
Grande perda de esmalte vestibular
Em áreas de cúspide
Em áreas submetidas a grandes esforços mastigatórios
Superfície vestibular visível (insuficiente translucidez)
Áreas sujeitas a grandes cargas oclusais (frágeis)
Bordas incisais (insuficiente translucidez)
Áreas sujeitas a grandes cargas oclusais (esforço mastigatório)
Classe II com envolvimento da crista marginal
Classe IV Grande perda de esmalte vestibular
Em áreas de cúspide
Cimento de Ionômero de Vidro
Manipulação
Proporção P/L deve ser mantida de acordo com as recomendações do 
fabricante;
Placa de vidro ou bloco de papel (para aumentar tempo de trabalho, 
resfriar a placa. Não pode resfriar abaixo do ponto de orvalho);
P/L na placa (colocado somente na hora de ser espatulado para que não 
ocorra alteração da promoção ácido-água do líquido);
Tempo de mistura (não deve exceder 45 a 60 segundos).
Tempo de trabalho de aproximadamente 2 minutos;
Tempo de presa de aproximadamente 7 minutos;
Aspecto brilhante (indica poliacidos não reagidos na superfície que é 
importante para a adesão ao dente);
Aplicar o agente protetor imediatamente (verniz, base de unha, adesivo 
ou vaselina) após a confecção da restauração ou nas margens expostas 
após a cimentação (para proteger contra sinérese e embebição na presa 
inicial)
UEL
Cimento de Ionômero de Vidro
TRA
Tratamento Restaurador Atraumático - TRA
Áreas rurais e suburbanas
OMS (1994)
"Remoção parcial do tecido cariado com instrumentos manuais 
e restauração com CIV"
Consultórios odontológicos 
(bebês, pacientes com medo e ansiedade, pacientes 
portadores de necessidades especiais)
Cimento de Ionômero de Vidro
TRA
Tratamento Restaurador Atraumático - TRA
OMS (1994)
Cimentos Resinosos
Essencialmente compósitos 
de consistência flúida
Surgiram após o desenvolvimento das 
resinas compostaspara restauração
Potencial de adesão após 
condicionamento ácido
Opções de cor – cimentação de 
facetas estéticas
São essencialmente resinas 
compostas fluidas de baixa 
viscosidade
Cimentos Resinosos
Composição similar às 
resinas compostas
Composição
=
Matriz Orgânica - BIS-GMA
Matriz Inorgânica - sílica + 
partículas de vidro e/ou sílica 
coloidal
Semelhante à composição das 
resinas compostas
Matriz orgânica com carga inorgânica 
tratadas com silano
Carga: sílica ou partículas de vidro e/
ou sílica coloidal
Sistema adesivo para promover 
adesão à estrutura dentária
Polimerização: pode ser alcançada 
por meio de ativação química ou pela 
ativação por luz. Vários sistemas 
usam os dois mecanismos (Sistemas 
de dupla ativação ou dual)
*Sistema adesivo - necessita de condicionamento 
prévio com seus respectivos adesivos
Cimentos Resinosos
Indicações
Bráquetes ortodônticos
Adesão de facetas, inlays, onlays, 
próteses fixas e próteses parciais fixas de 
resina
Adesão de próteses cerâmicas
Cimentação de Bráquetes Ortodônticos
Cimentação de peças protéticas em cerâmica 
inlays, onlays, coroa total, facetas e lentes de contato
Cimentação de retentores 
intrarradiculares de fibra de vidro
Cimentos Resinosos
Propriedades
Praticamente insolúveis em fluidos orais
Adesão à dentina tão boa quanto das 
resinas compostas
Irritante à polpa – proteger com forramento 
de hidróxido de cálcio e CIV
Não possuem características 
anticariogênicas (não liberam flúor)
Baixíssima solubilidade
Adesão similar às resinas compostas 
(sistema adesivo)
Cavidades profundas - requer forramento 
irritante à polpa
Polimerização - Foto, auto ou dual
Estética
Cimentos Resinosos
Propriedades
Vantagens Desvantagens
Possível sensibilidade dental 
Dificuldade na remoção dos excessos 
Má aplicação é associada à infiltração marginal 
Contração de polimerização
Alta resistência 
Dureza 
Baixa Solubilidade 
Alta adesão 
Cimentos Resinosos
Classificação
Dois componentes (Pó + liquido ou Pasta 
+ pasta)
Mistura em bloco de papel (20 a 30 
segundos)
Remover excesso imediatamente após a 
prótese ter sido assentada
Usado para todos os tipos de prótese
Autopolimerizados 
ativados quimicamente
Pó + líquido / pasta + pasta
Mistura em bloco de papel impermeável
*remover excesso imediatamente
Indicado para qualquer cimentação protética
Cimentos Resinosos
Fotopolimerizados 
ativados a luz
Classificação
Único componente
Usados para próteses cerâmicas finas, 
próteses confeccionadas em resina
Cimentação direta de bráquetes 
ortodônticos plásticos ou cerâmicos
Tempo de polimenrização nunca deve ser 
menor que 40 segundos
O excesso deve ser removido assim que o 
assentamento da restauração esteja 
completo
Componente único 
não requer mistura
Cimentação em cerâmicas 
próteses e bráquetes em cerâmica pura
Fotoativação 
mínimo 40s
Cimentos Resinosos
Dupla polimerização - Dual 
ativados quimicamente e a luz
Classificação
Mistura de maneira similar à usada nos 
sistemas quimicamente ativados
Ativação química muito lenta
A exposição à luz é que faz com que o 
cimento endureça rapidamente
Continua a ganhar resistência com o 
tempo (polimerização química)
Não devem ser usados em próteses que 
transmitam luz com mais de 2,5 mm
Pó + líquido / pasta + pasta
Ativação química muito lenta
Cimentos Resinosos
Hidróxido de Cálcio
Solução Pasta Cimento
Hidróxido de Cálcio P.A.
+
Água Destilada
Composição e consistência
≠
Cimentos
Formatados quimicamente 
para cimentarem 
provisoriamente e 
protegerem a polpa
Ca(OH)2
Pasta - Pasta
Vendida comercialmente 
como uma seringa única
Capeamento pulpar
Antissepsia da cavidade
Três formas de aplicação:
A solução tem as mesmas indicações 
que a pasta. Só se difere pela 
quantidade de água que a mistura 
leva.
Pasta - Diferem dos cimentos na 
composição e consistência e 
constitui-se basicamente de hidróxido 
de cálcio P.A. dissolvido em água 
destilada 
Não endurecem após a sua 
colocação na cavidade
Devido à capacidade de estimular a 
formação de dentina reparadora 
quando colocadas sobre a polpa, 
estas pastas são principalmente 
indicados nos casos de proteção 
direta, quando ocorre uma exposição 
acidental
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Composição
Pasta catalizadora: hidróxido de cálcio + óxido de zinco + 
etiltolueno sulfonamida (pH 11,3)
Pasta base: dióxido de titânio + glicol salicilato +pigmento (pH 8,6)
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Indicações
Cimentação provisória de peças protéticas
Forramento de cavidades profundas
Capeamento pulpar direto/indireto
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Propriedades
Baixa resistência
Alta biocompatibilidade
Indução de dentina reacionária
Hemostasia
pH básico 
Ação Antimicrobiana
Alta Solubilidade
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Propriedades
Vantagens Desvantagens
Alta solubilidade 
Cáries recorrentes após sua desintegração 
Não é permanente 
Baixa adesividade à dentina 
Não possui adesividade aos compósitos 
Bacteriostático 
Alcalinidade 
Seu alto pH estimula cicatrização e reparo 
Controla reabsorção interna 
Hemostasia 
Radiopacidade 
Baixo custo 
Fácil manipulação 
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Manipulação
Manipulação simples: proporcionar pastas 
iguais das duas pastas, espatulá-las 
convenientemente e levar a mistura á 
cavidade com o auxílio de um instrumento 
próprio
FOUSP
Cimento de Hidróxido de Cálcio
Manipulação
Leonardo Muniz
ANUSAVICE, J. K. Phillips - Materiais Dentários. 11 ed. São Paulo: Elsevier, 2005.
CRAIG, R. G.; POWERS, J. M. Materiais dentários restauradores. 11. ed. São Paulo: 
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Referências

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