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06/06/2018 1 Polimerização em meio disperso Universidade Federal de Santa CatarinaUniversidade Federal de Santa Catarina EQA5345 Fenômenos de Superfície Prof. Claudia Sayer • Polimerizações em meio homogêneo • Massa • Solução • Polimerizações em meio heterogêneo (meio disperso) • Suspensão • Emulsão • Dispersão • Miniemulsão • Microemulsão Técnicas de PolimerizaçãoTécnicas de Polimerização 06/06/2018 2 Polímero + monômero baixa condutividade térmica viscosidade alta baixa convecção forçada dificuldade de agitação aumento do aquecimento viscoso dificuldade para controlar temperatura do reator pontos quentes Polimerização em Massa Limitações: • aumento considerável da viscosidade • reações fortemente exotérmicas Polimerização em Solução Vantagens: • solvente inerte reduz: • liberação de calor, • taxa da reação, • aumento da viscosidade do meio reacional melhora a mistura e adia ou elimina o efeito gel. Limitações: • quando a solução não é o produto necessidade de remover o solvente (precipitação ou devolatilização). • menor produtividade para a mesma capacidade do reator (comparada à pol. em massa) Obs.: Quando são usados solventes voláteis a capacidade de remoção de calor é ainda maior devido ao calor latente de vaporização. • polímeros sintéticos solúveis na água : • polivinilpirrolidona, poli(álcool vi- nílico), poli(ácido acrílico), etc. • polímeros naturais solúveis na água : • derivados da celulose (hidroxi etil celulose), gelatina, etc. • pós inorgânicos : ç hidróxido de magnésio, fosfato de cálcio, hidróxido de alumínio, etc. Polimerização em Suspensão • Monômero(s) (relativamente insolúvel na água) 25-50 vol. % • Água (fase contínua) • Iniciador (solúvel na fase orgânica) • Agentes de suspensão (estabilizantes) • Forte agitação • Aditivos (ATC) Atuação do Agente de Suspensão: • diminui a tensão interfacial entre as gotas de monômero e a água para promover a dispersão das gotas • as moléculas do estabilizante são adsorvidas na superfície das gotas de monômero para produzir camada fina que diminui a coalescência quando ocorre uma colisão Tipos de Agentes de Suspensão: x < ~20% gotas de monômero em estado líq. altamente móvel ~20% < x < ~60 % gotas muito viscosas e pegajosas (“sticky”) x > ~ 70 % partículas sólidas de polímero (“identity point”) Agitação: • mantém dispersão e previne separação de fases Dp = 10 m a 5 mm 06/06/2018 3 Polimerização em Suspensão - Tamanho das Partículas Dp e DTP são funções de: • tipo e concentração de monômero • mudança de viscosidade da fase dispersa com a conversão • tipo e concentração de estabilizador • condições de agitação no reator • geometria do reator Coalescência Rompimento Fase monomérica é sujeita a flutuações turbulentas de pressão ou forças de cisalhamento viscosas rompimento em pequenas gotas, que assumem uma forma esférica sob a influência da tensão interfacial. Gotas colidem com alta freqüência e algumas colisões resultam em coalescência. Tamanho médio típico das partículas produzidas em suspensão (Dp): 10 m a 5 mm Polimerização em Suspensão Vantagens: • remoção de calor e controle de temperatura é mais fácil (comparada à polimerização em massa e solução) • menor viscosidade (comparada à polimerização em massa e solução) • menor nível de impurezas (comparada à polimerização em emulsão) • menor custo de separação (comparada à polimerização em emulsão) • produto final em uma forma particulada (comparada à pol. em massa e solução) • remoção da água é fácil (comparada à polimerização em solução) Limitações: menor produtividade para a mesma capacidade do reator (comparada à pol. em massa) dificuldade de manutenção da estabilidade da suspensão dificuldades no controle das propriedades do polímero final (ex. composição do copolímero). (A operação em batelada alimentada é mais difícil com a suspensão, em relação à emulsão, devido ao fato da área interfacial (partícula/água) ser muito menor.) incrustação nas paredes do reator, agitadores e outras superfícies não há nenhum processo comercial operando em contínuo 06/06/2018 4 Tipos de Polimerização em Suspensão • polimerização em pérolas: monômero dissolve o seu polímero. Gotas de monômero passam de estado viscoso até se transformarem em pequenas esferas sólidas. Ex.: poli(metil metacrilato), poliestireno expansível, e resinas de troca iônica baseadas no copolímero de estireno-divinilbenzeno. • polimerização em meio precipitante: polímero não é dissolvido pelo seu monômero. Uma polimerização por precipitação em massa ocorre em cada gota, e grãos opacos e irregulares ou em pó são formados no final. Ex.: poli(cloreto de vinila), ~ 75% do PVC em suspensão. • suspensão em massa: processo em dois estágios: Borracha (ex. polibutadieno) é dissolvida em mistura líquida de monômero graftizante. A mistura é polimerizada inicialmente em um processo em massa. Quando a conversão atinge 25-30%, a massa reacional altamente viscosa é transferida para um reator em suspensão cheio com água contendo estabilizante. A reação prossegue até que a conversão desejada seja atingida. Ex.: Poliestireno de alto impacto (HIPS) e acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS). Polimerização em Suspensão Processos industriais: • polímeros e copolímeros de cloreto de vinila. • resinas de estireno e seus copolímeros (GPPS, EPS, HIPS, SAN, ABS, resinas de troca iônica, recheio colunas cromatográficas). • polímeros e copolímeros de metacrilato de metila. • poli(acetato de vinila) – micropartículas para tratamento de tumores por embolização. Dpn = 700 m Dpn = 700 m 06/06/2018 5 Tipos de Emulsificantes: • aniônicos • catiônicos • não-iônicos Polimerização em Emulsão Emulsificantes compostos orgânicos com grupamentos funcionais de polaridades opostas nas extremidades formação de agregados coloidais (micelas) Agitação mantém dispersão e previne separação de fases Pr op rie da de s Conc. emulsificante Condutividade elétrica Tensão superficial CMC • Monômero(s) (pouco solúvel em água) 30-55 vol. % • Água (fase contínua) • Iniciador (solúvel na fase aquosa) • Emulsificantes • Agitação • Aditivos (ATC) Atuação do Emulsificante: • diminui tensão interfacial entre gotas de monômero e água para promover a dispersão das gotas • se encontra adsorvido na superfície das gotas de monômero e das partículas de polímero para produzir camada fina que diminui coalescência e coagulação • em concentrações acima da concentração micelar crítica (CMC) forma micelas que poderão das origem as partículas de polímero Início (~ 1 a 10 m) ( ~ 5 a 10 nm) Mecanismos da Polimerização em Emulsão (HARKINS, 1945). Monômero + água + emulsificante + agitação • gotas de monômero (~1 a 10 m) • micelas ( ~5 a 10 nm) 06/06/2018 6 06/06/2018 7 06/06/2018 8 (I) (~20 a 600 nm) Mecanismos da Polimerização em Emulsão (HARKINS, 1945). Adição de iniciador Intervalo (I) : • Formação de radicais na fase aquosa • radicais (oligoméricos) entram preferencialmente nas micelas (área sup.micelas >> área sup.gotas) • formação das partículas / coexistência com micelas e gotas de monômero • partículas crescem (monômero vai por difusão na fase aquosa, alta área T.M., ~equilíbrio) • consome-se micelas de emulsificante ( [E]livre > [E]CMC) • N2 = N3 = ... = 0, Nt = N0 + N1 ~ 1015 a 1019 partículas / litro • saída de radicais • fim das micelas fim do intervalo I • gotas de monômero (~1 a 10 m) • micelas ( ~5 a 10 nm) • partículas de polímero ( ~20 a 600 nm) tmk r rR M P M 06/06/2018 9 (II) Mecanismos da Polimerização em Emulsão (HARKINS, 1945). Fim das micelas • gotas de monômero (~1 a 10 m) • partículas de polímero ( ~20 a 600 nm) Intervalo (II) : • Formação de radicais na fase aquosa • radicais (oligoméricos) entram preferencialmente nas partículas (área sup.partículas >> área sup.gotas) • crescimento das partículas, Npt = cte., [M]p = cte (difusão na fase aquosa, ~ eq. com gotas) • fim das gotas de monômero fim do intervalo II 06/06/2018 10 Mecanismos da Polimerização em Emulsão (HARKINS, 1945). Fim das gotas de monômero • partículas de polímero ( ~20 a 600 nm) (III) Intervalo (III) : • Formação de radicais na fase aquosa • radicais (oligoméricos) entram nas partículas • não há mais gotas, só monômero dissolvido na água (pouco) e nas partículas • [M]p • p ... kt (efeito gel) N2, N3, ... 0 Rp • polímero > monômero r • kp e kt (limitadas por difusão, efeito vítreo e efeito gel) • se transição vítrea kp 0 • ramificações, reticulação (II) (III) (I) (~20 a 600 nm) Mecanismos da Polimerização em Emulsão (HARKINS, 1945). Conversão Rp emulsão-ar fim das micelas fim das gotas de monômero (I) (II) (III) 06/06/2018 11 Polimerização em Emulsão - Número Médio de Radicais por Partícula Polimérica (ñ) Casos limite (SMITH e EWART, 1948) : • caso 1: a taxa de saída de radicais das partículas poliméricas é muito maior que a taxa de entrada ñ << 1. • caso 2: a taxa de saída de radicais das partículas poliméricas é desprezível e a taxa de entrada é muito menor que a taxa de terminação. ñ 0,5. • caso 3: a taxa de entrada de radicais nas partículas poliméricas é muito maior que a taxa de terminação. ñ >> 1. ..., 1, 0, n 1121 211 nnnnnnn NnnNnncnNNnkNNdt dN 0 0~ n n n n N nN nO número médio de radicais por partícula de polímero (ñ) : Balaço de partículas com ñ radicais (SMITH e EWART, 1948): 06/06/2018 12 Polimerização em Emulsão (GILBERT, 1995). S04 -. + M partícula estável nucleação homogênea z jcrit-1 partícula precursora partícula precursora nucleação micelar terminação micela partícula estável propagação + coalescência propagação + coalescência propagação entrada iniciação Polimerização em Emulsão - Tamanho das Partículas Dp e DTP são funções de: • tipo e concentração de emulsificante • tipo e concentração de iniciador • tipo e concentração de monômero • pH do meio reacional • condições de agitação no reator • geometria do reator Coalescência Partículas colidem e algumas colisões resultam em coalescência. Tamanho médio típico das partículas produzidas em emulsão (Dp): 20 a 600 nm Importância de Dp e DTP: O mecanismo de polimerização depende dos tamanhos das partículas. Partículas pequenas contêm em média menos de um radical, diminuindo a taxa de terminação, provocando aumento do Mw. Dp e DTP afetam a reologia do látex alterando a sua viscosidade. Balanço populacional: nucleação, 2 1 0 0 2 dmmdmfmfmmKNVqNNq t NV cTTeeT nucleação, 2 1, ocresciment 0 2 0 2 mdmmfmfmmmKNVmdmfmmKmfNV mfNqmfNq t VNmf t mfNV t NmfV m cTcT TeeeTT T 06/06/2018 13 Microscopia - TEM Polimerização em Emulsão - Tamanho das Partículas 275 nm 275 nm 0 20 40 60 80 100 120 140 0 20 40 60 80 100 120 140 N úm er o de p ar tíc ul as Diametro (nm) DTP 0 20 40 60 80 100 120 140 0 20 40 60 80 100 120 140 N úm er o de p ar tíc ul as Diametro (nm) DTP Partição do(s) Monômero(s) entre as Fases: • polimérica (partículas) • monomérica (gotas) • aquosa • micelas Particularidades da Polimerização em Emulsão Partição do(s) Emulsificante(s): • dissolvido na água • adsorvido as partículas de polímero • “adsorvido as gotas de monômero” • na forma de micelas Mecanismos de Nucleação das Partículas: • micelar • homogênea • coagulativa • “renucleações” ? Reatores Contínuos de Mistura Perfeita: • comportamento oscilatório (processo de nucleação de novas partículas é interrompido e reiniciado sucessivamente) • multiplicidade de estados estacionários Número Médio de Radicais por Partícula Polimérica: • entrada nas partículas • dessorção das partículas • terminação 06/06/2018 14 Vantagens: • taxa de polimerização é muito maior que nos processos em solução ou massa • pesos moleculares são muito maiores que nos processos em solução ou massa • peso molecular pode ser facilmente controlado (reduzido) pela adição de ATCs • reduz a carga térmica, pois o calor gerado pode ser facilmente dissipado na fase aquosa e removido com trocadores de calor, devido à menor viscosidade do meio (emulsões têm viscosidade menor que soluções) • processo de polimerização utiliza a água como meio contínuo, minimizando os efeitos tóxicos, aumentando assim a segurança da operação • polímero é formado como um látex, de fácil manuseio e mais adequado para a produção de tintas e adesivos e de polímeros finamente divididos e com alto peso molecular • pode ser realizada a altas conversões, minimizando problemas com monômero residual e maximizando a eficiência do processo • produção de partículas estruturadas do tipo core-shell, o que gera diferentes características morfológicas do produto final, aumentando as possibilidades de aplicação do produto • é uma das técnicas de polimerização em meio heterogêneo mais utilizadas na indústria Polimerização em Emulsão Limitações: • podem ocorrer incrustações, dificultando a manutenção da eficiência da troca de calor (especialmente em processo contínuo), e a formação de coágulos, devido à perda parcial da estabilidade da emulsão • quando o produto final desejado não tem a forma de emulsão, é necessário um processo de separação do polímero da água, como coagulação e posterior retirada da água, o que aumenta os custos de produção • como o processo de polimerização é em meio heterogêneo e envolve pelo menos duas fases, os mecanismos são extremamente complexos, e por isto ainda não estão totalmente elucidados • látex formado geralmente contém uma grande quantidade de emulsificantes, que são freqüentemente difíceis (ou caros) de remover. Estes compostos normalmente presentes no látex polimérico podem ser responsáveis por qualidades indesejadas no produto. Polimerização em Emulsão 06/06/2018 15 Produtos e Processos industriais: • SBR (copolímero de estireno e butadieno), utilizado na fabricação de pneumáticos, sendo normalmente produzindo em um trem de reatores CSTR. Também é utilizado para coberturas de papel, sendo produzido em reatores semi-contínuos. • ABS (copolímero de acrilonitrila, butadieno e estireno), que é um material com alta resistência ao impacto. • PVC (poli(cloreto de vinila)), que apesar de ser fabricado principalmente via suspensão, tem cerca de 20% de sua produção total produzida via emulsão, que dá diferentes características ao produto. O PVC produzido via emulsão é utilizado em separadores de bateria e em couro artificial. • Copolímeros acrílicos e vinílicos (MMA/BA, VA/BA, VA/Veova10, MMA/VA/BA, BA/St, etc…), utilizados na fabricação de tintas, sendo normalmente produzindo em reatores semi-contínuos. • Etc... Polimerização em Emulsão Aplicações industriais: • revestimentos (papel, carpetes, etc…) • tintas para interiores e exteriores (feitas por enorme variedade de ingredientes e processos) • colas e adesivos, como o poli(acetato de vinila) ligeiramente plastificado • borrachas • aplicações biomédicas(fase sólida para imuno-ensaios, transplantes de medula óssea e liberação controlada do medicamento no organismo) • etc... Sistemas de Polim. em Emulsão Não-Convencionais Polimerização em emulsão sem surfactante polímeros “coloidais” com DTP estreita e propriedades de superfície bem caracterizadas. O sistema ganha estabilidade coloidal devido aos seguintes compostos reativos: iniciador ionizável (ex. persulfato de potássio), comonômeros hidrofílicos (ex. monômeros carboxílicos) e comonômeros iônicos (ex. estireno sulfonato de sódio). Vantagens: elimina impurezas no produto devido aos emulsificantes e aumenta a resistência à água de filmes formados por látex polimérico.) Polimerização em emulsão inversa monômeros solúveis em água, fase aquosa é a fase dispersa e fase orgânica é a fase contínua. Iniciador é solúvel na fase orgânica e o emulsificante forma micelas na fase orgânica. Ex. polimerização de acrilamida para produção de floculantes. Preparação de partículas estruturadas (ex. “core-shell” ou núcleo-casca) visa melhorar propriedades mecânicas (resistência ao impacto, permeabilidade a gases, etc…) através de processos semi-contínuos ou em duas etapas. Resultados dependem da miscibilidade dos monômeros e polímeros, da hidrofobicidade dos monômeros, peso molecular do polímero e viscosidade das partículas (ex. se o polímero que formaria o núcleo é mais hidrofílico, podem se formar partículas núcleo-casca invertidas). 06/06/2018 16 OuOu Agitação magnéticaAgitação magnética DispersDispersão por USão por US Fase aquosaFase aquosa Macroemulsão Macroemulsão Agitação magnéticaAgitação magnética Miniemulsão Miniemulsão Polimerização Polimerização ++ Polimerização em Miniemulsão Fase orgFase orgânicaânica Agitação magnética Agitação magnética • Apenas espécies com centros ativos podem crescer • Concentração de monômero decresce estavelmente • Pesos moleculares elevados são atingidos rapidamente • A concentração das cadeias reativas geralmente é baixa comparada com monômero e cadeias inativas Polimerização em cadeia 06/06/2018 17 Polimerização em etapas • Quaisquer duas espécies com grupos terminais reativos podem reagir • Concentração de monômero decresce abruptamente • Pesos moleculares crescem lentamente ao longo da reação • Espécies de quaisquer tamanhos podem reagir uma com a outra e muitas cadeias reagem ao mesmo tempo Ácido tereftálico Etileno glicol Tereftalato de etileno - poliéster Preparo da Miniemulsão (Dp entre 50 e 500 nm) • Sonda de Ultrasom – compressão e rarefação (sonificação) – escala laboratorial • Sistema estator-rotor – turbulência (ex. ultra-turrax, omnimixer) – potência limitada • Homogeneizador de pressão elevada – escala industrial • “Misturadores estáticos” Chemtob (2006) HAE hom 06/06/2018 18 Estabilidade da Miniemulsão • Minimizada através do uso de emulsificante • Minimizada através do uso de co-estabilizador Equação de Kelvin: 06/06/2018 19 06/06/2018 20 06/06/2018 21 06/06/2018 22 Concentração Micelar Crítica 06/06/2018 23 06/06/2018 24 Polimerização em Dispersão • Monômero(s) 30-50 vol. % • Solvente (no qual o monômero é solúvel, mas o polímero não) 40-60 vol. % • Iniciador • Estabilizador polimérico estérico • Aditivos (co-estabilizantes, ATC) • A polimerização pode ocorrer dentro das partículas ou na fase contínua. • Em alguns sistemas o “locus” de polimerização muda durante a própria reação de polimerização de acordo com a conversão. • O “locus” de polimerização também depende do tamanho das partículas. • Na maioria dos casos é verificada uma correlação inversa entre o tamanho da partícula e o peso molecular . • A taxa de reação é virtualmente independente do número e do tamanho de partículas sobre uma larga faixa. Características: Polimerização em Dispersão - Tamanho das Partículas Dp e DTP são funções de: • tipo e concentração de monômero • tipo e concentração de solvente • tipo e concentração de estabilizador • condições de agitação no reator Tamanho médio típico das partículas produzidas em dispersão (Dp): 1 a 20 m Agitação: • mantém dispersão e previne separação de fases Atuação do Estabilizador: • O polímero precipitado é estabilizado por um copolímero de bloco ou enxertado por um polímero estabilizador. Tipos de Estabilizadores: • Copolímeros de bloco: • poli(estireno-b-metacrilato de metila); • poli(estireno-b-dimetilsiloxano). • Polímero enxertado p/ estabilizar as dispersões de poli- estireno: • poli(ácido acrílico) (PAA); • hidroxipropil celulose (HPC); • polivinilpirrolidona (PVP). • Polímero enxertado p/ estabilizar as dispersões de poli(metacrilato de metila): • poli(dimetilsiloxano); • poli(isobutileno); • poli(ácido 12-hidroxiesteárico); • poli(metacrilato 2-etilhexil). 06/06/2018 25 Vantagens: • remoção de calor e controle de temperatura é mais fácil (comparada à polimerização em massa e solução) • menor viscosidade (comparada à polimerização em massa e solução) • produto final em uma forma particulada (comparada à pol. em massa e solução) Limitações: menor produtividade para a mesma capacidade do reator (comparada à pol. em massa) dificuldade de manutenção da estabilidade da dispersão (requer uso de estabilizador) incrustação nas paredes do reator, agitadores e outras superfícies Polimerização em Dispersão Aplicações industriais: • tintas para automóveis • tintas de impressão • adesivos • espumas • enchimento para colunas de separação cromatográficas • microesferas de polímero monodisperso • testes de diagnósticos médicos Polimerização Interfacial 06/06/2018 26 Polissacarídeos - Amido Polimerização Interfacial em Polimerização Interfacial em MiniemulsãoMiniemulsão Inversa Inversa Tolueno-Diisocianato Fase Contínua Amido Fase Dispersa Steinmacher, F.R., Tese de Doutorado, UFSC, 2014) Polimerização Interfacial em Polimerização Interfacial em MiniemulsãoMiniemulsão Inversa Inversa Diâmetro médio; Composição; Morfologia; Eficiência de Encapsulação. Nanopartículas Dispersas em Ciclohexano 06/06/2018 27 Polimerização Interfacial em Polimerização Interfacial em MiniemulsãoMiniemulsão Inversa Inversa –– redispersãoredispersão em água em água Nanopartículas Solução Aquosa Diâmetro médio; Composição; Morfologia; Permeabilidade; Dispersão Evaporação do solvente Eficiência de Encapsulação. Polimerização Interfacial em Polimerização Interfacial em MiniemulsãoMiniemulsão Inversa Inversa 0 100 200 300 400 10 15 20 Ciclohexano Solução Aquosa D iâ m et ro (n m ) Surfatante (%) (a) (a) (b) (a) (c) (d) EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE SURFATANTE Dispersas em Ciclohexano Dispersas em Solução Aquosa 06/06/2018 28 EFEITO DO TIPO DE CO-ESTABILIZDOR 0 50 100 150 200 250 NaCl NaCl / CuSO 4 Ciclohexano Solução Aquosa D iâ m et ro (n m ) Co-estabilizador Polimerização Interfacial em Polimerização Interfacial em MiniemulsãoMiniemulsão Inversa Inversa Polimerização Interfacial em Polimerização Interfacial em MiniemulsãoMiniemulsão Inversa Inversa EFICIÊNCIA DE ENCAPSULAÇÃO DE CORANTE HIDROFÍLICO SULFORHODAMINE 101 (SR 101) (FLUORESCENTE) 0 20 40 60 80 100 120 80 160 Cyclohexane Aqueous Solution En ca ps ul at io n Ef fic ie nc y (% ) TDI (mg)
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