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Petição RAFAEL ESTÁGIO OBRIGATÓRIO 1

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL REGIONAL DE BANGU
XXXXXXXXXXXXXXXXX, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade n° xxxxxxx, incrita no CPF sob o n° xxxxxx, residente e domiciliada xxxxxxx, CEP xxx, vem, respeitosamente, na presença de Vossa Excelência, através de sua advogada que esta subscreve, com fulcro nos Arts. 81 e 83 do Código de Defesa do Consumidor, apresentar a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA C/ DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de MRV Engenharia, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº xxx, localizada na xxx CEP xxx, pelos fatos e fundamento que passa a expor.
I - DOS FATOS
	A autora adquiriu um imóvel junto à empresa ré. Em meados do mês de março de 2014 houve falta de eletricidade no apartamento da autora, que já está há mais de uma semana sem eletricidade.
	
	A autora fez uma reclamação no site Reclame aqui, conforme documento em anexo, narrando o acontecido e pedido que a empresa conserte a rede elétrica de seu apartamento até o dia 04/04/2014. Entretanto, até a presente data nada foi resolvido pela empresa ré.
	Desta forma, não restou alternativa à autora se não ingressar com a competente ação judicial a fim de compelir a empresa ré a realizar o conserto de sua rede elétrica.
	Vale salientar que a autora estuda e trabalha, dependendo da eletricidade para realizar tarefas referentes ao seu estudo, bem como de seu trabalho. Contudo, face a falta de energia, a autora se vê impossibilitada de realizar sua tarefas, causando tremenda angustia.
	Registre-se que com a falta de energia, os produtos armazenados na geladeira da autora se deterioraram, causando prejuízo financeiro à autora.
	
	A autora, logo após a falta de energia, providenciou o conserto da tubulação de energia de seu apartamento. Contudo, foi constatado pelo eletricista que o problema encontra-se entre a caixa de entrada de energia do apartamento da autora até o medidor de energia, ou seja, tubulação de responsabilidade da construtora.
II - DO DIREITO
A) DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO
É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes, sendo a empresa no polo passivo da presente ação uma construtora, portanto, fornecedora nos termos do art. 3º do CDC, e a autora como consumidor, de acordo com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma. Assim está disposto nos artigos acima mencionados:
Lei. 8.078/90 - Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Lei. 8.078/90 - Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
B) DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras ordinárias de expectativas.
Desse modo, cabe à ré demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pela autora. Resta informar ainda que algumas provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor.
C) DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Apesar de a autora ter contatado a empresa ré através do site Reclame Aqui para que fosse sanado o problema de energia de seu apartamento, o mesmo não o fez. Dessa forma, se faz imperioso a tutela do estado para que obrigue a ré a realizar o concerto da rede elétrica do prédio da autora. Pelos fatos apresentados, verifica-se que um há um vício na tubulação do prédio onde se situa o apartamento da autora. Dispõe os arts. 18 e 26 do CDC.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
        I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
        II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
        § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
        § 2° Obstam a decadência:
        I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
        II - (Vetado).
        III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
        § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
D) DO DANO MORAL
A demora excessiva na manutenção da rede elétrica do apartamento da autora impossibilitou a autora de realizar diversas tarefas de seu trabalho e estudo, bem como passou por outras privações severas, sendo certo que tal fato não pode ser enquadrado no que a doutrina classifica como mero aborrecimento, uma vez que ocasionou danos à Autora que devem ser reparados.
Lamentavelmente a autora da ação sofreu grande desgosto, humilhação, sentiu-se desamparada, foi extremamente prejudicado, conforme já demonstrado. Nesse sentido, é merecedora de indenização por danos morais. Maria Helena Diniz explica que dano moral “é a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano”. Mais adiante: “o direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente” (Curso de Direito Civil – Reponsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).
Assim, é inegável a responsabilidade dos fornecedores, pois os danos morais são também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pelos réus, que de fato prejudicou a autora da ação.
E) DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Para fixar o valor indenizatório do dano moral, deve o juiz observar as funções ressarcitórias e putativas da indenização, bem como a repercussão do dano, a possibilidade econômica do ofensor e o princípio de que o dano não pode servir de fonte de lucro. Nesse sentido, esclarece Sérgio Cavalieri Filho que:
“(...) o juiz, ao valor do dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de acordo com seu prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem presentes”.
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto acima requer:
Citação dos réus para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, bem como provas que achar pertinente para presente caso, sob pena de revelia;
Reconhecimento da relação de consumo e inversão do ônus da prova, nos termosdo art. 6º, VIII, do CDC;
Condenação da parte ré para reparar o produto defeituoso da autora ou não sendo possível a reparação, requer a aplicação do Art. 18, § 1° do CDC;
A condenação dos réus ao pagamento de danos morais no montante justo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); 
Condenação dos réus ao pagamento das custas e honorários;
A fixação dos honorários advocatícios;
Em provas protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, tais como documental e depoimento pessoal da representante legal da ré.
Nestes termos, dá-se à causa o valor de R$ 16.900,00 (dezesseis mil e novecentos reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2018.
advogado
OAB nº xxx

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