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Direito Tributário Presencial

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DIREITO TRIBUTÁRIO
24/01/2018.
→ COMPETENCIA TRIBUTÁRIA
→ Competência tributária e capacidade tributária ativa
	
Competência tributária
	
Capacidade tributária ativa
	
	
	
É outorga constitucional, ou seja, a Carta Magna mandou a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal instituírem seus impostos.
	
É a delegação da capacidade tributária ativa por parte dos entes políticos, dos atos de arrecadação, administração e fiscalização do tributo. 
	
É a determinação para que a União, Estados, Municípios e o Distrito Federal exijam seus tributos. 
	
Tem natureza meramente administrativa.
	
Tem natureza politica, considerando que sua previsão é na Carta Politica de 1988.
	
	
É cláusula pétrea.
	
Exemplo: A união é o órgão politico competente para instituir o IRPF e delega a arrecadação, administração e fiscalização do tributo a Receita Federal. Nessa situação, a União tem COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA e a Receita Federal possui CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA. 
Obs.: A capacidade tributária ativa é PRECÁRIA, isto porque a qualquer momento e por ato unilateral, o ente competente pode suprimir a capacidade. 
Assim, o fenômeno da precariedade diz respeito a possibilidade do ente competente SUPRIMIR a capacidade tributária ativa. Os donos da competência tributária são os entes políticos (U, E, M e DF)
Atenção: Na OAB a FGV tem o costume de trocar competência por capacidade, e muitas vezes ainda utilizar nomenclaturas semelhantes ou unindo partículas de cada uma. 
→ Características da competência:
Indelegabilidade: 
 	Uma vez outorgada pela Constituição Federal, a competência torna-se INDELEGÁVEL e INTRANSFIRIVEL.
 	A OAB dirá que a competência é delegável, mas na realidade o que se delega ou transfere é a capacidade tributária ativa e não a competência, que por sua vez é garantida por lei pétrea. 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
Incaducável: 
 	Em que pese as provas da OAB costumem afirmar que a competência é caducável, diferente da suma maioria dos prazos processuais do direito, a competência é incaducável. 
 	Existe um imposto chamado Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) que foi previsto na CF 88, porém não foi objeto de exercício, contudo, possui competência tributária. Fica “adormecido” até que a União o exija por meio de lei complementar.
 	Assim, a União, por meio de LEI COMPLEMENTAR pode a qualquer tempo e respeitados os preceitos constitucionais exigir IGF, já que a competência é incaducável. 
→ Atributos da competência:
Competência privativa (privatividade): 
 	 Apenas um ente politico pode exigir o tributo (ninguém pode disputar com o ente politico). 
	
ENTE POLITICO
	
TRIBUTO
	
	
	
União (U)
	
II, IE, IPI, IOF, E-Compulsória, Contribuições Sociais, CIDE´s.
	
Estados e Distrito Federal (E / DF)
	
IPVA, ICMS, ITCMD
	
Município e Distrito Federal (E / DF)
	
ISS, ITBI, IPTU
	
Obs.: - Tudo que o Estado pode, o Distrito Federal pode fazer.
 - Tudo que o Município pode, o Distrito Federal pode fazer.
Competência Comum:
Por meio dessa competência, mais de um ente politico pode exigir o tributo. 	
 	A FGV entende como tributos que podem ser exigidos na modalidade comum são:
Taxas: Tais como passaporte (U), lixo (M), custas e emolumentos (E) ou licenciamento ambiental (depende da situação, U, E, MF e DF). 
Contribuição de melhoria: Ocorre quando existe obra pública que valoriza imóvel da planta, desde que a obra esteja no rol taxativo previsto no Decreto Lei 195/67. Qualquer um dos entes (U, E, M e DF) podem executar obras públicas, que resulte em valorização imobiliária. 
Obs.: O ente que realizou a obra pública é o único responsável por arrecadar o tributo. Assim, se por exemplo o Estado executar, só ele pode cobrar. 
Competência Residual:
 	Trata-se do coringa da União. É a competência que mais caia na OAB. 
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
 	A União mediante LEI COMPLEMENTAR pode instituir outros impostos além dos já previstos, DESDE QUE O FATO GERADOR E A BASE DE CÁLCULO SEJAM DIFERENTES DOS JÁ EXISTENTES e não sejam cumulativos. 
- Características básicas:
Somente a União pode instituir (Se os Estados, Municípios e Distrito o Federal pudessem instituir tributos “coringas” sem a devida análise, os deputados, prefeitos e governadores apresentariam inúmeros projetos para oficializar novos tributos). 
Somente pode ser instituído por lei complementar (Isso porque a lei complementar exige um procedimento muito mais complexo e elaborado, diferentemente da lei ordinária). 
A única garantia é que será um imposto completamente novo. Não causará similaridade com os já existentes, portanto com fato gerador e base de cálculo distintos. 
Exemplo: Imposto sobre propriedade de bicicletas. A OAB questionou em prova anterior se a União poderia criar o imposto sobre propriedade de veículos não motorizados de duas rodas por lei complementar. A resposta correta é que seria possível a criação, haja vista que não existe imposto sobre propriedade de bike, ou seja, existiria uma base de cálculo e um fato gerador diferenciados dos existentes, e criado por LC e pela União. 
Competência Extraordinária ou Exclusiva:
Atenção: FGV adora dar questões relacionadas a essa competência. 
 	A União diante de guerra externa (iminente ou declarada) pode instituir impostos extraordinários de guerra. É competência exclusiva da União, haja vista que a guerra precisa ser necessariamente externa (não tem cabimento Natal declarar guerra contra Pernambuco e o Estado instituir IEG).
 	A União pode usar a competência de outros entes políticos (BITRIBUTAÇÃO) ou utilizar a sua própria competência (“BIS IN IDEM”).
 
Dupla incidência (“bis in idem”): Um ente politico exigindo, duplamente, sobre o mesmo fato gerador. 
Bitributação: Dois entes políticos diferentes exigindo sobre um mesmo fato gerador. 
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Atenção: A dupla incidência e a bitributação SOMENTE PODEM ser exigidas quando houver guerra externa (IEG). 
Exemplo: Uma única pessoa recebe dois carnês de IPTU, sendo um emitido por São Caetano e outra por São Bernardo do Campo. A pessoa não saberá para qual dos dois entes políticos pagarem. 
Por serem dois entes políticos, temos o fenômeno da bitributação, contudo, por não se tratar de IEG, tal pagamento não pode ocorrer. 
Obs.: A bitributação é expressamente autorizada quando houver o exercício da competência extraordinária pela União.
Competência dos Territórios Federais (TAMBÉM CHAMADA DE COMPETÊNCIA CUMULATIVA):
 	A União pode exigir tributos estaduais e municipais quando o território federal não estiverdividido em ESTADOS e MUNICIPIOS. A União cobra porque aquele determinado território ainda não é do Município e nem do Estado. 
Exemplo: O Acre e Fernando de Noronha eram territórios federais. Os territórios não podem deixar de arrecadar, e ai para não ter conflito entre Estados e Municípios, a União quem arrecada (mesmo sendo IPVA, IPTU, etc). 
Os territórios federais foram extintos em 1988.
→ OBSERVAÇÕES: A UNIÃO TEM TODAS AS COMPETÊNCIAS.
→ PRINCIPIO DA LEGALIDADE ou RESERVA LEGAL:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.
 	Os tributos poderão ser MAJORADOS / EXTINTOS / PREVISTOS somente mediante LEI ORDINÁRIA ou COMPLEMENTAR (regra)
Assim, decretos, portarias, instruções normativas e etc não podem majorar, extinguir ou prever tributos. 
- EXCEÇÃO A LEGALIDADE:
1 – Decreto do Poder Executivo (Decreto do Presidente da República e Chefe do Poder Executivo):
II, IE, IPI e IOF: MAJORAR as alíquotas dos impostos extrafiscais (são os reguladores da economia).
Exemplo: A decisão do Presidente de instituir decreto determinando o IPI zerado para veículos automotores e eletrodomésticos tem o intuito de estimular a aquisição e a econômica e retrair alguns comportamentos. Não seria viável aguardar procedimentos complexos como instauração por lei ordinária ou complementar quando a economia precisa urgentemente de uma injeção. 
Contribuição de intervenção no domínio econômico – (CIDE) – Combustíveis: Pode ESTABELECER, MAJORAR, RESTABELECER a alíquota. 
A intervenção do estado muitas vezes precisa ser imediata, porque os commoditys são de extrema relevância na economia. O interesse dos países em combustível é capaz de originar verdadeiras guerras, motivo pelo qual, o Presidente precisa ter uma solução rápida e menos complexa do que leis ordinárias e complementares para controlar a economia em situações extraordinárias. É um regulador da economia. 
- Obs.: O Presidente Temer recentemente instituiu uma majoração do CIDE - Combustível, contudo, desrespeitou a anterioridade nonagesimal, vigorando o Decreto no mesmo momento de sua elaboração. Dessa forma, o documento foi suspenso, para somente após o transcurso de 90 dias passar a ser válido. 
2 – Decreto do Prefeito:
 	O Prefeito do Município poderá, por Decreto, atualizar monetariamente a base de cálculo do IPTU, através de um estudo da Planta Genérica de Valores (PGV). Notável que o Prefeito não poderá majorar a alíquota, mas tão somente atualizar a base de cálculo. 
 	Essa atualização pode acarretar diferenças exorbitantes no IPTU de cidades como Guarulhos e São Caetano, e é plenamente possível diante de previsão legal. Inclusive, os contribuintes poderão ter acesso ao estudo da PGV para averiguar as melhorias realizadas ao redor de seus imóveis que motivaram a atualização monetária. 
Súmula 160/STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
 	A Súmula 160 do STJ veda que a atualização monetária seja acima do índice máximo estipulado pela constituição. 
06.02.2018
→ PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA:
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;  
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.  
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamenteas matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.  
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
 	O objetivo do Princípio da Anterioridade é não pegar o contribuinte de surpresa, por exemplo, não criar um tributo em dezembro e ser cobrado em janeiro. Esse princípio envolve planejamento, por isso, ele é chamado também de Princípio da Não-surpresa.
 	Ele se divide em: Princípio da Anterioridade Anual (Princípio da Anterioridade Comum ou de Exercício) e Princípio da Anterioridade Nonagesimal (Princípio da Anterioridade Qualificada ou Privilegiada)
Regras: É vedado a União, aos Estados, aos Municípios ao Distrito Federal (entes federados) exigir tributos:
- NO MESMO EXERCÍCIO FINANCEIRO → ANTERIORIDADE ANUAL 
Ou
- ANTES DE DECORRIDOS 90 DIAS → ANTERIORIDADE NONAGESIMAL 
 	Contados da data da publicação da lei que INSTITUIU ou MAJOROU o tributo (A majoração atrai a anterioridade).
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea B.
ATENÇÃO: O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE É OBSERVADO TODA VEZ QUE HOUVER ELEVAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA, LOGO QUANDO UM TRIBUTO FOR REDUZIDO NÃO HÁ NECESSIDADE EM SE OBSERVAR O PRINCÍPIO, POIS É EM BENEFÍCIO DO CONTRIBUINTE. 
Exemplos:
→ Em 6 de fevereiro de 2018 fora majorado um tributo X. Em 6 de maio de 2018 terá observado a anterioridade nonagesimal. Contudo, ainda não é possível cobrá-lo, haja vista que, é necessário respeitar a anterioridade anual, que é no exercício financeiro seguinte, ou seja, 01 de janeiro de 2019. Isto porque não só já terá passado os 90 dias, como terá alcançado o próximo exercício financeiro. 
→ E se o imposto Y fora majorado em 06 de dezembro de 2018. No dia 01 de janeiro mudou o exercício financeiro, só que os 90 dias não foram respeitados, ou seja, o tributo só poderá ser cobrado em 06 de março de 2019, para atender a anterioridade nonagesimal. 
ATENÇÃO: Podemos concluir que sempre prevalecerá aquela anterioridade que deixar o tributo mais longe do contribuinte (que der mais prazo) podendo ser qualquer uma das duas. 
EXCEÇÕES A ANTERIORIDADE: 
II, IE, IOF, IEG, EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO:
 	Esses tributos não observam nenhuma das anterioridades. Eles poderão ser cobrados em qualquer momento. 
 	Podemos concluir que esses são os únicos tributos que poderão ser exigidos imediatamente a sua majoração. 
IPI, CIDE COMBUSTÍVEL, ICMS COMBUSTÍVEL E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL:
Esses tributos não precisam respeitar a anterioridade anual, mas devem se atentar a anterioridade nonagesimal. 
 	Podemos concluir que esses tributos podem ser exigidos no mesmo exercício financeiro, porém só depois de decorridos 90 dias.
-IR, IPVA, IPTU:
Esses tributos não precisam respeitar a anterioridade nonagesimal, mas devem se atentar a anterioridade anual. 
 	Podemos concluir que esses tributos somente serão exigidos no dia 1 de janeiro do ano seguinte à sua majoração 
ATENÇÃO: IPTU e IPVA só se comportam conforme supracitado (não precisam respeitar a anterioridade nonagesimal, mas devem se atentar a anterioridade anual) quando são MAJORADOS A PARTIR DA MODIFICAÇÃO DA SUA BASE DE CÁLCULO, ou seja, não precisa respeitar a anterioridade nonagesimal, só a anual quando mexer na base de calculo.
→ A base de cálculo é o valor venal do imóvel e o valor venal do veículo.
ATENÇÃO: EM RELAÇÃO AO IPVA E IPTU → Se alterar a ALÍQUOTA é preciso respeitar a anterioridade anual e também a nonagesimal.
→ IMUNIDADES 
Conceito: Regra de não incidência constitucionalmente qualificada. É um impedimento a cobrança do tributo previsto na Constituição Federal: 
Obs.: 
IMUNIDADE (É qualificada pela Constituição Federal) X ISENÇÃO (É qualificada por legislação infraconstitucional)
ATENÇÃO: 
 	Os artigos 184, § 5 e 195, § 7º da Constituição Federal mencionam em seu texto o termo ISENÇÃO para prever imunidades em relação a impostos da reforma agrária e contribuições sociais conferidas às entidades filantrópicas. 
 	Isto ocorre porque se é a CONSTITUIÇÃO FEDERAL que afasta o tributo, trata-se de IMUNIDADE. Assim, mesmo estando escrito no texto da lei magna que é isenção, a resposta correta é imunidade. 
 	São pseudoisencoes, porque são chamadas de isenções, mas na verdade são imunidades.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
→ IMUNIDADES GENÉRICAS 
 	São as seguintes:
Recíproca
Religiosa
Condicional 
Imprensa 
Musical 
 	Qualquer uma delas afastam a incidência de impostos (qualquer impostos, sejam federais, estaduais, distritais ou municipais).
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. 
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas"b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
 	As imunidades genéricas dirigem vedações a todas as pessoas políticas e abrangem todo e qualquer IMPOSTO (não tributo) que recaia sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das entidades mencionadas. 
Imunidade Recíproca:
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
→ Quem está protegido? União, Estados, Municípios e o DF (Imunidade subjetiva).
Regra: É vedada a União, Estados, Municípios e DF exigir impostos uns dos outros.
 	O artigo 150, VI “a”, da CF estatui ser vedado às pessoas políticas instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços, umas das outras, ou seja, existirá imunidade recíproca sempre que houver uma relação de ente político com outro ente político.
 	Referida imunidade não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
Exemplo: A união é proprietária de um imóvel onde funciona a Justiça Federal, e como esse prédio está localizado em zona urbana, resta a dúvida se o Município pode cobrar imposto de taxa de lixo? O Município poderá cobrar taxa, pois trata-se de um tributo e não de um imposto. 
Extensão do benefício:
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
 	A imunidade recíproca as pessoas políticas se estende às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Assim, protege os entes federados, estendendo a proteção às autarquias e fundações públicas federais, municipais e estaduais.
 	A imunidade só alcança atividades relacionadas às suas finalidades essenciais, ou seja, a finalidade de autarquia ou fundação. (Precisa de provas) 
ATENÇÃO: Segundo o entendimento consagrado do STF, a Imunidade Recíproca alcança também as empresas públicas e sociedades de economia mista sem fins lucrativos.
Exemplos: Correios, Infraero, Casa da moeda, etc. (Banco do Brasil não conseguiu se adequar nessa extensão). 
22/02/18
Imunidade Religiosa: 
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
→ Quem está protegido? Os templos de qualquer culto. (Imunidade subjetiva)
ATENÇÃO: A maçonaria não goza de imunidade, haja vista que o STF entende que a maçonaria é uma ideologia de vida. 
Extensão do benefício: A imunidade religiosa alcança também todos os bens, rendas ou serviços relacionados às finalidades essenciais dos templos religiosos. 
Art. 150. CF. VI - b) 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
ATENÇÃO: A religião é proprietária de dois terrenos, sendo que um deles é onde ocorrem as celebrações e o outro tem finalidade exclusiva de estacionamento para os fiéis. Será necessário analisar se o dinheiro arrecadado é ou não utilizado para as finalidades da religião, de modo que, se for revertido em prol do templo, terá imunidade.
Imunidade condicional:
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
→ Quem está protegido? (Imunidade subjetiva)
- Partidos políticos 
- Sindicatos 
- Entidades de assistência social 
- Entidades educacionais 
 	Aludidas pessoas só receberão a imunidade condicional se atenderem, concomitantemente, os seguintes requisitos: 
Sem fins lucrativos (se aferir lucro, deve ser integralmente revertido no Brasil, ainda que se trate de uma instituição internacional). 
Montante aferido aplicado no Brasil.
Devem manter livros contábeis regularizados 
 	A imunidade é suspensa caso algum desses requisitos seja descumprido. Caso retome o cumprimento das mencionadas condições, poderá voltar a gozar de imunidade. 
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;  
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.
Extensão do benefício: Protege também os bens, as rendas e serviços relacionados às finalidades essenciais dos partidos políticos, sindicatos, entidades de assistência social e educacionais. 
Art. 150. CF. VI - c) 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
Obs.: É possível remunerar os funcionários, inclusive por meio de comissão. 
ATENÇÃO: Uma entidade educacional sem fins lucrativos (exemplificadamente → poderia ser qualquer das quatro entidades previstas em lei) possui dois imóveis, sendo um deles a sede, onde tem maior demanda. Em decorrência da demanda, a entidade precisa contratar mais professores e para tanto, será necessário fundos monetários. Ocorre que a entidade possui outro terreno que está desocupado, e ela tem a pretensão de locá-lo para uma empresa que tem finalidade lucrativa própria, no intuito de arrecadar fundos com o montante do aluguel. 
A questão é saber se o dinheiro captado com o contrato de aluguel será revertido as finalidades essenciais da entidade. Se a resposta for afirmativa, o imóvel será imune a IPTU, contudo, se a finalidade for diversa, não será beneficiária da imunidade. O mesmo raciocínio lógico funciona para a imunidade quanto ao imposto de renda. 
Vale ressaltar que nessa situação o locatário também é beneficiário da imunidade, por via reflexa.
Súmula vinculante de n° 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencentea qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
Obs.: E se a entidade for a locadora de um imóvel de locatário particular? A entidade terá que pagar os impostos, haja vista que a propriedade não é da entidade, mas sim de pessoa que não possui benefício. 
Imunidade de imprensa: 
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
→ O que está imune? (Imunidade objetiva - protege objetos específicos)
- Livros (qualquer tipo de livros, inclusive os importados).
- Jornais.
- Periódicos.
- Papel destinado a sua impressão.
ICMS, IPI, II são alguns impostos imunes. 
ATENÇÃO: Editoras, livrarias, galpões de estoque e gráficas não estão inclusas nessa imunidade. Assim, a imunidade de imprensa protege o veículo que conduz o conhecimento, mas não quem o produz.
Extensão do beneficio: O STF afirma que a imunidade de imprensa só alcança os produtos relacionados, independentemente da sua qualidade. 
Obs.: Está imunidade não protege outros insumos além do papel. 
ATENÇÃO: O STF aduz que os e-book possuem imunidade. Os equipamentos eletrônicos (Kindle) específicos para leitura também gozam de imunidade. Para o STF, outros aparelhos eletrônicos, como tablets, notebooks, smarthphones, que não possuem a função específica para leitura desses livros, não gozam de imunidade.
Musical:
Art. 150. CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
→ Quem e o que está imune? (Imunidade mista)
- Fonogramas e videofonogramas musicais (CD e DVD de música, ou outra modalidade pela qual o indivíduo adquire música, como um Google Play, não incluindo, por exemplo o Spotify), produzidos no Brasil ou obras de autores brasileiros, ou interpretadas por artistas brasileiros. 
Obs.: E se for uma obra a brasileira interpretado por um artista estrangeiro? Goza de imunidade. 
ATENÇÃO: De acordo com o dispositivo, não tem imunidade a etapa de replicação industrial. 
02/03/2018
→ ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: 
 	O STF adota a escola PENTAPARTIDA:
Impostos 
Taxas
Empréstimos compulsórias 
Contribuições de melhorias
Contribuições especiais 
Art. 3º CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
→ IMPOSTOS:
Características: 
É um tributo não vinculado a contraprestação estatal. Serve para a manutenção do erário em funcionamento. 
O imposto é pago porque o fato gerador foi realizado. 
Os impostos podem ser pessoais ou reais:
→ Os IMPOSTOS PESSOAIS incidem sobre um comportamento, um signo presuntivo de riqueza.
→ Os IMPOSTOS REAIS incidem sobre as coisas. 
Regra: Aplica-se aos impostos pessoais as alíquotas progressivas tendo em vista capacidade contributiva. Quanto mais sinais de riqueza o contribuinte der, maior será a alíquota do imposto pessoal (exemplo: IRPF).
Art. 145. CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
ATENÇÃO: SEMPRE QUE SE REFERIR A CONSTITUIR FEDERAL, SERÁ APLICADA A REGRA, OU SEJA, AS ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS APLICADAS AOS IMPOSTOS PESSOAIS. 
Exceção: Se cair de acordo com o STF, há previsão de aplicação de alíquotas progressivas aos impostos reais. Isso foi feito por meio de recurso extraordinário. 
Exemplo: ITCMD.
→ TAXAS:
Art. 145. CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
CTN:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas.
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
 	A taxa possui 2 fatos geradores:
SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL PRESTADO AO CONTRIBUINTE OU POSTO A SUA DISPOSIÇÃO DE FORMA EFETIVA OU POTENCIAL (1ª fato gerador)
 	É um serviço público que pode ser prestado pela União, Estado, Município e Distribuo Federal, sendo um tributo de competência comum. 
Só se está pessoa pagar é que ela pode receber esse benefício específico. 
Exemplo: 
Custas e emolumentos tem natureza de taxa, por ser específico e divisível. 
Emissão de passaporte, por ser específico e divisível. 
Taxa de lixo, por ser específico e divisível. 
→ Taxa de lixo é constitucional: Remuneração sobre a remoção, tratamentos e destinação de remédios provenientes de imóveis, de competência dos municípios. 
Súmula Vinculante nº 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
ATENÇÃO: Taxa de iluminação pública não é serviço específico e divisível. A iluminação pública é remunerada mediante COSIP e é de competência dos municípios e do Distrito Federal → Não há como saber quem será beneficiado. 
SERVIÇO UTI SINGULI: Pode ser remunerado mediante taxa, haja vista ser personalismo. 
SERVIÇO UTI UNIVERSI: Não pode ser remunerado mediante taxa, pois é genérico, ou seja, abrange uma generalidade. 
Características:
É a contraprestação estatal 
PRESTAÇÃO PELO SERVIÇO DE POLICIA (2ª fato gerador)
 	É o exercício regular do poder de polícia 
Exemplo: Boate Kiss 
ATENÇÃO: Na prova da OAB sempre aparecerá um termo como “poder de polícia administrativo”, “poder de fiscalização regular” (alvarás, licenças - inclusive ambiental -, vigilância sanitária).
→ Base de cálculo da taxa em relação aos fatos geradores: É o preço do serviço prestado, ou no poder de polícia, ou no serviço público específico e divisível. Não poderá ser igual a base de cálculos dos impostos 
→ CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
Art. 145. CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
CTN
Art. 82. A lei relativa à contribuiçãode melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
Art. 83. Sem prejuízo das demais disposições deste Título, os Estados e Municípios que celebrem com a União convênios destinados a assegurar ampla e eficiente coordenação dos respectivos programas de investimentos e serviços públicos, especialmente no campo da política tributária, poderão participar de até 10% (dez por cento) da arrecadação efetuada, nos respectivos territórios, proveniente do imposto referido no artigo 43, incidente sobre o rendimento das pessoas físicas, e no artigo 46, excluído o incidente sobre o fumo e bebidas alcoólicas.
Parágrafo único. O processo das distribuições previstas neste artigo será regulado nos convênios nele referidos.
Fato gerador: Obra pública que resulte em valorização imobiliária.
Competência: União, Estados, Municípios e Distrito Federal – são de competência comum antes e após a realização da obra.
ATENÇÃO: A obra pública precisa resultar necessariamente em valorização. 
Exemplo: Minhocão → O minhocão foi uma obra que desvalorizou o bairro, razão pela qual não é possível ser cobrada contribuição de melhoria
 	As obras que estão sujeitas a contribuição de melhoria estão no Decreto-lei nº 68, que foi recepcionado integralmente pela Constituição Federal de 1988.
LISTA TAXATIVA:
Asfaltamento
Alargamento de ruas 
Avenidas 
Rodovias 
Arborização e iluminação de praças públicas 
Construção de parques públicos 
Implantação de rede elétrica 
Implantação de sistema de esgoto
Construção de pontes 
Construção de túneis 
Construção de viadutos 
Obs.: Recapeamento asfáltico é obra de conservação apenas e não de melhoria.
ATENCAO: Somente será exigida a contribuição pelo ente que executar a obra.
Exemplo: construção de rodovias + ruas + avenidas + implantação de sistemas ferroviários. 
Observações.: 
- Será publicado um edital prevendo a obra, que poderá ser impugnado em até 30 dias da sua publicação.
- No rateio da contribuição de melhoria, quanto mais perto da obra, maior será a cobrança.
- Há a necessidade de um limite individual e global de cobrança.
 
→ EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO:
Art. 148.CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
 	Ocorre em duas situações 
Calamidade pública → EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE.
Guerra externa (iminente ou declarada) → EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE.
Investimento urgente e de relevante interesse nacional → AGUARDA/RESPEITA A ANTERIORIDADE.
ATENÇÃO: O tributo é vinculado apenas por LEI COMPLRMENTAR, ou seja, jamais poderá ser objeto de Medida Provisória.
Competência: Somente a União pode instituir empréstimo compulsório.
Características: 
- É o único tributo restituível (nasceu para ser devolvido em moeda, com juros e correção monetária).
Obs.: A restituibilidade só tornou-se possível depois de 1988. Antes da atual Constituição Federal, a devolução ocorria por meio de títulos da dívida pública da União. Atualmente, a restituição ocorre somente em dinheiro. 
- É compulsório porque o contribuinte é obrigado a pagar. 
→ CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS:
União: São as contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE´s).
 	Contribuições de categorias econômicas ou profissionais, como por exemplo os sistemas “s’ (Senai, Sesc, Senat). 
Obs.: A contribuição dos advogados da OAB não tem natureza de contribuição, isso porque o STF entendeu que o advogado presta serviço essencial, então não é contribuição. 
Estados, Distrito Federal e Municípios: É uma contribuição que incide sobre os salários dos servidores públicos para a manutenção do regime previdenciário deles (não ao serviço de saúde dos servidores).
Municípios e Distrito Federal: COSIP → É a contribuição que remunera a prestação de serviços de iluminação pública, e pode ocorrer diretamente na fatura de energia elétrica. 
ATENÇÃO: As contribuições para financiamento da seguridade social são de competência privativa da União.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I -  do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a)  a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b)  a receita ou o faturamento;
c)  o lucro;
II -  do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III -  sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV -  do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
→ OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS:
Art. 113. CTN. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
 	As obrigações tributárias podem ser: 
Principal: É o dever de recolher tributo ou penalidade pecuniária (multa). A obrigação principal deriva de fato gerador (pecunia).
Acessórias: São os deveres instrumentais. O contribuinte colabora com os atos de fiscalização e arrecadação do tributo. Deriva da legislação tributária, por exemplo, emissão de nota fiscal, envio das declarações, escrituração fiscal e contábil.
ATENÇÃO: Obrigação acessória independe da principal → Ainda que a obrigação principal esteja dispensada, a acessória permanece, um seja, não segue a regra clássica do direito civil. 
 	Ainda que a obrigação principal esteja dispensada, o contribuinte deverá observar e cumprir com as obrigações Acessórias. 
Exemplo:.
- Obrigação principal: Isenção, imunidade de tributo.
- Obrigações acessórias: Declarações → Ainda que tenha benefício da isenção ou imunidade, terá que ser declarada. 
Obs.: A obrigação acessória será consolidada em principal quando inobservada com relaçãoa penalidade pecuniária. 
Exemplo: Se por exemplo o contribuinte deveria ter recolhido o IRPF em 30/04/2018, contudo não o fez, recolhendo em 30/05/2018, incide em multa pecuniária. 
08.03.18
→ CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA:
Art. 126. CTN. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
Quem deverá recolher tributo? 
 	A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais, ou seja, o menor de 16 anos que pratica fato gerador recolhe tributo assim como o maior de idade. 
 	Vale lembrar que quem recolhe é efetivamente quem pratica o fato gerador e não seus tutores, curadores, pais, etc, de modo que estes apenas representam. 
Exemplo: Sandy e Junior praticavam fato gerador desde crianças, motivo pelo qual, recolhiam tributo (IR). 
Obs.: Não há exceção, ou seja, INDEPENDE DE RESTRIÇÕES OU LIMITAÇÕES CÍVEIS (tutelados, curatelados, interditados, presos, profissionais suspensos em categorias profissionais, como por exemplo, os advogados ou médicos suspensos, entre outros).
ATENÇAO: Alguém deixou de cumprir a obrigação principal, que é pagar, motivo pelo qual alguém que não é quem pratica o fato gerador se torna responsável. 
 	A pessoa tem capacidade tributária passiva independentemente de regularidade fiscal (inscrições na RFB, junta comercial, etc), bastando que configure uma unidade econômica. Aplica-se a pessoas físicas. 
Exemplo: Manicure que abre uma esmaltaria e não a registra na Junta Comercial e Receita Federal e é denunciada por outro comércio, de modo que, se a fiscalização averiguar a situação do comércio, as atividades serão suspensas e ela será tributada da mesma forma. 
→ SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA:
 	O direito tributário determina o sujeito ativo e passivo da relação. 
Art. 119. CTN. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Sujeito ativo da obrigação tributária é o competente para exigir o cumprimento da obrigação tributária (União, Estados, Distrito Federal e Município e por delegações e autarquias – ou seja, o ente competente para cobrar o tributo). 
Art. 121. CTN. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Sujeito passivo da obrigação tributária 
Contribuinte: É aquele que pratica fato gerador e tem relação pessoal e direta com a prática do fato gerador e o Fisco. 
Responsável: Não pratica fato gerador (se praticar, enquadra-se em contribuinte) e não tem relação direta com o Fisco. A Lei, expressamente, o colocará na situação de pagante do tributo ou da multa (obrigação principal e/ou como o responsável pelo cumprimento das obrigações acessórias. 
Exemplo: Filho menor de idade que pratica fato gerador e, por consequência, se torna contribuinte → precisa pagar o tributo. Se o filho deixar de pagar o tributo, o pai precisa pagar como responsável. 
Art. 134. CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
→ RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA:
Art. 130. CTN. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Responsabilidade na sucessão de bens imóveis (imobiliária):
Art. 130. CTN. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Engloba os seguintes tributos: 
- Impostos: IPTU ou ITR 
- Contribuição de melhorias 
- Taxas
 	O ADQUIRENTE do imóvel responde integralmente pelos tributos que recaiam sobre bem imóvel (IPTU, ITR, contribuições de melhorias e taxas)
Obs.: No que diz respeito a TAXA, é necessário que tenham como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, por exemplo, taxa de fiscalização da vigilância sanitária, que é mantida com o alienante. Assim, a taxa que tenha como fato gerador serviço público específico e divisível, será transmitida a um novo adquirente. 
Exceções:
→ Quando há pagamento / quitação de tributo – Prova de quitação pública no cartório de imóveis.
→ No leilão, o procedimento de hasta pública para aquisição do bem imóvel subroga-se ao preço negociado - caso haja dívida de natureza tributária o novo adquirente não responderá (benefício tributário e fiscal).
Responsabilidade na sucessão de bens móveis: 
Art. 131. CTN. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
 	O ADQUIRENTE reponde integralmente pelos tributos que recaiam sobre o bem móvel. 
Exceção: A jurisprudência entende que, caso haja na tradição, título público de que conste a quitação dos tributos, não há o que se falar em responsabilidade. 
 	Assim, deve haver benefício fiscal caso o veículo seja adquirido em praça, subroga-se ao preço negociado, o crédito tributário (prejuízo para o Fisco).
Sucessão por causa mortis:
 	Os bens deixados pelo falecido buscam o espólio (conjunto de bens móveis e imóveis deixados pelo de cujus), e ainda, buscam a viúva meeira, sucessores e herdeiros. 
Responsabilidade na sucessão empresarial:
Art. 132. CTN. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
 	Versa sobre as operações de incorporação, fusão, aquisição ou transformação. O STJ considerou como mutação empresarial (grandes negócios) a cisão. 
Exemplo: Perdigão X Sadia. Na incorporação, a perdigão passou a ser a responsável integral pelos tributos devidos e deixados pela Sadia até a data do ato de incorporação (não é solidária ou subsidiária).
Obs.: Não há exceção. 
Responsabilidade do fundo de comércio (chamada também de trespasse): 
Art. 133. CTN. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, seeste prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: 
 I – em processo de falência; 
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. 
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:  
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; 
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
→ Trespasse: contrato particular de alienação do estabelecimento empresarial, para ser trespasse o adquirente continuará a exploração da mesma atividade econômica anteriormente exercida pelo alienante, pode até mudar o nome social, mas continua atividade.
 	Traduz-se na expressão prática “Passa-se o ponto”. O estabelecimento de menor dimensão é um fundo de comércio, como por exemplo, a padaria. 
Exemplo: O estabelecimento empresarial possui débitos e será vendido, quem responde pelos débitos é o adquirente.
 	O ADQUIRENTE terá responsabilidade INTEGRAL caso o alienante não mais realizar atos de comércio, ou seja, averiguar se ele cessou a exploração da atividade comercial. 
OU 
 	O ADQUIRENTE terá responsabilidade SUBSIDIÁRIA com o alienante caso, dentro dos 6 meses da data da alienação, o alienante continuar ou prosseguir já exploração da atividade comercial. 
 	Se a responsabilidade é subsidiária, primeiro o Fisco busca a responsabilidade do alienante, e subsidiariamente, caso não consiga satisfazer o crédito, busca a responsabilidade do adquirente. 
ATENÇÃO: Independentemente de nova atividade ou nome empresarial.
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS 
 Art. 134. CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
Pode ser:
- Pais que respondem pelos tributos devidos e deixados pelos filhos menores;
- Tutores e curadores responde pelos tributos devidos pelo tutelado e curatelado; 
- Tabeliães e serventuário de ofício, que respondem pelos atos realizados por eles ou perante eles, em razão de seu oficio; 
- Administrador de bens de terceiros responde pelos bens do administrado (tributos deixados). 
ATENÇÃO: Essa responsabilidade, para a jurisprudência, é subsidiária (não solidária), diferente do Código Tributário Nacional. Assim, somente se o contribuinte não pagar é que o responsável pagará. 
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES:
Direito Tributário Penal → Ilícitos administrativos 
Exemplo: Deveria ter pagado o tributo e não pagou.
 	A responsabilidade dos agentes é OBJETIVA, independe de sua intenção (com ou sem dolo).
Art. 136. CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
Direito Penal Tributário: Ilícitos Penais 
Exemplo: Crimes tributários.
 	Exigem Dolo Especifico → INEXISTE CRIME TRIBUTÁRIO CULPOSO, TODO CRIME TRIBUTÁRIO É DOLOSO. 
 	A Responsabilidade do agente é SUBJETIVA, ou seja, depende de sua intenção.
Art. 137. CTN. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
Lei nº 8137/90
CAPÍTULO I
Dos Crimes Contra a Ordem Tributária
Seção I
Dos crimes praticados por particulares
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:      
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: 
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Seção II
Dos crimes praticados por funcionários públicos
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscalou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
CP:
Apropriação indébita previdenciária 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;  
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços;  
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.  
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:  
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
§ 4o  A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; 
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; 
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.  
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.  
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:  
I – (VETADO)  
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.  
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. 
 	Somente haverá representação para fins penais após a constituição definitiva do crédito tributário. (ESGOTAMENTO DAS VIAS ADMINISTRATIVAS), o MP só poderá oferecer a denúncia após a constituição definitiva.
Súmula vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.
- PAGAMENTO INTEGRAL DO DÉBITO, A QUALQUER TEMPO, É CAUSA DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (artigo 83, §4º Lei 9430/96).
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 ( Código Penal ), será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. 
§ 4o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no caput quando a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento.
- PARCELAMENTO - SUSPENSÃO DA PUNIBILIDADE (artigo 83, §1º, Lei 9430/96)
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente.
§ 1o Na hipótese de concessão de parcelamento do crédito tributário, a representação fiscal para fins penais somente será encaminhada ao Ministério Público após a exclusão da pessoa física ou jurídica do parcelamento. 
Observações:
Devedor realiza o pagamento extemporâneo do tributo + juros + correção.
Se o pagamento ocorrer antes do início do procedimento de fiscalização (antes da notificação) a autoridade competente receberá o pagamento como denúncia espontânea.
Benefício do Devedor: Exclusão da multa.
Pagamento após a Notificação: Mera confissão de Dívida (INCIDE MULTA).
→ CRÉDITO TRIBUTÁRIO: 
CTN:
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.
	O crédito tributário é o valor devido ao fisco em decorrência de uma obrigação tributária principal válida. 
 Obs.: Tem caráter de bem público, portanto - patrimônio indisponível.
→ Negligência na arrecadação tributária: constitui-se ato de improbidade administrativa por danos ao erário - (fisco não pode abrir mão do crédito).
Exigibilidade do crédito tributário:
Lançamento: Confere exigibilidade ao crédito tributário. 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assimentendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Observações:
- O lançamento é procedimento administrativo vinculado. 
- O agente público que lança não é discricionário. 
- Se houver Vício no Lançamento este ato deve ser anulado (gera nulidade).
- Constituição do Crédito tributário = lançamento torna o CT exigível
Modalidade de Lançamento:
- Ofício (direto):
 	O fisco lança sem a necessidade de qualquer informação por parte do Contribuinte, uma vez que todas as informações pertinentes já se encontram em sua base de dados. 
Exemplo: IPVA, IPTU.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
 IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
- Declaração (misto):
 	O fisco lança com base nas informações prestadas pelo Contribuinte. 
 
Obs.: Caso o contribuinte omita as informações ou as preste de forma inverídica, autorizará com que a Fazenda, dentro do prazo de 5 anos, realize o lançamento de ofício. 
Exemplo: Alguns Estados: ITCMD, alguns Municípios: ITBI.
 Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.
- Homologação (autolançamento)
 	Compete ao Contribuinte a realização de todo o procedimento administrativo, inclusive mediante a antecipação do pagamento do tributo. Caberá ao fisco concordar ou não com o pagamento realizado.
 	O ato de concordância denomina-se homologação que poderá se dar de forma expressa (fisco manifesta concordância por escrito em até 5 anos) ou tácita (em silêncio, por pelo menos 5 anos).
 
→ Ocorrendo a homologação ocorrerá a extinção do crédito tributário.
→ Se o fisco não homologar, ocorrerá o lançamento de ofício.
Exemplo: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, ICMS, ISS, Cont. sociais, etc.
Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo.
Causas de Suspensão, Extinção ou Exclusão do Crédito Tributário:
- Suspensão
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
I - em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.
- Extinção
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.  
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149.
- Exclusão:
 Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.

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