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P1 DIREITO TRABALHO I

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KEVIN LÉLIS PACHECO 
 
Direito do Trabalho I 
Trabalho – 26/03  Vai valer a nota maior. Se ela der outros 3 trabalhos valendo 1 
cada, esse valerá 7. 
Introdução ao Direito do Trabalho 
1. Origem da palavra: do ponto de vista histórico e etimológico a palavra trabalho 
vem de algo desagradável: dor, castigo, sofrimento, tortura. 
O termo “trabalho” tem origem no latim “tripalium” (espécie de instrumento de 
tortura usado nos cavalos). Por tais razões, os nobres e os senhores feudais não 
trabalhavam, porque consideravam o trabalho uma espécie de castigo. 
2. Definição: trabalho significa toda energia física ou intelectual empregada pelo 
homem com finalidade produtiva. Nem toda atividade humana produtiva 
constitui objeto de direito do trabalho, pois somente a feita em favor de 
terceiros interessa nosso estudo e não a energia dispensada para si próprio. 
3. Conceito: anteriormente à EC 45/2004, tratava-se da competência da justiça do 
trabalho com limitação ao julgamento das causas advindas do trabalho 
empregatício atualmente, porém, a justiça do trabalho é competente para julgar 
todas as causas envolventes de uma relação de trabalho. 
Conceito de Godinho: complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam 
a relação empregatícia do trabalho e outras relações normativamente especificadas, 
englobando, também, os institutos, regras e princípios concernentes às relações 
coletivas. 
4. Divisão: Direito Individual e Coletivo: 
a. Direito Individual do Trabalho: complexo de princípios, regras e 
institutos jurídicos que regulam, no tocante a pessoas e matérias 
envolvidas, a relação empregatícia de trabalho, analisado por forma 
individual. 
b. Direito Coletivo do Trabalho: complexo de princípios, regras e institutos 
que regulam as relações laborais de empregados e empregadores além de 
outros grupos jurídicos normativamente especificados. 
Obs: Corrente majoritária entende que direito do trabalho é o gênero do qual 
compete o direito individual e o direito coletivo. Corrente minoritária entende que 
o direito individual e coletivo seriam autônomos, pois possuem regramentos, 
princípios e regras próprias. 
5. Fontes do Direito do Trabalho: 
5.1 Fontes Materiais: complexo de fatores que ocasionam o surgimento de 
norma envolvendo atos e valores. São analisados fatores sociais, filosóficos, 
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psicológicos, econômicos, históricos, etc., ou seja, os fatores reais que irão 
influenciar na criação da norma jurídica, valores que o direito procura 
realizar. 
Ex: protestos, reinvindicações, paralisações, fatos históricos, etc. 
5.2 Fontes Formais: ligam-se à forma jurídica utilizada como a 
regulamentação do fato social. São aquelas que sucedem logicamente às fontes 
materiais, representando o momento através da exteriorização das normas. 
5.2.1 Subdivisão da fonte formal: 
a) Fontes Formais Autônomas ou Profissionais: são elaboradas pelos próprios 
destinatários sem a intervenção estatal. Emergem da vontade das partes. 
Ex: convenção coletiva de trabalho; acordo coletivo de trabalho; regulamento de 
empresa. 
Convenção Coletiva de Trabalho x Acordo Coletivo de Trabalho  Aquela é o acordo 
feito entre os sindicatos dos empregados e sindicatos das empresas. Esta é entre 
sindicato dos trabalhadores e empresa (não sindicato desta). A convenção coletiva 
vai valer para todos daquela categoria de profissão, mas o acordo coletivo de trabalho só 
valerá para os profissionais daquela empresa. 
b) Fontes formais Heterônomas, Imperativas ou Estatais: são aquelas que emanam do 
Estado, e normalmente são impostas ou aquelas que o Estado participa ou interfere. 
Ex: CF; leis; Decretos; Sentenças Normativas; Súmulas Vinculantes. 
6. Princípios do Direito do Trabalho: 
a) Princípio da Continuidade: presunção de que os contratos são celebrados por prazo 
indeterminado, pois é mais vantajoso ao trabalhador que tem a intenção de continuar no 
emprego. 
 a.1 OBS: SÚMULA 212, TST  ônus de provar é do empregador. Quem vai 
ter que provar o início do contrato é o empregado, mas quem tem que provar o fim é o 
empregador. 
b) Princípio da Primazia da Realidade: os fatos prevalecem sobre os ajustes formais 
(art. 9º, CLT). 
c) Princípio da inalterabilidade contratual lesiva: são vedadas todas as alterações no 
contrato de trabalho que prejudiquem o trabalhador/empregado (art. 468, CLT), ainda 
que haja consentimento deste. 
d) Princípio da Intangibilidade Salarial: proteção ao salário, salvo se for acordo ou 
convenção coletiva (art. 7º, VI, CF/88). Também entende-se como irredutibilidade 
salarial. 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
e) Princípio da Proteção: consiste na utilização da norma e da condição mais favorável 
ao trabalhador, de forma a tentar compensar juridicamente a condição de hipossuficiente 
do empregado. 
 Subprincípios da Proteção: 
 e.1) Princípio da norma mais favorável: não prevalece o critério 
hierárquico de aplicação de normas, devendo-se aplicar a mais favorável. 
 e.2) Princípio da Condição mais Benéfica: liga-se à ideia de direito 
adquirido (art. 5, XXXVI, CF). As condições mais prejudiciais ao trabalhador só serão 
aplicadas/obrigatórias ao trabalhador que firmar contrato empregatício após a vigência 
de tais condições. Para os contratos anteriores tais alterações não serão válidas. 
e.3) Princípio In Dubio Pro Operario/Misero  se uma determinada 
regra permite duas ou mais interpretações, estará o intérprete vinculado à 
escolha daquela que se mostre mais favorável ao empregado. 
Teoria do Conglobamento: escolher, dentre as opções normativas, a que se mostra 
mais benéfica ao trabalhador e aplicar somente ela. Exemplificando: há uma convenção 
coletiva de trabalho e um acordo coletivo de trabalho. Verificou-se que este é mais 
benéfico ao trabalhador. Afasta-se aquela e aplica-se esta por inteiro. 
Teoria da Acumulação: “criação de uma nova norma”. “Aplicar o melhor dos dois 
mundos”. Aplicar-se-á o que há de melhor ao trabalhador nas duas normas. 
Exemplificando: há uma convenção coletiva de trabalho e um acordo coletivo de 
trabalho. Há disposições naquelas que são mais benéficas ao trabalhador se comparado 
com as desta. Mas também há outras disposições nesta que são mais benéficas ao 
trabalhador do que as daquela. Juntam-se as disposições mais benéficas nas duas 
normas e se aplica, como se uma terceira norma fosse criada na realidade. 
AULA 12/03/18 
Art. 3º, CLT = empregado. 
O representante comercial tem um pouco mais de liberdade que o vendedor, na 
verdade não tem vínculo empregatício, ele tem vínculo apenas contratual. 
Diferentemente do vendedor por comissão, cujo vínculo é, de fato, empregatício entre 
ele e o empregador. 
Art. 1º, LC 150/15. 
O empregador doméstico é PESSOA FÍSICA e não tem fins lucrativos e que 
contrate no âmbito residencial. Mas se o empregador monta um consultório dentro da 
casa e manda a empregada limpar, descaracteriza o vínculo empregatício do doméstico. 
TRABALHO – DIA 26/03 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
5 páginas – pode ser digitado. 
TEMAS 
1º Grupo (Kevin)  Doméstico. 
2º Grupo (Fabiano)  Empregado Rural. 
3º Grupo (Hemerson)  Trabalhador Avulso. 
4º Grupo (João Alfredo)  Estagiário. 
5º Grupo (Raquel)  Trabalhador Eventual. 
6º Grupo (Verônica)  Representação Comercial. 
Grupo econômico, na realidade, tem que ser tudo do mesmo grupo, mas na 
prática isso não ocorre, porque as pessoas tentam burlar a lei. Então, há que se provar 
que o grupo é tudo do mesmo dono. 
Grupo econômico, portanto, não se trata de várias empresas necessariamente. 
Um mesmo investidor, investindo em vários ramos de atividades, pode caracterizar-se 
como grupo econômico. Então, tambémnão é necessária a atuação num só grupo. 
O Fluminense, por exemplo, tem um supermercado, farmácia e papelaria. Isso 
caracteriza um grupo econômico. Mas o cara que tem uma parte numa empresa A, outra 
participação noutra empresa B, e outra participação na empresa C não caracteriza grupo 
econômico, porque não é do mesmo dono, o lucro de uma empresa não é investido na 
outra, etc. Uma empresa não tem nada a ver com a outra. 
AULA 24/03/18 
Tem que ser contrato de trato sucessivo. Mas não precisa ser ad eternum, pode 
ser um contrato de experiência, ou por tempo determinado, mas desde que haja 
continuidade na prestação dos serviços. 
O piso salarial deve seguir o local da prestação d e serviços, logo, por exemplo, 
a empregada doméstica, no RJ, deve receber o piso salarial para essa categoria 
profissional, de R$ 1.194,00, aproximadamente. Não pode dispor em contrário, haja 
vista o art. 468, CLT, que dispõe que ainda que seja por consentimento mútuo entre 
empregador e empregado não poderá aquele ter cláusula que resulte prejuízo ao 
trabalhador. 
Art. 443, § 2º, b – Ex: um congresso que ocorre, por exemplo, anualmente, no 
mês de julho. E a empresa contrata trabalhadores por tempo determinado. 
Os demais, do § 2º, salvo contrato de experiência podem ser prorrogados por 
uma única vez e, no máximo 2 anos.  Art. 445, CLT. 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
Esses contratos de no máximo 2 (dois) anos não podem ultrapassar esse prazo. 
Podem ser prorrogados uma única vez. Mesma coisa do contrato por experiência, sendo 
o prazo deste de 90 dias.

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