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Curso de Direito “A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO DIREITO DO TRABALHO” Muriaé-MG 07 de Junho de 2018 Curso de Direito “A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO DIREITO DO TRABALHO” Trabalho apresentado a unidade de ensino Psicologia Jurídica do Curso de Direito da Faculdade de Minas – UNIFAMINAS, como requisito parcial a sua integralização. Prof(a).: Pollyane de Carvalho Acadêmicos:André Felipe Carvalho Dias, Guilherme Silveira Muniz Joia, Henrique Paes Alves Pequeno, Marco Antônio Moraes Barros. Período: 1º Turma: B Muriaé-MG 07 de Junho de 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. DESENVOLVIMENTO 4 3. EXEMPLO DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO 5 4. CONCLUSÃO 6 5. BIBLIOGRAFIA 7 INTRODUÇÃO O então trabalho tem como objetivo ressaltar a importância da psicologia no direito, mas especificamente no direito do trabalho. A relação entre Direito e Psicologia não é atual, desde os primórdios eles vem se relacionando e aprimorando as ferramentas individuais que quando juntos acabam por beneficiar as duas áreas. A importância da interdisciplinaridade nos estudos torna-se cada vez mais necessária. Quando é feito um estudo, uma pesquisa ou até um julgamento utilizando as informações e ferramentas de várias áreas em conjunto, com certeza o resultado será muito mais complexo e satisfatório. A psicologia ajuda a interpretar e compreender determinadas atitudes baseadas no emocional do indivíduo, facilitando assim a vida do julgador Serão colocados fatos argumentos e falas para demonstrar e apresentar o trabalho de um psicólogo atuando em cima do direito trabalhista e a relevância causada com a consequência desses fatos. DESENVOLVIMENTO A atuação do Psicólogo Jurídico no Direito do Trabalho, está empregada a casos de assédio sexual, e assédio moral, ambos no ambiente de trabalho, também em possíveis problemas psicológicos resultantes de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, e situações de afastamento e aposentadoria por problemas psicológicos. Tratando-se dos casos de assédio sexual, coloca-se em pauta que são derivados de uma conduta hierárquica abusiva, na maioria dos casos, o ato é praticado por homens com cargos superiores a vítima, mas, vale observar que nem sempre o assédio é cometido de superior a subordinado, e nem exclusivamente de homens para mulheres, mas esses casos são os mais raros. Não é necessário o contato físico para ser considerado assédio sexual, são várias condutas que podem constituir a prática do assédio, desde expressões verbais ou escritas claras, comentário sutis, gestos, imagens enviadas por redes sociais etc. A prática do assédio consiste em constranger a vítima por meio de cantadas e insinuações constantes com o objetivo de obter vantagens ou favorecimento sexual. O assédio é enquadrado no art.146,CP, que considera "constrangimento ilegal" e prevê detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa para o assediador. A CLT diz que o assédio sexual pode ser considerado "falta grave" e o assediador pode ser demitido por justa causa. Ainda o art.1.521,CC, atribui ao empregador à responsabilidade, sendo que a pessoa assediada pode exigir indenização da empresa. O Assédio Moral no Trabalho, é considerado um tipo de violência psicológica, pois o objetivo do agressor é prejudicar a vítima, praticando comportamentos hostis durante um longo período de tempo no ambiente de trabalho, assim de acordo com o entendimento de Hirigoyen, que o define como, “qualquer conduta abusiva que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.”(Hirigoyen,2002, p. 17). No Brasil,o estudo de Barreto (2003) foi um dos primeiros a enfocar o assédio moral como causa ou agravante de problemas de saúde: 42% dos 2.071 entrevistados apresentavam histórias de violência no trabalho. Nos últimos anos, a repercussão social que o assédio moral no trabalho adquiriu, tem levado uma grande demanda de ações aos tribunais trabalhistas, na busca de reparação dos danos causados aos trabalhadores. “A partir da crença de que o trabalho multidisciplinar pode ser facilitado por um mínimo entendimento entre as áreas que atuam junto a um mesmo fenômeno, propôs-se, neste estudo, uma análise da visão de operadores do Direito sobre um assunto que também diz respeito à Psicologia. Compreender o modo como operadores do Direito percebem e intervêm no fenômeno é de fundamental importância para os profissionais Psi, em especial para aqueles que atuam em Saúde dos Trabalhadores e Psicologia Jurídica. Em sua prática, esses psicólogos devem possuir um conhecimento básico sobre as instâncias legais que cercam o assunto, visando ao melhor atendimento dos trabalhadores. Nesse sentido, investigou-se o fenômeno do assédio moral no trabalho a partir da perspectiva de operadores do Direito.”(Psicol. Soc. vol.23 no.1 Florianópolis Jan./Apr. 2011). Na citação acima é exposto a participação dos psicólogos jurídicos em casos de assédio moral e sexual no trabalho, no qual são investigados pela psicologia jurídica da mesma forma, tendo como papel principal o objetivo de facilitar o entendimento dos operadores do direito (juízes), atuando no papel de peritos, mostrando os danos que podem ter sido causados às vítimas, através de técnicas da psicologia que não são do domínio dos operadores, mas vale ressaltar, que o que é levado ao tribunal pelos psicólogos jurídicos, serve tão somente para acrescentar fatos ao conhecimento do juiz, e de nenhuma forma decidir o caso somente por tal método. EXEMPLO DE ATUAÇÃO Pode-se exemplificar a atuação do psicólogo jurídico em um caso de abuso sexual no trabalho, onde a vítima, é uma secretária, mulher divorciada que sustenta seus dois filhos, e em seu local de trabalho sofre constante assédio praticado por seu chefe, tomado de um poder abusivo, ela, por medo de perder seu emprego, é forçada a ceder aos inúmeros abusos de seu chefe, ao passar de longos anos sendo tratada de tal forma, a vítima denuncia seu agressor, o psicólogo jurídico executará seu trabalho investigando a veracidade dos fatos, e os danos causados, apresentará ao juiz osresultados obtidos através dos métodos e técnicas investigativas da psicologia para o maior entendimento do caso, analisando todos os fatos o juiz fará a decisão cabível ao caso. CONSIDERAÇỖES FINAIS A conclusão obtida, é que é de extrema importância a atividade realizada pelo psicólogo jurídico no direito do trabalho, onde seu papel é de transmitir ao juiz com clareza, fatos e verdades, que só poderiam ser adquiridas pelo profissional da área, assim facilitando o trabalho do juiz. A vítima deve ter um acompanhamento psicológico, mesmo depois que ocorrer o julgamento, pois os danos causados podem permanecer por um longo prazo, alguns dos problemas que podem ser apresentados são, baixa autoestima, desânimo, vergonha, e até mesmo medo de novos empregos, o papel do psicólogo jurídico é extremamente importante, desde a denúncia do caso, ao pós julgamento, onde se deve encaminhar a vítima a outro profissional. Com o trabalho da psicologia na área trabalhista, passou a se estudar mais os trabalhadores que sofreram algum tipo de assédio no trabalho, e isso ajudou a ter resultados mais eficazes nas decisões jurídicas, então, pode-se dizer que a psicologia tem ajudado bastante no campo jurídico trabalhista. BIBLIOGRAFIA 1- Artigo BATTISTELLI,Bruna Moraes; AMAZARRAY, Mayte Raya; KOLLER Silvia Helena.O Assédio moral no trabalho na visão dos operadores do direito. Psicol. Soc. vol.23 no.1 Florianópolis Jan./Apr. 2011.Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Encontrado em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822011000100005 2- Livro LEVY, Lídia, AYRES, Lygia Santa Maria, ARANHA, Stella. Livro Didático de Psicologia Aplicada ao Direito. 1ª edição. SESES. Rio de janeiro 2014;Estácio. 3- Matéria retirada da internet NUNES, Samuel Fernandes Ferreira.A interdisciplinaridade na interface da Psicologia Jurídica aplicada ao Direito.2012, 8p. Encontrado em https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=8501.
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