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Apostila padrão Biossegurança PDF prof. Thyara

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Disciplina Biossegurança 
 
 Professora: Thyara Miranda Pontes 
 Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica 
Funcional, Fitoterápica e Esportiva 
Especialista em Docência do Ensino Superior 
 CRN 11761 
 
 Parnaíba –PI 
 
Aula 01: Introdução à Biossegurança: nomenclaturas utilizadas na 
área hospitalar e conceitos 
Biossegurança- Definição 
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias 
,equipamentos e dispositivos, capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as 
atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de 
serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente 
ou a qualidade dos trabalhos desenvolvido. 
 
Aurélio – O conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os 
eventuais problemas suscitados por pesquisas biológicas e/ou por suas aplicações. 
 www.emedicinehealth.com – A aplicação do conhecimento, técnicas e equipamentos 
para prevenção da exposição pessoal, laboratorial e ambiental a agentes potencialmente 
infecciosos. 
Wikipedia – A prevenção em larga escala da perda da integridade biológica , focada no 
ambiente e na saúde humana. 
Refere-se à aplicação do conhecimento, técnicas e equipamentos com a finalidade 
prevenir a exposição do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente 
infecciosos ou biorriscos. Biossegurança define as condições sobre as quais os agente 
infecciosos podem ser seguramente manipulados e contidos de forma segura. 
 
 (Mastroeni, M. F. 2006) 
É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, 
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a 
saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente (...) riscos que podem comprometer a 
saúde do homem, dos animais, do meio ambiente, ou a qualidade dos trabalhos. 
(Hirata e Mancini, 2002) 
 
Ciência voltada para o controle e minimização de riscos advindos da prática de 
diferentes tecnologias em laboratório ou aplicadas ao meio ambiente, assegurando o 
avanço dos processos tecnológicos e protegendo a saúde humana, animal e o meio 
ambiente. 
 Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nomenclaturas utilizadas na área hospitalar e conceitos : 
 
 Anti-sepsia: destruição ou inibição de microorganismos existentes nas 
camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente 
germicida, denominado anti-séptico. 
 
 Anti-séptico: são formulações germicidas de baixa causticidade, 
hipoalergênica destinados a aplicação em pele e mucosa. 
 
 
 Assepsia: conjunto de medidas utilizadas para impedir a disseminação de agente 
infeccioso (limpeza, desinfecção, anti-sepsia, esterilização). 
 
 Agente de risco: é todo o elemento presente no interior do processo de trabalho 
que possa produzir efeitos nocivos sobre o organismo do trabalhador ou 
qualquer atividade que possibilite danos a integridade física do homem. 
 
 
 Contaminação: presença de agente infeccioso na superfície do corpo, no 
vestuário e nas roupas de cama, em brinquedos, instrumentos em objetos 
inanimados ou em substâncias, como a água, o leite e os alimentos. 
 
 Degermação: redução de microorganismos da pele através de limpeza mecânica 
(com o auxilio de sabão ou detergente neutro) e escovação ou por meio de 
agentes químicos germicidas (degermantes anti-sépticos). 
 
 Gotículas de Flugge: denominação dada às suspensões de microparticulas de 
secreções ou de líquidos no ar atmosféricos. 
Essas microparticulas, contendo o agente infeccioso, são expelidas diretamente 
das cavidades nasais e bucal, como produto da atividade fisiológica. 
 
 
 Desinfecção: processo físico ou químico destinado a destruir os 
microorganismos, exceto as formas bacterianas esporuladas, de superfícies ou 
objetos inanimados. 
 
 Virulência: é a capacidade de um microorganismo produzir casos graves ou 
fatais. Um mesmo agente infeccioso pode ter diferentes cepas agrupadas em 
sorogrupos ou sorotipos. 
 
 Precauções anti-infecciosas: é um conjunto de medidas que visam a bloquear a 
via utilizada pelo agente infeccioso para transferir-se do hospedeiro para o meio 
ambiente. Essas devem ser aplicadas rotineiramente a todos os cuidados 
dispensados ao cliente. 
 
 Hospedeiro: é o homem vivo, inclusive aves e artrópodes, que ofereça, em 
condições naturais, subsistência ou alojamento a um agente infeccioso. 
Alguns protozoários e helmintos passam fases sucessivas em hospedeiros 
alternados, de diferentes espécies. 
O hospedeiro Primário: o parasita atinge a maturidade ou passa sua fase 
sexuada, 
O hospedeiro Secundário: o parasita se encontra em forma larvária ou 
assexuada. 
 
 
 
Aula 02: 
Introdução à Biossegurança: histórico, finalidade, importância, 
regulamentação e princípios. 
Infecção: conceitos básicos, vias de transmissão, cadeia da infecção e 
infecção hospitalar. 
Histórico 
 Era microbiológica 
 Florence Nightingale (1863)- implantou medidas de higiene e limpeza – 
reduziu as infecções hospitalares. 
 Louis Pasteur (1864)- derrubou a teoria da geração espontânea e desenvolveu a 
técnica de pasteurização. 
 Joseph Lister (1867) – tratou os ferimentos cirúrgicos com fenol, reduzindo a 
infecção hospitalar. 
 Robert Koch (1876)- conforme o postulado de Koch, uma doença específica é 
causada por um micro-organismo específico. 
 Meyer e Eddie (1941) – 74 casos de brucelose associados a laboratório 
 (aerossol);
 Sulkine Pike (1949) – 222 infecções;
 Sulkine Pike (1951) – 1.342 casos: brucelose mais frequente e tuberculose, 
 tularemia, tifo, infecção estreptocócica – 72% das infecções.
 Era da genética 
 Descoberta da Estrutura do DNA 
 Década de 70 – Métodos de transferência de gene simples. 
 1975 – Conferência de Asilomar 
 Discussão sobre moléculas de DNA recombinante, suspensão temporária de 
determinados experimentos, estabelecer barreira físicas e biológicas de 
segurança de OGMs. 
 Desenvolvido pelo engenheiro Charles Baldwin, da Dow Chemical (1966), a 
pedido do Center for Disease Control – CDC - USA visando uma padronização 
na identificação de agentes biológicos de risco. 
 Seu foco foi o de projetar um símbolo que não se alterasse com a posição da 
embalagem. 
 
Biossegurança no Brasil: 
 1984 –Primeiro Workshop de Biossegurança (Biossegurança em laboratórios ) – 
Fiocruz, RJ; 
 1986 – Primeiro levantamento de riscos em laboratório na Fiocruz- Instituto 
Nacional de Controle e Qualidade em Saúde- INCQS; 
 Década de 90 – a Biossegurança começa a ser direcionada para a tecnologia do 
DNA recombinante. Primeiro projeto de fortalecimento das ações em 
Biossegurança – Ministério da Saúde – Núcleo de Biossegurança 
 
 
 
Regulamentação da Biossegurança: 
 
 1995 – LEI 8.974 estabelece regras para o trabalho com DNA recombinante no 
Brasil, incluindo a pesquisa, produção e comercialização de OGMs de modo a 
proteger a saúde do homem, animais e meio ambiente. 
 1995 -Decreto 1.752 – formaliza a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança 
– CTNBio e define suas competências no âmbito do Ministério da ciência e 
Tecnologia. 
 2002- Comissão de Biossegurança em Saúde. 
 Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 
 A liberação da pesquisa, cultivo e armazenamento, venda, consumo, importação e 
exportação de OGM. 
 Criaçãodo Conselho Nacional de Biossegurança. 
 A perda da prerrogativa de vetar uma decisão da CTNBio. 
 A liberação do uso de embriões humanos para pesquisas de células tronco, 
podendo ser utilizando apenas o material congelado a mais de três anos com o 
consentimento dos genitores e do comitê de ética do instituto que se realizará o 
estudo. 
 
 Finalidade: 
Prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos e físicos envolvidos 
em processos de saúde, onde o risco biológico se faz presente ou não. 
 Importância 
 
 
 
1995 – Lei brasileira de Biossegurança Lei 8.974/95 
 
Princípios da Biossegurança: 
 A biossegurança define as condições sobre as quais os agentes infecciosos/ 
químicos/ físicos devem ser manipulados e contidos de forma segura: 
 Técnicas e práticas de laboratório - Treinamentos e atualizações em relação a 
Biossegurança; 
 Equipamentos de segurança- Uso correto de Equipamentos de proteção 
individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs); 
 Design do laboratório - Portaria normativas. 
 Exposição ao risco 
 Risco pode ser definido como uma condição biológica, química ou física que 
apresenta potencial para causar dano a saúde do trabalhador, produto ou 
ambiente; 
 Depende do tipo de trabalho desenvolvido; 
 Os agentes biológicos são os riscos ocupacionais mais antigos de que se tem 
notícia: 
 HIV, HCV, HBV 
 Avaliação dos riscos 
 O processo de avaliação do risco deve ser realizado pelos indivíduos mais 
familiarizados com os organismos, equipamento e procedimentos empregados no 
local de trabalho 
 Periodicamente Revisada 
 Exemplo: Laboratório de microbiologia 
 Patogenicidade do agente 
 Rota de natural de infecção 
 Estabilidade do agente no ambiente e concentração do agente no ambiente 
 Informações disponível sobre infecções adquiridas em laboratório 
 Disponibilidade , local de profilaxia e intervenção terapêutica 
 Prevenção 
 A falta de uma cultura prevencionista tem sido o principal obstáculo para as 
pessoas agirem com precaução nos locais de trabalho. 
 Falta de treinamento. 
 O fator humano é a principal causa de acidentes em laboratórios e por isso o 
principal esforço deve ser concentrado na sua educação , visto que alguns 
trabalhadores tendem a menosprezar os riscos, levando em consideração apenas 
os a execução do experimento. 
 Assim a educação em biossegurança que levará a informação e treinamentos 
valerá mais que uma parafernália de EPI’s e EPC’s se estes não forem usados 
corretamente! 
 
 
 
Infecção: conceitos básicos, vias de transmissão, cadeia da infecção e infecção 
hospitalar. 
 
 É a invasão e a multiplicação dos micro-organismos dentro ou nos tecidos do 
corpo, produzindo sinais, sintomas e também uma resposta imunológica. 
 A reprodução desses agentes produzem lesões no hospedeiro, seja por 
competirem com o metabolismo endógeno, ou pela liberação de toxinas 
produzidas pelos micro-organismos ou à multiplicação intracelular. 
 A gravidade da infecção varia segundo a capacidade de produzir doença e a 
quantidade de micro-organismos invasores, segundo a resistência das defesas do 
hospedeiro e vários outros fatores. 
 A prevenção e o controle da infecção são algumas das principais preocupações 
de todos os profissionais da saúde, quer trabalhem em ambulatórios ou hospitais 
 
Cadeia de Infecção: 
 
 
Vias de Transmissão de Infecções: 
 Por contato direto 
 Transferência física de micro-organismos. 
 Ex.: durante um exame físico. 
 
 Por contato indireto 
 Transferência de micro-organismos de um objeto contaminado para 
hospedeiro. 
 Ex.: Mãos, roupas, luvas e instrumentos. 
 
 Através de gotículas ou via respiratória 
 Gotículas transmitidas a curta distância; 
 Durante a conversa, tosse, espirro ou realização de procedimentos; 
 Envolve contato com conjuntivas e mucosas do nariz e boca; 
 Requer contato próximo entre indivíduo fonte e receptor. 
 Ar ou aerossóis 
 Gotículas pequenas – inferior ou igual a 5 mícrons; 
 A transmissão ocorre pela disseminação de gotículas dispersas no ar; 
 Veículo comum 
 Transmissão por itens contaminados; 
 Ex.: alimentos, água, sangue, soro e medicamentos; 
 Vetores 
 Transmissão através de ratos, baratas, moscas e outros insetos. 
Tipos de Infecção: 
 Os pacientes internados podem ser afetados por dois dos tipos de infecção: 
 
 Infecção comunitária não-institucional ou não-hospitalar 
 É aquela constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente, 
desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. 
 
 Infecção hospitalar, propriamente dita, institucional ou nosocomial 
 Qualquer infecção adquirida após a alta, quando puder ser relacionada 
com a hospitalização. 
Toda infecção adquirida pelo paciente, originada menos de 72 horas após a sua 
internação, que se manifeste durante a internação, ou após a alta do paciente. 
 As infecções hospitalares resultam basicamente da diminuição das defesas 
imunológicas do paciente, que permite o desenvolvimento excessivo de sua 
microbiota e a consequente invasão dos tecidos estéreis do seu organismo. 
 
 O Brasil possui um dos maiores índices de infecção hospitalar do mundo. 
 É a mais comum e grave complicação que atinge pacientes hospitalizados, 
aumentando de 5 a 10 dias o tempo normal de internação. 
 É uma importante causa de óbito durante a hospitalização. 
 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – (CCIH) 
 Em 1983, o Ministério da Saúde exigiu a formação das (CCIHs) nos hospitais, 
através da portaria nº. 196. em 192, a Portaria Ministerial nº. 930 modificada 
alguns parâmetros de ação das CCIHs. 
 Substituindo, por exemplo, a notificação compulsória das infecções hospitalares 
aos órgãos de vigilância epidemiológica pela busca de casos. 
 
AULA 03: 
 Barreiras de contenção: EPI’s e EPC’s 
 Classificação dos micro-organismos por classe de risco 
 Etiologia das doenças infecciosas e infectocontagiosas 
 
 
 BARREIRAS DE CONTENÇÃO – EPI’s e EPC’s 
 Ambiente hospitalar e laboratorial => Riscos => Contaminantes 
 Minimizar a contaminação do local de trabalho 
 Medidas de controle coletivo 
 Equipamentos de proteção coletiva 
 Medidas de controle individual 
 Equipamentos de proteção individual 
 
 
EPC’s – Visam proteger o meio ambiente , a saúde e a integridade dos ocupantes de 
determinada área diminuindo ou mesmo eliminando os riscos inerentes as atividades 
laboratoriais. 
 
Função: 
 Proteção coletiva; 
 Excelentes condições de trabalho; 
 Minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos; 
 Reduzir consequências dos acidentes. 
Podem ser de: 
 Uso Rotineiro 
 Emergencial 
 
 Cabine de segurança química – CSQ 
 Vapores tóxicos , irritantes e perigosos; 
 Sistema de exaustão- filtros químicos; 
 Iluminação; 
 Visor de proteção; 
 Bancada de trabalho com entrada para água e esgoto. 
 
 
 Cabine de Segurança Biológica – CSB 
Prevenir contaminações que tenham o ar como veículo; 
 Conhecidas também como capela de fluxo laminar ou capelas; 
 Principal função: 
 Reter partículas contaminantes de dimensões microscópicas. 
 
 
 Chuveiro de Emergência – lavagem de roupas e da pele em casos de acidentes 
com produtos químicos e/ou biológicos ou ainda quando as vestimentas 
estiverem em chamas. 
 Pode ter acionamento: 
 Manual 
 Automático 
 
 Lava-olhos - Destinado à lavagem dos olhos no caso de terem sido 
atingidos acidentalmente por produtos químico ou material biológico. 
 Existem dois tipos: 
 Pissete 
 Barato 
 Não exige local específico paraimplantação 
 Troca periódica de água 
 
 Lava – olhos Equipamentos 
 Formado por dois chuveiros pequenos, cujo jatos de água são 
direcionados de maneira a atingir os olhos da vítima. 
 Visão acidentada 
 Dispositivo de fácil acionamento e grande 
 Jato de água filtrada para evitar que 
partículas sólidas saiam com a água 
 Manutenção 
 
 
 Kit para o derramamento de produtos químicos: 
O controle de um derramamento de produto químico perigoso pode ser 
prejudicado pela falta de material adequado e pessoal treinado. 
 Limpeza 
 Mecânica (aspiração) 
 Química (neutralizante) 
 Kit deve conter absorventes como areia, mantas ou absorventes granulados, 
além de pá, vassoura, sacos plásticos, etiquetas autoadesivas, baldes 
plásticos, solução de bicarbonato de sódio e gluconato de cálcio. 
 
 Equipamentos de combate a incêndio: 
Incêndio- é um processo pelo qual se desenvolve um reação de combustão 
 Energia – Calor 
 Combustível- Elemento de campo de propagação – Madeira , tecido e 
etc. 
 Comburente- Elemento ativador do fogo- Oxigênio 
 
Equipamentos de combate a incêndio 
 Manta corta fogo; 
 Porta corta fogo; 
 Chuveiros automáticos – Sprinklers. 
 Água, CO2, pó químico seco, espuma, gases ou agentes halogenados: Cl, 
I, Br, F. 
 Faixa vermelha ou amarela no chão medindo 0,8m X 0,8m e altura 
máxima de 1,60m. 
 Extintores 
 
 
 EPIs: 
 
Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou 
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. 
 Legislação- Ministério do Trabalho – (NR-6) 
 São obrigações do empregador: 
 Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI; 
 Fornecer EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho e Administração - 
Certificado de Aprovação; 
 Oferecer Treinamento; 
 Tornar obrigatório seu uso , caso haja recusa o empregado assina um termo de 
responsabilidade; 
 Substituí-lo quando necessário; 
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; 
 Comunicar ao MTA qualquer alteração no EPI. 
 Legislação- Ministério do Trabalho – (NR-6) 
 São obrigações do empregado: 
 Usar o EPI apenas para finalidade a que se destina; 
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação; 
 Comunicar ao empregador qualquer alteração no EPI que o torne impróprio para 
o uso. 
 Protetores para cabeça 
 
 
 
 
 Protetores Faciais – Equipamentos de proteção de face e olhos contra 
lesões causadas por impactos, respingos, substâncias nocivas, radiações, 
fagulhas e outros materiais biológicos. 
 
 
 
 Protetores para cabeça 
Equipamentos de proteção respiratória devem conferir proteção contra : 
 Poeiras - aerodispersoides formadas pela ruptura de um sólido ,quando 
quebrado , moído ou triturado Ex.: poeiras de grãos, amianto, sílica e sais 
 Fumos - aerodispersoides formadas por partículas sólidas, após condensação de 
vapores Ex.: metais e plásticos aquecidos 
 Neblinas - aerodispersoides gerados termicamente, constituídos de partículas 
líquidas Ex.: neblinas de ácidos 
 Névoas - aerodispersoides gerados mecanicamente, constituídos de partículas 
líquidas, por pulverizações Ex.: nebulização de agrotóxicos 
 Gases - Fluidos aeriformes que se encontram no estado gasoso em CNTP Ex.: 
O2 
 Vapores - fase gasosa de uma substância que em CNTP é líquida ou sólida Ex. 
:Clorofórmio, Tolueno 
 
 
 Protetores para cabeça: 
 
 Seleção desses respiradores deve seguir alguns critérios como: 
 Natureza do procedimento; 
 Tipo de risco respiratório; 
 Localização da área de risco com relação a área mais próxima com ar 
respirável; 
 Tempo durante o qual o respirador deve ser usado; 
 As características e as limitações dos vários tipos de respirador. 
 
 
 
 
 Tipos de respiradores: 
 Respiradores Purificadores de Ar: Filtram o ar do ambiente local com 
ajuda de filtros específicos acoplados (filtros químicos, mecânicos ou os 
dois combinados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Protetor auditivo: 
 Circum-auriculares (tipo concha) 
 Inserção 
 
 
 
 
 
 
Óculos de Proteção ou Óculos de Segurança: impactos, substâncias nocivas, 
radiações, agentes biológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Proteção dos membros superiores 
 Luvas de proteção- São de uso obrigatório nos ambientes laboratoriais e o tipo de luva 
utilizada depende do tipo de procedimento realizado. 
 Legislação brasileira 
 Norma NBR 13391- Luva Cirúrgica 
 Norma NBR13392-Luva de Procedimentos não cirúrgicos 
 Norma NBR 13393- Luva a base de borracha natural 
 
Luvas de Couro: alta resistência mecânica 
 
 
 
 
Luvas de Borracha natural: Boa elasticidade e resistência a sais, álcalis, ácidos e cetonas 
 
 
 
 
 
 
 
Cloreto de polivinila (PCV): resistente a álcool e ácidos, baixa resistência a solventes 
orgânicos e maior aderência. Trabalhos com química e alimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Considerações: 
 Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com 
sangue, fluidos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de 
laboratório. 
 Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas. 
 NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender 
telefone. 
 Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em 
solução de Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). 
Verificar a integridade das luvas após a desinfecção. 
 NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura 
 
Calçados 
 É um EPI destinado à proteção dos pés contra umidade, respingos de 
substâncias químicas ou material biológico, derramamento de líquidos 
quentes e solventes, impacto de objetos diversos, cacos provenientes da quebra 
de vidrarias, materiais perfurocortantes, etc. 
 
 
 
 Existem calçados especiais, com finalidades diversas, destinados a 
proteção. 
 Chão escorregadio – calçado som solado antiderrapante. 
 Áreas estéreis – sapatilhas esterilizadas. 
 
Proteção do tronco 
 Avental ou Jaleco - é obrigatório em todos os ambientes laboratoriais 
 Risco químico, exposição ao fogo, respingos, projeção de partículas, 
baixas temperaturas 
 Devem cobrir completamente as vestimentas, fechados nas costas, 
desprovidos de bolsos e mangas compridas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Considerações: 
 São de uso constante nos laboratórios e hospitais, constituem uma proteção para 
o profissional. 
 Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra 
sintética (não inflamável). 
 Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA 
EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS, ETC. 
 Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados objetos 
pessoais. 
 Devem ser descontaminados antes de serem lavados. 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS POR CLASSE DE RISCO 
 
Introdução: 
 Ambiente laboratorial => Riscos => Contaminantes 
 Origem Biológica 
 Era Microbiológica 
Preocupação com diminuição de risco biológicos 
 Centers for Diseases Control and Prevention (CDC) 
 Classe de Risco – grau de risco associado ao agente biológico manipulado. 
 Nível de Biossegurança – grau de contenção necessário para permitir o trabalho 
com agentes biológicos de forma segura para os seres humanos, os animais e o 
ambiente. Consiste na combinação de práticas e técnicas de laboratório, 
equipamentos de segurança e instalações laboratoriais Os micro-organismos são distribuídos em quatro classes (1-4) por ordem 
crescente de risco, segundo os seguinte critérios: 
 Patogenicidade 
 Vias de transmissão 
 Estabilidade 
 Dose infecciosa 
 Os micro-organismos são distribuídos em quatro classes (1-4) por ordem 
crescente de risco, segundo os seguinte critérios: 
 Concentração do número de micro-organismos infecciosos por unidade de 
volume 
 A disponibilidade de medidas profiláticas 
 A disponibilidade de tratamento eficaz 
 Endemicidade 
 Vigilância epidemiológica 
 
Classificação: 
 Classe 1 – constituído por micro-organismos não suscetíveis de causar 
enfermidades no homem e animais. São considerados de baixo risco individual e 
para a comunidade. 
 
Ex: Bacillus subtilis. Ex: Bacillus cereus
 
 
 
 Classe 2 – Integrado por micro-organismos capazes de provocar 
enfermidades no homem e em animais. Podem constituir risco para os 
trabalhadores de saúde, caso sua manipulação não seja realizada de 
acordo com as boas práticas laboratoriais nem seguidas as precauções 
universais de biossegurança. Sua propagação na comunidade, entre os 
seres vivos e o meio ambiente, é considerada de menor risco. 
 
 
 Classe 3 – Composto por micro-organismos capazes de provocar enfermidades 
graves no homem e em animais. Constituem sério risco para os trabalhadores de 
saúde. Geralmente para os micro-organismos desta classe de risco existem 
tratamento e profilaxia. O risco individual é elevado, sendo limitado para a 
comunidade. 
 Ex.: Mycobacterium tuberculosis. 
 
 Classe 4 – Constituída por micro-organismos que produzem enfermidades 
graves no homem e em animais, representando grande risco para os 
trabalhadores de saúde, sendo alto o risco de transmissibilidade na 
comunidade. Não existem profilaxia nem tratamento eficazes. Apresentam 
elevado risco individual e para a comunidade. 
 Ex.: Vírus Ebola 
 
 
 
Níveis de Biossegurança 
 A CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, classifica a 
Biossegurança em 4 níveis. 
 Níveis de contenção laboratorial 
 Contenção Primária- Pessoal, ambiente laboratorial, EPI’s, EPC’s e BPL. 
 Contenção Secundária- proteção do ambiente externo ao laboratório aos micro-
organismos manipulados, instalações laboratoriais, EPI’s, EPC’s e BPL. 
 NB1 – baixo risco individual e coletivo. Inclui micro-organismos que nunca 
foram descritos como agente causal de doenças para o homem e 
que não constituem risco para o meio ambiente. 
 NB2 – representa risco individual moderado e risco coletivo limitado. Pouca 
probabilidade de alto risco para profissionais do laboratório. Ex. Schistosoma 
mansoni (causador da esquistossomose) 
 NB 3 - representa risco individual elevado e risco coletivo baixo. 
Enfermidades graves nos profissionais de laboratório. Ex. 
Mycobacterium tuberculosis (causador da tuberculose). 
 NB 4 – agrupa agentes que causam doenças graves para o homem e 
representam um sério risco para os profissionais de laboratório e 
para a coletividade. Ex. Vírus Ebola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Etiologia das doenças infecciosas: 
 
Doenças infecto-contagiosas: 
 possuem etiologia especificada; 
 são de origem exógena; 
 acometem indivíduos hígidos (sadios); 
 as vias de transmissibilidade podem ser interrompidas e a virulência é fator 
determinante do processo infeccioso; 
 
Síndrome infecciosa: 
 etiologia não especificada; 
 origem endógena; 
 os agentes são de baixa transmissibilidade e pequena virulência; 
 acomete indivíduos com suas defesas antiinfecciosas diminuídas; 
 os métodos sanitários clássicos (isolamento e imunização) não são 
adequados para o seu controle. 
 
 
Microbiota da pele: 
 A microbiota que habita a pele foi classificada por Prince em 1938 em dois 
grupos: 
 Transitória 
 Residente 
 
Transitória ou de contaminação ou exógena: 
 É de fácil remoção, necessitando apenas de água e sabão; 
 Constituída de microrganismos adquiridos por contato direto com o meio 
ambiente; 
 Contamina a pele temporariamente – não é considerada colonizante; 
 É patogênica. 
 
Residente ou microbiota de colonização ou endógena: 
 Presente nas camadas superficiais e profundas da pele (glândulas sebáceas, 
feridas ou trajetos fistulosos); 
 Vive e se multiplica na pele 
 Baixa patogenicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 04: Tipos de Riscos 
 
Risco: 
 Risco – pode ser definido como a variação relativa dos resultados reais em 
relação aos resultados esperados. 
 (Bernstein, 1996; Philips, 1998) 
 Risco – combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou 
exposição com a gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo evento 
ou exposição 
 
Fatores componentes do risco: 
 Ameaça (perigo) 
 Vulnerabilidade 
 Determinam a intensidade do risco. 
 
 
Tipos de risco 
 Risco puro – contempla a possibilidade perda, mas não contempla a 
possibilidade de ganho. 
 Ex.: Risco físico, químico e biológico. 
 Risco especulativo – contempla a possibilidade tanto de perda quanto de ganho. 
 Ex.: Risco da bolsa e etc. 
 
 
Perigo – fonte ou situação com potencial provocar danos em termos de lesão, doença, 
dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou uma combinação 
destes. 
 
 Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo 
com a Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. 
 Esta Portaria contem uma série de normas regulamentadoras que 
consolidam a legislação trabalhista, relativas à segurança e medicina do trabalho. 
 Encontramos a classificação dos riscos na sua Norma Regulamentadora n° 5 
(NR-5). 
 
 
Riscos Físicos 
 Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que 
possam estar expostos os trabalhadores; 
 Tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, 
radiações ionizantes (Raio X), radiações não ionizantes (UV), ultra-som, 
materiais cortantes e pontiagudos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Riscos Químicos 
 
 Consideram-se agentes de risco químico as substâncias compostas ou produtos 
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade 
de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da 
pele ou por ingestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Riscos Ergonômicos 
 Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas 
características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou 
afetando sua saúde. 
 São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de 
peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a 
responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em 
vários turnos, e etc. 
 
 
 
Riscos Biológicos 
 ―Amostras provenientes de seres vivos‖. 
 Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, 
entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Riscos de Acidentes 
 Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em 
situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. 
 São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos semproteção, 
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico, armazenamento inadequado 
e etc. 
 Primário: é a própria fonte de risco, quando por si só já é um risco. 
 Ex. Frasco de ácido, material perfurocortantes 
 Secundário: é a própria fonte de riscos + a condição insegura ligada ao humano 
 Ex. Frasco de álcool colocado próximo a fonte de calor, material 
perfurocortantes descartado em lixos comuns e o não gerenciamento dos 
resíduos (que deixa somente com risco primário). 
 
 
DIAGRAMA DE HOMMEL 
 Mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 — mas também conhecido 
como diamante do perigo ou diamante de risco. 
 São utilizados losangos que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 
a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que 
representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, inflamabilidade 
e reatividade. 
 
APLICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA 
A Organização das atividades no laboratório é a aspecto fundamental para o trabalhador 
e para a qualidade dos serviços: 
 Manuseio de equipamentos e vidrarias 
 Preparo de soluções ou reagentes 
 Condições de segurança no laboratório 
 Sinalização das áreas de trabalho 
 Procedimento operacional Padrão (POP) 
 Registro das Atividade 
 Aplicação de práticas seguras 
 Limpezas das áreas; 
 Desinfecção do ambiente; 
 Descontaminação do material utilizado nos experimentos; 
 Manuseio e o transporte de vidrarias e de outros materiais; 
 Equipamentos; 
 Manuseio e armazenamento adequados de produtos químicos 
 Ficha de Segurança Química 
 
Medidas de Controle e Proteção: 
 1- Coletivas 
 2- Individuais 
 3- Organização do trabalhado 
 4- Medidas de higiene e conforto 
 5- Organização estrutural e operacional do laboratório 
 6- Apresentação dos Programas de Segurança Química e Biológica 
 
 
 
AULA 05: Processamento de artigos hospitalares: 
 Métodos e frequência de limpeza e desinfecção de artigos 
hospitalares 
 Classificação das áreas hospitalares conforme o tipo de risco 
 Métodos e frequência de limpeza e desinfecção das áreas 
hospitalares 
 
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS E MATERIAIS: 
 Classificação dos artigos hospitalares 
 Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três categorias, 
propostas pela primeira vez por Spaulding, conforme o grau de risco de provocar 
infecção nos pacientes. 
 
 
 
 
 
Classificação dos artigos hospitalares 
Artigos Críticos 
 Materiais com elevado potencial de risco de provocar infecção, porque são 
introduzidos diretamente em tecidos normalmente estéreis. 
 Indicado processo de esterilização. 
 Exemplos: Instrumental cirúrgico, agulhas, cateteres intravasculares e 
dispositivos a eles conectados, como equipos de solução. 
 
Artigos Semicríticos 
 Aqueles que entram em contato com mucosa íntegra e pele não-intacta. Pode-
se tornar artigo crítico se ocorrer lesão acidental durante a realização do 
procedimento. 
 A esterilização não é obrigatória, porém desejável. 
 Há indicação de, no mínimo, desinfecção de alto nível. 
 
Artigos Não críticos 
 Artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram 
em contato direto com o paciente. 
 Indicador processo de limpeza. 
 
Descontaminação 
É o processo que visa destruir micro-organismos patogênicos, utilizado em artigos 
contaminados ou em superfície ambiental, tornando-os, consequentemente, seguros ao 
manuseio. 
 Processo Químico: os artigos são imersos em solução desinfetante antes de se 
proceder a limpeza. 
 Processo Mecânico: utilizando-se máquina termodesinfectante ou similar. 
 Processo Físico: imersão do artigo em água fervente durante 30 minutos. 
Alguns autores não indicam esse processo pois ocorre a impregnação da matéria 
orgânica no instrumental. 
Limpeza 
 É o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e sabão ou 
soluções detergentes. 
 Ainda nesta classificação, podemos apontar os enzimáticos utilizados para 
limpeza de artigos por imersão, bastante recomendados. 
 Deve sempre preceder a desinfecção e a esterilização. 
 
Para a realização da descontaminação e limpeza dos materiais, recomenda-se adotar as 
seguintes medidas: 
 Os procedimentos só devem ser feitos por profissionais devidamente 
capacitados e em local apropriado (expurgo); 
 Utilizar os EPI’s; 
 Utilizar escovas de cerdas macias, evitando a aplicação de materiais abrasivos, 
como palhas de aço e sapólio; 
 As pinças devem estar abertas; 
 Desconectar os componentes acoplados, para uma efetiva limpeza; 
 Enxaguar os materiais em água corrente potável; 
 Secar os materiais com tecido absorvente limpo, atentando para o resultado da 
limpeza, principalmente nas ranhuras das pinças; 
 Armazenar o material ou encaminhá-lo para desinfecção ou esterilização. 
 
Desinfecção 
 É o processo de destruição de micro-organismos em estado vegetativo (com exceção 
das formas esporuladas, resistentes ao processo) utilizando-se agentes físicos ou 
químicos. 
 O termo desinfecção é aplicado tanto no caso de artigos quanto de superfícies 
ambientais. 
 Alto Nível: Quando há eliminação de todos os micro-organismos e de alguns 
esporos bacterianos; 
 Nível Intermediário ou Médio: Quando há eliminação de micobactérias (bacilo 
da tuberculose), bactérias na forma vegetativa, vírus e fungos, porém não de 
esporos; 
 Baixo Nível: Quando há eliminação de bactérias e alguns fungos e vírus, porém 
sem destruição de micobactérias nem de esporos. 
 
Os processos físicos de desinfecção são a pasteurização e a água em ebulição ou 
fervura. 
 A pasteurização é uma desinfecção realizada em lavadoras automáticas, com 
exposição do artigo em água a temperatura de aproximadamente 60 a 90 graus 
centígrados por 10 a 30 minutos. 
 É indicada para a desinfecção de circuitos de respiradores. 
 A água em ebulição ou fervura 
 É utilizada para desinfecção de alto nível em artigos termorresistentes. 
 
A desinfecção de artigos hospitalares por processo químico é feita por meio de imersão 
em soluções germicidas. 
 Para garantir a eficácia da ação faz-se necessário: 
 Que o artigo esteja bem limpo, pois a presença de matéria orgânica reduz ou 
inativa a ação do desinfetante; 
 Que esteja seco, para não alterar a concentração do desinfetante; 
 Que esteja totalmente imerso na solução, sem a presença de bolhas de ar; 
 Que o tempo de exposição recomendado seja respeitado; 
 Que durante o processo o recipiente seja mantido tampado e o produto esteja 
dentro do prazo de validade. 
 
Esterilização 
 É o processo utilizado para destruir todas as formas de vida microbiana, por 
meio do uso de agentes físicos – vapor saturado sobre pressão (autoclave) e 
vapor seco (estufa) e químicos (óxido de etileno, plasma de peróxido de 
hidrogênio, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético). 
 
 
Esterilização: 
Por vapor saturado sob pressão: 
 É realizada em autoclave, que conjuga calor, umidade, tempo e pressão para 
destruir os micro-organismos. 
 Nela podem ser esterilizados artigos de superfície como instrumentais, baldes, 
bacias; 
 Também os artigos de espessura como campos cirúrgicos, aventais e 
compressas, 
 Artigos críticos e semicríticos termorresistentes e líquidos. 
 
 
Por vapor seco-estufa 
 Na estufa, o calor é produzido por resistências elétricas e propaga-se 
lentamente, de maneira que o processo é moroso e exige altas temperaturas. 
 
Principais desinfetantes químicos utilizados em artigos hospitalares e os principais 
esterilizantes químicos: 
 Desinfetante/Esterilizante: Álcool (etílico e isopropílico) Características: Ação rápida, fácil aplicação, viável para artigos metálicos; ação 
ótima na concentração de 70%. 
 Indicações: Desinfecção de nível médio de artigos e superfícies externas de 
equipamentos metálicos. 
 Desvantagens: Inflamável, resseca plástico e opacifica artigos acrílicos. 
 
Desinfetante/Esterilizante: Cloro com compostos clorados. 
 Características: Em forma líquida (hipoclorito de sódio) ou sólida; 
 Indicações: Desinfecção de nível médio de artigos e superfícies e 
descontaminação de superfícies. 
 Desvantagens: É corrosivo para artigos e superfícies metálicas; irrita as 
mucosas; odor forte; redução de atividade em presença de matéria orgânica; 
incompatível com detergentes; solução pouco estável. 
Desinfetante/Esterilizante: Glutaraldeído 
 Características: Não danifica instrumentais, plásticos e borrachas, com atividade 
germicida em presença de matéria orgânica; não é indicado para superfícies. 
 Indicações: Esterilização e desinfecção de alto nível de artigos termossesíveis; 
indicado para endoscópios semicríticos (digestivos, broncoscópios, 
laringoscópios, retossigmoidoscópio). 
 Desvantagens: Irritante para mucosas e pele (olhos, nariz, garganta, etc.). 
Desinfetante/Esterilizante: Fenólicos 
 Características: Toxicidade dérmica, podendo provocar a despigmentação 
cutânea. 
 Indicações: Desinfecção de nível médio e baixo, indicado para artigos não-
críticos e superfícies. 
 Desvantagens: Podem ser absorvidos por materiais porosos, como plástico e 
borrachas e o efeito residual pode causar irritação tecidual mesmo após enxágue 
criterioso; contraindicado em berçários e áreas de manuseio de alimentos. 
Desinfetante/Esterilizante: Óxido de Etileno 
 Características: Processo de esterilização combinado ao calor úmido da 
autoclave. 
 Indicações: Esterilização de artigos termossensíveis. 
 Desvantagens: Tóxico para pele e mucosas; os materiais necessitam de aeração 
prolongada para remoção do gás. 
Desinfetante/ Esterilizante: Ácido Peracético 
 Característica: Não forma resíduos tóxicos. 
 Indicações: Formulações associadas a peróxidos de hidrogênio são indicadas 
para reprocessamento de capilares de hemodialisadores. 
 Desvantagem: Instável após a diluição. 
Desinfetante/Esterilizante: Plasma de Peróxido de Hidrogênio. 
 Características: A esterilização por esse método é realizada através de 
equipamento automatizado e computadorizado. 
 Indicações: Esterilização de artigos sensíveis ao calor e à umidade. 
 Desvantagens: Alto custo do equipamento 
 
Classificação das áreas hospitalares 
Da mesma maneira que os artigos, as áreas hospitalares também foram classificadas de 
acordo com os riscos de infecção que possam oferecer aos pacientes. 
 
 
 
 
Área 
crítica 
Área não 
crítica 
Área 
semicrítica 
 
Área Crítica 
 São as áreas de maior risco para a aquisição de infecções, devido a presença de 
pacientes mais susceptíveis ou pelo número de procedimentos invasivos 
realizados; 
 São também considerados como críticos os locais onde os profissionais 
manipulam constantemente materiais com alta carga infectante. 
 
Área Semicrítica 
 São as áreas ocupadas por pacientes que não necessitam de cuidados intensivos 
ou de isolamento. 
 Exemplos: 
Enfermarias, ambulatórios. 
Área Não Crítica 
 São todas as áreas que não são ocupadas por pacientes. 
 Exemplos: 
Salas administrativas, farmácia, almoxarifado. 
 
 
 
Métodos e frequência da limpeza, desinfecção e descontaminação: 
 De maneira geral, a limpeza é suficiente para reduzir os micro-organismos 
existentes nas superfícies hospitalares. 
 Os processos de desinfecção e descontaminação são necessários para as áreas 
onde há deposição de matéria orgânica. 
 Os dois tipos de limpeza que existem são: 
Limpeza concorrente 
Limpeza terminal 
 
 Limpeza concorrente 
É feita diariamente e consiste na limpeza do piso, remoção de poeira do 
mobiliário, limpeza completa do sanitário, reposição de material de 
higiene e recolhimento do lixo, repetindo conforme a necessidade. 
 Limpeza Terminal 
É realizada periodicamente, de acordo com a área de risco do hospital, e 
consiste na limpeza de paredes, pisos, tetos, janelas, portas e sanitários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade do Paciente: 
 Esta unidade é o espaço físico hospitalar onde o paciente permanece a maior 
parte do tempo durante seu período de internação. 
 É basicamente composta por cama, mesa de cabeceira, cadeira, mesa de 
refeições e escadinha. 
 
Limpeza e preparo da unidade do paciente. 
 A limpeza da unidade objetiva remover o acúmulo de sujeira ou de matéria 
orgânica e,assim, reduzir o número de microorganismos presentes. 
 Pode ser de dois tipos: 
 Limpeza concorrente 
 Limpeza Terminal 
Limpeza e preparo da unidade do paciente. 
 Limpeza concorrente: 
Feita diariamente após a arrumação da cama, para remover poeira e sujidades 
acumuladas ao longo do dia em superfícies horizontais do mobiliário; 
Normalmente, é suficiente a limpeza com pano úmido, realizada pelo pessoal de 
enfermagem. 
 Limpeza terminal: 
 
Feita em todo o mobiliário da unidade do paciente, é realizada quando o leito é 
desocupado em razão de alta, óbito ou transferência do paciente, ou no caso de 
internações prolongadas. 
Ainda é feita pelo pessoal de enfermagem, mas deve ser realizada por profissionais do 
serviços gerais. 
 
 AULA 06 e 07: Estrutura e Organização dos Laboratórios 
 Normas de Laboratório 
 Mapas de risco 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
Medidas de Controle de Proteção 
 Medidas de Proteção Coletiva 
 Ex.: Ventilação e iluminação adequada, isolamento acústico, extintor de 
incêndio. 
 Medidas de Proteção Individual 
 Ex.: Uso de EPIs. 
 Medidas Organizacionais 
 Ex.: Organização do local, equipamentos e substâncias utilizadas. 
 Medidas de Higiene. 
 
Mapa de Risco 
O ambiente laboratorial/hospitalar deve ser adequadamente 
projetado e dimensionado de modo a oferecer condições 
confortáveis e seguras de trabalho. 
 É a representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de 
trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), 
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de 
trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de 
trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de 
trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, 
método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, 
treinamento e etc). 
 
 
 
 
Mapa de Risco Laboratorial: 
 
Origem: 
 Década de 60 – Surgiu na Itália; 
 Década de 70 – Modelo Operário Italiano 
 Consiste em valorizar o saber operário, não delegando tais funções aos técnicos, 
possibilitando dessa forma a participação dos trabalhadores nas ações de 
planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho. 
 A construção dos mapas de risco é obrigatória. 
 A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as 
empresas que tenham CIPA, através da portaria Nº 05 de 17/08/92 do 
departamento nacional de segurança e saúde do trabalhador do ministério do 
trabalho (DNSST). 
 Através de seus membros, a CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos os 
setores e poderá contar com a colaboração do serviço especializado de medicina 
e segurança do trabalho. 
 
Objetivo: 
 Conhecer o processo de trabalhono local analisado: os trabalhadores, número, 
sexo, idade, os treinamentos profissionais de segurança e saúde, jornada, os 
instrumentos e materiais de trabalho, as atividades exercidas e o ambiente. 
 Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação 
específica dos riscos ambientais. 
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de 
proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção 
individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, 
armários, bebedouro, refeitório e área de lazer. 
 Identificar os indicadores de saúde, queixas mais frequentes e comuns entre os 
trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, 
doenças profissionais diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao 
trabalho. 
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. 
 
Metodologias para a Identificação de Riscos: 
 
 As metodologias são estudos dos métodos aplicados à solução de problemas 
teóricos e práticos. 
 O uso das metodologias é necessário quando se tem problemas complexos, 
impossíveis de serem resolvidos apenas com a experiência individual, 
necessitando de lógica sistemática para sua solução. 
 
Riscos Ocupacionais 
A literatura apresenta diferentes classificações de riscos ocupacionais, o que pode gerar 
dúvidas ao leitor no momento da seleção. No caso dos laudos técnicos e periciais, 
sugere-se o uso da classificação adotada pela portaria 3214. 
 
Os riscos podem ser classificados segundo a natureza da fonte, a área de alcance ou 
ação, a relação com o exercício da atividade e a relação com o tipo de lesão (crônica ou 
aguda 
 
Consistem em fatores existentes no processo de trabalho com origem em seus 
componentes: 
E na forma de organização do trabalho: 
 Espacial, temporal, etc; 
Capazes de gerar acidentes, doenças e outros agravos à saúde do trabalhador; 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais 
Espaço físico e 
Instalações 
Operações/
Métodos de 
trabalho 
Cargas de Trabalho 
 
 A carga de trabalho é entendida como sendo a resultante de diversos elementos que 
interatuam dinamicamente no processo de trabalho. 
 
As cargas de trabalho são consideradas em três dimensões: 
FÍSICAS COGNITIVAS PSÍQUICAS 
 
 Não havendo uma separação entre elas, pois, por exemplo, a existência de um 
fator relativo à carga física vai implicar nas demais e vice-versa. 
 
 
 Para a ergonomia as cargas de trabalho são determinadas por fatores relativos ao 
processo de trabalho e por fatores relativos ao indivíduo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sexo Idade 
Inserção na 
produção 
Nível de 
aprendizagem 
Condições 
de vida 
Estado de 
saúde 
Estado 
emocional 
Motivação 
Interesse 
Organizaçã
o do 
Trabalho
Condições 
Ambientais 
 
Mapa de Risco 
 Levantamento e Sistematização do Processo de Produção 
 Fluxograma de Produção; 
 Descrição de equipamentos e instalação; 
 Descrição dos produtos, materiais e resíduos; 
 Descrição das equipes de trabalho; 
 Descrição das atividades dos trabalhadores; 
 Preenchimento da tabela dos grupos de risco/locais/sintomas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO (BPL): 
 
Todo pessoal de laboratório deve: 
1• Conhecer as regras para o trabalho com agente patogênico; 
2• Conhecer os riscos biológicos, químicos, radioativos, tóxicos e ergonômicos com os 
quais se tem contato no laboratório; 
3• Ser treinado e aprender as precauções e procedimentos de biossegurança; 
4• Seguir as regras de biossegurança; evitar trabalhar sozinho com material infeccioso: 
uma segunda pessoa deve estar acessível para auxiliar em caso de acidente; 
5• Estabelecer normas de PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO (POP), para 
todas as seções onde este POP tem por finalidade estabelecer regras para a melhoria da 
qualidade de trabalho dentro de um laboratório. Trata-se de um protocolo que descreve 
cada atividade realizada dentro do laboratório, desde a utilização dos materiais até 
normas de biossegurança. Faz-se necessário ressaltar que dentro das responsabilidades 
do POP estão também descritos os resíduos gerados e qual a procedência de seu 
descarte; 
6• Ser protegido por imunização apropriada quando disponível; 
7• Manter o laboratório limpo e arrumado, devendo evitar o armazenamento de 
materiais não pertinentes ao trabalho do laboratório; 
8• Limitar o acesso aos laboratórios, restringindo-o nos laboratórios de níveis de 
contenção 3 e 4. Não permitir crianças no laboratório. Esclarecer mulheres grávidas ou 
indivíduos imunocomprometidos que trabalham ou entram no laboratório quanto aos 
riscos biológicos; 
9• Mantenha a porta do laboratório fechada; 
10• Usar roupas protetoras de laboratório (uniformes, aventais, jalecos, máscaras) que 
devem estar disponíveis e ser usados inclusive por visitantes; 
11• Usar luvas sempre que manusear material biológico. Luvas devem ser usadas em 
todos os procedimentos que envolverem o contato direto da pele com toxinas, sangue, 
materiais infecciosos ou animais infectados. Anéis ou outros adereços de mão que 
interferem com o uso da luva devem ser retirados. As luvas devem ser removidas com 
cuidado para evitar a formação de aerossóis e descontaminadas antes de serem 
descartadas. Trocar de luvas ao trocar de material. Não tocar o rosto com as luvas de 
trabalho. Não tocar com as luvas de trabalho em nada que possa ser manipulado sem 
proteção, tais como maçanetas, interruptores, etc.; Não 
descartar luvas em lixeiras de áreas administrativas, banheiros, etc.; 
12• Retirar o jaleco ou avental antes de sair do laboratório. Aventais devem ter seu uso 
restrito ao laboratório. Não devem ser usados em áreas não laboratoriais tais como áreas 
administrativas, biblioteca, cantina, etc.; 
13• Não usar sapatos abertos; 
14• Usar óculos de segurança, visores ou outros equipamentos de proteção facial sempre 
que houver risco de espirrar material infectante ou de contusão com algum objeto; 
15• Não aplicar cosméticos. Não retirar canetas ou qualquer outro instrumento do 
laboratório sem descontaminar antes. Não mastigar lápis/caneta e não roer as unhas; 
16• Evitar o uso de lentes de contato. Se houver necessidade de usá-las, proteja os olhos 
com óculos de segurança. Lentes de contato não devem ser manuseadas nas áreas de 
trabalho. Em caso indispensável do ajuste das mesmas, isto deverá ser feito após 
lavagem das mãos, fora do ambiente de atividade prática; 
17• Cabelos compridos devem estar presos durante o trabalho. O uso de jóias ou 
bijuterias deve ser evitado; 
18• Lavar as mãos sempre após manipulação com materiais sabidamente ou com 
suspeita de contaminação. Lavar as mãos sempre após remoção das luvas, do avental ou 
jaleco e antes de sair do laboratório; 
19• Nunca pipetar com a boca. Usar pêra ou pipetador automático; 
20• Restringir o uso de agulhas, seringas e outros objetos pérfuro-cortantes; 
21• Extremo cuidado deve ser tomado quando da manipulação de agulhas para evitar a 
auto-inoculação e a produção de aerossóis durante o uso e descarte. As agulhas ou 
qualquer outro instrumento perfurante e/ou cortante devem ser desprezados em 
recipiente resistente, inquebrável, de abertura larga. O uso de seringas e agulhas deve 
ser restrito à coleta de sangue. Não usar para aspirar fluido de frascos. Pipetas devem 
estar disponíveis para tal fim; 
22• Não transitar nos corredores com material patogênico a não ser que esteja 
acondicionado conforme normas de biossegurança; 
23• Não fumar, não comer, não beber no local de trabalho onde há qualquer agente 
patogênico. Não estocar comida ou bebidano laboratório (De acordo com a NR-32 de 
16.11.05); 
24• Nunca usar vidraria quebrada ou trincada; Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, 
após descontaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes rígidas rotuladas 
―vidro quebrado‖ e descartada como lixo geral; 
25• Descontaminar a superfície de trabalho sempre que houver contaminação com 
material infectante e no final do dia, de acordo com as rotinas estabelecidas no manual 
de limpeza e desinfecção; 
26• Descontaminar todo material líquido ou sólido antes de reusar ou descartar; 
27• Todos os procedimentos técnicos devem ser realizados com o mínimo de produção 
de aerossóis (BRASIL, FIOCRUZ, 1996); 
28• O símbolo internacional de biossegurança deve estar fixado na entrada dos 
laboratórios que manipulam microrganismos de risco 2 ou maior; 
29• Não lamber etiquetas ou colocar qualquer material na boca (p.ex. canetas); 
30• Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo; 
31• Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado com 
o trabalho dentro do laboratório (objetos de uso pessoal não devem ser guardados no 
laboratório); 
32• As unhas devem ser curtas, bem cuidadas e não podem ultrapassar a ponta dos 
dedos. Preferencialmente sem conter esmalte, pois libera micro fraturas; 
33• Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais 
que necessitem de proteção contra contaminação. Coloque as cabines de segurança 
biológica em áreas de pouco trânsito no laboratório, minimize as atividades que 
provoquem turbulência de ar dentro ou nas proximidades da cabine; 
34• Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de aerossóis. 
Ex: centrifugação; 
35• Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta (mesmo 
uma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos; 
36• Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a 
prova de vazamento, antes de removê-los de uma seção para outra do laboratório; 
37• Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com 
contaminação biológica; 
38• Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção; 
39• Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor de 
incêndio. Saiba como usá-los; 
40• Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do 
laboratório e longe do fogo; 
41• Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específica 
sobre BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS e PRINCÍPIOS DE 
BIOSSEGURANÇA aplicados ao trabalho que irá desenvolver; 
42• Qualquer acidente com exposição a material infectante deve ser imediatamente 
comunicado à chefia do laboratório, registrado em formulário específico e encaminhado 
para acompanhamento junto a Comissão de Biossegurança da Instituição, para as 
medidas cabíveis. 
 
 
 
 AULA 08 Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde 
Introdução 
 A preocupação com a geração de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) nunca 
esteve tanto em evidência como no dias de hoje. A expressão ―Lixo Hospitalar‖ 
deu lugar à ―Resíduos de Saúde‖. As resoluções da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA) dispõem sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde. 
 Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) 
 Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de 
bases técnico-científicas, normativas e legais com o objetivo de minimizar a 
produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados , um encaminhamento 
seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores , a preservação 
da saúde pública , dos recursos naturais e do meio ambiente ( Resolução da 
Diretoria Colegiada-RDC N° 306 – dezembro de 2004). 
 Substituiu a RDC N° 33 - 2003 
Objetivos 
 Identificar os RSS. 
 Analisar a disposição dos RSS em instalação hospitalar. 
 Implantar ferramentas de gestão ambiental em conformidades com as normas e 
resoluções ambientais obrigatórias. 
 
O que são os RSS? 
 São os chamados Resíduos do Serviço de Saúde, que constituem os resíduos 
sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem conter germes 
patogênicos. 
 São produzidos em serviços de saúde, como: hospitais, clínicas, laboratórios, 
farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde e etc. 
 
Quem são os geradores? 
 São os estabelecimentos de assistência a saúde humana ou animal, inclusive: 
 Os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos em campo; 
 Laboratórios analíticos de produtos para a saúde; 
 Necrotério, funerárias e serviços onde se realizam atividades de 
embalsamamento; 
 Serviços de medicina legal; 
 Drogaria e farmácias inclusive as de manipulação; 
 São os estabelecimentos de assistência a saúde humana ou animal, inclusive: 
 Ensino e pesquisa na área de saúde; 
 Centro de controle de zoonoses; 
 Distribuidores e importadores de produtos farmacêuticos, materiais e controles 
para diagnóstico; 
 Unidades móveis para atendimento à saúde; 
 Serviços de acupuntura, e 
 Serviços de tatuagem, dentre outros similares. 
 (RDC ANVISA nº 306/04 e a Resolução CONAMA nº 358/2005) 
 
De quem é a responsabilidade? 
 Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, são responsáveis civil, 
administrativa e criminalmente pelos seus resíduos. Sendo responsáveis pela: 
→Geração 
→Acondicionamento 
→Coleta Interna 
→Abrigo 
→Coleta Externa 
→Transporte 
→Tratamento 
 _Disposição Final 
 
 
 
 
 
 
Grupo “A”: Infectantes 
Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de 
agentes biológicos (bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas, prions, 
parasitas, linhagens celulares, outros organismos e toxinas) 
Ex.: Kits de linhas arteriais, endovenosas e dializadores, bolsas transfusionais de sangue 
ou hemocomponentes, meios de cultura, vacina vencida ou inutilizada, filtros de ar e 
gases, tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças anatômicas, animais, carcaças 
e vísceras, objetos perfurantes ou cortantes, excreções, secreções, líquidos orgânicos, ou 
outro que tenha tido contato, materiais descartáveis que tenham entrado em contato com 
paciente. 
 
Grupo “B” Químicos 
Resíduos que contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública 
e ao meio ambiente devido as suas características de inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade e toxidade. 
 EX.: Drogas quimioterápicas e outros produtos que possam causar mutagenicidade e 
genotoxicidade e os materiais por elas contaminados; Medicamentos vencidos, 
interditados, não utilizados, alterados e impróprios para o consumo, reagentes de 
laboratórios, resíduos contendo metais pesados, antimicrobianos e hormônios 
sintéticos, etc; Demais produtos químicos considerados perigosos, conforme 
classificação constante da NBR 10.004 da ABNT; 
 
 
 
Grupo “C” Radioativos 
 
Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido as suas 
características de radiações Ionizantes, radiação cósmica; radiação natural dos materiais; 
Enquadram-se neste grupo os resíduos radioativos ou contaminados com 
radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina 
nuclear e radioterapia, segundo a Resolução CNEN 6.05; 
 
Grupo “D” Comuns 
São todos os resíduos que não oferecem qualquer tipo de perigo à saúde ou ao meio 
ambiente, equivalem-se ao lixo doméstico ou os Resíduo Sólido Urbanos (RSU). 
Ex.: Papeis,Restos de Alimentos e etc. 
NOTA: É nesse grupo que se encontram os resíduos recicláveis. 
 
Grupo “E” Perfurocortantes 
Materiais perfurocortantes ou escarificantes tais como: lâminas de barbear, agulhas, 
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâmina de 
bisturi e etc. 
 
O que é PGRSS? 
 Plano de Gerenciamento de Resíduos Serviços de Saúde - PGRSS 
(CONAMA 358/2005 e RDC 306/2004) 
 É o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos 
sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos 
estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à 
Geração 
Segregação 
Acondicionamento 
Coleta 
Armazenamento 
Transporte 
Tratamento e 
Disposição final 
 
Objetivo 
 Visa estabelecer de forma definida e documentada um adequado gerenciamento 
dos RSS (resíduos de serviços de saúde) nas próprias instituições que os geram, 
cabendo as mesmas o desenvolvimento e a implementação do plano. 
 Função 
 Minimizar a geração de resíduos na fonte; 
 Adequar a segregação na origem; 
 Controlar e reduzir os riscos; 
 Assegurar o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a 
legislação vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geração 
Classificação 
 
Segregação 
Minimização 
Redução, Reutilização, 
Reciclagem 
Tratamento Prévio 
Acondicionamento 
Armazenamento 
Intermediário 
Coleta e Transporte Internos 
Armazenamento Final 
Coleta e Transporte Externos 
Transbordo 
Disposição Final Tratamento 
Resíduos Tratados 
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Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde 
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Etapas do PGRSS 
 Manejo 
 Segregação 
 Acondicionamento 
 Identificação 
 Transporte interno 
 Armazenamento Temporário 
 Tratamento 
 Armazenamento Externo 
 Disposição Final 
 
Manejo 
O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos 
intra e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final. 
 
Segregação 
 
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com 
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos 
envolvidos. 
 
Acondicionamento 
 
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem 
vazamento e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de 
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. 
Identificação 
 Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos 
contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos 
RSS. 
 A identificação atende aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da 
ABNT. 
 
Transporte interno de resíduos de serviços de saúde 
 Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao 
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de 
apresentação para a coleta. 
Armazenamento temporário de resíduos de serviços de saúde 
 Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já 
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, destinados à 
apresentação para a coleta externa. 
 Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos 
sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de 
acondicionamento. 
Tratamento de resíduos de serviços de saúde 
 Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as 
características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco 
de contaminação de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. Pode 
ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento. 
 Os sistemas para o tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto 
de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA 237/97. 
 Incineração 
 Autoclave 
 Microondas 
 Aterro Sanitário (vala séptica) 
 Desinfecção Química 
 Radiação Ionizante ou Irradiação 
 
 
 
 
 
 
 
Armazenamento externo de resíduos de serviços de saúde 
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta, em 
ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. 
No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora 
dos recipientes ali estacionados. 
 
Disposição final de resíduos de serviços de saúde 
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, 
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento 
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA 237/97. 
 
Normas Técnicas 
 NBR 12809: Manuseio de resíduos de saúde 
 NBR 12810: Coleta de resíduos de serviços de saúde 
 NBR 12808: Resíduos de serviços de saúde 
 NBR 13853: Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou 
cortantes – Requisitos e métodos de ensaio. 
 NBR 7500: Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de 
materiais. 
 NBR 8286: Emprego da sinalização nas unidades de transporte e de rótulos nas 
embalagens de produtos perigosos. 
 NBR 9190: Sacos plásticos para acondiciona- de lixo. 
 NBR 10.004: Resíduos sólidos. 
 
Legislações 
RESOLUÇÃO ANVISA 306 12/2004 –Regulamento Técnico para o Gerenciamento de 
Resíduo de Serviços de Saúde (RSS). 
RESOLUÇÃO CONAMA 358 04/2005 –Dispõe sobre o tratamento e a disposição final 
dos resíduos de serviços de saúde (RSS) e dá outras providência 
 
 
AULA 09: MANUSEIO DE PERFUROCORTANTES 
 
Introdução 
 Materiais perfurocortantes são qualquer objeto capaz de causar punctura ou 
corte, tais como lâminas de barbear, bisturi, agulhas, vidros quebrados, 
ampolas e etc., provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de 
saúde 
(CONAMA RESOLUÇÃO N°5, DE 5 DE AGOSTO DE 1993 
 Trabalhadores na área de saúde, por exemplo, enfermeiros, médicos e 
farmacêuticos, que se expõem ao risco ocupacional com materiais 
perfurocortantes, podem-se acidentar devido ao grande contato com os mesmos. 
Podendo ocasionar contaminações com patógenos sanguíneos (PAULINO; 
LOPES; ROLIM, 2008). 
 Grande parte das transmissões de doenças entre os trabalhadores da saúde está 
relacionado às doenças como, por exemplo: Hepatite B, C e AIDS. 
 Sendo que os setores hospitalar e as drogarias são os que se obtém grande risco 
de ocorrência destes acidentes, destacando os centros cirúrgicos e sala de 
aplicação de injetáveis, devido o maior contato com os perfurocortantes. 
(CASTRO NETO; RIBEIRO, 1999). 
 De acordo com Fontes et al. (2007), é importante que exista um preparo 
específico envolvendo o profissional atuante nessa área, e que o mesmo esteja 
bem preparado psicologicamente transmitindo segurança ao paciente, e 
apoiando-se nos procedimentos operacionais padrão descrito no treinamento de 
manuseio com perfurocortantes, que a empresa oferece para o profissional que 
se expõe ao contato com tais materiais. 
 Segundo Rapparini e Reinhardt, (2010), nos dias de hoje até os perfurocortantes 
vem sendo projetados com dispositivo de segurança de forma que o mesmo não 
fique exposto oferecendo risco. 
 
 
 Exemplo de métodos para a prevenção dos profissionais da saúde: Revisão das rotinas e práticas de coletas de amostras de sangue, a fim de 
identificar e eliminar substâncias que podem contaminar indivíduos, esta 
é importante tanto para os pacientes quanto para os trabalhadores da 
saúde (Rapparini; Reinhardt, 2010). 
 
Gerenciamento de resíduos 
 Boas práticas com perfurocortantes, tem o fundamento de encaminhar os 
resíduos gerados após aplicação de injetáveis e descarte dos materiais 
perfurocortantes, de forma segura, favorecendo ao máximo a proteção dos 
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio 
ambiente (FONTES et al., 2007). 
Principais doenças transmitidas por materiais perfurocortantes: 
 Hepatites 
 HIV 
 Sífilis 
 Doença de Chagas 
 Tétano 
Sífilis – DST 
 Agente etiológico – Treponema pallidum. 
 
 Transmissão: contágio sexual, objetos contaminados ou de mãe para o feto, 
durante a gestação. 
 Sintomas da doença: lesões no sistema nervoso, cegueira, paralisia e morte. 
 Prevenção: uso de preservativos. 
 
 
 
 
 
Hepatite B 
 Agente etiológico: Hepadnavirus 
 
 Transmissão: Por transfusão de sangue ou contato com fluidos corporais (saliva, 
leite e sêmen) contaminados. 
 Sintomas: perda de apetite, febre baixa e dores nas juntas; posteriormente, pode 
ocorrer icterícia. 
 Prevenção: Vacinação, o uso de preservativo nas relações sexuais; o não 
compartilhamento de objetos como lâminas de barbear, escovas de dente e 
seringas; a utilização de agulhas de tatuagem e de equipamentos de piercing 
adequadamente esterilizados; a utilização somente de sangue devidamente 
testado para transfusões. 
 
Hepatite C 
 Agente etiológico: Hepatitis C (HCV) 
 Sintomas são leves ou subclínicos, 50% dos casos, porém, evoluem para 
hepatite crônica. 
 Transmissão dá-se por transfusão de sangue contaminado, durante relações 
sexuais quando há contato sanguíneo entre os parceiros, de mãe contaminada 
para o feto por meio de hemorragias placentárias. 
 
Hepatite D 
 Agente etiológico: vírus da hepatite D ou vírus delta (HDV). 
 A pessoa nunca é infectada apenas pelo HDV, adquirindo esse vírus juntamente 
com o HBV ou se já estiver contaminada por ele. 
 Sintomas e prevenção são os mesmos da hepatite B. 
 
 
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Humana 
 Agente etiológico: HIV 
 
 
 
 Transmissão: Sexo sem preservativo, compartilhamento de seringa e/ou agulha, 
transfusão de sangue contaminado, mãe infectada pode passar o vírus HIV para 
o filho durante a gravidez, parto ou amamentação e instrumentos cortantes não 
esterilizados. 
 Sintomas: Não apresenta os mesmos sintomas em todos os indivíduos, dessa 
forma, existem apenas características iguais a de outras doenças como dor de 
cabeça, calafrios, dores musculares, etc. 
 Prevenção: Sexo com Camisinha, evitar compartilhar seringa, fazer exames 
durante a gravidez e o tratamento correto para prevenir que a criança nasça com 
o vírus, usar sangue testado para transfusões de sangue. 
 O vírus HIV infecta células de defesa do organismo denominadas Linfócitos 
CD4. 
 Os linfócitos CD4 são responsáveis por ―alertar‖ o organismo quando há a 
invasão de agentes estranhos (antígenos). 
 Com a morte de células CD4 o sistema imune se torna deficiente e começam a 
surgir doenças oportunistas. 
 As principais doenças oportunistas são: 
 Tuberculose 
 Candidíase 
 Câncer 
 Pneumonia 
 Ao entrar no organismo o vírus HIV pode permanecer latente ―escondido‖ no 
cromossomo dos linfócitos CD4, e dessa maneira, não é detectado pelo sistema 
imune. 
 Os vírus HIV podem permanecer ―inativos‖ por cerca de 10 anos no organismo 
e o paciente nesse período não manifesta nenhum sintoma. 
 Por motivos ainda inexplicáveis os vírus tornam-se ativos e iniciam a 
reprodução via ciclo lítico e a partir disso o paciente começa a desenvolver os 
sintomas da doença. 
 Todo HIV positivo ou (Soropositivo) é aidético? 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 10: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
O que é Higienização das Mãos? 
 É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a 
propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. 
 Recentemente, o termo ―lavagem das mãos‖ foi substituído por ―higienização 
das mãos‖ devido à maior abrangência deste procedimento. 
 O termo engloba a higienização simples. 
 
Por que fazer? 
 As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a 
assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de 
diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, 
por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com 
objetos e superfícies contaminados. 
Quando fazer? 
 
Quem Deve Higienizar as Mãos? 
São chamados de aidéticos aqueles pacientes que já apresentam os 
sintomas da AIDS (febre, calafrios, dores musculares, aparecimento 
de ínguas no pescoço, náusea, vômito) e também sintomas de doenças 
oportunistas. 
 Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de 
saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na 
manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. 
 
Técnica 
1) Abra a torneira e molhe as mãos sem encostar-se a pia; 
2) Utilize sabão líquido (aproximadamente 2 ml); 
3) Ensaboe as mãos começando pelas palmas; esfregando bem o dorso das mãos 
elimpando com cuidado os espaços interdigitais; 
4) A seguir dê atenção ao polegar; 
5) Esfregue bem as articulações e unhas; 
6) Para finalizar, esfregue os punhos; 
7) Enxague bem as mãos, eliminando todos os resíduos de sabão e espuma; 
8) Enxugue em papel toalha descartável; 
9) Feche a torneira, utilizando o papel toalha, sem encostar-se a pia ou torneira, caso 
esta não; 
10) Possua fechamento automático ou similar, que dispense o uso das mãos. 
 
 
 
 
 OBRIGADA!

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