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EMBRIOLOGIA HUMANA Renan Maia M2 Desenvolvimento da orelha: ORELHA: A orelha é composta por três partes anatômicas: A orelha externa, constituída pelo pavilhão auricular (pina),o meato acústico externo e a camada externa da membrana timpânica (tímpano). A orelha média, constituída por três ossículos auditivos, que conectam a camada interna da membrana timpânica à janela oval da orelha interna. A orelha interna, constituída pelo órgão vestibulococlear, que está envolvido tanto com a audição quanto com o equilíbrio. As partes externa e média da orelha estão relacionadas com a transferência de ondas sonoras para a orelha interna, que converte as ondas em impulsos nervosos e registra alterações do equilíbrio. ORELHA INTERNA: No início da quarta semana, ocorre um espessamento do ectoderma da superfície (cutâneo) por influências indutoras da notocorda e do mesoderma paraxial estimulando esse ectoderma, formando o placóide ótico. Cada placóide ótico logo se invagina no mesênquima subjacente, abaixo do ectoderma da superfície, formando a fosseta ótica. As bordas desta fosseta se aproximam e se fundem, formando a vesícula ótica - o primórdio do labirinto membranoso. A vesícula ótica perde sua conexão com o ectoderma da superfície e dela cresce um divertículo que se alonga para formar o ducto e o saco endolinfáticos (onde será transferida a endolinfa). Assim, duas regiões da vesícula ótica são reconhecíveis: Uma parte utricular, dorsal, da qual surgem o pequeno dueto endolinfático, o utrículo e os duetos semicirculares. Uma parte sacular, ventral, que dá origem ao sáculo e ao dueto coclear. Três divertículos discoidais crescem para fora da parte utricular do labirinto membranoso primitivo. A parte central destes divertículos se funde e desaparece e as periféricas não fundidas se tornam os ductos semicirculares, que ficam unidos ao utrículo que ficarão contidos dentro dos canais semicirculares do labirinto ósseo. Dilatações localizadas, as ampolas, formam-se em uma das extremidades de cada ducto semicircular. Áreas receptoras especializadas - as cristas ampulares - diferenciam-se nestas ampolas e no utrículo e no sáculo (máculas do sáculo e do utrículo). Da parte sacular, o ducto coclear, cresce e se espiraliza para formar a cóclea membranosa. Logo se forma a conexão da cóclea com o sáculo, o ductus reuniens. O órgão de Corti se diferencia a partir de células da parede do ducto coclear. Induções da vesícula ótica estimulam o mesênquima ao seu redor a se condensar e se diferenciar em cápsula ótica cartilaginosa. Com o crescimento do labirinto membranoso, aparecem vacúolos na cápsula ótica cartilaginosa, que logo se unem para formar o espaço perilinfático. O labirinto membranoso fica suspenso na perilinfa (líquido no espaço perilinfático). O espaço perilinfático relacionado com o ducto coclear forma duas divisões, a escala timpânica e a escala vestibular. A cápsula ótica cartilaginosa se ossifica, formando o labirinto ósseo da orelha interna. ORELHA MÉDIA: A cavidade timpânica é de origem endodérmica e deriva-se da primeira bolsa faríngea. Essa bolsa ao se expandir forma o recesso tubotimpânico juntamente com a primeira membrana faríngea como descrito no resumo de morfogênese de face. A parte proximal do recesso tubotimpânico forma a tuba faringotimpânica(tuba auditiva), enquanto a parte distal expande-se e forma a cavidade timpânica, que gradualmente envolve os ossículos, seus tendões e ligamentos e o nervo da corda timpânica. Os ossículos se desenvolvem a partir: Do Primeiro Arco Faríngeo, no qual da origem como derivado cartilaginoso a cartilagem de Meckel, relacionada com a orelha em desenvolvimento formando na porção proximal os dois ossículos da orelha média, o martelo e a bigorna; Do Segundo Arco Faríngeo, o qual da origem como derivado cartilaginoso a cartilagem de Reichert, que se ossifica dando origem ao estribo da orelha média. A expansão da cavidade timpânica dá origem ao antro mastoideo localizado na porção petrosa do osso temporal. Essa estrutura apresenta células mastoides que produzem projeções cônicas do osso, o processo mastoide. O músculo tensor do tímpano (preso ao martelo), se origina do mesênquima do primeiro arco faríngeo (inervado pelo NC V) e o músculo estapédio é originado pelo mesênquima do segundo arco faríngeo (inervado pelo NC VII). ORELHA EXTERNA: O meato acústico externo é desenvolvido da extremidade dorsal do primeiro sulco faríngeo (Fenda). As células ectodérmicas do fundo desse tubo se proliferam, formando uma placa epitelial compacta, o tampão do meato. No final do período fetal, as células centrais desse tampão degeneram formando uma cavidade, que será a parte interna do meato acústico externo. O ectoderma da primeira membrana faríngea (superfície externa), o endoderma da primeira bolsa faríngea (superfície interna) compõe a futura membrana timpânica e o mesênquima do primeiro e segundo arcos faríngeos. A aurícula desenvolve-se a partir de seis proliferações mesênquimais do primeiro e do segundo arcos faríngeos, já as saliências auriculares envolvem o primeiro sulco faríngeo. Por fim o lóbulo da orelha se desenvolve. O pavilhão auricular começa a se desenvolver na base do pescoço. Com o desenvolvimento da mandíbula, as orelhas se movem para a sua posição normal dos lados da cabeça.
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