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Resumo Práticas

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I – OFIDISMO
No Brasil há 321 espécies catalogadas, pertencentes a 75 gêneros e nove famílias
As serpentes peçonhentas no Brasil são de gêneros Bothrops, Bothriopsis, Bothrocophias, Rhinocerophis, Crotalus, Lachesis, Micrurus e Leptomicrurus
Acidentes Botrópicos (Bothrops, Bothriopsis – jararacas, jararacuçu, urutu)
Acidentes Cotrálicos (Crotalus – cascavel)
Acidente Laquético (Lachesis – surucucu, pico-de-jaca)
Acidente Elapídico (Micrurus – coral-verdadeira)
DENTIÇÃO: Divisão quatro grupos, de acordo com a dentição e a capacidade de injetar veneno: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa
áglifa: não apresenta presas capazes de inocular o veneno, serpentes consideradas não peçonhentas – Sucuris, jibóia
opistóglifa: duas ou mais presas com sulco externo - posição posterior do maxilar superior – Falsa-coral
proteróglifa: um par de presas fixas na posição anterior do maxilar superior – Coral-verdadeira (Micrurus)
solenóglifa: um par de presas grandes, pontiagudas e retráteis, localizadas na porção anterior do maxilar superior – Jararacas, cascaveis, surucucu
AÇÃO DOS VENENOS:
O veneno é produzido pelas glândulas de veneno supralabiais, nos dois lados da cabeça, ao longo dos maxilares.
Ação proteolítica (BOTRÓPICO, LAQUÉTICO)
Desnaturação de proteínas, necrose no local da picada; 
Ação coagulante e anticoagulante (BOTRÓPICO, CROTÁLICO, LAQUÉTICO)
Ativação da cascata da coagulação, gerando consumo do fibrinogênio circulante e formação de fibrina intravascular.
Inativação de fatores da coagulação; hipoagregação plaquetária e trombocitopenia; 
Ação hemorrágica (enzimas metaloproteinases): (BOTRÓPICO E LAQUÉTICO)
Hemorragias locais e sistêmicas; rompe a integridade do endotélio vascular 
Atividade de desintegrina 
Ação conjunta com a coagulante e incoagulante 
 
Ação neurotóxica: (CROTÁLICO E ELAPÍDICO)
Bloqueio da placa neuromuscular; 
Ação miotóxica (CROTÁLICO)
Promove lise e necrose das fibras musculares; 
Ação nefrotóxica (CROTÁLICO, BOTRÓPICO)
Lesões tubulares e no endotélio dos vasos, 
Insuficiência renal aguda 
SOROTERAPIA: 
O soro é produzido em equinos -> Coleta de sangue quando a concentração de anticorpos antiveneno circulantes estiver em níveis desejados -> Soro é concentrado posteriormente
Prejuízos à qualidade de vida dos animais imunizados.
Cada soro é específico, não há proteção cruzada entre os grupos de serpentes.
antilaquético e antielapídico são destinados exclusivamente para uso humano. Há antilaquético para uso veterinário, mas sua eficácia não é comprovada.
A quantidade de soro a ser administrada deverá ser a suficiente para neutralizar pelo menos 100mg de veneno no acidente botrópico e 50mg no acidente crotálico, que é a quantidade estimada de veneno inoculado independentemente do tamanho da vítima. O volume mínimo de soro a ser administrado é de 50mL. -> 
Via intravenosa, diluído em solução salina a 5% ou glicose. (PREFERENCIAL)
Via intraperitoneal pode ser realizada quando não for possível a administração intravenosa.
Vias intramuscular e subcutânea devem ser evitadas, e no seu eventual uso não se deve diluir o soro com solução glicosada6.
Reações de hipersensibilidade: anafilaxia (Tipo I, presença de anticorpos reagentes contra o soro) e anafilactoide (Tipo III, sem a participação de anticorpos reagentes).
Sinais clínicos:
Fases Iniciais -> urticária, prurido, tremores musculares, dispneia, tosse e náuseas. 
Fase avançada -> taquicardia, edema dos órgãos, coagulação intravascular disseminada, hipotermia e falência múltipla dos órgãos
Vias de administração dos fármacos: parenteral
As vias de administração parenteral mais comuns são as intravenosa (IV), intramuscular (IM) e a subcutânea (SC).
Intravenosa: 
Permite que os efeitos dos medicamentos sejam obtidos mais rapidamente.
É possível administrar um grande volume de determinada medicação, lentamente e de algumas substancias que são irritantes, devidamente diluídas.
Desvantagens -> risco de embolia, contaminação, substância não pode ser insolúvel ou oleosa
Utilização -> bovinos: jugular; cães/gatos: femoral e radial
Intramuscular:
Absorção é relativamente rápida e aceita a administração de substancia aquosa ou oleosa, mas em doses moderadas.
Desvantagens -> dor e irritação no local
Utilização -> pequenos animais: coxa; grandes animais: coxa e tábua do pescoço
Intradérmica:
Medicamentos administrados na derme, utilizada para reações de hipersensibilidade, como nos casos de teste de alergia
Desvantagens -> via restrita, devido a capacidade de adm de pequenos volumes
Subcutânea: 
A de absorção mais lenta. Algumas vacinas veterinárias são só por ela.
Desvantagens: dor e é necessário cuidado com substâncias irritantes
Tópica:
Efeito localizado para a maioria, alguns conseguem ser absorvidos. 
Comum no tratamento de ectoparasitas em grandes e pequenos animais. 
Vias de administração dos fármacos: enteral
Oral:
via mais utilizada, por apresentar características como a segurança, economia, além da facilidade de administração e não causar dor
Absorção intestinal e estomacal
Desvantagens -> contraindicadas para pacientes que apresentam náuseas, vômitos, desacordados ou com dificuldade de deglutição
Sublingual:
Situações de emergência, que requer rápida ação, pois são rapidamente absorvidos através da mucosa sublingual
Apresentam-se em comprimidos ou gotas, sendo colocados sob a língua, devendo permanecer no local até a sua completa absorção. Hipertensão e infarto cardíaco.
Retal:
Quando há contraindicação da administração pela via oral
Podendo exercer efeito local ou sistêmico, dependendo da formulação.
Supositórios e enemas
Vias de administração dos fármacos: outros
Respiratória:
Forma de nebulização ou pó inalatório. Empregada para pacientes com problemas respiratórios. A administração é feita através da boca
Efeito local (descongestionante nasal ou medicamentos antiasmáticos) ou sistêmico (anestesia inalatória)
Via ocular, intranasal, auricular e vaginal:
Medicamentos aplicados localmente.
Ocular: colírios, pomadas; Nasal: solução; Auricular: solução otológica
Vaginal: induzem o trabalho de parto
CÁLCULOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
FÓRMULAS
V (ml) = P (kg) x d (mg/kg) / C (mg/ml)
Concentração em % x 10 = Concentração em mg/ml
Mg = mcg/1000
G = mg/1000
 
1 - 
V (ml) = P (kg) x d (mg/kg) / C (mg/ml)
P= 350kg
D = 2 mg/kg
Apresentação = 250 mg ampolas = 20ml (12,5 mg/ml)
V = 350 x 2 / 12,5 = 56 ml
2 – 
P = 450 kg
D = 3 mg/kg
Apresentação (concentração) = 1,5%
1,5 x 10 = 15 mg/ml
V = 450 x 3 /15 = 90 ml
3 – 
500 mg cefalexina VO de 6/6h
C = 250mg/5ml = 50mg/ml
500 mg – x ml
50 mg – 1 ml
V = 10 ml
4 – 
P = 150 kg
C = 50 mg/ml
D = 30 mg/kg
V = 150 x 30 / 50 = 90 ml
5 – 
C = 20% = 200 mg/ml
10 ml = 2000 mg
G = 2000/1000 = 2 g
6 – 
4 mg dexometasona EV de 4/4h
C = 0,4% ampolas de 1 ml = 0,4 x 10 = 4 mg/ml 
V = 1 ml de 4 em 4 horas
7 –
C = 50% de 20 ml = 500 mg/ml
500 mg – 1ml 500 mg – 1 ml
X mg - 20 ml 20 mg – y
X= 10.000 mg y = 0,04 ml 
X = 10 g por ampola
8 – 
Ampolas C = 0,05 mg/ml 0,05 mg = 50 mcg = 50mcg/ml
Citrato de Fentanila 100 mcg EV 1 ml = 50 mcg -> 2ml = 100mcg
V = 2 ml
9 – 
840 mcg naxolone EV 
C = 0,4 mg/ml ampolas de 10 ml
V= ?
Mg = 840/1000 = 0,84 mg naxolone EV
0,4 mg – 1 ml
0,84 mg – x ml
0,4x ml = 0,84 mg
X = 2,1ml 
EXERCÍCIO 2
1 - Temos disponíveis ampolas de Vit. C a 10% com 5 ml. Quantos mg de Vit. C temos na ampola?
C = 10% ampolas de 5ml
C = 100mg/ml
500 mg de vitamina C por ampola
2 - Quanto de soluto encontramos nas seguintes soluções:
1 ampola de 20 ml de glicose a 25%
C = 25% ampolas de 20 ml
C = 250mg/ml
5000 mg -> 20ml
1 ampola de 20 ml de NaCl a 30%
C = 30% ampolas de 20 ml
C = 300mg/ml
6000 mg -> 20ml
1 frasco de 500 ml de SG a 5%
C = 5% frasco de 500ml
C = 50mg/ml
25000mg -> 500ml
1 frasco de 1.000ml de SG a 5%
C = 5% frasco de 1000ml
C = 50mg/ml
50000 mg -> 1000ml
3 - Quantos gramas de glicose são necessárias para preparar 1000 ml de soro glicosado à 10% ?
C = 10% ampolas de 1000ml
C = 100 mg/ml 
g = 100/1000 = 0,1g por ml
0,1 g – 1ml
X g – 1000ml
X = 100 gramas de glicose 
4 - Quantos gramas de Glicose o paciente recebe nas 24 horas se o mesmo está recebendo SG 5% -- 1000 ml de 8/8 horas?
C = 5% SG ampolas de 1000ml 
C = 50mg/ml
G = mg/1000 = 50/1000 = 0,05g/ml 
50g de glicose em 1000ml
A cada 8 horas, dou 50g de glicose
Em 24 horas, dou 150g de glicose
5 - Como determinamos a porcentagem da apresentação das seguintes soluções, usando regra de três? 
 Uma solução na qual um litro contém 25 gramas de soluto está a quanto %?
C = 25g/1000ml
C = 2,5% em ampolas de 1000ml
6 - Suponhe que temos na farmácia somente SG 5% de 500ml, e ampolas de 20ml de glicose hipertônica à 50%. Porém a prescrição médica indicou SG 10% de 500ml. Como deveremos raciocinar para obter o soro necessário?
O QUE TEMOS: O QUE PRECISAMOS:
C 1= 5% SG ampolas de 500ml C3 = 10% SG ampolas de 500ml
C2 = 50% Glicose ampolas de 20ml
C1 = 50mg/ml 
25.000 mg em 500ml
25g em 500ml
C2 = 500 mg/ml
10.000 mg em em 20 ml
10g em 20ml
MÉTODOS GERAIS DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA
Auscultação:
Consiste na aplicação do s entido da audição a fim de est udar os sons 
produzidos pala at ividade funcional de um órgão que s e deseja 
examinar. 
 
DIRETA ou IMEDIATA - diretamente com o ouvido na área examinada 
protegido por um pano, evitando assim, o contato com a pele do 
animal. 
 
INDIRETA ou MEDIATA - usando-se estetoscópio que pode ser rígido 
ou flexível ou fonendoscopio. 
 
TÉCNICA - deve ser feita em local tranqüilo, livre de ruídos 
acessórios. É fundamental que o examinador detenha sua atenção no 
ruído que se est a ouvindo, procurando individualizá-lo. Analisar 
separadamente cada componente do ruído para ter condição de 
concluir quanto à sua origem, tempo que ocorre, e s uas 
característ icas sonoras. 
Focos de Auscultação:
Focos de auscultação: é a região do animal onde vai ser feira a auscultação. Foco é 
diferente de ponto de auscultação. Foco é a r egião, enquanto o ponto é apenas um 
único ponto dentro da região que corresponde ao foco. Um foco pode ter vários pontos 
de auscultação. 
a) Respiratório
- Laringo traqueal (LT): possui somente um ponto de auscultação localizado na junção 
da laringe com a traqueia. Som grave, áspero, agressivo, alto – Som laringo traqueal. 
- Traqueo brônquico (TB): possui dois pontos de auscultação que varia de acordo com 
a espécie animal. Possui som com características intermediárias entre o LT e BB – Som 
traqueo brônquico. 
- Bronquíolo bronquiolar (BB): são dois focos, um do lado direito e o outro do lado 
esquerdo, com vários pontos de auscultação. Possui som débil, suave, discreto, sutil – 
Som Murmúrio Vesicular (ou som bronquíolo bronquiolar). 
- Pré- escapular: presente somente nos bovinos e bubalinos, dos dois lados. Está 
localizado logo acima da cadeia de linfonodos cervicais superficiais, onde conseguimos 
introduzir a mão. O som auscultado é o murmúrio vesicular ou bronquíolo bronquiolar. 
É importante porque existem situações em que não é possível auscultar o som 
bronquíolo bronquiolar no f oco bronquíolo bronquiolar, devido a lesões, dor, ou presença 
de edema subcutâneo, que alteram o som. Nesses casos, em bovinos e bubalinos, 
podemos fazer a auscultação no foco pré-escapular.
b) Cardíaco
b) Auscultação: 
Método direto (colocar o ouvido diretamente na área cardíaca do animal), e indireto 
(estetoscópio). 
A primeira coisa a se levar em conta na auscultação são os principais fatores q ue 
interferem no exame clínico: interação com o animal, concentração, manipulação, 
ambiente, silêncio. 
Focos de auscultação cardíaca: todos só têm um ponto de auscultação. 
- Na área cardíaca esquerda: 
BOVINOS: 
Foco pulmonar (P): 3º EIC, na extremidade mais ventral; 
Foco aórtico (A): 4º EIC, no extremo mais dorsal; 
Foco mitral (M): 5º EIC, no extremo dorsal ligeiramente abaixo do foco aórtico. 
Auscultação no sentido cranio-caudal (PAM) 
EQUINOS: 
Foco Pulmonar (P): 3º EIC, t rês dedos abaixo de uma linha imaginária que passa pela 
articulação escápulo-umeral; 
Foco Aórtico (A): 4º EIC, um dedo abaixo de uma linha imaginária q ue passa pela 
articulação escápulo-umeral; 
Foco Mitral (M): 5º EIC, dois dedos abaixo de uma linha imaginária que passa pela 
articulação escápulo-umeral. 
Auscultação no sentido cranio-caudal (PAM) 
 
CÃES: 
Foco Pulmonar (P): 3º EIC, na junção costocondral; 
Foco Aórtico (A): 4º EIC, um pouco acima da junção costocondral; 
Foco Mitral (M): 5º EIC, na junção costocondral. 
Auscultação no sentido caudo-cranial (MAP) 
 
- Na área cardíaca direita: 
 
BOVINOS: 
Foco tricúspide: 4º EIC, região mediana 
EQUINOS: 
Foco tricúspide: 4º EIC, 3 a 4 dedos abaixo da articulação escapuloumeral. 
 
CÃES: 
Foco tricúspide: 4º EIC, na junção costocondral. 
 
O que levar em conta na auscultação do coração? 
Bulha: é o som produzido pelo funcionamento do coração durante a sístole e a diástole.
c) Digestivo
Equinos: Borborigmos – 4 a 8 por minuto 
Avaliar os ruídos intestinais (Borborigmos) em relação à freqüência, intensidade, 
duração, amplitude, se os movimentos estão completos, presença de gás, presença de 
líquido, presença de espasmos. 
 
Lado direito: ceco (avaliar os movimentos e a descarga da válvula íleo-cecal); cólon 
ventral e cólon dorsal; intestino delgado (cranio-ventral) 
Lado esquerdo: fossa paralombar – cólon menor; avaliar cólon ventral e dorsal; 
intestino delgado (acima e cranial ao cólon menor) 
Ventralmente: cólon ventral e flexura pélvica; estômago. 
 
Bovinos: Movimentos ruminais: 5 a 13 por 5 (CINCO!) minutos
COLETA DE SANGUE NAS DIFERENTES ESPÉCIES
De modo geral, a flebotomia segue as seguintes etapas, idênticas a todas as espécies animais:
a) Conter o paciente, de modo a não agitá-lo;
b) Tricotomizar o local escolhido;
c) Efetuar o garrote;
d) Passar álcool (70% ou iodado) sobre o local escolhido;
e) Puncionar a veia (flebotomia propriamente dita);
f) Soltar o garrote;
g) Retirar a agulha da veia;
h) Armazenar o sangue no frasco escolhido e previamente identificado. 
A contenção é variável de espécie para espécie e os métodos utilizados para tal também são variáveis, com uso do brete ou cordas no caso de grandes animais; e mordaças ou “botinhas” para cães e gatos, respectivamente. É desejável que a contenção não agite ou excite o animal, e sim que garanta tanto a segurança deste como das pessoas envolvidas na coleta. 
A necessidade da tricotomia (corte dos pelos) é considerada questionável. Um dos pontos é a estética, pois os proprietários geralmente não concordam com o procedimento, pois produz uma falha na pelagem do animal. Outro ponto é a contaminação; alguns autores consideram os pêlos bastante contaminados e afirmam que estes poderiam propiciar a entrada de microrganismos durante a introdução da agulha na pele do animal; já outros dizem que a tricotomia elimina a barreira imunológica fisiológica que os pelos representam. 
Para a coleta sem vácuo utilizam-se agulhas e seringas convencionais, descartáveis. Após a coleta, retira-se a agulha da seringa e com o tubo inclinado, transfere-se o sangue fazendo com que ele escorra pelas paredes do frasco e não crie bolhas de ar ou provoque hemólise. O frasco deve estar sempre limpo e seco, pois a água provoca hemólise in vitro e os resíduos metálicos ou de detergentepodem comprometer os resultados. Como dito anteriormente, depois de se colocar o sangue no tubo contendo anticoagulante, a amostra deve ser delicadamente homogeneizada. Nas coletas realizadas a vácuo, o tubo deve ser preenchido conforme o vácuo que apresenta, pois isto determina uma correta relação entre a quantidade de anticoagulante e sangue. Caso seja preenchido com menos sangue do que o ideal, o excesso de anticoagulante pode diluir a amostra e alterar valores de contagem de células e até mesmo o hematócrito. 
Quanto às veias escolhidas para coleta há três consideradas principais. As principais veias utilizadas para coleta de sangue nos animais são a jugular, localizada no pescoço; a cefálica, localizada nos membros anteriores e a safena, localizada nos membros posteriores. Contudo, esta preferência varia com a espécie e o porte do animal em questão.
Caninos
Dificilmente a coleta de sangue é problemática em cães, a não ser em filhotes muito pequenos ou animais muito agressivos ou agitados. A principal veia de escolha é a cefálica, porém também se utiliza a jugular (mais calibrosa, porém exigem certa experiência) e as veias dos membros pélvicos, as safenas e as femurais (contraindicadas por alguns autores devido à proximidade das artérias femurais). Alguns clínicos preferem que o dono esteja presente durante a coleta, pois transmitiriam confiança ao animal; outros, no entanto, preferem que este não esteja presente, devido ao excesso de zelo ou à necessidade de contenção. 
Felinos
Felinos são mais estressáveis do que cães, pois estes são muito sensíveis a mudanças de ambiente ou alterações emocionais, o que pode desencadear alterações hematológicas decorrentes do medo. Além disso, a contenção é geralmente mais difícil nestes animais e as veias dos membros frequentemente não possibilitam a coleta de volume suficiente. Assim, a principal veia a ser considerada e utilizada é a jugular. No entanto, como o sangue geralmente vem vagarosamente, o uso de anticoagulantes na seringa e até na agulha podem ser necessários para evitar a formação de coágulos na amostra. 
Equinos 
Os equinos são considerados sanguíneos ou linfáticos, sendo que os primeiros possuem parâmetros hematológicos mais elevados e são mais sensíveis ao manejo ou à manipulação. Assim, em equinos sanguíneos devem-se preferir coletas feitas por pessoas íntimas a estes animais, até a presença do médico veterinário pode ser indesejável. Nesses animais, a excitação, como uma simples saída da cocheira, pode representar um aumento de 10 a 15% no hematócrito ou determinar a hemólise da amostra. Além disso, cuidados com a evitação da contenção, evitação do garroteamento e a manutenção do animal em pleno repouso são necessárias. A principal veia utilizada para coleta de sangue nos equinos é a jugular, preferindo utilizar somente a agulha, sem a seringa acoplada, ou equipamento de coleta a vácuo (sistema vacuotainer) devido a pressão sanguínea nesses animais. Outro cuidado é tomado após a coleta, quando o tubo deve ser delicadamente invertido várias vezes, cerca de 20, já que equinos apresentam rouleaux eritrocitário normalmente. 
Bovinos, ovinos e caprinos
Os ruminantes são geralmente linfáticos, mas isso não quer dizer que não sejam excitados durante as coletas de sangue, por isso as alterações hematológicas decorrentes de coletas estressantes são menos comuns. A prática de puncionar a veia jugular, com uso apenas da agulha, e de depois colocar o frasco sob o jato de sangue, tem sido abandonada e substituída pelo uso de agulhas e seringas menores na punção de outras veias, facilmente perceptíveis, como as mamárias e a veia caudal.

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