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FACULDADE UNINASSAU CURSO DE BACHALELADO EM PSICOLOGIA RELATÓRIO FINAL DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL PARNAÍBA-PI 2018 ANA CRISTINA DOS SANTOS SOUZA DANIELE MELO SALES LIZANDRA DAYANNE SILVA SOUSA VANESSA LIMA MENDES RELATÓRIO FINAL DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL Trabalho de conclusão do Programa de Orientação Profissional do Curso de Psicologia da Faculdade Uninassau para obtenção de nota parcial na disciplina de Orientação Profissional. Orientadora: Profª. Andréa Nara Lopes Henriques de Sousa. PARNAÍBA-PI 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................04 2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................05 3 OBJETIVOS ..............................................................................................................10 3.1 Objetivos Gerais .......................................................................................................10 3.2 Objetivos Específicos ...............................................................................................10 4 MÉTODOS .................................................................................................................11 4.1 Amostra ....................................................................................................................11 4.2 Instrumento ...............................................................................................................11 4.3 Procedimento ............................................................................................................11 5 RESULTADOS ..........................................................................................................12 6 DISCUSSÃO ..............................................................................................................15 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................17 REFERÊNCIAS .........................................................................................................18 ANEXOS ....................................................................................................................19 4 1 INTRODUÇÃO A Orientação Profissional é um processo que facilita a escolha de carreira e que abrange o autoconhecimento junto ao entendimento das atuações profissionais. A busca pelo autoconhecimento nesse processo é de essencial importância, pois para se fazer uma escolha tão importante como a escolha de uma profissão faz-se necessário um conhecimento pessoal para tomadas de decisões que satisfarão sua atuação na pratica. O programa de orientação profissional foi proposto com o objetivo de ajudar os alunos do 3° ano do ensino médio de uma escola publica, pela busca de um autoconhecimento, e também com o intuito de informar através de atividades, como palestras, dinâmicas, apresentações, conhecimentos sobre futuras profissões e mercado de trabalho. O programa de orientação profissional foi apresentado por um grupo de discentes, apoiados pela orientação de um professor supervisor qualificado, tendo como base teórica para essa atuação na pratica o livro: Orientação Profissional - Sob o enfoque da Análise do Comportamento de Cynthia Moura. Neste relatório, estão descritas atividades que foram realizadas durante o estagio obrigatório no colégio Estadual Senador Chagas Rodrigues, com os alunos do ultimo ano letivo do ensino médio, realizado no período de 02 de Abril de 2018 a 20 de Abril de 2018; promovendo a troca de conhecimentos e buscando novas experiências advindas dessa prática, desempenhando um papel para o crescimento de ambas as partes envolvidas nesse processo. 5 2 REFERNCIAL TEÓRICO A situação de uma escolha profissional é difícil para qualquer indivíduo, levando em conta que é preciso se conhecer como pessoa e para isso, é preciso se perceber enquanto ser envolvido nas suas relações. Em quais aspectos lhe agradam ou não, o que vai de encontro ou repulsa a seus valores e princípios, as influências que à ele chegam, tudo isso são fatores importantes a serem analisados no momento do processo de orientação profissional (MOURA, 2004). A orientação Profissional/ Vocacional pode ser descrita como um processo facilitador para a escolha profissional, que engloba o autoconhecimento e o conhecimento das atividades profissionais (MARTINS, 2008, p. 1). É interessante ressaltar que a formulação desse projeto não foi feito para atingir apenas um público, no entanto aborda públicos em geral que queiram passar pelo processo. Leva-se em conta que para o público adolescente talvez essa escolha profissional seja mais difícil a ser tomada, por envolver aspectos de mudança em seu próprio corpo e aspectos relacionados a mudança social. Escolher, é um processo de aprendizagem, que para conseguir atingir o objetivo é preciso ter o comprometimento do orientando juntamente com à articulação de seus conhecimentos acerca de si e dos diferentes campos de atuação. Segunda Neiva (1995), uma escolha profissional madura, consciente e ajustada requer adquirir, analisar e integrar conhecimentos, desenvolvendo atitudes e habilidades que permitam aprender a decidir. Macedo (1988) afirma que o adolescente, neste processo de buscar o que realmente lhe interessa, deve equilibra-se entre o receber influências e o passar por experiências, sendo que o aspecto central desse processo é a busca de autoconhecimento e de informações pertinentes (MOURA, 2004, p. 22). Reardon (1992), também, aponta o autoconhecimento (conhecimento dos próprios valores, interesses e habilidades) e o conhecimento ocupacional (conhecimento do esquema de organização das ocupações e do mundo de trabalho) como fatores fundamentais a serem abordados na intervenção profissional junto a adolescentes (MOURA, 2004, p. 23). No processo de orientação profissional o orientador tem o papel de facilitar a escolha do orientando, se utilizando de habilidades de investigação dos elementos que 6 são importantes para a pessoa do cliente, bem como de ferramentas que facilitam este processo de ajuda. Quando este consegue ter uma consciência mais ampliada acerca de suas potencialidades e limitações torna-se mais fácil elaborar um projeto de vida, um objetivo, ou ainda meta profissional (MOURA, 2004). Segundo Macedo, o termo aptidão relaciona-se com aquilo que a pessoa já desenvolveu já o termo potencialidade refere-se ao que ela poderá desenvolver, enquanto competência diz respeito às capacidades já desenvolvidas, a partir de aptidões ou potencialidades. Para ele, conhecer esses fatores é condição essencial, para que uma pessoa entenda melhor sua vocação e possa delinear um projeto profissional (MOURA, 2004, p. 24). É importante deixar claro para os orientandos que em todas as carreiras profissionais, não satisfarão 100% suas as necessidades pessoais, tendo assim que atingir amadurecimento e conhecimento para discernir a profissão que mais se encaixa aos seus interesses e habilidades; tendo como critério de exclusão as profissões que mais se distanciam de suas aptidões e interesses relevantes. Um conhecimento mais profundo das profissões deinteresse, segundo Neiva (1995), deverá abarcar os seguintes pontos: Objetivos da profissão, atividades, curso de formação, áreas de especialização, demanda de emprego e faixas salariais (MOURA, 2004). O processo de orientação profissional abrange muito mais do que o conhecimento estrito do campo psicológico. Faz-se necessário um conhecimento relativamente amplo das várias técnicas de intervenção. Esse conhecimento não se restringe ao domínio da técnica pela técnica, mas está diretamente relacionado à habilidade de aplicá-la conforme o foco da intervenção desejada (SILVA, 1999, p. 3). A formação teórico-técnica necessita de realimentação constante, e o orientador precisa ter uma postura de disponibilidade e conduta ética para com o orientando e seu respectivo papel de orientador (SILVA, 1999). O trabalho é um fator de extrema importância para o ser humano, Anderson (1982, apud LEVINSON, 1987). Fazer a escolha de uma profissão não é uma tarefa fácil, é preciso ter certeza ou ao menos ter opções que se asse a desejos vocacionais internalizados que ainda não foram descobertos ou até mesmo trabalhados (MOURA, 2004 p. 12). “Para cumprir essa tarefa, nasceu, em 1902, a “psicologia vocacional”, com a instalação do primeiro centro de Orientação Profissional, em Monique”. Moura (2004) 7 afirma que nesse período percebia-se maior preocupação, para as atividades a serem executadas do que as necessidades e habilidades dos trabalhadores. Segundo Dean e Meadows (1995), apenas com o fim da segunda guerra mundial, é que os programas de orientação profissional foram se configurando, entrando em um momento de um rápido crescimento, atingindo seu status atual (MOURA, 2004). Esses programas começaram a surgir com o desenvolvimento da psicologia Industrial e Pessoal e pela influencia da mesma, após a segunda guerra mundial, pelo avanço de procedimentos e instrumentos psicométricos e pelas transformações da filosofia educacional da época (NEIVA, 1995 apud MOURA, 2004). No entanto, o marco oficial de início da Orientação Profissional situa-se entre os anos de 1907 e 1909, com a criação do primeiro centro de Orientação Profissional norte-americano, o Vocational Bureau of Boston, e a publicação do livro Choosing a Vocation, ambos sobre responsabilidade de Frank Parsons (CARVALHO, 1995; ROSAS, 2000; SANTOS, 1977; SUPER E BOHN JUNIOR, 1970/1976 apud SPARTA, 2003, p. 2). Frank Parsons foi considerado o pai da Orientação Vocacional e Profissional e de carreira, teve grande importância no desenvolvimento teórico da Orientação Profissional, agregando ideias da Psicologia e da Pedagogia a esse campo de atuação, bastante preocupado com as escolhas profissionais dos jovens de seu país, em seu livro estabeleceu algumas etapas a serem seguidas no processo de Orientação Profissional, etapas essas divididas em três, a primeira é a análise das características do indivíduo, a segunda é a análise das características das ocupações e a terceira é o cruzamento destas informações. Baseando-se assim a Orientação Profissional na busca do autoconhecimento e no fornecimento de informação profissional (ZYTOWSKI, 1972, RIBEIRO E UVALDO, 2007 apud SPARTA, 2003). “No Brasil, a Orientação Profissional tem como marco de origem a criação, em 1924, do Serviço de Seleção e Orientação Profissional para os alunos do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, sobe responsabilidade do engenheiro suíço Roberto Mange” (CARVALHO, 1995; ROSAS, 2000; SANTOS, 1977 apud SPARTA, 2003, p. 3). Sendo considerada uma nova abordagem no país, teve como principais influencias, a teoria psicanalítica quanto a vertente socioanalítica de origem francesa (CAMPOS, 1992 apud ABADE, 2005). 8 Um dos marcos histórico mais importante para a Orientação Profissional no Brasil foi a criação da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) que tinha como principal objetivo estabelecer um espaço onde o orientador profissional fosse representado, construindo assim uma organização dessa categoria definindo políticas para esse fazer em nosso país (SILVA E JACQUEMIN,2001 apud ABADE, 2005). Segundo (SPARTA, 2003), no seu início a Orientação Profissional tinha como principal objetivo identificar nas indústrias, trabalhadores que fossem incapacitados para realizar alguma tarefa dentro da indústria, para assim poder evitar acidentes de trabalho. SPARTA (2003, P. 2) “Afirma que a Orientação Profissional passou a ser um processo fortemente diretivo, em que o orientador tinha como objetivos fazer diagnósticos e prognósticos do orientando e, com bases nesses procedimentos, indicar ao mesmo profissões ou ocupações apropriadas.” Uma das teorias que descrevia bem esse conceito de que o homem tinha que ser uma adequação perfeita para o trabalho foi definida como Teoria do Traço e Fator, em contra partida surgiu as ideias de Carl Rogers que vai contra a posição de que o indivíduo tinha que ser direcionado a uma escolha profissional por meio de testes, e começa a valoriza a participação do cliente nessa escolha, que passa a ser não diretivo (SPARTA, 2003). Na década de 1950, foram surgindo teorias sobre a escolha de uma profissão, e uma das primeiras foi a Teoria do Desenvolvimento Vocacional, de acordo com essa teoria a escolha de uma profissão não é algo que ocorre de um acontecimento especifico ou de uma situação determinada na vida, mas é sim um processo de evolução que acontece entre os últimos anos da infância e os primeiros anos da vida adulta. Mais tarde foi publicada outra teoria, a Teoria do Desenvolvimento Vocacional de Donald Super, ela diz que a escolha profissional é um processo que ocorre durante a vida, da infância a velhice, por meio de diversos estágios do desenvolvimento vocacional e da realização de diversas tarefas evolutivas (SUPER, 1957, 1963; SAVICKS e SUPER, 1996 apud SPARTA, 2003). Para John Holland em sua Teoria Tipológica a aptidão para uma profissão é o reflexo da personalidade do ser humano, por isso existem diferentes grupos de 9 personalidade que podem se encaixar em diferentes grupos laborais, em cada ambiente de trabalho (SPOKANE, 1996; HOLLAND, 196/1975 apud SPARTA, 2003). Seguindo ainda o período das décadas de 1950 e 1960, foram publicadas as seguintes teorias, a Teoria psicodinâmica da escolha profissional, tendo com principal linha de seguimento a Teoria Psicanalítica e a Teoria das Satisfações das Necessidades, e também a Teoria De Tomada de Decisão (BROWM e BROOKS, 1996; CRITES, 1969/1974; PELITOER e colaboradores, 1974/1985 apud SPARTA, 2003). Segundo Frank Parsons existem três princípios fundamentais para uma orientação vocacional :uma clara compreensão de si mesmo, de suas aptidões, capacidades, interesses, ambições, recursos, limites e de suas causas; (2) um conhecimento dos requisitos e condições de sucesso, vantagens e desvantagens, remuneração, oportunidades e das perspectivas nos diferentes tipos de trabalho; (3) uma resultante verdadeira das relações entre esses dois grupos de fatores. (PARSONS, 1909/2005, p.5 apud RIBEIRO E UVALDO, 2007, p. 24). Analisando as teorias desenvolvidas por cada teórico já citado, é possível notar que a Orientação Profissional desde os seus primórdios sempre teve papel fundamental na vida dos indivíduos que a procuram, essa pratica que é desenvolvida por psicólogos, tem bases teóricas fundamentais para a sua atuação. Teóricos esses que vão desde o seu precursor Frank Parsons, até teóricos que levaram adiante os ensinamentos propostos por ele; a Orientação Profissional que teve em sua formação bases teóricas diretivas, onde o indivíduo não tinha a autonomia deescolha por seus próprios valores, foi se modificando e aceitando que o mesmo indivíduo pode fazer parte desse processo tão importante na sua vida. Seguindo as ideias de Carl Rogers é possível ver claramente esse ponto sendo abordado por ele em sua teoria, onde começam a ser valorizados a participação do cliente no processo de intervenção que passa a não ser mais um processo diretivo (BROWM e BROOKS, 1996; SUPER e BOHN JUNIOR, 1970/1976 apud SPARTA, 2003). 10 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivos Gerais Analisar junto com adolescente as variáveis controladoras (pessoais, familiares, sociais, contextuais) implicadas na escolha de uma carreira profissional; levar o adolescente a observar e discriminar as relações existentes entre escolha profissional e história de vida e, como a escolha de uma profissão está diretamente ligada as escolhas que aprendemos a fazer ao longo da vida; desenvolver habilidades necessárias para a escolha, a partir do fortalecimento das respostas que compõem o comportamento de tomada de decisão. Visa também ampliar ao máximo o repertório de análise e consideração de possibilidades por parte do adolescente, para em seguida propor uma restrição gradativa dessas opções, considerando os critérios eleitos por cada adolescente durante a intervenção, rumo à resposta terminal: a escolha profissional. Nesse sentido, o trabalho parte do autoconhecimento e exploração de profissões para finalmente propor estratégias facilitadoras da tomada de decisão. 3. 2 Objetivos Específicos • Identificar e descrever características pessoais, habilidades e atividades de interesse; • Aprofundar o conhecimento das profissões desfazendo informações incorretas ou distorcidas sobre cursos e carreiras, por meio da realização e dramatização de entrevista com profissionais de diversas áreas; • Avaliar os resultados alcançados em relação aos objetivos da Orientação Profissional: escolha de uma profissão, restrição das opções profissionais e/ou aprendizagem do processo de tomada de decisão. 11 4. MÉTODO 4.1 Amostra A amostra foi composta por 40 estudantes, oriundos da rede pública de ensino, denominada Escola Estadual Senador Chagas Rodrigues, situando-se na cidade de Parnaíba-PI, tais estudantes cursam o 3° ano do ensino médio, ambos os sexos, com idade variando entre 15 a 19 anos de idade, pois é nessa época que os conflitos vocacionais se configuram com maior intensidade (BOHOSLAVSKY, 1991). 4.2 Instrumento Para obtenção das informações utilizou-se o Programa Modelo para Atendimento em Grupo de Orientação Profissional pautado sob o enfoque da Análise do Comportamento, elaborado a partir de pesquisas realizadas pela Psicóloga Cynthia Borges de Moura. O referido programa é composto por 8 sessões, sendo aplicado coletivamente, onde cada sessão dispõe detalhadamente os objetivos a serem auferidos pelos adolescentes participantes. Cada sessão é composta pelos seguintes itens: objetivos (quais comportamentos espera-se que os adolescentes apresentem), racional teórica (tem como objetivo situar o orientador para o direcionamento das sessões, buscando direcionar suas intervenções ao longo da sessão), procedimentos (exposição detalhada dos exercícios e aspectos a serem discutidos, inclusive anexos das tarefas a serem realizadas), discursão da sessão (busca do envolvimento do grupo, relato dos exercícios) e conclusão da sessão. Dessa forma, a estruturação do programa visa organizar e facilitar a atuação dos orientadores frente as incertezas de cada adolescente. 4.3 Procedimento As sessões foram realizadas nas salas de aula da Escola Estadual Senador Chagas Rodrigues, nos dias de segunda e sexta, nos horários de 13:40 a 15:30 e 15:50 a 17:40 respectivamente. As dúvida e incertezas dos adolescentes, foram identificadas e trabalhadas com base no programa de orientação profissional, ao qual divide-se em oito sessões, com temas exploratórios e direcionamento das sessões, que evidenciam as principais influências dos adolescentes para a tomada de escolha profissional. 12 5 RESULTADOS Observou-se que houve diferença significativa quanto ao programa de orientação profissional, todavia, com um tempo maior, poderíamos ter consolidado algumas análises, explorando melhor o contexto familiar individualmente de cada participante, mesmo assim foi visível perceber o interesse e comprometimento dos estudantes, uma vez que a participação nos encontros era espontânea. Também podemos perceber resultados positivos acerca do autoconhecimento e conhecimento das profissões depois de concluído o programa. Percebeu-se ainda, o interesse dos estudantes por este programa, que além de ser mais um espaço de conhecimento sobre os cursos, também representou um momento de integração e interação entre estes. Com as orientações do programa realizado, percebemos que os estudantes se sentiram mais seguros diante da escolha profissional. Ao longo do programa, os adolescentes assumiram uma posição ativa, com escolhas autônomas e conscientes. Isso se deve, entre outros motivos, ao papel do orientador que ao longo do programa assume uma postura diretiva no sentido de fazer com que os alunos identifiquem suas pretensões e habilidades. Assim, com a realização do programa de orientação profissional tem esclarecido dúvidas em relação aos cursos, auxiliando o autoconhecimento e conhecimentos das próprias habilidades em paralelo as exigências e características das profissões. Portanto, cumpre refletir que nos últimos anos, tem crescido substancialmente a procura por Orientação Profissional, seja por adolescentes ou por suas famílias, seja mesmo por escolas preocupadas em assistir seus alunos no processo de escolha profissional. Podemos considerar que a intensificação de demanda, seja reflexo de uma grande ampliação das possibilidades de escolha, característica do momento atual, bem como das profundas e rápidas transformações da realidade ocupacional, ainda que esses fatores não constituam explicações exaustivas do fenômeno (SOARES; KRAWULSKI, 2010). 13 6 DISCUSSÃO Nesta sessão serão apresentados os conhecimentos e aprofundamentos obtidos do programa de orientação profissional pertinentes as expectativas dos discentes da instituição Faculdade Uninasau. Por meio dos discursos foi possível observar que inicialmente muitos alunos não sabiam de fato qual profissão seguir. Por vezes, sabiam pouco ou quase nada das carreiras e do mercado de trabalho. Assim, convém mencionar, que os adolescentes que participaram do programa de orientação buscavam sanar suas dúvidas, onde muitos tinhas como opções de escolhas mais de três profissões, existindo grandes dificuldades para chegarem a uma escolha profissional devidos a tantos conflitos vivenciados nesta etapa e que, por isso é relevante a resolução de seus conflitos para melhor definir suas escolhas na vida, bem como sua realização profissional. A orientação profissional buscou promover condições adequadas, para que o adolescente refletisse e definisse seu projeto de vida traçado, através do aprendizado, do autoconhecimento e de suas condições de escolhas. E com isso ter um futuro profissional frisado pela satisfação, interesse e competência, permitindo-se sentir valorizado e prazer na profissão escolhida. Parsons (1909) sugeriu que uma escolha profissional adequada às características da pessoa poderia favorecer uma carreira bem- sucedida, sendo necessários três passos no processo de orientação, a saber, conhecimento das habilidades, interesses, ambições, limitaçõese outras características pessoais; conhecimento das possibilidades e características das diversas profissões; e uma integração adequada entre todas essas informações. A primeira sessão teve por tema: Definindo o problema de escolha, e como objetivo a proposta de identificar fatores que estariam dificultando a tomada de decisão profissional. Nesta sessão, os adolescentes foram levados a perceber a que controle estariam respondendo, para que possam ter consciência de suas devidas escolhas. Com relação aos procedimentos, houve a apresentação de cada participante, em que através da dinâmica da bolinha cada um foi convidado a falar o nome e uma característica de sua personalidade. Tal dinâmica foi de suma importância para o estabelecimento do vínculo e do contrato de trabalho. Assim, para concluir a sessão, os orientadores definem com os adolescentes o problema de escolha profissional como sendo de aprendizagem de tomada de decisão e não, apenas, de escolha uma profissão. Para isso, 14 utiliza-se uma figura que ilustra “os caminhos de escolha” e suas prováveis consequências dispostas no anexo 3 do programa (MOURA, 2004). Já a segunda sessão teve por tema: Conhecendo-se para escolher, com o objetivo de discutir e identificar as habilidades pessoais e o potencial de aprendizagem para melhor desenvolvimento profissional. Aqui é realizado uma atividade de autoconhecimento, cada adolescente recebe o exercício do anexo 4, composto de uma lista de 74 características pessoais, e uma folha de resposta, em que ele devera distribuir cada uma das características listadas em um dos quatro quadrantes: “Gosto e faço”; “Gosto e não faço”; “não gosto e faço’; não gosto e não faço”. As instruções do exercício são lidas conjuntamente e os adolescentes tem um tempo para realizar, individualmente, seu exercício (MOURA, 2004). Na discursão do exercício, cada participante relata o resultado da atividade, para que se questionem as descobertas realizadas. A terceira sessão, teve por tema: Relacionando características e profissões, com o objetivo de discutir a relação entre as características do indivíduo e as profissões. A quarta e a quinta sessão foram realizadas juntas, tiveram como tema: Investigando profissões, foram elencadas todas as profissões de interesse dos participantes para que se pudesse buscar informações acerca dessas. Destarte, a sexta e a sétima sessão também foram realizadas em conjunto, em que a sexta trata do outro olhar para as profissões, distinguindo e analisando as características individuais e as exigidas para o perfil profissional de cada profissão. A sétima sessão, por sua vez, aborda a seleção dos critérios de decisão, é definido os valores pessoais envolvidos na tomada de decisão, as possibilidades de resolução de conflito quanto a escolha da carreira e é enfatizado a finalização do processo de orientação profissional na próxima sessão. Por fim, a oitava sessão trouxe o tema: analisando o futuro diante da escolha presente, assim essa buscou avaliar os resultados do projeto de orientação profissional através dos comportamentos e das escolhas dos adolescentes frente as etapas dos exercícios realizados durante o programa de orientação profissional. Por conseguinte, o Programa de orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento foi muito útil no processo de escolhas desses adolescentes. 15 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando em consideração os objetivos e métodos trabalhados para orientação de alunos concluintes do ensino médio, quanto suas escolhas profissionais, podem-se levar em conta que tal escolha é um processo de aprendizagem que demanda tempo e conhecimento de interesses e valores de suas personalidades, que conjuntamente devem estar relacionados de maneira coerente com os perfis das respectivas profissões almejadas pelos estudantes, para que assim tenham maiores satisfações e realizações em suas escolhas de um modo geral, não apenas no aspecto laboral. Teve-se resultados de relevante importância tanto na aplicação do projeto de Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento, para estagiários de O.P, na qual se pôde obter experiência na prática quanto à orientação nos processos de escolha do indivíduo, bem como para o público alvo deste projeto; que através de acompanhamento e esclarecimentos de dúvidas pode clarificar aspectos que antes eram divergentes para tais alunos, facilitando assim no processo de autoconhecimento e conhecimento dos campos de atuação profissional. Com base nos aspectos relevantes do projeto, pôde-se perceber que os objetivos propostos pela atividade foram em parte alcançados, levando em conta que à escolha profissional é uma aprendizagem e que sendo assim, demanda tempo para elaboração de uma rede ampliada de conhecimentos pessoais e relacionados a profissão, sendo uma busca constante a ser retroalimentada dependendo do esforço e interesse particular de cada um. No que compete ao projeto de orientação, consegue-se estabelecer um resultado positivo para os alunos que antes tinham grandes dificuldades quanto à delimitação de seus interesses profissionais, e agora conseguem se perceber nesse processo que é pessoal. Filtrando o que seja relevante a seus interesses e habilidades. Utilizou-se como recurso para aplicação do mesmo, o livro: Orientações profissionais sob o enfoque da análise do comportamento de Cynthia Moura e como instrumentos para o manuseio deste foram utilizados: cartolinas, impressões de anexos com aspectos instrucionais, recortes e dinâmicas interativas. Nos procedimentos a serem realizados, algumas sessões tiveram que ser adaptadas à realidade dos alunos, de maneira que fizesse sentido a eles e assim tirassem melhor proveito do projeto como 16 algo que pudessem alcançar, e não como algo utópico, se fossem meramente técnicas aplicadas de uma maneira em geral. No mais, o objetivo geral do projeto foi alcançado, proporcionando uma maior análise dos alunos acerca de si e dos perfis profissionais, fazendo essa relação de maneira mais consciente. 17 REFERÊNCIAS ABADE, F. L. Orientação profissional no Brasil: uma revisão histórica da produção científica. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 6, n. 1, p. 15-24, 2005. MARTINS, D. F. Orientação Profissional: teoria e prática. Avaliação Psicológica, v. 7, n. 1, p. 113-114, 2008. MOURA. C. B. Orientação Profissional sob o enfoque da análise do comportamento. Campinas, SP: ed. Alínea, 2004. RIBEIRO, M. A; UVALDO, M. D. C. Frank Parsons: trajetória do pioneiro da orientação vocacional, profissional e de carreira. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 8, n. 1, 2007. SILVA, M. B. A formação do orientador profissional. Revista da ABOP, v. 3, n. 1, p. 161-165, 1999. SPARTA, M. O desenvolvimento da orientação profissional no Brasil. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 4, n. 1-2, p. 1-11, 2003. 18 ANEXOS Alunos na 1 sessão de auto análise e conhecimento dos campos de atuação. 19 Realizando dinâmicas de entrosamento com a turma. 20 Executando a atividade de delimitação dos campos das escolhas profissionais. Encerramento do programa de Orientação Profissional, confraternização com os alunos. 21 Realizando as atividades propostas pelo programa. Acompanhando os alunos no processo de escolha. 22 Tirando dúvidas e facilitando o processo de auto-conhecimento.Alunos engajados no programa de Orientação. 23
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