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Logística urbana e os fluxos de mercadorias E a entrega de carga urbana? Como fica em relação à mobilidade nas cidades? No interior do tecido urbano, o abastecimento ganha crescente complexidade pelos condicionamentos físicos e pelas restrições à penetração nesses espaços. Em regra, a tendência é para a diminuição do volume médio de cada entrega e para o aumento da sua frequência, o que implica uma distribuição ágil, com recurso a veículos comerciais de menor dimensão. As empresas locais/regionais são forçadas a ajustar as frotas e as rotas praticadas a essas novas condições. Em suma, a grande mobilidade interurbana das mercadorias, propiciada pela melhoria da rede rodoviária e pelo recurso a veículos de grande capacidade, contrapõe-se às dificuldades no interior da cidade, constituindo os perímetros urbanos um estrangulamento no circuito de distribuição. As intervenções nesse campo deverão incidir na componente estática (plataformas logísticas, entrepostos, centros de distribuição urbana etc.) e nos elementos dinâmicos relacionados com a distribuição urbana propriamente dita (consolidação/desconsolidação de mercadorias, articulação entre operadores, meios utilizados, recurso a tecnologias inovadoras etc.), repercutindo-se no ordenamento e na mobilidade urbana e, por arrastamento, na competitividade da cidade. O aumento dos fluxos de mercadorias é um indicador da vitalidade econômica de um centro urbano. Contudo, o seu crescimento exponencial esbarra com as limitações da estrutura urbana e cria disfunções centradas no congestionamento, penalizadoras para a produtividade das empresas e para a competitividade urbana. Por isso impõe-se o conhecimento antecipado das transformações para responder às necessidades futuras. As ações mitigadoras, apoiadas na restrição à circulação, suscitam resistências e mostram-se hoje insuficientes, por atuarem sobre as consequências, mantendo a gênese do problema. As respostas centradas na gestão dos fluxos de mercadorias surgem, nesse contexto, como hipóteses credíveis. As soluções experimentais mostram ainda insuficiências, mas a falta de melhores alternativas aconselha uma aposta no seu aperfeiçoamento, atendendo ao suporte conceitual de base (agregação de fluxos, articulação das políticas urbanas e relação de serviço), mas ajustando-se às particularidades de cada território e à identidade reivindicada pelos seus habitantes. O alcance desses modelos ultrapassa a melhoria dos fluxos de mercadorias, pois contribui também para beneficiar a circulação do transporte individual e coletivo de passageiros, bem como para diminuir os conflitos com as pessoas, ou seja, implica uma recomposição da mobilidade urbana. Agências reguladoras fiscalizam a prestação de serviços públicos no Brasil As agências reguladoras foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Além de controlar a qualidade na prestação do serviço, estabelecem regras para o setor. Atualmente, existem dez agências reguladoras. A regulação envolve medidas e ações do Governo que envolvem a criação de normas, o controle e a fiscalização de segmentos de mercado explorados por empresas para assegurar o interesse público. Fonte: http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/agencias-reguladoras Agências reguladoras relacionadas aos setores de transporte e meio ambiente Agência Nacional de Petróleo (ANP) A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi criada em 1998 para regular as atividades da indústria de petróleo e gás natural e dos biocombustíveis. Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), autarquia criada em 1996, regula e fiscaliza a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica. Agência Nacional de Águas (ANA) Criada no ano 2000, a Agência Nacional de Águas (ANA) é vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas tem autonomia administrativa e financeira. Implementa e coordena a gestão dos recursos hídricos no país e regula o acesso à água, sendo responsável por promover o uso sustentável desse recurso natural, a fim de beneficiar não só a geração atual, mas também as futuras. Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Criada em 2001, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) é vinculada ao Ministério dos Transportes e tem autonomia financeira e administrativa. Regula, supervisiona e fiscaliza os serviços prestados no segmento de transportes aquaviários e a exploração da infraestrutura portuária e aquaviária exercida por terceiros. Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) foi criada em 2001, é vinculada ao Ministério dos Transportes e tem independência administrativa e financeira. A agência é responsável pela concessão de ferrovias, rodovias e transporte ferroviário relacionado à exploração da infraestrutura e pela permissão de transporte coletivo regular de passageiros por rodovias e ferrovias. Além disso, a ANTT é o órgão que autoriza o transporte de passageiros realizado por empresas de turismo sob o regime de fretamento, o transporte internacional de cargas, a exploração de terminais e o transporte multimodal (transporte integrado que usa diversos meios). Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Criada em 2005 para substituir o Departamento Nacional de Aviação Civil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem a função de regular e fiscalizar as atividades do setor. É responsabilidade da autarquia, vinculada à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, garantir segurança no transporte aéreo, a qualidade dos serviços e respeito aos direitos do consumidor. Bibliografia: “Visão Histórica e Análise Conceitual dos Transportes no Brasil”, de Créso Coimbra, 1974. “Ministérios dos Transportes – Planos de Viação-Evolução Histórica”. “Breve Histórico Sobre a Evolução do Planejamento Nacional de Transportes”, de Marco Antônio Leite Sandoval (Consultor – COPLAN/CGPLAN/DPP/DNIT). Outros autores citados/pesquisados: Carlos Seman e Dilma Andrade de Paula. Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Jaime Lerner Arquitetos Associados, julho de 2009. http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/agencias-reguladoras PEREIRA, Margarida; TEIXEIRA, José Afonso. Centro de Estudo de Geografia e Planejamento Regional. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Avenida de Berna, 26-C, 1069- 061 LISBOA (PORTUGAL) – 2002. BONAMY, J.; MAY, N. (dir.) (1994). Services et Mutations Urbaines – Questionnements et perspectives, Paris, Anthropos BOUDOUIN, D.; MOREI, C. (2002). L 'optimisation de la circulation des biens et services en villes. Paris, La Documentation Française. CERTU (1996). Plans de déplacements urbains. Paris, Ministére de I'Équipement, du Logement, des Transports et du Tourism. CARVALHO, Crespo de (1999 ). Logística. Lisboa, Edições Sílabo. DABLANC, L. (1998). Le Transport de Marchandises en Ville. Rueil- Malrnaison, Editions Liaisons. Ministério do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território (si data), Desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional, Lisboa, Direcção-Geral de Transportes Terrestres. Ministério do Equipamento Social (s/d), Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes 2000/ 2006, Lisboa. Westminster University (2000). A framework for considering policies to encourage sustainable urban freight traffic.
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