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Visão histórica do corpo humano

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Faculdade UNIGRAN Capital
Rua: Abrão Júlio Rahe, 325 - Bairro Monte Castelo
CEP: 79010-010 - Telefone: (67) 3389-3389.
DISCIPLINA: Filosofia
PROFESSOR: Dionatans Godoy Quinhones.
SEMESTRE: 2º - Turma: B – Licenciatura – NOTURNO
Trabalho realizado com base apenas no capitulo dois do livro “O esquema corporal, a imagem corporal, a consciência corporal e a corporeidade”, com o tema “Corpo vivido, o corpo no mundo” de FREITAS, Giovanina Gomes de.
Giovanina Gomes de Freitas Olivier possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1990), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1995), doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e pós-doutorado pela Universite Laval (2004).
A autora parodiando Freud nos diz que o homem é um ser corporal, mas que ao longo da história o corpo foi renegado, assim ela começa a discorrer sobre a visão de corpo que desenvolveu-se a partir da Grécia até os dias atuais.
Na Grécia segundo FREITAS já se dava “maior importância à elaboração mental que o trabalho braçal” assim lembramos que os filósofos eram figuras bem vistas na Grécia e desenvolveram as bases de praticamente todo o conhecimento ocidental, a visão de ócio vs. trabalho persiste por toda a Antiguidade Clássica chegando a sociedade romana dos primórdios do cristianismo. Com o cristianismo surge o conceito de alma e sua separação de corpo, sendo este último responsável pelo pecado e tendo que ser disciplinado para que assim o homem alcançasse a plenitude religiosa. Com o advento do renascimento o corpo passa a ser visto como carne e em Descartes ele adquire característica de máquina, passando então a ser estudado influenciando assim o desenvolvimento do conhecimento cientifico e da medicina. O corpo passa então a ser visto como algo manipulável. O sistema capitalista a ideia de desvalorização do corpo é reduzida e este passa então a ser utilizado como ferramenta de trabalho, surge paralelo a isto os cuidados com o corpo com a saúde, a questão da higiene é mais valorizada como método de prevenção de doenças o corpo privado desvincula-se do público e surge a ideia do prazer individual, a igreja ainda assim combate estas ideias do prazer, e o coloca como redutor da grandeza do espírito. O século XX o corpo adquire em sua plenitude a característica de maleável e surgem as técnicas de ginástica, lazer, cirurgias plásticas. Cabe ressaltar que atualmente com a globalização de mercadorias e ideias, o consumismo desenfreado, vem cada vez mais impondo às pessoas a compra de mercadorias que modifiquem o corpo e façam com que este siga os padrões impostos pela sociedade atual. O segundo subtítulo que corresponde a corporeidade a autora nos diz que no século XX “o corpo permaneceu no palco expressivo das ideias” e que se comunica no mundo através deste corpo, este que supera o corpo biológico e atinge a dimensão cultural expressando sua dinâmica em suas relações no mundo. Conclui dizendo que o corpo “como a corporeidade, como corpo vivenciado, não é o início nem o fim: ele é sempre o meio, na qual e por meio do qual o processo da vida se perpetua”. 
O terceiro e último subtema O corpo, a corporeidade e a Educação Física FREITAS faz uma retomada da história do corpo atrelada a das atividades físicas, mostrando que a partir do século XIX a ginástica docilizou os corpos, mostra que no capitalismo surgem modelos de corpos como o da Barbie para o feminino e que na idade média o órgão de controle ideológico era a igreja e que no capitalismo este recai sobre a escola. A partir da ditadura militar até os dias atuais o corpo é visto de forma a ser disciplinada. A autora conclui afirmando que a corporeidade rompe com o modelo cartesiano e que o corpo passa a ser visto como o meio pelo qual o homem existe no mundo. Percebe-se na leitura do texto que este apresenta uma linguagem clara e objetiva, fazendo uma análise do corpo enquanto discurso e expressão ao longo da história. Não exige um conhecimento prévio, pois ele é bem claro.
O último parágrafo mostra a conclusão do autor, ele demonstra que o corpo é hoje reconhecido como o homem e este é visto não corpo e mente, ou alma e carne dissociadas, mas como um todo que forma uma unidade. O Método de abordagem é o dedutivo, pois parte de informações particulares e busca uma lei geral, universal.
O método procedimental e a Exploratória partindo da primeira aproximação de um tema, visando criar maior familiaridade em relação a um fato ou fenômeno; levantando informações sobre o objeto, as técnicas se basearam na análise dos dados históricos.
Como corrente pedagógica se relaciona com as ideias do positivismo à medida que cita autores como Descartes. E quanto ao modelo teórico se encaixa melhor no fenomenológico, pois se baseia nas ideias de Merleau-Ponty, como sabemos a fenomenologia ressalta a ideia de que o mundo é criado pela consciência, e o texto mostra que o homem é ser consciente que se manifesta através do corpo.
O texto deu uma grande contribuição, pois de forma clara, objetiva, e coerente mostrou a história e discussão em torno do que se propunha, a obra é indicada a todos que queiram ter um entendimento sobre as questões relacionadas a corporeidade, portanto é indicado para estudante de educação física, ciências biológicas e também qualquer licenciatura, pois em todas as áreas do ensino trabalhamos com o homem em sua integralidade, tendo que construir juntos uma mente e um corpo consciente de suas potencialidades e fragilidades.
BIBLIOGRAFIA:
Esquema: Corporal, a Imagem Corporal, a Consciência Corporal e a Corporeidade
Autor(es): Giovanina Gomes de Freitas
Editora:	Unijuí
Data da Publicação: Maio 1999
Assunto: Psicologia Esportiva
Resumo: Os conceitos de imagem corporal, esquema corporal, corporeidade e consciência corporal, embora bastante utilizados em Educação física, nem sempre se mostram claramente delineados, acarretando confusão de significados. Mediante a pesquisa bibliográfica, com interpretações e comentários pessoais, a autora destaca as idéias dos principais escritores que se ocuparam dos temas. O trabalho foi dividido em três capítulos básicos por motivos didáticos; cada tema remete-se a outro e a discussão de um deles lança novas luzes sobre os demais, num movimento de espiral ascendente. 2ª Edição Nº de páginas: 96

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