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Trabalho Tráfico de Pessoas Lei 13.344 de 2016 07 DE 07

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
GABRIEL LYRA RODRIGUES
INTERVENÇÃO DA ONU NA VENEZUELA 
BOA VISTA - RR
2017
A crescente instabilidade política e econômica que assola a Venezuela salta aos olhos da comunidade internacional. À vista disso, racionalizar eventual intervenção das Organizações das Nações Unidas porta-se como medida necessária para busca do restabelecimento das características compatíveis com Estado Democrático de Direito.
Conquanto, tal medida exige uma reflexão jurídica quanto da efetiva viabilidade, vez que a transgressão da soberania de Estado internacional é providência onerosa, devendo possuir caráter ultima ratio. 
A Constituição Cidadã, em seus primeiros dispositivos, traz diretrizes a serem acossados pela República Federativa nas relações internacionais, são esses meras orientações e limites de condutas que nortearam o Estado brasileiro na atuação internacional, senão vejamos:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Ora, inúmeros dispositivos do artigo supercite evitam ao máximo que a República Federativa do Brasil adentre questões de ordem internas dos demais Estados soberanos. 
A Constituição vigente, de caráter republicano, entende que princípios estruturantes dos Estados ficam mais resguardados e protegidos quando é devidamente observado a independência nacional, a autodeterminação dos povos e outras medidas que asseguram o pleno funcionamento dos entes internacionais. À vista disso, intervenções em outros países acabaria por criar empecilhos para aformoseamento de um Estado Brasileiro democrático no plano internacional.[1: Princípio Republicano, Princípio Federativo e Princípio do Estado Democrático de Direito.]
Entretanto, no atual quadro venezuelano, a manutenção deste modelo político e econômico, que há muito já rompeu com as características do Estado Democrático de Direito, ofende princípios balizares do Direito Internacional, principalmente no que pese aos Direitos Humanos.
Criou-se em torno da política venezuelana um modelo totalitário de estado, que cria normas facetadas de democráticas para a permanência do Partido Socialista Unido de Venezuela – PSUV. Somado a isso, inexiste na Venezuela o devido respeito à democracia, tal como é inobservado o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, valor supremo não só da CF, bem como de todo o ordenamento internacional. 
Dessa forma, a fim de resguardar o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e restabelecer no país vizinho características inerentes a um Estado Democrático de Direito, entendo que já se pauta como tardia uma intervenção da ONU.

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