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Administração Científica: Origens e Princípios

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AULA 2
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DISCIPLINA
TGA - TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
AULA 2
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Administração Científica
ORIGENS
A Teoria da Administração Científica é a primeira escola do pensamento administrativo e recebeu também outras denominações: mecanicista, tradicionalista ou Americana.
A Teoria da Administração Científica recebeu este nome por causa da tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração.
A abordagem da Teoria da Administração Científica é a clássica, que parte da organização como um todo.
A administração científica tem a sua ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional de baixo para cima, em particular nas tarefas realizadas pelo operário para a organização ser eficiente.
A Teoria da Administração Científica teve como origens as conseqüências geradas pelo avanço da Revolução Industrial, quando surgiu a mecanização, a automação, o aumento do número de pessoas na realização do trabalho, a produção e o consumo em massa e o aumento de capital. O crescimento acelerado, porém desorganizado das empresas, despertou a necessidade das mesmas aumentarem a sua eficiência e a sua competitividade.
A Revolução Industrial:
1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial – a revolução do carvão e do ferro.
1860 a 1914: Segunda Revolução Industrial – a revolução do aço e da eletricidade.
AULA 2
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PRINCIPAL AUTOR
A Teoria da Administração Científica teve como principal nome Frederick Winslow Taylor.
A história de Taylor
Nasceu na Filadélfia, Estados Unidos da América, em 1856, e faleceu em 1915. Sua família tinha princípios rígidos e a sua educação foi fundamentada em uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. 
Aos 18 anos, apesar de ter sido aprovado nos exames para ingresso na Universidade de Harvard no curso de Direito, Taylor resolveu iniciar a sua vida profissional como operário numa pequena metalúrgica da Filadélfia. 
Em 1878, foi para a Midvale Steel Company. Nesta empresa, Taylor foi promovido de operário a capataz e, posteriormente, a contramestre, a chefe de oficina e, finalmente, em 1884, a engenheiro chefe, depois de ter se formado pelo Stevens Institute of Technology (New Jersey) em 1883.
Em 1900, Taylor começou a revelar ao público suas teorias sobre a Administração científica. 
Com a sua obra, criou uma verdadeira “revolução mental” nos processos empresariais com a definição de regras para a melhoria da eficiência da produção.
Administração Científica
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Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa.
Segundo Taylor, as empresas de sua época padeciam de três males:
1- Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção em torno de um terço do que seria normal para evitar a redução de salários;
2- Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização ;
3- Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.
Para sanar esses três problemas, Taylor afirmou que a Administração deveria substituir a improvisação e a atuação empírico-prática pela ciência e pela organização racional do trabalho.
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Administração Científica
Administração como ciência:
Estudo de tempos e padrões de produção;
Supervisão funcional;
Padronização de máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais;
Planejamento do desenho de tarefas e cargos;
Princípios de exceção;
Prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas;
Definição da rotina de trabalho.
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Organização racional do trabalho:
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: necessidade de estudo dos tempos e dos movimentos na execução do trabalho para buscar o melhor processo para executar o próprio trabalho no menor espaço de tempo possível e a fundamentação do trabalho em regras e fórmulas matemáticas através da análise e experimentação conduzidas com rigor científico.
Estudo da fadiga humana: racionalização dos movimentos na execução do trabalho para eliminar os que produzem fadiga e os que não estão diretamente relacionados com a tarefa executada pelo trabalhador.
Divisão do trabalho e especialização do operário: limitação de cada operário à execução de uma única operação ou tarefa, de maneira contínua e repetitiva com o objetivo de aumentar a especialização e, conseqüentemente, a sua eficiência.
Desenho de cargos e de tarefas: cargos e tarefas simplificados e desenhados pela gerência para uma execução automatizada por parte do trabalhador, que deveria ficar restrito a uma tarefa específica que deveria ser executada de forma cíclica e repetitiva. O operário deveria simplesmente fazer e não pensar ou decidir.
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Incentivos salariais e prêmios de produção: o operário que obtivesse produção acima da quantidade fixada receberia uma bonificação em dinheiro além do seu salário normal.
Conceito de “Homo Economicus” (homem econômico): toda e qualquer pessoa é influenciada exclusivamente por recompensas econômicas. Em outros termos, o homem procura trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver.
Condições ambientais de trabalho: a eficiência não depende somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições de trabalho (instrumentos, ferramentas, equipamentos, arranjo físico das máquinas e dos equipamentos, ambiente físico: ruído, ventilação, iluminação e conforto no trabalho) que garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga.
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Padronização de métodos, máquinas e equipamentos: uniformização dos métodos de execução (o “modo de fazer” dos operários) e das máquinas e equipamentos com o objetivo de implantar a melhoria da qualidade e o aumento da quantidade produzida dos produtos.
Supervisão funcional: a especialização do operário deve ser acompanhada da especialização do supervisor e não de uma centralização da autoridade, ou seja, a existência de diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área e que tem autoridade funcional (relativa somente a sua especialidade) sobre os mesmos subordinados. 
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SEGUIDORES DE TAYLOR
Frank e Lillian Gilbreth
 O Casal enfatizou o estudo dos movimentos em relação ao tempo. Desenvolvendo técnicas para evitar o desperdício de tempo e movimentos , estabelecendo padrões , racionalizando tarefas de produção e aumentando a produtividade . 
Também preocupados com a fadiga humana , propuseram redesenho do ambiente de trabalho , a redução das horas de trabalho e a implantação ou aumento de dias de descanso remunerado .
Henry Gantt
Criador do controle gráfico de produção , com objetivo de acompanhar diariamente os fluxos de produção . Até hoje os gráficos de Gantt fazem a gestão das operações nas empresas.
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SEGUIDORES DE TAYLOR
Hugo Munsterberg
 Considerado criador da psicologia industrial, onde se propõe a encontrar os homens mais capacitados para o trabalho ; define as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção , e produz as influencias desejadas pela administração humana 
Henry Ford
Popularizou o automóvel em 1908. Aspectos de influencia , processo produtivo (planejado , ordenado e contínuo); o trabalhador recebe o trabalho que deve ser feito ; fluxos de operações avaliados continuamente para evitar desperdício e incrementar os níveis de eficiência .
Intensificação
Integração vertical e horizontal
Economicidade
Produtividade
Ford
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RESUMO 
A Teoria da Administração Científica é a escola do pensamento administrativo que foi iniciada por Taylor e enfatizava a Administração das tarefas, isto é, focalizava
a racionalização do trabalho operário, a padronização e o estabelecimento de princípios básicos de organização racional do trabalho.
O objetivo básico da Administração científica foi incrementar a produtividade do trabalhador por meio de uma análise científica sistemática do trabalho para atingir “uma maneira melhor” (um padrão) de realizar tal trabalho para assegurar o máximo de prosperidade para o empregador conjugada com a máxima prosperidade para os empregados.
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Administração Científica
NAS ORGANIZAÇÕES
“Revolução mental” nos processos empresariais;
Estruturação geral da empresa;
Administração como ciência: substituição da improvisação e da atuação empírico-prática pela ciência e pela organização racional do trabalho.
Padronização dos meios produtivos;
Racionalização e especialização do trabalho do operário;
Simplificação dos métodos de trabalho;
Eficiência na produção;
Produção em série;
Produção em massa de produtos;
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Produção do maior número de produtos com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível;
Simplicidade nos processos produtivos;
Intensificação (aumento da velocidade rotatória do capital circulante), economicidade (redução ao mínimo do estoque de matérias-primas) e produtividade (aumento da capacidade de produção do homem no mesmo período de tempo);
Melhores salários e redução custos unitários de produção;
Sistema de pagamento de incentivo – “tarefa-bônus”;
Redução das horas diárias de trabalho e a implantação das horas de descanso semanal remunerado. 
Jornada de trabalho diária de oito horas, quando na época variava de dez a doze horas;
Fundamentação do processo administrativo: planejamento, preparo, controle e execução.
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CRÍTICAS À ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Mecanicismo: restrição às tarefas e aos fatores diretamente relacionados com o cargo e com a função do operário. Deu-se pouca atenção ao elemento humano e concebeu-se a organização como “um arranjo rígido e estático de peças”.
O que importava era a eficiência e nem sempre a eficácia.
Procurava sempre o desempenho máximo, não o ótimo.
Super especialização do operário: intensificou e especializou cada vez mais o trabalho do operário, que acabou tornando desnecessária sua qualificação.
Os operários ao deixarem a empresa tiveram poucas chances de conseguir outro emprego, pois só sabiam executar uma tarefa.
Considerou apenas a fadiga muscular e fisiológica, desprezando os fatores psicológicos (stress).
Viu as empresas como um sistema fechado, não considerou o ambiente, sua ligação com fornecedores, concorrentes, etc.
Administração Científica
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ATIVIDADE PRÀTICA 
FORMAR GRUPO , LER QUESTÕES DE REVISÃO PÁG. 60 
http://www.youtube.com/watch?v=JZq9a_r4C3M
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Próxima Aula 
 - CONTEÙDO : Teoria Clássica da Administração e Críticas à abordagem clássica
Ler material didático - Teoria geral da administração –Ildalberto Chiavenato – Capitulo Teoria clássica ,páginas 63 a 77 
 
Trazer resposta das “Questões para revisão” pag. 60 - pontuação para AV1 –

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