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4. Producao e Custos

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UNIVERSIDADE DO PORTO - FLUP
ECONOMIA
Produção e Custos
1
Baseado no material desenvolvido pelos diversos docentes de Introdução à Economia, 
FEP-UP, bem como nos materiais disponibilizados pela Prof. Lurdes Martins, EEG-UM.
A Empresa: Função de Produção e Fatores de Produção
2
A Empresa
 A empresa é o agente económico que utiliza fatores de 
produção para produzir bens.
 Exemplo: Uma empresa têxtil utiliza mão de obra, máquinas e 
matérias primas para produzir peças de vestuário.
 Existem diversos fatores de produção, como por exemplo o 
trabalho, o capital, a terra,…
 O objetivo da empresa é a maximização do lucro, isto é, da 
diferença entre
 As receitas obtidas com a venda dos seus produtos e
 Os custos em que a empresa incorre para produzir os seus produtos
3
Produção e Função de Produção
 Produção total (Q) – quantidade total obtida de um produto, em unidades 
físicas
 Quanto é que a empresa pode produzir de um determinado bem? Tal 
depende dos fatores de produção utilizados e da tecnologia existente…
 Função de produção – traduz a relação entre a quantidade máxima de 
produção que pode ser obtida e a quantidade de fatores de produção 
necessária para realizar essa produção, ceteris paribus.
 Q = F(L,K), isto é, a quantidade máxima de produção depende (é função) da 
quantidade de fatores de produção utilizados – quanto mais fatores utilizamos 
maior a produção obtida.
 Em geral, por simplificação, consideram-se 2 fatores de produção – trabalho (L) 
e capital (K)
4
Exemplos
1. Suponhamos que a função de produção assume a forma Q = LK. Com L=1 e
K=1 vem Q=1.
Ou seja, com 1 unidade de trabalho (por exemplo, 1 hora de trabalho) e uma
unidade de capital (por exemplo, uma máquina), conseguimos produzir uma
unidade de produto (por exemplo, uma peça de vestuário).
2. Suponha que determinada empresa apresenta a seguinte função de
produção: Q=2LK. Se a empresa utilizar 3 unidades de capital e 4 unidades de
trabalho, qual é a produção que espera vir a obter?
Q=2LK=2*4*3=24 unidades
5
Exercício
Suponha que uma empresa utiliza mão-de-obra (nº de trabalhadores - L) e
maquinaria (capital - K) para produzir aço (em toneladas). A função de
produção é tal que Q = 4LK.
a) Se a empresa utilizar 2 trabalhadores e 4 máquinas, quantas toneladas de
aço produzirá?
b) A empresa quer produzir 40 toneladas de aço utilizando para isso 5
trabalhadores. Quantas máquinas serão necessárias?
c) Como responderia às questões anteriores e a função de produção fosse,
alternativamente, dada por Q = 4L + 4K?
6
Curto Prazo versus Longo Prazo
 No curto prazo, alguns fatores de produção são fixos, ou seja, não
são suscetíveis de alteração. Outros fatores são variáveis, podendo
ser alterados conforme as necessidades da empresa.
 Tipicamente, considera-se o fator capital (K) um fator fixo no curto prazo e o
fator trabalho (L) um fator variável no curto prazo.
 Exemplo 1: Um restaurante que numa noite mais movimentada vê entrar nas
suas instalações um número muito elevado de clientes, pode ligar a um
trabalhador que já tinha terminado o seu turno para vir trabalhar mais umas
horas, mas não poderá comprar um fogão novo, imediatamente, para
satisfazer esta procura adicional.
 Exemplo 2: Uma empresa de autocarros, que precisando de aumentar a sua
produção em resposta a uma greve dos comboios, pode aumentar o horário
de trabalho dos seus motoristas em mais duas ou três horas, mas não poderá
imediatamente variar o número de autocarros à sua disposição.
7
Curto Prazo versus Longo Prazo
 No longo prazo, todos os fatores são variáveis, ou seja, todos os
fatores podem ser ajustados para as quantidades desejadas pela
empresa.
 Os fatores capital (K) e trabalho (L) são ambos fatores variáveis.
 O limite temporal destes conceitos não é sempre o mesmo,
podendo o curto prazo referir-se a dias, semanas ou meses e o
longo prazo referir-se a anos ou dezenas de anos…
 A distinção entre curto e longo prazos baseia-se no tempo que demora o
ajustamento dos fatores de produção.
 O período de ajustamento varia de indústria para indústria.
 A distinção fundamental a fazer é que, no longo prazo, todos os fatores de
produção são ajustáveis enquanto que no curto prazo, apenas alguns dos
fatores de produção o são.
8
Produção em Curto Prazo
9
Produtividade de um fator de produção
 Produtividade total (PT) – quantidade de produto obtida com
cada quantidade do fator, medido em unidades físicas,
mantendo tudo o resto constante (nomeadamente os
restantes fatores de produção).
 Exemplo: A função de produção é Q = LK. Mantenhamos o
fator de produção capital constante e igual a 4 unidades.
Então, a produtividade total do trabalho é dada por PTL =
4L.
 Sendo utilizada uma unidade de trabalho, temos PTL = 4 – são
produzidas 4 unidades de produto
 Sendo utilizadas duas unidades de trabalho, temos PTL = 4*2 = 8 –
são produzidas 8 unidades de produto
 …
10
Produtividade de um fator de produção
 Produtividade média (Pmd) – quantidade de produto que, em
média, é obtida por unidade do fator de produção, mantendo
tudo o resto constante.
 É obtida dividindo a produtividade total pela quantidade
utilizada do fator de produção.
 Exemplo: Admita-se que PTL = 4L.
A produtividade média é igual a PmdL = PTL/L = 4L/L = 4.
Em média, cada unidade de trabalho permite produzir 4
unidades de produto, mantendo tudo o resto constante.
11
Produtividade de um fator de produção
 Produtividade marginal (Pmg) – acréscimo de produção
obtido com a utilização de uma unidade adicional de fator de
produção, mantendo tudo o resto constante.
 Cálculo da Pmg = Variação da produção / Variação do fator de produção
 Exemplo 1: Suponhamos que uma empresa de canetas
necessita de 3 máquinas e 2 trabalhadores para produzir 100
canetas. Se a empresa utilizar 3 máquinas e 3 trabalhadores
conseguirá produzir 125 canetas.
 O aumento de uma unidade do fator trabalho permitiu um aumento
de produção de 100 para 125 canetas. O acréscimo de produção é de
25, pelo que PmgL = ∆𝑄 ∆𝐿⁄ =25/1=25.
 Note-se que a quantidade de capital permanece constante.
12
Produtividade de um fator de produção
 Exemplo 2:
Uma empresa de automóveis utiliza 10 máquinas e 15
trabalhadores para produzir 30 automóveis.
Admita que se a empresa utilizar 10 máquinas e 20
trabalhadores consegue produzir 40 automóveis.
 O aumento de 15 unidades de trabalho para 20 unidades de trabalho
permitiu um aumento de produção de 30 para 40 automóveis.
 O acréscimo de produção é de 10 e o acréscimo de utilização do fator
trabalho é de 5, pelo que PmgL = ∆𝑄 ∆𝐿⁄ =10/5=2.
 Note-se que a quantidade de capital permanece constante.
13
Produtividade de um fator de produção
 É também possível manter o fator trabalho constante e variar
a utilização do fator capital, calculando a PmgK.
 Exemplo 3:
Uma empresa de candeeiros utiliza 3 máquinas e 5
trabalhadores para produzir 10 candeeiros.
Admita que se a empresa utilizar 6 máquinas e 5
trabalhadores consegue produzir 16 candeeiros.
 O aumento de 3 unidades de capital para 6 unidades de capital
permitiu um aumento de produção de 10 para 16 candeeiros.
 O acréscimo de produção é de 6 e o acréscimo de utilização do fator
capital é de 3, pelo que PmgK =∆𝑄 ∆𝐾⁄ = 6/3=2.
 Note-se que a quantidade de trabalho permanece constante.
14
Lei dos Rendimentos Decrescentes
Lei dos Rendimentos Decrescentes - Acréscimos idênticos na utilização de um
fator de produção conduzem, pelo menos a partir de determinado volume de
produção, a acréscimos de produção cada vez menores, mantendo tudo o
resto constante (nomeadamente os restantes fatores de produção) – Ou seja,
a produtividade marginal do fator de produção é, pelo menos a partir de
determinado volume de produção,decrescente.
 Exemplo:
Aumento de L=1 para L=2 leva a aumento da produção de 3 para 5 (aumento
de 2)
Aumento de L=2 para L=3 leva a aumento de produção de 5 para 6,5
(aumento de 1,5)
Aumento de L=3 para L=4 leva a aumento de produção de 6,5 para 7,5
(aumento de 1)
Ou seja, os acréscimos de produção são cada vez menores (2→1,5 → 1 → …)
15
Lei dos Rendimentos Decrescentes
Lei dos Rendimentos Decrescentes - Acréscimos idênticos na utilização de um
fator de produção conduzem, pelo menos a partir de determinado volume de
produção, a acréscimos de produção cada vez menores, mantendo tudo o
resto constante (nomeadamente os restantes fatores de produção) – Ou seja,
a produtividade marginal do fator de produção é, pelo menos a partir de
determinado volume de produção, decrescente.
 Apesar do nome, não se trata de uma lei universal mas de uma realidade
empírica amplamente observada.
 Como evitar a Lei dos Rendimentos Decrescentes?
 Progresso tecnológico
 Aumentando a utilização dos restantes fatores de produção
16
Exercícios
1. Admita que uma fábrica de chocolates está a utilizar 4 máquinas para
produzir chocolates de leite.
Se a fábrica utilizar 6 trabalhadores, conseguirá produzir 120 chocolates.
Se a fábrica decidir operar com mais um trabalhador, conseguirá produzir
25 chocolates adicionais.
Sabe-se ainda que, em média, cada trabalhador permite obter uma
produção de 20 chocolates.
a) Indique a produtividade total do trabalho quando a fábrica utiliza 6
trabalhadores.
b) Indique a produtividade média do trabalho.
c) Indique a produtividade marginal do trabalho.
17
Exercícios
2. Suponha que a função de produção de bolas de futebol é dada por
Q = 3LK. Suponha que K=2.
a) Determine a produtividade total do trabalho.
b) Se forem utilizadas 2 unidades de trabalho, quantas bolas de futebol
poderão ser produzidas?
c) Determine a produtividade média do trabalho e interprete o resultado
obtido.
d) Suponha que a empresa estava a utilizar 3 unidades de trabalho e passa a
utilizar 6 unidades de trabalho. Determine a produtividade marginal do
trabalho e interprete o resultado obtido.
18
Exercícios
3. Admita que uma empresa produtora de molduras utiliza 2 máquinas para
produzir. A produção de molduras depende da quantidade de trabalho
utilizada no processo produtivo, tal como é indicado na seguinte tabela:
a) Determine a produtividade marginal do trabalho associada aos sucessivos
aumentos da quantidade de trabalho utilizado no processo produtivo.
b) Nesta situação, verifica-se a Lei dos Rendimentos Decrescentes?
19
Quantidade de 
trabalho
Quantidade de 
Molduras
2 20
4 30
6 38
8 44
10 48
Exercícios
4. Imagine que tem a seu cargo a gestão do departamento de
produção de uma grande empresa. Há um ano atrás, quando tinha
à sua disposição 20 trabalhadores, produziu 40.000 unidades. A
empresa entretanto recrutou mais 10 trabalhadores para o seu
departamento, e com isso, este ano, a produção aumentou para
42.000 unidades.
a) Qual foi a variação na produção média verificada no seu
departamento?
b) Consciente desta variação, o seu patrão questiona-o sobre a razão
desse mau resultado. O que lhe responderia?
20
Produção em Longo Prazo
21
Produção e Longo Prazo
 No longo prazo, todos os fatores de produção são variáveis.
 Capital (K) e Trabalho (L) são ambos variáveis.
 A empresa pode, portanto, alterar todos os fatores de
produção em simultâneo de modo a alterar a quantidade
produzida de determinado bem.
 O que acontece à quantidade produzida de determinado bem
quando todos os fatores são alterados na mesma proporção?
 A questão remete-nos para os rendimentos à escala apresentados pela
empresa.
22
Rendimentos à Escala
 Referimo-nos a rendimentos à escala quando analisamos o
impacto na produção que resulta da variação simultânea e
idêntica de todos os fatores de produção.
 Podemos ter rendimentos constantes à escala, crescentes à
escala ou decrescentes à escala.
 Rendimentos constantes à escala – a variação da utilização de todos
os fatores de produção em determinada proporção leva a uma
idêntica variação na quantidade produzida
 Por exemplo, triplicando a utilização dos fatores L e K, triplicamos a
produção:
 Com L = 2 e K = 3, temos Q = 5
 Com L = 6 e K = 9, temos Q = 15
23
Rendimentos à Escala
 Rendimentos crescentes à escala – a variação da utilização
de todos os fatores de produção em determinada
proporção leva a uma variação mais que proporcional na
quantidade produzida
 Por exemplo, triplicando a utilização dos fatores L e K,
quadruplicamos a produção:
 Com L = 2 e K = 3, temos Q = 5
 Com L = 6 e K = 9, temos Q = 20
 Os rendimentos crescentes à escala podem ocorrer porque, por
exemplo, uma maior escala de produção permite a especialização de
tarefas ou o uso de equipamento de larga escala mais sofisticado
24
Rendimentos à Escala
 Rendimentos decrescentes à escala – a variação da
utilização de todos os fatores de produção em determinada
proporção leva a uma variação menos que proporcional na
quantidade produzida
 Por exemplo, triplicando a utilização dos fatores L e K, duplicamos a
produção:
 Com L = 2 e K = 3, temos Q = 5
 Com L = 6 e K = 9, temos Q = 10
 Os rendimentos decrescentes à escala podem ocorrer porque, por
exemplo, existem dificuldades de organização e coordenação de
tarefas dentro da empresa, dada a grande escala de produção, ou
porque a comunicação entre trabalhadores e gestores da empresa
torna-se mais difícil.
25
Exercícios
1. Uma empresa de jardinagem necessita de 2 máquinas corta-
relva e de um funcionário a trabalhar durante 3 horas para
aparar a relva de um jardim.
a) Se esta empresa passar a utilizar 8 máquinas corta-relva e 12
horas de trabalho conseguirá aparar a relva de 3 jardins. Que
tipo de rendimentos à escala estão presentes nesta situação?
b) Se esta empresa passar a utilizar 6 máquinas corta-relva e 9
horas de trabalho conseguirá aparar a relva de 4 jardins. Que
tipo de rendimentos à escala estão presentes nesta situação?
26
Exercícios
2. Uma empresa precisa de 6 máquinas e de 3 trabalhadores
para produzir uma poltrona. Admita que a empresa aumenta
a utilização dos seus fatores de produção e passa a utilizar 12
máquinas e 6 trabalhadores.
Indique um valor para o número de poltronas produzidas por
forma a que a empresa exiba:
(i) rendimentos constantes à escala
(ii) rendimentos crescentes à escala
(iii) rendimentos decrescentes à escala.
27
Custos
28
Custos
 Para produzir, as empresas incorrem em custos.
 Custos com os trabalhadores que contratam…
 Custos com os equipamentos, máquinas e edifícios utilizados…
 Custos com energia, rendas, seguros, juros…
 A empresa procurará produzir minimizando os seus custos
totais de produção, ou seja, a empresa pretende ter os custos
mais baixos possíveis.
 Existem vários custos relevantes, nomeadamente:
 Custo total (CT)
 Custo médio (Cmd)
 Custo marginal (Cmg)
29
Custos total, médio e marginal
 Custo total (CT) – custo em que uma empresa incorre com a
produção de uma determinada quantidade de produto,
mantendo tudo o resto constante.
 Exemplo: Uma empresa de mochilas produz 200 mochilas,
incorrendo num custo total de 10000€.
 Custo médio (Cmd) – custo que, em média, é suportado pela
empresa com a produção de uma unidade de produto,
mantendo tudo o resto constante
 É obtido dividindo o custo total pela quantidade produzida:
Cmd=CT/Q.
 Exemplo: Cada mochila custa, em média, 10000€/200=50€.
30
Custos total, médio e marginal
 Custo marginal (Cmg) – acréscimo de custo que resulta da
produção de uma unidade adicional do produto, mantendo
tudo o resto constante.
 Cálculo do Cmg = Variação do Custo / Variação da produção
 Exemplo 1:Uma empresa produtora de mochilas produz 200 mochilas,
incorrendo num custo total de 10000€. Se a empresa produzir 201
mochilas incorre num custo total de 10050€.
 O acréscimo (aumento) de custo que deriva da produção de mais uma
mochila é de 50€. É este o Custo marginal da mochila.
 De facto, a produção aumenta uma unidade (passa de 200 para 201) e o
custo aumenta 50€ (passa de 10000€ para 10050€), pelo que Cmg =
∆𝐶𝑇 ∆𝑄⁄ = 50/1 = 50.
31
Custos total, médio e marginal
 Exemplo 2: Uma empresa produtora de banheiras de
hidromassagem produz atualmente 20 banheiras, com as quais
estima ter um custo total de 40000€. Sabe-se que se a
empresa produzir 25 banheiras de hidromassagem, o custo
total das 25 banheiras ascenderá a 50000€.
 Acréscimo de custo = 10000€ (o custo passa de 40000€ para 50000€)
 Acréscimo de produção = 5 (a produção passa de 20 para 25)
 O Custo marginal é dado por
Cmg = ∆𝐶𝑇 ∆𝑄⁄ = 10000/5 = 2000€
32
Exercícios
1. Suponha que uma empresa produtora de calendários suporta um custo de
1000€ para produzir 1000 calendários. Sabe-se que, em média, cada
calendário custa à empresa 1€ e que a produção de um calendário
adicional origina um custo de 0,50€ para a empresa.
Qual é o custo total dos 1000 calendários? E quais os custos médio e
marginal?
2. Admita que uma fábrica de baterias para telemóveis incorre num custo de
1000€ para produzir 500 baterias. Se a fábrica produzir 600 baterias, o
custo suportado será de 1150€.
a) Determine os custos total e médio de produzir 500 e 600 baterias.
b) Determine o custo marginal.
33
Custos no Curto Prazo
 No curto prazo, alguns fatores de produção são fixos e outros fatores são
variáveis. Deste modo, no curto prazo, a empresa tem custos que são fixos
e custos que são variáveis.
 Os custos fixos (CF) são custos que não variam com a produção da
empresa e nos quais a empresa incorre mesmo que não produza.
 Exemplos: rendas de fábricas ou de escritórios, pagamentos de equipamentos,
juros de empréstimos, salários de empregados com contratos permanentes, ...
 Os custos variáveis (CV) são custos que se alteram quando o nível de
produção se altera.
 Exemplos: custos relacionados com a compra de matérias-primas, com os
salários dos trabalhadores sem contratos permanentes, com os combustíveis,
etc.
 Por definição, o custo variável é igual a zero quando a quantidade produzida é
nula.
34
Custos no Curto Prazo
 Os custos totais são crescentes com a quantidade produzida
pela empresa
 Produzir mais unidades de um produto implica ter custos superiores (porque
os custos variáveis vão aumentando à medida que a empresa produz
quantidades superiores).
 Os custos totais da empresa representam a soma dos custos
fixos com os custos variáveis.
 No caso de a empresa nada produzir, a empresa apenas suportará custos fixos,
ou seja, o custo total é igual ao custo fixo porque o custo variável é nulo.
35
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠.
Custos no Longo Prazo 
 No longo prazo todos os custos são variáveis.
 Todos os fatores de produção utilizados são variáveis.
 Os custos fixos são iguais a zero.
 Assim, a distinção entre custos variáveis e fixos, relevante no curto prazo,
não é necessária no longo prazo, uma vez que, por definição, os custos
fixos são iguais a zero (CF=0).
 Assim, o custo total no longo prazo é igual ao custo variável (pois os
custos fixos são nulos).
 No longo prazo, podem verificar-se situações de economias de escala ou
deseconomias de escala.
36
Economias e Deseconomias de Escala
 Existem economias de escala quando o custo médio de produção diminui
com a quantidade produzida.
 Razões para a existência de economias de escala - várias razões, em
particular 3:
 Especialização do trabalho – se as empresas operarem em larga escala, os
trabalhadores podem especializar-se nas atividades em que são mais
produtivos, permitindo maior eficiência e portanto custos mais baixos
 Existência de inputs indivisíveis – existem fatores de produção (inputs) que não
podem ser continuamente reduzidos (e.g., uma fábrica)
 A empresa pode conseguir alguns fatores de produção mais baratos porque
adquire grandes quantidades e pode, por isso, negociar preços mais reduzidos.
 Exemplo: uma fábrica têxtil que produza grandes quantidades de peças de
vestuário poderá ter custos médios mais baixos do que se produzir quantidades
reduzidas de peças de vestuário.
37
Economias e Deseconomias de Escala
 Existem deseconomias de escala quando o custo médio de produção
aumenta com a quantidade produzida.
 Razões para a existência de deseconomias de escala - várias razões, em
particular 2:
 Empresas com grande dimensão podem ter custos de organização, coordenação
e gestão mais elevados
 As vantagens de adquirir fatores de produção em grandes quantidades podem
ser esgotadas e a disponibilidade de grandes quantidades de fatores pode estar
limitada, aumentando os custos.
 Exemplo: uma empresa com grande dimensão e um número de tarefas a executar
muito significativo pode ver os seus custos aumentados porque gerir uma empresa
de grande dimensão pode ser pouco eficiente e muito complexo. Podem ainda
existir problemas de comunicação entre trabalhadores e gestores da empresa.
38
Exercício
O Sr. Ribeiro é o dono de um pequeno talho no Porto. O Sr. Ribeiro queixa-se,
há já bastante tempo, da concorrência que é feita pelos hipermercados da
região, os quais vendem grandes quantidades de carne e praticam preços
muito mais baixos do que aqueles que o Sr. Ribeiro consegue praticar. De
facto, nas alturas das promoções, os hipermercados da região chegaram a
praticar preços que eram praticamente metade dos preços cobrados pelo Sr.
Ribeiro no seu modesto talho.
Os clientes do Sr. Ribeiro queixam-se que ele tem os preços muito altos e que
faz isso porque quer ganhar muito dinheiro, mas o Sr. Ribeiro argumenta que
os preços que pratica mal chegam para cobrir os seus custos.
Consegue pensar numa razão que justifique a situação apresentada?
39
Exercícios
40
Exercícios – Escolha múltipla
1. Podemos afirmar que:
a) No curto prazo, todos os fatores de produção são fixos.
b) No longo prazo todos os fatores de produção são fixos.
c) No curto prazo, todos os fatores de produção são variáveis.
d) No longo prazo, todos os fatores de produção são variáveis.
2. Relativamente à Lei dos Rendimentos Decrescentes, é correto afirmar que:
a) A produtividade marginal do fator de produção é, pelo menos a partir de
determinado volume de produção, negativa.
b) a produtividade marginal do fator de produção é, pelo menos a partir de
determinado volume de produção, cada vez menor.
c) a produtividade marginal do fator de produção é, pelo menos a partir de
determinado volume de produção, cada vez maior.
d) Nenhuma das opções anteriores está correta.
41
Exercícios – Escolha múltipla
3. Uma empresa utilizou o mês passado 5 máquinas e 10 trabalhadores e obteve uma
produção de 50 unidades. Se a empresa utilizar este mês 10 máquinas e 20
trabalhadores, a produção alcançada poderá ser igual a:
a) 80, caso existam rendimentos constantes à escala.
b) 100, caso existam rendimentos decrescentes à escala.
c) 120, caso existam rendimentos crescentes à escala.
d) Duas das opções anteriores estão corretas.
4. Suponha que a função de produção de capas de argolas é dada por Q = 4LK.
Suponha que K=2.
a) A produtividade total do trabalho é dada por PTL=6L.
b) Se forem utilizadas 3 unidades de trabalho, a produtividade média é de 8
unidades.
c) Se a empresa estava a utilizar 3 unidades de trabalho e passa a utilizar 5 unidades
de trabalho, a sua produtividade marginal é de 8 unidades.
d) Duas das opções anteriores estão corretas.
42
Exercícios – Escolhamúltipla
5. Em curto prazo, é correto afirmar que:
a) O custo total é sempre positivo, mesmo quando a empresa nada produz.
b) Se a empresa nada produzir, o seu custo total é nulo.
c) Todos os fatores de produção são variáveis.
d) Duas das opções anteriores estão corretas.
6. Qual das seguintes situações poderá estar relacionada com a ocorrência de
deseconomias de escala?
a) Uma empresa onde se criam departamentos para que cada pessoa se especialize
num reduzido número de atividades.
b) Uma empresa que compra produtos aos seus fornecedores em grandes
quantidades, aproveitando descontos.
c) Uma empresa de grande dimensão onde a comunicação e coordenação entre os
colaboradores da empresa é difícil.
d) Nenhuma das opções anteriores está correta.
43
Exercícios – Escolha múltipla
7. No que concerne aos custos de longo prazo, podemos afirmar que:
a) Os custos fixos são nulos.
b) Os custos totais incluem apenas custos variáveis.
c) Todos os fatores de produção são variáveis.
d) Todas as opções anteriores estão corretas.
8. No que respeita às economias e deseconomias de escala, podemos afirmar que:
a) As economias de escala resultam nomeadamente da existência de inputs
indivisíveis.
b) As economias de escala verificam-se quando o custo médio aumenta com a
quantidade produzida pela empresa.
c) As deseconomias de escala verificam-se quando o custo médio diminui com a
quantidade produzida pela empresa
d) As deseconomias de escala resultam nomeadamente da divisão do trabalho e dos
custos de organização.
44

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