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Teoria da Produção e Custos de Produção na Economia

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Economia
1ª edição
2017
Economia
3
3
Unidade 3
Teoria da Produção – 
Custos de Produção
Para iniciar seus estudos
Nesta Unidade, serão apresentados os conceitos referentes à teoria dos 
custos de produção que também é chamada de teoria da oferta da firma 
individual. Para tanto, estudaremos o conceito de produção; a função de 
produção; o conceito de fatores fixos e variáveis de produção; a Lei dos 
rendimentos decrescentes; a economia de escala ou rendimentos de 
escala; o conceito de custos de produção; os custos totais de produção; 
os custos de curto prazo; os custos de longo prazo; os custos privados e os 
custos sociais; custos e despesas e a maximização de lucros.
Objetivos de Aprendizagem
• Entender o Conceito de produção; 
• Conhecer a Função de produção; 
• Conhecer os Fatores fixos e variáveis de produção; 
• Entender a Lei dos rendimentos decrescentes; 
• Compreender os conceitos de Economia de escala ou rendimen-
tos de escala; 
• Conhecer os Custos de produção
• Entender os Custos privados e custos sociais; 
• Conhecer a diferença entre Custos e despesas 
• Entender a Maximização de lucros.
4
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
3.1. Teoria da Produção
A teoria dos custos de produção ou teoria da oferta da firma individual e é a base para a análise das relações entre 
a análise dos fatores de produção, sua alocação e seus custos, o que se torna essencial para a formação de 
preços dos produtos. 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014, p.66):
A teoria da produção propriamente dita preocupa-se com a relação técnica ou tecnológica entre a quantidade 
física de produtos (outputs) e de fatores de produção (inputs), enquanto a teoria de custos de produção relaciona 
a quantidade física de produtos com os preços dos fatores de produção. Ou seja, a teoria da produção trata ape-
nas das relações físicas, enquanto a teoria dos custos de produção envolve também os preços dos insumos. 
3.1.1. Produção e a função de produção
A Produção, segundo Vasconcellos (2015, p. 109), pode ser definida como o processo pelo qual uma empresa 
transforma os fatores de produção adquiridos e suas matérias-primas em produtos ou serviços para a venda 
no mercado. Ou seja, a empresa compra os insumos (fatores de produção e matérias-primas), combina-os de 
acordo com processo de produção escolhido e os coloca no mercado.
Apesar da palavra “produção” reportar a uma ideia física, os serviços também fazem parte 
deste conceito abrangendo atividades como transportes, atividades financeiras, comércio, etc.
A função de produção é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física 
do produto em determinado período de tempo (Vasconcellos, 2015, p.111).
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), a função de produção assume que o empresário está combinando 
os fatores de produção da forma mais eficiente possível a fim de conseguir a maior quantidade produzida pos-
sível.
Assim, a quantidade produzida do bem é função (ou depende) de diversos fatores de produção. 
Q= f (quantidade dos fatores de produção)
ou,
Q = f (N,K,M)
5
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Onde:
Q= Quantidade produzida
N= Quantidade de mão-de-obra 
K = capital físico 
M = matérias-primas
Todas essas variáveis (Q, N, K, M) são expressas em um fluxo de tempo, como por exemplo: quantidade mensal (ou 
trimestral, ou anual) produzida e os fatores utilizados nesse mesmo período de tempo.
3.1.2. Fatores de Produção
Para analisarmos os fatores de produção é muito importante que levemos em conta o prazo, já que, alguns fato-
res de produção podem ser classificados como fixos ou variáveis, dependendo do prazo que se está considerando. 
Os fatores de produção fixos, são aqueles que permanecem inalterados quando a produção varia, ou seja, a 
quantidade dos mesmos permanece inalterada com o aumento ou diminuição da quantidade produzida. Podem 
ser considerados como fatores fixos: as máquinas, instalações e tecnologia. Estes não se alteram no curto-prazo.
Já, os fatores de produção variáveis são os que se alteram com a variação da quantidade produzida. Quanto 
maior a quantidade que se decide produzir de um bem, maior a quantidade de matérias-primas e mão-de-obra 
para produzi-lo. 
Na função de produção, há fatores fixos e fatores variáveis, se analisarmos o curto-prazo. Considera-se que, no 
curto-prazo, haja pelo menos um fator de produção fixo.
Porém, no longo prazo, todos os fatores variam. Ou seja, a empresa pode decidir comprar mais máquinas, adquirir 
novas instalações, novas tecnologias podem ser descobertas e aplicadas à produção, e assim por diante. 
3.1.3. Análise de curto prazo
Na análise de curto-prazo, a função de produção á simplificada e considera apenas dois fatores de produção, 
mão-de-obra (N) e capital (K). Apenas a mão-de-obra é variável e o capital (equipamentos e instalações) é fixo. 
Simplificadamente, a função de produção pode ser expressa por:
Q = f(N, K)
onde,
Q= Quantidade produzida
N= Quantidade de mão-de-obra (fator variável)
K = capital (fator fixo) 
6
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Mas, como K é fixo, a função de produção, no curto prazo, é expressa por:
Q = f(N) 
Caso a quantidade utilizada de um fator de produção seja mantida constante e a quantidade de outro fator varie, 
passará a acontecer o que se conhece como Rendimentos Decrescentes. 
De acordo com a Lei dos Rendimentos Decrescentes, se um fator de produção for mantido fixo e forem acrescen-
tados fatores variáveis, no início, a produção crescerá a taxas crescentes. Depois que determinada quantidade 
produzida for atingida, a produção começará a crescer a taxas cada vez menores (decrescentes), chegará a um 
limite máximo e, por fim, começará a decrescer. 
Por exemplo, se a empresa aumentar cada vez o número de trabalhadores e mantiver fixas as quantidades de 
máquinas, ferramentas e o tamanho das instalações, chegará a um ponto em que não haverá material de traba-
lhos ou espaço para todos, o que atrapalhará a produtividade, fazendo com que a quantidade produzida acabe 
por decrescer. 
Para que possamos entender melhor, é necessário entender os conceitos de produto total, produtividade média 
e produtividade marginal. 
3.3.2. Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
O produto total é a quantidade total produzida com a utilização do fator variável (trabalho), sendo que os demais 
fatores são mantidosfixos. 
A produtividade média do fator trabalho é dada pela produção total dividida pelo número de fatores. Repre-
senta a contribuição média de cada trabalhador. Se fossemos medir a Produção Média do capital (K), estaríamos 
medindo a contribuição média de cada máquina.
PmeN=produtividade média do fator
Q= Quantidade Produzida
N = mão-de-obra
A produtividade marginal é a contribuição marginal ou adicional de cada fator de produção. No exemplo do 
quadro 2.1, a contribuição adicional do fator trabalho, dada a entrada de sempre um trabalhador a mais.
Pmg = Produção Marginal (Variação da Produção Total dividida pela variação da mão-de-obra.
7
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Pmg = produtividade marginal
Pmg = produtividade marginal
∆Q=variação na quantidade produzida
∆N=variação na quantisade de mão-de-obra
No Quadro 3.1, pode ser observado um exemplo em que a produção baseia-se apenas em 2 fatores, um deles é 
mantido fixo (terra) e a mão-de-obra é o fator variável. 
No exemplo, o capital (K) se mantém fixo (10 alqueires de terra), o que indica ser uma abordagem de curto prazo. 
Com esses 10 alqueires, à medida que se aumenta o número de trabalhadores (N), a produção total aumenta 
até certo ponto, assim como a produção média e produção marginal. Depois seu crescimento é paralisado e vai 
se tornar negativo. Isso se deve ao fato de que não haverá mais espaço suficiente para todos os trabalhadores 
produzirem de forma eficiente.Quadro 3.1 – Produção, Produtividade Média, Produtividade Marginal
Terra – 
alqueires 
(K) 
Fator Fixo 
(1)
Mão-de-obra 
em milhares de 
trabalhadores 
(N)
Fator Variável
(2)
Produção 
Total 
(toneladas)
(3)
Produtividade 
Média (toneladas 
por mil 
trabalhadores)
(4)
Produtividade 
Marginal 
(toneladas por mil 
trabalhadores)
(5)
10 1 6 6 6
10 2 14 7 8
10 3 24 8 10
10 4 32 8 8
10 5 38 7,6 6
10 6 42 7 4
10 7 44 6,3 2
10 8 44 5,5 0
10 9 42 4,7 -2
Legenda: o quadro mostra, na primeira coluna, a manutenção de um fator fixo (terra), enquanto se aumenta a quan-
tidade de mão-de-obra. A produção total (3ª. coluna) passa a crescer, a produtividade média (4ª. coluna) cresce 
e depois decresce e a produtividade marginal (5ª. coluna) cresce, para depois decrescer e tornar-se negativa.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p.71)
A situação citada no exemplo pode ser visualizada no gráfico 3.1. A produção total vai aumentando, permanece 
constante num segundo momento e, posteriormente, começa a cair.
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Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), a lei dos rendimentos decrescentes é um fenômeno típico de curto 
prazo, pois, se no exemplo acima, a quantidade de terra fosse variável, a produção poderia continuar crescendo 
a taxas crescentes.
As empresas nem sempre operam com uma boa produtividade. Principalmente os peque-
nos empresários, muitas vezes, acabam levando suas empresas à baixa produtividade pelo 
fato de que não administram bem os seus recursos: há desperdícios de tempo e dinheiro, 
problemas ligados à organização e métodos, falta de planejamento. Você consegue elencar 
algumas medidas que essas empresas poderiam tomar para elevar a sua produtividade?
Gráfico 3.1- Produtividade Total, Média e Marginal
Legenda: No eixo Y tem-se o produto, no eixo X as unidades do insumo variável. O gráfico mos-
tra as linhas de produção total, produtividade média e produtividade marginal.
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014)
9
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
3.2. Análise de longo prazo
No longo prazo, podemos considerar a função de produção simplificada a seguir, com a suposição de que tanto 
N como K são fatores de produção variáveis. 
Q = f(N, K)
onde,
Q= Quantidade produzida
N= Quantidade de mão-de-obra fator variável)
K = capital (fator variável)
3.2.1. Rendimentos de Escala 
Os rendimentos de escala, também conhecidos como economias de escala, representam os resultados, positivos 
ou negativos, que a empresa atinge, no longo prazo, ao aumentar seu tamanho, ampliando tanto sua estrutura 
produtiva quanto a utilização de mais mão-de-obra. 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), os rendimentos de escala podem ser:
• Crescentes: acontecem quando há um aumento na produção mais do que proporcional ao aumento da 
quantidade de fatores de produção. Por exemplo, uma elevação de 10% na quantidade de mão-de-obra 
ou 10% na quantidade de capital, resultaria em um aumento de mais de 10% na produção;
• Decrescentes: ocorrem quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a pro-
dução cresce numa proporção menor. Por exemplo, o aumento no capital e mão-de-obra foi de 10% e o 
aumento da produção foi menor do que 10%.
• Rendimentos constantes de escala: neste caso, todos os fatores de produção cresceram na mesma 
proporção, por exemplo 10%, e a produção também cresceu na mesma proporção, neste caso, a produ-
tividade média dos fatores de produção é constante. 
3.2.2 - Produção: Isoquanta de produção 
A Isoquanta pode ser definida como sendo uma linha ao longo da qual a mesma quantidade do bem é produzida, 
porém, com combinações diferentes de cada fator de produção. Isoquanta significa de igual quantidade.
Assim, uma firma pode apresentar várias isoquantas de produção (mapa de produção). A empresa escolherá uma 
isoquanta, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto.
Como pode ser observado no gráfico 3.2, ao longo da Isoquanta “q1”, por exemplo, a mesma quantidade (1000 
unidades) é produzida, com diferentes combinações dos fatores de produção K e N. Se a empresa combinar 6 K 
com 50 N, 4K com 80N ou 2 K com 150 N, ela produzirá as mesmas 1000 unidades do bem. Para passar para a 
segunda isoquanta, ela deverá aumentar tanto as quantidades utilizadas de K como de N. 
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Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Gráfico 3.2 - Isoquanta
Fonte: Vasconcellos (2015, p. 128).
Legenda: No eixo Y tem-se o fator de produção K e, no eixo X, o fator de produção N. Dependendo da combi-
nação entre os dois, tem-se isoquantas diferentes, que mostram quantidades produzidas crescentes.
3.3. Custos de Produção
As empresas buscam sempre maximizar seus resultados, ou seja, atingir à melhor produção que é possível, dado 
um nível de utilização de fatores. Como pontuam Vasconcellos e Garcia (2014), a empresa pode otimizar seus 
resultados de duas formas: maximizando a produção total com o mínimo custo ou minimizando o custo para 
uma dada produção total. 
Em economia, consideram-se, além dos custos explícitos, também os custos implícitos. Enquanto na contabi-
lidade são considerados apenas aqueles que envolvem desembolso monetário (explícitos), em economia são 
considerados também os custos de oportunidade (implícitos). Por exemplo, se o imóvel que abriga a empresa é 
próprio, deve ser levado em conta o valor do aluguel que o empresário ganharia caso a empresa não estivesse 
no imóvel. Outro custo de oportunidade seria a própria remuneração do empresário caso escolhesse se dedicar 
a outra atividade. 
Os custos podem ser definidos como o que foi investido em todos os bens materiais, trabalho e serviços consu-
midos pela empresa na produção de bens e serviços e na manutenção de suas instalações.
3.4. Custo Total, Custo Médio e Custo Marginal
Assim como no caso da produção, devemos analisar os custos tanto sob a ótica do curto como do longo prazo. 
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Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
3.4.1. Custos de Curto prazo
No Curto Prazo, tem-se os custos fixos e os custos variáveis de produção. 
Custo Variável Total (CVT): é a parcela do custo que varia quando a produção varia. É a parcela que depende da 
quantidade produzida. Ex: gastos com salários, despesas com matérias-primas. Assim, o custo variável é função 
da quantidade produzida:
CVT = f(Q)
Custo Fixo Total (CFT): é a parcela do custo que se mantém fixa quando a produção varia, ou seja, são os gastos 
com fatores fixos, como aluguel e depreciação.
Custo Total (CT): É a soma do Custo Variável Total com o Custo Fixo Total. CT = CVT + CFT.
Gráfico 3.2 – Custos Totais
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda: No eixo Y tem-se os custos totais, no eixo X a quantidade produzida. O grá-
fico mostra as linhas de custo total, custo variável total e custo fixo total. 
O Custo Médio é dado pelo Custo Total dividido pela quantidade produzida.
Custo Variável Médio (CVMe) é dado pelo custo variável total divido pela quantidade produzida. 
12
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Custo Fixo Médio (CFMe) é dado pelo custo fixo total divido pela quantidade produzida. 
Gráfico 3.3 – Custos Médios 
Legenda: No eixo Y tem-se os custos médios, no eixo X a quantidade produzida. O gráfico mos-
tra as linhas de custo total médio, custo variável médio e custo fixo médio. 
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
O Custo Marginal (CMg): é a variação do Custo Total ou ΔCT. É o custo de se produzir uma unidade extra do 
produto ou, em outras palavras é a variação do custo total divido pela variação na quantidade produzida. 
No curto prazo, como os custos fixos são invariáveis, apenas os custos variáveis influenciam o custo marginal.
13
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Gráfico 3.4 – Custo Marginal
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda:No eixo Y tem-se o custo marginal, no eixo X a quantidade produzida. O gráfico mostra a linha do custo marginal. 
Os custos médios e marginais primeiro decrescem para depois crescerem, em uma etapa da produção.
3.5. Custos de longo prazo
No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis. O empresário, opera no curto prazo e pla-
neja no longo prazo. De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), o longo prazo é um horizonte de planejamento 
e não aquilo que está efetivamente sendo realizado. 
Os empresários, ao elaborarem o planejamento estratégico da empresa, analisam várias possibilidades de produ-
ção no curto prazo, com diferentes escalas de produção, as quais representam escolhas que eles farão ao longo 
do tempo.
Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produ-
ção (tamanho), que podem escolher. 
Pode-se observar que, no longo prazo, o formato da curva do custo médio e do custo marginal é o formato em 
U. O tamanho da empresa está variando em cada ponto da curva. No início, a empresa está subutilizando seus 
equipamentos e começam a ter rendimentos crescentes de escala a medida que sua produção cresce, ou seja, 
o custo médio vai diminuindo. Posteriormente, após esse ponto ótimo, o custo médio de longo prazo tende a 
crescer, levando a rendimentos decrescentes ou a deseconomias de escala.
14
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Gráfico 3.5 - Custo Médio de longo prazo
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda: No eixo Y tem-se os custos, no eixo X a quantidade produzida. O gráfico mostra o custo médio de longo prazo. 
3.6 – Custos privados e custos sociais
A empresa, ao produzir determinado bem deve dois tipos de análise, a análise privada e a social. 
A avaliação privada corresponde à avaliação específica dos custos e benefícios que a produção daquele bem trará 
à empresa. Por exemplo, a produção de automóveis: qual o retorno financeiro que isso trará à empresa.
Por outro lado, existe também a avaliação social que a empresa deve fazer: quais as consequências de sua produ-
ção para a sociedade como um todo. 
As consequências sociais geradas pela empresa podem ser benéficas ou prejudiciais à sociedade. Por exemplo, 
ela pode instalar uma fábrica em determinada cidade e dar emprego à maioria dos seus habitantes, pode abrir 
estradas e trazer progresso. Estas seriam externalidades positivas proporcionadas por aquela empresa. 
Por outro lado, a empresa pode estar poluindo os rios locais, causando congestionamentos e poluição. Estes são 
custos sociais pelos quais a empresa não está pagando.
Externalidade: pode ser definida como custos ou benefícios que um agente econômico 
pode proporcionar à sociedade. A externalidade positiva ocorre, por exemplo, quando uma 
empresa proporciona benefícios à sociedade sem Recber nada por isso. Por outro lado, uma 
externalidade negativa é quando a empresa impõe custos sociais sem pagar por isso.
Glossário
15
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
3.7. Custos versus despesas
São considerados custos aqueles gastos da empresa diretamente ligados à fabricação do bem, por exemplo, cus-
tos com máquinas ou com a mão-de-obra do chão de fábrica. 
Despesas, por sua vez, são os gastos da empresa que não estão diretamente ligados à fabricação do produto, 
porém, são necessários para que a empresa continue funcionando. Por exemplo: gastos com o pessoal adminis-
trativo, com propaganda, etc. 
3.8. A Maximização do lucro total
De acordo com a teoria microeconômica, as empresas têm como objetivo maior a maximização dos lucros, tanto 
no curto como no longo prazo.
O lucro é maximizado quando a diferença entre a receita total (valor total do faturamento) e o custo total da 
produção for a maior possível.
LT = RT – CT
Onde,
LT = Lucro total;
RT = Receita total de vendas;
CT = Custo total de produção. 
Assume-se aqui que a maximização dos lucros é buscada em um contexto de concorrência perfeita. 
Na Unidade 1, vimos que há vários tipos de estrutura de mercado. Convém recapitular que estamos tomando 
como base a concorrência perfeita para o estudo da produção das empresas. 
De acordo com Vasconcellos (2015, p. 139), as principais características da concorrência perfeita são:
• Mercado atomizado: o mercado tem infinitos vendedores e compradores, de forma que um agente iso-
lado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para 
empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado);
• Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferen-
ças de embalagem, qualidade nesse mercado;
• Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. 
• Racionalidade: os agentes econômicos são sempre racionais. Enquanto os consumidores buscam maxi-
mizar seu bem-estar, os empresários buscam a maximização dos lucros. 
• Transparência do mercado: todas as informações relevantes estão à disposição de todos os agentes eco-
nômicos, quer sejam eles consumidores ou produtores. 
Uma outra característica da concorrência perfeita é que apenas há lucro extraordinário no curto prazo. Esses 
lucros extraordinários atraem novas empresas, portanto, com a elevação do número de concorrentes no mer-
cado da concorrência entre os participantes, a tendência é que os lucros extraordinários desapareçam e que se 
tenha apenas os lucros normais (VASCONCELLOS, 2015, p. 151). 
16
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
3.8.1. Receita Total, Receita Média, Receita Marginal
A Receita Total é dada por:
RT = preço unitário de venda x quantidade vendida
RT = P x Q
A Receita Média (RMe), por sua vez, é a receita por unidade de produto vendida, ou Receita Unitária.
A receita marginal é a variação da receita total, quando varia a quantidade vendida, ou seja, a receita extra, 
quando se vende uma unidade a mais do produto.
3.8.2. Receita Marginal, Custo Marginal e Maximização dos lucros
De acordo com Vasconcellos (2015), a maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a receita 
marginal da última unidade produzida seja igual ao custo marginal desta última unidade produzida.
RMg = CMg
“Sabemos que o empresário racional sempre aumentará a produção quando isso significar maior lucro. 
Então, se: receita adicional > custo adicional, o lucro marginal aumenta e a quantidade deve ser aumen-
tada, pois o lucro aumentará; receita adicional < custo adicional, a quantidade q não será aumentada, 
pois o lucro cairá (ou o prejuízo aumentará). Portanto, no equilíbrio RMg = CMg” (VASCONCELLOS, 
2015, p. 143/144).
Gráfico 3.7- Maximização de lucros
Fonte: Adaptado de Vasconcellos (2015).
Legenda: No eixo Y tem-se os custos, no eixo X a quantidade produzida. O gráfico mostra a curva de 
custo marginal, de custo total médio e a curva de receita marginal, que iguala a receita média. 
17
Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Observe, no exemplo do Quadro 3.2, que o lucro máximo (de R$ 15,00) acontece quando a Receita Marginal 
iguala o Custo Marginal. 
Quadro 3.2 – Maximização do Lucro Total
Legenda: na coluna 1 tem-se a produção e as vendas por dia, na coluna 2, o custo total; na coluna 3, o preço unitário; 
na coluna 4, a receita total, na coluna 5, o lucro total, na coluna 6, o custo marginal e na coluna 7, a receita marginal. 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p.87)
3.9. Lucro normal e lucro econômico
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou 
extraordinários, mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empre-
sário, o seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade (VASCON-
CELLOS, 2015).
Os lucros extras ou extraordinários (também chamados de lucro econômico) podem ser definidoscomo aqueles 
representados pela diferença entre a receita e o total dos custos contábeis (explícitos ou efetivamente incorridos) 
e os custos de oportunidade (o que o empresário ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade.
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Economia | Unidade 3 - Teoria da Produção – Custos de Produção
Os consumidores estão cada vez mais conscientes e preocupados com as consequências-
que atuação das empresas podem ter sobre o meio ambiente e sobre a sociedade de uma 
forma geral. Por isso, a questão das externalidades tem ganhado cada vez mais espaço e 
importância nas discussões sobre o assunto tem crescido. Sugerimos este link para você 
conheça mais sobre a questão das externalidades geradas pelas empresas. http://www.
ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/2646-o-que-sao-externalidades-
-negativas-positivas-como-afetam-vida-sociedade-efeitos-indiretos-problemas-benefi-
cios-sociais-economicos-ambientais-bens-produto-servico-diferenca-custos-privados-
-lucros-empresa-prejudicam-consumo-sustentavel-consciente-.html
19
Considerações finais
Nesta unidade, você conheceu os principais conceitos sobre a teoria dos 
custos de produção que também é chamada de teoria da oferta da firma 
individual, base para a análise das relações entre a análise dos fatores de 
produção, sua alocação e seus custos, o que se torna essencial para a for-
mação de preços dos produtos. 
Para Vasconcellos (2015, p. 109), a produção pode ser definida como o 
processo pelo qual uma empresa transforma os fatores de produção 
adquiridos e suas matérias-primas em produtos ou serviços para a venda 
no mercado. Ou seja, a empresa compra os insumos (fatores de produção 
e matérias-primas), combina-os de acordo com processo de produção 
escolhido e os coloca no mercado. 
A função de produção é a relação técnica entre a quantidade física de 
fatores de produção e a quantidade física do produto em determinado 
período de tempo, assim, a quantidade produzida do bem é função (ou 
depende) de diversos fatores de produção que são divididos em: fixos 
(aqueles que permanecem inalterados quando a produção varia) e os 
variáveis (os que se alteram com a variação da quantidade produzida).
Na função de produção, há fatores fixos e fatores variáveis, se analisarmos 
o curto-prazo. Considera-se que, no curto-prazo, haja pelo menos um 
fator de produção fixo.
Porém, no longo prazo, todos os fatores variam. Ou seja, a empresa pode 
decidir comprar mais máquinas, adquirir novas instalações, novas tecno-
logias podem ser descobertas e aplicadas à produção, e assim por diante. 
Para entender melhor o conceito de curto-prazo é necessário conhecer 
um pouco sobre produto total, produtividade média e produtividade mar-
ginal. 
O produto total é a quantidade total produzida com a utilização do fator 
variável (trabalho), sendo que os demais fatores são mantidos fixos. A pro-
dutividade média do fator trabalho é dada pela produção total dividida 
pelo número de fatores. Já a marginal é a contribuição marginal ou adicio-
nal de cada fator de produção.
Em economia, consideram-se, além dos custos explícitos, também os 
custos implícitos. 
20
Considerações finais
Assim como no caso da produção, devemos analisar os custos tanto sob 
a ótica do curto como do longo prazo. No Curto Prazo, tem-se os custos 
fixos e os custos variáveis de produção. No longo prazo não existem custos 
fixos, todos os custos são variáveis. 
A empresa, ao produzir determinado bem deve dois tipos de análise, a 
privada e a social. 
São considerados custos aqueles gastos da empresa diretamente ligados 
à fabricação do bem. Despesas, por sua vez, são os gastos que não estão 
diretamente ligados à fabricação do produto, porém, são necessários 
para que a empresa continue funcionando. 
De acordo com a teoria microeconômica, as empresas têm como objetivo 
maior a maximização dos lucros, tanto no curto como no longo prazo.
O lucro é maximizado quando a diferença entre a receita total (valor 
total do faturamento) e o custo total da produção for a maior possível. 
Assume-se aqui que a maximização dos lucros é buscada em um con-
texto de concorrência perfeita.
Referências bibliográficas
21
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. Funda-
mentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014;
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de – Economia Micro e Macro. 
Ed. Atlas, 4ª. edição, 2015.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia. São Paulo: Cengage Lear-
ning, 2010. XXXI, 838 p. ISBN 9788522107056;
RUDINEI, Marco Antonio Sandoval de V.; TONETO JR., Sérgio e Sakurai. 
Economia Fácil. Saraiva, 01/2015.

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