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Aula05 Mental NASSAU

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Saúde Mental e Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria
Aula 05: Avaliação do Usuário com Sofrimento Psíquico 
Exame do Estado Mental e Exame Físico/Neurológico
LEILSON LIRA
PROFESSOR
Faculdade Maurício de Nassau – FMN
Curso de Graduação em Enfermagem
Cidade Fortaleza
1
Conteúdos e objetivos explorados nesta aula:
Evolução do cuidado de enfermagem: funções e atividades do profissional de enfermagem
(5). Desenvolver o cuidado de enfermagem em saúde mental ao adulto com transtorno mental e em uso de crack, álcool e outras drogas
Processo de cuidar em saúde mental e em enfermagem
Exame do estado de saúde mental, entrevista psiquiátrica, anamnese e exame físico
O que veremos nesta aula?
Exame do estado de saúde mental;
Funções mentais;
Definição do estado mental;
Alterações das funções mentais. 
Exame físico/neurológico
Saúde Mental Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria
Exame do estado mental
4
Exame do estado mental
Apesar de ser absolutamente necessário o estudo analítico das funções psíquicas isoladas e de suas alterações, nunca é demais ressaltar que a separação da vida e da atividade mental em distintas áreas ou funções psíquicas é um procedimento essencialmente artificial. 
Trata-se apenas de uma estratégia de abordagem da vida mental que, por um lado, é bastante útil, mas, por outro, um tanto arriscada, pois pode suscitar enganos e simplificações inadequadas.
É útil porque permite o estudo mais detalhado e aprofundado de determinados fatos da vida psíquica normal e patológica; e arriscada, porque facilmente se passa a acreditar na autonomia desses fenômenos, como se fossem objetos naturais.
Funções Mentais
Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas compartimentalizadas desta ou daquela função;
É sempre a pessoa na sua totalidade que adoece;
As funções perturbadas fazem pressentir transtornos subjacentes, ligados à personalidade inteira, atingida na sua estrutura e em seu modo de existir;
Nos transtornos psiquiátricos, não se trata apenas de agrupamentos de sintomas que coexistem com regularidade e revelam, assim, sua origem comum.
Funções Mentais
C
A
S
OM
I 
A
PeJuCo
L
Consciência
Atenção
Sensopercepção
Orientação
Memória
Inteligência
Afeto
Pensamento
Juízo Crítico
Conduta
Linguagem
CONSCIÊNCIA
Quanto o paciente está acordado, alerta ou vigilante? Quanto está neurologicamente apto para manter contato com o mundo ao seu redor?
Nível de Consciência (precede os demais)
Limites: despertar completo a coma profundo
Delirium – interação mantida – alteração de funções psíquicas – primariamente orgânica e não de ordem psicológica.
9
10
Questões para fixação
ATENÇÃO
Capacidade de focalizar aspectos do ambiente e coletar, armazenar e processar informações a seu respeito.
Atenção voluntária – por vontade própria, escolhe o ponto de interesse e mantém em foco pelo tempo desejado;
Atenção espontânea – diversos estímulos atraem a atenção, independente da vontade própria
Indivíduos com rebaixamento da consciência apresentam deficiência da atenção voluntária e tem dificuldade de manter-se concentrado em uma conversa, assim como exacerbam sua atenção espontânea e distraem-se com facilidade.
12
SENSOPERCEPÇÃO
Designa a capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos dos sentidos. Os estímulos podem ser: auditivos, visuais, olfativos, táteis e gustativos
Alterações
ILUSÕES: ocorrem quando os estímulos sensoriais reais são confundidos ou interpretados erroneamente; geralmente ocorrem quando há redução de estímulos ou do nível de consciência (delirium); por exemplo, um cinto é percebido como uma cobra, miragens no deserto (enxerga-se água nas dunas).
Dismegalopsias: são ilusões nas quais os objetos ou pessoas tomam tamanho e/ou distâncias irreais; nas macropsias os objetos parecem mais próximos e maiores; nas micropsias, parecem menores e mais distantes. Ocorrem em descolamento de retina, distúrbios de acomodação visual, lesão temporal posterior e intoxicações por drogas.
ALUCINAÇÕES: ocorre a percepção sensorial na ausência de estímulo externo.
13
ORIENTAÇÃO
Capacidade do indivíduo de situar-se no tempo, espaço ou situação e reconhecer sua própria pessoa.
Tempo: pode-se perguntar ao paciente qual é a hora aproximada, dia da semana, do mês, mês, ano, estação e há quanto tempo ele está no hospital.
Espaço: o paciente deve ser capaz de descrever o local onde se encontra (consultório, nome do hospital), o endereço aproximado, acidade, o estado, o país, sabendo também quem são as pessoas à sua volta.
A própria pessoa: deve-se perguntar dados sobre o paciente, como nome, data de nascimento, profissão e o que faz no hospital. Estas informações devem ser conferidas através de uma fonte confiável, como um familiar hígido.
Demais pessoas: deve ser capaz de identificar seus familiares, amigos próximos e pessoal que o atende (médicos, enfermeiras, auxiliares, etc.).
14
MEMÓRIA
É a capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer objetos, pessoas e experiências passadas ou estímulos sensoriais. São fixados na memória fatos ou situações que quando ocorreram provocaram emoções associadas: prazer, medo ou que foram significativas para a pessoa.
Alterações
Amnésia: incapacidade parcial ou total de evocar experiências passadas.
Amnésia anterógrada: o paciente esquece tudo o que ocorreu após um fato ou acidente importante
Amnésia retrógrada: esquecimento de situações ocorridas anteriormente a um trauma
Amnésia lacunar: esquecimento dos fatos ocorridos entre duas datas. 
15
INTELIGÊNCIA
Capacidade de uma pessoa de assimilar conhecimentos factuais, compreender as relações entre eles e integrá-los aos conhecimentos já adquiridos anteriormente; de raciocinar logicamente e de forma abstrata manipulando conceitos, números ou palavras. 
Capacidade de resolver situações novas com rapidez e com êxito mediante a realização de tarefas que envolvam a apreensão de relações abstratas entre fatos, eventos, antecedentes e consequências, etc.
Alterações
Deficiência mental
Demência
Abstração
16
AFETIVIDADE E HUMOR
É a experiência imediata e subjetiva das emoções sentidas pelo paciente em relação ao que o cerca, abrangendo desde sentimentos em relação a pessoas e ambientes até lembranças de fatos, situações, ou pessoas do passado, bem como expectativas sobre o futuro.
17
Humor é a tonalidade de sentimento predominante, e mais constante, que pode influenciar a percepção de si mesmo, e do mundo ao seu redor. 
Afeto é a experiência da emoção subjetiva e imediata, ligada a ideias ou representações mentais e que pode ser observada pelas suas manifestações objetivas: alegre, triste, expansivo.
Em outras palavras, humor se refere à emoção predominante, mais constante, enquanto afeto é a sua expressão, o que se observa, sendo mais flutuante.
AFETIVIDADE E HUMOR
18
Alterações 
Ansiedade;
 Medo e Tensão;
 Irritabilidade;
 Incontinência emocional;
 Indiferença afetiva; 
 Afeto hipomaníaco e maníaco;
 Afeto deprimido;
AFETIVIDADE E HUMOR
19
PENSAMENTO
É o conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos novos e antigos, integrar estímulos externos e internos, analisar, abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar.
O pensamento é avaliado em três aspectos: 
Produção (ou forma) – lógica das ideias.
Curso – quantidade e velocidade das ideias.
Conteúdo – as próprias ideias e sua conexão ou não com a realidade.
20
PENSAMENTO
 Produção
 Ilógica (irreal, difícil ou impossível de seguir a linha de raciocínio, desagregado);
 Mágica (misticismo, poderes, influência a distância);
 Curso
 Lento;
 Acelerado;
 Com fuga de ideias (associação de palavras de maneira inapropriada);
 Perda de associações (o paciente se perde no meio do discurso);
 Tangencialidade (não ocorre aprofundamento nos assuntos); 
 Circunstancialidade (conta coisas desnecessárias, detalhes, ao invés de chegar ao ponto em questão);
 Bloqueio dopensamento (parada súbita e inesperada de seus pensamentos); 
 Perseveração (permanência no mesmo assunto).
21
PENSAMENTO
 Conteúdo
 delírio ou ideia delirante (ideia falsa ou crença irreal com impossibilidade de conteúdo, certeza extraordinária, não compartilhado por outros com a mesma cultura, religião e na mesma sociedade, e impossibilidade de remover esta certeza pela lógica; podem ser de inserção, irradiação ou roubo do pensamento);
 ideias supervalorizadas (crença exagerada, como desconfiança, implicância gratuita); 
 ideias de referência (sensação inevitável de que outras pessoas e meios de comunicação referem-se a si, podendo ser interpretações de palavras ou ações, com crítica de que este sentimento origina-se no próprio paciente); pobreza (pouca informação, repetições vazias, vago);
 obsessões (ideias, imagens ou impulsos repetitivos desagradáveis que entram involuntariamente na mente do paciente que não consegue livrar-se delas).
22
PENSAMENTO
Quanto à temática das ideias supervalorizadas ou delirantes (e delírios), elas podem ser persecutórias ou paranoides (está sendo seguido, observado, procurado, vitimizado, traído), de grandeza, desvalia, ruína, infidelidade, etc.
Tipos específicos de delírios:
 Bizarro (crença absurda, totalmente implausível, estranha e falsa).
23
JUÍZO CRÍTICO
Juízo é a capacidade de julgar eventos ao redor, valorizando-os de forma adequada.
Crítica refere-se a capacidade do indivíduo de julgar o próprio estado.
24
CONDUTA E APARÊNCIA 
Contato visual
Aparência (estado geral, nutrição)
Movimentação (inibição, agitação, inquietação, agressividades, imobilidade)
Maneira de Vestir (colorido das roupas, maquiagens, adereços)
Expressão facial
Postura corporal
25
LINGUAGEM
É a maneira como a pessoa se comunica, verbal ou não verbalmente, envolvendo gestos, olhar, expressão facial ou por escrito.
Logorreia : profusão de frases sem sentido 
Mutismo: ausência da necessidade de falar  
Vulgaridade
Coprolalia: proferir palavras obscenas 
Disgrafia: deficiência na habilidade para escrever 
Alterações da mímica facial 
Neologismos: criação de palavras
Disartria: dificuldade na produção de fonemas 
Gagueira: produção da fala que se refere à continuidade, suavidade e esforço. 
Bradilalia : lentidão anormal da fala
Taquilalia : Fala rápida
Ecolalia: 
hábito ou mania de fazer rimar palavras, falando ou escrevendo 
Afasia: perda Da fala 
26
Saúde Mental Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria
Exame físico e exame neurológico
27
O exame físico do paciente com transtorno psiquiátrico não difere, em essência, daquele dos indivíduos sem patologias mentais.
Deve-se, entretanto, ressaltar que: 
Os pacientes com transtornos psiquiátricos apresentam morbidade física mais frequente que a população geral;
Apesar disso, os distúrbios e doenças físicas são “subdiagnosticados”, não adequadamente reconhecidos e tratados nos pacientes ditos psiquiátricos.
Exame físico
28
O exame físico do paciente com transtorno psiquiátrico não difere, em essência, daquele dos indivíduos sem patologias mentais.
Deve-se, entretanto, ressaltar que: 
O clínico geral ou enfermeiro tendem a não examinar adequadamente o a pessoa com transtorno mental, pois ele não é “seu doente”, é “doente apenas do psiquiatra” ou “do CAPS”.
O psiquiatra ou enfermeiro que atua em serviços de saúde mental não realizam o exame físico do paciente, pois não se considera “médico do corpo”, mas “especialista” ou “médico exclusivamente do psiquismo, do comportamento ou da alma”.
Os pacientes com transtornos mentais graves podem ter dificuldades em comunicar objetivamente suas queixas somáticas.
Os pacientes psiquiátricos graves podem não ser adequadamente “ouvidos” pelos profissionais em geral, pois o estigma de “louco” invalida suas queixas somáticas.
Exame físico
29
O exame físico do paciente com transtornos mentais, ao contrário do que alguns supõem, quando realizado de forma adequada, pode ser um excelente “instrumento” de aproximação afetiva, principalmente com pacientes muito regredidos, inseguros, e mesmo com os pacientes psicóticos;
Ser examinado respeitosamente pelo médico pode, inclusive, transmitir segurança e afeto a muitos pacientes;
O profissional de saúde, contudo, deve saber lidar com aspectos do adoecimento mental.
NÃO ESQUEÇA: AO CUIDAR DE QUALQUER PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL, É PRECISO LEMBRAR DA POSSIBILIDADE DE DOENÇAS FÍSICAS! 
Exame físico
30
HISTÓRIA DE DOENÇAS E REVISÃO DE SISTEMAS
Exame físico... Contempla:
31
A avaliação neurológica do paciente com transtorno mental é, também, igual a de outras pessoas;
A avaliação neurológica depende de anamnese bem-colhida e de exame neurológico objetivo que, bem-realizado, visa identificar topograficamente uma possível lesão ou disfunção no sistema nervoso central e/ou periférico;
Deve-se lembrar, entretanto, que muitas afecções neuronais, responsáveis por quadros neuropsiquiátricos, embora presentes e clinicamente significativas, não produzem sintomas localizados;
A avaliação neurológica baseia-se sobremodo no exame neurológico. Neste, a presença de sinais neurológicos claramente patológicos (como o sinal de Babinsky na síndrome piramidal) e as assimetrias são aspectos muito relevantes. 
Exame neurológico
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Exame neurológico
De particular importância em neuropsiquiatria são alguns sinais e reflexos neurológicos, ditos primitivos, indicadores de lesão cerebral difusa, encefalopatia, ou lesões frontais difusas sem que haja, necessariamente, outros sinais localizatórios. São eles:
Reflexo de preensão (grasping ou grasp reflex);
Reflexo de sucção;
Reflexo orbicular dos lábios;
Reflexo palmomentual.
https://www.youtube.com/watch?v=l3rWFpVt0NU
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