Buscar

gladulas mamarias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

2008 aula semi-presencial 2 
profª Sandra 
CITOLOGIA MAMÁRIA 
 
1. ASPECTOS HISTOFISIOLÓGICOS DA GLÂNDULA 
MAMÁRIA 
 1
 
A estrutura histológica das glândulas mamárias varia de 
acordo com o sexo, idade e estado fisiológico. Assim, as glândulas 
mamárias começam seu desenvolvimento após a puberdade, 
quando ficam expostas às estimulações cíclicas por estrógeno e 
progesterona, aumentam em tamanho durante a gravidez e 
alcançam seu tamanho máximo durante a amamentação. 
Cada glândula mamária é composta por 15-20 lobos 
formados por glândulas túbulo-alveolares compostas envolvidos 
por tecido conjuntivo e adiposo. Cada lobo subdivide-se em 
lóbulos, que contêm os alvéolos/ácinos ou túbulos, os quais 
constituem as porções secretoras que segregam o leite para os 
ductos interlobulares terminais. Estes convergem nos ductos 
galactóforos ou lactíferos.que, por sua vez, confluem no seio galactóforo (dilatação do ducto 
galactófaro ) e finalmente a secreção láctea chega ao mamilo. 
 
 
Função→ secretar leite para nutrir os recém-nascidos. 
 
2. COMPONENTES CELULARES BENIGNOS NA SECREÇÃO MAMÁRIA 
 
2.1. Células espumosas (xantomatosas; foamy cells) 
Morfologicamente são compatíveis com 
células histiocíticas. 
Citoplasma→ O citoplasma é abundante, 
finamente vacuolizado e de aspecto espumoso. 
Núcleo → O núcleo é pequeno, oval ou 
reniforme e localizado na periferia. A cromatina é 
finamente granulosa. Além de células espumosas 
grandes, pequenas células histiocíticas mostrando 
fagocitose de pigmentos sangüíneos e restos celulares 
são também vistos. 
Ocorrência: em qualquer tipo de esfregaço 
mamário 
 
 
2.2. Células epiteliais ductais 
As células epiteliais ductais aparecem em 
agrupamentos e, ocasionalmente, isoladas. Os 
agrupamentos de células têm uma forma trabecular e 
tamanhos e comprimentos variáveis. 
Citoplasma→ formato colunar baixo ou cúbico. 
Núcleo → são geralmente ovais, razoavelmente 
pequenos e iguais em tamanho, mas parecem ser 
prensados em agrupamentos compactos. 
Ocorrência: A descamação destas células em 
agrupamentos é o resultado de uma proliferação 
papilífera benigna das células epiteliais ductais. 
 
2.2.1 Metaplasia apócrina de células 
epiteliais ductais 
Se caracteriza por um citoplasma abundante, 
eosinofílico, com finos grânulos e núcleos picnóticos. 
Ocorrência: Células metaplásicas apócrinas + 
células epiteliais ductaís numa ramificação papilar é 
patológica e sugestiva de mastopatia. 
 
 2
 
 
2.2.2. Células mioepiteliais 
Se localizam abaixo do epitélio ductal e se destacam pelo 
citoplasma ser mais claro. A função das células mioepiteliais é 
contrair-se, promovendo a extrusão do leite secretado. 
 
2.3. Células escamosas 
Algumas células escamosas, usualmente queratinizadas 
podem estar presentes ocasionalmente. Estas células derivam do mamilo. 
 
3. COLETA DE AMOSTRAS E PREPARAÇÃO DE ESF REGAÇOS 
3.1. Descarga ou derrame papilar 
Descarga ou derrame papilar é a saída de secreção através da papila mamária (galactorréia), 
quando não associada à gravidez e à lactação (descarga papilar fisiológica). É o sintoma mais 
freqüente, depois do nódulo e da dor mamária, constituindo cerca de 7% das queixas das pacientes. 
O derrame do mamilo tem sido descrito em 10% a 15% das mulheres com doença benigna da 
mama e em 2,5% a 3% está relacionado com carcinoma. 
 
3.1.1. Classificação da secreção 
A secreção é classificada, segundo seu aspecto macroscópico, em leitosa, verde, castanha, 
sangüínea, serosa, turva ou purulenta. O termo descarga papilar sangüínea ou hemorrágica só pode ser 
aplicado nos casos em que a secreção, à microscopia, revelar elementos hemáticos. 
A importância do estudo dos derrames sangüíneos se deve à sua associação com papiloma 
intracanalicular, carcinoma papilífero e outras lesões. 
 
3.1.2. Coleta e coloração 
O mamilo é comprimido entre estes dedos, da base para o bico do mamilo, a secreção acinar 
armazenada na ampola será forçada a sair. Uma lâmina de vidro limpa é colocada no mamilo e a 
secreção é espalhada delicadamente. O esfregaço deve ser prontamente fixado e posteriormente corado 
pelo método de Papanicolaou. 
 
3.2. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) 
Consiste na aspiração de células do lugar suspeito 
(geralmente formação cística), através de uma agulha fina (0,7—0,9 
mm de diâmetro) e seringa, guiada por meio de ultra-som. A agulha 
é da mesma espessura de uma agulha de injeção. É um método 
rápido e indolor, realizado sob anestesia local, que visa obter 
algumas células com as quais são feitas lâminas para que apoós 
fixação podem ser coradas por H/E ou Papanicolaou. 
A limitação desse método é a quantidade de material que é 
retirada, às vezes insuficiente para fornecer um diagnóstico preciso. 
No sentido de evitar a perda de células dentro da seringa, faz-se uma suspensão com solução 
fisiológica e em seguida uma centrifugação ou uma infiltração com membrana para confeccionar o 
esfregaço com o sedimento. 
 
 3
3.3. Biópsia de fragmento (Core Biopsy) 
Consiste na retirada de fragmentos de tecido alterado (retira-
se em média seis fragmentos, no caso de nódulos, e doze, no caso de 
calcificações; cada um medindo alguns milímetros). O procedimento 
pode ser orientado por ultra-som, mamografia ou ressonância, 
dependendo da densidade radiográfica da lesão a ser analisada, a sua 
localização e as dimensões, tanto da lesão como da mama a ser 
examinada. O tecido é obtido através de uma agulha conectada a uma 
pistola especial (a agulha é um pouco mais grossa que a de 
aspiração), sendo feita uma anestesia local antes da coleta do material e os fragmentos são processados 
e corados segundo técnicas histopatológicas. Esse tipo de biópsia não requer internação hospitalar e 
não deixa cicatrizes. Como permite a retirada de quantidades maiores de tecido mamário, possibilita o 
diagnóstico preciso da lesão na grande maioria dos casos. 
 
 
3.4. Esfregaços por impressão (imprinte) de amostras de biópsia 
O citodiagnóstico rápido com esfregaços por imprinte são de grande valor como auxiliar no 
diagnóstico de cortes obtidos por congelação. O esfregaço é preparado pressionando-se a superfície 
recém-recortada sobre uma lâmina de vidro limpa. Deve-se fixar imediatamente para evitar que o 
material resseque. 
4. DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA 
 
4.1. Mastite aguda 
A mulher no puerpério e na lactação é suscetível a infecções 
bacterianas. A inflamação aguda com edema, vermelhidão e dor pode ser 
diagnosticada facilmente pelos sinais clínicos. Uma secreção purulenta 
do mamilo não é infreqüente 
Citologia → Mostra numerosas células de pus com restos 
necróticos 
Embora o cítodiagnóstico de mastite não seja difícil, a 
diferenciação entre mastite aguda e carcinoma inflamatório é um problema clínico. 
 
 
4.2. Doença fíbrocística (displasia mamária ou hiperplasia cística) 
É a doença mais comum da mama. Inicia-se entre os 20 e 40 anos, com 
máxima sintomatologia antes da menopausa. As causas incluem excesso de 
estrógenos ou uma maior resposta do tecido mamário aos estrógenos 
circulantes. 
A doença fibrocística tem comportamento benigno, contudo, quanto 
mais acentuados os fenômenos proliferativos do epitélio, maior o risco de 
transformação carcinomatosa. Os fatores de risco podem incluir hereditariedade 
e hábitos alimentares (como o consumo excessivo de gordura e cafeína). 
 
 
• Histologia: 
A doença fibrocística caracteriza-se por: 
- hiperplasia do estroma e do epitélio mamário, em proporções 
variáveis. 
- fibrose do estroma interlobular e intralobular 
- presença de cistos pequenos ou volumosos, derivados de ácinos, 
e cujo epitélio de revestimento apresenta a metaplasia apócrina. 
 
 
• Citologia: 
É caracterizada por: 
 
 - arranjocelular sugestivo de ramificações 
papilíferas; 
- núcleo redondo ou oval, ocasionalmente 
achatado, localizado na periferia, com bordas 
delicadas e homogêneas e cromatina uniforme, 
evidenciando 1 ou 2 nucléolos nítidos. 
)A associação de metaplasia apócrina e 
descamação de várias células espumosas é 
sugestiva de displasia mamária. 
 
4.3. Papiloma intraductal 
É um tumor menos freqüente da mama feminina, localizado próximo ao mamilo. Decorre de 
proliferação do epitélio dos ductos ou seios lactíferos, formando projeções papilíferas na luz que 
podem preencher o ducto e têm capacidade de secretar. As secreções podem dilatar o ducto, formando 
um cisto contendo secreção sanguinolenta. O tumor é benigno, não sendo 
considerado precursor de carcinoma. 
 
• Citologia: 
Na secreção sangüinolenta acham-se colunas alongadas ou agrupamentos 
arredondados de células epiteliais com o núcleo ovóide, hipertrófico, misturadas 
com várias células espumosas (mioepiteliais). A vacuolização do citoplasma é um 
dado a favor de papilomatose ductal. 
4.3. Fibroadenoma 
É o tumor benigno mais comum da mama 
feminina, ocorre durante a idade fértil e é composto 
por estroma fibroso e glândulas. O tumor forma 
um nódulo bem delimitado do tecido mamário 
adjacente, notando-se uma delicada cápsula fibrosa. 
 4
 
• Histologia: 
O componente epitelial forma túbulos 
ramificados e dilatados, em meio ao estroma, não 
se organizando em lóbulos. Apresenta estroma frouxo, composto por 
células estreladas separadas por material intersticial levemente basófilo. 
 
O componente epitelial é formado por dupla população celular 
(células epiteliais e mioepiteliais) como no tecido mamário normal. As 
células epiteliais secretam o leite (nos lóbulos) ou o conduzem (nos 
ductos). A dupla população é um importante elemento a favor da 
benignidade do tumor. 
 
• Citologia: 
Camadas planas de células 
epiteliais uniformes, dispostas 
ordenadamente (em colméia). O 
núcleo é redondo ou oval, de 
tamanho homogêneo e com uma 
delicada e lisa membrana nuclear. 
O arranjo da cromatina é delicado, com uma distribuição uniforme. 
 
 
5. CÂNCER DE MAMA 
Câncer de mama (predominantemente carcinomas) é o câncer mais comum em mulheres e a 
principal causa de morte por câncer em mulheres nos EUA e no Brasil, em algumas regiões. 
Sua etiologia é desconhecida, mas muitos dos fatores de risco, implicam em prolongada 
exposiçao à estrógeno endógeno (ou estrógeno em excesso) 
O câncer de mama freqüentemente apresenta o nódulo ou 
espessamento como sinal clínico mais comum. Ao toque, apresenta-
se endurecido, irregular e pouco móvel. Pode haver também 
alterações no aspecto da pele, além de secreções diversas através do 
mamilo 
 
5.1. Fatores de risco 
a) história familiar de câncer mamário; 
b) história pessoal de câncer de mama anterior; 
c) alterações genéticas (mutações); 
d) doença mamária benigna anterior (hiperplasia ductal e lobular atípica); 
e) densidade da mama (detectável à mamografia ); 
f) primeira gestação completa tardia (após os 30 anos ); 
g) nuliparidade (ausência de gestação); 
h) obesidade; 
i) vida sedentária; 
j) menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 anos ); 
k) menopausa tardia (após os 55 anos ); 
l) não-lactação; 
m) alimentação rica em gorduras de origem animal; 
n) exposição prévia à radiação ionizante; 
o) uso prolongado de anovulatórios; 
p) reposição hormonal (discutível); 
q) idade (após os 40 anos); 
r) raça (branca - mais suscetível segundo as estatísticas); 
s) tabagismo (proporcional ao consumo); 
t) alcoolismo (proporcional ao consumo); 
x) doença tireoideana prévia. 
 
5.2. Prevenção 
As perspectivas atuais de prevenção do carcinoma de mama baseiam-se em três áreas 
principais: 
I- Mudança do estilo de vida reduzindo sempre que possível os diversos fatores de risco (dieta, 
atividade física, redução da exposição ao estresse, etc. ); 
II- Acesso a informações e testes genéticos (permitindo conhecer a real importância do câncer 
familiar); 
III- Surgimento de meios para a quimioprevenção 
(medicamentos potencialmente capazes de inibir o crescimento 
do câncer quando descoberto antes de sua fase infiltrante). 
 
5.3. Histologia 
 
A grande maioria corresponde ao tipo carcinoma ductal 
invasivo, que é um tumor 
pouco diferenciado. As células 
formam cordões sólidos que 
infiltram difusamente o tecido 
mamário. É característico que 
haja extensa proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que 
dá ao tumor consistência dura na macroscopia. Na periferia, o tumor é 
mal delimitado e sem cápsula, infiltrando o tecido adiposo e o tecido 
mamário pré-existente. 
 
 5
5.4. Citologia 
As células malignas de origem ductal na secreção mamária 
mostram as mesmas características citológicas, independentemente da 
infiltração além da membrana basal dos ductos. 
 6
 
Citologicamente, estas 
células cancerígenas revelam 
características de malignidade 
próprias de padrões 
glandulares, tais como 
- hipercromatismo, 
- aumento nuclear com 
distribuição irregular da 
cromatina, 
 
- relação núcleo-citoplasmática aumentada, 
- macronucléolos 
- multinucleação 
 
Achados gerais, tais como: 
- intensa celularidade (em grupos e células isoladas)e diáteses tumorais. 
- tridimensionalidade nos grupos celulares, com células 
desprendidas em seus bordos. 
 
- células de tamanhos variáveis ora amoldadas com citoplasmas 
mal definidos, as vezes vacuolizados (células em anel de sinete) 
- figuras de "canibalismo" e de mitose. 
- ausência de células mioepiteliais 
- estroma adiposo aderido a grupos de células tumorais

Outros materiais