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Medicina - 4º Semestre - Ana Paula Cuchera, Eduarda Costa e Karen Tokitaka 9 de nov. de 2022 Anatomia dos testículos - O aparelho reprodutor masculino é composto pelos: ● Testículos ● Ductos genitais ● Glândulas acessórias ● Pênis - Testículos → são órgãos pares, esbranquiçados e ovóides - Tem aproximadamente 4 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro - Caminho do espermatozóide: 1- Túbulos seminíferos → envolto por tecido conjuntivo frouxo para proteção e nutrição 2- Túbulos retos → saída do seminífero 3- Rede testicular → é intratesticular 4- Ducto epididimário → é a unidade 5- Epidídimo → é o conjunto. ● Ele é afetado primeiro na infecção, pois a bactéria faz caminho inverso ● Doença infecciosa vem pela: ○ Uretra ○ Rim ○ Vesícula biliar 6- Ducto deferente → caminho ascendente para o espermatozóide 7- Ampola → se abre para a uretra 8- Uretra → dividida em ● Prostática ● Membranosa ● Esponjosa OBS! Células germinativas → localizadas nos túbulos seminíferos - Lá é onde tem mais neoplasias pela quantidade de divisão celular - Túnica albugínea → está envolta dos túbulos seminíferos (não é o saco escrotal) ● Responsável por proteger os túbulos seminíferos ● Ela se projeta e divide em lóbulos os túbulos seminíferos ● Composta por tecido conjuntivo denso não modelado - Túnica vaginal → protege junto com a túnica albugínea - Células do túbulo seminífero: - Células epiteliais germinativas → ela podem ter 3 funções diferentes: ● Dar origem aos espermatozóides ● Protetivas ● Armazenamento de andrógenos fracos → influência na maturação OBS! Não é estratificado, é apenas camadas de células diferentes ou em estágios diferentes 1 - Células dos túbulos: - Células de Leydig → produção de testosterona ● Envoltas por tecido conjuntivo - Células de Sertoli → Está em contato com a camada basal. Tem com função: ● Controle da maturação e da migração das células germinativas (quando maduras caem no lúmen) ● Síntese de proteínas e esteróides → envolvidas no controle da passagem das secreções entre compartimentos tubulares e intersticiais ● Formam a barreira hemato-testicular Célula germinativa → espermatogônias → espermatócito I → espermatócito II → espermátides (mais alongadas) → espermatozóides - Espermatócito → núcleo corado, menos denso e maior que as espermatogônias - Células mióides → na camada basal - estão em contato direto com essa camada, sendo células de tecido conjuntivo especializado ● Tendo função contrátil, fazem contração dos túbulos seminíferos OBS! Essas células não estão muito sujeitas a radiação ou toxicidade química física ou biológica → muito protegida - Neoplasias em pessoas jovens → pois é quando as células estão se proliferando - Doenças que retardam crescimento do espermatozóide → não dá para perceber células diferenciadas, só é possível ver espermatogônia na puberdade OBS! Na puberdade já era para ter espermatozóides 2 Regulação hormonal dos testículos - Testiculo responde ao LH e FSH que estimulam células diferentes ● LH → estimulam células intersticiais de Leydig ○ Estimula a produzir testosterona ○ O LH precisa ser atraído para dentro do túbulo e para isso, precisa que o FSH estimule as células de Sertoli que produzem uma proteína ABP ○ ABP são liberadas no lúmen do túbulo seminífero e acaba atraindo testosterona para essa região ● FSH → estimulam as células de Sertoli ○ Essas produzem a proteína ABP que atrai testosterona ○ Células de sertoli antes da puberdade não produzem ABP em alta quantidade pois não tem pico de FSH ○ Sem pico de FSH, essas células ficam produzindo inibina responsável por inibir o FSH - Epitélio dos túbulos: - Epitélio germinativo → túbulo seminíferos - Epitélio cúbico → túbulos retos até rede testicular - Epitélio colunar → depois da rede testicular Ducto epididimário → Ducto epididimário → tem função de armazenar os espermatozóides enquanto eles amadurecem e desenvolvem motilidade ● Epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios ● Estereocílios → corpos residuais ficar retidos nos estereocílios ○ Imóvel ○ Encontrado apenas em algumas regiões OBS! Em volta das estruturas tem o interstício com células musculares lisas que também ajudam na contratação do epidídimo para expulsão dos espermatozóides Ducto deferente - Mucosa → epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios e lâmina própria (voltada para o lúmen) - Camada de músculo liso → muito grande para contrair, para ir contra a gravidade e dar propulsão para a ejaculação OBS! Principal característica → no deferente o lúmen é pequeno (diferente de outras estruturas), isso ocorre pois a camada muscular é enorme e toma conta da estrutura tubular, deixando o lúmen estreito 3 Criptorquidia - Processo da falha de descida dos testículos ou testiculo (sendo unilateral) para a bolsa escrotal - Isso ocorre por distúrbios na migração normal do órgão do abdome até a bolsa escrotal - Em cerca de 75% dos pacientes, a criptorquidia é unilateral. - Encontrada em 1% dos meninos de 1 ano - Geralmente tem uma alteração, podendo ser anomalia isolada ou acompanhada de hipospádia (abertura anormal da uretra) → ambas estão relacionadas, mas o desenvolvimento delas é diferente Causa/etiologia: ● Causa desconhecida → maioria dos casos ● Fatores mecânicos → exemplo: malformações do anel inguinal (região por onde ele desce) ● Genéticos → exemplo: trissomia do 13 (Síndrome de Patau - geralmente bilateral) ● Hormonais → deficiência do hormônio liberador do LH Processo: - Os testículos tem que descer do abdome até a bolsa escrotal, passando pela região inguinal - Mas em caso de criptorquidia, essa descida é falha por conta de distúrbios na migração até a bolsa escrotal - A migração ocorre por fatores hormonais durante desenvolvimento embrionário - Cada testículo migra de maneira diferente, por isso a criptorquidia geralmente é unilateral (quando esporádica), quando tem síndrome genética costuma ser bilateral Descida testicular ocorre em 2 etapas: - Fase transabdominal → o testículo vem ficar situado no abdome inferior ou na borda pélvica ● Mais raro, com um pior prognóstico - Fase inguino escrotal → os testículos descem pelo canal inguinal até a bolsa escrotal ● Mais comum → ficam presos no canal inguinal Problemas de um testiculo fora do escroto/criptorquidia: 1. Temperatura → o testiculo tem que estar a mais ou menos 35ºC (temperatura do escroto) - A variação de temperatura brusca afeta o funcionamento - Dificulta a diferenciação e maturação dos espermatozóides 2. Falta de proteção → pode ter problemas mecanismos por falta de proteção da bolsa OBS! Se o paciente tem 10 anos, o desenvolvimento na criptorquidia será ruim, as células não estarão em etapas de diferenciação (não matura) → paciente desenvolve atrofia da região germinativa 4 Macroscopia: ● Desenvolvimento de atrofia da região germinativa (os outros túbulos não terão muitos problemas) ● Tamanho pequeno ● Consistência firme → pela alterações fibróticas Microscopia: ● Túbulos atróficos ● Células em idade germinativa que não é compatível com a idade do paciente - Células normais de um paciente que ainda nao chegou no processo germinativo (não chegou na puberdade X paciente atrófico: ● Membrana basal mais espessa ○ Devido a hialinização ● Muita célula de Sertoli ● Célula de Leydig normal OBS! Como as célula de Leydig estão normais, o paciente não tem problema com a produção de testosterona Sinais e sintomas: ● Assintomático ● Saco escrotal vazio ● Esterilidade e outras morbidades → desenvolvem infertilidade, pois as células germinativas sofrer por temperatura inadequada ou esmagamento ● Testículo no canal inguinal fica particularmente exposto a trauma e lesões por esmagamento ● Maior risco de desenvolvimento de câncer testicular do que o testículo decido OBS! Diagnóstico vem por exame, mostrando saco escrotal vazio - Mas normalmente o exame físico já é feito na sala de parto → assim que o bebê nasce já faz o diagnóstico 5 Tratamento: - Até 6 meses → maioria dos que ficam no canal inguinal descemespontaneamente - Mais de 6 meses → a probabilidade de descer sozinho é quase nula assim, faz correção cirurgia ● Essa cirurgia deve ser feito no máximo em 2 anos, antes da deterioração histológica ● Orquidopexia → colocação na bolsa escrotal (não garante fertilidade) ● Depois de 2 anos fica mais fácil a ter uma neoplasia - Sem fazer manobra para descida → infertilidade (por temperatura ou traumas mecanismos) Infertilidade - Podem ocorrer por várias causas: ● Criptorquidia ● Atrofia testicular → pode vim pela criptorquidia ou hormonais ● Complicações da orquiepididimites (inflamação ou processo infeccioso) ● Desbalanço hormonal ● Varicocele (dilatação das veias) → dificulta a drenagem e fica edemaciado OBS! O ideal é que o paciente faça biópsia para ver se tem infertilidade Inflamação ● Epididimites → acomete Epidídimos (mais comum) ● Orquites → acomete testículos ● Orquiepididimites → acomete tanto o epidídimo como o testículos OBS! É mais fácil acometer o epidídimo, pois primeiro chega lá Doenças geradoras: ● Infecções do trato urinário por bactérias (ITU bacteriana) ○ Gonorreia ○ Infecção por E. coli ○ Clamídia ● Viral ○ Caxumba ● Tuberculose OBS! Geralmente DST e ITU acometem pessoas com mais de 35 anos Apresentação clínica: ● Dor → maior sensibilidade ● Aumento do volume → testiculo e epididimo ● Infertilidade → pois tem destruição e fibrose na região ● Epidídimo é afetados primeiro, depois o testiculo ○ Exceção: sífilis, pois faz o caminho contrário ● Infecção bactérias: ○ Inflamação purulenta (pois é uma inflamação aguda) ○ Sinais cardinais Pode ser dividida em: - Epididimite Aguda: ● Apresentam dor e aumento de volume do epidídimo ● Infecção bacteriana → geralmente tem esse padrão agudo, com edema e pus 6 ● Na microscopia, encontram-se: ○ Congestão ○ Edema ○ Exsudato fibrinopurulento nos túbulos e estroma ● Infecção viral → também podem causar epididimite aguda, com infiltrado inflamatório é predominantemente linfocitário ○ Quem combate vírus é linfócito ○ Não tem neutrófilo ● Epididimite causada pelo vírus da caxumba evolui para orquite (geralemnte é pelo vírus da caxumba) - Epididimite Crônica: ● Em geral resulta da evolução de epididimites agudas não curadas ● Ou seja, se infecção não se resolve com o processo inflamatório agudo terá o desenvolvimento de inflamação crônica ● O epidídimo torna-se endurecido ● Contém infiltrado linfocitário (por ser crônico) e fibrose no estroma ● Epididimites crônicas podem ser granulomatosas → mais comum em casos de tuberculose ou autoimune Inflamação - Tuberculose - Infiltrado linfocitário → forma granuloma - Necrose caseosa → causada pela tuberculose (padrão muito característico) - Quase invariavelmente começa no epidídimo, de onde ela pode se disseminar para o testículo ● A única exceção que não é dessa maneira é a sífilis - A infecção inicia as reações morfológicas clássicas de inflamação granulomatosa caseosa Macroscopia: ● Aspecto amolecido liquefeito Microscopias: ● Massa em torno do patógeno liquefeita ● Granuloma, que é o macrofago gigante ○ Estão em volta do patógeno 7 OBS! Granuloma sem TB = granuloma autoimune (não se sabe a causa) - O granuloma se forma em torno do patógeno, quando é tuberculose - Já quando a TB é autoimune não tem patógeno (grande diferença) Inflamação - Gonorreia - Causada pela Neisseria gonorrhoeae - Extensão da infecção da uretra posterior para a próstata, vesículas seminais e para o epidídimo → evolução comum de uma infecção gonocócica negligenciada - Caráter supurativo, exsudato purulento com fibrina ● Abscessos do epidídimo podem se desenvolver, levando a grande destruição e cicatrizes ● Pode também, disseminar para o testículo e produzir orquite supurativa - Sinais cardinais da inflamação aguda - Formação de abcessos - Grande destruição Macroscopia: ● Túbulos destruídos ● Necrose liquefativa-supurativa (bastante pus) Inflamação - Sífilis - Infecção ocorre tanto na sífilis adquirida quanto na congênita - Ela acomete primeiro testiculo e depois epididimo ● Quase invariavelmente testículo é envolvido inicialmente, e em muitos casos o epidídimo é poupado por completo, não é afetado Padrão morfológico da reação tem 2 formas: 1. Produção de gomas 8 2. Infiltrado inflamatório difuso ● Causado pela alteração do mesotélio ● Agregado muito denso de linfócitos e plasmócitos ● Não vai ter um padrão tão purulento como na gonorreia ● Endarterite → processo de alteração de mesotélio ○ Na sífilis ela vai ser uma endarterite obliterante envolta por denso agregados linfocitose plasmócitos Doenças vasculares 1- TORÇÃO TESTICULAR - Mais Importante - Quando tem uma rotação na região que pega os vasos e com isso, há uma interrupção drenagem venosa que está irrigando o testículo - Congestão e um infarto venoso (rotação do pedículo com infarto venoso) ● Congestão → sangue parado ● Infarto → pois não consegue drenar e nem suprir a região dos testículos - Necrose → devido ao infarto (interrupção vascular), processo muito rápido - perda do testículo - Mais comum em crianças e adolescentes - Escroto agudo → dor intensa é o principal sinal agudo - Tratamento → precisa ser muito rápido ● Há interrupção da vascularização → congestão → edema → geração de necrose → perda do testículo Cirurgia: ● Fazer a distorção → antes de necrosar ● Sutural na bolsa escrotal → para fixar e não torcer novamente ● Sutura dos dois lados → para não acontecer do outro lado também, pois a probabilidade de acontecer é grande 2- HIDROCELE ● Acúmulo de líquido na túnica vaginal (entre a bolsa escrotal e o escroto) ● Pode causar por processo de alteração vascular Neoplasias - 95% dos tumores surge de epitélios germinativos ● Devido a proliferação constante dos epitélios germinativos → proliferação que acontece normalmente das células ● Localizados nos túbulos germinativos 9 - Ocorre em pacientes mais jovens - Principal fator de risco: Criptorquidia - Altamente malignos, mas curáveis 2 classes de tumores germinativos: 1. Seminomas puros ● Grupo de neoplasias derivadas das células de linhagem germinativas ○ Clássico ○ Espermatocítico 2. Tumores não seminomatosos ● Ainda são tumores germinativos, mas não se sabe qual a células que dá origem ○ Algumas com características de células embrionárias ○ Prognóstico ruim 3. Tumores mistos Etiopatogênese: ● Histórico familiar deste tumor (4x em pais ou filhos de pacientes afetados e 8x a 10 x maior em irmãos) ● Lesões e traumas na bolsa do escroto ● Criptorquidia → na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos ● Falta de higiene e exposição a carcinógenos (agrotóxicos) ● Neoplasia de células germinativas intratubulares → lesões pré-neoplásicas, derivando do túbulos germinativo ○ Com exceção dos tumores pediátricos do saco vitelino e teratomas, e seminomas espermatocíticos ● As neoplasias têm características importantes: ○ Expressão contínua de duas proteínas que são presente no período embrionários ■ OCT3/4 ■ NANOG ○ Duplicação do braço curto do cromossomo 12 ○ Mutação nos receptores ■ Tirosina-cinase KIT (CD117) → ativa vias do fator de crescimento, como: AKT e RAS ■ BAK → proteína que ativa a apoptose, e está diminuída nesses tumores Sinais e Sintomas: ● Nódulo duro e indolor (clássico) ● Pode passar de 5 cm, mas geralmente são pequenas → tamanho de uma ervilha ● Alteração do tamanho do testiculo → pode aumentar ou diminuir ● Endurecimento → pelo aumento de fibrose nessa região ● Dor imprecisa na parte de baixo do abdômen → pela massa tumoral comprimir estruturas adjacentes como vasos e nervos (a massa em si não dói) ● Sangue na urina → quando apresentar, a massa vai ta bastante evoluída ● Aumento ou sensibilidade dos mamilos → altera hormônios como: testosterona e ligantes de andrógeno 10 Detecção precoce: ● Pessoas com sinais e sintomas: investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos (exame de imagem, ultrassom para ver a massa) ● Pertencentes ao grupo de risco:exames periódicos (rastreamento - sem evidência de benefícios) ● Autoexame dos testículos → palpação (exame de toque) Diagnóstico: ● Ultrassom do escroto ● Dosar marcadores tumorais no sangue → para conseguir detectar o tipo de neoplasia Tratamento: ● Cirurgia → tira tudo ○ A função sexual não é alterada desde que o outro testículo esteja saudável ● Radioterapia e quimioterapia 1- Seminomas ☆ - “Seminoma” se refere ao seminoma “clássico” → se não fala qual tipo é, consideramos o clássico - Tumores seminomatosos → compostos por células que lembram as germinativas primordiais ou os gonócitos primordiais - Aumento do cromossomo do braço curto 12 (12p) e expressão o OCT3/4 e NANOG -Pode ser puro ou misto ● Puro: prognóstico melhor → mais frequente 50% ● Misto: prognóstico pior ○ β-hCG no sangue (gonadotrofina coriônica) - precisa dosar esse hormônio constantemente, pois soltam quando acompanhados de sinciciotrofoblastos (característica dos mistos) - Frequente em pessoas jovens, entre 40 e 50 anos (4 e 5 década de vida) Macroscopia: ● Não tem necrose e hemorragia ● Branco-acinzentado, homogêneo ● Consistência mole e áreas amareladas ● Geralmente até 5 cm Microscopia: 11 ● Lençol de células uniformes → primeira imagem, lado direito ● Pouco pleomorfismo ● Células de núcleo grande → com nucléolo evidente e geralmente tem mais de um, difícil de perceber citoplasma de maneira nítida em algumas ● Citoplasma claro ou de aspecto hidrópico ● Divididos por finos septos de tecido fibroso, contendo infiltrado linfocítico em volta dos lençóis de células ● Positivo para: ○ KIT ○ OCT4 ○ PLAP → fosfatase alcalina placentária 2- Seminomas Espermatocíticos - Mais raro em relação aos classicos - Ocorre em células germinativas de crescimento lento - Afeta pessoas mais velhas, de mais de 65 anos ● Isso ocorre pois ele é um tumor de crescimento lento que não produz metástases - Prognóstico é excelente (melhor que o clássico) → crescimento mais “arrastado” - Tem origem extratesticular em algumas vezes e não está relacionado com neoplasias intra tubulares Macroscopia: ● Aspecto cistos mucóides ● Cor translúcida/brilhosa ● Superfície de corte mole, acinzentada e pálida Microscopia: - Tumor “meio” misto, tendo 3 tipos de células em um tecido só e misturado: 1. Células de tamanho médio → as mais numerosas, contendo um núcleo redondo e citoplasma eosinófilo 2. Células menores → com uma fina borda de citoplasmas eosinófilo semelhante aos espermatócitos secundários 3. Células gigantes dispersas → uni ou multinucleadas OBS! Não possuem linfócitos, granulomas , sinciciotrofoblastos, locais de origem extratesticular, mistura com outros tumores de células germinativas e associação com ITGCN (neoplasia intracelular) 12 3- Carcinoma Embrionário - Não Seminomatosos → tem característica mais embrionária - Pior prognóstico entre os tumores germinativos testiculares → Raro - Frequentemente na forma de tumor misto - Predomínio nas 2 e 3 décadas de vida → jovem Macroscopia: ● Pouco delimitado ● Áreas de necrose e hemorragia ● Estrutura de nódulo de cor não homogênea ○ Vermelho → hemorragia ○ Branco → necrose Microscopia: ● Lembra uma estrutura glandular rudimentar → células crescem em padrão alveolar ou tubular ● Lesões mais indiferenciadas podem exibir lençóis celulares ● Varia quantidade de células neoplásicas → quanto mais tiver, pior prognóstico ● São grandes e anaplásicas (sem padrão) ● Possuem núcleos hipercromáticos com nucléolos proeminentes Características: ● Positivos para Citoqueratina e CD30 ● São negativos para c-KIT 4- Tumor do aco vitelínico - Células do saco vitelino, que podem ter vindo de restos do saco vitelínico - Puro → crianças, mais frequente em crianças de até 3 anos de idade - Misto → adultos, com carcinoma embrionário) - Marcador tumoral: aumento de alfa-feto proteína sérica (no sangue) ● Esse marcador é secretado em vários tumores, mas o tumor de saco vitelínico é o mais comum 13 Macroscopia - De tumor misto: ● Aspecto mucinoso amarelado ● Homogêneo de aspecto cístico - No tumor da imagem: ● Tumor de saco vitelino (60%) ● Carcinoma embrionário (25%) ● Tipos teratoma (15%) Microscopia: ● Corpos de Schiller-Duval → cordão de células que no centro forma uma estrutura vascular ● Trama rendada (reticular ou cordão) de células cubóides ou aplainadas de tamanho médio (com células maiores e outras menores) ● Estruturas papilares, cordões sólidos de células e uma enormidade de outros padrões menos comuns podem ser encontrados Teratoma - Teratoma maduro (benigno) → mais frequente em crianças - Teratoma imaturo (maligno) → mais frequente a partir da puberdade - Apresentam componentes de mais de uma camada germinativa - Característica macroscópica: heterogêneos ● Sólidos ● Cartilagem ● Áreas císticas 14