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Auguste Comte
Auguste Comte foi um dos mais importantes filósofos e sociólogos franceses.
Atribui-se a ele a criação da disciplina Sociologia, bem como a corrente filosófica, política e científica conhecida como Positivismo.
Sua contribuição teórica ainda é importante, com o conceito político da "Lei dos Três Estados".
Principais Ideias
É importante salientar que Comte viveu sob a égide da Revolução Francesa, bem como da ciência moderna e da Revolução Industrial.
Portanto, seus ditos e escritos são referentes as intensas transformações sociais, econômicas, políticas, ideológicas, tecnológicas e científicas decorrentes da consolidação do capitalismo.
Nesse contexto, ele percebeu que os fenômenos sociais deveriam ser percebidos como os outros fenômenos da natureza.
Isso porque eles eram apenas um tipo específico de realidade teórica, o que implica que devem ser enunciadas em termos sociais.
Ele cunha o termo "sociologia", para designar uma doutrina social baseada em princípios científicos, dividindo-a em dois campos:
Os estudos das estatísticas sociais para a compreensão das forças que mantêm a coesão social;
As dinâmicas sociais em si, para o estudos das causas das mudanças sociais.
Portanto, a "Física Social" ou "Sociologia", partiria dos princípios da observação, experimentação, comparação e classificação enquanto métodos.
Ela tinha como finalidade tudo o que é "positivo", ou seja, o real, o útil, o certo, o preciso, o relativo, o orgânico e o simpático.
Daí surge a outra contribuição de Comte: o Positivismo. Ou seja, a visão pela qual a análise dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos e pesquisa suas leis, uma vez que são fenômenos observáveis.
O positivismo pregava um modelo de sociedade organizada, na qual o poder espiritual não mais prevaleceria, ficando o governo à cargo dos sábios e cientistas.
Este novo método geral para a ciência caracteriza-se pela observação em aliança com a imaginação. Estão sistematizadas, por sua vez, segundo princípios adotados pelas ciências exatas e biológicas.
Contudo, vale notar também, o fato de Comte perceber que cada tipo de fenômeno possui suas particularidades. Isso implica dizer que há um método específico de observação para cada fenômeno.
Outra importante criação de Auguste Comte foi a "Religião da Humanidade", com bases teológicas e a metafísicas. Isso tudo, reconhecendo a preponderância do papel histórico desempenhado pelos estágios provisórios da Humanidade, previsto na "Lei dos Três Estados".
Seu pensamento influenciou pensadores da grandeza de Karl Marx, John Stuart Mill, George Eliot, Harriet Martineau, Herbert Spencer e Émile Durkheim.
Criador do termo “altruisme” (autruísmo), a filosofia de Comte para a humanidade se resumiria em "vivre pour autrui" (viva pelos outros).
Lei dos Três Estados
A "Lei dos Três Estados" representam as fases necessárias para a evolução humana, onde cada uma delas teria suas abstrações, suas observações e sua imaginação próprias.
A observação da evolução das concepções intelectuais da humanidade seguiria o estado 'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'científico' ou 'positivo'.
No primeiro, os fatos observados seriam explicados pelo sobrenatural, ou seja, entidades (Deus ou deuses), as quais comandaria os fatores que compõem a realidade.
No segundo estágio, a realidade seria pesquisada diretamente, mas ainda haveria a presença do sobrenatural (a natureza, o éter, o Povo, o capital).
No terceiro e último estágio evolutivo, o apogeu da humanidade, os fatos seriam explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente positiva.
Nesse viés, o fator absoluto é substituído pelo fator relativo, pois tudo seria relativo, exceto a lei absoluta da relatividade.
O lema de Auguste Comte “Amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo” fundamentou os dizeres da bandeira do Brasil “Ordem e Progresso”.
Positivismo
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX.
Ela defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro.
A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas, como das leis da física, das relações sociais e da ética.
É notável, no positivismo, duas orientações:
a orientação científica, que busca efetivar uma divisão das ciências;
a orientação psicológica, uma linha teórica da sociologia, a qual investiga toda a natureza humana verificável.
A corrente positivista promove o culto à ciência, o mundo humano e o materialismo em detrimento da metafísica e do mundo espiritual.
História do Positivismo
O termo positivismo foi utilizado como conceito pela primeira vez para designar o cientificismo enquanto método, pelo filósofo francês, Claude-Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon (1760-1825).
Porém, será Auguste Comte (1798-1857), seu discípulo, quem irá se apropriar do termo para denominar sua corrente filosófica.
Sua obra fundamental, o "Curso de Filosofia Positiva", escrito entre 1830 e 1842, é o tratado metodológico positivista.
Vale destacar que Comte viveu no contexto do fim do iluminismo e ascensão do cientificismo, no qual existe a crença de que força do intelecto tudo pode.
Contudo, como morreu alguns anos antes de Darwin publicar “A Origem das Espécies” (1859) e Marx escrever “O Capital” (1867-1894), ele não se influenciou pelas ideias desses autores.
Enquanto doutrina filosófica, sociológica e política, o positivismo tem a Matemática, a Física, a Astronomia, a Química, a Biologia e também a Sociologia como modelos científicos. Isso porque estas se destacam segundo seus valores cumulativos e transculturais.
Por outro lado, podemos dizer que o positivismo é a “romantização da ciência”. Ele deposita sua fé na omnipotência da razão, apesar de estabelecer os valores humanos como diametralmente opostos aos da teologia e a metafísica.
É também uma classificação totalmente cientificista do conhecimento e da ética humana, onde se desconfia da introspecção como meio de se atingir o conhecimento.
Assim, não há objetividade na informação obtida, tal como nos fenômenos não observáveis. Estes seriam inacessível à ciência, uma vez que ela somente se fundamenta em teorias comprovadas por métodos científicos válidos.
Desse modo, a experiência sensível seria a única a produzir dados concretos (positivos), a partir do mundo físico ou material.
A metodologia básica positivista é a observação dos fenômenos. Dela, se privilegia a observação à imaginação dos fatos, desconsiderando completamente todo conhecimento que não possa ser comprovado cientificamente.
Por fim, vale dizer que a ideia-chave do Positivismo Comtiano é a "Lei dos Três Estados", a saber:
o Teológico, onde o ser humano busca explicação para a realidade por meio de entidades supranaturais;
o Metafísico, do qual os deuses são substituídos por entidades abstratas, como "o Éter", para explicar a realidade;
o Positivo da humanidade, donde não se explica o "porquê" das coisas, mas sim o "como", a partir do domínio sobre as leis de causa e efeito.
Durkheim
Émile Durkheim nasceu em Épinal, na Lorena, no dia 15 de abril de 1858 e aos 21 anos de idade, ingressou na Escola Normal Superior de Paris, onde se graduou em Filosofia no ano de 1882, sob a tutela de Fustel de Coulanges.
Seus trabalhos teóricos começaram quando ingressou Universidade de Burdeux como professor de pedagogia e ciência social. A partir daí irá desafiar a sociedade acadêmica ao instituir um novo campo do saber: a Sociologia.
Publicou centenas de estudos sociais, acerca de temas como educação, crimes, religião e suicídio, até morrer em Paris em 15 de novembro de 1917, onde encontra-se enterrado no Cemitério do Montparnasse.
Além de ser o fundador da "Escola Francesa de Sociologia", Émile Durkheim acumula mais alguns atributos, como constituir a Sociologia Moderna, ao lado de Max Weber e ser um dos responsáveis por tornar a sociologia uma disciplina acadêmica, ao conciliar a pesquisaempírica com a teoria, embasadas em rigorosos métodos.
Ao afirmar que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", ele coloca o objeto sociológico enquanto objeto científico, posto que considerasse que só a ciência e um novo paradigma racionalista poderiam conduzir a respostas acertadas frente as mudanças sociais cada vez mais rápidas.
A grosso modo, sua obra constitui uma “teoria da coesão social”, para responder como as sociedades poderiam manter a sua integridade e coerência na era moderna, enquanto dimensões como religião e etnia pareciam desmoronar.
Segundo ele, o homem seria um animal bestial que só se tornou humano na medida em que tornou-se sociável. Assim, podemos observar o procedimento de aprendizagem, o qual Durkheim chamou de "Socialização", como fator basilar na construção de uma “consciência coletiva”, estabelecida durante a nossa socialização.
Não obstante, um de seus principais argumentos foi o da determinança dos "fatos sociais", os quais nos ensinam como devemos ser sentir e fazer, pois o que as pessoas sentem, pensam ou fazem não dependem totalmente de suas vontades individuais, posto que seja uma conduta instituída pela sociedade. Aqui, três propriedades são cruciais: generalidade, exterioridade e coercitividade; estas são as leis que conduzem o comportamento social, ou seja, o que governa os fatos sociais.
Sua teoria também ficara conhecida como Funcionalista, uma vez que faz uma analogia com as funções do organismo, na medida em que a existência e a qualidade de diferentes partes da sociedade, decompostas pelos papéis que exercem para manter o meio social balanceado.
Ainda neste tema, seus conceitos básicos serão "instituição social" e "anomia". Assim, instituição social seria o conjunto de regras e artifícios uniformizados socialmente para conservar a organização do grupo e, por isso, são reacionárias por essência, (exemplo: família, escola, governo, polícia) e atuam perpetrando a oposição contra as mudanças, pela conservação da ordem.
Já a anomia seria uma situação em que a sociedade ficaria sem regras claras, sem valores e sem limites, e quando as mesmas podem ver-se incapazes de integrar determinados indivíduos estão dela afastados devido ao abrandamento da consciência coletiva. Este conceito foi utilizado, inclusive, para classificar os tipos de suicídio: suicídio altruísta, suicídio egoísta e suicídio anômico.
É de suma importância para ciência moderna sua obra "As regras do método sociológico" publicada em 1895, pois define uma metodologia de estudo que irá fundamentar toda área das ciências sociais. É aqui que estabelece as bases para a sociologia enquanto ciência, defendendo uma nova disciplina científica quando a legitimidade gerava desconfiança por grande parte dos seus pares.
O que é Fato Social?
O sociólogo Emile Durkheim (1858-1917) define fato social como os agentes reais ou o conjunto de maneiras que estão no centro focal de uma sociedade.
São os instrumentos sociais e culturais que determinam na vida de um indivíduo as maneiras de agir, pensar e sentir. Esses o obrigam a se adaptar às regras da sociedade.
A teoria está no cerne da sociologia funcionalista e estruturalista e podem ser normas sociais, valores, convenções e regras. Os fatos sociais existem independente da vontade do indivíduo, como explica Durkheim e são independentes.
A tese central de Durkheim aponta que o fato social está na percepção do indivíduo. De maneira grosseira, ela é condicionada por realidades sociais que impõem os limites do comportamento a ser aceito pela sociedade.
Características do Fato Social
O fato social deve atender a três características: a generalidade, a exterioridade e a coercitividade.
Generalidade
A generalidade ocorre quando os fatos sociais são coletivos e não individuais. Assim, atingem a toda a sociedade.
Exterioridade
A exterioridade é a característica que denomina os fatos sociais exteriores ao indivíduo e que já estão organizados quando ele nasce.
Coercitividade
A coercitividade está relacionada ao poder ou à força que os padrões da cultura de uma determinada sociedade são impostos aos integrantes. Essa característica obriga os indivíduos a cumprir os padrões culturais.
Exemplos de Fato Social
Fatos sociais são comportamentos simples do cotidiano, como tomar banho, pagar os impostos, ir a encontros sociais ou fazer compras.
Todas as ações são organizadas e obedecem a uma rotina, são respeitadas e têm poder real sobre o indivíduo. O fato social, conforme Durkheim, afeta toda a sociedade.
Karl Marx
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo, economista liberal, revolucionário alemão e um dos fundadores do socialismo científico. A obra de Marx influenciou a Sociologia, a Economia, a História e a até a Pedagogia.
Biografia
Karl Marx nasceu em 05 de maio de 1818 na cidade Treviris, na Alemanha, no meio de uma família acomodada.
Ingressou primeiro na Universidade de Bonn e mais tarde, transferiu para a de Berlim com o intuiro de estudar Direito. Abandonaria o curso para se dedicar ao estudo da Filosofia na mesma instituição.
Ali, sofreria a influência dos Jovens Hegelianos que criticavam especialmente a religião e o Estado.
Em 1842, trabalhando no jornal "Gazeta Renana" conhece Friedrich Engels, com o qual escreveria e editaria inúmeros livros. Mais tarde, a gazeta é fechada e Marx vai para Paris.
Também se casa com a filha de um barão, Jenny Von Westaphalien, com quem teria sete filhos e dos quais somente três chegariam à vida adulta.
Igualmente teve um filho com a militante socialista e empregada, Helena Demuth. A paternidade da criança seria assumida por Engels.
Os anos seguintes não seriam fáceis, pois Marx liderou publicações que criticavam duramente o governo alemão. Ele foi expulso da França e da Bélgica a pedido do governo alemão.
Graças a uma arrecadação de fundos feita pelos seus admiradores e amigos, Marx parte para Londres onde continua suas investigações.
Karl Marx adoece de uma inflamação na garganta que o impede de falar e alimentar-se normalmente. Em consequência de uma bronquite e problemas respiratórios, faleceu em Londres, no dia 14 de março de 1883.
Obras e Teorias
Com a colaboração do intelectual, também alemão, Friedrich Engels, Marx publicou o Manifesto Comunista.
Isso ocorreu às vésperas da Revolução de 1848 na França, a chamada Primavera dos Povos,
Nele, Marx critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário e termina com o apelo pela união dos operários no mundo todo.
Em 1867, ele publica sua obra mais importante, O Capital, onde sintetiza suas críticas à economia capitalista.
Esta coleção causaria nas décadas seguintes uma revolução na maneira de pensar a economia, a sociologia e demais ciências sociais e humanas.
Leia mais em Materialismo Histórico
Crítica ao Capitalismo
Para Marx, as condições econômicas e a luta de classes são agentes transformadores da sociedade.
A classe dominante nunca deseja que a situação mude, pois se encontra em uma situação muito confortável. Já os desfavorecidos têm que lutar pelos seus direitos e esta luta é que moveria a História, segundo Marx.
Marx pensava que o triunfo do proletariado faria surgir uma sociedade sem classes. Isto seria alcançado pela união da classe trabalhadora organizada em torno de um partido revolucionário.
Também defende a “mais valia” quando explica que o lucro do patrão é obtido a partir da exploração da mão de obra do trabalhador.
Socialismo Científico
Ao elaborar uma teoria sobre as desigualdades sociais e propor uma forma para superá-las, Marx criou o que se denominou: "socialismo científico".
Contra a ordem capitalista e a sociedade burguesa, Marx considerava inevitável a ação política do operariado, a revolução socialista, que faria surgir uma nova sociedade.
De início, seria instalado o controle do Estado pela ditadura do proletariado e a socialização dos meios de produção, eliminando a propriedade privada.
Na etapa seguinte, a meta seria o comunismo, que representaria o fim de todas as desigualdadessociais e econômicas, incluindo a dissolução do próprio Estado.
Em 1864, a fim de conjugar esforços, funda-se a "Associação Internacional dos Trabalhadores", em Londres, que ficou conhecida posteriormente como a Primeira Internacional.
A entidade expandiu-se por toda a Europa, cresceu muito e acabou dividida, depois de um longo processo de dissidências internas. Em 1876, ele foi oficialmente dissolvida.
O Marxismo
As reações dos operários aos efeitos da Revolução Industrial fez surgir críticos que propunham reformulações sociais. Eles sugeriam a criação de um mundo mais justo e foram chamados de teóricos socialistas.
Entre os vários pensadores, o mais célebre teórico socialista foi o alemão Karl Marx, com passagem pela França e pela Inglaterra. Marx testemunhou as transformações sociais decorrentes da industrialização.
Leia mais em Marxismo.
Influência do Marxismo
As teorias de Karl Marx influenciaram a Revolução Russa de 1917, além de teóricos e políticos, entre eles:
Lênin
Stálin
Trótski
Rosa Luxemburgo
Che Guevara
Mao Tsé-Tung
Cada um deles entendia a teoria marxista e a buscava adaptá-lo à sua realidade específica. Assim, temos o “marxismo-lenismo”, o “socialismo moreno”, etc.
Vários foram os governos que se proclamaram socialistas como a URSS, Cuba, Coreia do Norte, entre muitos outros.
Frases de Marx
"Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo".
"A produção econômica e a organização social que dela resulta, necessariamente para cada época da história, constituem a base da história política e intelectual dessa época".
"A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes".
"Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado".
"Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites".
Contexto Histórico: Resumo
Grandes transformações econômicas, políticas e sociais ocorreram na Europa no fim do século XVIII e início do século XIX.
Todas essas mudanças foram acompanhadas por teorias e doutrinas que buscavam condenar ou reformar a ordem capitalista burguesa.
Estruturaram-se então as teorias socialistas, vinculadas a um novo ramo da ciência, a economia política.
A Inglaterra era onde mais se verificava esta mudança. O país adquiria uma nova configuração social com a industrialização e o êxodo rural que forneceu a mão de obra das fábricas nas cidades.
Não existia nenhuma legislação trabalhista, as jornadas de trabalho nas fábricas, instaladas em locais insalubres, eram na maioria superiores a 14 horas. A miséria aumentava nas cidades.
Além das condições sub-humanas de trabalho, os operários enfrentavam enormes dificuldades em época de guerra. Neste período, a fome se disseminava pelo continente europeu, em consequência dos elevados preço dos gêneros alimentícios.
Mais grave ainda era o efeito provocado pelo emprego cada vez maior de máquinas no processo produtivo. Com isso, o trabalho humano ficava sujeito a receber uma remuneração cada vez menor.
O descontentamento só aumentava, à medida que cresciam as razões para os conflitos, prenunciando uma revolução social.
Surgiram as primeiras organizações trabalhistas, as trade unions, que buscavam organizar as lutas das classes operárias, sendo vistas como organizações criminosas pelos industriais.
Max Weber
Considerado um dos pensadores mais influentes da modernidade, Max Weber foi um dos precursores da sociologia econômica, a qual buscou compreender a sociedade de modo mais abstrato e integrada às condições históricas, culturais e sociais.
Por conseguinte, seus estudos recaíram sobre questões teórico-metodológicas no desenvolvimento de estudos histórico-sociológicos acerca da origem da civilização ocidental e seu lugar na história universal. Seus trabalhos de destaque são lidos até os dias atuais por estudiosos de Sociologia da Religião, Sociologia Política, Administração Pública, Economia, Filosofia e Direito.
Weber e a Sociologia
Sem espanto, acreditava que a função do sociólogo seria compreender o sentido das chamadas ações sociais, explicitando os nexos causais daquelas; assim, suas contribuições foram em direção à análise multicausal dos fenômenos sociais, onde destacará fatores culturais e materiais no surgimento das instituições modernas e do consequente processo de racionalização e desencantamento do mundo que as acompanham.
Por conseguinte, vale ressaltar que a sociologia weberiana é essencialmente hermenêutica e busca compreender a rede de significados que o homem teceu se “enroscou”, pois afirma que a sociedade seria o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes. Percebeu, portanto, que a ciência participa de um processo histórico geral de racionalização e intelectualização da vida, do qual o objeto da sociologia seria a realidade infinita, da qual somente poderíamos improvisar tipos ideais, que serviriam como modelos interpretativos (de ação social racional com relação a fins, ação social racional com relação a valores, ação social afetiva, ação social tradicional). Portanto, na medida em que a realidade é infinita, não fazemos senão um recorte, uma interpretação, como uma tentativa de explicá-la.
É curioso notar, por conseguinte, que, enquanto seu contemporâneo Durkheim se alicerça nas ciências naturais enquanto modelo metodológico de análise, Weber não acredita haver leis gerais que expliquem a totalidade do mundo social, pois, para ele, estas caminham de acordo com a dinâmica cultural e delas podemos apenas buscar as leis causais, as quais são suscetíveis de entendimento a partir da racionalidade científica.
Biografia
Maximilian Karl Emil Weber nasceu em Erfurt, no dia 21 de Abril de 1864. Foi um dos maiores intelectuais alemães de sua época, destacando-se como jurista, economista e sociólogo. Suaa carreira acadêmica iniciou-se em 1882, quando Max Weber foi para a Faculdade de Direito da Universidade de Heidelberg, onde frequentará as aulas de economia política, história e teologia; mais tarde (1889), na Universidade de Berlim, irá tornar-se o doutor em Direito. Em 1893 casou-se com MarianneSchnitger, feminista, estudiosa e curadora das obras de Maximilian.
Nomeado professor de Economia nas Universidades de Freiburg (1894) e de Heidelberg (1896), Max Weber lecionou até 1900, quando foi afastado do magistério devido a um colapso nervoso, do qual se recuperou apenas em 1918, quando voltou a lecionar. Apesar disso, esteve engajado em outras atribuições, como consultoria e pesquisas acadêmicas, facilitadas devido seu cargo como Diretor-associado dos Arquivos de Ciências Sociais e Política Social. Nesse ínterim, Weber publicou seu primeiro esboço de um método sociológico, no artigo "Sobre algumas categorias da sociologia compreensiva" (1907).
Em 1917, já em Munique, Max Weber procurou elucidar os fatores fundamentais do processo de desencantamento do mundo perpetrados pela ciência. Não obstante, no decorrer da Primeira Guerra Mundial, foi diretor de hospitais militares de Heidelberg, até retornar ao ensino de economia em Viena e, posteriormente (1919) em Munique. Max Weber faleceu nessa mesma cidade, em 1920, vítima de pneumonia.
Obra
Sobre sua obra, devemos ter em vista que sofreu grande influência dos escritos de Immanuel Kant, especialmente da concepção kantiana de "a priori", da qual Weber desenvolveu o conceito "tipo ideal", segundo o qual as categorias da ciência social seriam uma construção subjetiva do pesquisador (sua interpretação). Essa temática permeia sua obra como um todo; contudo, é mais clara em "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1903)", "Estudos sobre a Sociologia e a Religião (1921)" e “Estudos de Metodologia" (1922).
Não obstante, sua obra maislida é o ensaio “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, onde destaca a importância de algumas características específicas do protestantismo ascético, principal responsável pelo nascimento do capitalismo moderno, com sua burocracia. Por conseguinte, Max Weber destacou como o protestantismo dos séculos XVI e XVII e o dogma da vocação profissional constituiu a base do moderno sistema econômico capitalista, pois institui um comportamento metódico, disciplinado e racional.
VEJA TAMBÉM: O que é Política?
Curiosidades
Max Weber foi consultor alemão no estabelecimento do "Tratado de Versalhes" (1919), bem como um dos responsáveis por redigir a "Constituição de Weimar".
Weber foi o criador do "Artigo 48" da "Constituição de Weimar", que foi usado por Adolf Hitler para estabelecer seus poderes ditatoriais.
Max Weber influenciou e influencia uma miríade de autores até hoje, dos quais destacamos Norbert Elias (1897-1990), Anthony Giddens, Gilberto Freyre e Clifford Geertz (1926-2006).

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