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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE

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FACULDADE FAK KURIOS
PEDAGOGIA
MARIA AURENICE DE LIMA
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
ACOPIARA-CEARÁ
2018
MARIA AURENICE DE LIMA
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, a Faculdade FAK KURIOS para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia sob orientação da Prof.ª Eloisa Alves de Sousa Freitas.
ACOPIARA-CEARÁ
2018
MARIA AURENICE DE LIMA
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito para obtenção do título de licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Fak Kurios.
Aprovado em: -----/-----/------
BANCA EXAMINADORA 
________________________________________________________ 
Prof.ª Eloisa Alves de Sousa Freitas
ACOPIARA-CEARÁ
2018
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus que esteve ao meu lado todo esse tempo e a minha família que tanto me apoiou.
AGRADECIMENTOS
Agradecer primeiramente a Deus que me deu forças para que eu pudesse concluir este trabalho.
A minha família que todo esse tempo apoiou-me para que eu realizasse esse sonho.
A todos os professores que com sabedoria e dedicação contribuíram para a minha formação.
Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.
Paulo Freire
RESUMO
O processo de aprendizagem pode ser beneficiado quando professor e aluno  buscam conhecimentos mútuo de suas necessidades, tendo consciência de sua forma de relacionar-se, respeitando as diferenças. O professor em sala de aula deverá contribuir para desenvolver em seus alunos a autoestima, a estabilidade, tranquilidade, capacidade de contemplação do belo, de perdoar, de fazer amigos e de socializar-se. Este artigo tem como tema Relação Professor-Aluno a Importância da Afetividade. Afetividade é se preocupar com seus alunos é reconhecê-los como indivíduos autônomos em busca de sua identidade. Esta relação é uma condição do processo ensino/aprendizagem, ela dinamiza e dá sentido ao processo educativo. Pretende refletir sobre a afetividade como fator importante no relacionamento professor e aluno. As informações obtidas mostrarão que a aprendizagem depende muito do relacionamento afetivo que o professor tem com o aluno, pautado em respeito, autonomia, compreensão e carinho entre ambos. 
Palavras Chave: Afetividade. Aprendizagem. Professor-aluno.
ABSTRACT
The learning process can be beneficial when teacher and student seek mutual knowledge of their needs, being aware of their way of relating, respecting the differences. The teacher in the classroom should contribute to develop in his students the self-esteem, stability, tranquility, ability to contemplate the beautiful, to forgive, to make friends and to socialize. This article has the theme Teacher-Student Relationship the Importance of Affectivity. Affectivity is to care about your students is to recognize them as autonomous individuals in pursuit of their identity. This relationship is a condition of the teaching / learning process, it dynamizes and gives meaning to the educational process. It aims to reflect on affectivity as an important factor in the relationship between teacher and student. The information obtained will show that the learning depends very much on the affective relationship that the teacher has with the student, based on respect, autonomy, understanding and affection between both.
Keywords: Affectivity. Learning. Teacher Student.
1 INTRODUÇÃO 
A afetividade exerce um papel importantíssimo em todas as relações, além de influenciar decisivamente a percepção, o sentimento, a memória, a autoestima, o pensamento, à vontade e as ações, e ser, assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana. 
O presente trabalho trata sobre a importância e contribuição da afetividade no processo de ensino-aprendizagem, destacando a necessidade de trazer para o ambiente escolar uma convivência agradável entre todos os que nele estão envolvidos, contribuindo para a formação integral do aluno. 
Sendo assim, a escolha desse tema visa uma contribuição para fornecer maior discussão e interesse dos profissionais da educação, em especial os professores atuantes que acreditam no sucesso escolar, tendo como princípio básico a afetividade em sua relação educacional e, consequentemente contribuir para uma educação de qualidade. A partir daí, tomou-se a decisão de olhar de frente o problema e o aproveitar para um tema de pesquisa a ser investigado: Qual a importância da relação professor-aluno no processo de aprendizagem?
Como proposta metodológica, pretende-se desenvolver uma pesquisa qualitativa como forma de abordagem, Assim, a pesquisa qualitativa tem o objetivo de obter informações sobre os sentimentos, às atitudes e opiniões das pessoas, e a escolha por esse tipo de abordagem ocorre pela relevância científica que se apresenta na interação entre as partes envolvidas.
A pesquisa descritiva descreve uma realidade tal como esta se apresenta, conhecendo-a e interpretando-a por meio da observação, do registro e da análise dos fatos ou fenômenos (variáveis). Tal pesquisa procura responder questões do tipo “o que ocorre” na vida social, política, e econômica, sem, no entanto, interferir nesta realidade. Este tipo de pesquisa tem por objetivo familiarizar com um fenômeno ou descobrir nova percepção acerca do mesmo; saber atitudes, pontos de vista e preferências das pessoas. 
Por fim, no que representa o processo de análise final, utilizar-se-á a análise de conteúdo, que vem a ser o tratamento das informações coletadas durante a pesquisa. Essa etapa será de suma relevância para o desenvolvimento e finalização correta da pesquisa
O projeto tem como objetivo geral mostrar a importância do relacionamento professor- aluno para o processo ensino aprendizagem e como objetivos específicos identificar os fatores que dificultam o relacionamento entre professor/aluno e refletir sobre a importância do professor e do seu relacionamento com os alunos.
2 DESENVOLVIMENTO 
De acordo com Gil (2002) na metodologia o autor do projeto mostra como será o desenvolvimento do trabalho, considerando os objetivos do mesmo. Deste modo são detalhados, tipos de pesquisa, abordagem da pesquisa, universo, amostra, período de estudo, técnicas de coletas e análise dos dados.
2.1 Natureza da pesquisa
Para o presente estudo, foi utilizada a pesquisa básica.
Segundo Appolinário (2011, p. 146), a pesquisa básica tem como objetivo principal o avanço do conhecimento científico, sem nenhuma preocupação com a aplicabilidade imediata dos resultados a serem colhidos.
2.1.2 Abordagem da pesquisa
Quanto à forma de abordagem, o presente trabalho utilizou-se de uma pesquisa qualitativa.
A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. 
Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.
Tipos de pesquisa
A pesquisa descritiva que tem como finalidade observar, registrar e analisar dados de determinada população ou fenômeno para entender o seu comportamento. E para isso utiliza de técnicas de coleta de dados, como a observação, formulário, questionário e entrevista. Essa pesquisa é classificada como descritiva também, por utilizar técnicas de coleta de dados, como a observação participante, já que o pesquisador é parte integrante da empresa. O estudo de caso se caracteriza por sua flexibilidade e para Gil (1996) essetipo de estudo pode é visto como técnica psicoterápica, como método didático ou como método de pesquisa. 
Para este trabalho, objeto de estudo, foi realizado o método descritivo.
2.2 Cenário (LOCAL) da pesquisa
O campo deste estudo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Quaresma dos Anjos.
 Está localizada no Bairro Moreiras de Cima em Acopiara, no Estado do Ceará. Esta é uma escola pública, e oferece Educação de Ensino Fundamental. Investe na formação continuada de seus educadores e revela dinamismo na busca pelos avanços e progressos no âmbito da educação. 
2.3 Seleção dos sujeitos
Esta pesquisa pretende dar voz ao professor que, em sua trajetória profissional, se depara com constantes desafios. Pretendemos conhecer mais profundamente a experiência vivida pelo educador. Sendo assim, os sujeitos de análise da pesquisa são os professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Quaresma dos Anjos.
2.3.1 Critérios de Inclusão e Exclusão
Para coletar as informações dos professores foi utilizada uma entrevista composta de cinco perguntas, conforme apêndice.
2.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Para coletar as informações dos professores foi utilizado uma entrevista composta de cinco perguntas, conforme apêndice. A entrevista foi escolhida como instrumento de coleta de dados, com o intuito de complementar algumas informações. A entrevista foi conduzida pela pesquisadora a partir de um roteiro previamente planejado, porém com liberdade e flexibilidade no desenvolvimento da mesma. Ao iniciar a entrevista, expusemos o propósito da mesma, explicamos a finalidade da pesquisa e formulamos as perguntas. Os sujeitos pesquisados assinaram todos o Termo de Consentimento Esclarecido, autorizando a análise e publicação das informações por eles fornecidas.
2.5 ANÁLISE DOS DADOS
 Após a aplicação dos questionários, os dados foram analisados usando porcentagens. Buscando-se assim novas informações que nos levaram a compreender o discurso dos professores sobre a Importância da Afetividade no Processo Ensino Aprendizagem. E com as considerações finais correspondentes aos dados coletados, proporcionaram-se possíveis contribuições para uma prática pedagógica justa e de qualidade que se aplique à realidade escolar.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 Ensino e Aprendizagem 
Atores do processo de aprendizagem, aluno e professor deve estabelecer uma relação de confiança e de afetividade na sala de aula para que haja condições reais de aprendizagem. O papel do professor como mediador de conhecimento também é referência para o comportamento e as atitudes do aluno ao resolver conflitos, expressar sentimentos e se relacionar com os colegas. Enfim, a forma que o professor vai se relacionar com seus alunos será determinante em seus vínculos com os colegas de classe. Para que efetivamente este vínculo se construa, é necessária muita dedicação do professor à sua turma. O seu olhar atencioso para cada aluno em sua individualidade, a maneira com qual vai preparar suas aulas, a sua mediação no processo de ensino aprendizagem e suas atitudes na resolução de conflitos que possam ocorrer entre os alunos serão fundamentais para conceber um vínculo sincero, afetivo e sólido, pois, além da ensinar, é papel do professor saber lidar com os conflitos e diferenças na sala de aula, garantindo o bem-estar dos alunos e um ambiente harmonioso a todos. É essencial que aluno e professor mantenham esta relação baseados no diálogo, pois através dele é possível a troca de ideias, dúvidas e até mesmo sentimentos, fazendo com que aluno e professor se conheçam e se compreendam melhor, utilizando de suas diferenças para qualificar seu vínculo e carregá-lo de afeto. O diálogo também melhora consideravelmente o processo de ensino-aprendizagem dentro da sala de aula, pois através desta troca entre os atores é possível repensar cada aula, criar atividades mais atrativas e que atendam as necessidades de toda a turma.
Para se falar em afetividade na relação professor/aluno e sua importância no ensino/aprendizagem, devem-se descrever um pouco sobre ensino/aprendizagem. A aprendizagem acompanha o indivíduo desde o início de sua existência. De acordo com Campos (1987, p.16) ela capacita o homem a ajustar-se ao seu ambiente físico e social: “explicar o mecanismo da aprendizagem é esclarecer a maneira pela qual o ser humano se desenvolve, toma conhecimento do mundo em que vive, organiza sua conduta e se ajusta ao meio físico e social”. Libâneo (1994) concorda que através da aprendizagem, o homem se afirma como ser racional, forma sua personalidade e se prepara para o papel que lhe cabe no seio da sociedade.
3.1.1 Afetividade e aprendizagem
O termo afetividade é vasto e passível de muitas interpretações, para este trabalho utiliza-se o encontrado na linguagem geral: afeto relaciona-se com sentimentos de ternura, amor, carinho e simpatia, está relacionado aos mais diversos termos como: emoção, estado de humor, motivação, sentimento, atenção, personalidade, temperamento e outros tantos. Sendo assim, a afetividade influencia de maneira significativa os processos cognitivos e estes, por sua vez atuam modificando a atividade afetiva do sujeito. 
No processo de ensino e de aprendizagem um dos fatores que permeiam em constante movimento são as formas de relacionamentos existentes entre professor e aluno. 
Piaget apud Vasconcellos (2009, p.64), afirma que 
 A vida afetiva e a vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. Elas são inseparáveis porque qualquer troca com o meio supõe simultaneamente uma estruturação e uma valorização [...]. É por este motivo que é impossível pensar, mesmo em matemáticas puras, sem experimentar alguns sentimentos, e que, inversamente, não existem fenômenos afetivos sem um mínimo de compreensão ou de discriminação. 
Estas formas de relacionamento são o que vão dar suporte para o trabalho de ambos, para a construção de conhecimento que irá desencadear a aprendizagem para professor e aluno. Ambos aprendem e ensinam, e é nesta troca que se constituem como seres com competências cada vez melhor, sendo capazes de criar, de forma espontânea, buscando sua autonomia.
A relação entre professor e aluno deve ser sempre baseada no diálogo e respeito à ideia um do outro, ouvir e falar como condição da compreensão e entendimento para que ambos cresçam e possam fazer sua reflexão sobre o que pensam e dizem. Nesta relação é muito importante que o professor conheça a realidade e as experiências existenciais de seus educandos. É preciso conhecer este sujeito e também desprender olhares totalizantes sobre a realidade, ter o olhar atento sobre os educandos, saber sobre eles e sobre seus processos de aprender.
É fundamental, colocar-se com o aluno numa relação de igual para igual como condição de respeito, de humildade e de compreender as dificuldades que ele tem para superar seus limites de assimilação no aprender e no agir, serve para que o professor e aluno se aproximem e que o aluno possa ter maior confiança em si, no outro e no professor. Nesta relação de confiança, o professor sente-se tranquilo quando o aluno percebe que ele também não sabe tudo, que também precisa buscar as respostas e que comete erros e, principalmente, que o aluno aprendendo junto, sente-se mais valorizado.
3.1.2 A Metodologia da Interdisciplinaridade
Não é fácil trabalhar o processo educativo, ele se mostra da maneira mais complexa e difícil, principalmente nos dias atuais, onde a realidade mostra-se quase que uma contradição das normas educativas. 
A Interdisciplinaridade vem pra dentro da escola como uma força catalisadora, regenerativa e curativa, que possibilita fortalecer os laços que unem os projetos interdisciplinares em direção a uma educação inovadora. Preparar uma aula e encontrar situações que leva ao professor se sentir com dificuldade para atuar, isso é mais do que comum nos dias atuais. 
A interdisciplinaridade pedagógica é, portanto, uma elaboraçãoa partir da relação de todos os envolvidos da escola, principalmente a relação professor-aluno que permite a atualização de todo o processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, o professor é o principal agente de mudança na direção de uma visão global do currículo escolar. 
Essa prática interdisciplinar, no contexto da sala de aula, implica na vivência do espírito de parceria, de integração entre teoria e prática, conteúdo e realidade, objetividade e subjetividade, ensino e avaliação, meios e fins, tempo e espaço, professor e aprendiz, reflexão e ação, dentre os múltiplos fatores integrantes do processo pedagógico. 
Essas abordagens estimulam os responsáveis pelo ensino a considerarem o aprendiz como sujeito ativo em seu processo de aquisição de novos saberes, bem como perceberem o papel determinante do contexto e da situação de comunicação, para o sucesso da aprendizagem.
Os professores que não medem esforços para levar os seus alunos à ação, à reflexão crítica, à curiosidade, ao questionamento e à descoberta acabam sendo obrigados a isso, a exercer realmente o papel que lhes é cabido. Os educadores “despreparados”, dessa forma, obrigam-se a respeitar o desenvolvimento do aluno através de suas experiências de vida, idade e desenvolvimento mental. Se por um lado é importante essa relação de confiança, empatia e respeito entre professor e aluno para um bom ensino-aprendizagem, por outro, os educadores não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor.
3.1.3 Reflexão acerca das relações afetivas entre professor e aluno
Quando a relação professor-aluno é recíproca de bons encontros, cria-se um laço afetivo colaborando para o processo de ensino e aprendizagem. Essa ligação afetiva entre professor e aluno não se limita somente ao carinho físico, mas também na forma que o aluno é tratado. O tom da voz, gestos e palavras são grandes aliados do professor para estabelecer uma boa comunicação afetiva com seus alunos. O professor deve ter a consciência de seu papel na relação afetiva com o aluno e possuir inteligência emocional suficiente para fomentar essa relação e fazer uso de diferentes recursos, de modo a provocar no aluno a reciprocidade necessária para que o ensino seja efetivado. É importante ressaltar que a boa relação entre professor-aluno aumenta sua ligação emocional e consequentemente terá maior rendimento escolar. Toda essa afetividade que lhe é demonstrada promove seu bem estar motivando o processo de ensino-aprendizagem. O elogio do professor ao aluno, que faz corretamente a lição, resulta na progressão e amadurecimento do discente. Esta atitude o faz querer repetir o bom ato.
Para Piaget (1980), ”a vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distinta já que o ato de inteligência pressupõe uma regulação energética interna (interesse, esforço, felicidade, etc.)”, o interesse e a relação afetiva entre a necessidade e o objeto susceptível de satisfazê-la. A relação da cognição e afetividade no contexto escolar está intimamente interligada ao desempenho escolar do educando.
Como afirma Maturana (1959, p.15):
“Vivemos em uma cultura que desvaloriza as emoções, e não vemos o entrelaçamento cotidiano entre a razão e a emoção, que constitui o viver humano, e não nos damos conta de que todo o sistema racional tem um fundamento emocional.”
A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais e escolares, pois é uma relação que envolve sentimento e deixa marcas para toda vida. Percebe-se que a relação professor-aluno, deve sempre buscar a afetividade e a comunicação entre ambos, como base e forma de construção do conhecimento e do aspecto emocional.
Tanto o professor como o aluno são responsáveis por construir e manter esse vínculo afetivo de forma qualitativa, mas é inegável que o professor é responsável por conduzir essa relação. Devido a sua experiência, o professor tem muito a contribuir para o aluno em formação, na busca da construção de sua identidade. Essa relação será determinante para o estabelecimento de padrões de conduta da criança, para a forma com que ela vai lidar com seus sentimentos e emoções e para a construção do seu caráter. Ser um professor afetuoso motiva o aluno a permanecer na escola e ir em buscar de novos conhecimentos e aprendizagens pois este se sente seguro por ter uma referência em sala de aula que compreende suas necessidades, dá valor a suas potencialidades e o acolhe em um ambiente agradável e amoroso. Enfim, o professor que utiliza o afeto oportuniza aos alunos a vivenciarem valores, ética e sentimento de amizade e amor desenvolvendo não só suas dimensões cognitivas, mas também sociais e afetivas, contribuindo para a formação de um sujeito que tem consciência de si, da sociedade e de seu papel dentro dela.
O que se deve considerar é que o ato de ensinar e aprender são uma constante troca, onde se torna imprescindível que o professor seja acima de tudo um educador que enfrente desafios e possa encarar os problemas presentes na sua formação e, assim compreender que o conhecimento se processa através de valores que embasam e justificam a aprendizagem, nas relações interpessoais dos sujeitos envolvidos, no processo que o vivenciam  em sala de aula.
3.1.4 O Papel do Aluno 
A questão da excelência do processo de ensino-aprendizagem não é algo que pode ser garantido apenas pelo professor e pelas suas estratégias didático-pedagógicas. Ela é uma conquista e supõe o diálogo, a participação efetiva do aluno e, sobretudo, a construção de relações de proximidade e empatia com os estudantes.
Muitos professores vivem dramas terríveis porque não conseguem atrair e construir sentido e significado para seu projeto pedagógico. Não são poucas as estratégias que implementam no sentido de fazer com que  os alunos apresentem interesse e vontade de aprender os conteúdos que ministra e as atividades que realizam. Há casos em que os próprios alunos boicotam as aulas, constroem estratégias para driblá-las e apresentam-se apáticos para as mesmas.
Fica evidenciado que não basta ter um plano de aula bem estruturado, organizado e fundamentado. Da mesma forma, fica revelado que o plano do ensinar e do aprender supõe a construção de relações de proximidade, empatia e significado que vão além dos conteúdos estabelecidos pelo professor e de suas estratégias didático-pedagógicas. A construção dessas relações tem a ver com a concepção e a prática docente no que se refere ao próprio processo de ensino-aprendizagem e ao modo como os professores veem os alunos, seu lugar e papel na ação pedagógica.
O importante é que o aluno consiga compreender aquilo que o professor transmite, que pense, e que, com isso, consiga criar, questionar e principalmente, se pronunciar, seja contra ou a favor daquilo que lhe é exposto. Dessa forma surgem os cidadãos que futuramente podem transformar seu país, podendo participar das questões políticas e econômicas, exercendo seus direitos. O professor, por sua vez, torna-se um cidadão também evoluído, atualizado e transforma-se também em aprendiz de seus alunos, pois aprende a lidar com as diferenças com as realidades que antes não conhecia. 
3.1.5 Fatores de implicação do relacionamento de afetividade entre discente e docente
A educação é a mais fantástica troca de conhecimento que há entre os seres humanos. A educação é encontrada em mundos diversos, pois em todos os lugares que formos certamente haverá alguma cultura para absorver e consequentemente apresentar a nossa cultura para outras pessoas.
O perfil da educação brasileira apresentou significativas mudanças nas ultimas décadas. O desempenho dos alunos remeteu-nos a necessidade de considerarem a formação do professor, como sendo requisito fundamental para a melhoria dos índices de aprovação, repetência e evasão do ensino.
Segundo Freire (1980, p.117):
“Somente outra maneira de agir e de pensar pode levar- nos a viver outra educação que não seja mais monopólio da instituição escolar e de seus professores, mas sim, uma atividade permanente,assumida por membros de cada comunidade e associada de todo as dimensões da vida cotidiana de seus membros”.
Assim sendo, cabe na concepção de educação o sentido de despertar o envolvimento desses membros no ensino aprendizagem, de forma que lhes possibilitem a ampliação de conhecimento, através dos quais poderão compreender e entender a importância do seu papel enquanto seres pensantes que fazem parte da construção desse processo e consequentemente consigam acompanhar os contextos de modernidade exigida pela sociedade atual, uma vez que, o desenvolvimento de uma sociedade retrata a capacidade que seus membros apresentem, os quais perpassam uma concepção de homem, desenvolvidos no discurso da história do pensamento que fundamentam as concepções de educação.
3.1.6 O Despreparo do Educador 
Entende-se que educar ou ensinar com entusiasmo é fator determinante no processo de aprendizagem. No entanto, muitos professores relatam que têm dificuldades para interagir com o aluno. Há realmente despreparo do corpo docente para lidar com diferenças e limitações dos educandos. Existem diferentes ritmos de aprendizagem e os educadores devem incorporar as necessidades de grupos específicos de educandos. Falta diálogo entre educadores e educandos. Pode-se considerar que o diálogo é fundamental para qualquer tipo de relacionamento. No caso do ensino e aprendizagem é fundamental que o educador se volte ao educando, de forma que o enxergue como um sujeito que vem já com muitos saberes, mas no seu contexto de vida. O diálogo professor-aluno torna-se fundamental na mediação dos conhecimentos, pois essa proposta não se baseia em comandos e em repetições mecânicas. O professor deve envolver-se na mediação dos conhecimentos, não se limitando a uma simples troca de ideias, pois as relações sociais incidem sobre o processo de ensino-aprendizagem. Um educador que deseje ser professor, não o será apenas porque ocupa essa função em uma sala de aula. Ensinar exige um saber metodológico, através do qual os conteúdos serão tratados de forma a permitir o aprendizado destes pelos alunos; exige estar atento às questões políticas e sociais que envolvem o seu fazer, sua profissão; exige conhecer o seu objeto de estudo: a educação e como ocorre o processo de aprendizagem do seu aluno; exige conhecer os problemas que permeiam a sua prática; exige dedicação, comprometimento, conhecimento e, acima de tudo, respeito e trabalho, muito trabalho.
3.1.7 Papel do Professor na Prática da Afetividade
O professor é o grande agente no processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, quadras esportivas, piscinas, campo de futebol, sem negar a importância de todo esse instrumental, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e a importância do professor.
É preciso que professores repensem não só sua prática docente, mas também suas atitudes e comportamento perante seus alunos, pois eles o terão como referência para toda a vida. Também é de responsabilidade da família garantir que os primeiros vínculos afetivos da criança sejam saudáveis e ricos em amor, pois eles são determinantes para os vínculos que ele construirá na escola e na sociedade. Garantir vínculos verdadeiros e afetuosos para as crianças às ajudará a serem mais seguras e autônomas em suas relações com o meio ambiente. O afeto conduz parte das ações humanas e, por conta disso, deve ser valorizado no processo de ensino e aprendizagem. Todo sujeito tem seus sentimentos e emoções e estes devem ser respeitados dentro de sala de aula, pois fazem parte da constituição de cada aluno. Um ser em formação deve ser orientado a lidar consigo e o que sente para que possa compreender melhor o mundo que o cerca. O trabalho docente baseado na afetividade não é tão fácil e encantador como parece, levando em conta que cada sujeito é único e tem suas próprias opiniões e visão de mundo. Mesmo como as adversidades que possam surgir, é preciso que os professores conheçam melhor seus alunos, se aproximem mais e se dediquem de corpo e alma a suas aprendizagens para que seja possível a formação de seres pensantes e transformadores da sua realidade.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor atinge somente àqueles que não têm verdadeiramente a vocação do magistério. Professor é muito mais que isso. Professor tem luz própria e caminha com pés próprios. A grande responsabilidade para a construção de uma educação cidadã está na mão do professor. Nota-se que o papel do professor, esta muito além da simples transmissão de informações. Dentro de uma gestão democrática, ele participa da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento do ensino, isto é, decide solidariamente com a comunidade educativa o perfil de aluno que se quer formar, os objetivos a seguir, as metas a alcançar. E isso não apenas no tocante a sua matéria, mas toda a proposta pedagógica.
 3.1. 8 Resultado e Discussão
A análise da primeira pergunta: Como você vê o diálogo na relação professor-aluno?
 100% disseram que a interação professor/aluno ultrapassa os limites profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres. É, na verdade, uma relação que deixa marcas, e que deve sempre buscar a afetividade e o diálogo como forma de construção do espaço escolar.
A análise da segunda pergunta: O que é afetividade para você?
100% disseram que é a relação entre professor e aluno baseada no diálogo e respeito à ideia um do outro, é ouvir e falar como condição da compreensão e entendimento para que ambos cresçam e possam fazer sua reflexão sobre o que pensam e dizem. E que nesta relação é muito importante que o professor conheça a realidade e as experiências de seus educandos. 
A análise da terceira pergunta: No processo ensino-aprendizagem é necessário que alunos e professor mantenham uma relação de afetividade? 
100% disseram que é primordial para a aprendizagem essa relação saudável. .
A análise da quarta pergunta: De acordo com a sua visão, é possível o professor conciliar rigor e afetividade? 80% disseram que sim e 20% disseram que não.
A análise da quinta pergunta: Como você se sente como professor?
100% disseram que ser professor não constitui uma tarefa simples, ao contrário, é uma tarefa que requer amor e habilidade. O educador não é simplesmente aquele que transmite um tipo de saber para seus alunos, como um simples repassador de conhecimentos. O papel do educador é bem mais amplo, ultrapassando esta mera transmissão de conhecimentos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A relação professor-aluno abrange todas as dimensões do processo ensino aprendizagem que se desenvolve em sala de aula, e muitas vezes é importante transpor os papeis formais da atividade docente, dando estrutura ao aprendizado, orientando e ajudando os alunos a estudar e aprender. Assumir-se como professor requer a clareza de ter metas e objetivos, saber sobre o que vai ensinar para quem se está ensinando e o como realizar. Integrar tudo traduz as diversas facetas do processo ensino-aprendizagem, e conjugar isso exige compromisso e responsabilidade com o aluno, avançando na compreensão da pessoa no processo de ensinar e aprender. Nesse sentido, não temos como desvincular o ensino – aprendizagem da relação professor-aluno, sabendo que se influenciam reciprocamente, ou seja, um fator depende do outro para que se possa haver a verdadeira aprendizagem escolar.
O papel do professor é fundamental, pois ele é à base da relação professor-aluno. Essa relação depende de sua mediação e de atitudes envolvendo a maneira de se dirigir aos alunos, seja falando, ouvindo e/ou compreendendo os acontecimentos da sala de aula.
Sendo assim, nota-se que no processo de ensino-aprendizagem é preciso construir uma relação com os alunos e entre eles para que haja respeito, crescimento e uma relação de cooperação. Através da relação professor-aluno, o aluno é motivado a construir seu conhecimento,pois o professor entende que ensinar é respeitar os saberes dos alunos e suas diferenças para proporcionar novas articulações com novos saberes.
Para que essas mudanças aconteçam e escola consiga exercer seu papel, é necessário que todos caminhem juntos, tendo a perspectiva praticada nas escolas de nossa sociedade, educando para um mundo mais igual e cumprindo assim o seu papel mais importante na educação: formar seres que possam pensar a respeito de tudo o que fazem.
REFERÊNCIAS
APPOLINÁRIO, Fabio. Dicionário de Metodologia Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011, p.146
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Aprendizagem. Petrópolis: Editoras Vozes, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1980.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
MINAYO, M.C.S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
PIAGET, Jean William Fritz. Psicologia e Pedagogia. Tradução de Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro da Silva. São Paulo: Forense, 1980.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Currículo: A Atividade Humana como Princípio Educativo. 2. ed. São Paulo: Libertad, 200
APÊNDICE – Questionário aplicado aos professores 
Escola: ----------------------------------------------------------
1- Como você vê o diálogo na relação professor-aluno?
2- O que é afetividade para você? 
3- No processo ensino-aprendizagem é necessário que alunos e professor mantenham uma relação de afetividade? 
4- De acordo com a sua visão, é possível o professor conciliar rigor e afetividade? 
5- Como você se sente como professor?

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