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Os espaços sócio ocupacionais do Assistente Social

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Anderson Alves Muniz - 2018183996 
Elen Rosa Alves Freitas - 2018182974 
Juliana dos Santos Almeida Moura - 2018180424 
Kelly Meirelles - 2018184000 
Rithiellem Mayara Pimenta Magalhães - 2018183448 
 
 
 
 
Os espaços sócio ocupacionais do Assistente Social 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado a disciplina 
 Introdução ao Serviço Social 
 como exigência de A2, 
 ministrado pela 
 professora Amanda Lemos 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, Jun de 2018. 
 
2 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................03 
1. ART 4º DA LEI N° 8.662/1993 ...........................................................................................05 
2. OS ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL NO SETOR 
PÚBLICO ................................................................................................................................06 
3. OS ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL NO SETOR 
PRIVADO.................................................................................................................................08 
4. OS ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL NO TERCEIRO 
SETOR......................................................................................................................................11 
5. PERSPECTIVA CRÍTICA AO TERCEIRO SETOR............................................................13 
6. A EXPERIÊNCIA DE CAMPO ...........................................................................................16 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................19 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................20 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
Criada através da união da classe burguesa, o estado e a igreja no século XIX na 
Europa devido ao surgimento da Questão Social, que é a contradição encontrada entre o 
capital e o trabalho, nasce o Serviço Social e, posteriormente a Assistência Social, que se 
caracterizava por uma forma não sistemática, sem teorização e baseada em justificativas 
religiosas de que a sociedade havia se distanciado de Deus, com a intenção de retorno dos 
fiéis. Os primeiros profissionais responsáveis surgem com características caritativas, as 
chamadas “moças boazinhas”, que eram incumbidas de distribuir ajuda material e espiritual e 
a realizar trabalhos sócio educativos, entre outros, que contribuíam para o controle social. 
Assim nasceu a profissão conhecida atualmente como Serviço Social. 
De acordo com Iamamoto e Carvalho (1985) o Serviço Social se gestou e se 
desenvolveu como profissão reconhecida na Divisão Social e Técnica do Trabalho, tendo por 
pano de fundo o desenvolvimento capitalista e a expansão urbana; adquirindo ao longo dos 
anos novas características e ganhando cada vez mais espaço. 
O profissional Assistente Social atua nas demandas da Questão Social manifestada em 
suas múltiplas expressões, que é onde encontra seu objeto de trabalho, se revelando através 
das desigualdades sociais e econômicas, expostas nas condições de pobreza, violência, 
desemprego, entre outras. 
O objetivo deste trabalho é mostrar as possibilidades, que o profissional Assistente 
Social atua na contemporaneidade. Nos espaços sócio ocupacionais, que demandam a sua 
mediação, na relação entre a classe trabalhadora e a classe burguesa. Para tal é apresentado os 
espaços de trabalho do assistente social por meio de instituições destinadas a atender pessoas 
e comunidades que buscam apoio para se desenvolver e acesso aos direitos sociais e humanos. 
Estas instituições podem ser da rede do Estado, esfera pública, onde encontramos o tripé da 
seguridade social e ações ligadas as políticas direcionadas a segmentos populacionais; podem 
ser instituições privadas em que o profissional atuará na área empresarial dispondo de 
ferramentas que o possibilitam implementar programas e projetos que beneficiem o 
trabalhador, obtendo maior produtividade nas empresas; e por último o chamado “Terceiro 
Setor”, as instituições sem fins lucrativos ou instituições filantrópicas, que é onde o 
profissional desenvolve atividades que demandam serviços que não se encontram disponíveis 
pelas instituições públicas. 
4 
 
Por último é apresentado uma experiência de campo mostrando diretamente o trabalho 
de um assistente social em uma instituição filantrópica, apontando um breve histórico do 
profissional sobre sua atuação e posição dentro da instituição, seus programas e projetos, seu 
objetivo, suas principais atribuições desenvolvidas e suas possibilidades dentro da instituição, 
para um maior esclarecimento e enriquecimento do tema proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. ART 4º DA LEI N° 8.662/1993 
A profissão de assistente social no Brasil e as instâncias de controle, fiscalização, 
sistematização e normatização da profissão são regulamentadas pela Lei nº 8662/93, 
sancionada em 7 de junho de 1993. 
Para uma maior clareza das competências atribuídas a um Assistente Social o Art. 4º 
prevê: 
I. - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da 
administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações 
populares; 
II. - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que 
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
III. - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e 
à população; 
IV. - (Vetado); 
V. - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de 
identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus 
direitos; 
VI. - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
VII. - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise 
da realidade social e para subsidiar ações profissionais; 
VIII. - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e 
indireta, empresas privadas e outras entidades; 
IX. - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada 
às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da 
coletividade; 
X. - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de 
Unidade de Serviço Social; 
XI. - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e 
serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas 
privadas e outras entidades (Art. 4º da Lei Nº 8.662, de 7 de Junho de 1993). 
A partir dessa lei, o Conjunto CFESS-CRESS trabalha para apreender questões e 
demandas postas ao exercício profissional, de modo a objetivá-la, por meio de resoluções 
apresentadas pelo CFESS no uso de suas atribuições legais e regimentais. 
 
 
6 
 
 
2. OS ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
SETOR PÚBLICO 
Historicamente a atuação da profissão dos Assistentes Sociais se consolida em espaços 
sócio ocupacionais de instituições públicas. No âmbito do Estado, os Assistentes Sociais 
atuam nas esferas Municipais, Estaduais e Federais. A conquista dos profissionais nesses 
espaços, ocorreu principalmente a partir da década de 1990. Desde então, os Órgãos Públicos 
são os maiores contratantes desta classe, principalmente na esfera Municipal, em função das 
PolíticasSociais aplicadas pelo governo (IAMAMOTO, 1999). O profissional Assistente 
Social no Brasil é majoritariamente um Funcionário Público, em que alguns são inseridos 
através de concursos, e outros através de contratos de trabalhos. 
Como profissional inserido na divisão sócio técnica do trabalho, o Assistente Social é 
demandado a desenvolver ações como gestor e executor de Políticas Sociais, programas, 
projetos, serviços, recursos e bens no âmbito das Organizações Públicas, operando sob 
diversas perspectivas, como no planejamento e Gestão Social de Serviços e Políticas Sociais, 
na prestação de serviço e na Ação Sócio educativa (YAZBECK, 2009). Atuam 
prioritariamente no tripé da Seguridade Social que é formado pela Assistência Social, Saúde e 
a Previdência Social. Está presente também em ações relacionadas as políticas direcionadas 
aos segmentos populacionais como as crianças, adolescentes, idosos, mulheres, negros, índios 
e LGBTs. 
Na Assistência Social encontramos algumas áreas e instituições que a profissão 
Serviço Social pode atuar, como por exemplo: em órgãos de Bem Estar Social, em Secretarias 
Municipais ou Estaduais de Assistência Social, em centros de Atendimento à população em 
situação de Risco Social (crianças, adolescentes, idosos, migrantes). Na Saúde Pública 
encontramos as áreas de Secretarias de saúde, Unidades Regionais de Saúde, Centros de 
Saúde, Hospitais, Clínicas da Família e Upas. E na Previdência Social encontramos órgãos de 
Previdência Social Pública em nível Federal, Estadual e Municipal. Na área empresarial o 
profissional pode trabalhar em empresas públicas e também em Habitação como órgãos de 
Financiamento e Planejamento Habitacional. Na Educação temos as áreas de Secretarias de 
Educação, Escolas Públicas, Centros de Educação Especial, Centros de Readaptação de 
Crianças, Creches e Universidades. Na área sócio jurídica atua em Secretarias de Segurança 
7 
 
Pública, em Delegacias, nas Forças Armadas, em Penitenciárias, nos Tribunais de Justiça, 
Promotorias, Defensorias Públicas e Serviços de Assistência Jurídica. Também atua em 
Conselhos de Políticas Públicas como os Conselhos de Saúde, Conselhos da Assistência 
Social, Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho dos Idosos. 
Contribuindo com sua atuação no Ensino e Pesquisas em Serviço Social com os Ensino dos 
Conteúdos Específicos, Supervisão de Estágios em Serviço Social e Desenvolvimento de 
Pesquisas. 
Os Assistentes Sociais inseridos em todos esses espaços sócio ocupacionais 
mencionados, atuam no enfrentamento das demandas decorrentes pelo capital, que se refletem 
na vivência dos indivíduos que se encontram em situação de vulnerabilidade, viabilizando os 
direitos previsto em lei. No Brasil, vem sendo realizado por Assistentes Sociais trabalhos de 
imensa importância, especialmente na Seguridade Social em que participa nos processos de 
elaboração, gestão de monitoramento e avaliação, nos diferentes níveis de federação. 
Destacando-se, a atuação dos Assistentes Sociais juntos aos Conselhos de políticas - com 
saliência para os Conselhos de Saúde e de Assistência Social nos níveis Nacional, Estadual e 
Municipal. Somam-se os Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos, responsáveis pela 
formulação de Políticas Públicas para crianças e adolescentes, para a terceira idade e pessoas 
portadoras de necessidades especiais. Behrig e Boschetti (2006, p. 179) informam existir, em 
2006, 17 Conselhos Nacionais de Política Social que se desdobram nos níveis Estaduais e 
Municipais, nas áreas de Educação, Saúde, Trabalho, Previdência Social, Assistência Social, 
Segurança Alimentar, Cidades, Desenvolvimento Rural; e Conselhos organizados por 
interesses temáticos, a exemplos de Execuções Penais, Comunidades e Questões 
Penitenciárias. Numa Federação constituída de 26 estados e 5.563 Municípios, o Governo 
Federal registra a existência de mais 20 mil conselhos no país, segundo a mesma fonte. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3. OS ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
SETOR PRIVADO 
O Serviço Social nas organizações privadas se constitui como um espaço sócio 
ocupacional em expansão nas últimas décadas, carecendo desse profissional um contínuo 
processo de elaboração de estratégias de atuação, em virtude da volatilidade das demandas 
apresentadas na área empresarial, assim como uma atualização constante. A inserção do 
Assistente Social no âmbito empresarial remonta a década de 1940. 
Em referência à visão que esses profissionais possuem sobre como tem se dado o 
desenvolvimento de seu trabalho nas empresas privadas, mencionaram a contradição inerente 
à profissão, ou seja, capital x trabalho, os interesses da empresa e os interesses do trabalhador. 
Logo, o profissional é chamado a atuar no sentido de mediador do conflito: 
O papel é de moderador, mediando os interesses entre os trabalhadores e a 
empresa percebo a atuação junto aos trabalhadores no sentido de manter uma 
condição de saúde, uma condição laborativa, que atenda às necessidades da empresa. 
Garantindo condições para manter o trabalhador produzindo. (ABREU e col., 2010 p. 
109-110). 
A atuação da profissão de Serviço Social nas empresas privadas é de suma importância, 
devido ao seu conhecimento técnico-operativo e teórico-metodológico que possibilitam um 
maior aproveitamento da força de trabalho, por meio da implementação de programas e 
projetos que beneficiam o trabalhador, fazendo com que esse obtenha um melhor desempenho 
na sua função o que conseqüentemente influenciará no aumento da produtividade da empresa 
e diminuição de gastos quanto a afastamentos, demissões e problemas relacionados ao uso de 
álcool e drogas. O Assistente Social é muito importante no setor privado, pois é ele que da 
conta das questões da vida privada do trabalhador, e muitas vezes de elementos que 
influenciam na produtividade na empresa, tendo que dar conta de atuar em questões que não 
são específicas da área do trabalho. O que para a empresa se torna muito interessante e para os 
trabalhadores o valor é maior ainda, porque o Assistente Social consegue orientar e promover 
reflexões que nenhum outro setor conseguiria exercer Na perspectiva dos direitos, da 
autonomia que ele tem, são coisas que o Serviço Social mobiliza e outros setores da empresa 
não tem nem a capacitação nem o compromisso político para realizar. 
Os Assistentes Sociais trazem como competências da profissão nas empresas privadas 
o comprometimento com o Projeto Ético-Político, a Lei de Regulamentação da Profissão, o 
9 
 
Código de Ética, conhecimento da Rede Socioassistencial, planejamento, gestão, destaca-se 
ainda, a capacidade investigativa, de leitura da realidade, ser propositivo de trabalho em 
equipe, de criatividade, capacidade argumentativa, de articulação, visão crítica e postura 
estratégica. 
Primeiro de tudo é ter conhecimento claro do projeto Ético-Político, dos 
pilares que o fundamentam, a lei de regulamentação e o Código de Ética Profissional. 
Conhecimento do trabalho que se desenvolve e conhecimento da Rede Sócio 
Assistencial (ABREU e col., 2010 p. 110). 
As principais atividades desempenhadas pelo Assistente Social nas organizações 
privadas, seriam o atendimento ao público interno (trabalhador) e externo (familiares e 
comunidade). Sendo estas: atendimento a trabalhador afastado do trabalho; com 
comprometimento labor ativo para a área de atuação; acompanhamento em processo de 
reabilitação profissional; abordagem social; visita domiciliar; análise socioeconômica; 
atendimento aos familiares; ações de prevenção à saúde e uso de drogas; relacionamento com 
as lideranças comunitárias; gestão de benefícios; gestão de clima organizacional;gestão de 
projetos sociais; educação ambiental e programa de qualidade de vida no trabalho. 
Aludem como demandas do Assistente Social mudança de hábitos, atitudes, 
comportamentos, de caráter educativo, referentes ao absenteísmo, alcoolismo, relacionados à 
vida privada do trabalhador e no que se refere aos conflitos familiares, dificuldades 
financeiras, doenças, tendo como foco a manutenção da força de trabalho, relacionamento 
interpessoal entre colegas de trabalho, saúde do trabalhador, acompanhamento de funcionários 
afastados, negociação/intermediação de questões do trabalhador com a empresa, análise para 
o processo de contratação e demissão de funcionários, planejamento anual da empresa. 
Os profissionais de Serviço Social veem a sua atuação nas empresas privadas como de 
suma importância, pois esse profissional, devido ao seu conhecimento técnico-operativo e 
teórico-metodológico e com sua visão do todo, obtém competências que outros profissionais 
não possuem e não tem um compromisso ético-político para trabalhar com determinadas 
questões relacionadas à relação entre empresa e trabalhador. 
O Assistente Social, ao se inserir no espaço sócio ocupacional das empresas privadas, 
deve possuir o compromisso de desenvolver ações que venham a contribuir para efetivação 
dos direitos dos trabalhadores, para melhores condições de trabalho e uma ampliação na 
consciência política. 
Existem muitas possibilidades no setor privado como nas Escolas, Faculdades, Centros de 
10 
 
Saúde, Sindicatos, Creches, Consultorias, entre outras. 
O Serviço Social na educação, como exemplo, configura-se ainda como um desafio a 
ser transposto, cabendo ao profissional se desdobrar no exercício de suas habilidades e 
competências buscando o fortalecimento de uma gestão democrática dentro da escola e ainda 
estimulando a comunidade escolar a participar do processo educacional, compreendendo 
comunidade escolar como todos os educadores: professores, merendeiros, técnicos 
administrativos, porteiros, pais, responsáveis, famílias como um todo, alunos e outros atores 
que compõem a dinâmica escolar. Esta atuação configura-se como um conjunto de ações 
integradas de orientação a serem executadas de forma a proporcionar a melhoria no 
desempenho acadêmico do aluno e conseqüentemente da sua qualidade de vida. 
A formação educacional da criança e do adolescente não se realiza somente na sala de 
aula, mas abrange um conjunto de atividades que, desempenhadas pela escola, proporcionará 
a eles a esperança de uma vida adulta satisfatória como pessoas e cidadãos. 
Cabe ao Assistente Social realizar uma atuação pautada na ética, com posicionamento 
em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e 
serviços, tido como um dos princípios fundamentais a serem seguidos pelo assistente social. 
No âmbito do ensino superior, a Assistência aqui explicitada é aquela inserida no 
campo dos direitos, da universalização dos acessos, das ações pró-permanência de qualidade, 
e da responsabilidade estatal com a educação, isto é, a democratização do ensino superior 
público, gratuito e de qualidade. 
Apesar das dificuldades com relação a implementação e execução das ações de 
Assistência Estudantil, em especial a falta de recursos financeiros para ampliar o número de 
bolsas, é inegável a sua relevância dentro da universidade por todos os aspectos, sendo, 
também, inegável a importância de um profissional que identifique as necessidades desses 
alunos destacando a figura do Assistente Social, como o profissional que irá viabilizar a 
igualdade de condições para promover o ingresso, a permanência e conclusão destes alunos, 
numa perspectiva de autonomia, direitos e cidadania plena. 
 
 
 
11 
 
4. OS ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
TERCEIRO SETOR 
O termo “Terceiro Setor”, de origem norte-americana, surge como conceito 
consolidado nos Estados Unidos em 1978, tendo como idealizador John D. Rockefeller III. 
No Brasil, o termo surge através da Fundação Roberto Marinho, sendo apresentado ao mundo 
por meio de empresas e intelectuais ligados à burguesia, o que faz com que reflitamos o 
porquê deste empenho em desenvolver ações institucionais voltadas para a refilantropização 
no trato da Questão Social, assim como evidencia Montaño (2007, p.53) ao afirmar que “isso 
sinaliza clara ligação com os interesses de classe, nas transformações necessárias à alta 
burguesia”. 
O que entende que constitui o chamado ‘Terceiro Setor’, sendo denominados para essa 
suposta esfera da sociedade as fundações empresariais, Organizações não Governamentais 
(ONGs), Organizações Sem Fins Lucrativos (OSFL), Organizações da Sociedade Civil (OSC), 
Entidades de Direito Privado, etc., entre outras instituições. Dessa forma, o termo “Terceiro 
Setor” é formado a partir de recortes sociais, por meio de esferas, num âmbito neopositivista, 
funcionalista e estruturalista que isola os, já citados, setores, em que a existência dos mesmos 
na sociedade se dá de uma forma fragmentada e dicotomizada “Como se o 'político' 
pertencesse à esfera estatal, o 'econômico' ao âmbito do mercado e o 'social' remetesse apenas 
à sociedade civil, num conceito reducionista” (MONTAÑO, 2007, p.53). 
O Terceiro Setor, que surge como uma tática do governo e das entidades privadas, 
sendo uma forma de filantropização no trato da Questão Social é um fenômeno que envolve 
um número significativo de organizações e instituições, tais como Organizações Não-
Governamentais, Organizações “Sem Fins Lucrativos”, Instituições Filantrópicas, 
Associações, empresas ditas “Cidadãs”, entre outras, e ainda, sujeitos individuais, sejam eles 
voluntários ou não. 
Isso posto, é relevante destacar que uma das contradições que encontramos no terceiro 
setor são as instituições denominadas de Organizações Não-governamentais (ONGs) ou as 
instituições Sem Fins Lucrativos que atendem aos ideais e conceitos neoliberais, e acabam por 
receber financiamento do próprio Estado ou de grandes empresas capitalistas, utilizando em 
suas atividades, recursos provenientes de tais setores. 
12 
 
No tocante as atividades desenvolvidas pelos Assistentes Sociais nessas instituições, 
podemos destacar à questão do encaminhamento de usuários(as) que demandam serviços não 
disponíveis pelas instituições do Estado. Dessa forma o(a) profissional trabalha fazendo 
encaminhamentos entre as várias instituições do Terceiro Setor. Isso se dá através de parcerias 
desenvolvidas entre Entidades Filantrópicas, e entre estas e o Estado. Há também a captação 
de voluntários como sendo uma das atividades desenvolvidas nas instituições a depender da 
natureza das mesmas. É comum em instituições do Terceiro Setor o desenvolvimento de 
trabalhos através do voluntariado tendo em vista à difusão dos valores da “solidariedade” na 
sociedade (IAMAMOTO, 2009). 
Nessas instituições os atendimentos são voltados para segmentos e grupos específicos, 
tendo por base o princípio da seletividade no Atendimento Social. O trabalho do Assistente 
Social “passa a ter, portanto, sentidos e resultados sociais bem distintos, o que altera o 
significado social do trabalho técnico-profissional, bem como ainda seu nível de abrangência” 
(ALENCAR, 2009, p.458). 
Sendo assim, o que pode proporcionar ao Assistente Social suporte para enfrentar as 
estratégias neoliberais, em que se consolida a perda de direitos e a desumanização do ser 
social? Em que deve estar balizada a práxis profissional do(a) Assistente Social? 
Nesse contexto de contradições, o(a) profissional do Serviço Social deve buscar por 
meio da qualificação, do conhecimento e análise crítica da realidade estratégias que o(a)possibilite enfrentar o projeto neoliberal, a fim de legitimar-se mediante a tendência 
devastadora da “área social” “nisso estão jogadas todas as cartas, para a profissão e para os 
setores subalternos da sociedade” (MONTAÑO, 1999). 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
5. PERSPECTIVA CRÍTICA AO TERCEIRO SETOR 
O Estado garante que os interesses financeiros, estejam acima dos demais interesses. O 
poder econômico está acoplado ao Estado, fazendo dele um instrumento de garantia dos seus 
interesses. Ou seja, o poder do capital está solidamente alicerçado ao Estado, que enquanto 
aparelho de força, garante por meio da propriedade privada e das relações jurídicas, a 
existência do mercado, que, por sua vez, assegura o processo de valorização do capital. Por 
isso o Estado não é capitalista apenas porque está submetido à influência direta do capital, 
mas por razões estruturais, por ser integrante direto das relações de produção capitalista. 
Chamado de Estado estrategista, que participa ativamente das decisões sobre investimentos e 
normas, sempre voltadas para o interesse do capital financeiro. Por isso, toda a geração de 
renda e riqueza subordina-se aos imperativos da valorização financeira, adapta processos ao 
aproveitamento de ganhos pela acumulação financeira e exige da produção ganhos elevados, 
com mais exploração do trabalho. 
Nas últimas décadas a questão das desigualdades no Brasil é bastante mencionada, 
sobretudo, quanto à atuação do denominado Terceiro Setor e as instituições filantrópicas. 
Segundo Marx (2008), é primordial que o capital humano busque a emancipação humana. Por 
outro lado, as instituições filantrópicas, localizadas no terceiro setor, estão cada vez mais 
direcionadas ao interesse do grande capital. 
Esse Terceiro Setor está na verdade perpetuando a miséria e a exclusão social, onde 
essas organizações apenas e tão somente reforçam a pobreza e indulgência, reforçando um 
assistencialismo há muito defasado e sendo absolutamente funcionais e obedientes ao capital, 
destruindo a cidadania focada nos direitos sociais conquistados a duras penas. 
É possível perceber, conforme conclui Montaño (2010, p. 271), que ocorreu uma 
"instrumentalização da sociedade civil, transformando-a ideologicamente no passivo e 
funcional Terceiro Setor", onde as ONGs passaram paulatinamente, a ocupar o lugar dos 
movimentos sociais, deslocando-os de seu espaço de luta e da preferência na adesão popular. 
Dessa forma ainda segundo o autor (MONTAÑO, 2010, p. 274): 
O resultado é a mudança na forma e conteúdo das lutas sociais neste âmbito; 
mais dócil relação com o capital e com o Estado; despolitização e esvaziamento das 
organizações populares, e suas demandas sociais agora intermediadas pelas ONGs. 
14 
 
Assim, considerando-se uma perspectiva crítica, a atuação do chamado Terceiro Setor 
seria apenas tão somente, uma ação dentro de uma " irracionalidade global", coadunando com 
um projeto político dominante. Santos (2013), vai além ao afirmar "que a irracionalidade 
global de hoje é uma ditadura das necessidades". 
Fontes (2010) é firme em sua crítica quanto ao Terceiro Setor e tudo que o engloba 
este termo, afirmando que na verdade ocorre uma mercantilização da filantropia iniciada na 
década de 70, sobretudo no que diz respeito ao Voluntariado, onde consolida-se uma 
subalternização direta da força de trabalho, as quais ficaram subordinadas a dinâmica da 
reprodução da vida social sob o capital-imperialismo. 
Fontes (2010) menciona que na verdade existe um fictício Terceiro Setor, onde 
abandona-se a reflexão de classes sociais, aceitando-se a subalternização da participação 
popular, sendo o termo Terceiro Setor confuso e vago, o qual oculta as classes e lutas que 
contestam diretamente a dominação de classes. Afirma Fontes (2010, p. 292): 
As ONGs trazem um novo formato social para as relações de trabalho: mão 
de obra desprovida de direitos e da própria identidade operária. Outro exemplo sobre 
essa massiva transformação de força de trabalho de novo tipo é o voluntariado, 
configurando um exército de trabalhadores. 
Em suma, Fontes (2010) salienta que na verdade, o termo vago, se traduz em uma 
"etiqueta elástica", onde ocorre um gotejamento de migalhas, ou melhor, a generalização da 
política de conta gotas, que mantém sobre o trabalho, onde ocorre sistematicamente a 
renovação de formas tradicionais de exploração. 
Finalmente, uma face desta perspectiva crítica pode ser percebida nos ensinamentos de 
Engels (2012, p. 222-223), segundo o qual: 
Quanto mais progride a civilização, mais se vê obrigada a encobrir os males 
que traz necessariamente consigo, ocultando-os com o manto da caridade, 
enfeitando-os ou simplesmente negando-os. Em uma palavra: elabora-se uma 
hipocrisia convencional, desconhecida pelas primitivas formas de sociedade e pelos 
primeiros estágios da civilização, que culmina com a declaração de que a classe 
opressora explora a classe oprimida exclusiva e unicamente para o próprio benefício 
desta. E, se a classe oprimida não o reconhece, e até se rebela, isso, além do mais, 
revela sua mais negra ingratidão para com seus benfeitores, os exploradores. 
Conclui-se que ainda existe a velha dualidade do público e privado, e da classe 
burguesa e classe trabalhadora. Contradições que estiveram presentes durante a história na 
formação do Estado e da sociedade e, por conseguinte, da sua burguesia, considerando-se a 
classe e seu papel social, também estão presentes na formação do terceiro setor. 
15 
 
Para se entender o Estado, é preciso entender a sociedade. As bases da sociedade estão 
na economia política, com perspectiva crítica, de onde vem as bases para se entender o 
processo de constituição da sociedade civil. 
É possível, contudo, pensar em melhoras para a população em condições de 
necessidade, gerando um ânimo para os indivíduos que tanto almejam melhores condições de 
vida em um mundo globalizado cheio de desigualdades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
6. A EXPERIÊNCIA DE CAMPO 
Localizado no subúrbio carioca de Realengo, na Avenida Brasil Nº 30.000, numa área 
de 10.000 metros quadrados, com edifício principal e vários chalés espalhados, o Abrigo 
Amai-vos Uns aos Outros, fundado em 1959, dispõe de capacidade para 100 pessoas. Está 
situado na mesma área da Administração Nacional do SASE, Serviço de Assistência Social 
Evangélico, fundado em 1955, e do Auditório Pavilhão da Mulher Cristã e da Capela da Porta 
Aberta. 
O abrigo é conveniado ao Estado, e foi escolhido para maior experiência e clareza das 
possibilidades de atuação de um Assistente Social dentro de uma Instituição Filantrópica que 
tem como missão acolher idosos acima de 60 anos. 
A Assistente Social Heloisa Bittencourt nos recepcionou de forma atenciosa e se 
mostrou disposta a nos apresentar um pouco das atividades que exerce. 
Em seu escritório foi nos concedido uma entrevista relatando a sua história na 
instituição, desde a sua saída do meio acadêmico para o campo profissional. Quais suas 
atribuições desenvolvidas e o tipo de trabalho que exerce: 
Depois que me formei trabalhei como professora em um período de 10 
anos. Nunca havia trabalhado atuando em campo. Quando surgiu a oportunidade de 
trabalhar no Abrigo de Santa Cruz, Nosso Lar, não possuía nenhuma experiência em 
abrigos. Então, recolhi todo o material que existia na instituição que os profissionais 
anteriores haviam deixado. Me encontrei com uma outra Assistente Social que 
trabalhava no Abrigo infantil Lar da Criança, que ficava ao lado do abrigo de Santa 
Cruz, que me ajudou e me orientou a ir nos locais que precisaria para buscar 
informações que me ajudariam nas minhas atividadesque exerceria. Juntando todas 
as informações, criei um caderno de recursos que me servia de suporte, que possuía 
endereços, telefones, órgãos públicos, entre outros, a chamada Rede que me servia 
de alcance para as demandas do trabalho. 
Através dessas informações fui desenvolvendo o meu método de trabalho 
dentro da instituição. Comecei a montar meus próprios questionários, a criar fichas 
de usuários de acordo com a necessidade que a instituição demandava. 
Depois de 2 anos trabalhando na instituição, fui transferida do Abrigo 
Nosso Lar para o Abrigo Amai-vos Uns aos Outros, aqui em Realengo, devido ao 
ocorrido com a Fazenda Modelo que foi desestruturada encaminhado então, mais 40 
idosos para Realengo que já possuía 20. Deixei meu trabalho com outra assistente 
social e iniciei esta nova etapa. Segui os mesmos procedimentos que exercia no 
outro abrigo, adequando de acordo com o local que até então, não possuía nenhum 
assistente social. Desde então, se passaram 18 anos. (informação verbal).1 
Podemos então, perceber como realmente é o trabalho de Serviço Social. Quais 
 
1 Entrevista concedida por Bittencourt, Heloisa. Entrevista I. [mai. 2018]. Entrevistadores: Anderson, Elen, 
Juliana e Kelly. Rio de Janeiro, 2018. 1 arquivo .mp3 (28 min). A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice A. 
17 
 
dificuldades que impossibilitam um melhor desenvolvimento e, também, as experiências 
adquiridas ao longo do tempo que vão se aperfeiçoando, e como exercer de maneira ética e 
eficaz traz muito crédito para o profissional. 
A partir deste relato compreendemos melhor as dificuldades encontradas nas 
instituições. E para que possam ser transpostas é necessário a aplicação de métodos 
adquiridos ao longo da formação acadêmica ajustando-os e encaixando-os de acordo com as 
possibilidades encontradas nas instituições. 
É preciso organizar o máximo de informações possíveis e ir em busca de meios que 
facilitem o atendimento e as necessidades dos usuários. 
Como objetivo da Assistente Social Heloisa Bittencourt (informação verbal)2 dentro da 
instituição e suas principais atribuições: 
Não possuo uma rotina clara, pois sou uma Assistente 
Social/Administradora, então, não realizo apenas o meu trabalho de Serviço Social. 
O que realizo dentro dessa atribuição e como objetivo é resgate da cidadania. O 
idoso é recebido na instituição. Checo toda a sua documentação, seus benefícios, e 
organizo seus documentos. Respondo ofícios do Ministério Público. Eu organizo a 
vida do idoso em sociedade. Insiro-o de volta a sociedade e conscientizo-o de sua 
cidadania. Esses são idosos sem família. Os que possuem família, tentamos 
fortalecer os vínculos, pois geralmente, estão cortados devido a vida que o idoso 
levava por conta, muitas vezes, do álcool, drogas, entre outras. Então tentamos reatar 
esses vínculos. Sempre tentando trazer a família a responsabilidade do idoso 
São atribuições e objetivos que demandam estudo dos casos, acompanhamentos 
minuciosos de cada situação e o comprometimento em atender as necessidades de cada 
usuário. Percebemos então, que o Assistente Social precisa manter uma neutralidade para lidar 
com cada situação e que não deve se envolver emocionalmente. Afinal é uma profissão e 
como todas possui um objetivo a ser alcançado dentro das possibilidades de atuação. 
O Abrigo Amai-vos Uns aos Outros tem capacidade para acomodar até 100 idosos e 
atualmente conta com 48 acolhidos. E conta com atividades internas: 
Temos a nossa disposição uma pedagoga e possuímos uma equipe de 
estagiários em pedagogia que desenvolveram um trabalho de psicomotricidade 
dentro da instituição. É um trabalho de terapia ocupacional com os idosos em que 
realizam atividades como pintura e dobradura. (informação verbal).3 
A instituição também conta com uma enfermeira chefe e uma equipe de técnicos de 
enfermagem 24 horas a disposição para atender os idosos. 
 
2 Ibid., p. 25 
3 Ibid., p. 25 
18 
 
Dentro de nossa perspectiva em decorrência de todo o trabalho relatado e o acesso aos 
espaços dentro da instituição, foi nos enriquecido maior conhecimento e abrangência das 
funções exercidas de um Assistente Social. Compreendemos as dificuldades que serão 
encontradas independente da área de atuação, e que conhecimento, ética e o esforço para 
cumprir com os objetivos do trabalho, trazem grande benefício e maior acesso a 
possibilidades. À exemplo da Assistente Social Heloisa Bittencourt (informação verbal)4 que 
devido ao seu trabalho de anos, alcançou total autonomia para trabalhar dentro da instituição 
se tornando sua própria chefia que coordena todo o abrigo, ganhando total liberdade do diretor 
para atuar dentro da instituição. 
Isso demonstra satisfação em cumprir com os objetivos e deveres do Serviço Social 
que é o propósito do trabalho do Assistente Social em mediar as relações entre a classe 
burguesa e a classe trabalhadora, buscando alcançar um equilíbrio no meio social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4Ibid., p. 24 
19 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O conteúdo deste trabalho é de extrema relevância para o conhecimento das atividades 
exercidas de um Assistente Social e as possibilidades de atuação dentro dos mais diversos 
espaços sócio ocupacionais. 
As pesquisas e o trabalho de campo enriqueceram de forma grandiosa nosso 
conhecimento em relação a profissão, nos fazendo compreender de forma direta como é o 
trabalho realizado de um Assistente Social dentro das instituições. 
Nossa consciência compreende melhor quais tipos de situações poderemos encontrar e 
como proceder de forma ética e profissional diante desses desafios. Nos fez compreender a 
necessidade da aplicação de uma metodologia de trabalho que atenda da melhor forma as 
necessidades dos usuários. E como a criação de programas e projetos é essencial para o 
desenvolvimento dos mesmos. 
Como já dizia o filosofo inglês Francis Bacon: “Conhecimento é poder”. E este é a 
maior necessidade para exercer a profissão. Para que seja eficaz o trabalho do Assistente 
Social é necessário entender as múltiplas expressões da Questão Social e estudar as 
possibilidades de intervir em seu agravamento buscando encontrar o equilíbrio Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
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24 
 
 
APÊNDICE A – Entrevista transcrita 
Arquivo: 1 – Tempo de gravação: 28 minutos e 35 segundos 
Realizada em 23 de Maio de 2018 
Obs. Partes da entrevista foram suprimidas em função do contexto e o objetivo da conversa. 
Entrevistadores: Anderson, Elen, Juliana e Kelly. 
Entrevistada: Heloisa Bittencourt Assistente Social. 
P: Como foi a sua inserção, desde a sua saída do meio acadêmico para o campo profissional. 
Relatando um breve resumo sobre os espaços ocupacionais que trabalhou e as situações 
encontradas ao longo do tempo? As condições atuais para realizar seu trabalho, são condições 
que atendem a necessidade para atender as demandas da profissão? 
R: Depois que me formei trabalhei como professora em um período de 10 anos. Nunca havia 
trabalhado atuando em campo. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar no Abrigo de Santa 
Cruz, Nosso Lar, não possuía nenhuma experiência em abrigos. Então, recolhi todo o material 
que existia na instituição que os profissionais anteriores haviam deixado. Me encontrei com 
uma outra Assistente Social que trabalhavano Abrigo infantil Lar da Criança, que ficava ao 
lado do abrigo de Santa Cruz, que me ajudou e me orientou a ir nos locais que precisaria para 
buscar informações que me ajudariam nas minhas atividades que exerceria. Juntando todas as 
informações, criei um caderno de recursos que me servia de suporte, que possuía endereços, 
telefones, órgãos públicos, entre outros, a chamada Rede que me servia de alcance para as 
demandas do trabalho. 
Através dessas informações fui desenvolvendo o meu método de trabalho dentro da 
instituição. Comecei a montar meus próprios questionários, a criar fichas de usuários de 
acordo com a necessidade que a instituição demandava. 
Depois de 2 anos trabalhando na instituição, fui transferida do Abrigo Nosso Lar para o 
Abrigo Amai-vos Uns aos Outros, aqui em Realengo, devido ao ocorrido com a Fazenda 
Modelo que foi desestruturada encaminhado então, mais 40 idosos para Realengo que já 
possuía 20. Deixei meu trabalho com outra assistente social e iniciei esta nova etapa. Segui os 
mesmos procedimentos que exercia no outro abrigo, adequando de acordo com o local que até 
então, não possuía nenhum assistente social. Desde então, se passaram 18 anos. 
Em meu escritório realizo atendimento individual ao idoso e a família. Quando é uma reunião 
que necessita de participação de mais indivíduos possuímos um auditório que atende a 
necessidade. Contamos com um espaço muito amplo neste abrigo como: capela, auditório 
para as reuniões, temos jardim e leitos que atendem até 100 idosos. 
Dentro desta instituição sou a minha própria chefia que coordena todo este abrigo. O diretor 
do abrigo me dá total liberdade para atuar na instituição. 
P: A senhora tem total autonomia. Como a senhora acha que conseguiu essa autonomia para 
trabalhar? 
R: Dezoito anos de trabalho. Apesar de que sou institucionalizada, as pessoas acreditam que 
esses profissionais são pouco direcionados pelas instituições. Em contrapartida com outra 
instituição em que trabalhei em que era totalmente direcionada. Não me disponibilizavam um 
local para atendimento, pois realizava esses atendimentos em uma cozinha. Não possuía 
25 
 
liberdade para conversar com o usuário. O que um Assistente Social pode fazer em uma 
instituição como essa? Devido a isso eu saí. 
P: Quantos idosos tem atualmente na instituição? 
R: Atualmente contamos com 48 idosos. 
P: Como funciona a inserção do idoso na instituição? 
R: Como somos uma instituição conveniada ao Estado, a central de Recepção Carlos Portela 
que cuida da recepção de idosos da Prefeitura. É realizada uma triagem pelo médico em 
idosos acima de 60 anos e verificamos se está lúcido e orientado. Trabalhamos com idosos em 
3 graus de dependência: grau de dependência 1, são idosos que usam óculos ou muletas; grau 
de dependência 2, são idosos que tem necessidades de auxilio em até 2 atividades da vida 
diária, como banho e alimento; grau de dependência 3, são idosos que necessitam de 3 ou 
mais auxilio em atividades da vida diária, como auxilio para banho, se alimentar, para se 
vestir. Geralmente são idosos acamados, que não podem mais andar, ou seja totalmente 
dependente. 
O grau 3 atualmente não estamos recebendo, porque não possuímos funcionários suficientes 
para cuidar desses idosos. O grau 2 já atingimos nossa cota de acordo com a vigilância 
sanitária, que diz que cada instituição pode ter até no máximo 5% de idosos em grau 2. Na 
nossa instituição temos 48 idosos, então só podemos ter 2 idosos desse grau, além disso não é 
permitido. 
P: Quais os tipos de atividade que é realizada com a família do idoso? 
R: Não realizamos atividades com o idoso em família. Quando há reunião com a família o 
idoso não participa e geralmente trabalhamos a família separada do idoso quando tem algum 
problema. Os idosos realizam trabalhos separados. 
Temos a nossa disposição uma pedagoga e possuímos uma equipe de estagiários em 
pedagogia que desenvolveram um trabalho de psicomotricidade dentro da instituição. É um 
trabalho de terapia ocupacional com os idosos em que realizam atividades como pintura e 
dobradura. 
P: Esses idosos possuem visitas? 
R: Sim. De segunda a sexta a partir das 09:00 horas, que é quando já estão de banho tomado, 
até as 17:00 horas, que as 17:30 eles jantam e depois começam a se recolher para descansar. 
P: Possui enfermeiros? 
R: Sim. Temos uma enfermeira chefe e temos técnicos de enfermagem 24 horas. 
P: Qual a sua principal atuação e seu objetivo dentro da instituição? 
R: Não possuo uma rotina clara, pois sou uma Assistente Social/Administradora, então, não 
realizo apenas o meu trabalho de Serviço Social. O que realizo dentro dessa atribuição e como 
objetivo é resgate da cidadania. O idoso é recebido na instituição. Checo toda a sua 
documentação, seus benefícios, e organizo seus documentos. Respondo ofícios do Ministério 
Público. Eu organizo a vida do idoso em sociedade. Insiro-o de volta a sociedade e 
conscientizo-o de sua cidadania. Esses são idosos sem família. Os que possuem família, 
tentamos fortalecer os vínculos, pois geralmente, estão cortados devido a vida que o idoso 
levava por conta, muitas vezes, do álcool, drogas, entre outras. Então tentamos reatar esses 
vínculos. Sempre tentando trazer a família a responsabilidade do idoso. 
26 
 
P: Os idosos aposentados, quem recebe os benefícios dele. No caso, se não for lúcido, é a 
família que recebe? Ou vocês acompanham e recebem por ele? 
R: Não recebemos benefício de ninguém. O idoso que é lúcido recebe o benefício dele. O que 
não é lúcido encaminhamos para o Ministério Público em que é realizada a Curatela, então 
tem um Curador Judicial que recebe por esse idoso. E tudo o que pedimos ao curador é 
enviado. Por exemplo: uma idosa precisava de cama e guarda-roupa, informamos ao Curador 
a necessidade e o valor que seria suficiente, e ele enviou o determinado valor para nossa conta 
e depois tivemos o trabalho de enviar as notas ficais para comprovação da compra. 
P: Quais as maiores dificuldades encontradas atualmente no seu trabalho? 
R: A maior dificuldade é com relação a saúde, para consultas e exames. Essa dificuldade é 
fruto da nossa rede de saúde ser deficiente. Na Clínica da Família conseguimos receber os 
medicamentos necessários para os idosos. O SASE tem nos ajudado com algumas consultas e 
atendimentos, no entanto tem casos que precisam de profissionais mais específicos que é onde 
encontramos nossa maior dificuldade como os profissionais da saúde mental. Que é 
praticamente impossível conseguir uma consulta. 
 
Concluímos a entrevista e realizamos um breve tour para conhecermos os espaços da 
instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
APÊNDICE B – Fotos dos espaços da instituição Amai-vos Uns aos Outros. 
 
 
 
28

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