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ADRIANA MARINHO TELES-ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL E CREAS-UNIASSELVI

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1 
 
RECONHECIMENTO DOS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL 
COM ATUAÇÃO NO CREAS 
 
 
1
Adriana Marinho Teles 
Orientador/Tutor: Thiago Luiz de Almeida 
 
Resumo: Esse artigo trata sobre o reconhecimento dos espaços de atuação do 
assistente social com atuação no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social). Diante disso, o presente artigo reflete de modo informativo e reflexivo a 
contextualização histórica da saúde no Brasil, o seu desenvolvimento de acordo com as 
necessidades para circulação de novos projetos e programas para a saúde. Mostra que o 
Serviço Social é uma profissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93, com o exercício 
profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, tendo como 
atuação profissional o combate às desigualdades e injustiças sociais em todas as esferas da 
sociedade. Possui como objetivos mostrar que pode ser desenvolvido o nível acadêmico 
(teórico-prático) e político da profissão (coletivamente) e do profissional (individualmente) 
para realizar com maior competência sua tarefa, dando respostas mais sólidas às demandas 
colocadas pela sociedade. A metodologia utilizada nesse artigo foi o de levantamento 
Bibliográfico. Como resultados, evidencia que o serviço social está inserido na área da saúde, 
e dessa forma busca compreender e interagir na vida de seus atendidos, saber um pouco mais 
da realidade daquele usuário. Tem a preocupação em contribuir para o debate crítico da base 
de sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social frente a certos elementos do contexto 
atual, tais como a globalização, o neoliberalismo, e as mudanças no mundo do trabalho, e 
dessa forma adquirindo mais conhecimento ao longo de suas práticas diante das situações 
retratadas. 
 
 
Palavras-chave: Atuação; Serviço Social; CREAS. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Esse artigo trata sobre o reconhecimento dos espaços de atuação do assistente social 
com atuação no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Diante 
disso, o presente artigo reflete de modo informativo e reflexivo a contextualização histórica 
da saúde no Brasil, o seu desenvolvimento de acordo com as necessidades para circulação de 
novos projetos e programas para a saúde. Mostra que o Serviço Social é uma profissão 
 
1 Aluna de graduação em Serviço Social da Faculdade UNIASSELVI. E-mail: 
adrianamarinhoteles@gmail.com 
2 
 
regulamentada pela Lei nº 8.662/93, com o exercício profissional regido pelo Código de Ética 
Profissional dos Assistentes Sociais, tendo como atuação profissional o combate às 
desigualdades e injustiças sociais em todas as esferas da sociedade. 
Faz uma abordagem sobre os seguintes problemas: Como pode ser o trabalho do 
assistente social inserido no CREAS e os espaços de atuação? 
Possui como objetivos mostrar que pode ser desenvolvido o nível acadêmico (teórico-
prático) e político da profissão (coletivamente) e do profissional (individualmente) para 
realizar com maior competência sua tarefa, dando respostas mais sólidas às demandas 
colocadas pela sociedade. 
A metodologia utilizada nesse artigo foi o de levantamento Bibliográfico e 
Documental que, segundo Gil (2010, p. 29-31): “a pesquisa Bibliográfica é elaborada com 
base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material 
impresso como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos”. 
Como resultados, evidencia que o serviço social está inserido na área da saúde, e dessa 
forma busca compreender e interagir na vida de seus atendidos, saber um pouco mais da 
realidade daquele usuário. Tem a preocupação em contribuir para o debate crítico da base de 
sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social frente a certos elementos do contexto 
atual, tais como a globalização, o neoliberalismo, e as mudanças no mundo do trabalho, e 
dessa forma adquirindo mais conhecimento ao longo de suas práticas diante das situações 
retratadas. 
 
 
2. ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL E O CREAS 
 
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) constitui-se 
numa unidade pública e municipal onde se ofertam serviços especializados e continuados a 
famílias e indivíduos nas diversas situações de violação de direitos. Como unidade de 
referência deve promover a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a 
dispersão dos serviços e potencializar ações para os (as) usuários (as). 
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é uma unidade 
pública estatal de abrangência municipal que tem como papel constituir-se em uns lócus de 
referência, nos territórios, da oferta de trabalho social especializado no amparo à família e 
indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos. 
3 
 
Sobre a área de atuação, seus objetivos e finalidades, visa promover o exercício da 
cidadania, da ética, dos direitos Humanos, da democracia e da construção de uma sociedade 
mais justa e pacifica; participar de rede sócia assistencial em defesa e garantia de direitos. 
Ofertar serviços especializados e continuados que possam contribuir para: assegurar 
proteção social imediata e atendimento interdisciplinar às pessoas em situação de violência 
visando sua integridade física, mental e social; fortalecer os vínculos familiares e a 
capacidade protetiva da família; fortalecer as redes sociais de apoio da família; processar a 
inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos, conforme 
necessidades; reparar de danos e da incidência de violação de direitos; prevenir a reincidência 
de violações de direitos. 
Demandas atendidas são de Proteção Especial de média e alta complexidade. 
Orientação e apoio sócio familiar; Plantão social; Abordagem de Rua; Cuidado no 
domicilio, serviço de habilitação na comunidade das pessoas com deficiência; Medidas 
socioeducativas em meio aberto (PSC- Prestação de serviço à liberdade comunidade e LA- 
Liberdade Assistida). Direcionamento legal de vítimas de violência; acompanha; desenvolve 
ações para diminuir o desrespeito preservando os direitos humanos; Atendimento integral 
institucional; Casa Lar; República Casa de Passagem; Albergue, Família substituta; Família 
Acolhedora; Medidas socioeducativa restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade 
internação provisória e sentenciada); trabalho protegido. 
São atendidos no CREAS, crianças, adolescentes, jovens, mulheres, pessoas idosas, 
pessoas com deficiência, e famílias, que vivenciam situações de ameaça e violações de 
direitos por ocorrência de abandono, violência física, psicológica ou sexual, exploração 
sexual, situação de rua, vivência de trabalho infantil e outras formas de submissão a 
situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir 
de autonomia e bem-estar. 
As principais ações/atividades que constituem o trabalho social essencial ao serviço 
e que devem ser realizadas pelos profissionais do CREAS são: acolhida; escuta; estudo 
social; diagnóstico socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e 
encaminhamentos para a rede de serviços locais; construção de plano individual e/ou 
familiar de atendimento; orientação sócio familiar; atendimento psicossocial; orientação 
jurídico-social; referência e contra-referência; informação, comunicação e defesa de 
direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; 
mobilização, identificação da família extensa ou ampliada; articulação da rede de serviços 
sócio assistenciais; articulação com os serviços de outras políticas públicas setoriais; 
4 
 
articulação interinstitucional com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; 
mobilização para o exercício da cidadania; trabalho interdisciplinar; elaboração de relatórios 
e/ou prontuários;estímulo ao convívio familiar, grupal e social; mobilização e 
fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio; dentre outros. 
O Serviço Social é uma profissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93, com o exercício 
profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, tendo como 
atuação profissional o combate às desigualdades e injustiças sociais em todas as esferas da 
sociedade. Há a base de sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social, ou seja, um 
profissional que surge dentro de um projeto político, no marco das lutas de classes 
desenvolvidas no contexto do capitalismo monopolista clássico, cujo meio fundamental de 
emprego se encontra na órbita do Estado, este último contratando-o para desempenhar a 
função de participar na fase final da operacionalização das políticas sociais. Nisso está sua 
funcionalidade e, portanto, sua legitimidade. Os avanços na área da saúde foram 
avassaladores, cabendo-nos destacar agora o Serviço Social, que na área da saúde chega em 
1990 com uma iniciante alteração na prática institucional, ainda desarticulando ao Movimento 
Sanitarista. Mobilizado em 1990 com o projeto neoliberal, o Estado se responsabiliza pelas 
formulações e participações nas políticas sociais e mínimo de atendimento aos que não podem 
pagar. Implantando neste mesmo ano dois projetos políticos em disputa na área da saúde, 
sendo o projeto privatista e o projeto da reforma sanitária apresentam diferentes requisições 
para o Serviço Social e ininterruptamente as atividades a serem executadas. 
O Serviço Social e os assistentes sociais de cada organização (privada ou estatal) e de 
cada área devem atribuir-se o papel de sujeitos neste processo, assumindo dupla coragem: 
cívica e intelectual, acabando com a inércia funcional. Esse profissional tem um papel 
transcendente na denúncia frente à opinião pública e aos organismos competentes, das 
transformações que sofrem as políticas sociais e os serviços prestados pelas organizações. Os 
avanços na área da saúde foram avassaladores, cabendo-nos destacar agora o Serviço Social, 
que na área da saúde chega em 1990 com uma iniciante alteração na prática institucional, 
ainda desarticulando ao Movimento Sanitarista. Mobilizado em 1990 com o projeto 
neoliberal, o Estado se responsabiliza pelas formulações e participações nas políticas sociais e 
mínimo de atendimento aos que não podem pagar. Implantando neste mesmo ano dois 
projetos políticos em disputa na área da saúde, sendo o projeto privatista e o projeto da 
reforma sanitária apresentam diferentes requisições para o Serviço Social e ininterruptamente 
as atividades a serem executadas. Entres as ações a serem praticadas pelo profissional do 
Serviço Social no âmbito da saúde, ressalte-se a necessidade de entrelaçar o conhecimento 
5 
 
teórico/ prático com as novas demandas da profissão, e no caso presente, pautar aos princípios 
da reforma sanitarista e ético político do Serviço Social. Articulando estratégias que efetivam 
o direito social lembrando que o código de ética apresenta ferramentas para o trabalho do 
profissional na saúde, visando o posicionamento contundente dos direitos humanos frente a 
equidade e justiça social de todos. Articulações em movimentos com outras categorias que 
lutam pelos direitos dos trabalhadores e compromisso com a qualidade dos serviços prestado 
a população intelectual, na perceptiva da competência profissional no Serviço Sanitário e 
Epidemiológico agora (MOTA, 2018, p. 47). 
Após enfatizar a base de sustentação funcional-operacional do Serviço Social, segundo 
Montaño (2007) descreve sobre as alterações no contexto sócio-econômico e político frente 
ao projeto neoliberal, pois afetam substancialmente essa base, e devem ser consideradas para 
que se possa determinar a magnitude e suas consequências sobre a realidade ocupacional do 
assistente social, a funcionalidade e a legitimidade da profissão. 
Ao descrever sobre tais alterações, Montaño (2007) aborda certas questões 
importantes, tais como o Estado donde emana sua legitimidade funcional, pontualizações 
referidas às transformações do mundo do trabalho, afetando não apenas a situação dos sujeitos 
com os quais se vincula profissionalmente, as classes que vivem do trabalho, mas também 
gerando importantes mudanças em sua condição de trabalhador assalariado, e finalmente, 
questões relacionadas com as substantivas variações macroestruturais, tanto políticas quanto 
econômicas e sociais, conhecidas sob a denominação de globalização. 
Assim, a partir dessas alterações Montaño (2007, p. 29) descreve “as mudanças no 
mundo do trabalho, a globalização, e o Estado mínimo”. 
Sobre as mudanças no mundo do trabalho, Montaño (2007, p. 34) afirma que 
“efetivamente, as transformações ocorridas no mundo do trabalho não são alheias aos 
fundamentos da proposta neoliberal nem a seus impactos políticos”. 
Essas alterações – na organização da produção, no gerenciamento da indústria, nas 
relações contratuais de trabalho, na comercialização – têm como fundamento a reestruturação 
produtiva. Então, segundo Montaño (2007), ocorre uma redução da força de trabalho, que 
somente é possível através do desenvolvimento tecnológico. Assim, há a substituição da mão 
de obra pela máquina automática, o computador. Com este panorama, não somente o 
trabalhador manual resulta supérfluo, mas também muitos cargos gerenciais, de inspeção, de 
engenharia industrial, administrativos, resultam prescindíveis. Com isso, há o desemprego 
estrutural. Porém, essa redução de trabalhadores não deve resultar em perda de lucros para o 
capitalista. 
6 
 
 
Então, há o estabelecimento do modelo de fábrica mínima, na qual os funcionários 
são contratados por serviços prestados, por trabalho à demanda e não por sua 
participação em uma jornada completa independentemente da flutuação da demanda 
do mercado ou da safra. Cria-se assim a empresa unipessoal ligada à empresa matriz, 
e esta inclusive pode reduzir capital variável e constante sem diminuir sua 
produtividade e comercialização subcontratando empresas produtivas. Com estas 
novas características a empresa matriz evita grandes investimentos, diminui custos e 
adequa sua produção em quantidade e qualidade às variações do mercado. A partir 
disso, ocorrem também mudanças no contrato de trabalho que exigem a criação de 
postos de trabalho com baixos salários de base incrementados pelas compensações, 
prêmios, comissões, etc., com isenção ou renúncia de benefícios trabalhistas, 
refletindo em relações contratuais flexíveis, implicando em redução dos custos de 
produção da força de trabalho ao capitalista. A relação de subcontratação de 
empresas permite algo inédito na história da produção: a globalização da produção. 
Este fenômeno permite à empresa-matriz subcontratar as empresas que produzem 
melhor e mais barato, não só em nível nacional, mas mundial. Assim, para adequar-
se às vantagens de competitividade, que supõe a subcontratação e organização da 
produção japonesa, e incorporá-las aos padrões de produção ocidental, o 
neoliberalismo propõe desenvolver uma versão própria desta forma de produção, 
conhecida como terceirização ou partner ship (MONTAÑO, 2007, p. 45). 
 
Sobre o Estado mínimo, Montaño (2007, p. 36) enfatiza que “para os neoliberais, o 
Estado não deve participar na atividade econômica com empresas públicas, e a proposta é 
passar às mãos privadas o que era de propriedade pública”. Então, ainda segundo o autor, 
“como consequência a isso há o declínio dos recursos estatais, pois se não há gastos, também 
não há ganhos”. É nesse sentido que se propõe a redução do gasto público e, particularmente, 
a diminuição dos recursos destinados às políticas sociais. As áreas sociais, neste caso, devem 
ser passadas também da esfera da sociedade civil (devem ser privatizadas) e/ou reduzidos seus 
recursos. 
As políticas sociais se constituem em fator desustentação funcional-ocupacional dos 
assistentes sociais (sua funcionalidade, sua instrumentalidade, sua legitimidade) e se 
estas foram significativamente alteradas no atual contexto sócio-econômico e 
político (suas orientações e funcionalidade) podemos, pois, afirmar que a base de 
sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social tem sofrido (ou ainda está 
sofrendo) transformações relevantes. As alterações nas políticas sociais dentro do 
contexto neoliberal não são somente prejudiciais às classes populares, beneficiárias 
de tais mecanismos, como também repercutem negativamente no desemprego do 
assistente social (MONTAÑO, 2007, p. 45). 
 
Desse modo, o Serviço Social recebeu as influências da modernização que se 
operaram no âmbito das políticas sociais, sedimentando suas ações na prática curativa, 
principalmente na assistência médica previdenciária maior empregador dos profissionais. 
Foram enfatizadas as técnicas de intervenção, a burocratização das atividades, a 
psicologização das relações sociais e a concessão de benefícios. Foi utilizada uma 
terminologia mais sofisticada e coerente com o modelo político econômico implantado no 
país (MOTA, 2018). 
7 
 
O Serviço Social antigamente era influenciado pela igreja católica pela concepção 
europeia, porém mais adiante fora impregnado de concepções norte-americanas. Sua inserção 
remonta a década de 30, respaldado pela Igreja Católica, assim como por alguns grupos 
burgueses. É importante salientar, que no Brasil, O Serviço Social se originou profundamente 
relacionado com a conjuntura econômica-social pela qual o país passava naquela época. 
A burguesia procurava (juntamente com a Igreja Católica e o Estado) programar as 
ações para conter os proletários, que há tempos já vinham demonstrando descontentamento 
com a situação de exploração, pobreza e falta de oportunidades. 
Em suas origens, o Serviço Social no Brasil está intimamente vinculado a iniciativas 
da Igreja especialmente de sua parcela feminina, predominantemente vinculada aos abastados 
setores da sociedade. 
Sua ideologia é justificada na doutrina social da Igreja configurando-se com um 
caráter missionário à atividade profissional. Dentro da perspectiva profissional de apostolado 
social a vocação de servir é concebida como uma escolha, oriunda de um chamado, 
justificado por motivações de ordens ética, religiosas ou políticas, só podendo aderir 
indivíduos dotados de certas aptidões particulares e dispostos a engajar toda a sua vida em um 
projeto que, antes de ser um trabalho, é uma missão. 
Dessa imagem deriva-se o caráter missionário da figura profissional que vem 
desenvolvendo suas atividades nas qualificações da linha divisória da profissão que se 
desencadeia por motivações puramente pessoais e idealistas. 
O Assistente Social começou a ser legitimamente remunerado, tornou-se um 
profissional assalariado, o que representou não necessariamente uma melhoria de suas 
atividades que levassem a luta contra os dominantes, representou, porém, uma maior, 
legitimação e consequentemente uma firmação de seu papel social. 
Os ‘benefícios’ concedidos por esta prática no transcorrer das décadas de 30 e 40 
serviram para encobrir as reais intenções subjacentes da classe burguesa. Além disso, os 
sindicatos da época eram marcados pela presença do Estado, onde deixava sua marca 
opressora e impedia de aflorar o direito político e social dos sindicalizados. 
Fica claro que o Serviço Social (se entendido mesmo antes de sua profissionalização) 
está intimamente ligado à própria evolução do Capitalismo, assim como traz consigo a marca 
perturbante da opressão sobre os operários, da alienação e exploração, inclusive a ausência de 
direitos básicos. 
8 
 
Está intimamente ligado com a ‘questão social’, e tem como fundamento básico 
acessar direitos para os menos favorecidos, para as camadas baixas e subalternas da 
população, onde atua. 
As políticas sociais foram formuladas a partir dos movimentos fragmentados causados 
pelos trabalhadores da época, sendo esses trabalhadores que sofriam subordinação na sua 
execução. Momento esse vivido por classes que muitas vezes tinham apenas sua força de 
trabalho e o proprietário (Burguesia) tinham as terras, assim realizam a troca, ou seja, a 
burguesia oferecia a terra (casa, comida) e os trabalhadores executavam o trabalho braçal em 
plantear e cuidar das terras de seus patrões. Os valores de uso formam o conteúdo material da 
riqueza, qualquer que seja a forma social desta. No tipo de sociedade a que nos propomos a 
estudar, os valores de uso, são, ademais o suporte material dos valores de troca 
(IAMAMOTO, 2005, p.33). 
Pode-se afirmar que a questão social é a luta por aquisição e hierarquia de poder, seja 
pela Igreja Católica da época, mercado ou Estado, pois se utilizavam dessas lutas para tentar 
amenizar e camuflar os conflitos causados pela negligência do Estado em custear condições 
de bem para a sociedade/trabalhador, ou seja, manter os direitos básicos, e políticas efetivas 
aos mesmos, pois o Capitalismo é um sistema que rebate diretamente nas relações sociais e 
principalmente nas camadas com mais vulnerabilidades, assim predominando as camadas 
dominantes que possui o meio de produção e visava apenas garantir seus interesses, enquanto 
a classe trabalhadora queria apenas o meio de sobreviver e garantir melhoria na qualidade de 
vida para si e seus familiares. 
Pode-se dizer que a consciência determina toda a evolução do ser, determinando sua 
força e relação social, pois transforma o meio em que vive, ou seja, sua realidade existente e 
as quais fazem parte, sendo um único processo de desenvolvimento, vivendo a realidade 
individual, grupal ou humano genérico. 
Essa relação do trabalhador com o produto de seu trabalho é uma exploração da parte 
do valor por ele criado, ou seja, o trabalhador se realiza no seu trabalho, porém criasse mais 
do que seria necessário, sendo um objeto estranho, por exemplo, na época do fordismo e 
taylorista que eram realizados por setores e os trabalhadores não viam seu trabalho completo, 
apenas parte dele. A força de trabalho em ação sendo a substância que produz a riqueza, a 
reproduz como riqueza para outros. Assim o trabalho se torna para os trabalhadores algo que é 
lhe estranho, que o modifica, o qual se aliena (IAMAMOTO, 2006, p. 69). 
Dentro desse mecanismo é notório que o ser humano não se realiza por completo, pois 
o mesmo se realizar em fazer tal trabalho, mas não por vê-lo concluído, tornando-se alienado 
9 
 
e condicionado aquele trabalho, sendo uma máquina ferramenta por ele (capital) controlado, o 
qual cria o novo para transformar agora numa atividade controlada, mecânica, desumanizante. 
Ainda abordando a respeito da Questão Social, o trabalho também irá abordar sobre o 
processo da profissão do Serviço Social, suas metodologias, seus instrumentais e sobre como 
a forma que o profissional lida mediante as expressões, que a cada momento muda o cenário, 
mas o trabalho ainda continua sendo o mesmo. 
Podendo dizer que no século XVIII a produção era de forma artesanal, foram 
momentos de revoluções industriais que provocaram grandes mudanças para o trabalho fabril 
para a melhor forma de produção, o que acelerou o processo de produção. Sabemos que o 
trabalho da classe trabalhadora tem sido explorada desde então, quanto mais a sociedade 
evolui, mais aumenta a pobreza e a falta de acesso em distribuição de renda social dessa 
classe, pois desde a fundação da humanidade não há como subsidiar a sobrevivência e o 
consumo, o que aumenta o acumulo do capitalismo que é socialmente distribuído. 
 
 
A questão social é enfrentada da forma segmentada e fracionada, fazendo com que 
sua implantação, ao contrário de promover a inclusão social dos cidadãos, assuma o 
significado da diferenciação e reprodução da subalternidade das classes assalariadas 
do País (GUERRA, 2007, p. 32).A questão social, por sua vez se manifesta em diversas formas, como violência, 
marginalização, exclusão, desigualdade, desemprego, péssimas condições de vida e moradia, 
falta de acesso as políticas sociais como outra. Sendo assim, com toda essa evolução agrava a 
qualidade de serviços prestados a população em acesso dos serviços públicos, em especial as 
famílias em terem o mínimo de dignidade humana, sendo que dentro da Constituição de 1988, 
o Estado tem por dever de garantir seus direitos sócias, colocados esses dentro do tripé da 
seguridade social sendo; assistência (de quem necessitar), saúde (universal), e previdência 
social (contributiva). 
Observando que o Serviço Social começa a ter um desempenho e um marco 
revolucionário a partir da Constituição de 1988, onde as classes trabalhadoras passam a ter 
todos os seus direitos garantidos, como a assistência social, saúde e previdência social, as 
pessoas têm sim o direito da previdência social sem precisar contribuir. 
A profissão foi implantada no País em 1936, sendo em São Paulo e no Rio de Janeiro 
no meio de processo da República Velha para o Estado Novo, um momento de ordem social 
diferente, a qual a classe subalterna começou a participar de movimentos que favorece a 
classe trabalhadora no objetivo de amenizar a questão social e garantindo os direitos e 
10 
 
políticas públicas para os mesmos, melhores condições trabalhistas como também o direito ao 
bem estar social. 
Segundo Iamamoto (2006), a caracterização do Assistente Social enquanto trabalhador 
assalariado e portador de um projeto profissional enraizado no processo histórico e apoiado 
em valores radicalmente humanos e tratar alguns dos determinantes históricos e forças sociais 
que explicam as metamorfoses dos espaços ocupacionais. 
Para analisar os espaços ocupacionais do assistente social requer inscrevê-los na 
totalidade histórica considerando as formas assumidas pelo capital. 
No cenário de crise mundial e a busca hegemônica das finanças e buscas incessante 
por produção de lucros temos estratégias incidindo no universo do trabalho e dos direitos. A 
lógica da mundialização do capital reafirma o poder mercadológico como regulador das 
relações sociais articulado a prevalecia do indivíduo como ser individualizado, competitivo e 
desarticulado das formas de lutas e ações coletivas. 
O bem-estar social tende a ser transferido para a responsabilidade da sociedade civil e 
do restante do Estado (políticas sociais) para o alívio da extrema pobreza. 
Questão social assume um caráter político a partir de medidas de enfrentamento 
expressam projetos para a sociedade. 
A questão social em suas múltiplas expressões coletivas inscritas na vida dos sujeitos, 
densa de tensões entre consentimento e rebeldia, o que certamente encontra-se na base da 
tendência de ampliação do mercado de trabalho para a profissão do Serviço Social na última 
década. 
As alterações verificadas nos espaços ocupacionais do assistente social têm raízes 
nesses processos sociais. 
Os espaços ocupacionais refratam ainda as particularidades condições e relações de 
trabalho prevalentes na sociedade brasileira nesses tempos de profunda alteração da base 
técnica da produção com a informática, a biotecnologia, a robótica e outras inovações 
tecnológicas e organizacionais, que potenciam a produtividade e a intensificação do trabalho. 
É esse solo histórico movente que atribui novos contornos ao mercado profissional de 
trabalho, diversificando os espaços ocupacionais e fazendo emergir inéditas requisições e 
demandas a esse profissional, novas habilidades, competências e atribuições. 
A correlação de forças entre as classes e grupos sociais cria, nas várias conjunturas, 
limites e possibilidades em que o profissional pode se mover, suas respostas se forjam a partir 
das marcas que perfilam a profissão na sua trajetória, da capacidade de análise da realidade 
acumulada, de sua capacitação técnica e política em sintonia com novos tempos. 
11 
 
Para esses espaços de atuação do Assistente Social contribuir em políticas públicas e 
privadas, o profissional tem que ter sua remuneração, ganhar pelo que exerce. 
O assistente social no Brasil trabalha em sua maioria no funcionalismo público, atua 
predominantemente na formulação, planejamento e execução de políticas sociais com 
destaque às políticas de saúde, assistência social, educação, habitação, entre outras. 
O segundo maior empregador são as empresas privadas que seriam o primeiro setor 
onde entram as grandes e pequenas empresas, onde se insere a padaria, o açougue e também a 
multinacional e os bancos. Encontra-se também no segundo setor a sua empresa ou até mesmo 
um pequeno empreendimento registrado, como o MEI – Micro Empreendedor Individual, 
como por exemplo: a empresa no processo de inserção na profissão do Serviço Social, o seu 
mundo privado, pode-se afirmar que sua atuação gira em torno tanto do funcionário quanto da 
empresa, e em seguida o terceiro setor (responsabilidade social) que se encontram as 
empresas que não geram lucros, o lucro nessas empresas é social, onde essas empresas são 
legais e são associações sem fins lucrativos, às fundações, ONGS. 
No universo do Serviço Social brasileiro, à dupla determinação do trabalho do 
assistente social como trabalho concreto e trabalho abstrato, dimensões indissociáveis para se 
pensar o trabalho na sociedade burguesa, cujo pressuposto é o reino mercantil, no qual se 
assenta a forma social da propriedade privada capitalista e a divisão do trabalho que lhe é 
correspondente. 
Projeções coletivas da categoria, materializadas nas ações de seus pares, apoiam-se em 
conhecimentos teórico-metodológicos concernentes ao Serviço Social nas relações entre o 
Estado e a sociedade de classes nas particularidades nacionais e em princípios éticos e 
políticos balizadores do comportamento dos profissionais, que moldam as ações 
empreendidas. 
Verifica-se uma tensão entre projeto profissional, que afirma o assistente social como 
um ser prático-social dotado de liberdade e teleologia, capaz de realizar projeções e buscar 
implementá-las na vida social; e a condição de trabalhador assalariado. 
Um desafio é romper as unilateralidades presentes nas leituras do trabalho do 
assistente social com vieses ora fatalistas, ora messiânicos, tal como se constata no cotidiano 
profissional. 
A literatura recente sobre os fundamentos do trabalho profissional vem enfatizando a 
natureza qualitativa dessa atividade profissional, enquanto ação orientada a um fim como 
resposta às necessidades sociais, materiais ou espirituais (condensadas nas múltiplas 
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expressões da questão social) de segmentos sociais das classes subalternas na singularidade de 
suas vidas. 
O exercício profissional tem sido abordado em sua dimensão de trabalho concreto, 
útil: em seu valor de uso social, como uma atividade programática e de realização que 
persegue finalidades e orienta-se por conhecimentos e princípios éticos, requisitando suportes 
materiais e conhecimentos para sua efetivação. 
O assistente social é proprietário de sua força de trabalho especializada. Ela é produto 
da formação universitária que o capacita a realizar um “trabalho complexo”, nos termos de 
Marx (1985). 
O assistente social ingressa nas instituições empregadoras como parte de um coletivo 
de trabalhadores que implementa as ações institucionais/ empresariais, cujo resultado é fruto 
de um trabalho combinado ou cooperativo, que assume perfis diferenciados nos vários 
espaços ocupacionais. 
Simultaneamente, o assistente social tem como base social de sustentação de sua 
relativa autonomia – e com ela a possibilidade de redirecionar o seu trabalho para rumos 
sociais distintos daqueles esperados pelos seus empregadores – o próprio caráter contraditório 
das relações sociais. 
As necessidades e as aspirações dos segmentos subalternos, a quem o trabalho do 
assistentesocial se dirige predominantemente, podem potenciar e legitimar os rumos 
impressos ao mesmo, na contramão das definições “oficiais”. 
Verifica-se, pois, uma tensão entre o trabalho controlado e submetido ao poder do 
empregador, as demandas dos sujeitos de direitos e a relativa autonomia do profissional para 
perfilar o seu trabalho. 
A reiteração de procedimentos profissionais rotineiros e burocráticos na relação com 
os sujeitos pode resultar na invasão de um estranho no seu ambiente privado, muitas vezes 
aliado a uma atitude de tolerância com a violência que tem lugar nos aparatos burocráticos do 
Estado. 
Os assistentes sociais dispõem de um manancial de denúncias sobre violação dos 
direitos humanos e sociais e, desde que não firam as prescrições éticas do sigilo profissional, 
podem ser difundidas e repassadas aos órgãos de representação e meios de comunicação, 
atribuindo-lhes visibilidade pública na defesa dos direitos. 
Esses são os 3 elementos do tripé da Seguridade Social que realmente foi efetivado 
após a CF/88, os campos de atuação do Assistente Social como direito de todos: Saúde: Após 
a CF/88 a saúde passa a ser universal, direito de todos (as), onde os Assistentes Sociais 
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inserem todos que precisam dessas politicas e também se inserem no programa SUS _ 
Sistema Único de Saúde, onde o profissional se vê efetivando-se não só em uma área, mas em 
mais áreas, do setor público e também de empresas que tenham o programa de Saúde. 
Assistência Social: A assistência social passou a ser direito de todos, a efetivação políticas 
públicas após a Constituição Federal de 1988, onde nessa Assistência o profissional de 
Serviço Social passa a fortalecer vínculos dos seus usuários sobre seus direitos e 
fortalecimento das politicas públicas, sendo assim entram os centros de referências como o 
CREAS, onde o profissional exerce seu trabalho em cima das famílias que são referenciadas 
por programas e projetos sociais, famílias referenciadas pelo CREAS, onde essas famílias são 
direcionadas a recorrer sobre os seus direitos, e dentro desses direitos, os profissionais 
trabalham para romper a exclusão, marginalização, assistencialismo e tutela. Previdência: 
Com a constituição de 1988, ouve algumas conquistas para os trabalhadores, onde passaram a 
ter alguns de seus direitos garantidos, como o direito do trabalhador doméstico, como os 
salários com pessoas vulneráveis, as mulheres passaram a ter a licença maternidade, os 
enfermos passaram a também ter seus direitos garantidos sem precisar contribuir com a 
previdência, famílias, tanto homem como mulheres, passaram a ter direito de pensão caso 
alguém da família faleça. E também após a CF/88, as pessoas passaram a não precisar mais de 
contribuir para poder usufruir dos direitos oferecidos pela previdência, podendo dizer que a 
previdência também passou a ser direito de todos. 
Os avanços na área da saúde foram avassaladores, cabendo-nos destacar agora o 
Serviço Social, que na área da saúde chega em 1990 com uma iniciante alteração na prática 
institucional, ainda desarticulando ao Movimento Sanitarista. Mobilizado em 1990 com o 
projeto neoliberal, o Estado se responsabiliza pelas formulações e participações nas políticas 
sociais e mínimo de atendimento aos que não podem pagar. Implantando neste mesmo ano 
dois projetos políticos em disputa na área da saúde, sendo o projeto privatista e o projeto da 
reforma sanitária apresentam diferentes requisições para o Serviço Social e ininterruptamente 
as atividades a serem executadas (BRAVO E PEREIRA, 2002). 
Articulando estratégias que efetivam o direito social lembrando que o código de ética 
apresenta ferramentas para o trabalho do profissional na saúde, visando o posicionamento 
contundente dos direitos humanos frente a equidade e justiça social de todos. Articulações em 
movimentos com outras categorias que lutam pelos direitos dos trabalhadores e compromisso 
com a qualidade dos serviços prestado a população intelectual, na perceptiva da competência 
profissional no Serviço Sanitário e Epidemiológico agora (BRAVO E PEREIRA, 2002). 
 
14 
 
O Serviço Social na saúde vai receber as influências da modernização que se 
operaram no âmbito das políticas sociais, sedimentando suas ações na prática 
curativa, principalmente na assistência médica previdenciária maior empregador dos 
profissionais. Foram enfatizadas as técnicas de intervenção, a burocratização das 
atividades, a psicologização das relações sociais e a concessão de benefícios. Foi 
utilizada uma terminologia mais sofisticada e coerente com o modelo político 
econômico implantado no país (BRAVO E SOUZA, 2004, p. 06). 
 
 A nova Constituição, no que se refere à saúde perpassou por vários acordos políticos, a 
depender de grande parte da população que elaborou manifestos e reivindicações para o 
movimento sanitário, a área hospitalar e seus interesses foram assim prejudicados, juntamente 
as farmácias fornecedoras dos medicamentos hospitalares. Para Teixeira (1989), os aspectos 
importantes na nova Constituição foram: O direito universal a Saúde e o dever do Estado, 
acabando com discriminações existentes entre segurado/não segurado, rural/urbano. Os 
serviços de saúde e suas ações foram considerados de suma importância pública, e assim 
passou a ser regulamentado, fiscalizado e devidamente controlado. Vale destacar que a 
reforma sanitária apresenta as demandas que o Assistente Social tende a executar; busquem a 
democratização do acesso aos serviços de saúde, atendimentos humanizados, ênfase nas 
abordagens grupais, informações, e participação social nos casos de doenças 
infectocontagiosa. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente estudo foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica, de caráter 
bibliográfico e documental, baseado em dados presentes em artigos científicos registrados no 
Google Acadêmico nas duas últimas décadas, pesquisas registradas em bases de dados, ainda 
se pesquisou em revistas digitais, entre outras fontes. 
Segundo Prodanov (apud Freitas (2013), a Metodologia se consiste em uma disciplina 
que abrange o estudar, e avaliar os métodos disponibilizados que são vários disponíveis para a 
realização de uma pesquisa acadêmica. Uma forma de ser aplicado, de se examinar, descreve 
e avaliam métodos e técnicas de pesquisa que vem possibilitando a coleta e o processamento 
de informações, facilitando ao encaminhamento e à resolução de problemas que visam a ser 
investigados. 
A metodologia utilizada nesse artigo foi o de levantamento Bibliográfico e 
Documental que, segundo Gil (2010, p. 29-31): “a pesquisa Bibliográfica é elaborada com 
base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material 
impresso como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos”. 
15 
 
Sobre a pesquisa Documental, o autor supracitado afirma que “vale-se de toda sorte de 
documentos, elaborados com finalidades diversas [...] se recomenda que seja considerada 
fonte documental quando o material consultado é interno à organização”. 
Desse modo, esse artigo tratou sobre o reconhecimento dos espaços de atuação do 
assistente social com atuação no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social). Diante disso, o presente artigo reflete de modo informativo e reflexivo a 
contextualização histórica da saúde no Brasil, o seu desenvolvimento de acordo com as 
necessidades para circulação de novos projetos e programas para a saúde. Mostra que o 
Serviço Social é uma profissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93, com o exercício 
profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, tendo como 
atuação profissional o combate às desigualdades e injustiças sociais em todas as esferas da 
sociedade. 
Abaixo, foto da equipe do CREAS do município de Paiçandu/PR, unidade da 
realização do estágio. 
 
Mostrou que o Serviço Social é umaprofissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93, 
com o exercício profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, 
tendo como atuação profissional o combate às desigualdades e injustiças sociais em todas as 
esferas da sociedade. Mostrou como pode ser a intervenção do (a) Assistente Social junto aos 
pacientes e seus familiares com atuação no CREAS. 
 
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4. RESULTADOS 
 
Importante destacar a importância do trabalho profissional do Assistente Social nos 
impactos que se refere na questão social atuantes no CREAS. O Assistente Social atua com a 
viabilização dos direitos sociais no que se refere à saúde, garantindo o comprometimento dos 
direitos sociais firmado na Constituição Federal de 1988. 
Entres as ações a serem praticadas pelo profissional do Serviço Social no âmbito da 
saúde, ressalte-se a necessidade de entrelaçar o conhecimento teórico/prático com as novas 
demandas da profissão, e no caso presente, pautar aos princípios da reforma sanitarista e ético 
político do Serviço Social. 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
O trabalho do Assistente Social, é de suma importância na vida dos que dependem de 
seus programas e projetos. Onde o Assistente Social realmente atua nas áreas políticas e 
públicas, incluindo em seus programas o tripé do Assistente Social, como a assistência social, 
(dos que necessitam), saúde (universal) e Previdência Social (não precisa de contribuição). E 
atuam em políticas populacionais, como crianças, adolescentes, idosos, mulher, negro e índio. 
A partir do neoliberalismo que desencadeia um processo de terceirização, o 
profissional de Serviço Social começa a ser terceirizado, ou seja, deixa de ser um profissional 
assalariado para ser um profissional liberal. 
Se por um lado, ocasiona problemas como o desemprego, também é importante 
salientar que a denúncia de um profissional perito em certa área, conhecedor da realidade dos 
beneficiários e sabedor dos recursos com os quais conta o Estado, se convertem na arma 
fundamental para conter o avanço dessa caminhada neoliberal que existe ainda hoje nos países 
latino-americanos. O assistente social deve estar atualizado sobre as privatizações das 
políticas sociais, a diminuição dos recursos destinados a elas, da perda de qualidade dos 
serviços prestados, e ele não pode, conhecendo tal realidade, ser apático a este fenômeno. 
Assim, deve participar na defesa das políticas sociais (em quantidade, qualidade e 
variabilidade), dos recursos estatais destinados ao social, dos princípios democráticos, deve 
denunciar o mau uso de recursos, a corrupção, etc. 
Se a população é beneficiária de tais serviços, consequentemente ela tem o direito de 
conhecer, avaliar e determinar sobre o destino dessas políticas sociais. O assistente social a 
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ela vinculado tem o dever cívico e compromisso ético-político de favorecer, mediante sua 
intervenção profissional, os mecanismos para tornar isso possível. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
 
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BRAVO, Maria Inês Souza; PEREIRA, Potyara A. P. (Org.). Política social e 
democracia. 2. ed. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 2002. 
 
BRAVO, Maria Inês; SOUZA, Rodriane de Oliveira. Conselhos de Saúde e Serviço Social: 
luta política e trabalho profissional. In: Ser Social – Revista do Programa de Pós-graduação 
em política Social (10). Brasília: UnB, 2004. 
 
GIL, Antônio Carlos.Como elaborar projetos de pesquisa. 5ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
GUERRA, Yolanda. O Projeto Profissional Crítico: estratégias de enfrentamento das 
condições contemporâneas da prática profissional. In: Revista Serviço Social e Sociedade, n. 
91, ano XXVIII, Cortez Editora, 2007. 
IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e 
formação profissional. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
 
_________________. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. 18. ed. São Paulo: 
Cortez, 2006. 
 
MONTAÑO, Carlos Eduardo. Serviço Social frente ao Neolibalismo. Mudanças na sua base 
de sustentação funcional-operacional. São Paulo: Cortez, 2007. 
 
MOTA, A. E. at al. (Orgs). Serviço social e saúde: formação e trabalho profissional. 4ªed. 
Cortez Editora: São Paulo, 2018. 
 
PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico]: 
métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico / Cleber Cristiano Prodanov, 
Ernani Cesar de Freitas. – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

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