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Trabalho de economia Internacional Por Guilherme Fuchs A Tendencia do crescimento Chines para o crescimento econômico mundial. No aspecto econômico, a China está muito longe de todos os seus “congêneres emergentes” no que tange a volume de produção, dinamismo e peso econômico. Por um lado é, há anos, o país que mais tem tracionado a economia mundial. Considerando todo o mundo desenvolvido (EE.UU, Japão, Austrália e Canadá) e o resto dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), a China é com muita distância o país de maior crescimento de produção e comércio exterior. Mesmo com sua relativa desaceleração, se avulta diante do crescimento medíocre ou nulo de seus competidores. O consumo local aumenta de forma sustentada, o que sugere que está em marcha um certo reequilíbrio da economia na desproporção entre a inversão em bens de capital e bens de consumo. De fato, é provável que parte da desaceleração do crescimento chinês (em média, 3 a 4 pontos do PIB) se deva ao começo dessa transição de uma economia impulsionada essencialmente pelos investimentos para um crescimento em que o consumo interno cobre um maior peso. Cinco grandes desafios Em 25 de dezembro, o Chinanews.com publicou uma revisão econômica intitulada “Observação econômica de fim de ano: Economia chinesa enfrenta cinco desafios”. O artigo citava Lu Zhengwei, o economista-chefe do Banco Industrial da China, dizendo que o primeiro desafio é a desaceleração da economia, que está num estado de “frágil recuperação, possivelmente escorregando de volta à recessão”. Como equilibrar a estabilidade e a reforma é o grande desafio para a economia da China em 2014, disse Lu. O segundo desafio é o conflito entre o crescimento populacional e o fraco setor agrícola. Segundo as previsões, a população da China chegará a 1,4 bilhão em 2020. Desta forma, a demanda por alimentos e produtos agrícolas continuará a aumentar. No entanto, a base para suportar o crescimento estável da produção é muito fraca. Mais de 50% das instalações e projetos de irrigação de pequena e média escala na China não satisfazem a demanda ou necessitam ser substituídos, e mais de um terço das máquinas agrícolas precisa de reparo ou substituição. O terceiro desafio é a alta oferta de dinheiro M2 e a simultânea escassez de dinheiro. Embora o suprimento de M2 na China supere os 10 trilhões de yuanes (US$ 1,65 trilhão), a escassez de dinheiro ainda ocorre de tempo em tempo, e isso pode levar a uma nova rodada de crise de crédito com o aumento contínuo das taxas de empréstimos interbancários. O quarto desafio é como gerenciar o risco da dívida durante o progresso dos projetos de construção em cidades de pequeno e médio porte. O quinto desafio é o conflito entre o excesso de capacidade de produção e a demanda por mais empregos. O problema de sobre capacidade de aço, alumínio, cimento, vidro e construção naval está piorando. Quando essas indústrias obsoletas forem desativadas, as perspectivas de crescimento do emprego se reduzirão. Estes são alguns das grandes problemas de 2014 na China, além de 2013 ter sido um ano recorde em graduandos universitários e a perspectiva de que 2014 bata novo recorde de licenciados, todos à procura de emprego. Cambio O yuan renmimbi é a moeda oficial da China e tem por símbolo ¥ e por código CNY. É divisível 100 fen ou em 10 jiao. O yuan renmimbi é emitido pelo Banco do Povo da China. Foram lançadas moedas de 1, 2 e 5 fen, de 1 e 5 jiao e de 1 yuan renmimbi, assim como de 1, 2 e 5 jiao e de 1, 2, 5, 10, 20, 50 e 100 yuan renmimbi. A instabilidade política vivida na China no início do século XX levou a que se sucedessem os sistemas monetários e várias instituições lançavam o seu próprio dinheiro. Havia 12 unidades monetárias dominantes, distribuídas pelas principais regiões da China. O yuan renmimbi foi introduzido em território chinês a 1 de dezembro de 1948 pelo Banco do Povo da China, criado nesse ano, embora esta designação da moeda oficialmente só fosse introduzida em 1969. De início, só havia notas e a nova moeda serviu para substituir as diversas unidades monetárias que existiam nas zonas controladas pelos comunistas, que no ano seguinte chegaram ao poder após vencerem a guerra civil. Em 1955 foi lançado um novo yuan renmimbi, que valia 10 000 dos anteriores. O yuan renmimbi é bastante popular em países como a Mongólia, Camboja e Nepal. China resiste à investida neoliberal e mantém controle sobre o câmbio Há pressões contra a política cambial chinesa alguns países intitulam a china como a vilã dos desequilíbrios comerciais internacionais. Em 2005 o superávit chinês no comércio com os EUA superou 200 bilhões de dólares. Este resultado tem servido de pretexto para políticos americanos responsabilizarem a China pelo escandaloso déficit do império, sugerir medidas protecionistas e alimentar uma crescente hostilidade econômica contra Pequim. Enquanto, de um lado, os parlamentares deliberam sobre novas formas de retaliar as empresas chinesas, de outro a política cambial implementada pelo governo chinês - que privilegia a estabilidade e mantém as cotações da moeda sob controle – foi transformada em alvo prioritário do governo Bush. O governo chinês já deu a entender que considera o assunto câmbio como questão de soberania nacional e que não esqueceu lições recentes da história. Ainda sobrevive na memória a lembrança dos acontecimentos de 1997, quando a Ásia foi sacudida por violentos terremotos cambiais, que levaram à lona as economias da Tailândia, Indonésia e Filipinas, entre outras. A China não foi atingida pelas turbulências monetárias e não restam dúvidas de que seu notável desempenho teve a ver com a prudente administração do câmbio e do movimento de capitais estrangeiros, além das sólidas reservas. Controle de Capital A China manteve durante anos uma conta de capital "fechada", ou seja, empresas, bancos e pessoas só podiam movimentar dinheiro, dentro ou fora do país, seguindo regras extremamente rígidas. O limite para a pessoa física atualmente é de US$ 50 mil por ano, enquanto os investimentos das empresas precisam de aprovação do governo. A SAFE informou que as empresas que não tiveram violações graves de regras de divisas nos últimos três anos e não atuam em áreas "sensíveis" para fins de monitoramento de câmbio podem ser consideradas para participar do programa. O órgão regulador de divisas da China está afrouxando alguns controles cambiais para empresas com atuação multinacional, como parte do esforço para liberar a circulação de capitais, cortar custos corporativos e atender às necessidades do mercado. Em um comunicado divulgado na sexta-feira à tarde, a Administração Estatal de Câmbio da China (SAFE, na sigla em inglês) afirmou que o país está expandindo um programa experimental que teve início em dezembro de 2012. As novas regras permitiriam que empresas com pelo menos US$ 100 milhões de receita em divisa estrangeira no ano passado movimentem este capital de "forma mais livre". O objetivo é que o alívio dos controles de capital atraia mais investimento ao país e ofereça aos poupadores chineses novas opções além do mercado imobiliário. Politica Fiscal A China mantem a alguns anos ate o ano atual de 2014 uma politica fiscal proativa que vem priorizando o desenvolvimento social e econômico para enfrentar o impacto da crise global e firmar as bases para o próximo período de cinco anos. para construir estradas, metrôs e outras obras de infraestrutura, se antecipando a problemas futuros. Decidiram também que a transformação do padrão de desenvolvimento econômico e o reajuste estrutural serão incentivados,assim como a flexibilidade da política econômica e fazer da expansão da demanda doméstica a nossa estratégia de longo prazo para o desenvolvimento do país O relatório feito demandava uma "política fiscal proativa", o que significa um aumento dos gastos do governo. "Precisamos continuar a seguir uma política fiscal proativa, aprofundar as reformas dos sistemas fiscal e tributário e avançar com o ajuste da distribuição da renda nacional", dizia o texto. Com relação à política monetária, a meta da inflação para 2013 foi reduzida de 4% para 3,5%, refletindo a intenção de evitar que os preços subam muito. A China está ajustando os seus gastos para cima em várias frentes, inclusive defesa nacional e segurança interna. O país afirmou ontem que elevará os gastos militares em 10,7% este ano. Mas grande parte dos gastos em geral é para programas sociais que podem ajudar nos esforços de reequilíbrio da economia e beneficiar os consumidores. Por exemplo, o maior percentual de aumento será nos gastos com saúde, que vão subir 27% este ano, para 260,25 bilhões de yuans (US$ 41,81 bilhões). O aumento de 27%, comparado com 16% no ano passado em relação a 2011, tem como finalidade ampliar os subsídios para a saúde nas zonas rurais e aumentar o acesso à assistência médica dos residentes das áreas urbanas. Os gastos com educação subirão 9,3%, para 413,25 bilhões de yuans, com aumentos significativos para a educação nas zonas rurais e para alimentação dos estudantes. A melhora da cobertura básica do sistema público de saúde, e no acesso à educação, tem sido uma prioridade da administração de Wen Jibao em 2013 Líderes da China em 2014 prometeram afastar a economia de sua dependência dos investimentos e das exportações, deixando-a mais ligada ao consumo, serviços e inovação, que consideram mais sustentável. Posição do estado A China abriga desigualdades e contradições como as que existem entre sai diversas nacionalidades, regiões e etnias (tanto no econômico quanto no sociológico). Aqui só mencionaremos dois problemas: o debate no PC chinês pela urbanização do país (existem 300 milhões de habitantes rurais com licença de residência, hukou, que implica menos direitos que os que vivem nas cidades) e os problemas que exigem a inserção chinesa no mercado mundial para definir o caráter do país. Na verdade, aonde a China intervém como ator propriamente econômico, não há nenhuma diferença substancial entre a atuação das companhias ou investidores (públicos ou privados) e a de seus homólogos dos países imperialistas. Isto não implica rotular a China de “país imperialista” de forma cabal. Mas, sem querer dar definições impressionistas, nem forçar conceitualmente processos que estão em curso, temos que começar a dar conta dos traços reais e comprováveis do novo lugar e do papel da China na divisão mundial de trabalho e no sistema mundial de estados. Até que ponto a economia do Brasil pode resistir às incertezas do mercado externo? Não existe economia no mundo que esteja totalmente blindada contra as incertezas do mercado externo. Também não existe crise econômica igual a outra. Não existe economia no mundo que esteja totalmente blindada contra as incertezas do mercado externo. Também não existe crise econômica igual a outra. A atual tem duas peculiaridades que a distinguem das anteriores. Primeiro, o seu epicentro é a maior economia mundial e, segundo, é causada por créditos imobiliários podres, atingindo assim o coração do capitalismo – o sistema creditício. Ora, o crédito move o consumo e este a produção e, por conseqüência, o crescimento de toda a economia. As incertezas no mercado financeiro continuam a gerar volatilidade e perdas nas principais bolsas do mundo, inclusive no Brasil. Mesmo com a ação dos Bancos Centrais dos Estados Unidos e da Europa, ninguém ousa prever quando e como a crise chegará ao seu final. Da mesma forma, ninguém pode afirmar que o Brasil está imune ou não. A crise não afetou a nossa economia, como ocorreria em outras épocas, mas é bom lembrar que a crise americana ainda não passou e os seus desdobramentos ainda não estão claros. As “commodities” agrícolas e metálicas foram as grandes responsáveis pela bonança da balança comercial brasileira nos últimos anos, especialmente devido à grande demanda mundial por estes produtos, tendo a China como locomotiva deste crescimento. De igual maneira, existe consenso entre os especialistas de que a crise atingirá o Brasil na mesma proporção em que as commodities perderem preço. O valor baixo do dólar, que prejudica as exportações, acabou sendo compensado pelo aumento do valor das matérias–primas nacionais no mercado internacional. A Companhia Vale do Rio Doce, maior produtora de minério de ferro do mundo, aumentou em até 70% no preço dos seus produtos. Este comércio foi considerado o grande responsável pelo acúmulo das reservas brasileiras que agora em março bateram na casa dos 196 bilhões de dólares. A crise americana só afetará gravemente a economia brasileira no caso de uma série de fatores atuarem em conjunto. A queda no consumo interno americano provocaria uma redução nas importações de ’commodities’ e de produtos acabados. Essa redução afetaria a os países que mantém relações comerciais com os Estados Unidos, que passariam a exportar menos, causando desequilíbrio na balança comercial e o enfraquecimento das empresas exportadoras. Mas o maior problema seria se a crise americana afetasse hoje aquele que é o maior importador de ‘commodities’ do planeta, a China. Lá o primeiro-ministro Wen Jiabao já disse que está profundamente preocupado com o problema americano, a alta do petróleo (hoje acima da casa dos 100 dólares) e a inflação. Com os Estados Unidos em crise, se a China balançar o resto do mundo vai junto. Semana passada as ‘commodities’ já apresentavam uma redução nos seus preços. Um pequeno exemplo de como isso pode afetar a economia é o volume de soja exportada pelo Brasil. Um bilhão de sacas deixam o nosso país todos os anos, um dólar a menos nos preços internacionais significa dizer que 1 bilhão de dólares deixarão de circular na nossa economia. O campo em crise é um Brasil em dificuldades e é isso que não pode acontecer. O Governo Federal diz que “nunca na história desse país” a economia esteve tão bem, o que é um fato, resultado de uma série de medidas e trabalho realizado no controle das finanças públicas nos últimos 12 anos. Felizmente, os impactos da crise sobre o Brasil têm sido pequenos até agora. É de se lamentar que não sejam aproveitados os tempos de bonança para dar competitividade à nossa economia: há gargalos imensos na infra- estrutura e logística, os investimentos em educação e qualificação e em ciência estão muito aquém do necessário, a carga tributária é alta, complexa e onerosa, os juros são os mais altos do mundo, a incerteza jurídica e os encargos trabalhistas inibem os investidores. Para completar, o os gastos de custeio da máquina pública estão crescendo exponencialmente, colocando em risco o equilíbrio fiscal. Concluindo, a grande lição desta crise é que ela demonstrou que, mais do que depender do qualquer cenário internacional, dependemos mesmo é de nossa própria capacidade de organizar a economia, de criar um ambiente saudável ao empreendedorismo e ao emprego e de solucionar os nossos próprios problemas. *Eduardo Sciarra e deputado federal, vice-presidente nacional do Democratas Até que ponto os chamados países emergentes podem ou não se desvincular das políticas econômicas dos países mais desenvolvidos industrialmente. Olhando o cenário histórico pós segunda-guerra e revolução industrial, vivemos um longoperíodo onde as potenciais mundiais como Estados Unidos e o bloco Europeu dominavam o mundo neste e outros seguimentos, sendo que atualmente é visível um esforço dos países emergentes em provocar o desvínculo destes grandes blocos mundiais, no entanto não significa que os EUA deixam de ser o país mais poderoso do mundo, tanto por causa da sua supremacia incontestável na esfera militar quanto do dinamismo que sua economia ainda é capaz de mobilizar. Mas dificilmente haverá novo espaço para a imposição de mecanismos de dominação típicos da era Bush, por exemplo, os quais, mais que uma simples opção política, representavam a forma vigente da organização do capitalismo global em torno da globalização financeira. Embora ainda seja muito evidente a necessidade de alguns países emergentes atentarem para a estrutura interna e sua indústria, sendo necessário para isto investimentos em infraestrutura, processos internos e fomento a pesquisa afim de obterem uma produção que possibilite o abastecimento interno e o excedente para exportação. Apesar deste novo papel dos países emergentes estarem no contexto de uma transição para um mundo multipolar com maior regulação do Estado, cujo papel indutor do processo de desenvolvimento está presente, mesmo que de forma diferenciada, em todos os países do Brics. E se analisarmos individualmente os países que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e Áfica do Sul), essa independência provavelmente estaria longe de ocorrer , mas olhando para a formação deste novo Bloco econômico, eles passam a ter grandes chances de independencia no médio / longo prazo, inclusive, considerando índices atuais como PPC (paridade de poder compra ou PPA (paridade de poder aquisitivo, relacões internacionais e etc Além disto, podemos citar que em meio as deficiências individuais de cada país que compõe o BRICS, elas são suprimidas com a formação deste bloco e apoio mútuo, onde podemos citar o Brasil e Rússia por exemplo bastante focados na máteria prima (sem valor agregado) porém mencionar ainda a Índia como maior produtora de software, por exemplo, e com uma das maiores forças de trabalhado mundial , complementando ainda com a China com uma população consumidora expressiva, vasta tecnologia e capacidade produtiva em crescimento exponencial mundial. Vale ressaltar a grande importância da criação do NBD(Novo Banco de desenvolvimento) o que provoca um processo natural de maior liberdade para os países emergentes na medida que iniciam um processo de independencia do FMI e suas burocráticas e intervencionistas condições de concessão de crédito. Isso irá gerar possibilidades de maior investimentos nos países emergentes e continuidade neste projeto de independência em relação aos atuais países líderes mundiais, porém aqui levanta-se uma outra questão relacionada a China, ou seja, na atual conjuntura uma preocupação levanta-se com possibilidades de uma nova dependência dos países emergentes, porém agora em relação a China. Então, é possivel afirmar que os países emergentes encontram-se em formação de um processo de desvínculo das políticas econômicas dos países considerados atualmente desenvolvidos industrialmente, porém continuam a gerar uma dependência entre si e provavelmente a alimentar um novo gigante econômico "CHINA".
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