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19 As crises econômicas

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217PROMILITARES.COM.BR
AS CRISES ECONÔMICAS
A economia é a ciência que estuda os processos de produção, 
intercâmbio e consumo de bens e serviços. Uma crise, no que lhe 
diz respeito, é uma mudança brusca ou uma situação de escassez 
(desemprego, por exemplo).
Posto isto, uma crise econômica faz referência a um período de 
escassez no nível da produção, da comercialização e do consumo de 
produtos e serviços. A economia é cíclica, ou seja, combina etapas 
de expansão com fases de contração. Estas flutuações sucessivas são 
conhecidas sob o nome de ciclo econômico.
Estes princípios permitem afirmar que toda descida culmina 
numa subida e vice-versa. As quatro grandes fases de um ciclo 
econômico são o boom (onde aumenta a atividade econômica até 
ao seu auge), a depressão (caem os indicadores), a recessão (quando 
a depressão se estende por mais de dois trimestres consecutivos) e a 
recuperação ou estagnação (os índices voltam a subir e o boom do 
ciclo seguinte inicia).
A crise econômica decorre em algum momento da depressão. 
Pode tratar-se de uma crise generalizada com quebra de todos os 
índices, ou de crises que afetam em especial certos setores (crise da 
oferta, crise da procura). Por outro lado, fala-se de crise de subsistência 
sempre que um grupo social não possa satisfazer as suas necessidades 
básicas.
Outro tipo de crise que se conhece sob o nome de “bolha 
financeira” ou “bolha especulativa”, que ocorre quando as ações são 
negociadas a um preço muito superior ao do seu valor intrínseco até 
um momento onde estas deixam de ser compradas, passando seu 
valor a cair bruscamente.
Ao longo da história, pudemos observar renomados economistas 
que fizeram análises e até mesmo criaram modelos de estudos 
para antever e conceber a orientação de ocorrência de tais ciclos 
econômicos. O economista russo Nikolai Dimitrievitch Kondratieff 
apresentou os chamados superciclos, grandes ondas, ondas longas ou 
longos ciclos econômicos da economia mundial capitalista moderna:
A tese de Kondratieff é a de que os ciclos consistem em 
períodos alternados de alto crescimento e períodos de crescimento 
relativamente lento variando de 40 a 60 anos. Kondratieff identificou 
3 fases no ciclo: expansão, estagnação, recessão.
Já para Joseph Schumpeter, as crises seriam momentos de declínio 
econômico que gerariam ondas de substituições criadoras, levando ao 
abandono de um modelo anterior defasado e a adoção de novas e 
mais modernas propostas capitalistas. Schumpeter considerava então, 
que o capitalismo deveria ser estudado sob a ótica da produtividade e 
do crescimento, sendo a máxima expressão da inovação, luta humana 
e pura/simples destruição - tudo isso ao mesmo tempo.
218
AS CRISES ECONÔMICAS
PROMILITARES.COM.BR
A CRISE DE 1929
A crise de 1929 foi o maior desastre da história capitalismo no 
século 20 e representou uma devastação da economia mundial. Os 
resultados foram a pobreza generalizada das massas, uma drástica 
desvalorização e a aniquilação de capitais e mercadorias. O tombo, 
evidentemente, foi mais alto nos EUA, epicentro da crise e a maior 
economia global.
Estima-se que, entre 1929 e 1931, a produção norte-americana 
de automóveis caiu pela metade. A produção industrial dos EUA caiu 
em um terço no mesmo período. Entre 1929 e 1932, as exportações 
e importações (trigo, seda, borracha, chá, cobre, algodão, café etc.) 
despencaram em taxas de 70%. Em 1929, apenas nos EUA, 4,6 
milhões de trabalhadores tinham perdido seus empregos. Em outubro 
de 1931, eram 7,8 milhões; em 1932, somavam 11,6 milhões; e em 
1933 havia nos EUA 16 milhões de desempregados, 27% de toda 
força de trabalho do país. A Grande Depressão não teve efeitos 
catastróficos apenas para os trabalhadores norte-americanos. No pior 
período da depressão, entre 1932 e 1933, o desemprego chegou a 
níveis nunca vistos na história do capitalismo. Na Inglaterra, o índice 
chegava a 23%. Na Alemanha, a taxa de desemprego atingiu os 
espantosos 44%.
A crise se expandiu para todo o sistema capitalista. O comércio 
mundial caiu 60%. Houve uma crise na produção básica de alimentos 
e matérias-primas devido à queda vertiginosa dos preços destes 
produtos. O Brasil também tornou-se símbolo do desespero e da 
dramaticidade da crise, quando o governo queimou os estoques de 
café (principal produto de exportação do país) em locomotivas a vapor 
numa inútil tentativa de frear a queda dos preços do produto. 
http://historianamao.blogspot.com.br
OS CHOQUES DO PETRÓLEO
PRIMEIRO CHOQUE DO PETRÓLEO
Desde 1967, com o fechamento do Canal do Suez e com a decisão 
árabe de impedir o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos e à 
Inglaterra, o mundo se viu manipulado pelos detentores deste insumo. 
Caracterizando-se por uma demanda inelástica, os países ocidentais 
podiam apenas acatar as imposições de tais oligopolistas. Em 1970, a 
Líbia se estabelece como principal fornecedora do ocidente graças à 
explosão do oleoduto Iraque-Líbano, e logo aplica um aumento de seus 
preços de venda. Os outros membros da OPEP a seguiram e aplicaram 
outros aumentos, pressionando cada vez mais os consumidores. 
O resultado disto foi que, no curto intervalo de outubro de 1973 a 
janeiro de 1974, os preços tiveram uma elevação de, praticamente, 
quatro vezes.
SEGUNDO CHOQUE DO PETRÓLEO
Depois de certa tranquilidade mundial frente à estabilidade do 
preço do petróleo, novos fatos ocorreram desestruturando novamente 
as economias dependentes deste insumo – a Revolução Islâmica no Irã, 
de 1979, e posteriormente, a guerra Irã-Iraque que começou em 1980 
e findou em 1988. Caracterizada por uma monarquia totalitária, que 
reprimia de forma violenta qualquer manifestação contra o governo 
e que tinha o objetivo principal de desenvolver economicamente, 
tal qual o modelo ocidental, o governo do Xá Reza Pahlevi passou 
a perder popularidade após a recessão sofrida pelo Irã, em 1976. A 
revolução iraniana derrubou o maior aliado dos Estados Unidos, pondo 
fim à ordem de mercado acordada entre eles e a Arábia Saudita e o 
Irã. Este último país teve sua oferta de petróleo interrompida, gerando 
uma queda de praticamente 8% da oferta global. Os outros países 
exportadores de petróleo, tentando reequilibrar o mercado, elevaram 
suas exportações, mas o aumento dos preços foi inevitável. O mercado 
internacional de petróleo voltava à fase de instabilidade.
Deterioração da balança comercial, intenso processo inflacionário, 
redução do ritmo de crescimento, desemprego, aumento do déficit 
em conta corrente agravado pelos juros altos e aumento da dívida 
externa foram as mais graves consequências do segundo choque 
do petróleo. A ideia de manutenção do crescimento através de 
empréstimos externos, de certa forma, piorou a situação desses 
países, à medida que os juros estavam altos e o setor externo estava 
repleto de restrições.
AS CRISES DA NOVA ORDEM MUNDIAL
A CRISE DO JAPÃO
Pode-se resumir como uma superinflação nas ações e nos bens 
imobiliários como terrenos. O valor das ações da bolsa Nikkei em 1989 
chegou a registrar quase 39 mil ienes, quase dobro do valor de 2015 
(20 mil ienes). Tóquio passou a ter o terreno mais caro do mundo, o 
valor da região na época era equivalente ao valor de todo o terreno 
dos Estados Unidos.
Havia dois motivos para essa sobrevalorização de terrenos 
e imóveis. Por um lado, a rápida acumulação de capital no Japão, 
que era sobretudo o resultado de um contínuo superávit comercial, 
disponibilizou recursos para investimento em imóveis, elevando o 
preço de terrenos. Por outro, a natureza caótica não planejada da 
urbanização japonesa, em profundo contraste com o cuidadoso 
planejamento estratégico da produção e da tecnologia, motivou 
um mercado de imóveis selvagem. O rápido crescimento econômico 
concentrou a população e as atividades em densas áreas urbanas, em 
um país já preocupado com a escassez de terras aproveitáveis. O preço 
de terrenos aumentou assustadoramente devido aos mecanismos 
de patronagem política queoferecia gratificação especial a vários 
pequenos proprietários de terra, muitos deles na periferia rural 
das áreas metropolitanas. A título de exemplo, entre 1983 e 1988, 
os preços médios dos terrenos residenciais e comerciais subiram, 
respectivamente, 119% e 203% na área de Tóquio.
219
AS CRISES ECONÔMICAS
PROMILITARES.COM.BR
Em 1988 a economia japonesa passava por um ciclo infinito de 
oferta e demanda de ações e bens imobiliários. A festa terminou em 
outubro de 1990, com aumento dos juros bancários e a implantação 
do imposto de consumo, o conhecido Shohizei que na época era de 
3%, para normalização da superinflação. Sem empréstimo dos bancos 
para os investidores, o ciclo para. Agências bancárias, imobiliárias e 
construtoras tiveram altos prejuízos com o estouro da bolha. Assim 
começa uma longa história de recessão que o Japão enfrenta até hoje 
os seus efeitos colaterais. 
EFEITOS COLATERAIS
• Quebra de empresas:  vários bancos, imobiliárias e 
construtoras tiveram calotes e cancelamento de projetos. 
Endividados com a Bolha, muitos faliram anos após o estouro.
• Empréstimos mais difíceis: a avaliação para empréstimo 
tornou-se mais rigorosa mesmo para empresas de confiança.
• Desemprego:  as empresas deixaram de contratar novos 
funcionários efetivos, fato que gerou a Era do Gelo no 
mercado de trabalho do Japão.
• Alta nos cargos públicos: o que era considerado profissão 
para perdedor, já que um recém-formado chegava a receber 
milhões por mês, os cargos públicos e concursados tornaram-
se os mais desejados e concorridos entre todos.
• O efeito “Tequila”: em dezembro de 1994, o México estava 
sem reservas internacionais e a balança comercial do país 
apresentava números preocupantes. Por isso, o presidente 
Carlos Salinas, em conjunto com o Ministério da Fazenda 
tentou realizar uma manobra econômica conhecida como 
crawling peg, desvalorizando progressivamente a moeda 
na tentativa de ajustar o câmbio às variáveis de inflação e 
juros. Desta forma, o peso ficava atrelado ao dólar e sofreria 
pequenas flutuações diárias.
O que o governo mexicano não esperava era que a inflação 
mexicana ficasse tão acima dos números registrados pelos EUA. 
Assim, as importações ficaram muito baratas e a economia 
mexicana não conseguia exportar na mesma medida. O 
parque industrial foi detonado pelos produtos importantes, 
melhores e mais baratos. Para cobrir o desequilíbrio comercial 
o Banco Central foi forçado a comprar grandes quantidades 
de dólares, o que por sua vez, exigiu que o Estado abrisse o 
mercando de títulos aos investidores externos.
A CRISE ASIÁTICA
Foi um período que atingiu grande parte da Ásia, tendo começado 
no verão de 1997 gerando temor de uma crise em escala mundial 
e contágio financeiro. Os fluxos de capital para a Ásia mudaram de 
um ingresso de US$ 93 bilhões em 1996 para uma saída de US$ 12 
bilhões em 1997, com a virada se concentrando na segunda metade 
deste ano. O montante de US$ 105 bilhões de alteração nos fluxos foi 
equivalente a cerca de 11% do PIB da região.
O evento que se tornou o gatilho da crise foi o anúncio, em 2 de 
julho de 1997, de que o baht (moeda tailandesa), passaria a flutuar, 
ao que se seguiu sua desvalorização imediata em 15%. Problemas 
em instituições financeiras domésticas haviam já iniciado uma crise 
de confiança. Em menos de dois meses, Filipinas, Malásia e Indonésia 
desistiram da defesa de suas moedas, também sofrendo depreciações 
substantivas. A despeito da aprovação de pacotes emergenciais de 
empréstimos pelo FMI  à Tailândia, em agosto, e posteriormente à 
Indonésia e à Coreia, a crise continuou se aprofundando.
A  crise financeira  traduziu-se em  crise econômica, conforme 
expresso no declínio dos PIBs. O PIB tailandês, depois de atingir um 
pico em meados de 1997, diminuiu em mais de 10%, até alcançar um 
piso na segunda metade do ano seguinte. Na Malásia, a queda do PIB 
foi também próxima de 10% entre os terceiros trimestres de 1997 e 
1998. As Filipinas enfrentaram uma redução mais modesta, de 3%, 
enquanto a Coreia, a última grande economia asiática a entrar na 
crise, teve seu PIB reduzido em 8% entre o final de 1997 e a primeira 
metade de 1998. A Indonésia foi a mais intensamente afetada, com 
um declínio acima de 15% no PIB do período. 
A CRISE DA RÚSSIA
O período pós-1992 foi de grande turbulência econômica, quando 
o país mergulhou em profunda crise econômica, apresentando 
taxas negativas de crescimento do  PIB, altas taxas de  inflação  e 
elevado desemprego. O consumo total de energia na ex-URSS caiu 
em quase 50% quando comparada ao período soviético (até 1991). 
O desemprego atingia 15% da população economicamente ativa, e 
35% dos russos passaram a viver abaixo da linha da pobreza.
Em 1997, a  crise financeira asiática  piorou sensivelmente a 
situação da Rússia, basicamente devido à redução da oferta de 
crédito internacional e à queda no preço das commodities (agrícolas, 
minerais e energéticas) exportadas pela Rússia. A escassez de 
crédito provocou os efeitos mais imediatos. Sem conseguir novos 
empréstimos para pagar as dívidas com vencimento de curtíssimo 
prazo, que ultrapassavam os US$ 40 bilhões, nem as de curto prazo, 
que chegavam a US$ 80 bilhões (até o fim de 1999), a Rússia decretou 
uma moratória da sua dívida externa e simultaneamente desvalorizou 
sua moeda, o rublo.
No dia 17 de agosto de 1998, estoura a “crise financeira” 
da Rússia. O governo russo anuncia a desvalorização do rublo e 
uma moratória, que inicialmente teria 90 dias de interrupção nos 
pagamentos externos.
BOLHA “PONTO.COM”
O clímax da bolha registrou-se em 10 de março de 2000, quando 
o índice Nasdaq chegou a 5.132,52 pontos (hoje o pico atinge 3 
mil pontos). Ao longo de cinco anos, as bolsas de valores de países 
industrializados viram a ascensão rápida do preço das ações das 
empresas de comércio eletrônico e áreas afins. O período foi marcado 
pela criação - e, em muitos casos, fracasso - de novas empresas 
baseadas na Internet, geralmente designadas como “ponto com”. 
A combinação do rápido aumento dos preços das ações, confiança 
de mercado que as empresas depositaram em lucros futuros, a 
especulação em ações individuais, e a ampla disponibilidade de capital 
de risco, criou um ambiente em que muitos investidores tornaram-se 
dispostos a ignorar as métricas tradicionais em favor da confiança nos 
avanços tecnológicos.
Pouco antes de estourar a bolha da internet, o número de ofertas 
particulares, IPOs, fusões e aquisições foi o maior já visto em Wall 
Street. Empresas sem nenhum plano de negócios, expectativa de 
receita ou lucro atraíram milhões em investimento. O estouro da Bolha 
ocorreu entre 2000 e 2001, depois que investidores constataram que 
os níveis de lucratividade projetados anos antes não se realizariam. 
Diversas empresas faliram, outras perderam boa parte de seu capital. 
Poucas empresas saíram ilesas da crise.
A CRISE DOS EUA
Financeiras americanas confiaram de modo excessivo em clientes 
que não tinham bom histórico de pagamento de dívidas nos últimos 
anos. Esse tipo de financiamento, de alto risco, é chamado de 
“subprime” (traduzido como “de segunda linha”). 
Os clientes davam como garantia suas casas, mas o mercado 
imobiliário entrou em crise em meados do ano passado. Os preços dos 
imóveis caíram, reduzindo as garantias dos empréstimos.
Com medo, os bancos dificultaram novos empréstimos. Isso fez 
cair o número de compradores de imóveis, agravando ainda mais a 
crise no setor, que começou a ser observada em julho de 2007. O 
problema pode afetar o nível de emprego e o consumo, causando 
uma recessão geral na economia dos EUA. 
Bancos transformaram esses empréstimos hipotecários em papéis 
e venderem a outras instituições financeiras, que também acabaram 
sofrendo perdas. Alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos 
220
AS CRISES ECONÔMICAS
PROMILITARES.COM.BR
anunciaram prejuízos bilionários, como o Citigroup e o Merril Lynch, 
que perderam quase US$ 10 bicada um no 4º trimestre.
Como os EUA estão entre os maiores consumidores do mercado 
global, todo o mundo é afetado. Países que exportam para lá, como o 
Brasil, podem vender menos.
No início de setembro de 2008, o Tesouro americano anunciou 
intervenção nas gigantes do setor hipotecário Fannie Mae e Freddie 
Mac. Pelo plano, as duas companhias ficarão sob o controle do governo 
por tempo indeterminado, com a substituição dos executivos-chefes 
de ambas companhias e com um investimento de US$ 200 bilhões 
nas duas financiadoras de empréstimos imobiliários para mantê-las 
solventes.
Alguns dias depois, o quarto maior banco de investimentos dos 
EUA, o Lehman Brothers, anunciou que pretende pedir concordata 
na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York. O quarto maior 
banco de investimentos dos EUA informou que seu conselho de 
administração autorizou o pedido de concordata a fim de proteger 
seus ativos e maximizar seu valor.
O Bank of America, por sua vez, fechou um acordo de compra 
do banco de investimentos Merrill Lynch, que estava sob risco de 
quebrar, por US$ 50 bilhões, em uma transação que cria a maior 
companhia de serviços financeiros do mundo.
A CRISE DA UNIÃO EUROPEIA
A formação de uma crise financeira na zona do euro deu-se, 
fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a 
Grécia, gastaram mais dinheiro do que conseguiram arrecadar por 
meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram a 
acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB de 
muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite 
de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou 
a zona do euro. No caso da economia grega, exemplo mais grave de 
descontrole das contas públicas, a razão dívida/PIB é mais que o dobro 
deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam 
dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores 
passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e 
privados europeus.
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - que formam o chamado 
grupo dos PIIGS - são os que se encontram em posição mais delicada 
dentro da zona do euro, pois foram os que atuaram de forma mais 
indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente. 
Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países possuem 
pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas economias. 
Como não possuem sobras de recursos (superávit), entraram no radar 
da desconfiança dos investidores.
A possibilidade de que governos e empresas da região tornem-
se insolventes faz com boa parte dos investidores simplesmente não 
queira ficar exposta ao risco de ações e títulos europeus. Na primeira 
metade do ano, o que se viu foi um movimento de venda destes 
papéis e fuga para ativos considerados seguros, como os títulos do 
Tesouro norte-americano. Tal movimento, de procura por dólares 
e abandono do euro, fez com que a cotação da moeda europeia 
atingisse valores historicamente baixos. As moedas também refletem 
o vigor das economias. Assim, argumentam os analistas, a tendência 
de longo prazo é de fortalecimento do dólar e das moedas dos 
países emergentes (real inclusive), enquanto a Europa não conseguir 
resolver seus problemas fiscais e criar condições para um crescimento 
econômico mais acentuado.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
01. (FUVEST 2015) Observe a charge.
Com base na charge e em seus conhecimentos, avalie as afirmações:
I. O rápido e intenso crescimento econômico chinês se deu à custa da 
exploração de recursos florestais da União Europeia.
II. A despeito da distinta condição econômica da União Europeia e da 
China na atualidade, essas economias permanecem interligadas.
III. A dependência econômica da China em relação à União Europeia 
assenta-se no consumo do etanol europeu.
IV. Enquanto parte da União Europeia vive uma crise econômica, a 
economia chinesa cresce.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I, III e IV.
e) II e IV.
02. (ENEM 2014) O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu 
diploma de desenhista industrial e seu alto conhecimento de inglês 
devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de desemprego, que 
supera 52% entre os que têm menos de 25 anos, o desnorteia. Ele 
está convencido de que seu futuro profissional não está na Espanha, 
como o de, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraram nos 
últimos dois anos. O irmão dele, que é engenheiro-agrônomo, 
conseguiu emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa de uma 
“oficina de procura de emprego” em países como Brasil, Alemanha e 
China. A oficina é oferecida por uma universidade espanhola.
(GUILAYN, P. “Na Espanha, universidade ensina a emigrar”. 
O Globo, 17 fev. 2013 - adaptado.)
A situação ilustra uma crise econômica que implica
a) valorização do trabalho fabril.
b) expansão dos recursos tecnológicos.
c) exportação de mão de obra qualificada.
d) diversificação dos mercados produtivos.
e) intensificação dos intercâmbios estudantis.
221
AS CRISES ECONÔMICAS
PROMILITARES.COM.BR
03. (UERJ 2019) Leia.
BRASIL NÃO CRESCE SE NÃO REDUZIR SUA DESIGUALDADE
O Brasil não voltará a crescer de forma sustentável enquanto não 
reduzir sua desigualdade e a extrema concentração da renda no topo 
da pirâmide social, diz o economista francês Thomas Piketty. Autor 
do livro O capital no século XXI, no qual apontou um aumento da 
concentração no topo da pirâmide social nos Estados Unidos e na 
Europa, Piketty agora se dedica a um grupo de pesquisas que investiga 
o que ocorreu em países em desenvolvimento como o Brasil, a China 
e a Índia.
(Adaptado de folha.uol.com.br, 28/09/2017.)
Para Thomas Piketty, a situação de desigualdade referida no texto 
dificulta o crescimento econômico nacional.
Tendo em vista a lógica do modo de produção capitalista, um motivo 
que explica essa dificuldade é:
a) ampliação da insegurança jurídica.
b) restrição do mercado consumidor.
c) intensificação do processo inflacionário.
d) limitação da criatividade empreendedora.
04. (UECE 2019) Leia atentamente o seguinte texto:
O Brasil não tem nada a comemorar nesta quarta-feira (17/10), 
quando se celebra o Dia Mundial de Erradicação da Pobreza. Envolto 
em uma crise econômica tida por especialistas como a mais grave 
da história, o país vê o agravamento das condições de vida dos mais 
carentes, apenas 5 anos após deixar o Mapa da Fome. Segundo 
analistas ouvidas pela Sputnik Brasil, (...) o desmonte de políticas 
públicas associado à crise já se faz sentir em levantamentos nacionais. 
Um levantamento recente produzido pelo Instituto Brasileiro de 
Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pela ONG ActionAid Brasil – 
baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) – mostrou que a fome hoje já atinge 11,7 milhões de pessoas 
no Brasil, o que corresponde a 5,6% dos brasileiros.
(Fonte: UOL/Opera Mundi/Sputnik. 17 de outubro de 2018. “Disponível em: https://
operamundi.uol.com.br/sociedade/53676/perto-davolta-ao-mapa-da-fome-brasil-
vive-vergonha-com-52-milhoes-na-pobreza-dizem-analistas.)
Considerando o excerto acima, é correto dizer que
a) os fatos relatados confirmam a ineficiência dos programas 
de combate à pobreza no Brasil, tais como o Bolsa Família, a 
valorização do salário mínimo, os programas de Fortalecimento 
da Agricultura Familiar – PRONAF –, a aposentadoria rural e o 
acesso às cisternas, sementes e creches, que nunca resultaram em 
efeitos reais de erradicação da pobreza.
b) a piora mostrada nos índices é explicada pelas mudanças 
ocorridas no Brasil, principalmente a partir de 2016, com a crise 
política, o aumento do desemprego e os cortes nos investimentos 
de políticas públicas de assistência social.
c) as informações apontam que, apesar de ter ficado mais pobre, 
desde 2016 a população brasileira tem visto ampliados os 
programas de apoio governamental às necessidades sociais.
d) em função das políticas econômicas neoliberais assumidas pelo 
Brasil,a tendência no país é um retorno aos investimentos em 
políticas públicas focadas às populações mais vulneráveis e a 
consequente saída da população brasileira do Mapa da Fome no 
mundo.
05. (UFSJ 2013) A energia nuclear foi considerada a energia do futuro, 
principalmente a partir dos primeiros choques do petróleo árabe, no 
início da década de 1970. Em 2008, já existiam 436 centrais nucleares 
instaladas em 31 países do mundo. O crescimento da participação da 
energia nuclear na oferta total de energia revelou outros problemas.
Em relação a esses problemas, é INCORRETO afirmar que
a) a França e a Alemanha desistiram de ampliar o número de suas 
usinas depois do acidente de Fukuyama, em 2011, apesar dos 
baixos custos para produção desse tipo de energia e tecnologia. 
b) a tecnologia aplicada à manutenção e ao monitoramento das 
usinas nucleares não garante plenamente as condições físicas 
dessas usinas perante possíveis fenômenos naturais.
c) a tecnologia e as pesquisas no campo da energia nuclear favorecem 
o aumento de risco de grupos paramilitares e terroristas fazerem 
usos de artefatos atômicos.
d) a existência e o funcionamento de usinas nucleares geram 
aquecimento da água do mar, risco de fuga de radiação e 
produção de dejetos radioativos.
06. (MACKENZIE 2015) Leia o texto a seguir para responder à questão.
POPULAÇÃO IDOSA DA EUROPA É UM DESAFIO 
PARA O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO
Jornal do Brasil
O equilíbrio no sistema previdenciário europeu é um dos grandes 
desafios do continente para as próximas décadas, acreditam os 
especialistas. Os que vivem de aposentadorias deverão atingir a maioria 
da população europeia, com cerca de 30% do total em 2050. Porém, 
a crise econômica que se alastra no Velho Mundo já desempregou 
cerca de 10% do continente, causando um desequilíbrio que deverá 
afetar os Estados no futuro.
(Fonte: www.jb.com.br/economia/noticias/2012/02/03/)
O trecho da reportagem acima retrata parte do problema do 
chamado “déficit previdenciário”. Este problema envolve aspectos 
demográficos, econômicos e políticos. A esse respeito, assinale a 
alternativa correta.
a) O déficit previdenciário é um problema grave da Europa, pois 
sua população ainda se encontra na primeira fase do processo 
de transição demográfica, apresentando redução constante 
dos índices de mortalidade e aumento da expectativa de vida. 
Os índices elevados de natalidade, pouco superiores às médias 
mundiais, não têm sido suficientes para a reposição da mão de 
obra e, consequentemente, das contribuições previdenciárias.
b) A população europeia encontra-se na segunda fase do processo de 
transição demográfica, caracterizando-se por uma queda recente 
dos índices de natalidade, o que garante a mão de obra compatível 
com as contribuições previdenciárias. Desse modo, o problema do 
déficit se justifica apenas pela crise econômica deflagrada em 2008. 
c) A contínua elevação da expectativa de vida fez aumentar a 
proporção de idosos no continente europeu, ao mesmo tempo 
em que a reduzida taxa de natalidade fez com que a proporção 
da população economicamente ativa não acompanhasse esse 
crescimento. Esses dois fenômenos, combinados, provocam o 
déficit previdenciário, agravado pela crise econômica.
d) A população europeia é chamada de “madura” ou “envelhecida”, 
pois a proporção média de idosos (pessoas acima de 60 anos) 
nos países do continente ultrapassa os 60% da população total. 
Nesse contexto, os gastos com aposentadorias e pensões tornam-
se muito superiores ao volume das contribuições previdenciárias. 
e) A grande participação de imigrantes ilegais é a principal causa 
do déficit previdenciário nos países europeus, sobretudo na sua 
porção ocidental. Países como França e Alemanha apresentam 
grandes percentuais de estrangeiros irregulares, notadamente 
argelinos e turcos. Esses imigrantes, por serem ilegais, não 
trabalham, mas consomem os recursos previdenciários sob a 
forma de aposentadorias e pensões.
222
AS CRISES ECONÔMICAS
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07. (UERJ 2014)
As consequências do processo de globalização e da atual crise 
econômica nos Estados Unidos têm levado norte-americanos a 
procurar oportunidade de trabalho em outros países, como o Canadá.
Na charge, a pergunta irônica do empresário expõe a seguinte 
contradição da atuação das empresas globais nos E.U.A.:
a) criação de rede planetária de transportes − limite à exportação 
de capitais.
b) expansão de produção terceirizada − consumo dependente de 
empregabilidade.
c) prioridade de investimento no setor industrial de base − 
concentração financeira na Ásia.
d) política de ampliação dos benefícios trabalhistas − restrição à 
mobilidade espacial de imigrantes.
08. (FATEC 2019) Leia os textos.
• Francisco tem pouca esperança no futuro. Depois de cinco anos 
em busca de trabalho e após três entrevistas de emprego, todas 
infrutíferas, decidiu parar de procurar. Passou assim a fazer parte 
de um contingente cada vez maior de brasileiros: os desalentados.
• Um indicador fundamental para observar o nível da confiança do 
trabalhador no mercado de trabalho é a taxa de desalento.
• O Brasil iniciou o terceiro trimestre com queda na taxa de 
desemprego pela quarta vez seguida, mas registrou número 
recorde de desalentados diante das incertezas atuais em torno 
da economia, segundo dados divulgados no dia 30 de agosto de 
2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego atingiu 12,3% no terceiro trimestre de 
2018, depois de ter ficado em 12,4% no trimestre anterior, na quarta 
queda seguida, de acordo com o IBGE.
“O desemprego vem caindo no Brasil por conta do desalento, 
principalmente neste ano de 2018”, afirmou o coordenador do IBGE, 
Cimar Azeredo. O IBGE estimou em 4,8 milhões o número de pessoas 
desalentadas no trimestre maio – julho.
(<https://tinyurl.com/yactn5rh> Acesso em: 03.10.2018. Adaptado.)
De acordo com os textos, o cidadão desalentado é aquele que
a) conquista um emprego formal, mas sofre com a desigualdade de 
gênero, em que mulheres ganham menos e ocupam a maioria dos 
empregos vulneráveis.
b) precisa de trabalho e trabalharia se houvesse possibilidade, 
entretanto, desiste de procurar emprego porque sabe que não 
encontrará um posto de trabalho.
c) troca voluntariamente o trabalho formal pelo trabalho terceirizado, 
abandona a carteira de trabalho e opta pela previdência social 
estatal.
d) consegue emprego formal com rendimento equivalente a dois 
terços do salário mínimo vigente.
e) possui um emprego com carteira assinada, mas está desprotegido 
das leis trabalhistas.
09. (MACKENZIE 2009) A crise financeira que assola Wall Street, e 
dura quase 14 meses, atingiu seu auge na semana passada e trouxe a 
todas as mentes o fantasma da crise de 1929 e da Grande Depressão 
dos anos 30. A crise parecia suspensa na sexta-feira com a súbita 
euforia nos mercados diante do anúncio de intervenção do governo 
americano. (...) Ao longo da semana, a maior economia do mundo 
se converteu em um imenso laboratório onde estão sendo testadas 
as ideias para o capitalismo financeiro do século XXI. Em 1929, 
começou a maior crise financeira que o mundo já viu. Ela se alastrou 
por quase uma década e se confundiu, ao final, com o rearmamento 
em três continentes e com a Segunda Guerra Mundial. Fez surgir no 
Hemisfério Norte um capitalismo de face mais humana, mitigado pela 
necessidade política de incluir e proteger seus cidadãos.
É possível que a crise atual leve à construção de um novo modelo 
cujos contornos estão sendo definidos neste exato momento.”
(Revista “Época”, 22/09/2008)
A respeito da “crise de 1929” e do “Capitalismo Financeiro” praticado 
no século XX, considere as afirmações:
I. A crise de 1929 teve como ponto nevrálgico o excesso de oferta 
(queda substancial dos preços) nos Estados Unidos, aliado a 
grandes especulações financeiras.
II. São características do Capitalismo Financeiro: economia 
monopolizada, acúmulo primitivo do capital decorrente daexpansão ultramarina, prática da tradicional Divisão Internacional 
do Trabalho.
III. Os Estados Unidos, diante da crise, executou o New Deal, onde o 
governo passou a interferir na economia, elaborando e investindo 
de forma efetiva em diversos âmbitos da dinâmica social, 
buscando recuperar-se das perdas. 
Então,
a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas II e III estão corretas.
c) apenas I e III estão corretas.
d) apenas II está correta.
e) I, II e III estão corretas.
10. (UFRGS 1996) Quanto aos “Tigres Asiáticos”, como, por exemplo, 
Taiwan, Coreia do Sul e Cingapura, pode-se afirmar, unicamente, que 
seus processos de industrialização desenvolveram-se com 
a) base no mercado consumidor externo.
b) predomínio de indústrias de bens de produção.
c) forte incremento industrial desde a crise de 1929.
d) base no processo de substituição de importação de manufaturados. 
e) predomínio de capitais americanos.
223
AS CRISES ECONÔMICAS
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EXERCÍCIOS DE
TREINAMENTO
01. (ESPCEX/AMAN 2019) As sucessivas crises no abastecimento de 
energia elétrica no Brasil, ocorridas nos anos de 2001 e 2009, fizeram 
com que o governo brasileiro investisse em projetos para a solução 
dos problemas relacionados à produção e distribuição de energia 
elétrica no País.
Dentre as principais ações governamentais para superar essa 
problemática, podem-se destacar:
I. a construção de novas usinas hidrelétricas, com prioridade para 
as usinas de grande porte e com grandes reservatórios, sobretudo 
no Sudeste, a fim de aumentar a geração de energia elétrica na 
Região de maior demanda energética do País.
II. a interligação do sistema de transmissão de energia elétrica entre 
as regiões do País, de modo a permitir o direcionamento de 
energia das usinas do Sul e do Norte para as demais regiões nos 
momentos de pico no consumo.
III. a expansão do parque nuclear brasileiro, visando não apenas a 
ampliar a oferta de energia elétrica, mas também a honrar os 
compromissos assumidos pelo País no Acordo de Quioto, não 
obstante as polêmicas existentes em torno do programa nuclear 
brasileiro.
IV. a instalação de novas usinas termelétricas movidas a carvão 
mineral, as quais, aproveitando-se da abundante produção 
carbonífera de alto poder calorífico do País, geram energia mais 
barata que a gerada pelas usinas hidrelétricas.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.
a) I e III.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
02. (IFCE 2019) Há uma economia global caótica e obsessivamente 
voltada para a engrenagem financeira. A dimensão produtivista e 
empregatícia, tradicional ao desenvolvimento do capitalismo, vem 
sendo deixada à deriva, alterando as relações clássicas entre o capital 
e o trabalho em favor das novas tensões entre os que têm trabalho e 
emprego e os que não os têm.
(SARAIVA. 2012. p. p. 79 e 80). 
Sobre o assunto retratado no trecho acima, é correto afirmar-se que
a) faz parte da atual globalização a desigualdade social, sendo 
necessária para alcançar uma sociedade do tipo planificada.
b) o capitalismo, em pleno século XXI, não consegue eliminar as 
desigualdades sociais e econômicas entre as pessoas.
c) a desigualdade gerada pelo capitalismo é resultado da submissão 
do mesmo aos países emergentes após o fim da Guerra Fria.
d) “os que têm trabalho e emprego e os que não têm” são resultado 
exclusivamente do desemprego conjuntural.
e) a “engrenagem financeira” citada no texto pode ser entendida 
pela disputa ideológica presente ainda no século XXI.
03. (UNICAMP 2018) Detroit foi símbolo mundial da indústria 
automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões de habitantes entre 
as décadas de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de 
um milhão de habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com 
fábricas em ruínas, casas abandonadas, supressão de serviços públicos 
essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi 
decretada a falência da cidade. Essa crise urbana vivida por Detroit 
resulta dos seguintes processos:
a) ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e concorrência 
com capitais europeus; deslocamento de indústrias para cidades 
vizinhas.
b) consolidação do regime de acumulação fordista; protecionismo 
econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento 
de indústrias para outros países.
c) declínio do toyotismo; liberalização econômica e concorrência 
com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para cidades 
vizinhas.
d) ascensão do regime de acumulação flexível; liberalização 
econômica e concorrência com capitais asiáticos; deslocamento 
de indústrias para outros países.
04. (UFU 2018) De 1967 a 1973, o Brasil alcançou taxas médias de 
crescimento muito elevadas e sem precedentes, decorrentes da política 
econômica, mas também de uma conjuntura econômica internacional 
muito favorável. Esse período (e por vezes de forma mais restrita 
nos anos 1968-1973) passou a ser conhecido como o do “milagre 
econômico brasileiro”. Infelizmente, o mês de outubro de 1973 marca 
o término desse período de crescimento.
(Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/
milagre-economico-brasileiro>. Acesso em: 23 de mar, 2017. - Adaptado.)
Um fator responsável pelo fim do milagre econômico apresentado foi
a) a queda na exportação de produtos agrícolas brasileiros, 
principalmente, o café.
b) o primeiro choque do petróleo e a consequente crise no mercado 
internacional.
c) o aumento no valor das matérias-primas importadas pelo Brasil, 
com destaque para a bauxita.
d) as sucessivas greves produzidas pelo movimento sindical, 
inviabilizando a produção para exportação.
05. (UNESP 2018) Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria 
que pode ser assim resumida:
Os países __________ não têm poder político sobre os demais 
Estados Partes, mas possuem ferramentas para tentar reconduzir 
a situação de um membro, caso esse se afaste dos princípios do 
Tratado de Assunção, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se 
a aplicação da cláusula democrática do bloco sobre a __________, 
em função da crise política, institucional, social, de abastecimento e 
econômica que atravessa o país.
As lacunas do excerto devem ser preenchidas por
a) do Nafta – Argentina.
b) do Mercosul – Bolívia.
c) da ALADI – Venezuela.
d) da ALADI – Bolívia.
e) do Mercosul – Venezuela.
06. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MED 2018) A crise financeira e 
econômica iniciada entre 2007-2008, nos Estados Unidos, chegou a 
ser classificada por alguns economistas como a crise mais grave desde 
1929.
Podemos afirmar que as causas dessa grave crise estavam relacionadas 
a:
a) estratégias do governo americano para salvar bancos que estavam 
enfrentando sérios problemas de ordem financeira.
b) depauperação das finanças públicas do país em função de 
investimentos feitos nos setores sociais.
c) efetiva expansão dos financiamentos a juros baixos feitos para 
aquisição de bens imobiliários, que se mantinham desde 2000.
d) cobrança de elevados impostos sobre vários setores importantes 
da economia norte-americana.
224
AS CRISES ECONÔMICAS
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07. (ESPM 2015) Anos sendo alvo de matérias sobre sua grave crise 
econômica, a Grécia iniciou o ano de 2015:
a) celebrando a vitória do partido de extrema direita Aurora Dourada 
que, tal qual em outros países europeus, apresentou vertiginoso 
crescimento popular.
b) lamentando a renúncia de seu presidente recentemente eleito.
c) saldando mais da metade da dívida contraída nos anos de crise e 
que fora imposta pela troika estabelecida pelos demais membros 
da União Europeia.
d) anunciando sua adesão à Zona do Euro, após cinco anos de 
afastamento, quando optou pela saída da comunidade por 
discordar da imposição da troika.
e) assistindo à vitória do partido de esquerda Syriza nas eleições 
legislativas e que tem uma agenda de rompimento com a 
austeridade fiscal adotada até então.
08. (MACKENZIE 2019) O colapso da economia argentinaagita o 
tabuleiro político faltando pouco mais de um ano para as eleições 
gerais. Para reabrir a torneira do crédito, o Fundo Monetário 
Internacional (FMI) e os investidores privados exigem do presidente 
Mauricio Macri um plano econômico que elimine o deficit fiscal. Mas 
alcançar esse objetivo requer duros cortes nos gastos públicos e um 
acordo com a oposição peronista, um cenário pouco propício para as 
aspirações de reeleição de Macri em 2019.
A equipe econômica, muito contestada, anunciará [...] uma série 
de medidas destinadas a restabelecer a confiança dos mercados, 
enquanto os argentinos procuram como se resguardar de uma crise 
que se agrava cada vez mais.
(Crise econômica encurrala Mauricio Macri. El País, 02 set. 2018. Disponível em: 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/01/internacional/1535819596_593507.
html> Acesso em: 21 set. 2018.)
Considerando a reportagem acima e seus conhecimentos sobre o 
assunto tratado, avalie as afirmativas.
I. Desde o início de 2018, houve grande desvalorização do peso 
em relação ao dólar, o que exigiu a intervenção do Banco Central 
argentino no mercado cambiário para sustentar a moeda.
II. De acordo com a maior parte dos especialistas, a Argentina é o 
país da América Latina onde reformas impopulares, relacionadas 
a ajustes fiscais, são realizadas com mais facilidade, devido às 
heranças do peronismo.
III. A situação econômica da Argentina só não é pior em decorrência 
do eficiente controle da inflação, priorizado pela equipe 
econômica do governo. A expectativa é que o país feche 2018 
com índice de 5,5%, um pouco maior que o do Brasil.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
09. (UECE 2016) A atual crise econômica brasileira possui alguns 
elementos que contribuíram fortemente para o seu agravamento. 
Diante das adversidades econômicas no cenário mundial, o governo 
brasileiro adotou uma política “anticíclica” para tentar impulsionar a 
economia com uma medida que já havia sido tomada no passado, 
mas que, no entanto, transformou-se em um dos maiores problemas 
do governo atual. Essa medida tomada novamente pelo governo 
brasileiro para tentar amenizar a crise econômica consistiu no(a) 
a) aumento dos gastos públicos.
b) aumento da taxa de juros.
c) redução da taxa Selic.
d) controle dos preços dos serviços públicos.
10. (IFBA 2012) Tendo por referência a dinâmica e o desenvolvimento 
do modo de produção capitalista em relação à organização do espaço 
geográfico e aos problemas ambientais, analise:
I. A internacionalização dos problemas ambientais durante a 
2ª Revolução Industrial foi uma consequência das disputas 
interimperialistas ocorridas a partir da unificação alemã e italiana, 
que se constituíram como novos países capitalistas.
II. O espaço geográfico mundial, após a crise de 1929, teve uma 
intensa reorganização produtiva, considerando a aplicação da 
política de bem-estar social, o taylorismo/fordismo e o just in 
time, estruturas administrativas que possibilitam a produção/
reprodução ampliada do capital.
III. Os problemas da organização do espaço geográfico tem relação 
direta com as categorias de análise central da geografia, como 
paisagem, região, espaço, território e lugar, sendo estes, em 
muitos momentos, adjetivados como meio ambiente.
IV. A produção em série e o consumo de massa, implantados com 
o New Deal, estão na base da crise pela qual passa a economia 
americana nos dias atuais.
São corretas:
a) I, II, III, IV.
b) II, III, IV.
c) II, IV.
d) II, III.
e) I, II, III.
EXERCÍCIOS DE
COMBATE
01. (UPE 2015) No ano de 1930, o Brasil evidenciava uma grande 
produção de café, e praticamente o mundo mergulhava numa 
gravíssima crise econômica. Contudo, essa crise teve um “lado 
positivo” para o Brasil, o de
a) aumentar consideravelmente a exportação de açúcar para os 
Estados Unidos.
b) diminuir as tensões sociais e políticas internas com a adoção do 
Poder Sindical.
c) incrementar o extrativismo do ouro, especialmente na área de 
Serra Pelada.
d) despertar a consciência sobre a necessidade de industrialização 
como forma de alterar o panorama existente.
e) instalar no país um regime de características democráticas e 
socializantes dos meios de produção.
02. (UEBP 2013) A característica mais forte da globalização é 
a interdependência entre os diversos atores globais, daí a crise 
econômica que teve início com o colapso do mercado imobiliário 
norte-americano ter atingido fortemente a União Europeia, cuja 
insatisfação e mobilização popular têm como causas:
I. a imposição de medidas impopulares para equilibrar as contas dos 
Estados, tais como os cortes nos gastos públicos e o aumento de 
impostos.
II. a redução da renda e da qualidade de vida, direitos historicamente 
conquistados pelos cidadãos europeus, em especial dos países 
que implantaram a social democracia.
III. o aumento do desemprego e dos cortes nos recursos à assistência 
social, enquanto os Estados se endividam e utilizam recursos 
públicos para salvar o mercado financeiro.
IV. o forte controle da União Europeia sobre a imigração clandestina, 
que compensa o baixo crescimento demográfico e ocupa funções 
não qualificadas, sendo portanto bem aceita pela população.
Estão corretas apenas as proposições:
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
e) I e III.
225
AS CRISES ECONÔMICAS
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03. (UERN 2012) Analise atentamente a charge.
Pode-se concluir que ela destaca a crise econômica
a) no continente europeu, tendo como destaque a Grécia.
b) mundial, com a Europa resolvendo internamente os seus problemas.
c) europeia, com a Grécia conseguindo se reerguer.
d) que está atingindo todo o mundo, menos a Europa.
04. (UEG 2013) A atual crise econômica do mundo capitalista eclodida 
em 2009 nos EUA e na Europa colocou em xeque o crescimento 
econômico dessas regiões, provocando a queda do PIB em diversos 
países. A partir de então, a China passou a ser vista como uma das 
principais possíveis soluções para superação dessa crise econômica. 
Isso se deve ao fato de que esse país
a) apresenta um potencial mercado consumidor em expansão, que 
pode absorver a produção industrial dos EUA e da Europa, além 
de possuir grandes reservas econômicas para investimento que 
podem injetar recursos na economia de muitos países.
b) é o principal importador de matéria-prima e produtos manufaturados 
dos EUA e da Europa, sobretudo minério de ferro e grãos (como o arroz 
e o milho), o que poderá assegurar a continuidade do crescimento do 
PIB de vários países.
c) detém um contingente populacional com mão de obra qualificada 
que poderá ser enviada aos EUA e à Europa para suprir a demanda 
do setor produtivo local, ocupando cargos e funções nos diversos 
setores da economia.
d) possui um grande parque industrial com mão de obra barata e 
sem interferência sindical, que poderá permitir que a China se 
torne o principal fornecedor de produtos industrializados para os 
EUA e a Europa.
05. (FATEC 2014) Dentre as alternativas a seguir, a que melhor explica 
a séria crise econômica que atingiu duramente alguns membros da 
União Europeia, como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha em anos 
recente é:
a) o aumento do preço das commodities, que provocou déficits 
comerciais.
b) a alta generalizada do euro, que comprometeu as exportações 
intrabloco.
c) a alta internacional do petróleo, que afetou a capacidade 
energética europeia.
d) a ingerência do FMI na gestão monetária desses países.
e) a dívida fiscal provocada pelo excesso de gasto público.
06. (UFPB 2011) A falta de controle no setor especulativo de capital 
gerou o colapso do sistema financeiro internacional em setembro 
de 2008, provocando grande crise, que levou a economia global a 
um estado de recessão. Essa recessão teve início no último trimestre 
daquele ano e foi até 2010, atingindo vários setores vitais da 
economia em quase todos os países do Planeta. Dentre asprincipais 
consequências dessa crise destaca-se, no plano social, o aumento 
das taxas de desemprego, influenciando, inclusive, o processo de 
mobilidade internacional da força de trabalho.
Considerando o exposto, é correto afirmar que essa crise econômica 
teve influência no tratamento dispensado aos imigrantes destinados 
aos países ricos e teve como consequência:
a) o aumento do nacionalismo interno, ampliando a resistência 
aos imigrantes, que foram expulsos, em muitos casos, sem 
justificativas.
b) a diminuição do preconceito em relação aos imigrantes, pois 
estes passaram a ser vistos como força de trabalho barata, 
especialmente pelos empresários.
c) a redução da xenofobia em relação aos imigrantes, pois estes são, 
agora, taxados como a escória social e considerados culpados 
pelo desemprego, violência etc.
d) a estagnação do processo de mobilidade demográfica 
internacional, uma vez que a crise paralisou o ir e vir da força de 
trabalho no espaço mundial.
e) a nacionalização dos povos imigrantes, proporcionada pela regu-
larização dos seus vistos, garantindo-lhes residências definitivas 
nos países.
07. (PUC-RJ 2014)
Com a crise econômica aprofundada em 2008, uma classe de países 
da Zona do Euro passou a ser chamada de PIIGS. Nesses países:
a) a arrecadação caiu, apesar de o emprego ter aumentado, 
afetando a manutenção das políticas de bem-estar desenvolvidas 
há décadas.
b) a pobreza estrutural é muito grande, já que são periferias 
comunitárias localizadas no Leste do continente.
c) as taxas de desemprego são as mais expressivas do continente, 
apesar de a suscetibilidade das economias nacionais ter diminuído.
d) os gastos públicos são excessivos e o endividamento descontrolado, 
ao ponto de suas dívidas serem iguais ou superiores a 50% dos 
seus PIB.
e) os investimentos do bloco econômico continuam sendo fortes, 
mas houve o aumento da desconfiança da população nacional 
devido à corrupção.
08. (UEPA 2014) A multiplicação dos acordos bilaterais, tratados de 
livre-comércio e de blocos econômicos regionais constitui um dos 
fenômenos mais marcantes do cenário mundial pós-Guerra Fria. Neste 
contexto, ocorre destaque para a União Europeia, considerado o bloco 
econômico com maior nível de integração e que enfrenta nos últimos 
anos uma grave crise econômica. Sobre a crise europeia e o bloco 
União Europeia é correto afirmar que:
a) o crescimento econômico deste bloco está em descompasso com 
o resto do mundo, uma vez que, enquanto seus países membros 
têm lento crescimento econômico, os países que compõem outros 
blocos apresentam rápido crescimento, principalmente os que 
compõem o NAFTA.
226
AS CRISES ECONÔMICAS
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b) a crise na Europa foi causada pela dificuldade de alguns países 
europeus em pagar as suas dívidas. Alguns países da região, a 
exemplo da Grécia e Portugal, não vêm conseguindo gerar 
crescimento econômico suficiente para honrar os compromissos 
firmados junto aos seus credores ao longo dos últimos anos. Tal 
fato é grave e poderá ultrapassar as fronteiras da chamada “Zona 
do Euro”.
c) alguns países, a exemplo da Alemanha e França, que possuem 
maior desenvolvimento tecnológico, estão isentos desta recente 
crise econômica. O término da Guerra Fria e a reunificação alemã 
influenciaram na reformulação do equilíbrio geopolítico europeu. 
d) a crise atinge todos os países integrantes do bloco com a mesma 
proporção, sendo o desemprego estrutural e conjuntural um 
dos mais sérios problemas dos países integrantes deste bloco 
econômico.
e) a economia mundial tem experimentado um crescimento lento 
desde a crise financeira dos Estados Unidos entre 2008 e 2009. 
A crise americana atravessou fronteiras e influenciou no resto do 
mundo, inclusive na Europa e no contexto da União Europeia, 
atingindo na mesma proporção todos os países integrantes deste 
bloco.
09. (UNESP 2009) Um dos reflexos da crise econômica internacional 
que eclodiu a partir do final de 2008 teve consequência direta sobre 
o mercado de trabalho formal, delineando um perfil para os novos 
desempregados brasileiros.
Analise estas afirmativas:
I. o mercado perdeu milhares de postos de trabalho na indústria, 
principalmente aqueles da faixa entre 1 a 3 salários mínimos;
II. o emprego formal na indústria atingiu mais a mão de obra 
feminina, que respondia pela maior parte das vagas fechadas no 
período;
III. a contração do emprego formal atingiu mais os homens, que 
respondiam por 8 em cada 10 vagas fechadas no período;
IV. de acordo com o cadastro geral de empregos e desempregos, as 
grandes empresas foram as que mais demitiram trabalhadores 
com carteira assinada;
V. especialistas apontam que o setor que mais demitiu (90%) foi a 
Indústria Têxtil, principalmente trabalhadores do sexo feminino.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) I, IV e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
10. (UEL 2007) É inegável que a concepção dos ciclos de inovação 
constitui um avanço importante diante de uma visão linear do 
crescimento da economia, em geral predominante. (...) Não são 
poucas as análises que centralizam o foco nas “revoluções tecno-
científicas” como motrizes do desenvolvimento humano, sejam elas 
marxistas ou funcionalistas, muitas delas incapazes de ocultar o mito 
do ‘Prometeu desacorrentado’ que lhes dá substrato e que confere 
à ciência e à tecnologia uma falsa neutralidade social, que alimenta 
a crença positivista na ordem natural como via necessária para o 
progresso humano.”
(Fonte: EGLER, C. A. G.)
Que fazer com a Geografia Econômica neste final de século?. 
Trabalho apresentado no Simpósio Internacional Lugar socioespacial, 
mundo. 
(São Paulo: setembro de 1994 e publicado nos Textos LAGET, 5, p. 5-12. Disponível em http://
www.laget.igeo.ufrj.br/egler/pdf/Que%20fazer.pdf. Acessado em 10 de out de 2006.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as 
afirmativas a seguir:
I. A teoria das ondas longas de inovações em sua concepção original 
partia do ciclo “natural” de substituição dos bens de capital de 
longo período de amortização, que repercutia diretamente no 
comportamento, também cíclico, do mercado financeiro.
II. Para a teoria dos ciclos de inovação, o processo de expansão/
retração da base produtiva ocorreria em períodos regulares de 
aproximadamente cinquenta anos, divididos em uma fase “A” 
expansiva e em uma fase “B” recessiva.
III. O relevo conferido à mudança tecnológica confere também 
caráter automático à saída de qualquer crise econômica, pois 
a difusão das chamadas “novas tecnologias” possibilita que os 
mentores e executores da política econômica e da gestão do 
território atuem no sentido de retirar obstáculos e criar condições 
favoráveis para o desenvolvimento regional.
IV. A importância desta concepção está no rompimento com a 
visão marxista de que a dinâmica do capitalismo é marcada pela 
não estabilidade econômica. Entretanto seus principais críticos, 
embora concordem com a instabilidade dos investimentos, 
acreditam na regularidade “natural” de cerca de cinquenta anos 
na ocorrência do processo de crise e reestruturação da economia 
mundial.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
 
GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. E
02. C
03. B
04. B
05. A
06. C
07. B
08. B
09. C
10. A
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B
02. B
03. D
04. B
05. E
06. C
07. E
08. A
09. A
10. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. D
02. E
03. A
04. A
05. E
06. A
07. D
08. B
09. B
10. A
ANOTAÇÕES

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