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217PROMILITARES.COM.BR AS CRISES ECONÔMICAS A economia é a ciência que estuda os processos de produção, intercâmbio e consumo de bens e serviços. Uma crise, no que lhe diz respeito, é uma mudança brusca ou uma situação de escassez (desemprego, por exemplo). Posto isto, uma crise econômica faz referência a um período de escassez no nível da produção, da comercialização e do consumo de produtos e serviços. A economia é cíclica, ou seja, combina etapas de expansão com fases de contração. Estas flutuações sucessivas são conhecidas sob o nome de ciclo econômico. Estes princípios permitem afirmar que toda descida culmina numa subida e vice-versa. As quatro grandes fases de um ciclo econômico são o boom (onde aumenta a atividade econômica até ao seu auge), a depressão (caem os indicadores), a recessão (quando a depressão se estende por mais de dois trimestres consecutivos) e a recuperação ou estagnação (os índices voltam a subir e o boom do ciclo seguinte inicia). A crise econômica decorre em algum momento da depressão. Pode tratar-se de uma crise generalizada com quebra de todos os índices, ou de crises que afetam em especial certos setores (crise da oferta, crise da procura). Por outro lado, fala-se de crise de subsistência sempre que um grupo social não possa satisfazer as suas necessidades básicas. Outro tipo de crise que se conhece sob o nome de “bolha financeira” ou “bolha especulativa”, que ocorre quando as ações são negociadas a um preço muito superior ao do seu valor intrínseco até um momento onde estas deixam de ser compradas, passando seu valor a cair bruscamente. Ao longo da história, pudemos observar renomados economistas que fizeram análises e até mesmo criaram modelos de estudos para antever e conceber a orientação de ocorrência de tais ciclos econômicos. O economista russo Nikolai Dimitrievitch Kondratieff apresentou os chamados superciclos, grandes ondas, ondas longas ou longos ciclos econômicos da economia mundial capitalista moderna: A tese de Kondratieff é a de que os ciclos consistem em períodos alternados de alto crescimento e períodos de crescimento relativamente lento variando de 40 a 60 anos. Kondratieff identificou 3 fases no ciclo: expansão, estagnação, recessão. Já para Joseph Schumpeter, as crises seriam momentos de declínio econômico que gerariam ondas de substituições criadoras, levando ao abandono de um modelo anterior defasado e a adoção de novas e mais modernas propostas capitalistas. Schumpeter considerava então, que o capitalismo deveria ser estudado sob a ótica da produtividade e do crescimento, sendo a máxima expressão da inovação, luta humana e pura/simples destruição - tudo isso ao mesmo tempo. 218 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR A CRISE DE 1929 A crise de 1929 foi o maior desastre da história capitalismo no século 20 e representou uma devastação da economia mundial. Os resultados foram a pobreza generalizada das massas, uma drástica desvalorização e a aniquilação de capitais e mercadorias. O tombo, evidentemente, foi mais alto nos EUA, epicentro da crise e a maior economia global. Estima-se que, entre 1929 e 1931, a produção norte-americana de automóveis caiu pela metade. A produção industrial dos EUA caiu em um terço no mesmo período. Entre 1929 e 1932, as exportações e importações (trigo, seda, borracha, chá, cobre, algodão, café etc.) despencaram em taxas de 70%. Em 1929, apenas nos EUA, 4,6 milhões de trabalhadores tinham perdido seus empregos. Em outubro de 1931, eram 7,8 milhões; em 1932, somavam 11,6 milhões; e em 1933 havia nos EUA 16 milhões de desempregados, 27% de toda força de trabalho do país. A Grande Depressão não teve efeitos catastróficos apenas para os trabalhadores norte-americanos. No pior período da depressão, entre 1932 e 1933, o desemprego chegou a níveis nunca vistos na história do capitalismo. Na Inglaterra, o índice chegava a 23%. Na Alemanha, a taxa de desemprego atingiu os espantosos 44%. A crise se expandiu para todo o sistema capitalista. O comércio mundial caiu 60%. Houve uma crise na produção básica de alimentos e matérias-primas devido à queda vertiginosa dos preços destes produtos. O Brasil também tornou-se símbolo do desespero e da dramaticidade da crise, quando o governo queimou os estoques de café (principal produto de exportação do país) em locomotivas a vapor numa inútil tentativa de frear a queda dos preços do produto. http://historianamao.blogspot.com.br OS CHOQUES DO PETRÓLEO PRIMEIRO CHOQUE DO PETRÓLEO Desde 1967, com o fechamento do Canal do Suez e com a decisão árabe de impedir o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos e à Inglaterra, o mundo se viu manipulado pelos detentores deste insumo. Caracterizando-se por uma demanda inelástica, os países ocidentais podiam apenas acatar as imposições de tais oligopolistas. Em 1970, a Líbia se estabelece como principal fornecedora do ocidente graças à explosão do oleoduto Iraque-Líbano, e logo aplica um aumento de seus preços de venda. Os outros membros da OPEP a seguiram e aplicaram outros aumentos, pressionando cada vez mais os consumidores. O resultado disto foi que, no curto intervalo de outubro de 1973 a janeiro de 1974, os preços tiveram uma elevação de, praticamente, quatro vezes. SEGUNDO CHOQUE DO PETRÓLEO Depois de certa tranquilidade mundial frente à estabilidade do preço do petróleo, novos fatos ocorreram desestruturando novamente as economias dependentes deste insumo – a Revolução Islâmica no Irã, de 1979, e posteriormente, a guerra Irã-Iraque que começou em 1980 e findou em 1988. Caracterizada por uma monarquia totalitária, que reprimia de forma violenta qualquer manifestação contra o governo e que tinha o objetivo principal de desenvolver economicamente, tal qual o modelo ocidental, o governo do Xá Reza Pahlevi passou a perder popularidade após a recessão sofrida pelo Irã, em 1976. A revolução iraniana derrubou o maior aliado dos Estados Unidos, pondo fim à ordem de mercado acordada entre eles e a Arábia Saudita e o Irã. Este último país teve sua oferta de petróleo interrompida, gerando uma queda de praticamente 8% da oferta global. Os outros países exportadores de petróleo, tentando reequilibrar o mercado, elevaram suas exportações, mas o aumento dos preços foi inevitável. O mercado internacional de petróleo voltava à fase de instabilidade. Deterioração da balança comercial, intenso processo inflacionário, redução do ritmo de crescimento, desemprego, aumento do déficit em conta corrente agravado pelos juros altos e aumento da dívida externa foram as mais graves consequências do segundo choque do petróleo. A ideia de manutenção do crescimento através de empréstimos externos, de certa forma, piorou a situação desses países, à medida que os juros estavam altos e o setor externo estava repleto de restrições. AS CRISES DA NOVA ORDEM MUNDIAL A CRISE DO JAPÃO Pode-se resumir como uma superinflação nas ações e nos bens imobiliários como terrenos. O valor das ações da bolsa Nikkei em 1989 chegou a registrar quase 39 mil ienes, quase dobro do valor de 2015 (20 mil ienes). Tóquio passou a ter o terreno mais caro do mundo, o valor da região na época era equivalente ao valor de todo o terreno dos Estados Unidos. Havia dois motivos para essa sobrevalorização de terrenos e imóveis. Por um lado, a rápida acumulação de capital no Japão, que era sobretudo o resultado de um contínuo superávit comercial, disponibilizou recursos para investimento em imóveis, elevando o preço de terrenos. Por outro, a natureza caótica não planejada da urbanização japonesa, em profundo contraste com o cuidadoso planejamento estratégico da produção e da tecnologia, motivou um mercado de imóveis selvagem. O rápido crescimento econômico concentrou a população e as atividades em densas áreas urbanas, em um país já preocupado com a escassez de terras aproveitáveis. O preço de terrenos aumentou assustadoramente devido aos mecanismos de patronagem política queoferecia gratificação especial a vários pequenos proprietários de terra, muitos deles na periferia rural das áreas metropolitanas. A título de exemplo, entre 1983 e 1988, os preços médios dos terrenos residenciais e comerciais subiram, respectivamente, 119% e 203% na área de Tóquio. 219 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR Em 1988 a economia japonesa passava por um ciclo infinito de oferta e demanda de ações e bens imobiliários. A festa terminou em outubro de 1990, com aumento dos juros bancários e a implantação do imposto de consumo, o conhecido Shohizei que na época era de 3%, para normalização da superinflação. Sem empréstimo dos bancos para os investidores, o ciclo para. Agências bancárias, imobiliárias e construtoras tiveram altos prejuízos com o estouro da bolha. Assim começa uma longa história de recessão que o Japão enfrenta até hoje os seus efeitos colaterais. EFEITOS COLATERAIS • Quebra de empresas: vários bancos, imobiliárias e construtoras tiveram calotes e cancelamento de projetos. Endividados com a Bolha, muitos faliram anos após o estouro. • Empréstimos mais difíceis: a avaliação para empréstimo tornou-se mais rigorosa mesmo para empresas de confiança. • Desemprego: as empresas deixaram de contratar novos funcionários efetivos, fato que gerou a Era do Gelo no mercado de trabalho do Japão. • Alta nos cargos públicos: o que era considerado profissão para perdedor, já que um recém-formado chegava a receber milhões por mês, os cargos públicos e concursados tornaram- se os mais desejados e concorridos entre todos. • O efeito “Tequila”: em dezembro de 1994, o México estava sem reservas internacionais e a balança comercial do país apresentava números preocupantes. Por isso, o presidente Carlos Salinas, em conjunto com o Ministério da Fazenda tentou realizar uma manobra econômica conhecida como crawling peg, desvalorizando progressivamente a moeda na tentativa de ajustar o câmbio às variáveis de inflação e juros. Desta forma, o peso ficava atrelado ao dólar e sofreria pequenas flutuações diárias. O que o governo mexicano não esperava era que a inflação mexicana ficasse tão acima dos números registrados pelos EUA. Assim, as importações ficaram muito baratas e a economia mexicana não conseguia exportar na mesma medida. O parque industrial foi detonado pelos produtos importantes, melhores e mais baratos. Para cobrir o desequilíbrio comercial o Banco Central foi forçado a comprar grandes quantidades de dólares, o que por sua vez, exigiu que o Estado abrisse o mercando de títulos aos investidores externos. A CRISE ASIÁTICA Foi um período que atingiu grande parte da Ásia, tendo começado no verão de 1997 gerando temor de uma crise em escala mundial e contágio financeiro. Os fluxos de capital para a Ásia mudaram de um ingresso de US$ 93 bilhões em 1996 para uma saída de US$ 12 bilhões em 1997, com a virada se concentrando na segunda metade deste ano. O montante de US$ 105 bilhões de alteração nos fluxos foi equivalente a cerca de 11% do PIB da região. O evento que se tornou o gatilho da crise foi o anúncio, em 2 de julho de 1997, de que o baht (moeda tailandesa), passaria a flutuar, ao que se seguiu sua desvalorização imediata em 15%. Problemas em instituições financeiras domésticas haviam já iniciado uma crise de confiança. Em menos de dois meses, Filipinas, Malásia e Indonésia desistiram da defesa de suas moedas, também sofrendo depreciações substantivas. A despeito da aprovação de pacotes emergenciais de empréstimos pelo FMI à Tailândia, em agosto, e posteriormente à Indonésia e à Coreia, a crise continuou se aprofundando. A crise financeira traduziu-se em crise econômica, conforme expresso no declínio dos PIBs. O PIB tailandês, depois de atingir um pico em meados de 1997, diminuiu em mais de 10%, até alcançar um piso na segunda metade do ano seguinte. Na Malásia, a queda do PIB foi também próxima de 10% entre os terceiros trimestres de 1997 e 1998. As Filipinas enfrentaram uma redução mais modesta, de 3%, enquanto a Coreia, a última grande economia asiática a entrar na crise, teve seu PIB reduzido em 8% entre o final de 1997 e a primeira metade de 1998. A Indonésia foi a mais intensamente afetada, com um declínio acima de 15% no PIB do período. A CRISE DA RÚSSIA O período pós-1992 foi de grande turbulência econômica, quando o país mergulhou em profunda crise econômica, apresentando taxas negativas de crescimento do PIB, altas taxas de inflação e elevado desemprego. O consumo total de energia na ex-URSS caiu em quase 50% quando comparada ao período soviético (até 1991). O desemprego atingia 15% da população economicamente ativa, e 35% dos russos passaram a viver abaixo da linha da pobreza. Em 1997, a crise financeira asiática piorou sensivelmente a situação da Rússia, basicamente devido à redução da oferta de crédito internacional e à queda no preço das commodities (agrícolas, minerais e energéticas) exportadas pela Rússia. A escassez de crédito provocou os efeitos mais imediatos. Sem conseguir novos empréstimos para pagar as dívidas com vencimento de curtíssimo prazo, que ultrapassavam os US$ 40 bilhões, nem as de curto prazo, que chegavam a US$ 80 bilhões (até o fim de 1999), a Rússia decretou uma moratória da sua dívida externa e simultaneamente desvalorizou sua moeda, o rublo. No dia 17 de agosto de 1998, estoura a “crise financeira” da Rússia. O governo russo anuncia a desvalorização do rublo e uma moratória, que inicialmente teria 90 dias de interrupção nos pagamentos externos. BOLHA “PONTO.COM” O clímax da bolha registrou-se em 10 de março de 2000, quando o índice Nasdaq chegou a 5.132,52 pontos (hoje o pico atinge 3 mil pontos). Ao longo de cinco anos, as bolsas de valores de países industrializados viram a ascensão rápida do preço das ações das empresas de comércio eletrônico e áreas afins. O período foi marcado pela criação - e, em muitos casos, fracasso - de novas empresas baseadas na Internet, geralmente designadas como “ponto com”. A combinação do rápido aumento dos preços das ações, confiança de mercado que as empresas depositaram em lucros futuros, a especulação em ações individuais, e a ampla disponibilidade de capital de risco, criou um ambiente em que muitos investidores tornaram-se dispostos a ignorar as métricas tradicionais em favor da confiança nos avanços tecnológicos. Pouco antes de estourar a bolha da internet, o número de ofertas particulares, IPOs, fusões e aquisições foi o maior já visto em Wall Street. Empresas sem nenhum plano de negócios, expectativa de receita ou lucro atraíram milhões em investimento. O estouro da Bolha ocorreu entre 2000 e 2001, depois que investidores constataram que os níveis de lucratividade projetados anos antes não se realizariam. Diversas empresas faliram, outras perderam boa parte de seu capital. Poucas empresas saíram ilesas da crise. A CRISE DOS EUA Financeiras americanas confiaram de modo excessivo em clientes que não tinham bom histórico de pagamento de dívidas nos últimos anos. Esse tipo de financiamento, de alto risco, é chamado de “subprime” (traduzido como “de segunda linha”). Os clientes davam como garantia suas casas, mas o mercado imobiliário entrou em crise em meados do ano passado. Os preços dos imóveis caíram, reduzindo as garantias dos empréstimos. Com medo, os bancos dificultaram novos empréstimos. Isso fez cair o número de compradores de imóveis, agravando ainda mais a crise no setor, que começou a ser observada em julho de 2007. O problema pode afetar o nível de emprego e o consumo, causando uma recessão geral na economia dos EUA. Bancos transformaram esses empréstimos hipotecários em papéis e venderem a outras instituições financeiras, que também acabaram sofrendo perdas. Alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos 220 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR anunciaram prejuízos bilionários, como o Citigroup e o Merril Lynch, que perderam quase US$ 10 bicada um no 4º trimestre. Como os EUA estão entre os maiores consumidores do mercado global, todo o mundo é afetado. Países que exportam para lá, como o Brasil, podem vender menos. No início de setembro de 2008, o Tesouro americano anunciou intervenção nas gigantes do setor hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac. Pelo plano, as duas companhias ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado, com a substituição dos executivos-chefes de ambas companhias e com um investimento de US$ 200 bilhões nas duas financiadoras de empréstimos imobiliários para mantê-las solventes. Alguns dias depois, o quarto maior banco de investimentos dos EUA, o Lehman Brothers, anunciou que pretende pedir concordata na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York. O quarto maior banco de investimentos dos EUA informou que seu conselho de administração autorizou o pedido de concordata a fim de proteger seus ativos e maximizar seu valor. O Bank of America, por sua vez, fechou um acordo de compra do banco de investimentos Merrill Lynch, que estava sob risco de quebrar, por US$ 50 bilhões, em uma transação que cria a maior companhia de serviços financeiros do mundo. A CRISE DA UNIÃO EUROPEIA A formação de uma crise financeira na zona do euro deu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do que conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do euro. No caso da economia grega, exemplo mais grave de descontrole das contas públicas, a razão dívida/PIB é mais que o dobro deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e privados europeus. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - que formam o chamado grupo dos PIIGS - são os que se encontram em posição mais delicada dentro da zona do euro, pois foram os que atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente. Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países possuem pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas economias. Como não possuem sobras de recursos (superávit), entraram no radar da desconfiança dos investidores. A possibilidade de que governos e empresas da região tornem- se insolventes faz com boa parte dos investidores simplesmente não queira ficar exposta ao risco de ações e títulos europeus. Na primeira metade do ano, o que se viu foi um movimento de venda destes papéis e fuga para ativos considerados seguros, como os títulos do Tesouro norte-americano. Tal movimento, de procura por dólares e abandono do euro, fez com que a cotação da moeda europeia atingisse valores historicamente baixos. As moedas também refletem o vigor das economias. Assim, argumentam os analistas, a tendência de longo prazo é de fortalecimento do dólar e das moedas dos países emergentes (real inclusive), enquanto a Europa não conseguir resolver seus problemas fiscais e criar condições para um crescimento econômico mais acentuado. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (FUVEST 2015) Observe a charge. Com base na charge e em seus conhecimentos, avalie as afirmações: I. O rápido e intenso crescimento econômico chinês se deu à custa da exploração de recursos florestais da União Europeia. II. A despeito da distinta condição econômica da União Europeia e da China na atualidade, essas economias permanecem interligadas. III. A dependência econômica da China em relação à União Europeia assenta-se no consumo do etanol europeu. IV. Enquanto parte da União Europeia vive uma crise econômica, a economia chinesa cresce. Está correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I, II e III. c) III e IV. d) I, III e IV. e) II e IV. 02. (ENEM 2014) O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diploma de desenhista industrial e seu alto conhecimento de inglês devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de desemprego, que supera 52% entre os que têm menos de 25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de que seu futuro profissional não está na Espanha, como o de, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraram nos últimos dois anos. O irmão dele, que é engenheiro-agrônomo, conseguiu emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa de uma “oficina de procura de emprego” em países como Brasil, Alemanha e China. A oficina é oferecida por uma universidade espanhola. (GUILAYN, P. “Na Espanha, universidade ensina a emigrar”. O Globo, 17 fev. 2013 - adaptado.) A situação ilustra uma crise econômica que implica a) valorização do trabalho fabril. b) expansão dos recursos tecnológicos. c) exportação de mão de obra qualificada. d) diversificação dos mercados produtivos. e) intensificação dos intercâmbios estudantis. 221 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR 03. (UERJ 2019) Leia. BRASIL NÃO CRESCE SE NÃO REDUZIR SUA DESIGUALDADE O Brasil não voltará a crescer de forma sustentável enquanto não reduzir sua desigualdade e a extrema concentração da renda no topo da pirâmide social, diz o economista francês Thomas Piketty. Autor do livro O capital no século XXI, no qual apontou um aumento da concentração no topo da pirâmide social nos Estados Unidos e na Europa, Piketty agora se dedica a um grupo de pesquisas que investiga o que ocorreu em países em desenvolvimento como o Brasil, a China e a Índia. (Adaptado de folha.uol.com.br, 28/09/2017.) Para Thomas Piketty, a situação de desigualdade referida no texto dificulta o crescimento econômico nacional. Tendo em vista a lógica do modo de produção capitalista, um motivo que explica essa dificuldade é: a) ampliação da insegurança jurídica. b) restrição do mercado consumidor. c) intensificação do processo inflacionário. d) limitação da criatividade empreendedora. 04. (UECE 2019) Leia atentamente o seguinte texto: O Brasil não tem nada a comemorar nesta quarta-feira (17/10), quando se celebra o Dia Mundial de Erradicação da Pobreza. Envolto em uma crise econômica tida por especialistas como a mais grave da história, o país vê o agravamento das condições de vida dos mais carentes, apenas 5 anos após deixar o Mapa da Fome. Segundo analistas ouvidas pela Sputnik Brasil, (...) o desmonte de políticas públicas associado à crise já se faz sentir em levantamentos nacionais. Um levantamento recente produzido pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pela ONG ActionAid Brasil – baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – mostrou que a fome hoje já atinge 11,7 milhões de pessoas no Brasil, o que corresponde a 5,6% dos brasileiros. (Fonte: UOL/Opera Mundi/Sputnik. 17 de outubro de 2018. “Disponível em: https:// operamundi.uol.com.br/sociedade/53676/perto-davolta-ao-mapa-da-fome-brasil- vive-vergonha-com-52-milhoes-na-pobreza-dizem-analistas.) Considerando o excerto acima, é correto dizer que a) os fatos relatados confirmam a ineficiência dos programas de combate à pobreza no Brasil, tais como o Bolsa Família, a valorização do salário mínimo, os programas de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF –, a aposentadoria rural e o acesso às cisternas, sementes e creches, que nunca resultaram em efeitos reais de erradicação da pobreza. b) a piora mostrada nos índices é explicada pelas mudanças ocorridas no Brasil, principalmente a partir de 2016, com a crise política, o aumento do desemprego e os cortes nos investimentos de políticas públicas de assistência social. c) as informações apontam que, apesar de ter ficado mais pobre, desde 2016 a população brasileira tem visto ampliados os programas de apoio governamental às necessidades sociais. d) em função das políticas econômicas neoliberais assumidas pelo Brasil,a tendência no país é um retorno aos investimentos em políticas públicas focadas às populações mais vulneráveis e a consequente saída da população brasileira do Mapa da Fome no mundo. 05. (UFSJ 2013) A energia nuclear foi considerada a energia do futuro, principalmente a partir dos primeiros choques do petróleo árabe, no início da década de 1970. Em 2008, já existiam 436 centrais nucleares instaladas em 31 países do mundo. O crescimento da participação da energia nuclear na oferta total de energia revelou outros problemas. Em relação a esses problemas, é INCORRETO afirmar que a) a França e a Alemanha desistiram de ampliar o número de suas usinas depois do acidente de Fukuyama, em 2011, apesar dos baixos custos para produção desse tipo de energia e tecnologia. b) a tecnologia aplicada à manutenção e ao monitoramento das usinas nucleares não garante plenamente as condições físicas dessas usinas perante possíveis fenômenos naturais. c) a tecnologia e as pesquisas no campo da energia nuclear favorecem o aumento de risco de grupos paramilitares e terroristas fazerem usos de artefatos atômicos. d) a existência e o funcionamento de usinas nucleares geram aquecimento da água do mar, risco de fuga de radiação e produção de dejetos radioativos. 06. (MACKENZIE 2015) Leia o texto a seguir para responder à questão. POPULAÇÃO IDOSA DA EUROPA É UM DESAFIO PARA O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO Jornal do Brasil O equilíbrio no sistema previdenciário europeu é um dos grandes desafios do continente para as próximas décadas, acreditam os especialistas. Os que vivem de aposentadorias deverão atingir a maioria da população europeia, com cerca de 30% do total em 2050. Porém, a crise econômica que se alastra no Velho Mundo já desempregou cerca de 10% do continente, causando um desequilíbrio que deverá afetar os Estados no futuro. (Fonte: www.jb.com.br/economia/noticias/2012/02/03/) O trecho da reportagem acima retrata parte do problema do chamado “déficit previdenciário”. Este problema envolve aspectos demográficos, econômicos e políticos. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) O déficit previdenciário é um problema grave da Europa, pois sua população ainda se encontra na primeira fase do processo de transição demográfica, apresentando redução constante dos índices de mortalidade e aumento da expectativa de vida. Os índices elevados de natalidade, pouco superiores às médias mundiais, não têm sido suficientes para a reposição da mão de obra e, consequentemente, das contribuições previdenciárias. b) A população europeia encontra-se na segunda fase do processo de transição demográfica, caracterizando-se por uma queda recente dos índices de natalidade, o que garante a mão de obra compatível com as contribuições previdenciárias. Desse modo, o problema do déficit se justifica apenas pela crise econômica deflagrada em 2008. c) A contínua elevação da expectativa de vida fez aumentar a proporção de idosos no continente europeu, ao mesmo tempo em que a reduzida taxa de natalidade fez com que a proporção da população economicamente ativa não acompanhasse esse crescimento. Esses dois fenômenos, combinados, provocam o déficit previdenciário, agravado pela crise econômica. d) A população europeia é chamada de “madura” ou “envelhecida”, pois a proporção média de idosos (pessoas acima de 60 anos) nos países do continente ultrapassa os 60% da população total. Nesse contexto, os gastos com aposentadorias e pensões tornam- se muito superiores ao volume das contribuições previdenciárias. e) A grande participação de imigrantes ilegais é a principal causa do déficit previdenciário nos países europeus, sobretudo na sua porção ocidental. Países como França e Alemanha apresentam grandes percentuais de estrangeiros irregulares, notadamente argelinos e turcos. Esses imigrantes, por serem ilegais, não trabalham, mas consomem os recursos previdenciários sob a forma de aposentadorias e pensões. 222 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR 07. (UERJ 2014) As consequências do processo de globalização e da atual crise econômica nos Estados Unidos têm levado norte-americanos a procurar oportunidade de trabalho em outros países, como o Canadá. Na charge, a pergunta irônica do empresário expõe a seguinte contradição da atuação das empresas globais nos E.U.A.: a) criação de rede planetária de transportes − limite à exportação de capitais. b) expansão de produção terceirizada − consumo dependente de empregabilidade. c) prioridade de investimento no setor industrial de base − concentração financeira na Ásia. d) política de ampliação dos benefícios trabalhistas − restrição à mobilidade espacial de imigrantes. 08. (FATEC 2019) Leia os textos. • Francisco tem pouca esperança no futuro. Depois de cinco anos em busca de trabalho e após três entrevistas de emprego, todas infrutíferas, decidiu parar de procurar. Passou assim a fazer parte de um contingente cada vez maior de brasileiros: os desalentados. • Um indicador fundamental para observar o nível da confiança do trabalhador no mercado de trabalho é a taxa de desalento. • O Brasil iniciou o terceiro trimestre com queda na taxa de desemprego pela quarta vez seguida, mas registrou número recorde de desalentados diante das incertezas atuais em torno da economia, segundo dados divulgados no dia 30 de agosto de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego atingiu 12,3% no terceiro trimestre de 2018, depois de ter ficado em 12,4% no trimestre anterior, na quarta queda seguida, de acordo com o IBGE. “O desemprego vem caindo no Brasil por conta do desalento, principalmente neste ano de 2018”, afirmou o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo. O IBGE estimou em 4,8 milhões o número de pessoas desalentadas no trimestre maio – julho. (<https://tinyurl.com/yactn5rh> Acesso em: 03.10.2018. Adaptado.) De acordo com os textos, o cidadão desalentado é aquele que a) conquista um emprego formal, mas sofre com a desigualdade de gênero, em que mulheres ganham menos e ocupam a maioria dos empregos vulneráveis. b) precisa de trabalho e trabalharia se houvesse possibilidade, entretanto, desiste de procurar emprego porque sabe que não encontrará um posto de trabalho. c) troca voluntariamente o trabalho formal pelo trabalho terceirizado, abandona a carteira de trabalho e opta pela previdência social estatal. d) consegue emprego formal com rendimento equivalente a dois terços do salário mínimo vigente. e) possui um emprego com carteira assinada, mas está desprotegido das leis trabalhistas. 09. (MACKENZIE 2009) A crise financeira que assola Wall Street, e dura quase 14 meses, atingiu seu auge na semana passada e trouxe a todas as mentes o fantasma da crise de 1929 e da Grande Depressão dos anos 30. A crise parecia suspensa na sexta-feira com a súbita euforia nos mercados diante do anúncio de intervenção do governo americano. (...) Ao longo da semana, a maior economia do mundo se converteu em um imenso laboratório onde estão sendo testadas as ideias para o capitalismo financeiro do século XXI. Em 1929, começou a maior crise financeira que o mundo já viu. Ela se alastrou por quase uma década e se confundiu, ao final, com o rearmamento em três continentes e com a Segunda Guerra Mundial. Fez surgir no Hemisfério Norte um capitalismo de face mais humana, mitigado pela necessidade política de incluir e proteger seus cidadãos. É possível que a crise atual leve à construção de um novo modelo cujos contornos estão sendo definidos neste exato momento.” (Revista “Época”, 22/09/2008) A respeito da “crise de 1929” e do “Capitalismo Financeiro” praticado no século XX, considere as afirmações: I. A crise de 1929 teve como ponto nevrálgico o excesso de oferta (queda substancial dos preços) nos Estados Unidos, aliado a grandes especulações financeiras. II. São características do Capitalismo Financeiro: economia monopolizada, acúmulo primitivo do capital decorrente daexpansão ultramarina, prática da tradicional Divisão Internacional do Trabalho. III. Os Estados Unidos, diante da crise, executou o New Deal, onde o governo passou a interferir na economia, elaborando e investindo de forma efetiva em diversos âmbitos da dinâmica social, buscando recuperar-se das perdas. Então, a) apenas I e II estão corretas. b) apenas II e III estão corretas. c) apenas I e III estão corretas. d) apenas II está correta. e) I, II e III estão corretas. 10. (UFRGS 1996) Quanto aos “Tigres Asiáticos”, como, por exemplo, Taiwan, Coreia do Sul e Cingapura, pode-se afirmar, unicamente, que seus processos de industrialização desenvolveram-se com a) base no mercado consumidor externo. b) predomínio de indústrias de bens de produção. c) forte incremento industrial desde a crise de 1929. d) base no processo de substituição de importação de manufaturados. e) predomínio de capitais americanos. 223 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. (ESPCEX/AMAN 2019) As sucessivas crises no abastecimento de energia elétrica no Brasil, ocorridas nos anos de 2001 e 2009, fizeram com que o governo brasileiro investisse em projetos para a solução dos problemas relacionados à produção e distribuição de energia elétrica no País. Dentre as principais ações governamentais para superar essa problemática, podem-se destacar: I. a construção de novas usinas hidrelétricas, com prioridade para as usinas de grande porte e com grandes reservatórios, sobretudo no Sudeste, a fim de aumentar a geração de energia elétrica na Região de maior demanda energética do País. II. a interligação do sistema de transmissão de energia elétrica entre as regiões do País, de modo a permitir o direcionamento de energia das usinas do Sul e do Norte para as demais regiões nos momentos de pico no consumo. III. a expansão do parque nuclear brasileiro, visando não apenas a ampliar a oferta de energia elétrica, mas também a honrar os compromissos assumidos pelo País no Acordo de Quioto, não obstante as polêmicas existentes em torno do programa nuclear brasileiro. IV. a instalação de novas usinas termelétricas movidas a carvão mineral, as quais, aproveitando-se da abundante produção carbonífera de alto poder calorífico do País, geram energia mais barata que a gerada pelas usinas hidrelétricas. Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas. a) I e III. b) II e III. c) I e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 02. (IFCE 2019) Há uma economia global caótica e obsessivamente voltada para a engrenagem financeira. A dimensão produtivista e empregatícia, tradicional ao desenvolvimento do capitalismo, vem sendo deixada à deriva, alterando as relações clássicas entre o capital e o trabalho em favor das novas tensões entre os que têm trabalho e emprego e os que não os têm. (SARAIVA. 2012. p. p. 79 e 80). Sobre o assunto retratado no trecho acima, é correto afirmar-se que a) faz parte da atual globalização a desigualdade social, sendo necessária para alcançar uma sociedade do tipo planificada. b) o capitalismo, em pleno século XXI, não consegue eliminar as desigualdades sociais e econômicas entre as pessoas. c) a desigualdade gerada pelo capitalismo é resultado da submissão do mesmo aos países emergentes após o fim da Guerra Fria. d) “os que têm trabalho e emprego e os que não têm” são resultado exclusivamente do desemprego conjuntural. e) a “engrenagem financeira” citada no texto pode ser entendida pela disputa ideológica presente ainda no século XXI. 03. (UNICAMP 2018) Detroit foi símbolo mundial da indústria automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões de habitantes entre as décadas de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de um milhão de habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com fábricas em ruínas, casas abandonadas, supressão de serviços públicos essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi decretada a falência da cidade. Essa crise urbana vivida por Detroit resulta dos seguintes processos: a) ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento de indústrias para cidades vizinhas. b) consolidação do regime de acumulação fordista; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento de indústrias para outros países. c) declínio do toyotismo; liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para cidades vizinhas. d) ascensão do regime de acumulação flexível; liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para outros países. 04. (UFU 2018) De 1967 a 1973, o Brasil alcançou taxas médias de crescimento muito elevadas e sem precedentes, decorrentes da política econômica, mas também de uma conjuntura econômica internacional muito favorável. Esse período (e por vezes de forma mais restrita nos anos 1968-1973) passou a ser conhecido como o do “milagre econômico brasileiro”. Infelizmente, o mês de outubro de 1973 marca o término desse período de crescimento. (Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/ milagre-economico-brasileiro>. Acesso em: 23 de mar, 2017. - Adaptado.) Um fator responsável pelo fim do milagre econômico apresentado foi a) a queda na exportação de produtos agrícolas brasileiros, principalmente, o café. b) o primeiro choque do petróleo e a consequente crise no mercado internacional. c) o aumento no valor das matérias-primas importadas pelo Brasil, com destaque para a bauxita. d) as sucessivas greves produzidas pelo movimento sindical, inviabilizando a produção para exportação. 05. (UNESP 2018) Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria que pode ser assim resumida: Os países __________ não têm poder político sobre os demais Estados Partes, mas possuem ferramentas para tentar reconduzir a situação de um membro, caso esse se afaste dos princípios do Tratado de Assunção, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se a aplicação da cláusula democrática do bloco sobre a __________, em função da crise política, institucional, social, de abastecimento e econômica que atravessa o país. As lacunas do excerto devem ser preenchidas por a) do Nafta – Argentina. b) do Mercosul – Bolívia. c) da ALADI – Venezuela. d) da ALADI – Bolívia. e) do Mercosul – Venezuela. 06. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MED 2018) A crise financeira e econômica iniciada entre 2007-2008, nos Estados Unidos, chegou a ser classificada por alguns economistas como a crise mais grave desde 1929. Podemos afirmar que as causas dessa grave crise estavam relacionadas a: a) estratégias do governo americano para salvar bancos que estavam enfrentando sérios problemas de ordem financeira. b) depauperação das finanças públicas do país em função de investimentos feitos nos setores sociais. c) efetiva expansão dos financiamentos a juros baixos feitos para aquisição de bens imobiliários, que se mantinham desde 2000. d) cobrança de elevados impostos sobre vários setores importantes da economia norte-americana. 224 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR 07. (ESPM 2015) Anos sendo alvo de matérias sobre sua grave crise econômica, a Grécia iniciou o ano de 2015: a) celebrando a vitória do partido de extrema direita Aurora Dourada que, tal qual em outros países europeus, apresentou vertiginoso crescimento popular. b) lamentando a renúncia de seu presidente recentemente eleito. c) saldando mais da metade da dívida contraída nos anos de crise e que fora imposta pela troika estabelecida pelos demais membros da União Europeia. d) anunciando sua adesão à Zona do Euro, após cinco anos de afastamento, quando optou pela saída da comunidade por discordar da imposição da troika. e) assistindo à vitória do partido de esquerda Syriza nas eleições legislativas e que tem uma agenda de rompimento com a austeridade fiscal adotada até então. 08. (MACKENZIE 2019) O colapso da economia argentinaagita o tabuleiro político faltando pouco mais de um ano para as eleições gerais. Para reabrir a torneira do crédito, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os investidores privados exigem do presidente Mauricio Macri um plano econômico que elimine o deficit fiscal. Mas alcançar esse objetivo requer duros cortes nos gastos públicos e um acordo com a oposição peronista, um cenário pouco propício para as aspirações de reeleição de Macri em 2019. A equipe econômica, muito contestada, anunciará [...] uma série de medidas destinadas a restabelecer a confiança dos mercados, enquanto os argentinos procuram como se resguardar de uma crise que se agrava cada vez mais. (Crise econômica encurrala Mauricio Macri. El País, 02 set. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/01/internacional/1535819596_593507. html> Acesso em: 21 set. 2018.) Considerando a reportagem acima e seus conhecimentos sobre o assunto tratado, avalie as afirmativas. I. Desde o início de 2018, houve grande desvalorização do peso em relação ao dólar, o que exigiu a intervenção do Banco Central argentino no mercado cambiário para sustentar a moeda. II. De acordo com a maior parte dos especialistas, a Argentina é o país da América Latina onde reformas impopulares, relacionadas a ajustes fiscais, são realizadas com mais facilidade, devido às heranças do peronismo. III. A situação econômica da Argentina só não é pior em decorrência do eficiente controle da inflação, priorizado pela equipe econômica do governo. A expectativa é que o país feche 2018 com índice de 5,5%, um pouco maior que o do Brasil. É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 09. (UECE 2016) A atual crise econômica brasileira possui alguns elementos que contribuíram fortemente para o seu agravamento. Diante das adversidades econômicas no cenário mundial, o governo brasileiro adotou uma política “anticíclica” para tentar impulsionar a economia com uma medida que já havia sido tomada no passado, mas que, no entanto, transformou-se em um dos maiores problemas do governo atual. Essa medida tomada novamente pelo governo brasileiro para tentar amenizar a crise econômica consistiu no(a) a) aumento dos gastos públicos. b) aumento da taxa de juros. c) redução da taxa Selic. d) controle dos preços dos serviços públicos. 10. (IFBA 2012) Tendo por referência a dinâmica e o desenvolvimento do modo de produção capitalista em relação à organização do espaço geográfico e aos problemas ambientais, analise: I. A internacionalização dos problemas ambientais durante a 2ª Revolução Industrial foi uma consequência das disputas interimperialistas ocorridas a partir da unificação alemã e italiana, que se constituíram como novos países capitalistas. II. O espaço geográfico mundial, após a crise de 1929, teve uma intensa reorganização produtiva, considerando a aplicação da política de bem-estar social, o taylorismo/fordismo e o just in time, estruturas administrativas que possibilitam a produção/ reprodução ampliada do capital. III. Os problemas da organização do espaço geográfico tem relação direta com as categorias de análise central da geografia, como paisagem, região, espaço, território e lugar, sendo estes, em muitos momentos, adjetivados como meio ambiente. IV. A produção em série e o consumo de massa, implantados com o New Deal, estão na base da crise pela qual passa a economia americana nos dias atuais. São corretas: a) I, II, III, IV. b) II, III, IV. c) II, IV. d) II, III. e) I, II, III. EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. (UPE 2015) No ano de 1930, o Brasil evidenciava uma grande produção de café, e praticamente o mundo mergulhava numa gravíssima crise econômica. Contudo, essa crise teve um “lado positivo” para o Brasil, o de a) aumentar consideravelmente a exportação de açúcar para os Estados Unidos. b) diminuir as tensões sociais e políticas internas com a adoção do Poder Sindical. c) incrementar o extrativismo do ouro, especialmente na área de Serra Pelada. d) despertar a consciência sobre a necessidade de industrialização como forma de alterar o panorama existente. e) instalar no país um regime de características democráticas e socializantes dos meios de produção. 02. (UEBP 2013) A característica mais forte da globalização é a interdependência entre os diversos atores globais, daí a crise econômica que teve início com o colapso do mercado imobiliário norte-americano ter atingido fortemente a União Europeia, cuja insatisfação e mobilização popular têm como causas: I. a imposição de medidas impopulares para equilibrar as contas dos Estados, tais como os cortes nos gastos públicos e o aumento de impostos. II. a redução da renda e da qualidade de vida, direitos historicamente conquistados pelos cidadãos europeus, em especial dos países que implantaram a social democracia. III. o aumento do desemprego e dos cortes nos recursos à assistência social, enquanto os Estados se endividam e utilizam recursos públicos para salvar o mercado financeiro. IV. o forte controle da União Europeia sobre a imigração clandestina, que compensa o baixo crescimento demográfico e ocupa funções não qualificadas, sendo portanto bem aceita pela população. Estão corretas apenas as proposições: a) I, II e III. b) I e IV. c) II e IV. d) II, III e IV. e) I e III. 225 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR 03. (UERN 2012) Analise atentamente a charge. Pode-se concluir que ela destaca a crise econômica a) no continente europeu, tendo como destaque a Grécia. b) mundial, com a Europa resolvendo internamente os seus problemas. c) europeia, com a Grécia conseguindo se reerguer. d) que está atingindo todo o mundo, menos a Europa. 04. (UEG 2013) A atual crise econômica do mundo capitalista eclodida em 2009 nos EUA e na Europa colocou em xeque o crescimento econômico dessas regiões, provocando a queda do PIB em diversos países. A partir de então, a China passou a ser vista como uma das principais possíveis soluções para superação dessa crise econômica. Isso se deve ao fato de que esse país a) apresenta um potencial mercado consumidor em expansão, que pode absorver a produção industrial dos EUA e da Europa, além de possuir grandes reservas econômicas para investimento que podem injetar recursos na economia de muitos países. b) é o principal importador de matéria-prima e produtos manufaturados dos EUA e da Europa, sobretudo minério de ferro e grãos (como o arroz e o milho), o que poderá assegurar a continuidade do crescimento do PIB de vários países. c) detém um contingente populacional com mão de obra qualificada que poderá ser enviada aos EUA e à Europa para suprir a demanda do setor produtivo local, ocupando cargos e funções nos diversos setores da economia. d) possui um grande parque industrial com mão de obra barata e sem interferência sindical, que poderá permitir que a China se torne o principal fornecedor de produtos industrializados para os EUA e a Europa. 05. (FATEC 2014) Dentre as alternativas a seguir, a que melhor explica a séria crise econômica que atingiu duramente alguns membros da União Europeia, como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha em anos recente é: a) o aumento do preço das commodities, que provocou déficits comerciais. b) a alta generalizada do euro, que comprometeu as exportações intrabloco. c) a alta internacional do petróleo, que afetou a capacidade energética europeia. d) a ingerência do FMI na gestão monetária desses países. e) a dívida fiscal provocada pelo excesso de gasto público. 06. (UFPB 2011) A falta de controle no setor especulativo de capital gerou o colapso do sistema financeiro internacional em setembro de 2008, provocando grande crise, que levou a economia global a um estado de recessão. Essa recessão teve início no último trimestre daquele ano e foi até 2010, atingindo vários setores vitais da economia em quase todos os países do Planeta. Dentre asprincipais consequências dessa crise destaca-se, no plano social, o aumento das taxas de desemprego, influenciando, inclusive, o processo de mobilidade internacional da força de trabalho. Considerando o exposto, é correto afirmar que essa crise econômica teve influência no tratamento dispensado aos imigrantes destinados aos países ricos e teve como consequência: a) o aumento do nacionalismo interno, ampliando a resistência aos imigrantes, que foram expulsos, em muitos casos, sem justificativas. b) a diminuição do preconceito em relação aos imigrantes, pois estes passaram a ser vistos como força de trabalho barata, especialmente pelos empresários. c) a redução da xenofobia em relação aos imigrantes, pois estes são, agora, taxados como a escória social e considerados culpados pelo desemprego, violência etc. d) a estagnação do processo de mobilidade demográfica internacional, uma vez que a crise paralisou o ir e vir da força de trabalho no espaço mundial. e) a nacionalização dos povos imigrantes, proporcionada pela regu- larização dos seus vistos, garantindo-lhes residências definitivas nos países. 07. (PUC-RJ 2014) Com a crise econômica aprofundada em 2008, uma classe de países da Zona do Euro passou a ser chamada de PIIGS. Nesses países: a) a arrecadação caiu, apesar de o emprego ter aumentado, afetando a manutenção das políticas de bem-estar desenvolvidas há décadas. b) a pobreza estrutural é muito grande, já que são periferias comunitárias localizadas no Leste do continente. c) as taxas de desemprego são as mais expressivas do continente, apesar de a suscetibilidade das economias nacionais ter diminuído. d) os gastos públicos são excessivos e o endividamento descontrolado, ao ponto de suas dívidas serem iguais ou superiores a 50% dos seus PIB. e) os investimentos do bloco econômico continuam sendo fortes, mas houve o aumento da desconfiança da população nacional devido à corrupção. 08. (UEPA 2014) A multiplicação dos acordos bilaterais, tratados de livre-comércio e de blocos econômicos regionais constitui um dos fenômenos mais marcantes do cenário mundial pós-Guerra Fria. Neste contexto, ocorre destaque para a União Europeia, considerado o bloco econômico com maior nível de integração e que enfrenta nos últimos anos uma grave crise econômica. Sobre a crise europeia e o bloco União Europeia é correto afirmar que: a) o crescimento econômico deste bloco está em descompasso com o resto do mundo, uma vez que, enquanto seus países membros têm lento crescimento econômico, os países que compõem outros blocos apresentam rápido crescimento, principalmente os que compõem o NAFTA. 226 AS CRISES ECONÔMICAS PROMILITARES.COM.BR b) a crise na Europa foi causada pela dificuldade de alguns países europeus em pagar as suas dívidas. Alguns países da região, a exemplo da Grécia e Portugal, não vêm conseguindo gerar crescimento econômico suficiente para honrar os compromissos firmados junto aos seus credores ao longo dos últimos anos. Tal fato é grave e poderá ultrapassar as fronteiras da chamada “Zona do Euro”. c) alguns países, a exemplo da Alemanha e França, que possuem maior desenvolvimento tecnológico, estão isentos desta recente crise econômica. O término da Guerra Fria e a reunificação alemã influenciaram na reformulação do equilíbrio geopolítico europeu. d) a crise atinge todos os países integrantes do bloco com a mesma proporção, sendo o desemprego estrutural e conjuntural um dos mais sérios problemas dos países integrantes deste bloco econômico. e) a economia mundial tem experimentado um crescimento lento desde a crise financeira dos Estados Unidos entre 2008 e 2009. A crise americana atravessou fronteiras e influenciou no resto do mundo, inclusive na Europa e no contexto da União Europeia, atingindo na mesma proporção todos os países integrantes deste bloco. 09. (UNESP 2009) Um dos reflexos da crise econômica internacional que eclodiu a partir do final de 2008 teve consequência direta sobre o mercado de trabalho formal, delineando um perfil para os novos desempregados brasileiros. Analise estas afirmativas: I. o mercado perdeu milhares de postos de trabalho na indústria, principalmente aqueles da faixa entre 1 a 3 salários mínimos; II. o emprego formal na indústria atingiu mais a mão de obra feminina, que respondia pela maior parte das vagas fechadas no período; III. a contração do emprego formal atingiu mais os homens, que respondiam por 8 em cada 10 vagas fechadas no período; IV. de acordo com o cadastro geral de empregos e desempregos, as grandes empresas foram as que mais demitiram trabalhadores com carteira assinada; V. especialistas apontam que o setor que mais demitiu (90%) foi a Indústria Têxtil, principalmente trabalhadores do sexo feminino. Estão corretas apenas as afirmativas a) I, II e IV. b) I, III e IV. c) I, IV e V. d) II, IV e V. e) III, IV e V. 10. (UEL 2007) É inegável que a concepção dos ciclos de inovação constitui um avanço importante diante de uma visão linear do crescimento da economia, em geral predominante. (...) Não são poucas as análises que centralizam o foco nas “revoluções tecno- científicas” como motrizes do desenvolvimento humano, sejam elas marxistas ou funcionalistas, muitas delas incapazes de ocultar o mito do ‘Prometeu desacorrentado’ que lhes dá substrato e que confere à ciência e à tecnologia uma falsa neutralidade social, que alimenta a crença positivista na ordem natural como via necessária para o progresso humano.” (Fonte: EGLER, C. A. G.) Que fazer com a Geografia Econômica neste final de século?. Trabalho apresentado no Simpósio Internacional Lugar socioespacial, mundo. (São Paulo: setembro de 1994 e publicado nos Textos LAGET, 5, p. 5-12. Disponível em http:// www.laget.igeo.ufrj.br/egler/pdf/Que%20fazer.pdf. Acessado em 10 de out de 2006.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir: I. A teoria das ondas longas de inovações em sua concepção original partia do ciclo “natural” de substituição dos bens de capital de longo período de amortização, que repercutia diretamente no comportamento, também cíclico, do mercado financeiro. II. Para a teoria dos ciclos de inovação, o processo de expansão/ retração da base produtiva ocorreria em períodos regulares de aproximadamente cinquenta anos, divididos em uma fase “A” expansiva e em uma fase “B” recessiva. III. O relevo conferido à mudança tecnológica confere também caráter automático à saída de qualquer crise econômica, pois a difusão das chamadas “novas tecnologias” possibilita que os mentores e executores da política econômica e da gestão do território atuem no sentido de retirar obstáculos e criar condições favoráveis para o desenvolvimento regional. IV. A importância desta concepção está no rompimento com a visão marxista de que a dinâmica do capitalismo é marcada pela não estabilidade econômica. Entretanto seus principais críticos, embora concordem com a instabilidade dos investimentos, acreditam na regularidade “natural” de cerca de cinquenta anos na ocorrência do processo de crise e reestruturação da economia mundial. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. E 02. C 03. B 04. B 05. A 06. C 07. B 08. B 09. C 10. A EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. B 02. B 03. D 04. B 05. E 06. C 07. E 08. A 09. A 10. B EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. D 02. E 03. A 04. A 05. E 06. A 07. D 08. B 09. B 10. A ANOTAÇÕES
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