Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Economia social de mercado (em alemão:Soziale Marktwirtschaft) é um modelo sociopolítico e o principal modelo econômico utilizado na Alemanha Ocidental após a Segunda Guerra Mundial, assim como em outros países europeus como a Áustria. Segundo o Tratado de Lisboa a União Europeia tem como objetivo uma "Economia Social de Mercado altamente competitiva".[1] O conceito de Economia Social de Mercado[editar | editar código-fonte] Alfred Müller-Armack descreveu a Economia Social de Mercado (ESM) como a “combinação do princípio da liberdade de mercado com o princípio da equidade social"[2]. O objetivo do conceito, por seguinte, é unir as maiores vantagens de um mercado livre, como por exemplo a produtividade alta ou a livre iniciativa individual, com um forte componente social. A ESM, enraizada na tradição social cristã, visa numa igualdade de oportunidades e, como declarado pelo Chanceler Ludwig Erhard, no "Bem-estar para todos". Alfred Müller-Armack foi fortemente influenciado pela Doutrina Social da Igreja e portanto entendia o ser humano como centro da ordem social, que tem não só uma capacidade criadora, mas também pode distinguir o certo do errado. Isto converge para uma combinação de liberdade com responsabilidade individual. A Economia Social de Mercado, segundo Marcelo Resico da Universidade Cátolica Argentina (UCA), é baseada na organização dos mercados como melhor sistema de atribuição de recursos e tenta corrigir e prover as condições institucionais, éticas e sociais para sua operação eficiente e equitativa.[3] Com isso, de acordo com Rizzi, ela valoriza moedas estáveis, austeridade fiscal, livre formação de preços, combate a oligopólios, monopólios e cartéis e subsidiariedade[4]. Entende-se por economia de mercado um sistema econômico marcado pelo predomínio da iniciativa privada na economia. Nesse modelo, admite- se a existência de empresas públicas ou estatais na economia, porém essas devem estar em menor número e não devem ditar o ritmo do comércio. Sabe-se que, no capitalismo, o principal objetivo das atividades é a geração de lucro e do acúmulo de riquezas. Para propiciar esse objetivo, a atividade comercial foi dinamizada com a realização de trocas monetárias, prática iniciada e difundida a partir do século XVI. Dessa forma, a economia de mercado é uma estratégia econômica elaborada com o intuito de intensificar essa lógica. Esse modelo esteve acompanhado, primeiramente, pelo liberalismo econômico, que preconizava a mínima intervenção do Estado na economia. Posteriormente, após a década de 1970, esse modelo foi retomado em associação ao neoliberalismo, que novamente pregava a mínima intervenção do Estado na economia, salvo em tempos de crise e de instabilidades social e econômica. Atualmente, praticamente todos os países do mundo adotam esse modelo. Portanto, percebe-se que na economia de mercado toda a economia está centrada no setor terciário da economia, ou seja, no comércio. Além disso, é comum nesse modelo a difusão do processo de terceirização da economia, que consiste na ampliação do setor de prestação de serviços. Funciona assim: as empresas não necessariamente cuidam de todo o processo produtivo, sendo parte dele contratado para ser realizado por outra empresa especializada (terceirizada), tais serviços podem incluir a limpeza, a segurança e até a fabricação de peças e produtos. Esse modelo econômico recebe muitas críticas de setores e militantes de esquerda. Eles argumentam que a predominância do livre comércio proporciona a precarização do trabalho e o aumento das desigualdades sociais e econômicas, pois o objetivo da iniciativa privada é apenas o lucro e não há preocupação com os valores humanos e sociais.
Compartilhar