Buscar

Anotações - Tecnologia e Desenvolvimento

Prévia do material em texto

Tecnologia e Desenvolvimento – EAE 0510 - Professor Roberto Vermulm 
 
 
Leitura: Teoria do Desenvolvimento Econômico – Schumpeter, capítulos 1, 2, 4 e 6 
 
Cap. 1 - Fluxo circular 
 
A experiência/rotina/repetição mostra ao produtor o que e quanto produzir, e a que 
preço ofertar. 
Se houver variação no mercado, o produtor reluta mudar, mas se adapta quando 
percebe as circunstâncias. 
 Equilíbrio garantido porque a produção ocorrerá de acordo com a demanda 
conhecida. 
O produto se esgota na remuneração dos fatores de produção, o que significa que não 
há lucro. 
O produtor combina fatores de produção para gerar produtos demandados pelos 
consumidores  produtor não tem papel significativo, reino é do consumidor. 
Situação normal da economia é o equilíbrio. 
 
Cap. 2 – Desenvolvimento Econômico 
 
Desenvolvimento Econômico  Longo Prazo 
Conceito atrelado às ideias de: mudança radical, transformação, ruptura. 
 
Primeira aproximação sobre o conceito de Desenvolvimento Econômico (DE). 
Decorre de mudanças radicais 
 descontínuas 
 espontâneas 
 dentro do sistema econômico 
 na esfera da produção 
Produzir é combinar meios produtivos em determinadas proporções para gerar um 
produto. 
 
Segunda aproximação sobre DE: 
DE decorre de novas combinações de meios produtivos. 
DE decorre da Inovação. 
 
Invenção: criação de algo novo. 
Inovação: é introduzir uma nova combinação de meios produtivos no sistema 
econômico. 
Difusão: disseminação da inovação. 
 
Tipos de inovação 
1. Inovação de Produto 
2. Inovação de Processo 
3. Inovação de Mercado, conseguir um mercado novo (exemplo: exportação) 
4. Nova fonte de matéria prima 
5. Nova organização industrial 
Hoje em dia também se fala em inovação de modelo de negócios. 
 
 
 
 
 
Elementos do Desenvolvimento Econômico 
 
1) Nova combinação de meios produtivos 
 
As empresas do fluxo circular relutam em inovar dada a incerteza envolvida com a 
inovação. 
As empresas do fluxo circular não dispõem de recursos financeiros para inovação. 
Inovação será realizada por novas empresas. 
 
2) Crédito 
 
Crédito oferecido pelos bancos (capitalistas)  antecipação (criação) de poder de 
compra. 
Crédito antecede a produção. 
Empreendedor é devedor antes de ser produtor. 
O empreendedor demanda meios produtivos. 
 Sobe preços de meios produtivos 
 Inflação creditícia 
Quando ocorre a produção, o empreendedor irá amortizar o empréstimo, inflação 
creditícia é transitória. 
O juro cobrado pela concessão do crédito funciona como um freio, imposto, que reduz 
o DE. 
 
3) Empresário 
 
Este é o elemento mais importante. 
Ser empresário é exercer uma função social (realizar novas combinações). 
Não é deter meios produtivos. 
Não é herdado. 
Indivíduo com características: ousadia, alegria de criar, liderança. 
Fora do fluxo circular tenho incerteza, não prevalece a racionalidade tradicional, a 
intuição é importante. 
Reação contrária do ambiente: 
i) Antigos empreendedores 
ii) Falta de cooperação entre elos da cadeia produtiva 
iii) Conquistar mercados 
 
Lucros e ciclos 
 
Lucro equivale à contribuição do empresário para a produção. 
A contribuição do empresário é inovar. 
Lucro vai além dos custos. 
 
Se a inovação for de processo: 
A inovação de processo objetiva a redução de custos (ganho de produtividade). 
Mas também contribui para elevação dos preços dos meios produtivos. 
Haverá lucro se os ganhos de produtividade não forem completamente repassados 
para os preços dos bens produzidos com a inovação. 
 
Conclusões: 
Lucro decorre da dinâmica capital-capital, concorrência, origem na inovação. 
Lucro é uma categoria temporária, dura enquanto a economia não absolver os ganhos 
da inovação (difusão). 
Inovação cria monopólio, e monopólio não é visto como imperfeição de mercado. 
 
Se a Inovação for de produto: 
O empresário “impõe” o preço do produto. 
A base/referência do lucro é a própria valorização do produto. 
Com o lucro de vários empresários tem início o período de prosperidade que começa 
1) no mercado de crédito, sobe taxa de juros 
2) na construção civil 
3) bens de capital, máquinas e equipamento 
4) insumos 
5) trabalhadores 
Impactos da inovação são diferentes nos setores (economia neoclássica não considera 
essa diferença). 
 
Lucro empresarial 
 
Lucro  atrai um enxame de empresários. 
Prosperidade: sobe poder de compra, sobe preço dos meios de produção, sobe 
salários, sobe fretes, sobe juros, crescimento do PIB. 
Mas 1) com o aumento do preço dos meio produção  pressão nos custos 
 2) aumento nos juros  pressão nos custos  freio à inovação 
 3) barateamento dos meios de consumo leva a um aumento do salário real 
 4) preço dos bens finais cai com a difusão 
 Lucro cai (lucro é temporário) 
Depressão é natural, é um ajuste ao novo patamar do fluxo circular. 
 
 
Leitura: Capitalismo, Socialismo e Democracia – Schumpeter, cap. 7 
 
O Processo de Destruição Criadora 
 
Capitalismo é um processo evolutivo. 
É um método de transformação econômica e não tem caráter estacionário. 
Caráter evolutivo não se deve a um aumento da população e do capital, ou às 
variações do sistema monetário. 
Impulso fundamental procede dos novos bens de consumo, novos métodos de 
produção, novos mercados e novas formas de organização industrial, ou seja, 
inovação. 
É este o processo que revoluciona incessantemente a estrutura econômica a partir de 
dentro, destruindo o antigo e criando elementos novos: destruição criadora. 
O que conta de verdade na concorrência não é o preço. 
Mas a concorrência de novas mercadorias, novas técnicas, novas fontes de 
suprimento, novo tipo de organização. 
Concorrência que determina uma superioridade no custo ou na qualidade e que fere 
não a margem de lucros e a produção das firmas existentes, mas seus alicerces e a 
própria existência. 
O homem de negócios sente-se cercado pela concorrência mesmo quando está 
sozinho no seu campo. 
Em muitos casos, essa pressão forcará a longo prazo um comportamento semelhante a 
um sistema de concorrência perfeita. 
 
 
Leitura: Salário, preços e lucros – Marx 
 
Valor Mercadoria 
Tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mercadoria (condições 
médias de produção). 
1) Aumento de produtividade  queda no valor mercadoria 
2) Diferentes produtividades  diferentes distribuições do valor 
 
Valor Força Trabalho (v) 
Valor definido pelo tempo de trabalho socialmente necessário para produção e 
reprodução da força de trabalho. 
Departamento 1 e Departamento 2 
D1  produção dos meios de produção 
D2  produção dos meios de consumo 
 
Produtividade no D2  cai valor da força de trabalho 
Mais-valia (m) equivale ao valor do produto (ou tempo) excedente 
Valor novo (v+m) 
 
Composição do valor(W): W = c + v + m 
c = valor morto, pretérito, materializado 
 
W determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à produção. 
(c+v) = capital investido 
(v+m) = valor novo criado 
 
Exemplo: carga de trabalho de 8 horas: 
 
 
 
 
Como aumentar m? 
 
Aumentar a produtividade em D2 (meios de consumo) 
Inovação tecnológica diminui a necessidade de horas para gerar v. 
 
 
 
E isto leva a um aumento de produtividade em D1. 
 
Tanto D1 e D2 tem incentivos para conseguir maior produtividade. 
Ganhos no D2 beneficiam tanto D1 quanto D2. 
Progresso técnico: 
-no D1 gera mais m mas é transitório, dura até se difundir. 
-no D2 o ganho é permanente. 
Lucro está na esfera do preço, mais-valia está na esfera do valor. 
 
A mais-valia equivale ao lucro para Schumpeter, mas para Schumpeter lucro é 
transitório. 
Para Marx, a mais-valia é permanente. 
Fundamentos diferentes para o mesmo fenômeno. 
O que Marx chama de super-lucro equivale ao lucro de Schumpeter. 
Marx e Schumpeter não conseguem analisar o capitalismosem passar pelo progresso 
técnico. 
 
 
 
Leitura: Giovanni Dosi - Technological Paradigms and Technological Trajectories 
http://www.ige.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/296 
 
Paradigmas e Trajetórias Tecnológicas 
 
O que move a inovação: 
a) mercado comanda 
b) determinismo tecnológico 
 
 
 
a) Mercado (demanda) comanda 
Motor da inovação: demanda/consumidor 
Consumidor manifesta/revela preferências 
 Mudança em preço relativo => informa a oferta => produção 
Críticas: 
1. Pode explicar inovações incrementais, mas certamente não explica as 
inovações radicais. Informação sobre mercados existentes, mas nenhuma 
informação sobre novos mercados. 
2. A tecnologia é reativa. 
3. Mercado  produção (relação mecânica e automática) 
4. Insuficiente para explicar o predomínio de uma tecnologia sobre outra. 
5. Menospreza a capacidade de inovar da empresa. 
 
b) Determinismo tecnológico 
 
Ciência  Tecnologia  Produção  Mercado 
 
Críticas: 
1. Autonomia absoluta do conhecimento em relação ao mercado 
2. Não incorpora a interação C&T e mercado. 
3. Não admite determinações econômicas 
 
Paradigma Tecnológico 
 
Dosi  Tecnologia envolve: 
 
 Conhecimento teórico (porém aplicável, ainda que pela primeira vez) 
 Conhecimento prático 
 Tentativa e erro 
 Conhecimento tácito 
 Equipamento 
 
Paradigma tecnológico é um modelo e um padrão de solução de problemas 
tecnológicos selecionados, baseado em princípios selecionados derivados das ciências 
naturais e de selecionadas tecnologias dos matérias. 
 Direção da mudança técnica 
Paradigmas limitam as opções tecnológicas. 
 
Trajetória tecnológica 
 
Trajetória é o caminho/evolução de um paradigma. 
Admite-se a existência de mais de uma trajetória de um mesmo paradigma, porém a 
predominante não é conhecida ex-ante porque há incertezas (técnicas, econômicas, 
financeiras). 
 
 
 
Leituras: 
Baptista, M.A.C. A abordagem Neo-Schumpeteriana: Desdobramentos Normativos e 
Implicações para a Política Industrial. Tese de doutoramento. Campinas, 1997. 
 
Possas, M.L. “Em direção a um Paradigma Microdinâmico”, in E.J. Amadeo (ed.), 
Ensaios sobre Economia Política Moderna: Teoria e História do Pensamento Econômico, 
Editora Marco zero, São Paulo, 1989. 
 
Teoria evolucionista 
 
A empresa permanentemente busca inovação. 
Motivada seja pelo ambiente competitivo seja por determinação própria. 
O resultado do processo de busca é não determinístico (sucesso ou fracasso) porque 
nesse processo existem incertezas. 
Não vale a racionalidade ilimitada, o processo de maximização de uma função objetivo 
(pressupõe conhecimento perfeito). 
As empresas se comportam segundo suas rotinas. 
 
Rotinas 
 
Rotina é a forma mais importante da empresa armazenar seu conhecimento. 
Curto prazo: preço, quantidade. 
Longo prazo: investimento, aquisições, P&D. 
É programada. 
É mutável, mas é estável. 
Envolve conhecimento tácito. 
Envolve escolhas. 
 Assimetria entre empresas. 
(Porém há tipologia, há determinados tipos que aparecem com mais regularidade). 
Com base nas rotinas, empresas definem objetivos + metas. 
 
Estratégias das empresas 
 
A estratégia tecnológica envolve: 
-Investimento em P&D 
-Alianças estratégicas em P&D e instituições de pesquisas independentes. 
-Aquisição de empresas como instrumento de aquisição de conhecimento. 
 Trajetória tecnológica da empresa 
O passado da empresa define o presente e o futuro. 
A trajetória depende de três características do progresso técnico. 
 
1. Oportunidades Tecnológicas 
(Maturidade do progresso técnico) 
Novo paradigma  muitas oportunidades  instabilidade da estrutura de mercado 
 
2. Cumulatividade do Progresso Técnico 
Inovações incrementais para viabilizar uma trajetória. 
Empresa deve avançar em um paradigma para transitar para outro paradigma. 
A inovação em produto ou processo gera a conquista de conhecimento que está na 
vizinhança da inovação de produto ou processo. 
Maior cumulatividade  menor difusão  maior concentração de mercado 
 
3. Apropriabilidade (detenção privada) 
Maior apropriabilidade  menor difusão  maior concentração de mercado 
Maior cumulatividade  maior apropriabilidade  maior concentração de mercado 
 
Mecanismos da Difusão Tecnológica (voltando ao texto do Dosi) 
 
1) P&D mecanismos de aprendizado 
2) Mecanismos informais: learning by doing/using. 
3) Externalidades intra e inter setorias 
-Mobilidade de mão-de-obra 
-Integração inter-setorial (bens de capital) 
-Serviços técnicos especializados (Tecnologia Industrial Básica + 
Desenvolvimento) 
 
Obs: 
Setores diferentes tem padrões setoriais de inovação e de difusão. 
Inovar é um processo coletivo de trabalho (instituições). 
 
 
Leitura: 
Pavitt, Keith. “Sectoral Patterns of Technical Change: Towards a Taxonomy and a 
Theory”, in Research Policy, 13 (!984) pp 343-373. Republicado na revista Brasileira de 
Inovação, nº 2, vol. 2, FINEP, 2003. 
 
Padrões Setoriais de Inovação e Difusão (tipologia Pavitt) 
 
1) Setores dominados por fornecedores (receptores de progresso técnico). 
A origem da inovação está fora destes setores, está nos fornecedores (insumos e bens 
de capital). 
Prevalece as inovações de processo. 
Objetivo das inovações é a redução de custos. 
Baixa intensidade de P&D (
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑃&𝐷
𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
). 
Principal fator de concorrência: preço. 
Estruturas de mercado mais abertas. 
 
2) Setores intensivos em escala 
São os setores: 
-Bens de consumo duráveis (p. ex.: carro) 
-Bens intermediários 
-Bens de baixo valor agregado (produtos homogêneos, commodities). 
Origem da inovação: 
-Fornecedores (bens de capital; partes, peças e componentes) 
-Também intra-muros (P&D interna). 
Prevalecem inovações de processo e de produto no caso da indústria de montagem. 
Objetivam redução de custos e diferenciação de produto (indústria de montagem). 
Um conjunto de conhecimento complexo. 
Elevado gasto em P&D. 
Com baixa intensidade de P&D (devido a escala). 
Economia de escala estáticas (escala de produção) e dinâmicas (conhecimento). 
Principais fatores de concorrência: preço e produto (nos casos da diferenciação). 
Estruturas de mercado mais concentradas. 
Presença de grandes empresas. 
 
 
 
 
3) Setores de ofertantes especializados 
-Máquinas e equipamentos 
-Instrumentação 
Predominam as inovações de produto. 
Deter conhecimento para projetar/conceber/desenhar produtos é estratégico. 
Origem da inovação: 
-P&D interno 
-Articulação com grandes usuários 
-Articulação com fornecedores de partes, peças e componentes. 
Principal fator de concorrência: 
-Performance de produto 
-Preços, sobretudo em produtos maduros. 
 
4) Setores intensivos em ciência 
Para neoschumpterianos, complexo são só atividades com mesma base técnica. 
Exemplo: 
Complexo eletrônico: tele equipamento, microeletrônica (componentes), linha 
marrom (áudio e vídeo), linha cinza (informática), automação industrial, software, 
instrumentação. De 7% a 10% de intensidade tecnológica. 
Complexo químico de 11% a 12% de intensidade tecnológica (exemplo: farmácia). 
Origem da inovação: 
-P&D intensa intra-muros 
-Infra-estrutura de C&T (ICTs = Institutos de pesquisa + universidades) 
Intensivos em conhecimento  atuam na fronteira do conhecimento técnico e 
científico. 
Estruturas de mercado mais concentradas: 
-Apropriabilidade alta 
-Cumulatividade 
-Muitas oportunidades tecnológicas 
-Elevado volume de investimento em P&D. 
 
 
Leitura: 
Freeman, C.e. Soete, L. A economia da Inovação Industrial. Editora da UNICAMP, 
Campinas, 2008. S/ Estratégias Tecnológicas (cap. 11). 
 
Tipologia Freeman – Estratégias Empresariais 
 
Empresas inovam tendo como determinação: 
-Paradigmas e trajetórias tecnológicas 
-Pavitt: determinação setorial 
 
Ainda restamalternativas à decisão empresarial variando estratégia em um mesmo 
segmento de mercado, porém dentro de limites. 
Diferentes estratégias para diferentes segmentos de mercado. 
Metodologia define critérios para tipificar as estratégias. 
Obs: é preciso levar em consideração o ambiente, não dá para aplicar sem adaptações 
em qualquer lugar. 
 
Estratégia ofensiva 
 
Objetiva a liderança técnica e econômica. 
Se envolve em projetos realmente inovadores (produtos e/ou processos). 
Se envolve em programas de desenvolvimento longo prazo, podendo chegar até uma 
década. 
Capacidade de planejamento de longo prazo. 
Fontes de conhecimento: 
-P&D própria 
-P&D na infra-estrutura de C&T = ICTs (universidades + institutos de pesquisa) 
 Acesso às ICTs é importante 
Realiza pesquisa básica orientada. 
Patente é importante  garantia da renda monopolística 
Formação RH para P&D e para formar o mercado. 
 
Estratégia defensiva 
 
Também tem elevada intensidade de atividade tecnológica, não pretende correr muito 
risco porém não deseja se distanciar da ofensiva. 
Aprende com a trajetória da ofensiva. 
P&D realizada é de natureza diferente daquela efetuada pela ofensiva. 
 Diferenciação produto/processo 
Acontece com defasagem temporal em relação à ofensiva. 
Aspectos fundamentais: agilidade de reação, engenharia de desenho, desenvolvimento 
experimental. 
 
Estratégia imitativa 
 
Admite a defasagem. 
Não pretende disputar liderança de mercado/técnica. 
Fonte de tecnologia é o licenciamento. 
Compete com base em baixos custos: 
 Decorrente da não P&D4 
 Vantagens de acesso à matéria-prima 
 Vantagens de mão-de-obra barata 
 Vantagens de baixo custo de capital 
 Mercado cativo 
 
Estratégia dependente 
 
Estratégia cuja mudança técnica é impulsionada de fora da empresa. 
É o caso de empresas satélites (girando ao redor de uma grande empresa indultora de 
mudança tecnológica). 
Chance de “morte” é grande: baixa capacitação tecnológica. 
 
Estratégia tradicional 
 
Pouco muda/inova. 
Mudança na tradicional, geralmente, é imcremental. 
 
Estratégia oportunista 
 
Nichos de mercado 
 
 
 
Leitura: 
Womack, J., Jones, D.T. e Roos, D. A Máquina que Mudou o Mundo. Editora Campus, 
Rio de Janeiro, 1992. (cap. 2 e 3) 
 
Produção artesanal 
 
1) Força de trabalho 
-Possui pouco conhecimento de todo processo produtivo. 
-Tem capacidade para projetar, operar máquinas e instrumentos, ajustes e 
acabamento. 
-Baixa divisão do trabalho, baixa produtividade do trabalho. 
 
2) Características de produção 
-Baixo volume de produção. 
-Diferenciação de projetos, produtos sob encomenda. 
-Grandes ajustes, produtos diferentes entre si. 
-Máquinas não usinavam peças endurecidas (bens de capital insuficientes). 
 
3) Produtos 
-Não padronizado  alto custo 
-Manutenção cara 
-Veículo não amigável (difícil de usar) 
 Produto de luxo 
 
Produção em massa 
 
Aumento da produção, melhoria na qualidade dos produtos, redução de custos. 
 Massificação do consumo 
Essência da produção em massa: intercambialidade de peças. 
Pressupõe padronização de peças  metrologia 
Controle de qualidade + normas = TIB (Tecnologia Industrial Básica) 
Avanços técnicos na indústria de máquinas = possibilidade de usinagem metálica em 
materiais endurecidos 
 Viabiliza fim dos ajustes 
 
Evolução do sistema de plataformas: 
1º passo (1907/8): levar as peças até o montador 
2º passo (1908): especialização, maior divisão do trabalho 
3º passo (1913): plataforma móvel 
Cresce escala de produção. 
Em 1920, Ford produz 2 milhões de Ford T. 
 
Características da produção em massa 
 
1) Força de trabalho 
Trabalho muito especializado devido à alta divisão do trabalho  pouco qualificado 
Treinamento é mais rápido e mais barato. 
Consequências ruins para saúde física e mental  ausências no trabalho 
Novos postos de trabalho: 
-mecânicos para manutenção de máquinas/ferramentas 
-faxineiros 
-controle de qualidade 
-reparos no produtos montado 
-supervisor 
-engenharia de produção, também se torna especializada 
 
2) Organização Industrial 
Verticalização elevada da produção 
Internacionalização (Ford em 19 países em 1926) 
 
3) Ferramentas 
Evolução técnica de bens de capital, possibilitando a usinagem de matérias 
endurecidos. 
Máquinas especializadas de alta produtividade. 
Grande produção a baixo custo. 
Organização do processo de produção dispõe as máquinas sequencialmente. 
 Várias peças em usinagem ao mesmo tempo. 
 
4) Produto 
Padronizado 
Mais barato 
Mais fácil para reparar e fazer manutenção 
Mais fácil para dirigir (amigável) 
Problemas de qualidade  retrabalho 
 
Limites 
 
1. Excessiva verticalização. 
2. Transbordamento para outras áreas de negócio. 
3. Grande centralização do processo decisório. 
4. Concorrência entre grandes montadores, grande concentração e centralização do 
capital. 
5. Desestímulo da força de tralho (problemas de vício e saúde dos trabalhadores). 
 
 
Produção enxuta – Toyotismo 
 
Desenvolvida pela Toyota no início dos anos 50. 
Tamanho do mercado japonês era limitado. 
Necessidade de aproveitamento da segmentação de mercado. 
Diversificação da pauta de produtos  necessidade de produção com flexibilidade 
(economias de escala + economias de escopo) 
Menor estoque de peças (menor custo). 
Lotes de produção menores. 
Os problemas de qualidade aparecem antes da conclusão do produto final (menor 
custo). 
 
Problemas trabalhistas decorrentes da crise do início dos anos 50 levam a: 
 Demissão de 25% da mão de obra empregada 
 Emprego vitalício 
 Remuneração por tempo de serviço 
 Parcela da remuneração por resultado 
Na produção enxuta o trabalhador se torna mais cooperativo. 
 Possibilidade de introdução de melhoramento ao longo do processo produtivo, 
identificação de problemas que podem ser solucionados na própria produção. 
 Possibilidade de parar o processo de produção quando o problema é identificado. 
 Montagem de grupos de trabalhadores para resolver problemas e suas motivações. 
Equipes: 
-desempenham diferentes funções 
-coordenador contribui para o processo produtivo 
-faxina realizada pela equipe 
-controle de qualidade 
-reparos às ferramentas e produtos defeituosos 
 
Melhoria na qualidade  redução de custos 
 
Muda a relação com fornecedores. 
Estrutura piramidal de suprimento, sendo o 1º nível (co-designers, submontagem) que 
mantem relação direta com os montadores. 
Fornecem just-in-time 
 Reduzir estoques 
A montadora é menos verticaliza. 
Sistema de especialização de plantas para funcionar de forma global precisam de 
mercado livre. 
 
Produtos 
 
Maior grau de diferenciação de produtos. 
Maior proximidade com mercado consumidor. 
Custos mais baixos. 
Ganho de qualidade dos produtos. 
Flexibilidade de produção 
As montadoras são menos verticalizadas. 
 
 
 
Leitura: 
Coutinho, L.G. “A terceira Revolução Industrial e Tecnológica”, in Revista Economia e 
Sociedade nº1, Campinas, 1992. 
 
Tendências da Revolução Industrial e Tecnológica 
 
1) Importância do complexo eletrônico 
-Microeletrônica (=componenetes) 
-Informática 
-Software 
-Bens eletrônicos de consumo 
-Tele equipamentos 
-automação industrial 
Convergência tecnológica  redefinindo os limites da produção industrial 
 
Duas dimensões da importância crescente do complexo eletrônico: 
i) Diversificação e integração da eletrônica com a produção industrial em geral 
(mudança em produtos e em processo). 
ii) Integração da eletrônica com a mecânica  mecatrônica 
Também com biotecnologia e nanotecnologia. 
 
 
 
 
2) Novo paradigma da produção industrial 
Automação Integrada Flexível 
a) Automação eletrônica (controles computadorizados) 
i) automação de processo (CLP – Controlador Lógico Programável, SDCD – Sistema 
Digital de Controle Distribuído) 
-Otimizaçãode processo 
-Aperfeiçoamento dos fluxos de produção 
-Controle sobre a produção (+ flexibilidade) 
II) Automação da manufatura 
-Maquinas Ferramentas CNC (Comando Numérico Computadorizado) 
-Robótica 
 
b) Integrada 
-Integração de máquinas e equipamentos que são comandadas por computadores. 
-Integração de diferentes áreas da empresa. 
 
c) Flexível 
-Produção customizada (economias de escala + economias de escopo) 
-Maior integração com fornecedores e clientes. 
 
3) Revolução nos processos de trabalho 
Decorre da Automação Integrada Flexível 
 Maior participação direta do trabalhador na produção e programação da 
máquina 
 Trabalhador com mais conhecimento 
 Redução de níveis hierárquicos 
 Maior nível de conhecimento tácito 
 Maior cooperação: muda relação capital-trabalho 
 
 
4) Transformação nas estruturas e estratégias das empresas 
 
a) Estrutura 
-Os grandes grupos econômicos tem fortes presença nos setores geradores e 
transmissores de progresso técnico 
-Participação cruzadas entre elos da cadeia produtiva 
-Boa relação entre capital industrial e capital financeiro 
 
b) Cooperação entre empresas 
-Redução de estoque, redução de custos, desenvolvimento conjunto 
 
c) Cooperação com força de trabalho 
 
 
5) Novas bases de competitividade 
Sistemas de competitividade: 
-Macro 
-Interação de empresas com ICTs, interação entre público (universidades e institutos 
de pesquisa) e privado. 
 SNI (Sistema Nacional de Inovação) 
 
 
6) Globalização 
-Financeira 
-Sourcing 
-Competitiva 
-P&D 
 
7) Alianças Estratégicas 
-Joint ventures 
-Projetos cooperativos 
-Consórcios 
-Alianças estratégicas 
 
 
 
 
 
Leituras: 
Nelson, R.R. As fontes do crescimento econômico, ed. UNICAMP. (cap. 10) 
 
Vermulm, R. e Bruginsky de Paula, T. “O Desafio do Futuro: As Políticas para Ciência, 
Tecnologia e Inovação”, in Marques, R.M. & Bocchi J.H. (coord.). Editora Saraiva, São 
Paulo, 2007. 
 
Vermulm, R. “Tecnologia e Riqueza Nacional”, versão preliminar, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 
I. PANORAMA INTERNACIONAL 
• Campo privilegiado de “intervenção 
estatal” 
• Concentração da atividade de P&D 
a) Entre programas de pesquisa: TICs, 
nanotecnologia, biotecnologia, materiais, ótica 
b) Entre países, com destaque para Estados 
Unidos (41%), 
Japão (14%), e Alemanha (9%), que foram 
responsáveis por 64% da P&D da OCDE, em 
2009. 
A China gastou o equivalente a 20% dos 
gastos da OCDE em 2011. É o segundo país 
com maior investimento em P&D no mundo. 
 
 
POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA 
I. PANORAMA INTERNACIONAL 
Países com menor estágio de desenvolvimento 
investem menos de 1% do PIB (Brasil 0,9% 2004, 
1,11% em 2008 e 1,21% em 2011) 
A China investiu 1,8% do seu PIB em 2011 
Alguns países, tais como Taiwan (2,5%), Cingapura 
(2,3%), Israel (4,4%), Finlândia (3,9%), têm 
aumentado muito a sua intensidade de P&D, 
alcançando padrão dos países mais 
desenvolvidos 
c) Entre setores industriais 
Complexos químico + elétrico eletrônico: na 
Alemanha (30%), no Japão (42%) e nos USA (35%) 
Mais automotiva: na Alemanha (63%), no Japão 
(57%) e nos USA (40%) 
Mais aeronáutica e aeroespacial: na Alemanha 
(65%), no Japão (58%) e nos USA (50%) 
 
 
 
 
 
 
Intensidade (P&D/Valor Adicionado), em % 
Atividades Industriais Vários Países USA 
 1999 2000 
Indústria Total 5,7 8,5 
____________________________________________________ 
ALTA TECNOLOGIA 
Aeroespacial 31,6 20,8 
Farmacêutica 25,3 20,2 
Máquinas p/ Escrit. e Informática 15,4 30,7 
Áudio/Vídeo e Teleequipamentos 25,7 18,6 
Instrumentação 11,4 30,2 
____________________________________________________ 
MÉDIA ALTA TECNOLOGIA 
Elétrica 4,3 9,6 
Automobilística 13,6 15,4 
Química menos Farmac. 7,3 8,0 
Máquinas e Equipamentos 4,9 5,5 
____________________________________________________ 
MÉDIA BAIXA TECNOLOGIA 
Refino Petróleo, Energia Nuclear 4,0 3,1 
Borracha e Plástico 2,6 2,9 
Metalurgia 1,2 1,6 
____________________________________________________ 
BAIXA TECNOLOGIA 
Papel, Celulose e Editorial 0,4 1,6 
Alimentos, Bebidas e Fumo 0,9 1,1 
Têxtil, Vestuário e Calçados 0,6 0,5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA 
I.PANORAMA INTERNACIONAL P&D / 
FAT - USA 2008 
 Indústria Total 3,5% 
Equipamentos para produção de semicondutores 28,8% 
 
Componentes Eletrônicos 20,2% 
Teleequipamentos 13,3% 
Indústria Farmacêutica 12,2% 
Instrumentação Médica 8,1% 
Indústria Química 6,1% 
Produtos Plásticos e de Borracha 1,1% 
Produtos de Madeira 0,7% 
Indústria Têxtil 0,6% 
Indústria de Alimentos 0,4% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Razões da concentração da atividade de P&D : 
• elevado custo da P&D 
• elevada densidade de conhecimento científico 
• a P&D é concentrada nos setores geradores de 
progresso técnico 
 SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO - > 
processo coletivo de trabalho, envolvendo o 
conjunto das instituições na busca de inovações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Concentração das patentes 
• os maiores mercados possuem o maior número 
de patentes 
• os países desenvolvidos concentram a 
propriedade de patentes 
• nos Estados Unidos, cerca de 49% das patentes 
pertencem a residentes norte-americanos 
• entre 1985 e 2010, os países que detinham mais 
patentes nos Estados Unidos eram o Japão e a 
 Alemanha. Esses três países concentraram em 
2010, cerca de 75% das patentes concedidas nos 
Estados Unidos 
• entre 1995 e 2010, China multiplicou por 19 o nº 
de patentes concedidas nos Estados Unidos, 
a Índia por 29 e Coréia do Sul multiplicou por 10. 
O Brasil multiplicou por 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Número de Patentes Concedidas nos Estados Unidos, 
por ano de concessão 
Países 1985 1995 2000 2005 2010 
Total de patentes 
concedidas 
71.661 101.417 157.489 143.805 219.642 
Patentes de 
Residentes (nº) 
39.556 55.600 84.721 74.264 107.154 
Patentes de 
Residentes (%) 
55,2 54,8 53,8 51,6 48,8 
Patentes de 
não 
Residentes 
32.105 45.817 72.768 69.541 112.488 
 
 
 
 
 
 
Principais Países detentores de patentes nos 
Estados Unidos 
Países 1985 1995 2000 2005 2010 
Japão 12.746 21.795 31.338 30.361 44.905 
Alemanha 6.718 6.608 10.255 9.038 12.380 
Coréia do Sul 41 1.166 3.331 4.364 11.655 
Taiwan 174 1.624 4.704 5.114 8.233 
Canadá 1.342 2.098 3.399 2.917 4.854 
França 2.400 2.819 3.838 2.903 4.478 
Reino Unido 2.494 2.501 3.685 3.153 4.383 
Itália 919 1.092 1.702 1.315 1.840 
China 168 326 744 3.213 
Suécia 857 803 1.583 1.131 1.433 
Índia 10 40 141 401 1.143 
Brasil 30 63 102 75 181 
México 32 45 79 82 101 
 
 
 
 Patentes Concedidas por Países 
Países 1985 1990 1996 2000 
Japão 50.100 59.401 215.100 125.880 
% não residentes 15,5 15,2 12,7 10,8 
Alemanha 33.377 42.860 55.444 41.585 
% não residentes 60,4 61,2 64,3 59,4 
França 37.530 35.149 49.245 36.404 
% não residentes 73,8 74,6 75,7 71,7 
Reino Unido 34.480 32.179 44.335 33.756 
% não residentes 82,3 86,4 90,3 87,6 
Canadá 18.697 14.187 7.145 12.125 
% não residentes 92,8 92,2 90,1 90,8 
Coréia do Sul 2.268 7.762 16.516 34.956 
% não residentes 84,6 67,1 49,6 34,4 
Itália 47.924 17.794 37.935 24.937 
% não residentes 79,0 98,7 78,2 81,0Índia * 1.814 1.611 1.020 2.160 
% não residentes 76,2 81,0 64,8 70,7 
Brasil 3.934 3.355 1.487 6.235 
% não residentes 84,6 86,5 87,3 89,4 
México 1.374 1.752 3.186 5.527 
% não residentes 93,4 92,0 96,4 98,0 
* Em 2000 dados ñ disponíveis; considerado ano de 1999 
FORMAS DE “INTERVENÇÃO DO ESTADO” 
1. Execução da P&D 
Despesas com P&D, por Executor 2003( %) 
Países Empresas Governo 
Educação 
Superior 
OCDE 70 11 17 
EUA 73 11 13 
Japão (2007) 78 8 13 
Alemanha 70 14 16 
França 63 20 16 
Reino Unido 64 8 25 
Canadá 54 10 35 
Itália (2007) 51 13 33 
Coréia do Sul (2007) 76 12 11 
China (2007) 72 19 9 
Espanha (2007) 55 18 27 
Portugal (2007) 50 8 34 
México (2007) 47 25 26 
Brasil 44 28 28 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAS DE “INTERVENÇÃO DO ESTADO” 
1. Financiamento à Atividade de P&D 
Despesas com P&D, por Fonte de Financiamento 2010( %) 
Países Empresas Governo 
Outras 
Fontes 
EUA 61 33 6 
Japão 76 17 7 
Alemanha 66 30 4 
França 54 37 9 
Reino Unido 44 32 24 
Canadá 46 36 18 
Itália 45 42 13 
Coréia do Sul 72 27 1 
China 72 24 4 
Espanha 43 47 10 
Portugal 44 45 11 
México 36 61 3 
Brasil 45 53 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTROS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA 
3. Incentivos fiscais => redução de custos 
4. Direitos de propriedade, internos e internacionais 
5. Financiamento a outros gastos relacionados 
àinovação 
6. Convergência entre políticas implícitas e explícitas 
dedesenvolvimento tecnológico 
7. Uso do poder de compra estatal, principalmente 
paraos setores geradores de progresso técnico 
8. Medidas de restrição comercial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTROS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA 
9. Lei de capital estrangeiro, principalmente nos 
setoresde ponta 
10. Transferência de tecnologias do governo para o 
setorprivado 
11. Financiamento em condições especiais para 
aexportação de bens de alta intensidade tecnológica 
12. Implantação e manutenção de institutos de pesquisa 
13. Implantação da infra-estrutura de C&T 
14. Formação de recursos humanos qualificados 
15. Programas de extensão tecnológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. A TECNOLOGIA NOS PAÍSES EM 
DESENVOLVIMENTO 
• Transferência de tecnologias maduras 
• Nos países em desenvolvimento, as atividades de P&D 
são de adaptação de produtos e processos => 
engenharia de detalhe e engenharia de fabricação 
• Geralmente, os aperfeiçoamentos pertencem ao 
licenciador (quem transfere a tecnologia) 
• A importação de tecnologia implica em restrições 
comerciais 
A IMPORTAÇÃO DE TECNOLOGIA NÃO É O PROBLEMA 
EM SI, MAS SIM O BAIXO INVESTIMENTO 
LOCAL EM P&D 
 
 
 
 
 
 
 
O custo da importação de tecnologia 
• percentual sobre o valor das vendas 
• soma fixa 
• aquisição de insumos 
• aquisição de equipamentos 
• representa remessa de lucros 
• quanto menos capacitada for a empresa 
licenciada menor será o seu poder de barganha 
As vantagens da importação de tecnologia 
• menor grau de incerteza 
• mais rápido 
• mais barato 
• se agregada à P&D local, potencializa a 
capacitação empresarial 
• negociação de mercados internos e externos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES DO PREDOMÍNIO DA IMPORTAÇÃO DE 
TECNOLOGIA NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO 
1. Atraso relativo dos setores geradores e 
transmissores de progresso técnico: eletrônica, 
química e BK 
2. Atraso relativo do sistema científico e tecnológico 
3. Mercado interno limitado vis a vis os elevados gastos 
em P&D, porém é de tamanho suficiente para a 
importação de tecnologia 
4. Não especialização produtiva em alguns setores 
estratégicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES DO PREDOMÍNIO DA IMPORTAÇÃO DE 
TECNOLOGIA NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO 
5. Insuficiente escala de faturamento das empresas 
6. Grande importância de empresas multinacionais na 
estrutura produtiva 
7. Ausência de políticas explícitas para C,T&I 
8. Dificuldades de natureza macroeconômica 
=> PROCESSO LIMITADO PARA INOVAR E 
ENFRENTAR AS MUDANÇAS MAIS RADICAIS DO 
PROGRESSO TÉCNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III. TRAJETÓRIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO 
• o Brasil teve sua indústria constituída ao longo do 
processo de substituição de importação 
• nesse processo a variável estratégica era o 
investimento na constituição de capacidade 
produtiva para atender ao mercado interno 
• no processo de substituição de importações o 
Brasil apresentou grande dinamismo na instalação 
de novos setores produtivos (grandes inovações), 
mas constituiu uma economia pouco dinâmica sob 
o ponto de vista da inovação 
 
 
 
 
 
• prevaleceu a importação de tecnologia, sem 
grande esforço local de desenvolvimento 
tecnológico 
• Compra externa de bens de capital 
• Projetos e serviços de engenharia no ext. 
• Licenciamento de tecnologias no exterior 
• Assistência técnica 
• o Brasil capacitou-se em tecnologia de fabricação 
• quando se move a fronteira tecnológica, o Brasil é 
obrigado a recorrer à importação de tecnologias 
=> CAPACIDADE DE REPRODUZIR TECNOLOGIAS 
MADURAS 
• esta trajetória é reforçada com a implementação de 
programas de qualidade e de produtividade nos 
anos 90. A crise da economia brasileira induziu a 
significativas mudanças que objetivaram melhorar 
a eficiência produtiva 
 
 
 
 
 
 
 
IV. ALGUNS INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO 
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO 
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO 
• O Brasil era responsável, em 1990, por 0,62% dos 
artigos publicados em periódicos internacionais. 
• Em 2006 esse percentual foi de 1,92%. Em 2009 foi 
de 2,69%. 
• Em Ciências Agrárias esse percentual foi de 9,9% 
• Em Farmacologia foi 4,0% • Em Microbiologia foi 
3,3%. 
 
- Capacitação técnica em áreas diversificadas do 
conhecimento 
 
 
 
BRASIL - Publicação de Artigos em Periódicos 
Internacionais 
Anos Número de Artigos % no Mundo 
1988 2.844 0,52 
1989 3.163 0,55 
1990 3.640 0,62 
1991 4.009 0,66 
1992 4.737 0,74 
1993 4.669 0,72 
1994 5.210 0,76 
1995 6.038 0,84 
1996 6.626 0,91 
1997 7.331 1,00 
1998 8.858 1,16 
1999 10.073 1,29 
2000 10.521 1,35 
2001 11.581 1,45 
2002 12.929 1,62 
2003 14.288 1,63 
2004 14.995 1,75 
2005 17.714 1,80 
2006 19.294 1,96 
2007 19.510 1,99 
2008 30.422 2,63 
2009 32.100 2,69 
 
 
 
 
 
 
PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL NAS PRINCIPAIS 
ÁREAS DO CONHECIMENTO (%) 
BRASIL 
Áreas 2003 2006 2009 
Ciências Agrárias 3,69 4,00 9,89 
Ciências dos Animais/Plantas 2,87 4,36 7,04 
Farmacologia 2,16 2,44 3,96 
Microbiologia 3,10 3,67 3,32 
Ecologia/Meio Ambiente 2,31 3,26 3,01 
Biologia e Bioquímica 1,70 2,06 2,82 
Física 2,14 2,33 2,03 
Química 1,63 1,84 1,95 
Ciências Espaciais 1,82 2,24 1,89 
Matemática 1,82 1,81 1,81 
 
 
 
 
 
PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL POR PAÍS 
PAÍS 1981 2009 2009/1981 
Estados Unidos 183.104 341.038 86,3 
Reino Unido 39.991 92.628 131,6 
Alemanha 35.152 89.545 154,7 
Japão 27.950 78.930 182,4 
China 1.204 118.108 9.709,6 
França 23.610 65.301 176,6 
Itália 9.639 51.606 435,4 
Espanha 3.290 44.324 1.247,2 
Coréia 241 38.651 15.937,8 
Brasil 1.949 32.100 1.547,0 
Taiwan 531 24.442 4.503,0 
Suécia 7.011 19.611 179,7 
Turquia 337 22.307 6.439,2 
Polônia 4.825 19.513 
 
 
 
 
 
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO 
Informações da PESQUISA INDUSTRIAL DE INOVAÇÃO 
TECNOLÓGICA2000 – IBGE 
• INOVAÇÃO = novo produto ou novo processo ou 
produtos e processos significativamente 
modificados 
• a INOVAÇÃO pode ser em relação: 
 à EMPRESA 
ao MERCADO NACIONAL 
 
ATIVIDADES INOVATIVAS 
• Atividades internas de P&D 
• Aquisição externa de P&D 
• Aquisição de outros conhecimentos externos 
• Aquisição de máquinas e equipamentos 
• Treinamento 
• Introdução das inovações no mercado 
• Projeto industrial e outras preparações técnicas 
para a produção e distribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade de Pesquisa: Empresas do Setor Industrial 
Empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas 
Universo de Empresas 
2003 84.262 
2005 91.054 
2008 100.496 
 
Empresas Inovadoras 
 
2001/2003 28.036 
2003/2005 30.378 
2006/2008 38.299 
 
Taxa de Inovação 
 
2001/2003 33,3% 
2003/2005 33,4% 
2006/2008 38,1% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 3.1 - Taxa de inovação para a indústria em países selecionados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taxa de Inovação de Produto 
2001/2003 20,3% 
2003/2005 19,5% 
2006/2008 22,8% 
 
 
 
Taxa de Inovação de Processo 
 
2001/2003 26,9% 
2003/2005 26,9% 
2006/2008 32,1% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inovação de Produto para o Mercado Interno 
2001/2003 2,70% 
2003/2005 3,25% 
2006/2008 4,10% 
 
 
Inovação de Processo para o Setor no Brasil 
 
 
2001/2003 1,20% 
2003/2005 1,66% 
2006/2008 2,32% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setores Industriais com Taxa de Inovação Superior a 50% 
1. Produção de automóveis, camionetas, utilitários, 
caminhões e ônibus - 71,1% 
2. Fabricação de máquinas de escritório e 
equipamentos de informática - 69,2% 
3. Fabricação de equipamentos de instrumentação 
médico-hospitalares, instrumentos de precisão e 
ópticos, equipamentos para automação industrial, 
cronômetros e relógios - 68,0% 
4. Refino de petróleo - 62,4% 
5. Fabricação de material eletrônico básico - 58,7% 
6. Produção de aparelhos e equipamentos de 
comunicação - 55,2% 
7. Fabricação de produtos farmacêuticos - 52,4% 
8. Produção de celulose e outras pastas - 51,7% 
9. Metalurgia de metais não-ferrosos e fundição - 
50,2% Taxa de Inovação, segundo o tamanho da 
empresa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faixas de Pessoal 
Ocupado 
2006/2008 
De 10 a 49 36,5% 
De 50 a 99 40,1% 
De 100 a 249 43,0% 
De 250 a 499 48,8% 
Com 500 e mais 71,9% 
TOTAL 38,1% 
 
 
 
 
 
 
 
 
PINTEC 2003-2005 
 Número de Empresas Taxa de 
Inovação 
Nacionais 89.218 98% 32,7% 
10 - 99 po 81.579 92% 30,2% 
100 - 499 po 6.500 7% 56,9% 
500 e + po 1.140 1% 75,9% 
 
Estrangeiras 1.836 2% 64,8% 
10 - 99 po 758 41% 49,3% 
100 – 499 po 682 37% 68,1% 
500 e + po 397 22% 88,6% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresas Inovadoras com Gastos em Atividades 
Inovativas 
2001/2003 73,5% 
2003/2005 65,7% 
2006/2008 80,0% 
 
 
Empresas Inovadoras que Atribuíram Alta 
Importância à P&D Interna 
 
2001/2003 17,2% 
2003/2005 16,6% 
2006/2008 7,9% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Número de Empresas Inovadoras com P&D Interna 
2001/2003 4.941 
2003/2005 5.046 
2006/2008 4.268 
 
 
Gastos com P&D Interna (em R$ bilhões de 2008) 
 
2001/2003 7,0 
2003/2005 8,3 
2006/2008 10,7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gastos Médios com P&D Interna (em R$ milhões de 2008) 
2001/2003 1,41 
2003/2005 1,68 
2006/2008 2,51 
 
 
 
Intensidade Tecnológica 
 
 
2001/2003 0,53% 
2003/2005 0,57% 
2006/2008 0,62% 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES INTERNAS DE 
P&D NA INDÚSTRIA BRASILEIRA - 2005 
 Indústrias % Ind. Transf. P&D/RLVendas % 
Alimentos e Bebidas 4,17 0,13 
Têxtil 0,79 0,22 
Vestuário 0,49 0,22 
Couro e Calçados 0,95 0,34 
Celulose e Papel 1,21 0,23 
Móveis e Ind. Diversas 1,24 0,48 
Refino de Petróleo 13,50 0,77 
Química 9,72 0,51 
Farmacêutica 2,57 0,72 
Siderurgia 2,26 0,22 
Máquinas e Equip. 5,27 0,55 
Informática 2,18 1,48 
Material Elétrico 5,61 1,29 
Eletrônica 5,85 1,10 
Automotiva 24,06 1,25 
Outros Equip. Transp. 11,00 3,22 
 
 
 
 
 
EMPRESAS QUE REALIZARAM ATIVIDADES 
INTERNAS DE P&D NA INDÚSTRIA BRASILEIRA – 
PESSOAS OCUPADAS EM P&D - 2005 
 Indústrias Pós/empresa Pós/Nível Sup. 
Alimentos e Bebidas 0,54 13,9 
Têxtil 0,18 10,9 
Vestuário 0,25 10,2 
Couro e Calçados 0,11 5,6 
Celulose e Papel 1,04 15,7 
Móveis e Ind. Diversas 0,25 10,1 
Refino de Petróleo 19,40 52,7 
Química 0,80 21,3 
Farmacêutica 1,47 18,1 
Siderurgia 4,33 17,9 
Máquinas e Equip. 0,36 10,3 
Informática 1,38 8,2 
Material Elétrico 0,85 18,7 
Eletrônica 1,28 12,1 
Automotiva 2,05 9,1 
Outros Equip. Transp. 3,92 12,5 
 
 
 
 
 
V. PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA DE 
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO – BRASIL 1. 
Financiamento Não reembolsável 
a) Fundos Setoriais/FNDCT 
Os recursos dos fundos setoriais são destinados a 
projetos de desenvolvimento científico e 
tecnológico de instituições sem fins lucrativos. 
À exceção do FUNTTEL todos os fundos setoriais 
pertencem ao FNDCT/MCT que possui a FINEP 
como agência operacional. 
Fundos Setoriais existentes: 
1. CT Petro – 1997 
2. CT ENERG – 2000 
3. FUNTTEL – 2000 
4. CT HIDRO – 2000 
5. CT TRANSPORTE – 2000 
6. CT MINERAL – 2000 
7. CT ESPACIAL – 2000 
8. CT INFO – 2001 
9. CT AGRO - 2001 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. CT BIOTEC – 2001 
11. CT SAÚDE – 2001 
12. CT AERO – 2001 
13. VERDE - AMARELO – 2001 
14. CT INFRA - 2001 
15. CT AMAZÔNIA – 2002 
16. CT AQUAVIÁRIO – 2004 
Os fundos são operados através de chamadas 
públicas. 
O orçamento aproximado para 2013 é de R$ 2,1 
bilhões. 
b) FUNTEC – BNDES 
Recursos não reembolsáveis são destinados a 
projetos de instituições científicas e tecnológicas 
desde que tenham interveniência de empresas. 
O BNDES define grandes áreas prioritárias e realiza 
3 chamadas públicas por ano. 
 
 
 
 
 
 
2. Financiamento reembolsável com juros reduzidos 
Programa Inova Empresa – FINEP e BNDES 
Destinado ao financiamento de atividades de médias 
e grandes empresas, com custo financeiro total 
variando de 3% a 5,5% ao ano. 
A FINEP detém recursos do Fundo Verde Amarelo 
para fazer a equalização de juros. 
A FINEP e o BNDES dispõem de recursos 
subsidiados pelo Tesouro Nacional, responsável 
pela equalização de juros. 
Tentativa de integrar instrumentos de apoio à 
inovação (crédito reembolsável, recursos não 
reembolsáveis e subvenção). 
A estimativa para 2013 é de um total de desembolso 
da ordem de R$ 10 bilhões nos contratos do BNDES 
e da FINEP. 
 
 
 
 
 
3. Subvenção econômica 
São recursos doados a empresas, portanto recursos 
não reembolsáveis, para a realização de projetos de 
pesquisa e desenvolvimento em áreas/temas 
selecionados e publicados em edital. 
Desde o ano de 2006 tem sido realizada uma 
chamada pública por ano e os projetos têm duração 
de 2 a 3 anos. 
Em 2009 foram recebidas 2.558 propostas e 261 
foram aprovadas. 
Os recursos são provenientes do Fundo 
VerdeAmarelo e são operacionalizados pela FINEP. 
As micro e pequenas empresas foram responsáveis 
por cercade 70% do número de projetos aprovados 
e dos valores concedidos em 2008. 
O orçamento anual para subvenção econômica tem 
sido da ordem de R$ 300 milhões. 
 
4. Incentivos fiscais 
Os incentivos fiscais foram inicialmente 
instituídos em 1993 e as empresas 
deveriam submeter projetos para 
aprovação anterior do governo. O 
incentivo fiscal estava limitado a 8% do 
imposto de renda devido. 
Em 1997 esses incentivos tornaram-se 
inócuos com a redução do limite do 
incentivo para 4% do imposto de renda 
devido. 
Em 2005/2006 a Lei do Bem definiu novos 
incentivos fiscais abrangendo deduções 
com gastos em pesquisa, 
desenvolvimento e inovação das 
empresas que se encontram no regime 
fiscal do lucro real. 
São diversos incentivos fiscais, mas o 
mais importante é a dedução da base de 
cálculo do imposto de renda da pessoa 
jurídica e da contribuição social sobre o 
lucro líquido das empresas. 
 
 
 
 
4. Incentivos fiscais 
Os principais itens dessa parte dos incentivos 
fiscais são os seguintes: 
a) Dedução de 160% dos gastos realizados com 
pesquisa, desenvolvimento e inovação 
b) Dedução de mais 20% se as empresas ampliarem 
o número de pesquisadores contratados em 5% 
em relação ao ano anterior. Se o crescimento for 
inferior a 5% a dedução adicional estará limitada 
a 10% dos gastos realizados com PD&I 
c) Dedução de mais 20% se os gastos tiverem 
gerado patentes concedidas. 
O incentivo recebido pode corresponder até a 30% 
do investimento realizado em P&D 
Em 2006 foram beneficiadas 130 empresas; em 2009 
foram 542 empresas; e, em 2011 foram 
beneficiadas 767 empresas 
 
 
5. Programa RHAE Pesquisador na Empresa – 
CNPq 
São concedidas bolsas para pesquisadores sem 
vínculo empregatício com empresas. Esse 
benefício é destinado a micro e pequenas 
empresas. 
6. Fundos de Capital de Risco 
A FINEP e o BNDES atuam junto às empresas de 
base tecnológica apoiando fundos de capital de 
risco que aplicam em empresas selecionadas. 
Geralmente são empresas de pequeno porte, com 
risco mas também com rentabilidade potencial 
muito elevada. 
Um problema no Brasil é que esses fundos ainda 
investem procurando retorno elevado em curto 
espaço de tempo.

Continue navegando