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Tecnologia e Inovação 1 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO UNIDADE 03 2 Caro estudante, Queremos lhe dar as boas-vindas e cumprimentá-lo pela oportunidade de participar dessa modalidade de ensino- aprendizagem presente no currículo do curso que escolhestes estudar. Você está participando de um momento importante na instituição e no nosso país, pois a Educação a Distância – EAD está se expandindo cada vez mais, por ser uma modalidade que busca atender as novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial. As características fundamentais da sociedade contemporânea que têm impacto sobre a educação são, pois, maior complexidade das relações sócio produtivas, uso mais intenso de tecnologia, redimensionamento da compreensão das relações de espaço e tempo, trabalho mais responsabilizado, com maior mobilidade, exigindo um trabalhador multicomponente, multiqualificado, capaz de gerir situações de grupo, de se adaptar a situações novas e sempre pronto a aprender. Em suma, queremos que a partir do conhecimento das novas tecnologias de interação e do estudo independente, você, caro estudante, torne-se um profissional autônomo em termos de aprendizado e capaz de construir e reconstruir conhecimentos, afinal esse é o trabalhador que o mercado atualmente exige. Dessa forma, participe de todas as atividades e aproveite ao máximo esse novo tipo de relação com os seus colegas, tutores e professores, e nos ajude a construir uma FATE e uma sociedade cada vez melhor. 3 Sumário 1 – APRESENTAÇÃO 2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL 2.1. A Inovação e a Difusão da Tecnologia 2.2. Conceitos de Mudança Tecnológica 2.3. Tipos de Inovações 2.3. Fatores indutores da inovação tecnológica 2.4. Modelos de Difusão Tecnológica 2.5. Fatores Condicionantes da Difusão 2.6. Impactos da difusão tecnológica 3 – FONTES DE INOVAÇÃO 3.1 Desenvolvimento Próprio 3.2 Inovação aberta e inovação pelo uso 3.3 Transferência de Tecnologia 3.4 Tecnologia Embarcada 3.5 Transferência de Conhecimento 3.6 Aprendizagem Organizacional 3.7 Tecnologias Industriais Básicas 3.8 Normalização e Certificação 3.9 Metrologia 3.10 Propriedade Industrial 3.11 Fontes de Inovação 4 – CONCLUSÕES DO ESTUDO BIBLIOGRAFIA 4 1 – APRESENTAÇÃO A Faculdade Ateneu apresenta a disciplina de Tecnologia e Inovação à distância como uma excelente oportunidade para seus alunos conhecerem a economia da tecnologia no Brasil, utilizando material didático contendo informações conceituais, a visões de estudiosos e conclusões práticas dos dias atuais, desde a Revolução Industrial do século XVIII, iniciada na Inglaterra, passando pelas teorias econômicas Clássicas, Marxistas, Neoclássicas, Fordistas até as novas teorias da firma e da Tecnologia. A partir desta Unidade você vai conhecer os conceitos da mudança tecnológica e sua influência no avanço da competitividade empresarial moderna, assim como os tipos de inovações, as fontes de inovações, os setores da atividade mais influenciados pelas inovações e a competitividade internacional. A Gestão da Inovação é fator imprescindível na busca de uma posição de destaque no mercado atual tão competitivo, sem a qual, as empresas não alcançam os melhores retornos e maior satisfação dos seus investidores. 2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL 2.1 A Inovação e a Difusão da Tecnologia A inovação e a difusão tecnológica são fatores condicionantes para o desenvolvimento da economia global. Novas metodologias de avaliação das causas e impactos da inovação e difusão tentam identificar as macrotendências e antecipar as oportunidades e os desafios tecnológicos. Do ponto de vista macroeconômico, a inserção e difusão de novas tecnologias nos processos industriais e nos serviços são mais ou menos relevantes, em função dos impactos que elas causam na produtividade. Uma inovação somente causa impactos relevantes na economia quando se difunde amplamente nas organizações, nos setores e regiões, proporcionando o surgimento de novos empreendimentos, novas qualificações, novos mercados e novas técnicas de produção. 5 Para reflexão: Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, você simplesmente desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas. Frase: Steve Jobs 2.2 Conceitos de Mudança Tecnológica As informações estatísticas e conceituais se tornaram mais acessíveis a partir de 1960, com a criação do Manual de Frascati, desenvolvido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que instituiu e consolidou conceitos sobre as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Atualmente, o Manual de Oslo é a referência conceitual e metodológica mais utilizada no mundo para analisar e determinar o grau de inovação tecnológica de uma região. A avaliação do processo de inovação em países menos avançados, com pouco investimento em P&D, o Manual de Bogotá é mais indicado. A diferença conceitual entre tecnologia e técnica pode ser entendida pela definição de tecnologia como sendo o conhecimento sobre técnicas, enquanto a técnica envolve aplicações efetivas na elaboração de produtos, processos e métodos organizacionais. Invenção é definida como sendo a criação de uma técnica, produto ou processo inédito. As inovações organizacionais são mudanças introduzidas na estrutura gerencial das empresas, por meio de novas técnicas de produção e prestação de serviços, bem como a implementação de novas formas de relacionamento com clientes e fornecedores. A difusão tecnológica é entendida como sendo o processo pelo qual uma inovação é difundida na sociedade através dos meios de comunicação e ao longo do tempo. 6 No Brasil, desde 2000, o IBGE publica a Pesquisa Industrial sobre Inovação Tecnológica (PINTEC), com dados estatísticos sobre inovação, baseados nas metodologias do OCDE. 2.3 Tipos de Inovações As mudanças tecnológicas possuem grau de inovação diferenciados de acordo com o impacto que elas promovem na atividade econômica. Veja na tabela abaixo a classificação das inovações segundo as observações de Freeman (1997). 2.3 Fatores indutores da inovação tecnológica O mercado e os custos operacionais das empresas produzem informações que são utilizadas no processo de mudanças tecnológicas, uma vez que há um desequilíbrio da oferta e demanda, ou quando uma empresa incrementa seu processo produtivo para reduzir custos e assim, se diferenciar dos demais no mercado, aumentando seu potencial competitivo. Schmookler (1966), aponta dois caminhos para a inovação tecnológica relacionada ao consumo, definida como “demand-pull” para as inovações puxadas pela demanda, e “thecnology push” para aquelas empurradas pelo avanço tecnológico. 7 As inovações relacionadas ao custo como fatores indutores podem ser observadas ao longo da história, principalmente naqueles países onde o custo com a mão de obra era elevado. 2.4 Modelos de Difusão Tecnológica Milton Santos (2005) propõe dois modelos de avaliação da trajetória da difusão tecnológica, onde um é baseado na existência de ondas de inovações, e o outro no modelo probabilístico ou estocásticos que representam as probabilidades da difusão acontecer. Segundo Tigre (2014), a difusão tecnológica pode ser analisada a partir de quatro dimensões básicas: a) direção e trajetória tecnológica; b) ritmo ou velocidade de difusão; c) fatores condicionantes, tanto positivos quanto negativos, e d) impactos econômicos e sociais. Esse modelo é utilizado no Brasil por instituições comoo SENAI para prever demandas por qualificações futuras no campo da tecnologia. A partir do gráfico abaixo é possível medir a velocidade de difusão tecnológica, analisando a linha do tempo e o percentual de empresas que adotam uma determinada tecnologia. 8 2.5 Fatores Condicionantes da Difusão A difusão tecnológica depende de três fatores condicionantes para estimular a adoção de novas tecnologias, podendo ser de natureza técnica, econômica e de caráter institucional, conforme segue: Condicionantes técnicos – São limitações impostas pelo grau de dificuldade de se entender e se reproduzir a tecnologia. Quanto mais complexa a tecnologia mais tempo será necessário para sua plena difusão. Condicionantes econômicos – A implementação de novas tecnologias requer investimentos e quanto mais custos de aquisição e implantação de nova tecnologia, mais demorada será sua difusão. Condicionantes institucionais – Estes fatores estão relacionados ao aparato concedido pela política de incentivo à inovação, como disponibilidade de financiamento, incentivo fiscal, sistemas de propriedade intelectual e organizações de fomento à inovação. 2.6 Impactos da difusão tecnológica A difusão tecnológica provoca impactos positivos e negativos na sociedade como um todo, e podem ser analisados do ponto de vista ambiental, social e econômico. Na questão ambiental a preocupação está focada com preservação do meio ambiente e com uso sustentável dos recursos naturais. Os impactos mais relevantes da difusão tecnológica no aspecto social é a manutenção dos empregos e a necessidade de novas qualificações. Do ponto de vista econômico, a difusão tecnológica pode afetar estruturas empresariais, fazendo surgir novos negócios e desaparecer outros, aumentando a competitividade empresarial. 3 – FONTES DE INOVAÇÃO As empresas se utilizam de diferentes fontes de tecnologia para elevar seu potencial competitivo, as quais se originam tanto internamente quando externamente à empresa. As fontes internas são obtidas através do desenvolvimento de novos produtos e processos, por meio de programas de qualidade, treinamento e aprendizado organizacional. As fontes externas envolvem aquisição de conhecimento técnicos, seja através da contratação direta ou da prestação de serviços. 9 Quadro I - Fontes de tecnologias mais utilizadas: Fonte: Tigre (2014) 3.1. Desenvolvimento Próprio As atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dentro das empresas visa, principalmente, desenvolver novos produtos ou processos, no entanto, o custo elevado limita esta atividade na maioria das organizações. Em países desenvolvidos, a maioria das pesquisas são desenvolvidas dentro das empresas, ao contrário do Brasil, onde a maioria das atividades de P&D são realizadas nas Universidades e Instituições de Pesquisas. A maioria das empresas que realizam pesquisa e desenvolvimento são de grande porte, no entanto, existem algumas empresas de pequeno porte inovadoras, principalmente na área de novos segmentos de negócios. 10 A instituição de fomento a inovação mais importante do Brasil é a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, uma instituição pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que aporta recursos nas pesquisas empresariais através de editais de subvenção econômica. Uma outra alternativa para o desenvolvimento de P&D é a formação de consórcios e redes de empresas em regime de cooperação para reduzir os impactos dos altos custos das atividades de pesquisas. Estes modelos colaborativos envolvem grandes empresas como é o caso da Embraer devido a grande quantidade de subáreas na produção de aeronaves. 3.2 Inovação aberta e inovação pelo uso A inovação aberta ou open innovation introduzido nos Estados Unidos pela Procter & Gamble serviu de modelo para muitas empresas realizarem parcerias para realizar atividades de P&D. Trata-se de uma alternativa para buscar o desenvolvimento de novos produtos a partir da colaboração de clientes, fornecedores, concorrentes, universidades, laboratórios de pesquisa, pesquisadores individuais, entidades externas, e também dos funcionários da organização, a partir de uma política de estímulo e apoio. Nesse modelo de inovação aberta, a empresa interessada em adquirir colaboração externa propõe concursos que premiam as melhores ideias, ou ainda, apoiam os pesquisadores com bolsas de estudo para estudantes de mestrado e doutorado. 11 3.3 Transferência de Tecnologia A transferência de tecnologia é realizada a partir do momento que a firma busca no mercado uma inovação dominada por outra organização, e esta, por motivos estratégicos, cede ou transfere tal tecnologia para expansão de mercado, sendo a organização dominante remunerada pela transferência da tecnologia. A tecnologia pode ser transferida através de treinamentos, contratos de assistência técnica, pela obtenção de licenças de uso de patentes e marcas, que envolve a utilização do Sistema Brasileiro de Propriedade Industrial, regulado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 3.4 Tecnologia Embarcada A tecnologia agregada à máquinas e equipamentos, também denominados bens de capital, é a maneira mais utilizada pelas organizações na busca de inovação em seus processos de produção. A aquisição de máquinas é a principal fonte de tecnologia nos mais variados setores da economia. Segundo entendimento de Adam Smith, a tecnologia incorporada a bens de capital é uma importante fonte de aumento da produtividade do trabalho. 12 3.5. Transferência de Conhecimento Segundo Tigre (2014), o conhecimento utilizado nas atividades econômicas é normalmente dividido em tácito e codificado. O conhecimento tácito é aquele vinculado as habilidades e experiências dos indivíduos, possui um caráter subjetivo e dificilmente é possível de transferi-lo. Já o conhecimento codificado está apresentado em manuais, livros, revistas técnicas, software, documentos de patentes, banco de dados, etc. O conhecimento codificado é mais fácil de ser transferido, o acesso a esse tipo de informação é cada vez mais fácil, porém, quem não consegue atuar de maneira rápida e transformar as informações em conhecimento a favor da produtividade, fica em desvantagem competitiva. 3.6 Aprendizagem Organizacional O processo de aprendizado deve ser contínuo para o desenvolvimento da capacitação produtiva, organizacional e tecnológica. As reuniões setoriais e entre setores na organização são fundamentais para o desenvolvimento de novas técnicas e processos gerenciais. 13 A capacitação produtiva e organizacional envolve a utilização de equipamentos e o desenvolvimento de rotinas, métodos e sistemas organizacionais. Já a tecnológica inclui as habilidades técnicas, o conhecimento dos indivíduos e da coletividade, e ainda, a experiência tácita acumulada. O processo de aprendizagem é cumulativo e podem ser resumidas no quadro a seguir, instituído por Malerba (1992). Processo de Aprendizado Aprender Características Fazendo Processo de aprendizado interno à empresa, relacionado com o processo produtivo. Usando Relacionando com o uso de insumos, equipamentos e software. Procurando Baseado em busca de informações e atividades de P&D. Interagindo Interno e externo, relacionado com as fontes a montante (fornecedores) e a jusante (clientes) da cadeia produtiva, além da participação em redes virtuais temáticas. Com spill-overs Interindustriais Externo, através da imitação e contratação de técnicos experientes de concorrentes. Com o avanço da ciência Externo à empresa, relacionando com a absorção de novos conhecimentos gerados pelo sistema internacional de C&T. Fonte: Malerba (1992) 3.7 TecnologiasIndustriais Básicas As Tecnologias Industriais Básicas (TIB) é formada por um conjunto de técnicas e procedimentos elaborados para codificar, analisar e normatizar diferentes aspectos e características de produtos ou processos industriais. A globalização e as relações internacionais levou as organizações a desenvolver normas e padrões para produtos e processos industriais, com o objetivo de evitar não conformidades intercambiadas entre fornecedores e consumidores em negócios internacionais 14 3.8 Normalização e Certificação A Normalização é a parte da TIB responsável pela elaboração de normas e regulamentos que estabelecem requisitos mínimos necessários para que um produto ou processo seja considerado dentro do padrão exigido pelo que fora normalizado. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. A ABNT é a instituição responsável pela edição das normas técnicas e distribuição para as empresas que desejam adquiri-las. A certificação é resultado do processo de auditorias de produtos e processos a luz das normas e regulamentos, com a finalidade de verificar se os mesmos atendem os requisitos estabelecidos, culminando com a emissão de um certificado de conformidade. Um exemplo de certificação muito comum no Brasil é a emissão do selo do Inmetro. 3.9 Metrologia A metrologia é conhecida como a “ciência da medição” e tem a finalidade de auferi medições de pesos e medidas, assegurando credibilidade e confiabilidade aos produtos e processos industriais e comerciais na economia, perante a sociedade. 15 No Brasil, o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade (SINMETRO) é a instituição responsável pela metrologia industrial a serviço da sociedade. O Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) é o órgão responsável pelo credenciamento de organismos ligados a Rede Brasileira de Laboratórios (RBL), os quais prestam serviços de metrologia e certificação para as indústrias. 3.10 Propriedade Industrial A propriedade industrial é explorada como direito concedido pelo Estado, através de um título de propriedade temporário, que garante ao titular a exclusividade de exploração econômica. No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão responsável pela concessão de patentes, desenhos industriais, marcas, indicações geográficas, topografias de circuitos integrados e programas de computador, além da averbação de contratos de transferência de tecnologia e franquias. A validade dos registros concedidos pelo INPI é limitada ao território brasileiro. As patentes podem ser classificadas como privilégio de invenção (PI), quando forem completamente inéditas e atenderem os requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, ou modelo de utilidade, quando se tratarem de objeto de uso pratico, com nova forma que melhore seu uso ou o processo de fabricação. A validade da carta patente de invenção é de 20 anos e do modelo de utilidade são 15 anos. 16 Os desenhos industriais estão relacionados ao design de produtos industrializados, e sua validade inicial é de 10 anos, podendo ser prorrogado por mais três períodos de 05 anos, perfazendo um total de 25 anos de vigência, se assim o titular desejar. As marcas registradas são utilizadas como elemento diferenciador dos produtos e serviços no mercado, e podem ser licenciadas e franqueadas para terceiros. O registro de uma marca tem validade de 10 anos e pode ser prorrogado por sucessivos períodos iguais e indeterminados. As demais áreas de atuação do INPI têm suas normas regulamentadas pela Lei da Propriedade Industrial (LPI nº 9.279/96), assim como as anteriores relatadas, e seguem uma linha de raciocínio de acordos internacionais com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). 3.11 Fontes de Inovação O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem desenvolvido pesquisas que contribuem para o entendimento do desenvolvimento industrial brasileiro. Através da Pesquisa de Inovação Tecnológica do IBGE (PINTEC), podemos verificar que o comportamento das empresas brasileiras na busca da inovação é diferente dos países mais avançados. Enquanto nos países desenvolvidos a maior contribuição para a inovação industrial se concentra nas atividades de P&D, conforme o Manual de Oslo, no Brasil a evolução industrial se dá, principalmente, através de outras fontes de inovação, como por exemplo, pela aquisição de máquinas e equipamentos, treinamento e projetos industriais. Os dados da PINTEC a seguir expostos no quadro, revelam a ordem de importância que a indústria brasileira classifica as prioridades no processo de inovação. Ranking do grau de importância da atividade de inovação (1 é mais importante) 17 Atividade de Inovação 2000 2003 2005 2008 Aquisição de máquinas e equipamentos 1 1 1 1 Treinamento 2 2 2 2 Projeto Industrial e outras preparações técnicas 3 3 3 3 Atividades Internas de P&D 4 4 5 6 Introdução de inovações tecnológicas no mercado 5 5 4 4 Aquisição de outros conhecimentos externos 6 6 7 7 Aquisição externa de P&D 7 7 8 8 Aquisição de software – – 6 5 4 – CONCLUSÕES DO ESTUDO Nesta unidade verifica-se a importância da inovação no processo de evolução competitiva das organizações, assim como também pode-se verificar como as mudanças tecnológicas e quais os fatores indutores dessas mudanças. Atualmente a difusão tecnologia ocorre numa velocidade impressionante que faz as organizações aprimorarem cada vez mais seus processos de gestão e busca de novas maneiras de atuação no mercado. Das fontes de inovação tecnológica nas organizações, a pesquisa e desenvolvimento é, necessariamente, a que gera maior valor agregado ao produto, porém, no Brasil, esta fonte de inovação não é prioridade tendo em vista o nível de desenvolvimento industrial e as dificuldades de acessar investimento frente aos países desenvolvidos. As tecnologias industriais básicas são fontes importantes para a padronização e qualificação dos produtos brasileiros no mercado competitivo, uma vez que garantem padronização internacional na indústria brasileira. 18 Por fim, os acordos internacionais e os Organismos de controle globalizados contribuem de maneira significativa para alavancar a indústria mundial, no entanto, o Brasil anda sempre na busca de recuperar o tempo perdido pelo atraso histórico na inovação devido a falta de uma política eficiente de apoio a inovação tecnológica. Bibliografia TIGRE, Paulo Bastos, 1952 – Gestão da Inovação: a economia da tecnologia no Brasil, ed. 1 – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. ABNT, disponível em http://www.abnt.org.br, acessado em 16/08/2015. INMETRO, disponível em http://www.inmetro.gov.br, acessado em 16/08/2015. TROSTER, Robert Luis. Introdução à economia – edição revisada e atualizada por Roberto Luis Troster e Francisco Mochón Morcillo. São Paulo: Makron Books, 2002. Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 w w w .U ni AT EN EU .e du .b r Rua Coolet Me or ess CE Te An eja P: elef ôn na 60 one o Fo 87 e (8 Ga orta 1-1 85) de lez 70 30 ha a – 0, B 33 N – C Bra .5 6 E sil 99 21 9