Buscar

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO - UNI 03

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tecnologia e
Inovação
1 
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 
UNIDADE 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro estudante,
Queremos lhe dar as boas-vindas e
cumprimentá-lo pela oportunidade de
participar dessa modalidade de ensino-
aprendizagem presente no currículo do curso 
que escolhestes estudar. 
Você está participando de um
momento importante na instituição e no
nosso país, pois a Educação a Distância – 
EAD está se expandindo cada vez mais, por
ser uma modalidade que busca atender as
novas demandas educacionais decorrentes 
das mudanças na nova ordem econômica
mundial. 
As características fundamentais da
sociedade contemporânea que têm impacto
sobre a educação são, pois, maior
complexidade das relações sócio produtivas, 
uso mais intenso de tecnologia,
redimensionamento da compreensão das
relações de espaço e tempo, trabalho mais
responsabilizado, com maior mobilidade,
exigindo um trabalhador multicomponente, 
multiqualificado, capaz de gerir situações de
grupo, de se adaptar a situações novas e
sempre pronto a aprender. 
Em suma, queremos que a partir do
conhecimento das novas tecnologias de
interação e do estudo independente, você,
caro estudante, torne-se um profissional
autônomo em termos de aprendizado e capaz
de construir e reconstruir conhecimentos,
afinal esse é o trabalhador que o mercado
atualmente exige. 
Dessa forma, participe de todas as
atividades e aproveite ao máximo esse novo
tipo de relação com os seus colegas, tutores
e professores, e nos ajude a construir uma
FATE e uma sociedade cada vez melhor. 
3 
Sumário 
 
1 – APRESENTAÇÃO 
2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL 
2.1. A Inovação e a Difusão da Tecnologia 
2.2. Conceitos de Mudança Tecnológica 
2.3. Tipos de Inovações 
2.3. Fatores indutores da inovação tecnológica 
2.4. Modelos de Difusão Tecnológica 
2.5. Fatores Condicionantes da Difusão 
2.6. Impactos da difusão tecnológica 
 
3 – FONTES DE INOVAÇÃO 
3.1 Desenvolvimento Próprio 
3.2 Inovação aberta e inovação pelo uso 
3.3 Transferência de Tecnologia 
3.4 Tecnologia Embarcada 
3.5 Transferência de Conhecimento 
3.6 Aprendizagem Organizacional 
3.7 Tecnologias Industriais Básicas 
3.8 Normalização e Certificação 
3.9 Metrologia 
3.10 Propriedade Industrial 
3.11 Fontes de Inovação 
 
4 – CONCLUSÕES DO ESTUDO 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
4 
1 – APRESENTAÇÃO 
 
 A Faculdade Ateneu apresenta a disciplina de Tecnologia e Inovação à 
distância como uma excelente oportunidade para seus alunos conhecerem a economia da 
tecnologia no Brasil, utilizando material didático contendo informações conceituais, a 
visões de estudiosos e conclusões práticas dos dias atuais, desde a Revolução Industrial 
do século XVIII, iniciada na Inglaterra, passando pelas teorias econômicas Clássicas, 
Marxistas, Neoclássicas, Fordistas até as novas teorias da firma e da Tecnologia. 
 
 A partir desta Unidade você vai conhecer os conceitos da mudança 
tecnológica e sua influência no avanço da competitividade empresarial moderna, assim 
como os tipos de inovações, as fontes de inovações, os setores da atividade mais 
influenciados pelas inovações e a competitividade internacional. 
 
 A Gestão da Inovação é fator imprescindível na busca de uma posição de 
destaque no mercado atual tão competitivo, sem a qual, as empresas não alcançam os 
melhores retornos e maior satisfação dos seus investidores. 
 
2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL 
 
2.1 A Inovação e a Difusão da Tecnologia 
 
 A inovação e a difusão tecnológica são fatores condicionantes para o 
desenvolvimento da economia global. Novas metodologias de avaliação das causas e 
impactos da inovação e difusão tentam identificar as macrotendências e antecipar as 
oportunidades e os desafios tecnológicos. 
 
 Do ponto de vista macroeconômico, a inserção e difusão de novas 
tecnologias nos processos industriais e nos serviços são mais ou menos relevantes, em 
função dos impactos que elas causam na produtividade. 
 
 Uma inovação somente causa impactos relevantes na economia quando se 
difunde amplamente nas organizações, nos setores e regiões, proporcionando o 
surgimento de novos empreendimentos, novas qualificações, novos mercados e novas 
técnicas de produção. 
5 
Para reflexão: 
 
Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que 
faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, você 
simplesmente desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas. 
 
 
Frase: Steve Jobs 
2.2 Conceitos de Mudança Tecnológica 
 
 As informações estatísticas e conceituais se tornaram mais acessíveis a 
partir de 1960, com a criação do Manual de Frascati, desenvolvido pela Organização para 
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que instituiu e consolidou conceitos 
sobre as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). 
 
 Atualmente, o Manual de Oslo é a referência conceitual e metodológica mais 
utilizada no mundo para analisar e determinar o grau de inovação tecnológica de uma 
região. A avaliação do processo de inovação em países menos avançados, com pouco 
investimento em P&D, o Manual de Bogotá é mais indicado. 
 
 A diferença conceitual entre tecnologia e técnica pode ser entendida pela 
definição de tecnologia como sendo o conhecimento sobre técnicas, enquanto a técnica 
envolve aplicações efetivas na elaboração de produtos, processos e métodos 
organizacionais. Invenção é definida como sendo a criação de uma técnica, produto ou 
processo inédito. 
 
 As inovações organizacionais são mudanças introduzidas na estrutura 
gerencial das empresas, por meio de novas técnicas de produção e prestação de 
serviços, bem como a implementação de novas formas de relacionamento com clientes e 
fornecedores. 
 
 A difusão tecnológica é entendida como sendo o processo pelo qual uma 
inovação é difundida na sociedade através dos meios de comunicação e ao longo do 
tempo. 
6 
 No Brasil, desde 2000, o IBGE publica a Pesquisa Industrial sobre Inovação 
Tecnológica (PINTEC), com dados estatísticos sobre inovação, baseados nas 
metodologias do OCDE. 
 
2.3 Tipos de Inovações 
 
 As mudanças tecnológicas possuem grau de inovação diferenciados de 
acordo com o impacto que elas promovem na atividade econômica. Veja na tabela abaixo 
a classificação das inovações segundo as observações de Freeman (1997). 
 
 
 
2.3 Fatores indutores da inovação tecnológica 
 
 O mercado e os custos operacionais das empresas produzem informações 
que são utilizadas no processo de mudanças tecnológicas, uma vez que há um 
desequilíbrio da oferta e demanda, ou quando uma empresa incrementa seu processo 
produtivo para reduzir custos e assim, se diferenciar dos demais no mercado, 
aumentando seu potencial competitivo. 
 
 Schmookler (1966), aponta dois caminhos para a inovação tecnológica 
relacionada ao consumo, definida como “demand-pull” para as inovações puxadas pela 
demanda, e “thecnology push” para aquelas empurradas pelo avanço tecnológico. 
 
7 
 As inovações relacionadas ao custo como fatores indutores podem ser 
observadas ao longo da história, principalmente naqueles países onde o custo com a mão 
de obra era elevado. 
 
2.4 Modelos de Difusão Tecnológica 
 
 Milton Santos (2005) propõe dois modelos de avaliação da trajetória da 
difusão tecnológica, onde um é baseado na existência de ondas de inovações, e o outro 
no modelo probabilístico ou estocásticos que representam as probabilidades da difusão 
acontecer. 
 
 Segundo Tigre (2014), a difusão tecnológica pode ser analisada a partir de 
quatro dimensões básicas: a) direção e trajetória tecnológica; b) ritmo ou velocidade de 
difusão; c) fatores condicionantes, tanto positivos quanto negativos, e d) impactos 
econômicos e sociais. Esse modelo é utilizado no Brasil por instituições comoo SENAI 
para prever demandas por qualificações futuras no campo da tecnologia. 
 
 A partir do gráfico abaixo é possível medir a velocidade de difusão 
tecnológica, analisando a linha do tempo e o percentual de empresas que adotam uma 
determinada tecnologia. 
 
 
 
 
 
8 
2.5 Fatores Condicionantes da Difusão 
 
 A difusão tecnológica depende de três fatores condicionantes para estimular 
a adoção de novas tecnologias, podendo ser de natureza técnica, econômica e de caráter 
institucional, conforme segue: 
 
Condicionantes técnicos – São limitações impostas pelo grau de dificuldade de se 
entender e se reproduzir a tecnologia. Quanto mais complexa a tecnologia mais tempo 
será necessário para sua plena difusão. 
Condicionantes econômicos – A implementação de novas tecnologias requer 
investimentos e quanto mais custos de aquisição e implantação de nova tecnologia, mais 
demorada será sua difusão. 
Condicionantes institucionais – Estes fatores estão relacionados ao aparato concedido 
pela política de incentivo à inovação, como disponibilidade de financiamento, incentivo 
fiscal, sistemas de propriedade intelectual e organizações de fomento à inovação. 
 
2.6 Impactos da difusão tecnológica 
 
 A difusão tecnológica provoca impactos positivos e negativos na sociedade 
como um todo, e podem ser analisados do ponto de vista ambiental, social e econômico. 
Na questão ambiental a preocupação está focada com preservação do meio ambiente e 
com uso sustentável dos recursos naturais. Os impactos mais relevantes da difusão 
tecnológica no aspecto social é a manutenção dos empregos e a necessidade de novas 
qualificações. Do ponto de vista econômico, a difusão tecnológica pode afetar estruturas 
empresariais, fazendo surgir novos negócios e desaparecer outros, aumentando a 
competitividade empresarial. 
 
3 – FONTES DE INOVAÇÃO 
 
 As empresas se utilizam de diferentes fontes de tecnologia para elevar seu 
potencial competitivo, as quais se originam tanto internamente quando externamente à 
empresa. As fontes internas são obtidas através do desenvolvimento de novos produtos e 
processos, por meio de programas de qualidade, treinamento e aprendizado 
organizacional. As fontes externas envolvem aquisição de conhecimento técnicos, seja 
através da contratação direta ou da prestação de serviços. 
9 
 Quadro I - Fontes de tecnologias mais utilizadas: 
 
 Fonte: Tigre (2014) 
3.1. Desenvolvimento Próprio 
 
 As atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dentro das empresas 
visa, principalmente, desenvolver novos produtos ou processos, no entanto, o custo 
elevado limita esta atividade na maioria das organizações. 
 
 
 
 Em países desenvolvidos, a maioria das pesquisas são desenvolvidas 
dentro das empresas, ao contrário do Brasil, onde a maioria das atividades de P&D são 
realizadas nas Universidades e Instituições de Pesquisas. 
 A maioria das empresas que realizam pesquisa e desenvolvimento são de 
grande porte, no entanto, existem algumas empresas de pequeno porte inovadoras, 
principalmente na área de novos segmentos de negócios. 
 
10 
 A instituição de fomento a inovação mais importante do Brasil é a 
Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, uma instituição pública vinculada ao 
Ministério da Ciência e Tecnologia, que aporta recursos nas pesquisas empresariais 
através de editais de subvenção econômica. 
 
 Uma outra alternativa para o desenvolvimento de P&D é a formação de 
consórcios e redes de empresas em regime de cooperação para reduzir os impactos dos 
altos custos das atividades de pesquisas. Estes modelos colaborativos envolvem grandes 
empresas como é o caso da Embraer devido a grande quantidade de subáreas na 
produção de aeronaves. 
 
3.2 Inovação aberta e inovação pelo uso 
 
 A inovação aberta ou open innovation introduzido nos Estados Unidos pela 
Procter & Gamble serviu de modelo para muitas empresas realizarem parcerias para 
realizar atividades de P&D. 
 
 
 
 Trata-se de uma alternativa para buscar o desenvolvimento de novos 
produtos a partir da colaboração de clientes, fornecedores, concorrentes, universidades, 
laboratórios de pesquisa, pesquisadores individuais, entidades externas, e também dos 
funcionários da organização, a partir de uma política de estímulo e apoio. 
 
 Nesse modelo de inovação aberta, a empresa interessada em adquirir 
colaboração externa propõe concursos que premiam as melhores ideias, ou ainda, 
apoiam os pesquisadores com bolsas de estudo para estudantes de mestrado e 
doutorado. 
11 
3.3 Transferência de Tecnologia 
 
 A transferência de tecnologia é realizada a partir do momento que a firma 
busca no mercado uma inovação dominada por outra organização, e esta, por motivos 
estratégicos, cede ou transfere tal tecnologia para expansão de mercado, sendo a 
organização dominante remunerada pela transferência da tecnologia. 
 
 
 
 A tecnologia pode ser transferida através de treinamentos, contratos de 
assistência técnica, pela obtenção de licenças de uso de patentes e marcas, que envolve 
a utilização do Sistema Brasileiro de Propriedade Industrial, regulado pelo Instituto 
Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 
 
3.4 Tecnologia Embarcada 
 
 A tecnologia agregada à máquinas e equipamentos, também denominados 
bens de capital, é a maneira mais utilizada pelas organizações na busca de inovação em 
seus processos de produção. 
 
 A aquisição de máquinas é a principal fonte de tecnologia nos mais variados 
setores da economia. Segundo entendimento de Adam Smith, a tecnologia incorporada a 
bens de capital é uma importante fonte de aumento da produtividade do trabalho. 
 
12 
3.5. Transferência de Conhecimento 
 
 Segundo Tigre (2014), o conhecimento utilizado nas atividades econômicas 
é normalmente dividido em tácito e codificado. O conhecimento tácito é aquele vinculado 
as habilidades e experiências dos indivíduos, possui um caráter subjetivo e dificilmente é 
possível de transferi-lo. Já o conhecimento codificado está apresentado em manuais, 
livros, revistas técnicas, software, documentos de patentes, banco de dados, etc. 
 
 
 
 O conhecimento codificado é mais fácil de ser transferido, o acesso a esse 
tipo de informação é cada vez mais fácil, porém, quem não consegue atuar de maneira 
rápida e transformar as informações em conhecimento a favor da produtividade, fica em 
desvantagem competitiva. 
 
3.6 Aprendizagem Organizacional 
 
 O processo de aprendizado deve ser contínuo para o desenvolvimento da 
capacitação produtiva, organizacional e tecnológica. As reuniões setoriais e entre setores 
na organização são fundamentais para o desenvolvimento de novas técnicas e processos 
gerenciais. 
 
13 
 A capacitação produtiva e organizacional envolve a utilização de 
equipamentos e o desenvolvimento de rotinas, métodos e sistemas organizacionais. Já a 
tecnológica inclui as habilidades técnicas, o conhecimento dos indivíduos e da 
coletividade, e ainda, a experiência tácita acumulada. 
 
 O processo de aprendizagem é cumulativo e podem ser resumidas no 
quadro a seguir, instituído por Malerba (1992). 
 
Processo de Aprendizado 
Aprender Características 
Fazendo 
Processo de aprendizado interno à empresa, relacionado 
com o processo produtivo. 
Usando 
Relacionando com o uso de insumos, equipamentos e 
software. 
Procurando Baseado em busca de informações e atividades de P&D. 
Interagindo 
Interno e externo, relacionado com as fontes a montante 
(fornecedores) e a jusante (clientes) da cadeia produtiva, 
além da participação em redes virtuais temáticas. 
Com spill-overs 
Interindustriais 
Externo, através da imitação e contratação de técnicos 
experientes de concorrentes. 
Com o avanço 
da ciência 
Externo à empresa, relacionando com a absorção de novos 
conhecimentos gerados pelo sistema internacional de C&T. 
Fonte: Malerba (1992) 
 
3.7 TecnologiasIndustriais Básicas 
 
 As Tecnologias Industriais Básicas (TIB) é formada por um conjunto de 
técnicas e procedimentos elaborados para codificar, analisar e normatizar diferentes 
aspectos e características de produtos ou processos industriais. 
 
 A globalização e as relações internacionais levou as organizações a 
desenvolver normas e padrões para produtos e processos industriais, com o objetivo de 
evitar não conformidades intercambiadas entre fornecedores e consumidores em 
negócios internacionais 
 
14 
3.8 Normalização e Certificação 
 
 A Normalização é a parte da TIB responsável pela elaboração de normas e 
regulamentos que estabelecem requisitos mínimos necessários para que um produto ou 
processo seja considerado dentro do padrão exigido pelo que fora normalizado. 
 
 No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro 
Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua 
fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de 
diversos instrumentos legais. A ABNT é a instituição responsável pela edição das normas 
técnicas e distribuição para as empresas que desejam adquiri-las. 
 
 
 A certificação é resultado do processo de auditorias de produtos e processos 
a luz das normas e regulamentos, com a finalidade de verificar se os mesmos atendem os 
requisitos estabelecidos, culminando com a emissão de um certificado de conformidade. 
Um exemplo de certificação muito comum no Brasil é a emissão do selo do Inmetro. 
 
 
3.9 Metrologia 
 
 A metrologia é conhecida como a “ciência da medição” e tem a finalidade de 
auferi medições de pesos e medidas, assegurando credibilidade e confiabilidade aos 
produtos e processos industriais e comerciais na economia, perante a sociedade. 
15 
 No Brasil, o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
(SINMETRO) é a instituição responsável pela metrologia industrial a serviço da 
sociedade. O Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) é o órgão responsável pelo 
credenciamento de organismos ligados a Rede Brasileira de Laboratórios (RBL), os quais 
prestam serviços de metrologia e certificação para as indústrias. 
 
3.10 Propriedade Industrial 
 
 A propriedade industrial é explorada como direito concedido pelo Estado, 
através de um título de propriedade temporário, que garante ao titular a exclusividade de 
exploração econômica. 
 
 No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão 
responsável pela concessão de patentes, desenhos industriais, marcas, indicações 
geográficas, topografias de circuitos integrados e programas de computador, além da 
averbação de contratos de transferência de tecnologia e franquias. A validade dos 
registros concedidos pelo INPI é limitada ao território brasileiro. 
 
 As patentes podem ser classificadas como privilégio de invenção (PI), 
quando forem completamente inéditas e atenderem os requisitos de novidade, atividade 
inventiva e aplicação industrial, ou modelo de utilidade, quando se tratarem de objeto de 
uso pratico, com nova forma que melhore seu uso ou o processo de fabricação. A 
validade da carta patente de invenção é de 20 anos e do modelo de utilidade são 15 anos. 
 
 
 
16 
 Os desenhos industriais estão relacionados ao design de produtos 
industrializados, e sua validade inicial é de 10 anos, podendo ser prorrogado por mais três 
períodos de 05 anos, perfazendo um total de 25 anos de vigência, se assim o titular 
desejar. 
 
 As marcas registradas são utilizadas como elemento diferenciador dos 
produtos e serviços no mercado, e podem ser licenciadas e franqueadas para terceiros. O 
registro de uma marca tem validade de 10 anos e pode ser prorrogado por sucessivos 
períodos iguais e indeterminados. 
 As demais áreas de atuação do INPI têm suas normas regulamentadas pela 
Lei da Propriedade Industrial (LPI nº 9.279/96), assim como as anteriores relatadas, e 
seguem uma linha de raciocínio de acordos internacionais com a Organização Mundial da 
Propriedade Intelectual (OMPI). 
 
3.11 Fontes de Inovação 
 
 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem desenvolvido 
pesquisas que contribuem para o entendimento do desenvolvimento industrial brasileiro. 
Através da Pesquisa de Inovação Tecnológica do IBGE (PINTEC), podemos verificar que 
o comportamento das empresas brasileiras na busca da inovação é diferente dos países 
mais avançados. 
 
 Enquanto nos países desenvolvidos a maior contribuição para a inovação 
industrial se concentra nas atividades de P&D, conforme o Manual de Oslo, no Brasil a 
evolução industrial se dá, principalmente, através de outras fontes de inovação, como por 
exemplo, pela aquisição de máquinas e equipamentos, treinamento e projetos industriais. 
 
 Os dados da PINTEC a seguir expostos no quadro, revelam a ordem de 
importância que a indústria brasileira classifica as prioridades no processo de inovação. 
Ranking do grau de importância da atividade de inovação (1 é mais importante) 
 
 
 
 
 
17 
 
Atividade de Inovação 2000 2003 2005 2008 
Aquisição de máquinas e equipamentos 1 1 1 1 
Treinamento 2 2 2 2 
Projeto Industrial e outras preparações técnicas 3 3 3 3 
Atividades Internas de P&D 4 4 5 6 
Introdução de inovações tecnológicas no mercado 5 5 4 4 
Aquisição de outros conhecimentos externos 6 6 7 7 
Aquisição externa de P&D 7 7 8 8 
Aquisição de software – – 6 5 
 
 
 
4 – CONCLUSÕES DO ESTUDO 
 
 Nesta unidade verifica-se a importância da inovação no processo de 
evolução competitiva das organizações, assim como também pode-se verificar como as 
mudanças tecnológicas e quais os fatores indutores dessas mudanças. 
 
 Atualmente a difusão tecnologia ocorre numa velocidade impressionante que 
faz as organizações aprimorarem cada vez mais seus processos de gestão e busca de 
novas maneiras de atuação no mercado. 
 
 Das fontes de inovação tecnológica nas organizações, a pesquisa e 
desenvolvimento é, necessariamente, a que gera maior valor agregado ao produto, 
porém, no Brasil, esta fonte de inovação não é prioridade tendo em vista o nível de 
desenvolvimento industrial e as dificuldades de acessar investimento frente aos países 
desenvolvidos. 
 
 As tecnologias industriais básicas são fontes importantes para a 
padronização e qualificação dos produtos brasileiros no mercado competitivo, uma vez 
que garantem padronização internacional na indústria brasileira. 
 
18 
 Por fim, os acordos internacionais e os Organismos de controle globalizados 
contribuem de maneira significativa para alavancar a indústria mundial, no entanto, o 
Brasil anda sempre na busca de recuperar o tempo perdido pelo atraso histórico na 
inovação devido a falta de uma política eficiente de apoio a inovação tecnológica. 
 
Bibliografia 
 
TIGRE, Paulo Bastos, 1952 – Gestão da Inovação: a economia da tecnologia no Brasil, 
ed. 1 – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
ABNT, disponível em http://www.abnt.org.br, acessado em 16/08/2015. 
 
INMETRO, disponível em http://www.inmetro.gov.br, acessado em 16/08/2015. 
 
TROSTER, Robert Luis. Introdução à economia – edição revisada e atualizada por 
Roberto Luis Troster e Francisco Mochón Morcillo. São Paulo: Makron Books, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621
Messejana, Fortaleza – CE
CEP: 60871-170, Brasil 
Telefone (85) 3033.5199
w
w
w
.U
ni
AT
EN
EU
.e
du
.b
r
Rua Coolet
Me
or 
ess
CE
Te
An
eja
P:
elef
ôn
na
60
one
o 
Fo
87
e (8
Ga
orta
1-1
85)
de
lez
70
30
ha
a –
0, B
33
N
– C
Bra
.5
6
E
sil 
99
21
9

Mais conteúdos dessa disciplina