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Lucas Gabriel

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Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

No que se refere ao conectivo sublinhado, pode-se dizer que exprime uma relaēćo de
a) condição e pode ser substituído por caso com alteração de tempo verbal da oração subordinada.
b) condição e pode ser substituído por caso sem necessidade de alteração no tempo verbal da oração subordinada.
c) conclusão e pode ser substituído por portanto com alteração do tempo verbal da oração subordinada.
d) conclusão e pode ser substituído por portanto sem necessidade de alteração no tempo verbal da oração subordinada.

Poesia não são rimas mas letras que choram. Poesia não são formas, são gritos que se escrevem. Poesia não é imaginada, é o lamento da madrugada. (ECO, Umberto)
Em relação aos versos “Poesia não são formas,” (3º verso) “são gritos que se escrevem.” (4º verso), pode-se inferir uma relação sintático-semântica de
a) adição.
b) adversidade.
c) alternância.
d) explicação.
e) causalidade.

As pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para ser empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente.
No período “É importante que ele não falte à reunião”, a oração sublinhada é
a) subordinada substantiva objetiva direta.
b) subordinada substantiva objetiva indireta.
c) subordinada substantiva subjetiva.
d) coordenada assindética.
e) subordinada substantiva predicativa.

O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem
Assinale a opção cuja expressão em destaque introduz um juízo de valor (julgamento) do locutor do texto.
a) “Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor sobre o corpo já seriam suficientes...”
b) “Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim.”
c) “A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.”
d) “Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente, mais bem-humorado você fica.”

Neste momento, vivemos uma nova rodada dessas com os inúmeros refugiados, famílias fugitivas de suas guerras civis e massacres.
As conjunções porém (ref. 7) e se (ref.11) estabelecem, respectivamente, relações de
a) condição e oposição.
b) concessão e oposição.
c) oposição e concessão.
d) oposição e condição.

Na primeira estrofe da letra de música “O Segundo Sol”, há duas conjunções subordinativas que, respectivamente, dão ideia de:
a) causa e modo.
b) tempo e modo.
c) tempo e causa.
d) modo e finalidade.
e) tempo e finalidade.

As reflexões de Mafalda (figura) e de Doril (texto) têm o mesmo fundamento, pois ambos sugerem que a
a) realidade é construída com base em ideias originais.
b) beleza das coisas é definida por seus traços característicos.
c) perspectiva estabelece o modo de representação do mundo.
d) amizade entre crianças é mediada por fantasias comuns.
e) ciência afasta o homem da realidade retratada.

Considerada a norma-padrão da língua, a observação correta é:
a) No quadrinho, a expressão Por quê? está empregada adequadamente, mas se a frase, com sentido equivalente, tivesse outra redação − “Ela se perguntava desesperadamente porque havia feito aquilo” − o que está em destaque também estaria empregado com correção.
b) No quadrinho, a expressão Por quê? está empregada adequadamente, como também está na frase “Não entendo o por quê de tanta discussão”.
c) A colocação do pronome em Me perdoa...!! é condenada pelas regras gramaticais, sendo considerada aceitável exclusivamente quando se trata de textos humorísticos.
d) O sinal indicativo da crase em Induz à humildade está adequadamente empregado, como o estaria também em “Induz à esse tipo de virtude encontrado em pessoas despretensiosas”.
e) A análise da composição do quadrinho evidencia que o verbo “encher” está empregado como transitivo direto e indireto, sendo que o objeto direto é indicado por meio da representação visual.

Na criação do texto, o chargista lotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto.
Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar:
a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.
b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge.
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro.

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Questões resolvidas

No que se refere ao conectivo sublinhado, pode-se dizer que exprime uma relaēćo de
a) condição e pode ser substituído por caso com alteração de tempo verbal da oração subordinada.
b) condição e pode ser substituído por caso sem necessidade de alteração no tempo verbal da oração subordinada.
c) conclusão e pode ser substituído por portanto com alteração do tempo verbal da oração subordinada.
d) conclusão e pode ser substituído por portanto sem necessidade de alteração no tempo verbal da oração subordinada.

Poesia não são rimas mas letras que choram. Poesia não são formas, são gritos que se escrevem. Poesia não é imaginada, é o lamento da madrugada. (ECO, Umberto)
Em relação aos versos “Poesia não são formas,” (3º verso) “são gritos que se escrevem.” (4º verso), pode-se inferir uma relação sintático-semântica de
a) adição.
b) adversidade.
c) alternância.
d) explicação.
e) causalidade.

As pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para ser empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente.
No período “É importante que ele não falte à reunião”, a oração sublinhada é
a) subordinada substantiva objetiva direta.
b) subordinada substantiva objetiva indireta.
c) subordinada substantiva subjetiva.
d) coordenada assindética.
e) subordinada substantiva predicativa.

O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem
Assinale a opção cuja expressão em destaque introduz um juízo de valor (julgamento) do locutor do texto.
a) “Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor sobre o corpo já seriam suficientes...”
b) “Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim.”
c) “A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.”
d) “Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente, mais bem-humorado você fica.”

Neste momento, vivemos uma nova rodada dessas com os inúmeros refugiados, famílias fugitivas de suas guerras civis e massacres.
As conjunções porém (ref. 7) e se (ref.11) estabelecem, respectivamente, relações de
a) condição e oposição.
b) concessão e oposição.
c) oposição e concessão.
d) oposição e condição.

Na primeira estrofe da letra de música “O Segundo Sol”, há duas conjunções subordinativas que, respectivamente, dão ideia de:
a) causa e modo.
b) tempo e modo.
c) tempo e causa.
d) modo e finalidade.
e) tempo e finalidade.

As reflexões de Mafalda (figura) e de Doril (texto) têm o mesmo fundamento, pois ambos sugerem que a
a) realidade é construída com base em ideias originais.
b) beleza das coisas é definida por seus traços característicos.
c) perspectiva estabelece o modo de representação do mundo.
d) amizade entre crianças é mediada por fantasias comuns.
e) ciência afasta o homem da realidade retratada.

Considerada a norma-padrão da língua, a observação correta é:
a) No quadrinho, a expressão Por quê? está empregada adequadamente, mas se a frase, com sentido equivalente, tivesse outra redação − “Ela se perguntava desesperadamente porque havia feito aquilo” − o que está em destaque também estaria empregado com correção.
b) No quadrinho, a expressão Por quê? está empregada adequadamente, como também está na frase “Não entendo o por quê de tanta discussão”.
c) A colocação do pronome em Me perdoa...!! é condenada pelas regras gramaticais, sendo considerada aceitável exclusivamente quando se trata de textos humorísticos.
d) O sinal indicativo da crase em Induz à humildade está adequadamente empregado, como o estaria também em “Induz à esse tipo de virtude encontrado em pessoas despretensiosas”.
e) A análise da composição do quadrinho evidencia que o verbo “encher” está empregado como transitivo direto e indireto, sendo que o objeto direto é indicado por meio da representação visual.

Na criação do texto, o chargista lotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto.
Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar:
a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.
b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge.
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro.

Prévia do material em texto

Colégio de Ensino Infantil, Fundamental e Médio – A.M.E.
		Profª Maíse Rodrigues 	Data: ____/____/2017
		Aluno(a): ______________________________________ nº. _______
 
Atividade de Língua Portuguesa - 2º Bimestre 9º ANO – TURMA:A
Instruções:
O aluno (a) não deverá rasurar sua prova sob pena de ter questões anuladas. Somente serão aceitas para correção, as questões que estiverem respondidas com caneta azul ou preta, não use corretor e boa prova!
1. Conjunções são palavras que ligam orações independentes; elas podem apresentar ideias conclusivas, alternadas, explicativas, dependendo do contexto e conjunção utilizada. Observe a oração abaixo: 
Joana estudou o ano inteiro, logo foi bem nas provas finais.
Assinale a alternativa cuja conjunção destacada apresenta a mesma função da conjunção destacada na oração. 
a) Ele não respondeu às minhas cartas nem me telefonou. 
b) A mulher chamou o táxi, porém não foi ouvida. 
c) Tudo foi executado conforme planejamos. 
d) Você me ajudou muito; terá, pois, minha eterna gratidão. 
e) Viajarei mesmo que meus pais não autorizem. 
 
2. Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra.
Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Fragmento da Carta do Cacique americano ao Presidente dos Estados Unidos da América em 1855. Disponível em: <http://comitepaz.org.br/chefe_seattle.htm>. Acesso em: 19 ago. 2016.
Considerando o texto e as frases a seguir, marque com (V) o que for verdadeiro e com (F) o que for falso.
I. “Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família.”
II. “Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra.”
III. “Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.”
( ) Em I, a oração destacada estabelece uma condição em relação àquela que a antecede.
( ) Em II, o ponto e vírgula pode ser substituído pela palavra mas, sem que haja alteração de sentido.
( ) Não haveria alteração de sentido em III, se escrevêssemos: Tudo o que fizer ao tecido irá fazer também a si mesmo.
( ) Em I e II, o vocábulo isto faz referência à informação que aparece após os dois pontos.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA das respostas, de cima para baixo. 
a) V – V – V – F. 
b) V – F – V – V. 
c) F – V – V – F. 
d) F – V – V – V. 
e) F – V – F – V. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem branco 1talvez venha a um dia descobrir: 2o nosso Deus é o mesmo Deus. 3Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, 4talvez mais depressa do que as outras raças. 5Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, 6quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; 7o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência. (...)
8Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, 9porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. 10Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, 11conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”
www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016. 
3. Assinale a opção que contém uma análise correta dos períodos abaixo. 
a) “O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças.” – Período composto, no qual se verifica que há entre a oração principal e a subordinada uma relação de comparação. 
b) “De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus.” – Período composto por subordinação, no qual identificamos duas orações substantivas apositivas. 
c) “Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador.” – Período simples, constituído por objeto direto, verbo de ligação e complementos nominais. 
d) “Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos.” – Período composto por uma oração principal, intermediada, respectivamente, por uma condicional e outra conformativa. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto com atenção e, em seguida, responda à(s) questão(ões) proposta(s):
Conversas iluminadas
Tem coisa mais xarope do que faltar luz? 1Outro dia estava terminando de escrever um texto e não consegui concluí-lo: o céu enegreceu, trovões começaram a espocar e foi-se a energia da casa. Eram 15h10 da tarde. A luz só voltou às 20h. Fiquei com aquele pedaço de dia sem poder trabalhar. Então bati à porta do quarto da minha filha e percebi que ela também estava à toa, sem conseguir desfrutar da companhia inseparável do seu laptop. Ficamos as duas ali nos queixando do desperdício de tempo, até que nos jogamos em sua cama e começamos a conversas. Que jeito.
2Conversamos sobre os sonhos que ela tem para o futuro, e eu contei os que eu tinha na idade dela, e de como a vida me surpreendeu desde lá até aqui. E ela me divertiu com umas ideias absurdas que só podiam mesmo sair de sua cabeça inventiva, e eu ri tanto que ela se contagiou e riu muito também de si mesma. Então ela me falou sobre uma peça de teatro que foi assistir quando eu estive viajando, e ela disse que eu teria adorado, e combinamos de ir juntas na próxima vez que o ator voltar a Porto Alegre.
Aí eu contei o que fiz durante essa viagem que me impediu de estar com ela no teatro, e vimos as fotos juntas. Então foi a vez de ela me apresentar o novo disco da Lady Gaga (pelo celular), e ela me convenceu de que existe muito preconceito com essa cantora que, em sua opinião, é revolucionária, e eu escutei umas sete músicas e não gostei tanto assim, mas reconheci ali um talento que eu estava mesmo desprezando. Então foi a 3minha vez de tocar pra ela uma música que eu adoro e ela fez uma careta, e concluí que a careta era eu. 4E rimos de novo, e conversamos mais um tanto, 5e então fomos para a cozinha comer um resto de salada de frutaque estava a ponto de estragar naquela geladeira sem vida, já que a luz ainda não havia voltado.
Será que não havia voltado mesmo? Engraçado, fazia tempo que não passava uma tarde tão luminosa.
Quando por fim a luz voltou, voltei também eu para o computador, e voltou minha filha para seu Facebook, 6e só o que se escutava pela casa era o barulho das teclas escrevendo para seres invisíveis – falávamos com quem? Com o universo alheio.
E tive então um insight: tem, sim, coisa mais xarope do que faltar luz. É ficarmos reféns da tecnologia, deixando de conversar com quem está ao nosso lado. Se é preciso que a energia elétrica seja cortada para resgatar a energia humana, que seja, então. Não em hospitais, não em escolas, mas dentro de casa, uma horinha por semana: não haveria de causar um estrago tão grande. 7Se acontecer de novo, prometo não reclamar para a CEEE*, desde que não demore tanto para voltar a ponto de estragar os alimentos na geladeira e que seja suficiente para me alimentar da clarividência e brilho de um bom papo.
MEDEIROS, Martha. Porto Alegre: Jornal Zero Hora, 15 de dez. 2013.
*Companhia Estadual de Energia Elétrica – Rio Grande do Sul 
4. O valor semântico do conectivo destacado está corretamente identificado em: 
a) “E rimos de novo, e conversamos mais um tanto (...)” – exclusão. (ref. 4) 
b) “Se acontecer de novo, prometo não reclamar para a CEEE*, desde que não demore tanto para voltar (...)” – condição. (ref. 7) 
c) “Conversamos sobre os sonhos que ela tem para o futuro, e eu contei os que eu tinha na idade dela, e de como a vida me surpreendeu desde lá até aqui (...)” – comparação. (ref. 2) 
d) “(...) e então fomos para a cozinha comer um resto de salada de fruta que estava a ponto de estragar naquela geladeira sem vida, já que a luz ainda não havia voltado” – conclusão. (ref. 5) 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
5. No último quadrinho da tirinha, lemos a seguinte fala “Mas o computador é campeão: destrói uma vida inteira com a velocidade do pensamento”. Se, em vez de dois pontos, houvesse um conectivo ligando as duas orações, dentre as opções a seguir, a única que cumpre tal papel com coerência é 
a) visto que. 
b) portanto. 
c) no entanto. 
d) conforme. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no 1comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
2Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
3“Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até o fim no mundo”. Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito de mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para que viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Polos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e gênero das minhas sensações.
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.
Fernando Pessoa. In: Soares, B. Livro do Desassossego. Vol. II. Lisboa: Ática, 1982. p. 387. Com adaptações.
Vocabulário:
1Comboio: trem
3Citação do autor escocês Carlyle sobre a estrada de Entepfuhl, que começa e termina dentro de uma mesma cidade. 
6. “Se imagino, vejo.” (referźncia 2)
No que se refere ao conectivo sublinhado, pode-se dizer que exprime uma relaēćo de 
a) condição e pode ser substituído por caso com alteração de tempo verbal da oração subordinada. 
b) condição e pode ser substituído por caso sem necessidade de alteração no tempo verbal da oração subordinada. 
c) conclusão e pode ser substituído por portanto com alteração do tempo verbal da oração subordinada. 
d) conclusão e pode ser substituído por portanto sem necessidade de alteração no tempo verbal da oração subordinada. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Analise o texto abaixo para responder à(s) questão(ões).
Poesia não são rimas
mas letras que choram.
Poesia não são formas,
são gritos que se escrevem.
Poesia não é imaginada,
é o lamento da madrugada.
(ECO, Umberto)
 
7. Em relação aos versos “Poesia não são formas,” (3º verso) “são gritos que se escrevem.” (4º verso), pode-se inferir uma relação sintático-semântica de 
a) adição. 
b) adversidade. 
c) alternância. 
d) explicação. 
e) causalidade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do texto Empatia, de Martha Medeiros, e responda à(s) questão(ões).
Empatia
As pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para ser empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente. Podemos até não sintonizar com alguém, mas nada impede que entendamos as razões pelas quais ele se comporta de determinado jeito, o que o faz sofrer, os direitos que ele tem. Nada impede?
Foi força de expressão. O narcisismo*, por exemplo, impede a empatia. A pessoa é tão autofocada, que para ela só existem dois tipos de gente: os seus iguais e o resto, sendo que o resto não merece um segundo olhar.
Narciso acha feio o que não é espelho. Ele se retroalimenta de aplausos, elogios e concordâncias, e assim vai erguendo uma parede que o blinda contra qualquer sentimento que não lhe diga respeito. Se pisam no seu pé, reclama e exige que os holofotes se voltem para essa agressão gravíssima. Se pisarem no pé do outro, é porque o outro fez por merecer.
<http://tinyurl.com/jg7o8tk > Acesso em: 06.09.2016. Adaptado.
* O termo narcisismo provém do mito grego de Narciso, e denota admiração exagerada pela própria imagem. 
8. Releia as sentenças do texto.
- Se pisam no seu pé, reclama e exige que os holofotes se voltem para essa agressão gravíssima.
- Se pisarem no pé do outro, é porque o outro fez por merecer.
A autora não utilizou nenhum elemento coesivo para interligar ambas as sentenças. Se um revisor decidisse unir esses dois períodos e inserir o período resultante novamente no texto, preservando o sentido original pretendido pela autora, ele deveria utilizar o(s) elemento(s) coesivo(s) 
a) “que” 
b) “não só” 
c) “porque” 
d) “no entanto” 
e) “como também” 
 
9. “Conquanto a busca por soluções para o problema dos vícios tenha crescido, há ainda um longo caminho até que se consiga resolvê-lo de fato, pois temos a mania de querer remediar em vez de prevenir e evitar”. É correto afirmar-se que a oração sublinhada se classifica como subordinada adverbial 
a) temporal. 
b) causal. 
c) consecutiva. 
d) comparativa. 
e) concessiva. 
 
10. 
Com relação à classificação dos períodos compostos por subordinação na tirinha acima, é correto afirmar-se que no 
a) terceiro quadrinho temos uma oração adjetiva explicativa. 
b) último quadrinho temos uma oração substantiva. 
c) primeiro quadrinho temos uma oração substantiva. 
d) segundo quadrinho temos uma oração adverbial temporal. 
e) terceiro quadrinho temos uma oração adjetiva restritiva. 
 
11. No período “É importante que ele não falte à reunião”, a oração sublinhada é 
a) subordinada substantiva objetiva direta. 
b) subordinada substantiva objetiva indireta. 
c) subordinada substantiva subjetiva. 
d) coordenada assindética. 
e) subordinada substantiva predicativa. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O BOM HUMOR FAZ BEM PARA SAÚDE
O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem
Por Fábio Peixoto
“Procure ver o lado bom das coisas ruins.” Essa frase poderia estar 1em qualquer livro de auto-ajuda ou parecer um conselho bobo de um mestre de artes marciais2saído de algum filme ruim. Mas, segundo os especialistas que estudam o humor a sério, trata-se do maior segredo para viver bem.
(...)
3O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem. Ele depende de fatores físicos e culturais e varia de acordo com a personalidade e a formação de cada um. Mas, mesmo sendo o resultado de uma combinação de ingredientes, pode ser ajudado com uma visão otimista do mundo. “Um indivíduo bem-humorado sofre menos porque produz mais endorfina, um hormônio que relaxa”, diz o clínico geral Antônio Carlos Lopes, da Universidade Federal de São Paulo. Mais do que isso: a endorfina aumenta a tendência de ter bom humor. Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente, mais bem-humorado você fica. 4Eis aqui um círculo virtuoso, que Lopes prefere chamar de “feedback positivo”. A endorfina também controla a pressão sanguínea, melhora o sono e o desempenho sexual. (Agora você se interessou, né?)
Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor sobre o corpo já seriam suficientes para justificar uma busca incessante de motivos para ficar feliz. Novamente Lopes explica por quê: “O indivíduo mal-humorado fica angustiado, o que provoca a liberação no corpo de hormônios como a adrenalina. Isso causa palpitação, arritmia cardíaca, mãos frias, dor de cabeça, dificuldades na digestão e irritabilidade”. A vítima acaba maltratando os outros porque não está bem, sente-se culpada e fica com um humor pior ainda. Essa situação pode ser desencadeada por pequenas tragédias cotidianas – como um trabalho inacabado ou uma conta para pagar -, que só são trágicas porque as encaramos desse modo.
Evidentemente, nem sempre dá para achar graça em tudo. Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim. “Você precisa de tristeza e de alegria para ter um convívio social adequado”, diz o psiquiatra Teng Chei Tung, do Hospital das Clínicas de São Paulo. 5“A alegria favorece a integração e a tristeza propicia a introspecção e o amadurecimento.” Temos de saber lidar com a flutuação entre esses estágios, que é necessária e faz parte da natureza humana.
O humor pode variar da depressão (o extremo da tristeza) até a mania (o máximo da euforia). Esses dois estados são manifestações de doenças e devem ser tratados com a ajuda de psiquiatras e remédios que regulam a produção de substâncias no cérebro. Uma em cada quatro pessoas tem, durante a vida, pelo menos um caso de depressão que mereceria tratamento psiquiátrico.
6Enquanto as consequências deletérias do mau humor são estudadas há décadas, não faz muito tempo que a comunidade científica passou a pesquisar os efeitos benéficos do bom humor. O interesse no assunto surgiu há vinte anos, quando o editor norte-americano Norman Cousins publicou o livro Anatomia de uma Doença, contando um impressionante caso de cura pelo riso. 7Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral, chamada espondilite ancilosa, e sua chance de sobreviver era de apenas uma em quinhentas.
Em vez de ficar no hospital esperando para virar estatística, ele resolveu sair e se hospedar num hotel das redondezas, com autorização dos médicos. Sob os atentos olhos de uma enfermeira, com quase todo o corpo paralisado, Cousins reunia os amigos para assistir a programas de “pegadinhas” e seriados cômicos na TV. Gradualmente foi se recuperando até poder voltar a viver e a trabalhar normalmente. Cousins morreu em 1990, aos 75 anos. Se Cousins saiu do hospital em busca do humor, hoje há muitos profissionais de saúde que defendem a entrada das risadas no dia a dia dos pacientes internados.
Uma boa gargalhada é um método ótimo de relaxamento muscular. Isso ocorre porque os músculos não envolvidos no riso tendem a se soltar – está aí a explicação para quando as pernas ficam bambas de tanto rir ou para quando a bexiga se esvazia inadvertidamente depois daquela piada genial. Quando a risada acaba, o que surge é uma calmaria geral. Além disso, se é certo que a tristeza abala o sistema imunológico, sabe-se também que a endorfina, liberada durante o riso, melhora a circulação e a eficácia das defesas do organismo. A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.
Evidências como essa fundamentam o trabalho dos Doutores da Alegria, que já visitaram 170.000 crianças em hospitais. As invasões de quartos e UTIs feitas por 25 atores vestidos de “palhaços-médicos” não apenas aceleram a recuperação das crianças, mas motivam os médicos e os pais. A psicóloga Morgana Masetti acompanha os Doutores há sete anos. “É evidente que o trabalho diminui a medicação para os pacientes”, diz ela.
O princípio que torna os Doutores da Alegria engraçados tem a ver com a flexibilidade de pensamento defendida pelos especialistas em humor – aquela ideia de ver as coisas pelo lado bom. “O clown não segue a lógica à qual estamos acostumados”, diz Morgana. “Ele pode passar por um balcão de enfermagem e pedir uma pizza ou multar as macas por excesso de velocidade.” Para se tornar um membro dos Doutores da Alegria, o ator passa 8num curioso teste de autoconhecimento: reconhece o que há de ridículo em si mesmo e ri disso. “Um clown não tem medo de errar – pelo contrário, ele se diverte com isso”, diz Morgana. Nem é preciso mencionar quanto mais de saúde haveria no mundo se todos aprendêssemos a fazer o mesmo.
(super.abril.com.br/saúde/bom-humor-faz-bem-saude-441550.shtml - acesso em 11 de abril de 2015, às 11h.) 
12. Assinale a opção cuja expressão em destaque introduz um juízo de valor (julgamento) do locutor do texto. 
a) “Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor sobre o corpo já seriam suficientes...” 
b) “Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim.” 
c) “A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.” 
d) “Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente, mais bem-humorado você fica.” 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto a seguir para responder à(s) questão(ões).
SOMOS TODOS ESTRANGEIROS
Volta e meia, em nosso mundo redondo, colapsa o frágil convívio entre os diversos modos de ser dos seus habitantes. 1Neste momento, vivemos uma nova rodada 2dessas com os inúmeros refugiados, famílias fugitivas de suas guerras civis e massacres. Eles tentam entrar na mesma Europa que já expulsou seus famintos e judeus. Esses movimentos introduzem gente destoante no meio de outras culturas, estrangeiros que chegam falando atravessado, comendo, amando e rezando de outras maneiras. Os diferentes se estranham.
Fui duplamente estrangeira, no Brasil por ser uruguaia, em ambos os países e nas escolas públicas por ser judia. A instrução era tentar mimetizar-se, falar com o menor sotaque possível, ficar invisível no horário do Pai Nosso diário.
Certamente todos conhecem esse sentimento de sentir-se estrangeiro, ficar de fora, de não ser tão autêntico quanto os outros, ou não ser escolhido para o que realmente importa. Na 3infância, tudo é grande demais, amedronta e entendemos fragmentariamente, como recém-chegados. Na puberdade, perdemos a familiaridade com nossos familiares: o que antes parecia natural começa __________ soar como estrangeiro. 4Na 5adolescência, sentimo-nos estranhos __________ quase tudo, andamos por aí enturmados com os da mesma idade ou estilo, tendo apenas uns aos outros como cúmplices para existir.
O fim desse desencontro deveria ocorrer no começo da vida adulta, quando trabalhamos, procriamos e tomamos decisões de repercussão social. Finalmente 6deveríamos sentir-nos legítimos cidadãos da vida. 7Porém, julgamos ser uma fraude: 8imaginávamos que os adultos eram algo maior, mais consistente do que sentimos ser. Logo em seguida disso, já começamos a achar que perdemos o bonde da vida. O tempo nos faz estrangeiros __________ própria existência.
Uma das formas mais simples de combatertodo esse 9mal-estar é encontrar outro para chamar de diferente, de inadequado. 10Quem pratica o bullying, quer seja entre alunos ou com os que têm hábitos e aparência distintos do seu, conquista momentaneamente a ilusão da legitimidade. Quem discrimina arranja no grito e na violência um lugar para si.
Conviver com as diferentes cores de pele, interpretações dos gêneros, formas de amar e casar, vestimentas, religiões ou a falta delas, línguas faz com que todos sejam estrangeiros. Isso produz a mágica sensação de inclusão universal: 11se formos todos diferentes, ninguém precisa sentir-se excluído. Movimentos migratórios misturam povos, a eliminação de barreiras de casta e de preconceitos também. Já pensou que delícia se, no futuro, entendermos que na vida ninguém é nativo. 12A existência de cada um é como um barco em que fazemos um trajeto ao final do qual sempre partiremos sem as malas. 
Texto adaptado de Diana Corso, publicado em 12 de setembro de 2015. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2015/09/12/artigo-somos-todos-estrangeiros/?topo=13,1,1,,,13>. Acesso em: 19 out. 2015 
13. As conjunções porém (ref. 7) e se (ref.11) estabelecem, respectivamente, relações de 
a) condição e oposição. 
b) concessão e oposição. 
c) oposição e concessão. 
d) oposição e condição. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a letra de música abaixo e responda ao que se pede na(s) questão(ões) a seguir.
O Segundo Sol 
(Cássia Eller)
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa
Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação
Explicação, não tem explicação
Explicação, não
Não tem explicação
Explicação, não tem
Não tem explicação
Explicação, não tem
Explicação, não tem
Não tem
Disponível em: http://letras.mus.br/cassia-eller/12570/.
Acesso em: 19.09.2015. 
14. Na primeira estrofe da letra de música “O Segundo Sol”, há duas conjunções subordinativas que, respectivamente, dão ideia de: 
a) causa e modo. 
b) tempo e modo. 
c) tempo e causa. 
d) modo e finalidade. 
e) tempo e finalidade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.
A ilusão das redes sociais
Dulce Critelli
É indiscutível o importante papel que as redes sociais desempenham hoje nos rumos de nossa vida política e privada. São indiscutíveis também os avanços que introduziram nas comunicações, favorecendo o reencontro e a aproximação entre as pessoas e, se forem redes profissionais, facilitando a visibilidade e a circulação de pessoas e produtos no mercado de trabalho.
Temos sido testemunhas, e também alvo, do seu poder de convocação e mobilização, assim como da sua eficiência em estabelecer interesses comuns rapidamente, a ponto de atuarem como disparadoras das várias manifestações e movimentos populares em todo o mundo atual.
As redes sociais provocam mudanças de fundo no modo como as nossas relações ocorrem, intervindo significativamente no nosso comportamento social e político. Isso merece a nossa atenção, pois acredito que uma característica das redes sociais é, por mais contraditório que pareça, a implantação do isolamento como padrão para as relações humanas.
Ao participar das redes sociais acreditamos ter muitos amigos à nossa volta, ser populares, estar ligados a todos os acontecimentos e participando efetivamente de tudo. Isso é uma verdade, mas também uma ilusão, porque essas conexões são superficiais e instáveis. Os contatos se formam e se desfazem com imensa rapidez; os vínculos estabelecidos são voláteis e atrelados a interesses momentâneos.
O outro parece importar, mas de fato não importa. Importam apenas a própria posição e a autoexposição. Daí a constante informação sobre as viagens, os pensamentos, as emoções, as atividades de alguém. É preciso estar em cena e sempre. Há nisso um evidente desenvolvimento do narcisismo e, consequentemente, do reforço do distanciamento entre as pessoas.
Essas tendências das redes sociais – a virtualidade, o distanciamento, a superficialidade, a superfluidade do ser humano, a exposição narcísica, a ilusão de intimidade e popularidade, a “falação” e a “avidez de novidades”… – constituem o padrão de isolamento das relações pessoais. E quanto mais isolados, mais ficamos à mercê de controles e manipulações. Cada vez mais ameaçados na autoria do nosso destino pessoal e político.
(http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-ilusao-das-redes-sociais>.
Acesso em 10/05/2016. Texto adaptado) 
15. Nos enunciados abaixo, as orações destacadas estabelecem uma relação semântica específica na associação com as orações a que se ligam. Indique a alternativa cuja informação entre parênteses contém um erro no tocante a essa relação. 
a) “Isso merece a nossa atenção, pois acredito” (explicação) 
b) “quanto mais isolados, mais ficamos à mercê de controles e manipulações” (adição) 
c) “O outro parece importar, mas de fato não importa” (adversidade) 
d) “uma característica das redes sociais é, por mais contraditório que pareça, a implantação do isolamento como padrão para as relações humanas” (concessão) 
e) “Ao participar das redes sociais acreditamos” (tempo) 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões).
DIÁLOGO DA RELATIVA GRANDEZA
Sentado no monte de lenha, as pernas abertas, os cotovelos nos joelhos, Doril examinava um louva-deus pousado nas costas da mão. Ele queria que o bichinho voasse, ou pulasse, mas o bichinho estava muito à vontade, vai ver que dormindo – ou pensando? Doril tocava-o com a unha do dedo menor e ele nem nada, não dava confiança, parece que nem sentia; se Doril não visse o leve pulsar de fole do pescoço – e só olhando bem é que se via – era capaz de dizer que o pobrezinho estava morto, ou então que era um grilo de brinquedo, desses que as moças pregam no vestido para enfeitar.
Entretido com o louva-deus Doril não viu Diana chegar comendo um marmelo, fruta azeda e enjoada que só serve para ranger os dentes. Ela parou perto do monte de lenha e ficou descascando o marmelo com os dentes mas sem jogar a casca fora, não queria perder nada. Quando ela já tinha comido um bom pedaço da parte de cima e nada de Doril ligar, ela cuspiu fora um pedaço de miolo com semente e falou:
– Está direitinho um macaco em galho de pau.
Doril olhou só com os olhos e revidou:
– Macaco é quem fala. Está até comendo banana.
– Marmelo é banana, besta?
– Não é mais serve.
Ficaram calados, cada um pensando por seu lado. Diana cuspiu mais um caroço.
– Sabe aquele livro de história que o Mirto ganhou?
– Que Mirto, seu. É Milllton. Mania!
– Mas sabe? Eu vou ganhar um igual. Tia Jura vai mindar.
– Não é mindar. É me-dar. Mas não é vantagem.
– Não é vantagem? É muita vantagem.
– Você já não leu o de Milton?
– Li mas quero ter. Pra guardar e ler de novo.
– Vantagem é ganhar outro. Diferente.
– Deferente eu não quero. Pode não ser bom.
– Como foi que você disse? Diz de novo?
– Já disse uma vez, chega.
– Você disse deferente.
– Foi não.
– Foi. Eu ouvi.
– Foi não.
– Foi.
– Foi não.
– Foooi.
Continuariam até um se cansar e tapar os ouvidos para ficar com a última palavra se Diana não tivesse a habilidade de se retirar logo que percebeu a dízima. Com pedacinho final do marmelo entre os dedos, ela chegou-se mais perto do irmão e disse:
– Gi! Matando louva-deus! Olhe o castigo!
– Eu estou matando, estou?
– Está judiando. Ele morre.
– Eu estou judiando?
– Amolar um bicho tão pequenininho é o mesmo que judiar.
Doril não disse mais nada, qualquer coisa que ele dissesse ela aproveitaria para outra acusação. Era difícil tapara boca de Diana, ô menina renitente. Ele preferiu continuar olhando o louva-deus. Soprou-o de leve, ele encolheu-se e vergou o corpo para o lado do sopro, corno faz uma pessoa na ventania. O louva-deus estava no meio de uma tempestade de vento, dessas que derrubam árvores e arrancam telhados e podem até levantar urna pessoa do chão. Doril era a força que mandava a tempestade e que podia pará-la quando quisesse. Então ele era Deus? Será que as nossas tempestades também são brincadeira? Será que quem manda elas olha para nós como Doril estava olhando para o louva-deus? Será que somos pequenos para ele como um gafanhoto é pequeno para nós, ou menores ainda? De que tamanho, comparando – do de formiga? De piolho de galinha? Qual será o nosso tamanho mesmo, verdadeiro?
Doril pensou, comparando as coisas em volta. Seria engraçado se as pessoas fossem criaturinhas miudinhas, vivendo num mundo miudinho, alumiado por um sol do tamanho de uma rodela de confete.
Diana lambendo os dedos e enxugando no vestido. Qual seria o tamanho certo dela? Um palmo de cabeça, um palmo de peito, palmo e meio de barriga, palmo e meio até o joelho, palmo e meio até o pé... uns seis palmos e meio. Palmo de quem? Gafanhoto pode ter seis palmos e meio também – mas de gafanhoto. Formiga pode ter seis palmos e meio – de formiga. E os bichinhos que existem mas a gente não vê, de tão pequenos? Se tem bichos que a gente não vê, não pode ter bichos que esses que a gente não vê não veem? Onde é que o tamanho dos bichos começa, e onde acaba? Qual é o maior, e qual o menor? Bonito se nós também somos invisíveis para outros bichos muito grandes, tão grandes que os nossos olhos não abarcam? E se a Terra é um bicho grandegrandegrandegrande e nós somos pulgas dele? Mas não pode! Como é que vamos ser invisíveis, se qualquer pessoa tem mais de um metro de tamanho?
Doril olhou o muro, os cafezeiros, as bananeiras, tudo bem maior do que ele, uma bananeira deve ter mais de dois metros...
Aí ele notou que o louva-deus não estava mais na mão. Procurou por perto e achou-o pousado num pau de lenha, numa ponta coberta de musgo. Doril levantou o pau devagarinho, olhou-o de perto e achou que a camada de musgo lembrava um matinho fechado, com certeza cheio de
– Quando é que você vai deixar esse bichinho sossegado?
Tamanho homem!
Doril largou o pau devagarinho no monte, limpou as mãos na roupa.
– Você não sabe qual é o meu tamanho.
Ela olhou-o desconfiada, com medo de dizer uma coisa e cair em alguma armadilha. Doril estava sempre arranjando novidades para atrapalhá-la.
– Você nem sabe qual é o seu tamanho – insistiu ele.
– Então não sei? Já medi e marquei com um carvão atrás da porta da sala. Pode olhar lá, se quiser.
Ele sorriu da esperada ingenuidade.
– Isso não quer dizer nada. Você não sabe o tamanho da marca.
– Sei. Mamãe mediu com a fita de costura. Diz que tem um metro e vinte e tantos.
– Em metro de anão. Ou metro invisível.
Ela olhou-o assustada, desconfiada; e não achando o que responder, desconversou:
– Ih, Doril! Você está bobo hoje!
– Boba é você, que não sabe de nada.
Ela esperou, ele explicou:
– Você não sabe que nós somos invisíveis, de tão pequenos?
– Sei disso não. Invisível é micuim, que a gente sente mas não vê.
– Pois é. Nós somos como micuins.
Diana olhou depressa para ela mesma, depois para Doril.
– Como é que eu vejo eu, vejo você, vejo minha mãe?
– E você pensa que micuim não vê micuim?
Diana franziu a testa, pensando. Doril tinha cada ideia. [...]
– Não pode, Doril. A gente é grande. Olha aí, você é quase da altura desse monte de lenha.
– Está vendo como você não sabe nada? Isso não é um monte de lenha. É um monte de pauzinhos menores do que pau de fósforo.
– Ora sebo, Doril. Pau de fósforo é deste tamanho – ela mostrou dois dedinhos separados, dando tamanho que ela imaginava.
– Isso que você está mostrando não é tamanho de pau de fósforo. Pau de fósforo é quase do seu tamanho.
Diana ficou pensativa, triste por ter diminuído de tamanho de repente. Doril aproveitou para ensinar mais.
– Como você é tapada, Diana. Tudo no mundo é muito pequeno. 
O mundo é muito pequeno. – Olhou em volta procurando uma ilustração. – Está vendo aquela jaca? Sabe o tamanho dela?
– Sei sim. Regula com uma melancia.
– Pronto. Não sabe. É do tamanho de cajá.
Diana olhou a jaca já madura em ponto de cair, qualquer dia caía.
– Ah, não pode, Doril. Comparar jaca com cajá?
– Mas é porque você não sabe que cajá não é cajá.
– O que é então?
– É bago de arroz.
Diana olhou em volta aflita, procurando uma prova de que Doril estava errado.
– E coqueiro o que é?
– Coqueiro é pé de salsa.
– E eu?
– Você é formiga de dois pés.
– Se eu sou formiga como é que eu pulo rego d´água?
– Que rego d´água?
– Esse nosso aí.
Doril sacudiu a cabeça, sorrindo.
– Aquilo não é rego d´água. É risquinho no chão, da grossura de um fio de linha. 
– E... E aquele morro lá longe?
– Não é morro. Você pensa que é morro porque você é formiga.
Aquilo é um montinho de terra que cabe num carrinho de mão.
Diana olhou-se de alto a baixo, achou-se grande para ser formiga.
– Onde você aprendeu isso?
Ela precisava da garantia de uma autoridade para aceitar a nova ideia.
– Em parte nenhuma. Eu descobri.
Diana deu um riso de zombaria, como quem começa a entender. Tudo aquilo era invenção dele, coisa sem pé nem cabeça. Como a história de recado por pensamento.
A mãe chamou da janela. Doril desceu do monte de lenha, um pau resvalou e feriu-o no tornozelo. Ele ia xingar mas lembrou que pau de fósforo não machuca. A mãe chamou de novo, ele saiu correndo e gritou para trás:
– Quem chegar por último é filho de lesma.
Diana correu também, mais para não ficar sozinha do que para competir. Pularam uma bacia velha, simples tampa de cerveja emborcada no chão. Pularam o fio de linha que Diana tinha pensado que era um rego d´água. Doril tropeçou num balde furado (isto é, um dedal com alça), subiu de um fôlego os dentes do pente que servia de escada para a varanda, e entrou no caixotinho de giz onde eles moravam. A mãe uma formiguinha severa de pano amarrado na cabeça estava esperando na porta com uma colher e um vidro de xarope nas mãos, a colher uma simples casquinha de arroz. Doril abriu a boca, fechou os olhos e engoliu, o borrifo de xarope desceu queimando a garganta de formiga.
VEIGA, J. J. Melhores contos J. J. Veiga. Seleção de J. Aderaldo Castello. 4. ed. São Paulo: Global, 2000. p. 97-102. 
16. 
As reflexões de Mafalda (figura) e de Doril (texto) têm o mesmo fundamento, pois ambos sugerem que a 
a) realidade é construída com base em ideias originais. 
b) beleza das coisas é definida por seus traços característicos. 
c) perspectiva estabelece o modo de representação do mundo. 
d) amizade entre crianças é mediada por fantasias comuns. 
e) ciência afasta o homem da realidade retratada. 
 
17. 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
18. Na tira do cartunista argentino Quino, utilizam-se recursos gráficos que lembram o cinema.
A associação com a linguagem artística do cinema, que lida com o movimento e com o instrumento da câmera, é garantida pelo procedimento do cartunista demonstrado a seguir: 
a) ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir ação 
b) ampliar a imagem da mulher para indicar aproximação 
c) destacar a figura da cadeira para indiciar sua importância 
d) apresentar a sombra dos personagens para sugerir veracidade19. 
Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome se e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome se, 
a) em I, indica reflexividade e equivale a "a si mesmas". 
b) em II, indica reciprocidade e equivale a "a si mesma". 
c) em III, indica reciprocidade e equivale a "uma às outras". 
d) em I e III, indica reciprocidade e equivale a "uma às outras". 
e) em II e III, indica reflexividade e equivale a "a si mesma" e "a si mesmas", respectivamente. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
20. Considerada a norma-padrão da língua, a observação correta é: 
a) No quadrinho, a expressão Por quê? está empregada adequadamente, mas se a frase, com sentido equivalente, tivesse outra redação − “Ela se perguntava desesperadamente porque havia feito aquilo” − o que está em destaque também estaria empregado com correção. 
b) No quadrinho, a expressão Por quê? está empregada adequadamente, como também está na frase “Não entendo o por quê de tanta discussão”. 
c) A colocação do pronome em Me perdoa...!! é condenada pelas regras gramaticais, sendo considerada aceitável exclusivamente quando se trata de textos humorísticos. 
d) O sinal indicativo da crase em Induz à humildade está adequadamente empregado, como o estaria também em “Induz à esse tipo de virtude encontrado em pessoas despretensiosas”. 
e) A análise da composição do quadrinho evidencia que o verbo “encher” está empregado como transitivo direto e indireto, sendo que o objeto direto é indicado por meio da representação visual. 
 
21. 
Na criação do texto, o chargista lotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar 
a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso. 
b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro. 
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge. 
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge. 
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
GATES E JOBS
Quando as órbitas se cruzam
7Em astronomia, quando as órbitas de duas estrelas se entrecruzam por causa da interação gravitacional, tem-se um sistema binário. Historicamente, ocorrem situações análogas quando uma era é moldada pela relação e rivalidade de dois grandes astros orbitando: Albert Einstein e Niels Bohr na física no século XX, por exemplo, ou Thomas Jefferson e Alexander Hamilton na condução inicial do governo americano. Nos primeiros trinta anos da era do computador pessoal, a partir do final dos anos 1970, o sistema estelar binário definidor foi composto por dois indivíduos de grande energia, que largaram os estudos na universidade, ambos nascidos em 1955.
Bill Gates e Steve Jobs, apesar das ambições semelhantes no ponto de convergência da tecnologia e dos negócios, 5tinham origens bastante diferentes e personalidades radicalmente distintas.
À diferença de Jobs, Gates entendia de programação e tinha uma mente mais prática, mais disciplinada e com grande capacidade de raciocínio analítico. Jobs era mais intuitivo, romântico, e dotado de mais instinto para tornar a tecnologia usável, o design agradável e as interfaces amigáveis. Com sua mania de perfeição, era extremamente exigente, além de administrar com carisma e intensidade indiscriminada. 3Gates era mais metódico; as reuniões para exame dos produtos tinham horário rígido, e ele chegava ao cerne das questões com uma habilidade ímpar. Jobs encarava as pessoas com uma intensidade cáustica e ardente; Gates às vezes não conseguia fazer contato visual, mas era essencialmente bondoso.
4“Cada qual se achava mais inteligente do que o outro, mas Steve em geral tratava Bill como alguém levemente inferior, sobretudo em questões de gosto e estilo”, diz Andy Hertzfeld. “Bill menosprezava Steve porque ele não sabia de fato programar.” Desde o começo da relação, 6Gates ficou fascinado por Jobs e com uma ligeira inveja de seu efeito hipnótico sobre as pessoas. Mas também o considerava “essencialmente esquisito” e “estranhamente falho como ser humano”, e se sentia desconcertado com a grosseria de Jobs e sua tendência a funcionar “ora no modo de dizer que você era um merda, ora no de tentar seduzi-lo”. Jobs, por sua vez, via em Gates uma estreiteza enervante.
2Suas diferenças de temperamento e personalidade 1iriam levá-los para lados opostos da linha fundamental de divisão na era digital. Jobs era um perfeccionista que adorava estar no controle e se comprazia com sua índole intransigente de artista; ele e a Apple se tornaram exemplos de uma estratégia digital que integrava solidamente o hardware, o software e o conteúdo numa unidade indissociável. Gates era um analista inteligente, calculista e pragmático dos negócios e da tecnologia; dispunha-se a licenciar o software e o sistema operacional da Microsoft para um grande número de fabricantes.
Depois de trinta anos, Gates desenvolveu um respeito relutante por Jobs. “De fato, ele nunca entendeu muito de tecnologia, mas tinha um instinto espantoso para saber o que funciona”, disse. Mas Jobs nunca retribuiu valorizando devidamente os pontos fortes de Gates. “Basicamente Bill é pouco imaginativo e nunca inventou nada, e é por isso que acho que ele se sente mais à vontade agora na filantropia do que na tecnologia”, disse Jobs, com pouca justiça. “Ele só pilhava despudoradamente as ideias dos outros.”
(ISAACSON, Walter. Steve Jobs: a biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 189-191. Adaptado)
 
22. Assinale a sentença cuja figura de linguagem foi indicada corretamente entre parênteses. 
a) “Gates e Jobs – Quando as órbitas se cruzam.” (comparação) 
b) “Jobs encarava as pessoas com uma intensidade cáustica e ardente;” (catacrese) 
c) “... ora no modo de dizer que você era um merda, ora no de tentar seduzi-lo”. (metáfora) 
d) “... Jobs, por sua vez, via em Gates uma estreiteza enervante.” (metonímia) 
 
23. 
Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge, conclui-se que o humor decorre do(a) 
a) crítica despropositada feita a um livro considerado um clássico da literatura universal. 
b) duplo sentido que a palavra “barata” adquire no contexto do último quadrinho da tirinha. 
c) ambiguidade do substantivo “impressão”, presente no segundo quadrinho. 
d) explícita referência intertextual que ocorre no primeiro quadrinho da tira. 
e) traço caricatural das personagens que as aproxima do conteúdo do livro mencionado. 
 
24. Levando em conta as informações do primeiro quadrinho, identifique a alternativa que apresenta a palavra que também sofreu alterações na acentuação gráfica devido à regra mencionada.
 
a) plateia 
b) heroico 
c) gratuito 
d) baiuca 
e) caiu 
 
25. 
Considerando a relação entre os usos oral e escrito da língua, tratada no texto, verifica-se que a escrita 
a) modifica suas ideias e intenções daqueles que tiveram seus textos registrados por outros. 
b) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência de ideias ao longo do tempo. 
c) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade. 
d) leva as pessoas a desacreditarem nos fatosnarrados por meio da oralidade. 
e) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade.

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