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4. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA. Apesar da diversidade de átomos encontrada na natureza, os átomos que compõem os seres vivos são principalmente os de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio; representando cerca de 99% da massa celular. Estes átomos, combinados entre si e com outros que ocorrem em menor quantidade, formam uma grande variedade de moléculas. As macromoléculas presentes na matéria viva são moléculas de alto peso e polímeros, constituídos pela repetição de unidades menores, chamadas monômeros. Polímeros formados por monômeros semelhantes são chamados de homopolímeros. Os heteropolímeros são constituídos por monômeros diferentes. A célula é formada principalmente pela molécula de água, a qual, juntamente com os sais minerais, são os compostos inorgânicos presentes nas células. Além disso, na célula estão presentes os compostos orgânicos (macromoléculas), como os carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Se considerarmos uma célula eucarionte de mamífero, o percentual de cada uma dessas moléculas seria: Como podemos observar, a água corresponde a 70% da massa da célula, seguida das proteínas (18%), lipídios (5%), carboidratos (2%), ácidos nucleicos (RNA e DNA, 1%) e íons inorgânicos (sais minerais, 1%). As células procariontes exibem composição semelhante. Como as propriedades destas moléculas e a interação entre elas são determinantes das características e funcionamento da célula, a seguir faremos uma breve descrição das mesmas. 4.1. Água A água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, unidos estre si por ligações covalentes. Esta molécula é eletricamente assimétrica, é um dipolo: negativa em oxigênio e positiva em hidrogênio. Devido a esta polaridade, a água pode formar pontes de hidrogênio com outras moléculas de água ou com outras moléculas polares, assim como interagir com íons carregados, pois interage tanto com íons positivos (cátions) os quais são atraídos pelo oxigênio (negativo), como com íons negativos (ânions) os quais são atraídos pelos átomos de hidrogênio (positivos). Por exemplo, o sal de cozinha (NaCl) dissolve-se em água porque, apesar da atração eletrostática entre o Cl - o Na + do cristal, cada um destes íons é atraído de modo mais forte pelo dipolo da água, causando a dissociação do cristal. Por esta natureza dipolar, a água é um dos melhores solventes conhecidos sendo que, de acordo com a solubilidade das moléculas em água, podemos classificá-las em polares, apolares e anfipáticas (ou anfifílicas). Compostos polares: formam pontes de hidrogênio com a água, desta forma podem ser dissolvidos nela, ou seja, são hidrofílicos (possuem afinidade com a água). Podemos citar como exemplo os açúcares, o DNA e o RNA e a maioria das proteínas. Compostos apolares: não se dissolvem em água (hidrofóbicos), pois formam pouca ou nenhuma ligação de hidrogênio com a água. Os hidrocarbonetos (presente nos lipídios) podem ser citados como exemplo deste tipo de molécula. Compostos anfipáticos: contêm uma região hidrofílica e outra hidrofóbica, como, por exemplo, os fosfolipídios de membrana. Estes fosfolipídios se arranjam em duas camadas, sendo intercalados por outros lipídios e por proteínas, formando uma bicamada. Os fosfolipídios contém uma cabeça polar, a qual interage com o meio extracelular (fosfolipídios da camada externa) ou com o meio intracelular (fosfolipídios da membrana interna); e uma cauda apolar, a qual interage, através de interações hidrofóbicas, com as caudas apolares dos fosfolipídios da outra camada da membrana. Veja na figura abaixo a organização dos fosfolipídios na membrana: 4.2. Proteínas As unidades (monômeros) que constituem as proteínas são os aminoácidos. Os aminoácidos interligam-se entre si através de ligações peptídicas (veremos mais adiante como estas ligações são formadas). O arranjo de vários aminoácidos formam as cadeias polipeptídicas e, ao atingirem um determinada dimensão (6 KDa ou 50 aminoácidos), recebem o nome de proteína. A estrutura geral dos aminoácidos consiste de um grupo carboxila (COOH) e um grupo amino (NH2), ligados ao carbono alfa. Além disso, o carbono alfa também encontra-se ligado a um átomo de hidrogênio e à uma cadeia lateral (R), que é diferente em cada aminoácido. Os 20 aminoácidos existentes diferem entre si somente na cadeia lateral. Somente a prolina que possui um grupo imino (NH) ao invés de um grupo amino (NH2), desta forma ela é um iminoácido, mas, por possuir propriedades semelhantes, inclui-se entre os aminoácidos. A união de aminoácidos para formar uma molécula proteica ocorre entre os grupos amino de um aminoácido e carboxílico de outro aminoácido, com a liberação de uma molécula de H2O. Esta ligação entre os aminoácidos ocorre nos ribossomos durante o processo de tradução (síntese de proteínas), que será discutido posteriormente. A) Níveis da estrutura proteica - Estrutura primária É a sequência linear dos aminoácidos que formam uma cadeia unida por ligações peptídicas. - Estrutura secundária É a interação (pontes de hidrogênio) entre os aminoácidos que estão próximos na cadeia polipeptídica, fazendo com que a proteína se “dobre” ou se “enrole”. Este arranjo poderá ser feito em forma de uma α-hélice, modelo onde a cadeia está enrolada em torno de um cilindro imaginário e estabilizada por pontes de hidrogênio entre o grupo amino situado quatro resíduos a frente, na mesma cadeia. Este arranjo também pode ser feito em forma de folha β-pregueada, onde os aminoácidos assumem uma configuração de uma folha de papel, uma vez que a molécula dobra-se em um vai-e-vem, estabilizada por pontes de hidrogênio entre grupos amino e carboxila de cadeias diferentes, podendo ser comparada ao dobramento de um metro de carpinteiro (figura abaixo). - Estrutura terciária É a forma espacial pela qual as estruturas secundárias irão, mais uma vez, dobrarem e associarem-se, de forma a constituir um novelo ou uma fibra. Ela se forma devido às interações entre os aminoácidos distanciados da cadeia e que se aproximam por causa da estrutura secundária, interagindo de acordo com os seus grupos R (cadeias laterais). É uma estrutura altamente compactada e enovelada. - Estrutura quaternária Ocorre em proteínas compostas por mais de uma cadeia polipeptídica (subunidades). A molécula da hemoglobina é um exemplo de proteína com estrutura quaternária, composta por quatro cadeias polipeptídicas, duas delas denominadas α (alfa) e duas β (beta). Outros exemplos podem ser citados, como o das tubulinas (a e β) do citoesqueleto e os anticorpos, sempre formados por duas cadeias pequenas e duas grandes, com um número imenso de combinações entre elas. A estrutura terciária e quaternária, quando for o caso, constituem a forma ativa da proteína, ou seja, o formato que ela deve apresentar para desempenhar sua função. Fatores externos podem alterar provisoriamente, ou de forma definitiva, a estrutura terciária, ou quaternária das proteínas: são os agentes desnaturantes. Desnaturação de uma proteína é, portanto, uma perda de sua atividade uma vez que sua forma ativa foi alterada. Observe na figura abaixo um resumo sobre os diferentes níveis estruturais das proteínas: B) Função das proteínas Função estrutural: - Componente de membranas celulares: as proteínas encontram-se na membrana plasmática e também nas membranas que envolvem as organelas e o núcleo. Nestes locais, ainda podem funcionar como canais que permitem a passagem de moléculas específicas ou como receptores. - Citoesqueleto: O citoesqueleto é formadopor proteínas que auxiliam na manutenção da forma da célula, transporte intracelular de organelas e vesículas e movimentos celulares. Exemplos: actina (microfilamentos), tubulina (microtúbulos), queratina (filamentos intermediários de células epiteliais), etc. - Componente de matriz extracelular: A matriz extracelular de células animais possui uma variedade de proteínas, como o colágeno e a elastina. Função hormonal: Alguns hormônios são proteínas. Exemplo: Insulina. Regulação da expressão de genes: Os fatores de transcrição são proteínas que são ativadas quando recebem algum estímulo, e possuem a função de modular a expressão de genes específicos na célula. Defesa (sistema imunológico): Os anticorpos, secretados por células de defesa do organismo, são glicoproteínas (ou seja, proteínas associadas a um carboidrato – açúcar). Transporte de substâncias: Por exemplo: a hemoglobina, presente nos eritrócitos, realiza o transporte do O2 no sangue. Contração muscular: Interações das proteínas actina e miosina na célula muscular promovem a contração do músculo. Enzimas: Um grupo de proteínas que merece atenção especial são as enzimas. As enzimas são proteínas que possuem atividade catalítica, ou seja, aceleram as reações metabólicas. Estas proteínas possuem uma ou mais regiões denominadas sítios ativos, o qual é o local de ligação ao substrato (substância sobre a qual a enzima atua). O substrato é quimicamente modificado e convertido em um ou mais produtos. Esta reação é, em geral, reversível e pode ser representada da seguinte maneira: E + S ↔ [ES] ↔ E + P Onde: E: enzima S: substrato [ES]: complexo enzima-substrato intermediário P: produto As enzimas aceleram a reação até alcançarem um equilíbrio e são utilizadas inúmeras vezes em uma reação por não se alterarem e não serem consumidas durante o processo. As enzimas têm uma extraordinária força catalítica, com alto grau de especificidade por seus substratos, acelerando as reações químicas através da diminuição da energia de ativação, funcionando em soluções aquosas diluídas em condições específicas de temperatura e pH. Podem ser tão eficientes de modo a desenvolverem uma velocidade de reação de 10 8 a 10 11 vezes mais rápida que nas reações não catalisadas. 4.3. Carboidratos Possuem a fórmula geral (CH2O)n. São também conhecidos como glicídios ou sacarídios. Dentre as funções dos carboidratos, podemos citar o fornecimento de energia, por exemplo, a glicose, a qual é metabolizada para ser convertida em energia utilizável pela célula. Os carboidratos da dieta são quebrados a moléculas menores por enzimas digestivas, até a menor molécula de carboidrato possível, que são os monossacarídeos, como a glicose. A glicose é captada pelas células epiteliais intestinais e é distribuída ao restante do organismo, para que seja armazenada ou utilizada pelas células. No interior das células, a glicose passa por uma série de transformações, para que desta forma seja convertida a energia utilizável. A glicose ainda sinaliza as células β do pâncreas a secretarem insulina, quando as concentrações deste sacarídeo no sangue aumentam (como no período após a alimentação). Desta forma, as células que são responsivas à insulina começam a expressar receptores para a glicose em suas membranas, permitindo que a glicose entre na célula, para assim ser convertida em energia. Os carboidratos também são componentes de membrana celular; conjugados com lipídios (glicolipídios), ou com proteínas (glicoproteínas), formam uma camada contínua com a membrana plasmática das células animais (o glicocálice). Os carboidratos ainda possuem função estrutural, conferindo certa rigidez, consistência e elasticidade, por exemplo, na parede celular dos vegetais, a qual é formada principalmente pelos carboidratos pectina, hemicelulose e celulose. A quitina, que forma o exoesqueleto em artrópodes e a parede celular de fungos, também é um carboidrato com função estrutural. Os sacarídios podem ser divididos em mossacarídios, oligossacarídios e polissacarídios. Monossacarídeos: Os monossacarídeos são os sacarídeos mais simples, e são classificados de acordo com o número de átomos de carbono: trioses (3 carbonos), tetroses (4 carbonos), pentoses (5 carbonos), hexoses (6 carbonos), heptoses (7 carbonos) e octoses (8 carbonos). As hexoses são os monossacarídeos mais abundantes na natureza e entre elas estão a D-glicose e D-frutose. Também deve ser evidenciada a importância das pentoses D-ribose e 2-desoxi-D-ribose, componentes dos nucleotídeos (monômeros dos ácidos nucléicos). Os monossacarídeos são as menores unidades dos carboidratos. Oligossacarídeos: São polímeros de monossacarídeos, contendo de 2 a 12 moléculas. Um exemplo são os dissacarídeos, a qual é a união de dois monossacarídeos, como, por exemplo, sacarose (glicose + frutose), maltose (glicose + glicose), lactose (galactose + glicose). Esta união dos monossacarídeos, formando os oligossacarídeos e também os polissacarídeos, dá-se através de uma ligação denominada glicosídica. Polissacarídeos: São moléculas de alto peso molecular, constituídos por muitas unidades de monossacarídeos. Possuem funções de reserva de monossacarídeos ou elementos estruturais como nas paredes celulares dos vegetais. Diferenciam-se entre si pelo tipo de monossacarídeo constituinte, seu número na cadeia, seu grau de ramificação e o tipo de ligação glicosídica. O amido, o glicogênio e a celulose são exemplos de polissacarídeos. O glicogênio é a forma armazenamento de glicose em células animais. As células que realizam este armazenamento são os hepatócitos (células do fígado) e as células musculares esqueléticas. O glicogênio consiste de um polímero grande e ramificado de radicais de glicose. O amido é a forma de armazenamento de glicose nas células vegetais. Ele é composto por amilose (20 - 25%) e de amilopectina (75 - 80%). A amilose é uma molécula linear composta de glicoses. A amilopectina é ramificada. Já a celulose, presente na parede celular de células vegetais, é formada por cadeias lineares de unidades de glicose. Ao contrário do glicogênio e do amido, a celulose possui função estrutural e não nutricional. Devido a sua estrutura, apresenta alto grau cristalino e é insolúvel em água, o que faz com que seja uma importante molécula estrutural. Para formar as paredes celulares, as moléculas de celulose se reúnem formando diferentes microfibrilas. 4.4. Lipídeos São compostos que se caracterizam por baixa solubilidade em água e alta solubilidade em solventes orgânicos. Esta característica se deve ao predomínio de longas cadeias abertas hidrocarbonadas ou de anéis benzênicos, que são estruturas apolares ou hidrofóbicas. No entanto, muitos lipídios são compostos anfipáticos. Os lipídios de importância biológica podem ser agrupados em três categorias: -Lipídeos de função estrutural: São os lipídios presentes nas membranas, como os fosfolipídeos, glicolipídeos (carboidrato + lipídio) e colesterol (animais) ou fitoesteróis (vegetais). -Lipídeos de reserva nutritiva: Triacilgliceróis, formados por três ácidos graxos conjugados a uma molécula de glicerol. Eles estão presentes no citoplasma de quase todas as células, no entanto, há células especializadas para o armazenamento de triacilgiceróis em animais, os adipócitos (células do tecido adiposo). Os triacilgliceróis podem ser utilizados para a geração de energia para a célula. Os trialcilgliceróis com muitos ácidos graxos saturados são as gorduras (predominamem animais), enquanto que os triacilgliceróis com ácidos graxos insaturados são os óleos (predominam em vegetais – óleos vegetais). A insaturação (ligação dupla) faz com que haja uma “dobra” na molécula (ver figura abaixo, que representa um ácido graxo). Esta “dobra” impede a ordenação das moléculas para constituir o estado sólido, desta forma, os triacilgliceróis com insaturações são líquidos à temperatura ambiente. Os triacilgliceróis também são bons isolantes térmicos, oferecendo proteção contra o frio para animais que vivem em ambientes em que a temperatura é baixa, como os ursos polares e os pinguins. Nesses animais, há uma camada de tecido adiposo sob a pele, que funciona como um eficiente isolante térmico. - Lipídeos de função informacional: Hormônios esteroides. Exemplos: brassinosteróides, nos vegetais, um regulador do crescimento da planta; testosterona, produzido principalmente pelos testículos em mamíferos do sexo masculino, responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas. 4.5. Ácidos Nucléicos Os ácidos nucleicos são macromoléculas que ocorrem em todos os organismos vivos sob a forma de ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA). Desde a década de 40 sabe-se que, apesar da simplicidade química, o DNA constitui a substância formadora dos genes. Uma molécula de DNA é um polinucleotídeo longo, não ramificado, no qual está codificada a informação genética a qual é transcrita nas moléculas de RNA, que pode ser de três tipos: mensageiro, transportador e ribossômico. O monômero dos ácidos nucleicos é o nucleotídeo, o qual é formado por um açúcar (pentose), uma base nitrogenada (uma purina ou uma pirimidina) e ácido fosfórico. As pentoses são de dois tipos: a ribose, presente no RNA, e a desoxirribose, presente no DNA. As bases nitrogenadas constituintes dos ácidos nucléicos são: as pirimidinas - timina (T) e citosina (C) e as purinas - adenina (A) e guanina (G). O RNA contém uracila (U) em lugar da timina. Quando nos referimos à nucleosídeo, nos referimos a uma combinação de uma base com uma pentose (ou seja, não possui o grupo fosfato que constitui o nucleotídeo). A adenosina monofosfato (AMP), a adenosina difosfato (ADP) e a adenosina trifosfato (ATP), esta última, molécula fornecedora de energia para as reações químicas celulares, são nucleotídeos. Os nucleotídeos se encontram unidos através de “pontes” ou uniões “fosfodiéster”. Essas pontes ligam o carbono 3’ da pentose de um nucleotídeo ao carbono 5’ da pentose do nucleotídeo adjacente (figura abaixo). A união entre estes nucleotídeos formam os ácidos nucleicos. Desta forma, os nucleotídeos são as unidades que formam os ácidos nucleicos (DNA e RNA). Observe a figura e a tabela abaixo, e verifique quais as diferenças entre estes dois ácidos nucleicos. O DNA é formado de duas cadeias de polinucleotídeos helicoidais (dupla hélice). As duas cadeias são antiparalelas, isto é, suas ligações 3’, 5’ estão em direções opostas. A união entre as cadeias é feita por pontes de hidrogênio entre os pares de bases, sendo duas pontes entre A (adenina) e T (timina) e três pontes entre G (guanina) e C (citosina). A sequência de bases ao longo da cadeia de polinucleotídeos varia, no entanto, a sequência de uma cadeia é sempre complementar à da outra. As pontes de hidrogênio e as interações hidrofóbicas entre as bases são importantes para a manutenção da estrutura helicoidal dupla. O açúcar presente na molécula de DNA é o ácido desoxirribonucleico. Como foi observado através do desenho comparativo e da tabela, o RNA tem estrutura similar à do DNA, exceto pela substituição do açúcar desoxirribose pela ribose e do nucleotídeo timina por uracila e pelo fato de ser formado por uma cadeia única. O RNA é formado a partir da fita molde de DNA (fita 3’, 5’) e, por complementaridade, é produzida uma molécula de RNA. As moléculas de RNA são relativamente curtas, uma vez que são copiadas de uma região determinada do DNA – o gene. A quantidade de RNA transcrita é controlada por proteínas reguladoras e depende das necessidades metabólicas daquele momento na célula. Existem três classes de RNA: 1) RNA mensageiro (mRNA): determina a posição dos aminoácidos nas proteínas, através da sequência de sua bases. 2) RNA transportador (tRNA): transporta os aminoácidos do citosol até o ribossomo, onde a proteína é transcrita (sintetizada). Entre extensas regiões de uma mesma molécula, pode ocorrer o pareamento entre A-U e G-C através de pontes de hidrogênio, provocando seu dobramento. Este pareamento tem importantes consequências biológicas. No caso da molécula de tRNA, esse dobramento é importante na sua função como adaptador na síntese proteica, isto é, ele reconhece tanto o aminoácido como a sequência de três nucleotídeos (códon) do mRNA. Viviane Glaser Realce 3) RNA ribossômico (rRNA): RNA presente nos ribossomos ( o qual é formado por rRNA + proteínas). Uma molécula de rRNA do ribossomo catalisa a formação de ligações peptídicas durante a síntese de proteína.
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