Buscar

Questões para concurso Polícia Civil SP - Banca Vunesp

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 288 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 288 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 288 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Livro de Questões
PC-SP
Questões Comentadas e Gabaritadas 
MR082-2018
DADOS DA OBRA
Título da obra: Livro de Quetões da Polícia Civil do Estado de São Paulo PC - SP
• Língua Portuguesa 
• Matemática 
• Raciocínio Lógico 
• Informática 
• Direito Penal
• Direito Processual Penal
• Legislação Especial 
• Biologia
• Criminologia
• Medicina Legal 
• Criminalística
• Direito Constitucional 
• Direitos Humanos 
Autores
Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Evelise Leiko Uyeda Akashi
Ovidio Lopes da Cruz Netto
Greice Aline da Costa Sarquis Pinto
Camila Santos Cury
Jaqueline Lima dos Santos
Ricardo Bispo Razaboni Junior
Natasha Mirella Melo Costa
Bruna Pinotti Garcia Oliveira
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação/Editoração Eletrônica
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Capa
Joel Ferreira dos Santos
LIVRO DE QUESTÕES
Língua Portuguesa .................................................................................................................................................................................................01
Matemática ...............................................................................................................................................................................................................33
Raciocínio Lógico ...................................................................................................................................................................................................44
Informática ................................................................................................................................................................................................................76
Direito Penal ............................................................................................................................................................................................................114
Direito Processual Penal ......................................................................................................................................................................................133
Legislação Especial ...............................................................................................................................................................................................143
Biologia ......................................................................................................................................................................................................................165
Criminologia ............................................................................................................................................................................................................194
Medicina Legal ......................................................................................................................................................................................................219
Criminalística ...........................................................................................................................................................................................................237
Direito Constitucional .........................................................................................................................................................................................243
Direitos Humanos .................................................................................................................................................................................................261
1
LIVRO DE QUESTÕES
Prof. Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras 
de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual 
Paulista – Unesp
LÍNGUA PORTUGUESA
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 01. Leia a charge
(Piracicaba – 30 anos de humor. São Paulo: Imprensa 
Oficial do Estado: Instituto do Memorial de Artes Gráficas 
do Brasil, 2003)
A fala do pai contém um tom
A. elogioso.
B. generoso.
C. pessimista.
D. duvidoso.
E. otimista.
A imagem remete à tradicional situação de quando o 
pai mostra ao filho o que lhe passará como patrimônio/he-
rança. Como na foto há a imagem do Brasil, dada a situação 
(política e econômica) em que este país se encontra, o pai 
diz ao filho – de forma pessimista – que não haverá nada 
a ser herdado.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 02.
(Bill Watterson. Felino selvagem psicopata homicida. São 
Paulo: Best News, 1996)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva-
mente, as lacunas do texto.
A. pôr ... secava
B. poria ... secou
C. porá ... seca
D. punha ... secará
E. puser ... secasse
O verbo “por”, no pretérito do Subjuntivo, fica: Se você 
puser. Chegamos à resposta!
GABARITO OFICIAL: E
Ortotanásia e eutanásia
O que é a vida, afinal? É simplesmente um conjunto de 
reações bioquímicas? Ou algo maior, sagrado e eterno? A 
nossa perplexidade diante desse tema tão polêmico, que é 
a eutanásia, advém das incertezas que cercam o sentido da 
existência humana.
Sou oncologista e imunologista. Faz 28 anos que busco 
mais vida com qualidade para os pacientes com câncer por-
tadores de Aids com câncer. Os pacientes que já na primei-
ra consulta me dizem que querem morrer antes de tentar os 
tratamentos são exceções. Mas existem. Todos os pacientes, 
tanto os que querem enfrentar tratamentos antes de morrer 
como os que não querem, têm um elemento comum, que é a 
falta de esperança, a depressão e o medo do sofrimento. Inde-
pendentemente das novas e eficientes técnicas de tratamen-
to, há instantes em que se perde a batalha contra as doenças. 
É então que uma pergunta se faz necessária: até quando é 
lícito prolongar com medidas artificiais a manutenção da vida 
vegetativa? Existe grande confusão entre os diversos tipos de 
eutanásia – ou boa morte. Uma é a eutanásia ativa, na qual o 
médico ou alguém causa ativamente a morte do indivíduo. 
Ela é proibida por lei no Brasil, mas é prática regulamentada, 
em alguns outros países, como Holanda e Dinamarca.
Em um outro extremo, há a distanásia que, segundo o 
especialista em bioética padre Leo Pessini, “é um procedimen-
to médico que prolonga inútil e sofridamente o processo de 
morrer procurando distanciar a morte”. Sou contra a dis-
2
LIVRO DE QUESTÕES
tanásia. E como seria a verdadeira boa morte? Creio que é 
aquela denominada morte assistida que prefiro denominar 
de ortotanásia. É cuidar dos sintomas sem recorrer a medi-
das intervencionistas de suporte em quadros irreversíveis. 
É respeitar o descanso merecido do corpo, o momento da 
limpeza da caixa preta de mágoas e rancores; é a hora de di-
zer coisas boas, os agradecimentos que não fizemos antes. 
É a hora da despedida e da partida. Então, talvez possamos 
acreditar no escritor Jorge Luis Borges: “Morrer é como uma 
curva na estrada, é não ser visto”.
(Nise Hitomi Yamaguchi, doutora pela Faculdade de 
Medicina da USP. Folha de S.Paulo, Tendências/Debates, 26 
de março de 2005. Adaptado)
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 03. Considerando as informações do texto, é cor-
reto afirmar que
A. os pacientes terminais, em sua totalidade, já na pri-
meira consulta, desistem do tratamento.
B. poucos são os pacientes que desejam morrer antes 
de fazer os tratamentos.
C. uma grande parte dos pacientes da Dr.ª Nise não 
quer enfrentar os tratamentos.
D. a falta de esperança acomete pacientes mesmo com 
doenças que têm cura.
E. depressão e medo do sofrimento atingem poucos 
doentes terminais.Voltemos ao texto: (...) Os pacientes que já na primeira 
consulta me dizem que querem morrer antes de tentar os tra-
tamentos são exceções. A alternativa que apresenta informa-
ção correta é: poucos são os pacientes que desejam morrer 
antes de fazer os tratamentos.
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 04. Assinale a alternativa que contém uma afirma-
ção de acordo com o texto.
A. Padre Leo Pessini é a favor da distanásia porque ela 
apressa a morte.
B. Eutanásia e ortotanásia são procedimentos idênticos.
C. Dr.ª Nise condena a distanásia, que torna mais dis-
tante o processo da morte.
D. No Brasil, é permitida a eutanásia.
E. Holanda e Dinamarca são países onde a eutanásia é 
proibida.
Novamente ao texto:
A. Padre Leo Pessini é a favor da distanásia porque ela 
apressa a morte. = incorreta
segundo o especialista em bioética padre Leo Pessini, “é 
um procedimento médico que prolonga inútil e sofridamente 
o processo de morrer procurando distanciar a morte”.
B. Eutanásia e ortotanásia são procedimentos idênti-
cos. = incorreta
Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico ou alguém 
causa ativamente a morte do indivíduo. Ela é proibida por 
lei no Brasil, mas é prática regulamentada, em alguns outros 
países, como Holanda e Dinamarca.
Em um outro extremo, há a distanásia (...)
C. Dr.ª Nise condena a distanásia, que torna mais dis-
tante o processo da morte.
Sou contra a distanásia
D. No Brasil, é permitida a eutanásia. = incorreta
Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico ou alguém 
causa ativamente a morte do indivíduo. Ela é proibida por 
lei no Brasil
E. Holanda e Dinamarca são países onde a eutanásia é 
proibida. = incorreta
Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico ou alguém 
causa ativamente a morte do indivíduo. Ela é proibida por 
lei no Brasil, mas é prática regulamentada, em alguns outros 
países, como Holanda e Dinamarca.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 05. De acordo com o texto, a distanásia consiste
A. em afastar, por meios médicos, pelo maior tempo 
possível, a morte de um doente terminal.
B. na tentativa obstinada de acabar com as dores nos 
últimos instantes de um doente com doença irreversível.
C. no método sofrido de atender à vontade que os 
doentes têm de morrer, pois já não têm esperanças de cura.
D. no empenho dos médicos em abreviar a vida dos 
pacientes em estado terminal por meio de tratamentos al-
ternativos.
E. em deixar o doente terminal sem os procedimentos 
médicos, tentando, dessa forma, apressar a morte.
(...) a distanásia que, segundo o especialista em bioética 
padre Leo Pessini, “é um procedimento médico que prolonga 
inútil e sofridamente o processo de morrer procurando dis-
tanciar a morte”.
GABARITO OFICIAL: A
Considere o seguinte trecho do texto para responder 
às questões de números 08 e 09.
A nossa perplexidade diante desse tema tão polêmico, 
que é a eutanásia, advém das incertezas que cercam o sen-
tido da existência humana.
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 08. Considerando a concordância verbal, e man-
tendo o mesmo sentido do texto, assinale a alternativa que 
substitui corretamente a forma verbal advém.
A. procede.
B. necessitam.
C. utilizam-se.
D. precisa.
E. discordam.
O verbo que substituiria o verbo destacado, sem alte-
rar o sentido do trecho, é “procede”: A nossa perplexidade 
diante desse tema tão polêmico, que é a eutanásia, procede 
das incertezas que cercam o sentido da existência humana.
GABARITO OFICIAL: A
3
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 09. Considerando-se o uso do pronome e a co-
locação pronominal, a expressão em destaque no trecho 
– ... que cercam o sentido da existência humana... – está 
corretamente substituída pelo pronome, de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa, na alternativa:
A. ... que cercam-lo...
B. ... que cercam-no...
C.... que o cercam...
D. ... que lhe cercam...
E. ... que cercam-lhe...
Correções à frente:
A. ... que cercam-lo = o “que” atrai o pronome (que o 
cercam)
B. ... que cercam-no = que o cercam (“no” está correta 
– caso não tivéssemos o “que”, pois, devido a sua presença, 
teremos próclise, não ênclise)
C.... que o cercam = correta
D. ... que lhe cercam = a posição está correta, mas o 
pronome está errado (“lhe” é para objeto indireto = a ele/
ela)
E. ... que cercam-lhe = que o cercam
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 10. Considerando a regência verbal, assinale a al-
ternativa que completa, de acordo com a norma-padrão da 
língua portuguesa, a lacuna do texto.
Os pacientes me dizem que preferem morrer ________ 
tentar os tratamentos.
A. à que
B. à
C. ao que
D. em
E. a
A regência verbal de “preferir” pede a preposição “a”: 
prefiro isso a aquilo (= àquilo). Portanto, “preferem morrer 
a tentar”.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 11. Releia o seguinte trecho do texto.
Independentemente da diversidade de visões sobre a 
existência e também das novas e eficientes técnicas de tra-
tamento, há instantes em que se perde a batalha contra as 
doenças.
Mantendo-se o mesmo sentido do texto, é correta a 
substituição da expressão em destaque por:
A. Relacionando-se a diversidade
B. Levando-se em consideração a diversidade
C. Sem discriminar a diversidade
D. Sem levar em conta a diversidade
E. Considerando-se a diversidade
“Independentemente” poderia ser substituída por “sem 
depender de”, “mesmo sem depender” - o que nos leva à 
alternativa “Sem levar em conta visões sobre a existência”.
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 12. Reescrevendo-se algumas frases do texto, o 
emprego do acento indicativo da crase está correto na al-
ternativa:
A. É cuidar dos sintomas sem recorrer às medidas inter-
vencionistas de suporte em quadros irreversíveis.
B. O padre Leo Passini definiu à distanásia como uma 
intervenção que não beneficia o doente em fase terminal.
C. ... busco oferecer mais qualidade de vida à pacientes 
com câncer e portadores de Aids com câncer.
D. É respeitar à paz merecida do corpo, o momento...
E. Um elemento comum à todos é a falta de esperança, 
depressão e medo do sofrimento.
A. É cuidar dos sintomas sem recorrer às medidas in-
tervencionistas = ok
B. O padre Leo Passini definiu à distanásia = “a dis-
tanásia” tem a função de objeto direto, portanto, sem a 
presença de preposição
C. ... busco oferecer mais qualidade de vida à pacientes 
= não há acento indicativo de crase quando a palavra que 
acompanha a preposição estiver no plural, sem presença 
de artigo
D. É respeitar à paz = “a paz” é objeto direto – sem 
preposição
E. Um elemento comum à todos = não há antes de 
palavra masculina
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 14. Releia o trecho: É respeitar o descanso me-
recido do corpo, o momento da limpeza da caixa preta de 
mágoas e rancores...
A expressão “caixa preta” é uma referência a um dis-
positivo que há nos aviões, onde é registrado tudo o que 
acontece em uma viagem.
No contexto em que foi empregada, a expressão em 
destaque – limpeza da caixa preta – significa
A. limpar cuidadosamente o corpo.
B. guardar para si os desentendimentos.
C. proporcionar ao corpo o repouso físico.
D. registrar na mente os dissabores da vida.
E. libertar os sentimentos impuros guardados.
É possível responder analisando a palavra “limpeza”. 
No item “a” está limpar o corpo (o que não tem sentido 
com relação ao texto); nos demais itens, os verbos não têm 
o sentido de “limpar, colocar para fora o que está ruim, 
sujo”. A única que apresenta o mesmo sentido é a que tratada libertação de sentimentos ruins (mágoas, rancores).
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 15. Assinale a alternativa que preenche, correta 
e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa.
_________ situações _________ a batalha contra as doenças 
torna-se um fracasso.
4
LIVRO DE QUESTÕES
A. Existe ... em que
B. Existem ... em que
C. Existem ... a qual
D. Existem ... em cuja
E. Existe ... as quais
Vamos por eliminação: o verbo “existir” sofre flexão, 
portanto, concorda em número com o termo ao qual está 
ligado. Na frase dada temos “situações” – plural. Restam-
-nos os itens B, C e D. Usa-se “cuja” com o sentido de posse 
– o que não é o caso, além de que não deve haver arti-
go depois de “cuja/cujo”. Dentre os itens que sobraram, a 
forma correta para preencher a lacuna é “em que”, e não 
“a qual” – pois esta retomaria o termo anterior (situações), 
que está no plural - mas aí o restante da frase deveria se 
referir a este termo (situações as quais são...).
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 16. Em – Ela é proibida por lei no Brasil, mas é 
prática regulamentada, em alguns outros países,... – a con-
junção em destaque pode ser substituída, sem alteração de 
sentido do texto, por:
A. isto é.
B. pois.
C. porque.
D. porém.
E. portanto.
“Mas” é conjunção adversativa – expressa ideia contrá-
ria ao fato apresentado anteriormente. Na frase citada ela 
exerce esta função. Portanto, procuremos outra conjunção 
adversativa presente nos itens: “porém”.
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 17. Assinale a alternativa cuja frase tem a pon-
tuação correta, de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa.
A. A Dr.ª Nise oncologista, e imunologista, procura, há 
28 anos, dar mais qualidade de vida, aos seus pacientes.
B. A Dr.ª Nise oncologista e imunologista procura há 28 
anos, dar mais qualidade de vida, aos seus pacientes.
C. A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista, procura, há 
28 anos, dar mais qualidade de vida aos seus pacientes.
D. A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista procura, há 
28 anos dar mais qualidade de vida, aos seus pacientes.
E. A Dr.ª Nise oncologista e imunologista, procura, há 
28 anos, dar mais qualidade de vida aos seus pacientes.
Deixei apenas a frase correta, com explicação:
A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista, procura, há 
28 anos, dar mais qualidade de vida aos seus pacientes. 
Ambas as expressões têm função de Aposto (devem estar 
entre vírgulas)
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 19. Assinale a alternativa em que a palavra em 
destaque na frase pertence à classe dos adjetivos (palavra 
que qualifica um substantivo).
A. Existe grande confusão entre os diversos tipos de 
eutanásia...
B.... o médico ou alguém causa ativamente a morte...
C. prolonga o processo de morrer procurando distan-
ciar a morte.
D. Ela é proibida por lei no Brasil,...
E. E como seria a verdadeira boa morte?
A. Existe grande confusão = substantivo
B.... o médico ou alguém causa ativamente a morte = 
pronome
C. prolonga o processo de morrer procurando distan-
ciar a morte = substantivo
D. Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
E. E como seria a verdadeira boa morte? = adjetivo
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – 
Questão 20. A frase com a forma verbal no tempo futuro, 
expressando uma hipótese, está na alternativa:
A. E como seria a verdadeira boa morte?
B. ... os agradecimentos que não fizemos antes.
C. Morrer é como uma curva na estrada...
D. Faz 28 anos que busco mais vida com qualidade 
para os pacientes...
E. ... prefiro denominar de ortotanásia.
A. E como seria = futuro do pretérito do Indicativo
B. ... os agradecimentos que não fizemos = pretérito 
perfeito do Indicativo
C. Morrer é = presente do Indicativo
D. Faz 28 anos que busco = pretérito perfeito do Indi-
cativo
E. ... prefiro = presente do Indicativo
GABARITO OFICIAL: A
Leia o poema de Mario Quintana para responder às 
questões de números 21 e 22.
Quando eu for...
Mario Quintana
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar (Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
5
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – Questão 21. No poema, alguém
A. faz elogios à madrugada.
B. imagina uma situação futura.
C. se diverte com as folhas ao vento.
D. sente saudade de sua cidade natal.
E. relembra momentos do seu passado.
O primeiro verso nos responde: Quando eu for (imaginando o futuro).
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – 2014 – Questão 22. Na frase – Pareça mais um olhar (7.º verso) –, a palavra 
em destaque é um substantivo, como na frase:
A. Quero olhar bem em seus olhos e dizer tudo o que sinto.
B. O jovem nem se dignou olhar para trás.
C. Ela se pôs a olhar carinhosamente para o amado.
D. Esse teu olhar , quando encontra o meu, fala de tantas coisas...
E. Quando você olhar para mim serei a pessoa mais feliz do mundo.
A. Quero olhar = verbo
B. O jovem nem se dignou olhar = verbo
C. Ela se pôs a olhar = verbo
D. Esse teu olhar = substantivo
E. Quando você olhar = verbo
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Investigador de Polícia - 2014
(Folha de S.Paulo, 03.01.2014. Adaptado)
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 61. De acordo com a norma-padrão, no primeiro quadrinho, na fala 
de Hagar, deve ser utilizada uma vírgula, obrigatoriamente,
A. antes da palavra “olho”.
B. antes da palavra “e”.
C. depois da palavra “evitar”.
D. antes da palavra “evitar”.
E. depois da palavra “e”.
“Não posso evitar doutor” = no diálogo, Hagar fala com o doutor (vocativo); portanto, presença obrigatória de vírgula 
após o verbo “evitar”.
GABARITO OFICIAL: C
6
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 62. 
Na fala de Hagar, a oração “… e já ganho peso!” deve ser 
entendida como
A. causa de olhar para a comida.
B. finalidade de olhar para a comida.
C. modo de olhar para a comida.
D. consequência de olhar para a comida.
E. oposição para olhar para a comida.
Voltemos ao texto: Eu só olho pra comida e já engordo 
= olhar (causa) / engordar (consequência).
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 
64. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, 
a lacuna na fala da mulher de Hagar, no último quadrinho, 
deve ser preenchida com:
A. Onde
B. Qual lugar
C. De que lugar
D. Que lugar
E. Aonde
“Onde você disse que o Dr Zook estudou Medicina?” = 
utilizado para fazer referência a lugar.
GABARITO OFICIAL: A
O trânsito brasileiro, há muito tempo, tem sido respon-
sável por verdadeira carnificina. São cerca de 40 mil mor-
tes a cada ano; quase metade delas, segundo especialistas, 
está associada ao consumo de bebidas alcoólicas.
Não é preciso mais do que esses dados para justifi-
car a necessidade de combater a embriaguez ao volante. 
Promulgada em 2008, a chamada lei seca buscava alcançar 
precisamente esse objetivo. Sua aplicação, porém, vinha 
sendo limitada pelos tribunais brasileiros.
O problema estava na própria legislação, segundo a 
qual era preciso comprovar “concentração de álcool por li-
tro de sangue igual ou superior a seis decigramas” a fim de 
punir o motorista bêbado.
Tal índice, contudo, só pode ser aferido com testes 
como bafômetro ou exame de sangue. Como ninguém é 
obrigado a produzir provas contra si mesmo, o condutor 
que recusasse os procedimentos dificilmente seria conde-nado.
Desde dezembro de 2012, isso mudou. Com nova re-
dação, a lei seca passou a aceitar diversos outros meios de 
prova – como testes clínicos, vídeos e depoimentos. Além 
disso, a multa para motoristas embriagados passou de 
R$957,70 para R$1.915,40.
(Folha de S.Paulo, 03.01.2014)
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 
65. De acordo com o texto, a nova redação dada à lei seca
A. busca coibir a embriaguez ao volante independen-
temente das decisões dos tribunais que, em geral, aplicam 
pesadas multas aos infratores.
B. torna-a mais rígida, o que é positivo, já que as esta-
tísticas confirmam a necessidade de se combater a embria-
guez ao volante.
C. aceita novos tipos de prova e implica multa menos 
onerosa aos motoristas embriagados, atendendo melhor 
às necessidades do trânsito brasileiro.
D. endurece as ações contra os motoristas embriaga-
dos, o que é um contrassenso, levando em consideração 
o perfil do motorista brasileiro.
E. faz com que ela tenha menos probabilidade de ser 
posta em prática, pois dificilmente um condutor vai pro-
duzir prova contra si mesmo.
Ao texto:
A. busca coibir a embriaguez ao volante indepen-
dentemente (X) das decisões dos tribunais que, em geral, 
aplicam pesadas multas aos infratores.
B. torna-a mais rígida, o que é positivo, já que as es-
tatísticas confirmam a necessidade de se combater a em-
briaguez ao volante. = ok
C. aceita novos tipos de prova e implica multa menos 
onerosa (passou de R$957,70 para R$1.915,40) aos moto-
ristas embriagados, atendendo melhor às necessidades 
do trânsito brasileiro.
D. endurece as ações contra os motoristas embriaga-
dos, o que é um contrassenso, levando em consideração 
o perfil do motorista brasileiro. (sem comentários!)
E. faz com que ela tenha menos probabilidade de 
ser posta em prática, pois dificilmente um condutor vai 
produzir prova contra si mesmo. (Com nova redação, a 
lei seca passou a aceitar diversos outros meios de prova – 
como testes clínicos, vídeos e depoimentos)
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 
66. Na primeira frase do texto, o termo carnificina sig-
nifica
A. conflito.
B. imposição.
C. confusão.
D. matança.
E. tortura.
Texto: verdadeira carnificina. São cerca de 40 mil mor-
tes a cada ano.
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 
67. O texto deixa claro que
A. a maior parte das mortes no trânsito acontece por 
causa da embriaguez.
B. os tribunais brasileiros tentaram proibir as mudan-
ças na redação da lei seca.
C. a relação entre direção e consumo de álcool mere-
ce estudos mais profundos.
D. os dados sobre o trânsito brasileiro mostram a ine-
ficácia da nova lei seca.
E. a antiga redação da lei seca possibilitava que infra-
tores se livrassem das penas.
7
LIVRO DE QUESTÕES
Texto: O problema estava na própria legislação, segun-
do a qual era preciso comprovar “concentração de álcool 
por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas” a 
fim de punir o motorista bêbado. As alternativas apresen-
tam informações diferentes das do texto. A única coerente 
é a que diz que a antiga redação da lei seca possibilitava 
que infratores se livrassem das penas.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 68. 
De acordo com a lei seca promulgada em 2008, um moto-
rista seria punido se houvesse
A. quantidade menor que seis decigramas de álcool, 
em um litro de seu sangue.
B. concentração mínima de um litro de álcool para cada 
litro de seu sangue.
C. presença de álcool por litro de seu sangue igual ou 
superior a seis decigramas.
D. qualquer indicativo da existência de álcool em seu 
sangue.
E. negação para realizar exame de sangue ou teste do 
bafômetro.
Novamente ao texto-base!
concentração de álcool por litro de sangue igual ou su-
perior a seis decigramas. Basta comparar com as informa-
ções apresentadas nos itens.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 69. 
A cada ano, ocorrem cerca de 40 mil mortes; segundo espe-
cialistas, quase metade delas está associada _____ bebidas 
alcoólicas. Isso revela a necessidade de um combate efetivo 
_____ embriaguez ao volante.
As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com:
A. às … a
B. as … à
C. à … à
D. às … à
E. à … a
O nome “associada” pede preposição (associada a algo 
ou a alguém); o nome “combate” (diferente do verbo “com-
bater” – que é transitivo direto: combater a embriaguez) 
também exige a presença de preposição (combate ao, à). 
Vamos ao preenchimento: A cada ano, ocorrem cerca de 40 
mil mortes; segundo especialistas, quase metade delas está 
associada às bebidas alcoólicas. Isso revela a necessidade de 
um combate efetivo à embriaguez ao volante.
Observação quanto ao “combate” (verbo e nome):
Faço parte do combate (nome) à corrupção.
O governo não combate (verbo) a corrupção.
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 70. 
Sem prejuízo de sentido ao texto, na oração –… a chamada 
lei seca buscava alcançar precisamente esse objetivo. –, o 
advérbio “precisamente” pode ser substituído por
A. exatamente.
B. provavelmente.
C. definidamente.
D. raramente.
E. possivelmente.
A lei buscava alcançar exatamente esse objetivo. Única 
substituição correta.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 71. No 
texto, a passagem “concentração de álcool por litro de sangue igual 
ou superior a seis decigramas” está entre aspas porque se trata
A. da fala de um especialista em trânsito brasileiro.
B. de informação cuja verdade pode ser questionada.
C. de transcrição de trecho da chamada lei seca.
D. de informação essencial da nova lei seca.
E. de fala comum da maior parte da população.
Trata-se da transcrição de trecho da lei.
GABARITO OFICIAL: C
Para responder às questões de números 72 a 74, consi-
dere o trecho:
Tal índice, contudo, só pode ser aferido com testes como 
bafômetro ou exame de sangue. Como ninguém é obrigado a 
produzir provas contra si mesmo, o condutor que recusasse os 
procedimentos dificilmente seria condenado.
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 72. 
A conjunção “Como”, no contexto em que está empregada, 
estabelece relação de sentido de
A. comparação.
B. causa.
C. conclusão.
D. explicação.
E. conformidade.
A conjunção introduz uma oração que é a causa da ocor-
rência da oração seguinte (a principal): já que não é obrigado 
a produzir prova contra si mesmo, o motorista pode se recu-
sar a fazer o teste do bafômetro. Portanto, conjunção causal.
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 73. 
Assinale a alternativa correta quanto à concordância.
A. Como as pessoas não são obrigado a produzir provas 
contra si mesmo, aquelas que recusasse os procedimentos 
dificilmente seria condenada.
B. Como as pessoas não são obrigadas a produzir provas 
contra si mesmo, aquelas que recusasse os procedimentos 
dificilmente seriam condenadas.
C. Como as pessoas não é obrigada a produzir provas 
contra si mesmas, aquelas que recusasse os procedimentos 
dificilmente seria condenada.
D. Como as pessoas não são obrigadas a produzir provas 
contra si mesmas, aquelas que recusassem os procedimentos 
dificilmente seriam condenadas.
E. Como as pessoas não são obrigada a produzir provas 
contra si mesma, aquelas que recusassem os procedimentos 
dificilmente seriam condenada.
8
LIVRO DE QUESTÕES
Correções entre parênteses:
A. Como as pessoas não são obrigado (obrigadas) a produzir provas contra si mesmo (mesmas), aquelas que recusasse 
(recusassem) os procedimentos dificilmente seria condenada (seriam condenadas).
B. Como as pessoas não são obrigadas a produzir provas contra si mesmo (mesmas), aquelas que recusasse (recusas-sem) os procedimentos dificilmente seriam condenadas.
C. Como as pessoas não é (são) obrigada (obrigadas) a produzir provas contra si mesmas, aquelas que recusasse (re-
cusassem) os procedimentos dificilmente seria condenada (seriam condenadas).
D. Como as pessoas não são obrigadas a produzir provas contra si mesmas, aquelas que recusassem os procedimentos 
dificilmente seriam condenadas. = ok
E. Como as pessoas não são obrigada (obrigadas) a produzir provas contra si mesma (mesmas), aquelas que recusas-
sem (recusassem) os procedimentos dificilmente seriam condenada (condenadas).
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 74. Na oração –… dificilmente seria condenado. –, a forma verbal 
“seria” expressa uma ação
A. concluída.
B. repetitiva.
C. incerta.
D. imprevista.
E. presente.
“Seria” = verbo no futuro do pretérito do Indicativo – indica ação hipotética, incerta.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 75.
Merece apoio a proposta da Anvisa ________ cigarros sejam vendidos em embalagens genéricas, _________ conste só o 
nome do produto e o fabricante – além, é claro, dos já tradicionais alertas do Ministério da Saúde –, sem espaço para cores 
e outros elementos gráficos que possam caracterizar-se como mensagens publicitárias.
(Hélio Schwartsman, Cigarros genéricos. Folha de S.Paulo, 10.11.2013. Adaptado)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
A. de que … nas quais
B. que … das quais
C. de que … aonde
D. que … do qual
E. de que … do qual
Merece apoio a proposta de que cigarros sejam vendidos em embalagens genéricas, nas quais conste o nome (desta-
quei os termos que se relacionam).
GABARITO OFICIAL: A
Leia a tira para responder às questões de números 76 a 78.
(Folha de S.Paulo, 10.11.2013)
9
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 
76. Se a personagem trabalhasse com palestras motiva-
cionais, como lhe perguntou seu interlocutor no primeiro 
quadrinho, a palavra “sonhos” significaria
A. caprichos.
B. especulações.
C. tormentos.
D. desilusões.
E. aspirações.
A palavra teria seu sentido mais usual: desejos, aspira-
ções.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 77. 
No contexto em que está empregada, a frase – Pode experi-
mentar… –, em conformidade com a norma-padrão da língua 
portuguesa, pode ser substituída por
A. Pode experimentar eles…
B. Pode experimentar-nos…
C. Pode experimentá-los…
D. Pode-lhes experimentar…
E. Pode experimentar-lhes…
Eliminemos: “lhe” é para objeto indireto (com presença de 
preposição). “Experimentar” é transitivo direto (experimentar o 
quê?). O pronome oblíquo “nos” deve ser utilizado após verbos 
terminados em “M” – (busquem-nos = busquem eles, por exem-
plo). Restou-nos a correta: pode experimentá-los.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 78. 
Na frase – … que os sonhos estão uma delícia… –, a palavra 
“que” pode ser substituída por
A. mas.
B. pois.
C. portanto.
D. se.
E. quando.
A substituição utilizará uma conjunção conclusiva: pois. 
As demais nem darão sentido à frase.
GABARITO OFICIAL: B
Compras de Natal
A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades.
__________ de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões 
que não sobem, anjos e santos que não __________ , estrelas 
que jamais estiveram no céu.
As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano 
inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de 
vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que 
possam representar beleza e excelência.
Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em po-
bres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil anos, 
num abrigo de animais, em Belém.
(Cecília Meireles, Quatro Vozes. Adaptado)
PC-SP - Investigador de Polícia – 2014 – Questão 79. 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as 
lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respec-
tivamente, com:
A. Se enche … movem-se
B. Se enchem … se movem
C. Enchem-se … se move
D. Enche-se … move-se
E. Enche-se … se movem
Eliminemos duas: não se inicia período com pronome 
oblíquo. O advérbio “não” atrai o pronome, ocasionando 
próclise (não se). Teremos, então: Enche-se (verbo no sin-
gular porque está concordando com o termo “a cidade”) / 
não se movem.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Escrivão de Polícia – 2014
Os produtos ecológicos estão dominando as pratelei-
ras do comércio. Mesmo com tantas opções, ainda há re-
sistência na hora da compra. Isso acontece porque o custo 
de tais itens é sempre mais elevado, em comparação com 
o das mercadorias tradicionais. Com os temas ambientais 
cada vez mais em pauta, é normal que a consciência ecoló-
gica tenha aumentado entre os brasileiros. Se por um lado 
o consumidor deseja investir em produtos menos agressi-
vos ao meio ambiente, por outro ele não está disposto a 
pagar mais de cinco por cento acima do valor normal. É o 
que mostra uma pesquisa realizada pela Proteste – Asso-
ciação de Consumidores. A análise foi feita a partir de um 
levantamento realizado em 2012. De acordo com a Protes-
te, quase metade dos entrevistados afirmaram que deixa-
ram de comprar produtos devido às más condutas ambien-
tais da companhia. Dos entrevistados, 72% disseram que, 
na última compra, levaram em consideração o comporta-
mento da empresa, em especial, sua atitude em relação ao 
meio ambiente. Ainda assim, 60% afirmam que raramente 
ou nunca têm informações sobre o impacto ambiental do 
produto ou do comportamento da empresa. Já 81% das 
pessoas acreditam que o rótulo de sustentabilidade e res-
ponsabilidade social é apenas uma estratégia de marketing 
das empresas.
(Ciclo vivo, 16.05.2013, http://zip.net/brl0k1. Adaptado)
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 01. De 
acordo com a pesquisa realizada pela Proteste,
A. uma parte dos consumidores brasileiros demonstra 
preocupar-se com questões ambientais.
B. consumidores brasileiros têm gastado 5% de sua 
renda com produtos ecologicamente corretos.
C. o custo dos produtos ecológicos tem aumentado de 
maneira gradativa no Brasil.
D. o número de brasileiros que consideram o impacto 
ambiental do produto que consomem é irrisório.
E. a totalidade dos consumidores brasileiros recusa-se 
a comprar produtos que agridem o meio ambiente.
10
LIVRO DE QUESTÕES
Busquemos no texto: Dos entrevistados, 72% disseram 
que, na última compra, levaram em consideração o compor-
tamento da empresa, em especial, sua atitude em relação 
ao meio ambiente. Apenas esta informação está presente 
nas alternativas, mais precisamente em uma parte dos con-
sumidores brasileiros demonstra preocupar-se com questões 
ambientais.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 02. Con-
forme as informações do texto, 81% dos entrevistados pela 
Proteste consideram que o rótulo de sustentabilidade e 
responsabilidade social da empresa seja
A. um fator que torna patente o engajamento genuíno 
em causas ecológicas.
B. um recurso usado para tornar o produto mais atraen-
te ao consumidor.
C. um mecanismo usado para escamotear más condu-
tas ambientais.
D. um estratagema para reduzir os custos envolvidos 
na fabricação do produto.
E. uma manobra que revela o propósito de burlar o pa-
gamento de impostos.
Vamos a ele: Já 81% das pessoas acreditam que o rótulo 
de sustentabilidade e responsabilidade social é apenas uma 
estratégia de marketing das empresas = uma jogada para 
atrair consumidores.
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 03. O 
termo destacado na passagem do primeiro parágrafo – 
Mesmo com tantas opções, ainda há resistência na hora da 
compra. – tem sentido equivalente a
A. impetuosidade.
B. empatia.
C.relutância.
D. consentimento.
E. segurança.
A substituição que manteria o sentido do período é 
“ainda há relutância”.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 04. O 
termo Isso, em destaque no primeiro parágrafo, refere-se 
ao fato de
A. o consumidor demonstrar resistência na hora de 
comprar produtos ecológicos.
B. os consumidores ficarem confusos com tantas op-
ções de produtos ecológicos.
C. os produtos ecológicos estarem dominando as pra-
teleiras do comércio brasileiro.
D. o custo dos produtos ecológicos ser sempre excessi-
vamente elevado no Brasil.
E. a oferta de produtos ecológicos ser maior em com-
paração com a de mercadorias tradicionais.
Ao texto: Os produtos ecológicos estão dominando as 
prateleiras do comércio. Mesmo com tantas opções, ainda 
há resistência na hora da compra. Isso acontece = Os ter-
mos destacados estão relacionados.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 06. O 
trecho destacado em – De acordo com a Proteste, quase 
metade dos entrevistados afirmaram que deixaram de com-
prar produtos devido às más condutas ambientais da 
companhia. – expressa, com respeito à informação de que 
“deixaram de comprar produtos”, uma
A) concessão.
B) causa.
C) contradição.
D) dúvida.
E) comparação.
Deixaram de comprar (consequência) / devido às más 
condutas (causa).
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 07. 
Considerando apenas as regras de regência e de coloca-
ção pronominal da norma-padrão da língua portuguesa, a 
expressão destacada em – Ainda assim, 60% afirmam que 
raramente ou nunca têm informações sobre o impacto 
ambiental do produto ou do comportamento da empresa. – 
pode ser corretamente substituída por
A. ... nunca informam-se sob o impacto...
B.... nunca se informam o impacto...
C. ... nunca informam-se ao impacto...
D. ... nunca se informam do impacto...
E.... nunca informam-se no impacto...
Por eliminação: o advérbio “nunca” atrai o pronome, 
teremos próclise (nunca se). Ficamos com B e D. Agora va-
mos ao verbo: quem se informa, informa-se sobre algo = 
precisa de preposição. A alternativa que tem preposição 
presente é a D (do = de+o). Teremos: nunca se informam 
do impacto.
GABARITO OFICIAL: D
11
LIVRO DE QUESTÕES
Leia a tira de Alves.
(Folha de S.Paulo, 03.01.2014, http://zip.net/bblZ7P)
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 09. Em ambas as falas do personagem, o termo para apresenta
a noção de
A. conformidade.
B. proporção.
C. alternância.
D. finalidade.
E. quantidade.
Ambas as conjunções dão a noção de finalidade (com a finalidade de acabar com o estresse).
GABARITO OFICIAL: D
Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem injetar US$ 9,2 bi-
lhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Em todo o ano de 2014, são esperados sete 
milhões de turistas estrangeiros no país, o que seria um recorde. Se for confirmada a previsão, esse valor representará um 
crescimento de 38,5% sobre os US$ 6,64 bilhões que ingressaram no País, trazidos pelos turistas, em 2013.
“A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de recursos superiores aos da indústria au-
tomobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a importância econômica do turismo e, portanto, 
a necessidade de haver investimentos públicos e privados, como vem ocorrendo na expansão da rede hoteleira”, disse o 
presidente da Embratur, Flávio Dino.
Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em infraestrutura 
(como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. “Tenho muita confiança na 
necessidade de haver investimentos e competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços 
justos, para que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao Brasil”, disse.
(Francisco Carlos de Assis, O Estado de S.Paulo, 01.01.2014, http://zip.net/bmlZTY. Adaptado)
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 10. Afirma-se, corretamente, que um assunto tratado no texto é
A. a ausência de investimentos públicos e privados na rede hoteleira no Brasil.
B. o crescimento da economia brasileira decorrente de investimentos estrangeiros na indústria.
C. o anúncio da destinação de verbas da Embratur para ampliar os aeroportos brasileiros.
D. a boa recepção que os turistas estrangeiros tiveram no Brasil em 2013 e sua intenção em retornar em 2014.
E. a importância da vinda de turistas estrangeiros, em 2014, para a economia brasileira.
Ao texto: (...) A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de recursos superiores aos da 
indústria automobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a importância econômica do turismo.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 11. Na passagem que inicia o texto – Os turistas que visitarão
o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, 
estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). –, as expressões verbais em destaque indicam que o valor a ser introdu-
zido pelos turistas na economia do Brasil em 2014
A. não pode ser suposto antes do fim de 2014.
B. está exato, pois já se sabe quanto os turistas gastarão.
C. foi previsto por um cálculo aproximado.
D. foi calculado sem qualquer margem para erro.
E. não tinha sido orçado até a publicação do texto.
As expressões indicam que o valor apresentado foi calculado de maneira aproximada.
GABARITO OFICIAL: C
12
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 13. 
Atendendo às regras de concordância da norma-padrão 
da língua portuguesa, o trecho do segundo parágrafo – ... 
a necessidade de haver investimentos públicos e privados, 
como vem ocorrendo na expansão da rede hoteleira... – está 
reescrito corretamente em
A. ... a necessidade de que existam investimentos pú-
blicos e privados, como os que estão sendo aplicados na 
expansão da rede hoteleira...
B. ... a necessidade de que existam investimentos pú-
blicos e privados, como os que está sendo aplicado na 
expansão da rede hoteleira...
C. ... a necessidade de que exista investimentos pú-
blicos e privados, como os que estão sendo aplicados na 
expansão da rede hoteleira...
D. ... a necessidade de que exista investimentos pú-
blicos e privados, como os que estão sendo aplicado na 
expansão da rede hoteleira...
E. ... a necessidade de que existam investimentos pú-
blicos e privados, como os que estão sendo aplicado na 
expansão da rede hoteleira...
Como as frases são iguais, a indicação da correta já 
mostra onde constam equívocos nas demais (destaquei os 
termos que se relacionam): a necessidade de que existam 
investimentos públicos e privados, como os que estão 
sendo aplicados na expansão da rede hoteleira...
GABARITO OFICIAL: A
Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estran-
geiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em 
infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estran-
geiras a profissionais que têm contato com esses turistas. 
“Tenho muita confiança na necessidade de haver investi-
mentos e competitividade, ou seja, haver políticas públicas 
e ações privadas que garantam preços justos, para que esses 
turistas possam ser bem acolhidos e também economica-
mente estimulados a voltar ao Brasil”, disse.
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 14. É 
correto concluir que, para Dino,
A. competitividade e preços justos podem estar rela-
cionados.
B. investimentos públicos dependem de ações priva-
das.
C. o governo deve estimular a competitividade entre 
os turistas.
D.os turistas serão atraídos ao Brasil caso haja investi-
mento em publicidade.
E. a iniciativa privada deve ser recompensada pelo go-
verno se acolher bem o turista.
Texto: (...) haver investimentos e competitividade, ou 
seja, haver políticas públicas e ações privadas que garan-
tam preços justos.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 15. Na 
passagem – Segundo Dino, é preciso receber bem o turista 
estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos 
em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas es-
trangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. 
–, os parênteses são usados para
A. isolar um comentário que contradiz a informação 
anterior.
B. mostrar que o termo aeroportos equivale à informa-
ção central da passagem.
C. intercalar uma expressão acessória, que tem o valor 
de uma exemplificação.
D. indicar que a expressão como aeroportos é usada 
com sentido pejorativo.
E. introduzir o primeiro elemento de uma sequência 
enumerativa apesentada.
É necessário ampliar investimentos em infraestrutura 
(como aeroportos) = poderíamos substituir por: investi-
mentos em infraestrutura, como aeroportos, por exemplo 
(parênteses usados para exemplificar o termo que foi cita-
do anteriormente – em destaque).
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 17. Leia 
a tira de Hagar, por Chris Browne.
(Folha de S.Paulo, 22.12.2013, http://zip.net/bxl0Q8)
Considerando o contexto global da tira, com a frase – É 
hora de mostrar a eles quem vocês são! –, Hagar demons-
tra ter a expectativa de que seus homens
A. sejam indiferentes à chegada dos inimigos.
B. mostrem-se subservientes aos inimigos.
C. tratem os inimigos com clemência.
D. demonstrem sua valentia aos inimigos.
E. furtem-se a enfrentar os inimigos.
A expectativa de Hagar é a de que seus companheiros 
mostrem ao inimigo o quanto são valentes.
GABARITO OFICIAL: D
13
LIVRO DE QUESTÕES
Sob ordens da chefia
Ah, os chefes! Chefões, chefinhos, mestres, gerentes, di-
retores, quantos ao longo da vida, não? Muitos passam em 
brancas nuvens, perdem-se em suas próprias e pequenas his-
tórias. Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem níti-
das na memória: são aqueles donos de qualidades incomuns.
Por exemplo, o meu primeiro chefe, lá no finalzinho dos anos 
50: cinco para as oito da noite, e eu começava a ficar aflito, pois o 
locutor do horário ainda não havia aparecido. A rádio da peque-
na cidade do interior, que funcionava em três horários, precisava 
abrir às oito e como fazer? Bem, o fato é que eu era o técnico de 
som do horário, precisava “passar” a transmissão lá para a câma-
ra, e o locutor não chegava para os textos de abertura,
publicidade, chamadas. Meu chefe, de lá, tomou a inicia-
tiva: – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá pro 
estúdio e ponha a rádio no ar. Vamos lá, firme, coragem! – foi 
a minha primeira experiência: fiz tudo como mandava e ele 
pôde, assim, transmitir tudo sem problemas.
No dia seguinte, muita apreensão logo de manhã, aguar-
dando o homem. Será que tinha alguma crítica? Mas eis que 
ele chega, simpático e sorridente como sempre, e me abraça.
– Muito bem! Você está aprovado. Quer começar ama-
nhã na locução?
Alguns meses antes do seu falecimento, reencontrei-o 
num lançamento de livro: era o mesmo de cinquenta e tantos 
anos atrás: magrinho, calva luzidia, falante, sempre cheio de 
planos para o futuro.
E o chefe das pestanas brancas, anos depois: estreme-
cíamos quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazen-
do-nos entrar na sua sala imensa, já suando frio e atentos 
às suas finas e cortantes palavras. Olhar frio, imperturbável, 
postura ereta, ágil, sempre trajando ternos impecáveis. Suas 
atitudes? Dinâmicas, surpreendentes.
Uma vez, precisando de algumas instruções, perguntei a 
sua secretária se poderia “entrar”.
– Não vai dar. – Respondeu-me ela. – Está ocupadíssimo, 
em reunião. Mas volte aqui um pouco mais tarde. Vamos ver!
Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e quase 
não acreditei no que ouvi: – Sinto muito, o chefe está viajan-
do para a Alemanha.
Era bem diferente daquele outro da mesma empresa, 
descontraído, amigão de todos: não era somente um chefe, 
era um líder, bem conhecido entre os revendedores. Todos 
sentíamos prazer em trabalhar com ele, e para ele. Até quan-
do o serviço resultava numa sonora bronca – sempre justifi-
cada, é claro. Jeitão simples, de fino humor, tratava tudo com 
o tempero da sua criatividade nata. “Punha para frente” até 
quem precisava demitir: intercedia
lá fora em seu favor, o que víamos com nossos próprios 
olhos.
Não chamava ninguém do seu pessoal a toda hora, a não 
ser que o assunto fosse sério mesmo: se tinha algo a tratar 
no dia a dia, chegava pessoalmente, numa boa, às vezes até 
sentava numa de nossas mesas para expor o assunto. Aliás, 
era o único chefe que se lembrava de me dar um abraço e 
dizer “parabéns” no dia do meu aniversário.
(Gustavo Mazzola, Correio Popular, 04.09.2013, http://zip.
net/brl0k3. Adaptado)
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 18. Para 
permanecer na memória, na opinião do autor, o chefe deve
A. esquivar-se de dar ordens aos funcionários.
B. saber ignorar as reclamações de seus subalternos.
C. ser amável e permissivo com seus colaboradores.
D. desconsiderar a hierarquia e tratar a todos como iguais.
E. ter qualidades singulares, que fogem ao usual.
Texto: (...) Mas há outros cujas marcas acabam ficando 
bem nítidas na memória: são aqueles donos de qualidades 
incomuns.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 20. No 
texto, o autor faz referência a três chefes que teve e, ao
apresentá-los,
A. sugere que os três eram idênticos no modo de agir 
e na maneira de se relacionarem com seus funcionários.
B. restringe-se à descrição de traços psicológicos, pois 
foi o caráter, e não a aparência, daqueles homens que ficou 
gravado em sua memória.
C. recorre a sua própria memória, evocando eventos 
do passado para ilustrar o comportamento desses chefes.
D. fornece informações sobre seu próprio percurso 
profissional, mostrando que, embora tivesse trocado de 
chefe, nunca trocou de emprego.
E. estabelece uma escala decrescente de importância, 
em que os chefes são mencionados conforme a posição 
que ocupavam na hierarquia da empresa.
O autor apresenta seus ex-chefes recorrendo as suas me-
mórias, descrevendo o comportamento de cada um deles.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 21. Se-
gundo o autor, o primeiro chefe era um homem que
A. era comedido para falar.
B. era circunspecto e cauteloso.
C. não gostava de correr riscos.
D. parecia sempre melancólico.
E. tinha muitos projetos.
Texto: (...) o meu primeiro chefe / simpático e sorriden-
te como sempre / reencontrei-o num lançamento de livro: 
era o mesmo / sempre cheio de planos para o futuro.
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 22. A 
respeito do segundo chefe, o autor conta: “... estremecíamos 
quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazendo-nos en-
trar na sua sala imensa, já suando frio e atentos às suas finas 
e cortantes palavras”. Com isso, percebe-se que esse chefe
A. portava-se com muita afabilidade.
B. incutia medo a seus funcionários.
C. era notável por sua humildade.
D. expressava-se com cortesia e serenidade.
E. ficava encabulado diante dos funcionários.
Pelas palavras (estremecíamos / suando frio), nota-se 
que o chefe causava medo aos funcionários.
GABARITO OFICIAL: B
14
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 23. De 
acordo com o autor, as atitudes do segundo chefe eram
A. apáticas.
B. inesperadas.
C. previsíveis.
D. regradas.
E. vagarosas.
Texto (sempre!): (...) Suas atitudes?Dinâmicas, sur-
preendentes = se surpreendiam, então eram inesperadas.
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 24. 
No contexto do penúltimo parágrafo, ao afirmar que o 
terceiro chefe “não era somente um chefe, era um líder”, 
o autor chama a atenção para o fato de que esse chefe 
despertava, naqueles com quem trabalhava,
A. respeito e consideração.
B. indisciplina e rebeldia.
C. ansiedade e aflição.
D. obediência e inveja.
E. submissão e temor.
A frase do texto resume bem: Todos sentíamos prazer 
em trabalhar com ele, e para ele = respeito e admiração.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 27. As 
formas verbais conjugadas no modo imperativo, expres-
sando ordem, instrução ou comando, estão destacadas 
em
A. Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem 
nítidas na memória: são aqueles donos de qualidades in-
comuns. (primeiro parágrafo)
B. Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e 
quase não acreditei no que ouvi... (nono parágrafo)
C. – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, 
vá pro estúdio e ponha a rádio no ar. (segundo parágrafo)
D. Bem, o fato é que eu era o técnico de som do ho-
rário, precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e 
o locutor não chegava para os textos de abertura, publi-
cidade, chamadas. (segundo parágrafo)
E. ... estremecíamos quando ele nos chamava para 
qualquer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já
suando frio e atentos às suas finas e cortantes pala-
vras. (sexto parágrafo)
Aos itens:
A. há = presente / acabam = presente / são = presente
B. Voltei = pretérito perfeito / acreditei = pretérito 
perfeito
C. deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo im-
perativo afirmativo (ordens)
D. era = pretérito imperfeito / precisava = pretérito 
imperfeito / chegava = pretérito imperfeito
E. fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Escrivão de Polícia - 2014 - Questão 30. 
A passagem que permanece correta após o acréscimo do 
acento indicativo de crase, por seu uso ser facultativo no 
contexto, é:
A. ... o chefe está viajando para à Alemanha.
B. ... se tinha algo à tratar...
C. ... perguntei à sua secretária...
D. ... ponha à rádio no ar.
E. Não chamava ninguém do seu pessoal à toda hora...
Uso facultativo:
A. ... o chefe está viajando para à Alemanha. = sem 
acento grave ( já há a presença da preposição “para”)
B. ... se tinha algo à tratar = proibido (antes de verbo 
no infinitivo)
C. ... perguntei à sua secretária = ou a sua (pronome 
possessivo)
D. ... ponha à rádio no ar = proibido (não há crase, só 
presença de artigo)
E. Não chamava ninguém do seu pessoal à toda hora 
= proibido
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Agente de Polícia - 2013
Nova lei seca põe fim à brecha do bafômetro, mas de-
pende de tribunais
Rosanne D’Agostino
As novas regras que endurecem a Lei Seca devem aca-
bar com a brecha usada por muitos motoristas para fugir 
de punição. Segundo especialistas, recusar o bafômetro 
não vai mais impedir o processo criminal, mas há críticas à 
“subjetividade” do texto.
Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade 
policial de dizer quem está embriagado, e, para defensores 
da tolerância zero ao volante, a norma transfere aos tribu-
nais a tarefa de interpretar cada caso, dando margem para 
que motoristas alcoolizados escapem da Justiça.
A mudança no Código Brasileiro de Trânsito possibi-
lita que vídeos, relatos, testemunhas e outras provas se-
jam considerados válidos contra os motoristas embriaga-
dos. Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$ 
957,70 para R$ 1.915,40. Esse valor é dobrado caso o mo-
torista seja reincidente em um ano.
A lei seca havia sido esvaziada depois que o STJ (Supe-
rior Tribunal de Justiça) decidiu que o bafômetro e o exa-
me de sangue eram obrigatórios para comprovar o crime. 
Motoristas começaram a recusar os exames valendo-se de 
um direito constitucional: ninguém é obrigado a produzir 
provas contra si mesmo. O condutor era multado, perdia a 
carteira e tinha o veículo apreendido, mas não respondia a 
processo.
Agora, passa a ser crime “conduzir veículo automotor 
com capacidade psicomotora alterada em razão da influên-
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que deter-
mine dependência”. Com isso, o limite de álcool passou a 
ser uma das formas de se comprovar a embriaguez, e não 
mais um requisito de punição.
15
LIVRO DE QUESTÕES
O advogado constitucionalista Pedro Serrano avalia que 
as novas regras possuem conceitos subjetivos que podem 
abrir espaço para contestações no Supremo Tribunal Fede-
ral (STF). “No direito penal, o crime tem que ser previsto 
usando palavras precisas, e não palavras abertas. É muito 
vago falar em ‘afetar a capacidade psicomotora’. Isso acaba 
jogando na autoridade policial o poder de definir, e não na 
lei. Cabe à lei definir qual é a conduta proibida, e não à au-
toridade policial”, afirma.
Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz Soa-
res, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas 
embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”. “Agora 
basta qualquer tipo de prova que demonstre que você está 
embriagado. Não adianta recusar o bafômetro. A lei acabou 
com aquela situação do sujeito que sai cambaleando e não 
tem como comprovar que estava bêbado. Ele é encaminha-
do para a delegacia para o perito fazer o exame clínico”, diz.
(http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/12/nova-
-lei-seca-poe-fim-brechado-bafometro-mas-depende-de-
-tribunais.html. 21.12.2012. Adaptado)
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 01. De 
acordo com o texto,
A. a Lei Seca passou a considerar que “conduzir veículo au-
tomotor com capacidade psicomotora alterada em razão da in-
fluência de álcool ou de outra substância psicoativa” não é crime.
B. com a mudança no Código Brasileiro de Trânsito, ví-
deos, relatos e testemunhas deixam de ser considerados
válidos como prova contra os motoristas que estiverem 
embriagados.
C. para advogados, as novas normas diminuem o poder 
e a responsabilidade da autoridade policial, o que acabará 
dando margem para que motoristas alcoolizados escapem 
da Justiça.
D. para escaparem de processo criminal, muitos moto-
ristas recusavam-se a fazer o teste do bafômetro, valendo-
-se do direito de não serem obrigados a produzir provas 
contra si mesmos.
E. as novas regras tornam mais rigorosa a Lei Seca, embo-
ra não sejam suficientes para coibir os motoristas, que pode-
rão continuar recusando o bafômetro, o que evita a punição.
A única alternativa que está expressa no texto é: Mo-
toristas começaram a recusar os exames valendo-se de um 
direito constitucional: ninguém é obrigado a produzir provas 
contra si mesmo.
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 02. De 
acordo com o texto, a crítica feita por advogados com
relação à subjetividade da Lei Seca se deve ao fato de 
que, segundo eles, as novas regras
A. não são claras o suficiente, de modo que recusar o 
teste do bafômetro continuará a impedir o processo crimi-
nal contra motoristas embriagados.
B. continuarão sendo ineficazes para punir aqueles ca-
sos em que o motorista, mesmo cambaleando, consegue 
escapar sem que se possa comprovar que ele estava bê-
bado.
C. possuem conceitos muito vagos, transferindo às au-
toridades policiais a tarefa de interpretar cada caso, quando 
caberia à lei definir qual é a conduta proibida.
D. são muito imprecisas, o que torna a lei inadequada, 
pois diminui o poder da autoridade policial e a responsabili-
dade em avaliar qual é a conduta proibida.
E. apesar de muito vagas, tornaram a Lei Seca demasiada-
mente severa, o que deve contribuir para que muitos motoris-
tas sejam punidos injustamente.
Texto: Para advogados, a lei aumenta o poder da autorida-
de policialde dizer quem está embriagado (...) Cabe à lei definir 
qual é a conduta proibida, e não à autoridade policial.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 04. A pala-
vra em destaque no trecho – Já para o juiz criminal
de São Paulo, Fábio Munhoz Soares, (...) a mudança “é um 
avanço”. – tem seu sentido contrário expresso em:
A. retrocesso.
B. devaneio.
C. vantagem.
D. esperança.
E. progresso.
“Avanço” tem o sentido de “progresso”; o enunciado quer 
o sentido contrário: retrocesso.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 06. Consi-
derando que o termo em destaque em – Esse valor
é dobrado caso o motorista seja reincidente em um ano. 
– estabelece relação de condição entre as orações, assinale a 
alternativa que apresenta o trecho corretamente reescrito, e 
com seu sentido inalterado.
A. Como o motorista é reincidente em um ano, esse valor 
é dobrado.
B. Se o motorista for reincidente em um ano, esse valor 
é dobrado.
C. Porque o motorista é reincidente em um ano, esse va-
lor é dobrado.
D. À medida que o motorista é reincidente em um ano, 
esse valor é dobrado.
E. Conforme o motorista for reincidente em um ano, esse 
valor é dobrado.
A conjunção “caso” dá a ideia de condição para que se 
dobre o valor da multa (caso o motorista seja reincidente). 
Outra conjunção condicional presente nas alternativas e que 
apresenta o mesmo sentido é “se”.
GABARITO OFICIAL: B
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 09. Assinale 
a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal.
A. Muito frequente, o desrespeito às leis e o consumo de 
álcool antes de dirigir tem provocado cada vez mais acidentes 
de trânsito.
B. Com a nova lei seca e o aumento da fiscalização, 
espera-se que diminua os acidentes provocados por moto-
ristas embriagados.
16
LIVRO DE QUESTÕES
C. Com a nova lei seca, tem sido intensificado a apreen-
são de carteiras de motorista e a condenação de conduto-
res embriagados que se envolvem em acidentes.
D. Insatisfeitos, alguns juristas têm reclamado do fato 
de, segundo eles, a nova lei possuir alguns conceitos pouco 
precisos.
E. A fiscalização passa a ser considerado de fundamen-
tal importância para que a nova lei seca possa cumprir o 
seu papel.
Acertos entre parênteses:
A. Muito frequente (frequentes), o desrespeito às leis e 
o consumo de álcool antes de dirigir tem (têm) provocado 
cada vez mais acidentes de trânsito.
B. Com a nova lei seca e o aumento da fiscalização, es-
pera-se que diminua (diminuam) os acidentes provocados 
por motoristas embriagados.
C. Com a nova lei seca, tem (têm) sido intensificado 
(intensificadas) a apreensão de carteiras de motorista e a 
condenação de condutores embriagados que se envolvem 
em acidentes.
D. Insatisfeitos, alguns juristas têm reclamado do fato 
de, segundo eles, a nova lei possuir alguns conceitos pou-
co precisos. = correta
E. A fiscalização passa a ser considerado (considerada) 
de fundamental importância para que a nova lei seca pos-
sa cumprir o seu papel.
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 10. 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o 
acento indicativo de crase está corretamente empregado 
em:
A. A população, de um modo geral, está à espera de 
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes.
B. A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen-
sarem a sua postura.
C. A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à 
punições muito mais severas.
D. À ninguém é dado o direito de colocar em risco a 
vida dos demais motoristas e de pedestres.
E. Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento 
da nova lei para que ela possa funcionar.
A. A população, de um modo geral, está à espera de 
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. 
= ok
B. A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen-
sarem = incorreta
C. A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à 
punições = incorreta (palavra no plural e sem presença de 
artigo; teria no caso de sujeitos às punições)
D. À ninguém = incorreta (antes de pronome)
E. Cabe à todos = incorreta (antes de palavra mascu-
lina)
GABARITO OFICIAL: A
O achado
Jamais em minha vida achei na rua ou em qualquer 
parte do globo um objeto qualquer. Há pessoas que acham 
carteiras, joias, promissórias, animais de luxo, e sei de um 
polonês que achou um piano na praia do Leblon. Mas este 
escriba, nada: nem um botão.
Por isso, grande foi a minha emoção ao deparar, no as-
sento do ônibus, com uma bolsa preta de senhora. O des-
tino me prestava esse pequeno favor: completava minha 
identificação com o resto da humanidade, que tem sempre 
para contar uma história de objeto achado; e permitia-me 
ser útil a alguém, devolvendo o que lhe faria falta.
A bolsa pertencia certamente à moça morena que via-
jara ao meu lado, e de quem eu vira apenas o perfil. Senta-
ra-se, abrira o livro e mergulhara na leitura. Absorta na lei-
tura, ao sair esquecera o objeto, que só me atraiu a atenção 
quando o ônibus já ia longe.
Mas eu não estava preparado para achar uma bolsa, e 
comuniquei a descoberta ao passageiro mais próximo:
– A moça esqueceu isto.
Ele, sem dúvida mais experimentado, respondeu sim-
plesmente:
– Abra.
Hesitei: constrangia-me abrir a bolsa de uma desco-
nhecida ausente; nada haveria nela que me dissesse res-
peito.
– Não é melhor que eu entregue ao motorista?
– Complica. A dona vai ter dificuldade em identificar o 
ônibus. Abrindo, o senhor encontra um endereço, pronto.
Era razoável, e diante da testemunha abri a bolsa, não 
sem experimentar a sensação de violar uma intimidade. 
Procurei a esmo entre as coisinhas, não achei elemento es-
clarecedor. Era isso mesmo: o destino me dava as coisas 
pela metade. Fechei-a depressa.
– Leve para casa – ponderou meu conselheiro, como 
quem diz: – É sua. Mas acrescentou: – procure direito e o 
endereço aparece.
Como ele também descesse logo depois, vi-me sozi-
nho com a bolsa na mão.
(Carlos Drummond de Andrade, “A bolsa e a vida”. In: 
Joaquim Ferreira dos Santos (org.) As cem melhores crô-
nicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. Adaptado)
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 11. De 
acordo com o narrador do texto,
A. em razão do hábito de se deixarem envolver pela 
leitura, as mulheres frequentemente esquecem objetos nos 
ônibus.
B. o passageiro que havia sido informado do encontro 
da bolsa aconselhara-o a não a abrir e nem a levar para casa.
C. grande foi a emoção por ele experimentada ao en-
contrar no assento do ônibus uma bolsa esquecida por 
uma mulher.
D. ele próprio já encontrara os mais variados objetos; 
entre eles, botões, joias, notas promissórias e até animais 
de luxo.
E. por causa da sensação de estar entrando na vida 
particular de alguém, ele resolveu abrir a bolsa longe de 
qualquer testemunha.
17
LIVRO DE QUESTÕES
Ao texto: Por isso, grande foi a minha emoção ao de-
parar, no assento do ônibus, com uma bolsa preta de senho-
ra. O destino me prestava esse pequeno favor: completava 
minha identificação com o resto da humanidade, que tem 
sempre para contar uma história de objeto achado.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 12. Se-
gundo o texto, o homem que encontrou a bolsa no assento
do ônibus
A. por não estar preparado para encontrar uma bolsa 
de mulher, limitou-se a deixá-la no local em que estava.
B. entregou-a imediatamente ao motorista, conforme 
orientação do passageiro que se encontrava próximo.
C. não deu importância ao acontecimento, por já ter 
várias histórias para contar sobre objetos que encontrara.
D. ficou receoso, pois a ideia de abrir a bolsa de alguém 
a quem não conhecia deixava-o embaraçado.
E. escondeu-a do passageiro que se encontrava próxi-mo, com receio de que ele quisesse ficar com a bolsa.
Dentre os itens, o único coerente com o texto é: o ho-
mem que encontrou a bolsa ficou receoso, pois a ideia de 
abrir a bolsa de alguém a quem não conhecia deixava-o 
embaraçado = (...) constrangia-me abrir a bolsa de uma 
desconhecida ausente.
Gabarito oficial: D
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 15. Em – 
Jamais em minha vida achei na rua ou em qualquer
parte do globo um objeto qualquer. –, o termo em des-
taque introduz ideia de
A. posse.
B. modo.
C. tempo.
D. direção.
E. lugar
O enunciado já nos dá a resposta: na rua ou em qual-
quer parte do globo = qualquer outro lugar do globo!
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 16. Em – 
O destino me prestava esse pequeno favor: completava
minha identificação com o resto da humanidade, que 
tem sempre para contar uma história de objeto achado; – o 
pronome em destaque retoma a seguinte palavra/expres-
são:
A. o resto da humanidade.
B. esse pequeno favor.
C. minha identificação.
D. O destino.
E. completava.
Completava minha identificação com o resto da huma-
nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma história 
de objeto achado = pronome relativo que retoma o resto da 
humanidade.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 18. Con-
sidere o trecho:
– Leve para casa – ponderou meu conselheiro, como 
quem diz: – É sua. Mas acrescentou: – procure direito e o 
endereço aparece.
Sem que seja alterado o sentido do texto e de acordo 
com a norma-padrão da língua portuguesa, o termo em 
destaque pode ser corretamente substituído por:
A. Porém.
B. Portanto.
C. Porquanto.
D. Por isso.
E. Pois.
“Mas” é conjunção adversativa – empregada para ini-
ciar períodos que apresentarão ideia contrária à expressa 
na oração com a qual se relacionam (exemplo: Comprou o 
material para o concurso, mas não o leu). Outra conjunção 
adversativa que daria o mesmo sentido ao período é “po-
rém”.
GABARITO OFICIAL: A
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 19. Con-
sidere o trecho apresentado a seguir:
O destino me prestava esse pequeno favor: completa-
va minha identificação com o resto da humanidade...
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para 
o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, tem-se, de 
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa:
A. O destino me prestará esse pequeno favor: com-
pletará minha identificação com o resto da humanidade...
B. O destino me prestou esse pequeno favor: comple-
tou minha identificação com o resto da humanidade...
C. O destino me prestaria esse pequeno favor: com-
pletaria minha identificação com o resto da humanidade...
D. O destino me prestasse esse pequeno favor: com-
pletasse minha identificação com o resto da humanidade...
E. O destino me presta esse pequeno favor: completa 
minha identificação com o resto da humanidade...
Passemos a frase para o presente, depois a procuremos 
nos itens:
O destino me presta esse pequeno favor: completa mi-
nha identificação com o resto da humanidade...
GABARITO OFICIAL: E
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 20. As-
sinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, 
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
A. O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
B. O homem se indignou quando propuseram-lhe que 
abrisse a bolsa que encontrara.
C. Nos sentimos impotentes quando não conseguimos 
restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
D. Para que se evite perder objetos, recomenda-se que 
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
E. Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
18
LIVRO DE QUESTÕES
Correções entre parênteses:
A. O passageiro ao lado jamais imaginou-se (jamais se 
imaginou)
B. O homem se indignou quando propuseram-lhe (lhe 
propuseram)
C. Nos sentimos (Sentimo-nos)
D. Para que se evite perder objetos, recomenda-se que 
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. = ok
E. Em tratando-se (Em se tratando)
GABARITO OFICIAL: D
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 21. Con-
sidere o trecho a seguir.
É comum que objetos ____________ esquecidos em lo-
cais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evita-
dos se as pessoas __________ a atenção voltada para seus 
pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
vamente, as lacunas do texto.
A. sejam ... mantesse
B. sejam ... mantém
C. sejam ... mantivessem
D. seja ... mantivessem
E. seja ... mantêm
Completemos as lacunas e depois busquemos o item 
correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do ver-
bo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver):
É comum que objetos sejam esquecidos em locais 
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se 
as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus 
pertences, conservando-os junto ao corpo.
GABARITO OFICIAL: C
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 22. As-
sinale a alternativa em que a pontuação está corretamen-
te empregada, de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa.
A. Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, 
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida-
de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encon-
trar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
B. Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, em-
bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar 
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
C. Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encon-
trar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
D. Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, em-
bora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar 
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
E. Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, em-
bora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar 
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
Fiz um (X) nas pontuações inadequadas
A. Diante da testemunha, o homem, (X) abriu a bolsa 
e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti-
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) 
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a 
sua dona.
B. Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, em-
bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar 
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 
= ok
C. Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 
embora, (X) experimentasse, (X) a sensação de violar uma 
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando 
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a 
sua dona.
D. Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 
embora, (X) experimentasse a sensação de violar uma inti-
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) 
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a 
sua dona.
E. Diante, (X) da testemunha (faltou vírgula) o homem 
abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação, (X) 
de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisi-
nhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar 
quem era a sua dona.
GABARITO OFICIAL: B
Leia a tirinha para responder às questões de números 
23 e 24.
(Quino, Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 
2010)
19
LIVRO DE QUESTÕES
PC-SP - Agente de Polícia – 2013 - Questão 23. Em 
– ... “Responder com simplicidade e clareza às perguntas dos 
filhos”....

Continue navegando