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Que Futuro para os Museus André Desvallées Introdução à Museologia 2014.2 SOBRE AUTOR E OBRA André Desvallées, conceituado museólogo francês. Conservador geral honorário do patrimônio (Museus de França). Foi o assistente de Georges Henri-Rivière para a concepção do Museu das Artes e Tradições populares (musée des Arts et Traditions populaires) e das suas exposições. Ensinou museologia na École du Louvre. Membro ativo do Comitê Internacional de Museologia. Autor de livros e artigos nas áreas de etnologia e museologia. Artigo publicado no ano de 2003 na revista Lugar em aberto parte 1 Introdução e Contexto Histórico O século XVIII é marcado por fatos históricos que mudaram o cenário não só da Europa, mas também de uma grande parcela do mundo. Dentre eles: Iluminismo e Revolução Francesa. Que contribuíram para a ideia de “Patrimônio Coletivo” parte 1 Introdução e Contexto Histórico Cerca de 500 anos surgiram os ditos museus, suas formas iniciais em galerias particulares e gabinetes de curiosidades. Assim, através dessa evolução, André Desvallées discutirá sobre fatores importantes que nos levam a refletir sobre o papel e o real sentido dos museus atualmente. Como: Patrimônio coletivo X Mercadoria Preservação da Memória X Ostentação e acumulação Museu X Avanço da tecnologia Com o avanço da tecnologia e telecomunicações desde a década de 1990, os questionamentos ganham força. Com a abundância desdes meios as instituições como museus correm o risco de perder a sua alma e essência. Devido a estas mudanças cabe a nós formularmos os questionamentos, o autor cita que vivemos em uma virada tão importante quanto a que sucedeu na Europa do século XVIII. parte 1 final. O sentido do museu e a relação com o conteúdo e com os utilizadores Final dos anos de 1960 constituição da Nova Museologia Na visão da Nova museologia, o museu deve escolher uma linguagem acessível e outro conteúdo. Enquanto que a coleção deve se tornar propriedade dos habitantes onde o museu esta localizado. Com este novo pensamento são criados projetos diferenciados como o Eco-museu. Linguagem considerada esotérica, dificultando a compreensão dos visitantes. Coleções como propriedade dos gestores. Criticas com relação a museologia e o museu tradicional: Ecomuseu Itaipu Atentados físicos ao patrimônio As ameaças aos patrimônios culturais que sempre existiram aumentaram. Principais fatores: Guerras Razões econômicas Poluição Atentados morais ao patrimônio Mercantilização do patrimônio - Mercantilização da cultura Consumo excessivo dos bens de coleção - Multiplicam as exposições - Desenvolvimento do turismo Museus são vistos como lugar de acontecimentos envolvendo produtos qualificados como "culturais", assim obras e exposições vistas economicamente transformam o público de proximidade em público de superfície, ou seja, consumidores. Turistas. Os perigos que podem ser evitados Adaptação uniforme do sistema de exposição nos museus (fundo preto e iluminação medida e dirigida) por George Henri Rivière em 1961. Museu de Berlin-Dahlem e National Gallery de Washington Entrada do capital e Arquitetos nos museus em 1978 resultando na criação de Lei de Bases Arquitetos X Conservadores Arquitetos X Conservadores X Grupos políticos e econômicos parte 2 Hapuque final Discurso expositivo A preocupação dos Arquitetos em decorar, deixando de lado o discurso expositivo. Fazem “decoração” e não se importam com o conteúdo. Não pensam na exposição das peças; A exposição se torna um acontecimento Criação plástica + Criação expográfica = EXPOSIÇÃO Iluminação; Escolha de cores; Executam criações plásticas. parte 2 Hapuque Discurso expositivo Segunda metade dos anos 60, exposição sobre Toutankhamon. parte 2 Hapuque Discurso expositivo “De agora em diante se analisa a exposição e não as obras.” Rollan Recht (historiador da arte francês) Por essa via, atinge-se outro perigo, evidenciado por Philippe Breton, na sua obra “Utopia da Comunicação” “ A informação, deve sempre corresponder à exigência do ‘pleno’, do preenchimento máximo, enquanto que a produção do saber se apoia bastante na identificação e na aceitação de zonas de ignorância” (1997:142). O seu objetivo é frequentemente mais a mediação da mensagem do que a mensagem em si. A degradação das competências A deriva faz com que os museus sejam dirigidos por administradores polivalentes e especialistas, que eram antigos conservadores, se tornem mais generalistas. parte 2 Hapuque final Novas Tecnologias: O lugar dos novos media e a relovução do visual e do virtual. As aplicações das novas tecnologias atuam como complementos em quatro campos do museu. Gestão das coleções: Informatização, digitalização e colocação em rede. Pesquisa: Análise e ilustração de materiais e técnicas. Reconstituição e simulação. Parte 3 - monica e jessica Novas Tecnologias: O lugar dos novos media e a relovução do visual e do virtual. Complemento a Exposição: interatividade e caráter informativo. Codex Vaticanus: Parte 3 - monica e jessica Novas Tecnologias: O lugar dos novos media e a relovução do visual e do virtual. Produtos derivados comercializáveis: Pequenos suportes podendo conter desde acervos antigos a monografias de artistas. Permitindo a analise e comparações. Parte 3 - monica e jessica Novas Tecnologias: O lugar dos novos media e a relovução do visual e do virtual. Vantagens e inconveniências do uso público da digitalização. Facilitam a leitura sem transitar de uma sala para outra. Trocas e comunicações nas exposições com o uso da internet. Debate sobre a Restituição da Matéria Parte 3 - monica e jessica A informatização documental, a digitalização de imagens e a colocação em rede foram associados a alguma forma de museologia tradicional. Consequências do multimídia e Internet Um grande salto, desde que os documentos e as imagens foram disponibilizados ao publico, foi a criação de um museu virtual. Consequências do multimídia e Internet A enciclopédia possibilita a experiência do visível em um local fechado. C. F. Neickel e a sua Museographia (1727), sobre os museus: o museu se encontra definido como uma câmara, como um local onde "as raridades naturais e artísticas de todos os gêneros emparelhavam com livros bons e úteis". A introdução da internet nas atividades museológicas. Maori Ross Himona: "A terra mítica dos meus antepassados encontra-se, a partir de agora, na Internet". O risco de ocultação de informação quando ela é transferida para as mídias. Que Futuro para os Museus Conclusão: Como em qualquer outro domínio, o positivo e o negativo se equilibram: de positivos todas as vantagens associadas à reprodução e às inter-relações; de negativo, a ausência de contato não somente material, mas carnal com a realidade.
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