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Brasília, 2016 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PGRS Presidente: Antonio Oliveira Santos Chefe do Gabinete da Presidência: Lenoura Schmidt SETEMBRO, 2016 Assessoria de Gestão das Representações (AGR): Wany Liete Pasquarelli Redação técnica: Cristiane de S. Soares Diagramação: Ricardo Almeida - Programação Visual/Ascom Revisão: Lívia Campos agr@cnc.org.br C748p Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Plano de Gestão de Resíduos Sólidos PGRS / Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. – Brasília, DF : Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, 2016. 64 p. : il. color. ; 21 cm. 1. Logística empresarial. I. Título. CDD 658.78 CNC - RIO DE JANEIRO Av. General Justo, 307 CEP: 20021-130 PABX: (21) 3804-9200 CNC - BRASÍLIA SBN Quadra 1 Bl. B - n° 14 CEP: 70041-902 PABX: (61) 3329-9500/3329-9501 www.cnc.org.br SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...................................................... 5 CENÁRIO GERAL ..................................................... 7 OS PRINCÍPIOS ........................................................ 8 OS RESÍDUOS .......................................................... 9 O PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................ 16 ETAPAS DO PGRS .................................................. 19 ETAPA 1 ................................................................... 20 CRIAÇÃO DA COMISSÃO GESTORA DA SUSTENTABILIDADE ETAPA 2 ................................................................... 22 DIAGNÓSTICO ETAPA 3 ................................................................... 25 CONSULTA AOS SETORES ETAPA 4 ................................................................... 26 PROCEDIMENTOS PARA A REDUÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ETAPA 5 ................................................................... 36 O PGRS PGRS PARA AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ............................................ 40 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ..................................... 42 GLOSSÁRIO ............................................................ 51 SIGLAS .................................................................... 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ 58 ANEXOS .................................................................. 59 CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 7 Apresentação A gestão integrada de resíduos sólidos deve ser encarada como um grande sistema interligado onde os governos federal, estadual e municipal devem investir em estruturas que se complementem e que sejam capazes de integrar os processos secundários que envolvam as cooperativas de recicláveis, os sistemas de logística reversa e as empresas de gestão de resíduos sólidos que atuam nos segmentos corporativos. Tais processos constituem-se em um grande desafio, não somente para os empresários da indústria, do comércio e para os consumidores, mas também para o poder público de todas as instâncias, que precisam adequar-se ao novo modelo, em que a coleta seletiva passa a ser o principal canal de descarte. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), além de obrigações, constituiu diretrizes para o estabelecimento de boas práticas ambientais, incluindo todos os segmentos empresariais independentemente do seu porte ou área de atuação. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mantém seu compromisso com as questões ambientais, orientando suas federações filiadas e o empresariado nacional ligado ao comércio de bens, serviços e turismo para a observância e cumprimento de legislações, normas, regulamentos e acordos internacionais. Sendo assim, esta publicação propõe-se a apresentar o passo a passo para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), instrumento que, além de ser uma obrigação legal, visa orientar as empresas de como devem identificar e dar destino aos resíduos sólidos decorrentes das atividades. O PGRS CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS8 pode, também, prestar-se a identificar desperdícios, otimizar a gestão de insumos, mitigar os descartes e consequentemente melhorar a competitividade. Assim, esperamos contribuir para o sucesso na concretização dessa nova forma de gerir o descarte de resíduos, ressaltando que é preciso manter o engajamento das Federações do Comércio e seus sindicatos filiados na observância das legislações e negociações que terão nos estados e municípios. Antonio Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 9 Cenário geral Há mais de quatro décadas, as sociedades contemporâneas vêm movimentando debates, ao redor do mundo, com relação ao problema da destinação dos resíduos sólidos. No Brasil, essa discussão teve início com a Lei nº 11.445/2007 (Política Nacional para o Saneamento Básico – PNSB) e depois com a Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS), cuja tramitação levou quase duas décadas no Congresso. A questão dos resíduos sólidos desponta como um dos grandes desafios do Brasil, alguns processos deveriam ter sido iniciados com a lei de saneamento básico e complementados por meio da PNRS, que introduziu mecanismos destinados à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado, inaugurando a chamada responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos entre setores públicos, inciativa privada e consumidores. Além da introdução do mecanismo de pactuação, denominado acordo setorial (art. 3º, inciso IV), que é um instrumento de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. A PNRS veio aprimorar as diretrizes para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS), onde as empresas devem apresentar ao poder público, como parte exigível no processo de licenciamento ambiental, ou como exigência para o funcionamento, a forma de gestão dos resíduos gerados nos seus processos produtivos. O empresariado do setor terciário precisa estar em conformidade com as normas ambientais a fim de atender as expectativas dos consumidores alinhados a uma consciência ambiental e dessa manter- se de forma competitiva no mercado consumidor. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS10 Os princípios A PNRS (BRASIL, 2010) representa um avanço e um desafio para a sociedade brasileira, pois necessita da participação de todos, instituindo um novo marco regulatório para a gestão dos resíduos no país que estabeleceu os princípios, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. No art. 6º encontram-se listados os princípios para a implementação da PNRS, entre os quais se destacam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e o reconhecimento do resíduo sólido, reutilizável e reciclável, como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. São princípios da PNRS: Princípios da PNRS não geração redução reutilização tratamento reciclagem CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 11 Os resíduos Os resíduos sólidos que estão abrangidos pela PNRS possuem a seguinte classificação: I - quanto à orIgem: a) Resíduos domiciliares b) Resíduos de limpeza urbana c) Resíduos sólidos urbanos (soma das letras “a“ e “b”) d) Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, excetuando-seas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j” CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS12 e) Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico f) Resíduos industriais g) Resíduos de serviços de saúde h) Resíduos da construção civil i) Resíduos agrossilvipastoriss j) Resíduos dos serviços de transportes e seus terminais k) Resíduos de mineração II - quanto à perIculosIdade: a) Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 13 apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. Os resíduos, de estabelecimentos comerciais, quando caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal. No entanto, a classificação segundo a Norma NBR 10.004 (ABNT, 2004) define critérios diferenciados e baseia-se nas características dos resíduos, se reconhecidos perigosos, ou quanto à concentração de poluentes em suas matrizes. o que são os resíduos classe I? São aqueles que apresentam periculosidade (risco à saúde pública ou ao meio ambiente), ou características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade ou que estejam citados nos anexos A ou B da norma. Classe I Classe II Perigosos Não perigosos A – Não inertes B – Inertes CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS14 São exemplos de resíduos perigosos: • Óleo usado ou contaminado (OLUC) • Embalagens de óleos lubrificantes • Lâmpadas contendo mercúrio • Medicamentos vencidos ou em desuso • Resíduos eletroeletrônicos o que são os resíduos classe II? A – NÃO INERTES Podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Orgânicos – os orgânicos possuem potencial para a compostagem, que são os restos de comida, cascas de alimentos, galhos, folhas secas, grama, etc. B – INERTES Quaisquer resíduos que não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da norma. São exemplos de inertes com potencial para a reciclagem: Resíduos de óleos comestíveis – são resíduos preocupantes devido aos impactos que provocam nas redes de saneamento e em CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 15 cursos d’água e, por isso, precisam de tratamento adequado. O óleo deve ser coletado separadamente e entregue em pontos de coleta voluntária, se houver, ou para associações e/ou cooperativas de reciclagem desse produto. Papel – papel A4, papelão, cartazes, cartolinas, envelopes, jornais, formulários contínuos, fotocópias, impressos em geral, lista telefônica, rascunhos escritos, revistas, papel de fax, etc. Plásticos – copos descartáveis de água e café, embalagens de água e refrigerante (PET), embalagens de produtos de limpeza, higiene e alimentos, vasilhas e potes, tampas, isopor e sacos, etc. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS16 Metais – latas de alumínio, arame, cabos metálicos, embalagens, esquadrias, ferragens, fios, etc. Vidros – cacos, copos, garrafas, potes, recipientes, frascos, etc. Resíduos de obras e construções – são os resíduos gerados em construções, reformas, reparos e demolições de obras. Nesse tipo de resíduo predominam materiais trituráveis reutilizáveis ou recicláveis (alvenarias, argamassas, concreto e asfalto), bem como materiais facilmente recicláveis, como embalagens em geral, tubos, fiação, metais e madeira que podem ser destinados para associações ou cooperativas de materiais recicláveis. Os resíduos como óleos, graxas, impermeabilizantes, solventes, tintas e baterias de ferramentas devem ser cuidadosamente segregados e possuem destinação específica, devido ao potencial perigoso, que devem ser observados. Reuse Warehouse Houston via Visualhunt.com / CC BY CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 17 Rejeitos – são os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. São considerados rejeitos: papel higiênico, papel toalha e guardanapo usado; palito de dente usado; filtro de cigarro. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS18 O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos O PGRS caracteriza-se como um instrumento de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e também possui o papel de integrar o sistema de gestão ambiental das empresas, incorporando os princípios da não geração e da minimização da geração de resíduos, apontando e descrevendo as ações relativas ao manejo, segregação, acondicionamento, identificação, coleta e transporte interno e externo, armazenamento temporário e externo, tratamento externo e disposição final. Empresas e o PGRS empresas de médio porte microempresas e empresas de pequeno porte empresas de grande porte m porte empresas de grande porte méd o porte PGRS CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 19 quaIs empresas devem elaborar o pgrs? Um conjunto de empreendimentos encontra-se previamente designado para que produza seus PGRS, no entanto, as governanças públicas, de qualquer instância, podem requerer que uma atividade produtiva elabore o PGRS. Estão incluídos na obrigatoriedade: 1. Geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico 2. Geradores de resíduos industriais 3. Geradores dos serviços de saúde 4. Geradores de resíduos não perigosos, mas cujo volume, natureza ou composição não se equiparem ao resíduo domiciliar conforme definido pelo órgão municipal 5. Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos 6. Empresas da construção civil 7. Responsáveis por atividades agrossilvipastoris 8. Responsáveis por terminais de transportes de cargas e passageiros e instalações equivalentes, incluindo as empresas de transporte CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS20 A elaboração do PGRS não exime o gerador da responsabilidade por danos causados pelo gerenciamento inadequado dos resíduos ou rejeitos identificados como provenientes das atividades de funcionamento das empresas. Sendo assim, cabe ao gerador do resíduo acompanhar e fiscalizar a empresa contratada para dar a destinação ambientalmente correta. No caso das empresas que produzem resíduos equiparados aos domiciliares, a responsabilidade cessa quando o gerador dispõe adequadamente seus resíduos para o sistema público de coleta. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 21 Etapas do PGRS O processo de elaboração do PGRS é composto por cinco (05) etapas, que são: a. Etapa 1 – Criação de uma comissão gestora de sustentabilidade b. Etapa 2 – Diagnóstico c. Etapa 3 – Consulta aos setores d. Etapa 4 – Procedimentos para a redução dos resíduos sólidos e. Etapa 5 – O PGRS Processo de construção do PGRS Etapa 4 Procedimentos para a redução dos resíduos sólidos Etapa 1 Criação de uma comissão gestora de sustentabilidade Etapa 2 Diagnóstico Etapa 3 Consulta Etapa 5 O PGRS CNC |PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS22 Etapa 1 CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO GESTORA DE SUSTENTABILIDADE A criação da comissão tem por objetivo facilitar o desenvolvimento das demais fases para a elaboração do plano, considerando que é necessário realizar o diagnóstico em cada um dos setores da empresa. A comissão poderá ser composta por cinco ou seis colaboradores, responsáveis por mais de uma área da empresa. No entanto, é essencial que a coordenação seja conduzida por profissional especializado, que também deverá atestar o PGRS como responsável técnico. Caberá à comissão estabelecer metas, processos e ações que visem a redução da geração de resíduos, assim como avaliar o desempenho e a conformidade dos prestadores de serviços contratados. É interessante que a comissão estabeleça uma matriz de responsabilidades para que a elaboração do PGRS possa transcorrer sem atropelos. Na redação final, o PGRS deve estar alinhado às legislações vigentes, a fim de facilitar a aplicação de metodologias e tecnologias que visem à melhoria contínua do processo de gestão dos resíduos sólidos da empresa. A comissão poderá ser a responsável pela gestão e guarda de documentos relacionados às licenças ambientais, aos documentos dos fornecedores, ao manifesto de resíduos, aos planos de contingências e emergências, aos inventários, aos indicadores gerenciais, aos relatórios e gráficos, etc. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 23 Composição da comissão gestora da sustentabilidade CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS24 Etapa 2 DIAGNÓSTICO O primeiro passo do diagnóstico é a descrição do empreendimento e atividade, podendo ser citada a missão e a visão da empresa, o organograma estrutural e o fluxograma detalhado das operações de cada setor. Internamente, o manejo dos resíduos dos estabelecimentos deve ser orientado por critérios técnicos que conduzam à minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente. Ficha de identificação da empresa Nome da Instituição: Endereço: Telefone de contato: Email: Nº de servidores Incluir o somatório dos servidores, estagiários e terceirizados Área Construída (m²) Informar se é prédio próprio ou alugado – Informar se é Edifício Sede – Idade do prédio: Observações: CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 25 Dados do responsável técnico pela implementação do PGRS O diagnóstico do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pode usar como base as informações obtidas por meio de: a. Caracterização dos resíduos sólidos produzidos, permitindo-se verificar a composição gravimétrica e os tipos de resíduos gerados no âmbito das atividades desenvolvidas nas diversas etapas do processo produtivo e nas áreas da empresa; b. Mapeamento dos atuais procedimentos realizados para o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados, contendo dados do programa coleta seletiva (série histórica) disponíveis, levantamento in loco da situação dos coletores utilizados, entre outras informações disponíveis. A caracterização dos resíduos consiste em adotar a classificação dos resíduos baseando-se nos laudos resultantes da análise química, segundo a NBR 10.004 (ABNT, 2004). Os resíduos, quando necessário, são submetidos aos testes de solubilidade e lixiviação (NBR 10.005, 2004; NBR 10.006, 2004), podendo complementar com outras análises necessárias na identificação dos seus componentes. Esta etapa é indispensável para quantificar, identificar e indicar a melhor forma para a segregação na origem dos resíduos gerados, assim como também viabiliza um fluxograma dos resíduos em cada uma das Nome do Responsável pelo PGRS: Cargo: Telefone: Email: Comissão responsável pela elaboração do PGRS: CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS26 etapas de funcionamento da empresa, desde sua origem até sua destinação final. A disposição final dos resíduos deverá ser realizada de acordo com as características e a classificação, podendo ser objeto de tratamento (reprocessamento, reciclagem, descontaminação, incorporação, coprocessamento, re-refino, incineração) ou disposição em aterros: sanitário ou industrial. Recomenda-se que a quantificação dos resíduos seja feita através da pesagem durante um período mínimo de sete (07) dias consecutivos, estabelecendo-se a média diária e a média mensal. Ficha técnica do resíduo No diagnóstico deverá ser identificada a categoria dos rejeitos, que são os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. São considerados rejeitos: papel higiênico, papel toalha e guardanapo usado; palito de dente usado; filtro de cigarro; etc. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 27 Etapa 3 CONSULTA AOS SETORES Para que o diagnóstico possa refletir todos os resíduos gerados na empresa é preciso verificar e avaliar os processos de produção, administrativos, comerciais e de comunicação, bem como as atividades acessórias que forem identificadas, que podem incluir os ambientes de circulação dos funcionários, salas de reunião, corredores, copa, refeitórios, vestiários, garagens, etc. Cada uma das áreas da empresa deve relacionar os resíduos sólidos gerados ou administrados, caracterizando a origem, o volume e a tipologia, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados. Quando as empresas possuem programas de recolhimento de alguns materiais que possuem valor econômico e os destinam para a reciclagem, tais programas deverão ser citados e descritos, considerando- se que a responsabilidade somente é cessada quando fica comprovada a destinação final ambientalmente correta. Ou seja, significa que em caso de doação dos resíduos sólidos às cooperativas de materiais recicláveis, a empresa deverá certificar-se da legalidade da cooperativa, das licenças ambientais, bem como dos processos de destinação ambiental dos resíduos e rejeitos. Nessa etapa, sugere-se consultar os setores para que se manifestem quanto às propostas que visem a implementação de ações para a redução na produção de resíduos sólidos. A assessoria de comunicação interna ou externa deve focar na elaboração de um plano de comunicação focado na educação ambiental, capaz de mobilizar, conscientizar e treinar os funcionários da empresa e terceirizados. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS28 Etapa 4 PROCEDIMENTOS PARA A REDUÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS segregação Após o diagnóstico e elaboração das fichas técnicas dos resíduos, dá-se a operação de segregação, que consiste na operação de separação dos resíduos por classe, conforme norma ABNT NBR 10.004 (2004), identificando-os no momento de sua geração, buscando formas de acondicioná-lo adequadamente, conforme a NBR 11.174 (1989) (resíduos classes II e III) e NBR 12.235 (1987) (resíduos classe I), bem como a melhor alternativa de armazenamento temporário e destinação final. Caracterização e segregação dos resíduos Fonte: NBR 10.004 (ABNT, 2004) CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 29 A adequada segregação visa garantir a possibilidade de reutilização, reciclagem e segurança no manuseio. A mistura de resíduos incompatíveis pode causar: geração de calor, propiciar o fogo e a explosão, bem como a produção de fumos e gases tóxicos, gases inflamáveis e solubilização de substâncias tóxicas, dentre outros. A contaminação, além dos riscos citados, também pode vir a comprometer o valor econômico do volume arrecadado. Para garantir a correta segregação, os recipientes e os locais de armazenamento temporário devemser adequadamente identificados, utilizando-se simbologias baseadas nas normas da NBR 7.500 (ABNT, 2004) a 7.504 (ABNT, 2001) e na Resolução Conama nº 275 (2001), procurando orientar quanto ao risco de exposição. coleta Os procedimentos de coleta deverão ser descritos conforme a característica do resíduo e a periodicidade da produção, dependendo das propriedades de cada tipo de resíduo, os padrões de transferência, acondicionamento e armazenamento temporário são alterados. Na descrição dos procedimentos de coleta e transporte interno deve ser informado se a atividade será manual ou mecânica, caso seja mecanizada, os equipamentos deverão ser relacionados juntamente com as especificações técnicas do fabricante. Sendo assim, é necessário especificar, por tipo ou grupo de resíduos, os modelos de recipientes utilizados para o acondicionamento, especificando a capacidade e descrevendo os procedimentos para o correto fechamento, vedação e manuseio dos recipientes, de forma a evitar vazamentos e/ou ruptura dos mesmos, bem como a simbologia de identificação compatível com o tipo de resíduo acondicionado. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS30 Caso os resíduos sejam enquadrados na classe I, será preciso verificar as normas requeridas para a coleta interna, para o armazenamento temporário e para o transporte externo. armazenagem temporárIa Os locais de transbordo (armazenamento temporário) também podem servir como área para operações simples de pré-tratamento, tais como redução de volume e enfardamento. Tais áreas devem ser devidamente sinalizadas e devem obedecer às normas para a contenção de contaminação. Assim, na etapa de armazenamento temporário de resíduos, é preciso observar as medidas recomendadas para a segurança e proteção ambiental, tais como: X Impermeabilização do piso; X Cobertura e ventilação; X Drenagem de águas pluviais; X Drenagem de líquidos percolados e derramamentos acidentais; X Bacia de contenção; X Isolamento e sinalização; X Acondicionamento adequado; X Controle de operação; X Treinamento de pessoal; CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 31 X Monitoramento da área; X Recipientes e tambores rotulados e em bom estado de conservação; X Localização, em planta baixa, das áreas de estocagem temporária dos resíduos. transporte Toda a logística para a movimentação dos resíduos, desde a sua geração até a destinação final, deve levar em consideração o sistema interno de coleta, os veículos e modais de transporte, avaliando-se os trajetos mais curtos e seguros até a destinação final adequada. As rotas internas para coleta devem ser demonstradas por meio de plantas baixas ou croquis. Para a descrição do procedimento da coleta dos resíduos, o transporte e consequentemente a destinação final, é preciso especificar para cada grupo de resíduo, a frequência, o horário de retirada e o tipo de veículo de transporte. Os operadores logísticos externos devem ser identificados (nome, endereço, telefone/fax, sítios eletrônicos e os dados do responsável técnico) e apresentar as devidas autorizações e licenças necessárias. Para os resíduos que receberão o tratamento externo, deverá ser descrito o princípio tecnológico das alternativas de tratamento adotadas para cada tipo de resíduo, indicando os equipamentos utilizados, informando tipo, marca, modelo, características, capacidade nominal e operacional. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS32 Para todas as empresas contratadas para a gestão de resíduos, apresentar: a. Licença ambiental para manejo do resíduo e unidade receptora observando-se a classe de enquadramento b. Licença para transporte de resíduos pré-tratamento Quando for necessário ocorrer no local o pré-tratamento deverá ser descrito quanto aos seus princípios de funcionamento, indicando e descrevendo as especificações técnicas dos equipamentos utilizados, bem como o tipo e a quantidade de resíduos a serem tratados. Também é preciso assinalar em planta baixa a localização do(s) equipamento(s) utilizado(s) no pré-tratamento. Da mesma forma que as áreas de armazenamento devem obedecer às regras de operação e segurança ambiental, as áreas de pré-tratamento, quando não forem as mesmas utilizadas pelo armazenamento, devem adotar o mesmo regramento. Também para essa etapa deve ser especificado o tipo, a quantidade e as características dos resíduos gerados pelos equipamentos de tratamento. ações para a redução de resíduos O programa de redução na fonte consiste na implementação de técnicas e procedimentos que visem reduzir a geração ou minimizar a presença dos principais contaminantes presentes no resíduo. A partir do diagnóstico deve-se relacionar todas as atividades que serão executadas dentro das metas e dos prazos preestabelecidos pela comissão gestora a fim de viabilizar a implantação do plano de gerenciamento de resíduos sólidos da empresa. Para a definição CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 33 das atividades, deve-se levar em consideração além do diagnóstico, a existência de ações e de programas que estejam em andamento, considerando a eficiência para determinar a continuidade ou, caso necessário, empreender proposta de reavaliação das ações. As metas para a redução da geração, bem como os resíduos destinados à reutilização e à reciclagem, devem ser especificadas, em tipo e quantidade. Identificando a destinação dos resíduos passíveis de reutilização ou reciclagem, seja uma empresa especializada ou cooperativa. Varjão em Brasília CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS34 plano de segurança e contIngêncIas A gestão de resíduos prescinde a segurança laboral dos colaboradores envolvidos nas operações de coleta, acondicionamento e transporte de tais materiais, por essa razão é preciso relacionar a lista de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) a serem utilizados em cada uma das etapas. O plano de segurança e contingências deve ser condizente aos resíduos gerenciados e dessa forma descrever os procedimentos e medidas a serem adotados em situações de acidentes ou incidentes: X Anormalidade no funcionamento dos equipamentos; X Rompimento de recipientes; X Vazamento e derrame de líquidos dos resíduos; X Vazamento de inflamáveis; X Incêndios; X Escape de gases; X Situações indesejáveis. O plano deverá também contemplar os procedimentos para higienização de EPI, fardamentos, equipamentos, recipientes e a relação de produtos químicos empregados. treInamentos Os treinamentos e capacitações devem estar previstos conforme os objetivos de cada etapa. Na implantação, as atividades devem estar mais direcionadas a sensibilizar, conscientizar e mobilizar, ou seja, ter um cunho voltado para a educação ambiental. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 35 Devem ser previstos capacitações operacionais para as coletas, a segregação e o manuseio dos resíduos, bem como o uso de máquinas e equipamentos, incluindo os de segurança. Também podem estar descritos os treinamentos necessários a subsidiar o plano de contingências, tais como combate a incêndios, acidentes com vazamentos, primeiros socorros, evacuação, etc. destInação fInal A destinação final deverá ser feita conforme Resolução Conama nº 313/02 e outras normas aplicáveis. Esses dados são fundamentais para o monitoramento das atividades realizadas, é importante que as empresas apresentem as seguintes informações: X Identificação do resíduo; X Quantidade destinada; X Indicação da destinação realizada. gerencIamento de passIvos ambIentaIs O passivo ambiental representa os danos causados ao meio ambiente, passando a ser de responsabilidadeda empresa a realização de ações que mitiguem, compensem ou reparem tais danos. Caso sejam identificados passivos ambientais, é preciso avaliar a extensão e gravidade do dano, e propor medidas para monitoramento e remediação dos danos. logístIca reversa A gestão do resíduo remete ao entendimento quanto à responsabilidade sobre o ciclo de vida dos produtos e, nesse sentido, inclui-se o conceito da responsabilidade compartilhada que envolve além dos consumidores, os fabricantes, os distribuidores, os comerciantes, os importadores e o governo. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS36 A PNRS definiu, no art. 33, os seguintes sistemas de logística reversa prioritários: 1) agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; 2) pilhas e baterias; 3) pneus; 4) óleos lubrificantes usados e contaminados e suas embalagens; 5) lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista; 6) produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 7) Posteriormente, por entendimento do Ministério do Meio Ambiente foram incorporadas às negociações dos acordos setoriais, as cadeias reversas para embalagens em geral (plásticas, metálicas ou de vidro) e medicamentos em desuso. Os sistemas de logística reversa estão sendo implementados e regulados por meio dos acordos setoriais nacionais, e as empresas que são signatárias ou estão participando como posto de entrega de resíduos pós-consumo devem mencionar tal atividade, ainda que não seja a responsável direta pela destinação final. Na caracterização da participação cabe citar o termo de adesão ao sistema, dados da entidade gestora responsável pelo sistema, quantidade de coletores, periodicidade da retirada, participação no plano de comunicação, descrição das atividades operacionais, etc. Dependendo do volume gerado pela empresa e considerando a existência ou não da coleta seletiva municipal, os resíduos recicláveis não perigosos podem ser destinados à cooperativas, considerando sua capacidade técnica e habilitação legal e ambiental para o manuseio de tais resíduos. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 37 Sistema de logística reversa Informações adIcIonaIs As empresas que detiverem passivos ambientais devem indicar as medidas saneadoras relacionadas a tais resíduos sólidos. Caso seja pertinente é possível, a fim de demonstrar lisura e transparência das informações, incorporar ao processo auditorias independentes de modo a avaliar as iniciativas adotadas para a redução na geração de resíduos, as metas e as medidas operacionais utilizadas, além das ações preventivas e corretivas. Também deve ser informada a periodicidade para a revisão, observando, caso pertinente, o prazo de vigência da respectiva licença ambiental de operação a cargo dos órgãos do Sisnama. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS38 Etapa 5 O PGRS O PGRS deve observar as diretrizes dos Planos Estaduais de Resíduos Sólidos e especialmente os planos municipais integrados, vale destacar que a inexistência do plano municipal de gestão integrada não é fator impeditivo para a elaboração, a implementação ou a operacionalização do PGRS. descrIção A descrição do PGRS deve conter todas as etapas preliminares para elaboração e implementação do plano. 1. Instalação da comissão gestora da sustentabilidade 2. Diagnóstico a. Segregação b. Classificação c. Volume d. Tipificação 3. Consulta aos setores a. Plano de comunicação b. Mobilização CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 39 c. Conscientização d. Treinamento/educação ambiental Da mesma forma é preciso proceder com a descrição das etapas metodológicas e operacionais a serem adotadas, bem como as normativas, instruções e legislações que estão sendo observadas. 1. Procedimentos operacionais a. Coleta b. Acondicionamento c. Pré-tratamento d. Armazenamento temporário e. Transporte f. Programa de redução de resíduos g. Plano de segurança e contingências h. Destinação final i. Integração com as logísticas reversas j. Informações adicionais 2. Metas, licenças ambientais e gerenciamento de passivos ambientais CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS40 conteúdo dos pgrs A Lei n° 12.305/2010 previu, no art. 21, o conteúdo mínimo para elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos apresentado a seguir: I - descrição do empreendimento ou atividade; II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos; CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 41 b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador; IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores; V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto; VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem; VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31; VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos; IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama ou de acidentes. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS42 PGRS para as microempresas e empresas de pequeno porte O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos das microempresas e empresas de pequeno porte (MPE), quando exigível, poderá ser inserido no plano de gerenciamento de empresas com as quais operam de forma integrada, desde que estejam localizadas na área de abrangência da mesma autoridade de licenciamento ambiental (art. 61). Ou seja, as empresas tipificadas nos incisos I e II do art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, podem adotar soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores. Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos consorciados ou compartilhados deverão conter a indicação individualizada das atividades e dos resíduos sólidos gerados, bem como as ações e responsabilidades atribuídas a cada um dos empreendimentos. Para as MPE deve ser dado um tratamento diferenciado, buscando adotar para os PGRS critérios e procedimentos simplificados, desde que as atividades por elas desenvolvidas não gerem resíduos perigosos. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 43 Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos das microempresas e empresas de pequeno porte poderão ser apresentados por meio de formulário simplificado, definido em ato do Ministério do Meio Ambiente, que deverá conter apenas as informações e medidas previstas no art. 21 da Lei nº 12.305, de 2010. MPE que gerem resíduos perigosos devem apresentar o PGRS, apenas aquelas que gerem resíduos equiparados aos domiciliares (papel, lixo comum) estão dispensadas de apresentar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. O PGRS é uma oportunidade para os pequenos e médios empresários reverem seus processos a partir de um entendimento mais amplo, que vai desde a cadeia de fornecimento das matérias-primas e insumos, design, embalagem e transporte, passando pela produção, atéo destino final do produto, refletindo ainda sobre sua função social e seu relacionamento com o consumidor. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS44 Legislação aplicável AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES, ANTT. Resolução no 420, 12 de fevereiro de 2004. Aprova as instruções complementares ao regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ANTT, 31 maio 2004. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, ANP. Portaria da ANP no 19, 18 de junho de 2009. Estabelece os requisitos necessários à autorização para o exercício da atividade de re-refino de óleo lubrificante usado ou contaminado, e a sua regulação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 jun. 2009. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, ANP. Portaria da ANP no 20, 18 de junho de 2009. Estabelece os requisitos necessários à autorização para o exercício da atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado e a sua regulação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 jun. 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 8.418. Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos. Rio de Janeiro, RJ, 1983. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 10.157. Aterros de resíduos perigosos – critérios para projetos, construção e operação. Rio de Janeiro, RJ, 1987. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 11.174. Armazenamento de resíduos classes II (não inertes) e III (inertes). Rio de Janeiro, RJ, 1990. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 11.175. Incineração de resíduos sólidos perigosos – padrões de desempenho (antiga NB 1.265). Rio de Janeiro, RJ, 1990. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 45 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 12.235. Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. Rio de Janeiro, RJ, 1992. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 12.807. Resíduos de serviço de saúde – terminologia. Rio de Janeiro, RJ, 1993. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 12.809. Manuseio de resíduos de serviços de saúde – procedimentos. Rio de Janeiro, 1993. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 13.463. Coleta de resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro, RJ, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 7.500. Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro, RJ, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 8.285. Preenchimento da ficha de emergência. Rio de Janeiro, RJ, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 8.286. Emprego da simbologia para o transporte rodoviário de produtos perigosos. Rio de Janeiro, RJ, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 7.504. Envelope para transporte de cargas perigosas – características e dimensões. Rio de Janeiro, RJ, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 7.501. Transporte de cargas perigosas. Rio de Janeiro, RJ, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 13.221. Transporte de resíduos – procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2002. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS46 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 10.004. Resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro, RJ, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 10.005. Lixiviação de resíduos – procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 10.006. Solubilização de resíduos – procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 10.007. Amostragem de resíduos – procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 9.735. Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos. Rio de Janeiro, RJ, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 17.505-5. Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – operações. Rio de Janeiro, RJ, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 13.221. Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, RJ, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 9.191. Sacos plásticos para acondicionamento de lixo. Rio de Janeiro, RJ, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT. NBR 7.503. Ficha de emergência para transporte de cargas perigosas. Rio de Janeiro, RJ, 2013. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 47 BRASIL. Lei Federal nº 6.938, 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 set.1981. BRASIL. Lei Federal nº 9.605, 12 de fevereiro de1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 fev. 1998. BRASIL. Decreto Federal nº 96.044, 18 de maio de 1988. Regulamenta o transporte rodoviário de produtos perigosos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 maio 1988. BRASIL. Lei nº 9.966, 28 de abril de 2000. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 abr. 2000. BRASIL. Lei Federal nº 9.974, 06 de junho de 2000. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxico, seus componentes e afins. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jun. 2000. BRASIL. Lei Federal nº 10.257, 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jul. 2001. BRASIL. Decreto nº 4.871, 06 de novembro de 2003. Dispõe sobre a instituição dos planos de áreas para o combate à poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional; Plano Municipal de CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS48 Gestão de Resíduos Sólidos, quando houver; Plano Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos, quando houver; Plano Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 nov. 2003. BRASIL. Lei Federal nº 11.445, 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 jan. 2007. BRASIL. Lei Federal nº 12.305, 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 ago. 2010. BRASIL. Decreto Federal nº 7.404, 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE, MS. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, ANVISA. Resolução Diretoria Colegiada, RDC nº 306, 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, nº 237, seção 01, ANVISA, 10 dez. 2004. MINISTÉRIO DA SAÚDE, MS. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, ANVISA. Resolução Diretoria Colegiada, RDC nº 40, de 5 de junho de 2008. Aprova o regulamento técnico para produtos de limpeza e afins harmonizado no âmbito do Mercosul através da Resolução GMC nº 47/07. Diário Oficial da União, Brasília, DF, no 107, ANVISA,06 jun. 2008. MINISTÉRIO DAS CIDADES, MCIDADES. CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, CONTRAN. nº 404. Classifica a CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 49 periculosidade das mercadorias a serem transportadas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, republicada por ter saído no Diário Oficial da União, Brasília, DF, nº 114, Seção 1, pág. 63, com incorreção no original. MCIDADES,14 jun. 2012. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, MDIC. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA, Inmetro. Portaria nº 221/91. Aprova o regulamento técnico – inspeção em equipamentos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel não incluídos e outros regulamentos. Brasília, DF, MDIC, 1991. MINISTÉRIO DO INTERIOR. Portaria MINTER nº 53, 01 de março de 1979. Estabelece normas aos projetos específicos de tratamento e disposição de recursos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação, operação e manutenção. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 mar. 1979. Seção do Executivo, p. 3356 e 57. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 06/88. Dispõe sobre a geração de resíduos nas atividades industriais. Brasília, DF, MMA, 1988. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 05/93. Estabelece normas relativas aos resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Brasília, DF, MMA, 1993. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 09/93. Dispõe sobre uso, reciclagem, destinação re-refino de óleos lubrificantes. Brasília, DF, MMA, 1993. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS50 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 275/01. Simbologia dos Resíduos. Brasília, DF, MMA, 2001. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 283/01. Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos RSS. Brasília, DF, MMA, 2001. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 307/2001. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Brasília, DF, MMA, 2001. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 313/2002. Inventário nacional de resíduos sólidos industriais. Brasília, DF, MMA, 2002. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONAMA. Resolução nº 316/2002. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Brasília, DF, MMA, 2002. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 348/2004. Altera a Resolução CONAMA nº 307/2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Brasília, DF, MMA, 2004. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 358/2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de saúde. Brasília, DF, MMA, 2005. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 51 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 362/2005. Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado e contaminado. Brasília, DF, MMA, 2005. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 401/2008. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado. Brasília, DF, MMA, 2008. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 404/2008. Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbano. Brasília, DF, MMA, 2008. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONAMA. Resolução nº 416/2009. Dispõe sobre a preservação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada. Brasília, DF, MMA, 2009. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 420/2009. Dispõe sobre os critérios e valores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Brasília, DF, MMA, 2009. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 424/2010. Revoga o parágrafo único do art. 16 da Resolução no 401, de 04 de novembro de 2008, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Brasília, DF, MMA, 2010. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS52 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, CONAMA. Resolução nº 450/2012. Altera os artigos 9o, 16, 19, 20, 21 e 22, e acrescenta o art. 24-A à Resolução nº 362, de 23 de junho de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. Brasília, DF, MMA, 2010. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, IBAMA. Instrução Normativa do Ibama no 1/2010. Institui, no âmbito do Ibama, os procedimentos necessários ao cumprimento da Resolução do Conama nº 416/2009, pelos fabricantes e importadores de pneus novos, sobre coleta e destinação final de pneus inservíveis. Brasília, DF, MMA, 2009. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, IBAMA. Instrução Normativa do Ibama nº 3/2010. Institui os procedimentos complementares relativos ao controle, fiscalização, laudos físico-químicos e análises, necessários ao cumprimento da Resolução do Conama nº 401/2008. Brasília, DF, MMA, 2010. MINISTÉRIO DO TRABALHO, MT. NR-25 Resíduos industriais. Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, Brasília, DF, MT, 1978. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 53 Glossário Acidente: qualquer evento súbito e não planejado, que cause ou possa vir a causar ferimento a pessoas ou danos a edifícios, a instalações, a materiais ou ao meio ambiente. Acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Agente tensoativo: qualquer substância ou composto que seja capaz de reduzir a tensão superficial ao estar dissolvido em água, ou que reduz a tensão interfacial por adsorção preferencial de uma interfase líquido-vapor e outra interfase (Anvisa, 2008). Área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos. Área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis. Biodegradabilidade: é a capacidade de biodegradação dos agentes tensoativos (Anvisa, 2008). Biodegradação: é a degradação molecular do agente tensoativo, resultante de uma ação complexa dos organismos vivos do meio ambiente (Anvisa, 2008). Carcinogenicidade: refere-se à possibilidade de uma substância ou agente ser capaz de induzir um carcinoma (ABNT, 2004). CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS54 Ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção dematérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final. Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição. Combustibilidade: propriedade que um composto tem de queimar e produzir calor. Contaminação: contato de alguma substância química com o meio circundante ou com seres humanos através das vias de exposição (ingestão, inalação ou dérmica). Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos. Corrosividade: o resíduo é caracterizado como corrosivo quando apresentar as propriedades descritas na NBR 10.007 (ABNT, 2004). Contaminação: é um processo que consiste na remoção física dos contaminantes ou na alteração de sua natureza química para substâncias inócuas. Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 55 de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Dureza: propriedade mecânica de medida da resistência de um material ao risco ou à uma deformação permanente. Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo. Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Incidente: evento não planejado que tem o potencial de levar a um acidente. Evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a um acidente. Pode ser considerado como um quase acidente. Inflamabilidade: o resíduo sólido é caracterizado como corrosivo quando apresentar as propriedades descritas na NBR 10.007 (ABNT, 2004). Lixiviação: método de separação de substâncias solúveis de substâncias insolúveis, retirando a solução que contém a porção solúvel. Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS56 setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010). Mutação: corresponde a uma modificação estrutural, de aparecimento súbito, que surge num gene ou cromossoma de um organismo, em que resulte a criação de um novo carácter ou traço, não encontrado no tipo paterno. Mutagenicidade: propriedade que tem um agente, substância ou fenômeno, em ser capaz de induzir ou aumentar a frequência de mutação num organismo (ABNT, 2004). Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender às necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras. Passivo ambiental: corresponde ao investimento que uma empresa deve fazer para que possa corrigir os impactos ambientais adversos gerados em decorrência de suas atividades e que não tenham sido controlados ao longo dos anos de suas operações. Patogenicidade: capacidade de um agente causar doença em indivíduos normais suscetíveis (ANVISA, 2004). Reatividade: o resíduo é caracterizado como corrosivo quando apresentar as propriedades descritas na NBR 10.007 (ABNT, 2004). Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa (BRASIL, 2010). CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 57 Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010). Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa. Sistema de Destinação Final: conjunto de instalações, processos e procedimentos que visam a destinação ambientalmente adequada dos resíduos em consonância com as exigências ambientais. Solubilidade: capacidade de uma substância se dissolver em outra. Teratogenicidade: capacidade de induzir malformações no embrião ou no feto (ABNT, 2004). CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS58 Toxicidade: propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo (ABNT, 2004). Tratamento: conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos. Turbidez: também chamada de turvação, é a propriedade física dos fluidos que se traduz na redução da sua transparência devido à presença de materiais em suspensão que interferem com a passagem da luz através do fluido. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 59 Siglas ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas EPI – Equipamentos de Proteção Individual OLUC – Óleo usado ou contaminado PET – Polietileno Tereftalato PNRS – Política Nacional de Resíduos SólidosPNSB – Plano Nacional de Saneamento Básico Sisnama – Sistema Nacional do Meio Ambiente SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Suasa – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS60 Referências bibliográficas BRASIL. Lei Complementar no 13, 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 dez. 2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE, MS. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, ANVISA. Resolução Diretoria Colegiada, RDC no 40, de 5 de junho de 2008. Aprova o regulamento técnico para produtos de limpeza e afins harmonizado no âmbito do Mercosul através da Resolução GMC no 47/07. Diário Oficial da União, Brasília, DF, no 107, 06 jun. 2008. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS: instrumento de responsabilidade socioambiental na administração pública. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Brasília, DF: 60p. 2014. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, UNIFESP. Fichas de emergência. Comissão de resíduos. Disponível em: http://www2. unifesp.br/reitoria/residuos//fichas-de-emergencia. Acesso 23 set. 2016. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 61 Anexos MODELO DE RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Fonte: MMA, 2014. RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1. Dados da Instituição Nome da Instituição: Endereço: Telefone de contato: Email: Nº de servidores Incluir o somatório dos servidores, estagiários e terceirizados Área Construída (m2) Informar se é prédio próprio ou alugado – Informar se é Edifício Sede – Idade do prédio: Observações: 2. Dados do relatório e responsável pelo PGRS Data de apresentação: Incluir a data de conclusão do relatório Período de avaliação: Incluir o período em que os dados foram coletados por exemplo: janeiro a julho/2014 Ciclo Informar se o monitoramento é semestral ou anual. Nome do Responsável pelo PGRS: Cargo: Telefone: Email: Comissão responsável pela elaboração do PGRS: Listar todos os membros que participam da Comissão na instituição CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS62 Resíduos Não Perigosos (classe II) Orgânicos Frequência de geração (mensal, semestral, anual, etc) etc) Quantidade gerada (Kg, ton, unidades, Restos de alimentos Galhos e folhas secas Observações: RecicláveisF requência de geração (mensal, semestral, anual, etc) etc) Quantidade gerada (Kg, ton, unidades, Papel Papelão Plásticos Metais Vidros Observações: Informar quantidade e frequência de reutilização de Papel Fonte: MMA, 2014. CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 63 Fonte: MMA, 2014. Resíduos de obras e reformas Frequência de geração (mensal, semestral, anual, etc) etc) Quantidade gerada (Kg, ton, unidades, Observações: Resíduos Perigosos Produtos Frequência de geração (mensal, semestral, anual, etc) etc) Quantidade gerada (Kg, ton, unidades, Lâmpadas Fluorescentes Baterias Pilhas Pneus Eletroeletrônicos Embalagens contaminadas com óleos Observações: CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS64 Rejeitos Produtos Frequência de geração (mensal, se- mestral, anual, etc) etc) Quantidade gerada (Kg, ton, unidades, Papel higiênico, palito d e dente, Observações: 4. Segregação Implanta Coleta Seletiva? S/N Adota Logística Reversa? S/N Possui plano de destinação de Resíduos Perigosos? S/N Adota outro processo? Informar Observações: 5. Transporte e Armazenagem Acondiciona embalagens de acordo com a classe de resíduo gerado? S/N Sempre observa as normas sobre período máximo de armazenamento? S/N Informar o responsável pelo transporte dos resíduos: Observações: Fonte: MMA, 2014. 7. Informações adicionais: Listar medidas para redução na fonte: Listar medidas que serão utilizadas para reduzir periculosidade: Informar sobre ações preventivas e corretivas adotadas: Observações: CNC | PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 65 Fonte: UNIFESP, 2015 TELEFONES EM CASO DE EMERGÊNCIA: BOMBEIROS 193 POLICIA MILITAR 190 DEFESA CIVIL 1 99 ÓRGAO AMBIENTAL 0800 xxxxxx POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 1 91 Brasília, 2016. Impresso em Couchê Matte 115 g/m². Famílias Adobe Garamond Pro e Helvética Neue LT Pro.
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