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Aula 6 Fundamentos de Informação

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Conversa Inicial 
Olá! Seja bem-vindo à sexta e última aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. 
Nela iremos vislumbrar alguns aspectos tecnológicos e novos horizontes que influenciam diretamente 
nossos sistemas de informação. 
 
 
 
Dentre os temas que iremos abordar encontram-se Business Intelligence, Gestão de Documento, 
Gestão do Conhecimento, Interação Humano-Computador e TI Verde. Todos eles, em vários 
níveis diferenciados, se interconectam com a área de hardware e software. 
Contextualizando 
Qual a importância de Business Intelligence, gestão de documento, gestão do conhecimento, IHC e TI 
verde para área de sistemas? 
Apesar de serem áreas diversificadas, elas são as maiores tendências em pesquisas e implementações 
nas organizações. E hoje você saberá o porquê. 
Sistemas de Business Intelligence estão entre os principais investimentos nos orçamentos dos gestores 
de informações e CIOS, e uma de suas principais características é a facilidade de uso. 
Dentre os principais componentes de um BI encontra-se o datawarehouse. 
Um datawarehouse (DW) é o armazém de dados alimentados com os dados transacionais oriundos dos 
diversos bancos de dados da empresa, inclusive dos sistemas de ERP. 
Sua principal característica é a não-volatilidade, ou seja, ele não altera o seu conteúdo com grande 
periodicidade. Os dados transacionais são alimentados no datawarehouse de forma indexada através de 
metadados. 
A figura a seguir representa a hierarquia de um datawarehouse com seus datamarts. Um datamart pode 
ser considerado um datawarehouse departamental, ou seja, em cada um deles são armazenados os 
dados de um departamento da empresa. Esses dados são pesquisados ou “minerados” por meio de 
ferramentas OLAP e datamining. 
Na arquitetura de tecnologias para um datawarehouse encontramos o datamining (mineração de 
dados), que é um processo de extração de informações desconhecidas de um datawarehouse ou de um 
datamart. 
 
 
A função dessa mineração é literalmente “descobrir” novos fatos (dentro da imensidão de dados dentro 
de um datawarehouse) que estão alinhados à inteligência humana e às tecnologias de suporte. 
Um dataming emprega tecnologias baseadas em inteligência artificial, com objetivo de analisar imensos 
volumes de dados armazenados em um datawarehouse ou datamart, para realizar pesquisas sobre 
tendências e padrões difíceis de serem concretizadas por gerentes ou analistas. 
Para que o usuário possa extrair as informações de um datawarehouse ou de um datamart existe o 
OLAP (On-line Analytical Processing) que funciona de forma multidimensional, customizada e 
interativa. 
O OLAP responde rapidamente às solicitações dos usuários, pois tem facilidade em trabalhar com 
quantidades volumosas de dados, e oferece inúmeras hipóteses e cenários, bem como identifica 
oportunidades de novos negócios. 
A Gestão Eletrônica de Documentos (GED) consiste em uma das tecnologias com maior potencial de 
utilização, pois propicia a digitalização de informações em formato de papel ou documentos, chegando 
até o gerenciamento de vídeos, imagens e sons. 
A digitalização consiste na captura das informações (textos e imagens) contidas em documentos por 
meio de scanners. Nela, são atribuídos índices de pesquisa e de armazenamento em um software de 
gerenciamento eletrônico de documentos. 
O GED vem substituindo o microfilme em bancos e outros tipos de empresas e possui as seguintes 
etapas conceituais: captura, armazenamento, gerenciamento, distribuição e preservação. 
Mesmo diante da evolução na digitalização dos documentos, alguns problemas persistem em seu 
gerenciamento, como: duplicação de documentos, versões desatualizadas, custos elevados de 
reprodução e de armazenamento, extravio constante de documentos e falta de controle na segurança de 
acesso a eles. 
 
 
Porém, um GED possui tecnologias que lhe asseguram o bom funcionamento diante das etapas 
conceituais. Veja quais são elas. 
Document Imaging (DI): responsável pela digitalização dos documentos. 
Scanners: convertem uma imagem analógica em uma imagem digital. 
O gerenciamento de imagens de documentos agiliza processos de consulta ou processamento e 
distribuição. 
O Documento Management (DM), ou gerenciamento de documentos, gerencia o fluxo de 
documentos digitais e permite o controle do acesso físico a documentos, propiciando segurança, além de 
acessos futuros. 
Workflow: fluxo automatizado de processos pode ser caracterizado como uma tecnologia que tem 
como funções monitorar, gerenciar e disparar ações e tarefas, organizando um processo administrativo 
de forma eletrônica. Ele reduz tempo e custo de determinada atividade sequencial, empregando banco 
de dados e web, e permitindo gerenciamento, revisão e integração de determinado processo de negócio. 
No GED também existem algumas ferramentas que ajudam no armazenamento e reconhecimento de 
informações como: 
Cold e ERM: armazenamento de dados oriundos de sistemas de informação em formato de relatórios e 
formulários. 
Forms Processing: reconhece informações a partir de formulários e as relaciona com campos em 
banco de dados. Suas tecnologias: OCR e ICR. 
OCR (Optical Character Recognition): utilizado para o reconhecimento sobre caracteres 
padronizados, como os documentos impressos. 
ICR (Inteligente Character Recognition): utilizado para reconhecer textos manuscritos. 
 
 
Tal tecnologia gera melhorias significativas no armazenamento e acondicionamento de documentos, no 
entanto, ainda há um caminho bastante longo no que se refere à gestão da recuperação das informações 
de forma mais rápida. 
Pesquise 
Conhecimento é resultado de um processamento de informações complexo e subjetivo. Ele interage com 
processos mentais lógicos e não lógicos, experiências anteriores, insights, valores, crenças, 
compromissos e inúmeros outros elementos que subjazem na mente do sujeito. 
O conhecimento pode transformar nossa visão sobre a realidade tanto quanto pode transformar nossa 
visão sobre ele mesmo, dependendo do contexto em que estamos inseridos, das escolhas que fazemos e 
das informações que temos à mão. 
A Gestão do Conhecimento surgiu após a 2ª. Guerra Mundial, cujo o maior desafio dos gerentes de 
países desenvolvidos é aumentar a produtividade dos trabalhadores do conhecimento e da área de 
serviços. 
Vivemos na era da sociedade do conhecimento! 
Trocando Ideias 
Como podemos melhorar o planeta e a nossa sociedade utilizando e desenvolvendo sistemas de 
informação? 
Reflita a respeito. 
 
 
Na Prática 
Interação Humano-Computador (IHC) é o estudo da interação entre pessoas e os computadores e 
trabalha de forma interdisciplinar o relacionamento entre computação, artes, design, ergonomia, 
psicologia, sociologia, semiótica, linguística e outras áreas afins. 
O estudo de IHC diz que a tecnologia serve para ser usada para maximizar nossas habilidades, e o uso 
de computadores deve ser o mais simples, seguro e agradável. 
A criação de sistemas difíceis de usar inviabilizam o sucesso de projetos de software, por isso a 
interdisciplinaridade no apoio ao design de interfaces interativas é tão importante. 
O design nos sistemas interativos, refere-se tanto ao processo criativo de especificar algo novo quanto às 
representações que se produzem durante a iteração e a exploração de requisitos e soluções de projeto. 
Num processo de design de sistemas interativos, pessoas são mais importantes que tecnologias. 
Um sistema interativo lida com a transmissão, exibição, armazenamento ou transformação de informação 
que as pessoas podem perceber, já a interface é a peça do sistema com a qual as pessoas têm contato 
físico, perceptivo ou conceitual. 
Uma área que cresce muito é o Design centrado no ser humano, que busca projetar sistemas 
interativos que favoreçam as pessoas e dos quais elas possam usufruir. 
O lema é o que a pessoa quer fazer e nãoo que a tecnologia pode fazer. 
Atentando para questões de diversidade, há dois conceitos muito relevantes dentro da área de IHC: a 
usabilidade e a acessibilidade. 
A usabilidade deve garantir que sistemas sejam fáceis de usar e de aprender, flexíveis e que despertem 
nas pessoas uma boa atitude. Para isso eles precisam ser eficazes e adaptáveis. 
 
 
Já a acessibilidade deve garantir que pessoas com qualquer diversidade (sejam elas físicas, 
conceituais, econômicas, culturais ou sociais) tenham direito ao acesso de sistemas. 
Para tanto, a W3C (World Wide Web Consortium), conduziu diretrizes para que todos tenham acesso às 
informações transmitidas por meio de tecnologias de software. 
Mas como é possível promover acessibilidade respeitando as limitações apresentadas pelos usuários? A 
resposta para essa pergunta está disponível no artigo a seguir. Confira! 
http://www.scielo.br/pdf/ci/v31n3/a09v31n3 
Uma proposta desafiadora dentro da área de IHC é do Design Universal. Conseguir unir esforços na 
elicitação dos requisitos e projeto de sistemas que sejam utilizáveis e acessíveis a todos. Esse projeto é 
complexo, porém, compensador. 
 
http://www.scielo.br/pdf/ci/v31n3/a09v31n3
Conceitos inovadores que acompanham a área de IHC também podem ser encontrados em estudos e 
trabalhos sobre CSCW, agentes e avatares, computação ubíqua, computação móvel, 
computação afetiva e interação social. Entenda melhor cada um deles: 
CSCW tem por principal o aspecto social de trabalho colaborativo e cooperativo através da rede, com 
diferentes domínios de aplicação e tipos de suporte. 
Agentes e avatares rompem as fronteiras entre IHC e a inteligência artificial. Uma arquitetura de alto 
nível de usuário, modelos de domínio e interação, juntamente com registro e diálogo, são alguns 
aspectos destes últimos componentes. 
A computação ubíqua ou pervasiva prevê que vestiremos ou incorporaremos todo tipo de 
dispositivo. Nos utilizaremos de técnicas como realidade aumentada, por exemplo. 
 
 
 
A computação móvel, muito difundida já, ainda possui dificuldade no entendimento de como as 
pessoas usam os dispositivos móveis e como elas poderiam ter melhores experiências e usá-los no 
futuro. 
Outro termo interessante que entra em cena é a computação afetiva, com teoria das emoções. É um 
campo ainda em desenvolvimento, que tem como objetivo desenvolver tecnologias que poderão exibir 
emoção aparente, detectar emoções humanas e responder a elas, dando suporte afetivo à comunicação. 
Games, telemedicina, interação social, efeitos sociais dos designs, pessoas que possuem a necessidade 
de gesticular, diferentes visões do mundo... Esses são alguns itens que alimentam um estudo inesgotável 
de oportunidades na área de desenvolvimento de sistemas dentro da ótica de IHC. 
Síntese 
O TI verde tem por principal objetivo permitir o gerenciamento inteligente da Tecnologia da Informação 
e comunicações como resposta para o clamor das empresas em redução aos danos causados ao meio 
ambiente. 
Melhorar a efetividade do uso de energia e tecnologia, reduzir os custos operacionais crescentes do 
negócio e aumentar os lucros são alguns ingredientes que aceleram a preocupação de um TI mais 
sustentável e ecologicamente posicionado. 
Veja, no vídeo a seguir, quais são as tendências de TI verde no Brasil. 
https://www.youtube.com/watch?v=EU-BESpK7kI 
Algumas questões relacionadas ao TI verde encontram-se já em implementações organizacionais e 
tecnológicas como: datacenter verde, storage verde, gerenciamento verde, rede verde, PC verde 
https://www.youtube.com/watch?v=EU-BESpK7kI
 
 
(notebooks são mais eficientes), software verde, menos informações impressas, efetividade da 
informação, redução de tempo de processamento, aumento da capacidade de análise das informações, 
gerenciamento efetivo da logística de transporte e distribuição, etc. 
Os itens apresentados nesta aula, estão em tamanho reduzido diante de sua amplitude de estudos e 
utilizações, no entanto, abrem um leque de oportunidades para construirmos e usarmos melhor os 
recursos de sistemas de informação tanto em nossas organizações, quanto em nossas vidas. 
Ainda dentro de uma linha sustentável poderíamos contribuir da seguinte forma: 
 Minimizando o impacto ambiental das operações de TI. 
 Diminuindo as perdas, os desperdícios e as ineficiências de TI que geram riscos para o negócio, como 
custos desnecessários, perda de vantagens competitivas ou degradação da imagem corporativa. 
 Consolidando servidores, reduzindo espaço físico, consumo de energia elétrica e refrigeração. 
 Aplicando a ideia de hardware verde com menor consumo de energia elétrica e refrigeração. 
 Definindo infraestrutura de TIC com a missão de eliminar todo desperdício e ineficiência. 
Compartilhando 
Que tal investigar um dos assuntos citados na aula de hoje em maior profundidade e compartilhar essas 
ideias para os seus amigos e familiares? 
Assim, você os ajudará a ter mais consciência sobre sustentabilidade, estratégia e inovação em sistemas 
de informação. 
Faça a sua parte! 
 
 
Para Reflexão 
Teste os seus conhecimentos sobre os temas abordados na aula de hoje respondendo às seguintes 
questões: 
- Qual a relação entre BI e Datawarehouse? 
- Como é a arquitetura de um datawarehouse? 
- Qual a importância de um dataming para um datawarehouse? 
- Como funcionam as ferramentas OLAP? 
- Quais são as etapas conceituais de um GED? 
- Qual o impacto do uso de GED nas organizações? 
- Quais as deficiências de um GED? 
- O que é conhecimento explícito e tático dentro da visão da Gestão do Conhecimento? 
- Como é o processo de geração de conhecimento dentro das organizações? 
- Por que IHC é interdisciplinar? Qual sua importância para construção de sistemas de informação? 
- O que é usabilidade? 
- O que é acessibilidade? 
- Quais as propostas de um Design Universal? 
- O que é Design centrado no usuário? 
- Qual o impacto da consciência verde para construção de bons sistemas de informação?

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