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ESTÉTICA ELETROTERAPIA ELETROTERAPIA SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA 1 – DESCRIÇÃO DA ELETROTERAPIA 4 2 – TENS 6 3 – ONDAS CURTAS 10 4 - LASER 11 5 – LIPOCAVITAÇÃO 12 6 – CORRENTE RUSSA 16 7 - MICROCORRENTES 18 8 – ELETROLIFITING 21 9 – MICROABRASÃO 24 10 – ULTRASOM ESTÉTICO 31 11- FONOFORESE 37 12 – RÁDIOFREQUÊNCIA 39 13- MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE APARELHOS DE ESTÉTICA 42 14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43 ESTÉTICA ELETROTERAPIA 2 1 - DESCRIÇÃO DA ELETROTERAPIA A Eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas dentro da terapêutica. Os aparelhos de eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente muito baixa, são miliamperes e microamperes. Os eletrodos são aplicados diretamente sobre a pele e o organismo será o condutor. Na eletroterapia temos que considerar parâmetros como: resistência, intensidade, voltagem potência e condutividade. Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de correntes, onde o aparelho emite a energia eletromagnética que é então conduzida através de cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas incluem a utilização de agulhas ao invés de eletrodos, sendo este emprego mais reservado ao uso para terapia estética ou para métodos diagnósticos. Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contra-indicações. Mas todas elas tem um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia. Os principais equipamentos eletroterapeuticos utilizados pela Estética são: 1- Ultra-som 2- Tensys 3- Ondas Curtas – Ondas elétricas de alta frequencia que geram calor (diatermia) 4- Laser – Classificado como Fototerapia ESTÉTICA ELETROTERAPIA 3 1.1 - Ultra-som É um recurso da eletroterapia utilizado na fisioterapia por produzir um movimento ondulatório na forma de vibração mecânica, tais tipos de vibrações requerem um meio para sua propagação, não se propagam no vácuo.Essas vibrações produzem ondas no sentido longitudinal.Classificado como sonidoterapia (terapia através de ondas sonoras) O número de ondas são produzidas pelas vibrações do cristal de PZT cerâmico(tetânio de piomozirconato), localizado dentro do cabeço do aparelho. O número de ondas que determinam a freqüencia do aparelho. Existem aparelhos que oferecem freqüencias de 3MHz e 1MHz. Os de 3MHz também podem ser utilizados na estética. 1.2 - Propriedade acústica do tecido As ondas podem penetrar com mais facilidade em alguns tecidos, conforme sua constituição e densidade. Assim, regiões com muitos pêlos, muita queratina, como a planta dos pés dificultam a absorção. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 4 O tipo de cabeçote também pode influênciar a absorção do tecido. Cabeçotes de 1MHz são absorvidos de até 5 cm de profundidade, enquanto os de 3MHz são absorvidos de 1,5 á 3 cm. 1.3 - Tipos de ondas terapêuticas A)-Contínuo: Não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas. Normalmente são indicadas para as lesões crônicas. B)-Pulsátil: Possui interrupções no fluxo contínuo de ondas ultra-sonicas.As vibrações são interronpidas por pausas.São indicadas para lesões agudas. 1.4 - Efeitos As vibrações mecânicas produzem um aumento do metabolismo local, gerando aumento do fluxo sanguíneo local, melhorando a nutrição tecidual, a retirada de catabólitos, favorecendo a regeneração tecidual. O aumento do metabolismo local e a conseqüente retirada dos catabólitos levam a uma descompressão das terminações nervosas. A ação mecânica entre os tecidos produz a liberação de aderências, devido a separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelular, absorção de excesso de íons de Ca++. 1.5 - Passo a passo da terapia com o Ultra-som 1)-Limpar a região a ser tratada; 2)-Usar gel condutor ou medicamento à base de gel. O ultra-som é bloqueado na presença de vaselina e, óleos; 3)-Ligar o aparelho; 4)-Escolher a intensidade adequada para a lesão. 5)-Manter o contato perfeito em ângulo de 90º. 6)-Deslizar o cabeçote em movimentos circulares. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 5 1.6 - Efeitos deletérios A)-Queimaduras: -Altas intensidades podem produzir efeitos térmicos exagerados; - permanecer com o cabeçote parado durante a terapia. B)-Cavitação:Ocorrem por doses excessivas, que irá produzir lesões teciduais locais com liberação de gases e a formação de cavernas. C)-Hiperdosagens podem produzir fibroses teciduais. D)-Alterações no aparelho: falta de manutenção técnica, um acoplamento errado do cabeçote podem não produzir o efeito terapêutico desejado. 1.7 - Contra-indicações 1)-Ouvidos 2)-Olhos 3)-Ovários e Testículos 4)-Zonas de crescimento 5)-Útero grávido 6)-Neoplasias 7)-Processos infecciosos 8)-Cicatrizes em pós-operatórios imediatos/ mediatos 9)-Tromboses, Flebites 10)-Áreas tratadas com radioterapia. 1.8 - Indicações terapêuticas 1)-Tendinites 2)-Mialgias 3)-Contraturas e tensões musculares 4)-Bloqueios articulares 5)-Cicatrizes cirúrgicas 6)-Formação de calo ósseo ( retardo de consolidação) U.S específico de 0,7 ou 1,5MHz ESTÉTICA ELETROTERAPIA 6 1.9 - Dosimetria Dependerá da lesão e do quadro da lesão se aguda ou crônica. O tempo pode variar de 1 a 8 minutos. Área: Tamanho da área Tempo: Área pequena 5cm2 2 minutos Área média 10cm2 4 minutos Área grande 25cm2 6 a 8 minutos 1.10 - Cálculo da intensidade Dose = área a ser tratada (cm2) x 0,1W / área do cabeçote (cm2 ) 2 - TENS Definida como estimulação elétrica transcutânea, é um recurso da eletroterapia utilizado pela fisioterapia para alívio da dor em processos agudos ou crônicos. Entretanto, devemos considerar que a dor é a conseqüência de um processo inflamatório, portanto a terapia com o tens deve ser associado a outros recursos anti- inflamatórios,ou ainda desajustes articulares, onde a mobilização articular (cinésioterapia) é imprescindível. 2.1 - O aparelho O aparelho é composto por uma fonte de voltagem, eletrodos e cabos interconectores. 2.2 - Energia O tens é uma corrente despolarizada. Os geradores da Tens recebem e modificam correntes alternadas para criação de sua energia primária e produção de formas típicas de ondas da Tens. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 7 2.3 - Eletrodos Existem dois tipos de eletrodos no mercado: 1) Os siliconizado carbonados que tem uma duração média de seis meses e podem ser limpos com álcool a 70% 2) E os descartáveis, que devem ser utilizados e descartados, uma vez que não podem ser limpos. O tamanho do eletrodo deve ser compatível com a área a ser tratada. Assim, áreas maiores devem receber eletrodos maiores, áreas menores, eletrodos menores. Para facilitar a passagem da Tens a área a ser tratada de vê estar limpa (sem pêlos, e oleosidade).Os eletrodos devem ser fixados de forma a ficarem bem aderidos a pele. 2.4 - Posicionamento dos eletrodos Existem várias maneiras de se posicionar os eletrodos. O posicionamento é fundamental para a obtenção do êxito no tratamento. Dentre as maneirasmais utilizadas podemos citar: 1)-Unilateral: Consiste na colocação de um eletrodo em um dos lados de uma articulação. 2)-Bilateral: Consiste na colocação de dois eletrodos de um mesmo canal em um único lado das costa, do abdome, do braço, etc. 3)-Cruzada: Consiste na utilização de 2 canais, dispondo os eletrodos de modo cruzado, obtendo uma elevada densidade de corrente na região da dor. 4)- Proximal: Consiste na colocação dos eletrodos na parte superior da lesão. Esta forma de aplicação é bastante eficaz no tratamento de lesões medulares e nervos periféricos. 5)- Distal: Consiste na colocação de pelo menos um eletrodo na região da dor para garantir que seja percebida a parestesia em toda área afetada pela dor. 2. 5 - Indicações Dores crônicas em geral; dores pós- operatória; dores lombares(ciatalgia), cervicais; bursites; As principais aplicações da TENS são nos tratamentos de: ESTÉTICA ELETROTERAPIA 8 2.6 - Contraindicações A tens não deve ser aplicada sobre: As regiões das carótidas; portadores de marcapasso; na região abdominal de mulheres grávidas; pálpebras; e em casos de dores não diagnosticadas; A utilização da TENS em crianças, epiléticos e idosos deve ser acompanhada por um Fisioterapeuta. Dosimetria: Existem 4 formas de utilização da Tens: 2.7 - Tens convencional É obtido através do ajuste de: Largura do pulso (Width) entre 50 e 80 segundos; Freqüência de repetição do pulso (Rate) dentro da faixa que vai de 50 e 100 Hz; Intensidade de corrente suficiente para gerar uma sensação agradável, sem contração muscular. O tempo de aplicação pode variar de 5 minutos a 1 hora, sendo considerado suficiente o tempo de 20 minutos. 2.8 - Tens com pulsos modulados É obtido através do ajuste de: Largura do pulso (Width) entre 100 e 180 segundos; Modulação dos pulsos (V. BURST) em 0,5Hz; Freqüência de repetição do pulso (Rate) em 70 a 100 Hz; Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável, gerando contrações musculares na freqüência da corrente de modulação. A aplicação deve ser de no minimo 20 minutos, podendo chegar a 1hora. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 9 2.9 - Tens para acupuntura É obtido através do ajuste de: Largura do pulso (Width) entre 150 e 300 segundos; Freqüência de repetição do pulso (Rate) em 14 Hz; Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável, gerando contrações musculares intensa. A aplicação deve ser de no mínimo 30 minutos e no máximo 1 hora. 2.10 - Tens breve e intensa É obtido através do ajuste de: Largura do pulso (Width) entre 150 e 300 segundos; Freqüência de repetição do pulso (Rate) entre 100 e 150Hz; Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável; gerando, dependendo da região de aplicação, contrações musculares intensas. O tempo de analgesia é em torno de 15 minutos e o tempo de aplicação de 20 minutos. ―O tens não é um tratamento curativo, é um paliativo para a dor‖. 3 - ONDAS CURTAS São ondas elétricas de alta freqüência que geram calor (diatermia). Normalmente deve ser associado a outro recurso fisioterapêutico como, por exemplo, a cinesioterapia (terapia através do movimento). Se utilizado dentro da dosagem terapêutica, o calor profundo gerado pelo Ondas curtas, produz o aquecimento dos tecidos. Em resposta a esse aquecimento, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo, propiciando a diminuição de processos inflamatórios e alívio da dor. O aquecimento moderado é normalmente usado em processos de doenças crônicas, já um aquecimento mais brando pode ser usado em processos mais agudos. Não é correto pensar que quanto maior o calor, melhor o efeito terapêutico, pois por gerar um calor profundo, tem risco de piorar a dor, e em casos extremos, pode gerar lesões teciduais e queimaduras profundas. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 10 3.1 - Indicação 1) Contusões, contraturas, entorses: O efeito espasmolítico, analgésico e hiperemia bem como a estimulação de todo o processo metabólico intracelular e as reações fisiológicas se potencializam conseguindo rápidos resultados, uma grande vantagem no uso das ondas curtas é o efeito analgésico. 2)- Anquilose fibrosa, rigidez pós-gesso e hipotrofia muscular: como nestas afecções entra o fator espasmódico provocado pela dor e diminuição da irrigação sangüínea, o uso do calor profundo é bem indicado aproveitando de suas ações fisiológicas já ditas anteriormente, proporcionando um maior ganho de mobilidade articular. 3)- Artropatias inflamatórias degenerativas, que abrange a artrite, bursite, periartrite escápulo-umeral, espondilite, epicondilite e espondilo-artrose: responde bem quando utilizados em fase não aguda, certo que não se utiliza calor em processos inflamatórios agudos, pois, a função celular fica aumentada e como conseqüência o seu metabolismo também aumenta. 4)- Mialgias, miogelose, lombalgias (de origem estática, reumática, focal e traumática), fibrose e torcicolo: por se trata de afecções ocasionadas por alterações da musculatura, caracterizada por rigidez local. Com o uso do ondas curtas a sintomatologia diminui em algumas as sessões. 3.2 – Contra indicação 1)-Pacientes com Marcapasso 2)-Pacientes com prótese metálica 3)-Alteração da sensibilidade térmica 4)-Mulheres grávidas 5)-Períodos menstruais 6)-Tecidos isquêmicos 7)-Câncer 8)-Trombose Venosa. 9)-Feridas abertas ESTÉTICA ELETROTERAPIA 11 3.3 - Cuidados Os aparelhos, cabos e placas das ondas curtas devem passar por manutenção técnica periódica. Os cabos e as placas devem ser checados e conectados no aparelho adequadamente. Os cabos não devem cruzar entre si, e as placas não devem ser colocadas sobre espículas ósseas como, por exemplo, a patela. O aparelho deve ser utilizado em maca de madeira para evitar curto circuito. E se próximo de materiais metálicos esses devem ser isolados. A área a ser tratada deve estar livre de cremes, óleos e, pomadas, devendo ser protegida com uma toalha limpa e de boa espessura. O paciente não deve utilizar o celular, nem dormir durante a aplicação. O paciente deve ser informado da sensação térmica desejada. 4 - LASER O termo Laser significa amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. É um recurso da fototerapia que vem sendo utilizado pela fisioterapia, por produzir um efeito antiinflamatório, analgésico, estimulante celular e modulador do tecido do conjuntivo na regeneração e na cicatrização de diferentes tecidos. Existem dois tipos de LASER utilizados pela fisioterapia o Hélio-Neônio e Arseneto de Gálio. 4.1 - Indicação 1)-Processos degenerativos e inflamatórios das lesões dos tecidos moles como ligamentos, tendões, e músculos. 2)-Edemas periarticulares 3)-Cicatrização de feridas abertas 4)-Lesões nervosas periféricas 4.2 - Contraindicação O laser não deve ser aplicado sobre a retina , sobre neoplasias , processos bacterianos , sobre tecidos especializados como ovários e testículos. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 12 4.3 - Cuidados O ângulo de incidência deve sempre estar localizado sobre à área de aplicação Fisioterapeuta e paciente devem estar usando proteção ocular específica Pele do paciente deve sempre estar limpa, sem cremes, óleos, ou mesmo secreções sebáceas. Antes do uso é importante testar a caneta do LASER. Dosimetria A dose do laser é indicada pelo fisioterapeuta conforme o efeito desejado, podendovariar de 1 a 6 J/ cm2 . Antiinflamatório 1 a 2 J/cm2 Analgésico 2 a 3 J/cm2 Anti edema 3 a 4 J/cm2 Cicatrizante 4 a 6 J/ cm2 O tempo da aplicação depende da área a ser tratada: Área: Tamanho da área Tempo: Área pequena 5cm2 2 minutos Área média 10cm2 4 minutos Área grande 25cm2 6 a 8 minutos Técnica de aplicação Em áreas pequenas a aplicação é pontual no local da dor. Em áreas grandes a aplicação é em varredura, para atingir uma margem maior. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 13 5 - LIPOCAVITAÇÃO A lipocavitação é um procedimento estético que serve para eliminar gordura localizada na barriga, coxas, flancos e costas, através de um aparelho de ultrassom que ajuda a destruir a gordura acumulada. Este procedimento, também conhecido por lipo sem cirurgia, não dói e ajuda a perder volume, ficando com um corpo mais modelado e definido, além de ajudar a melhorar o aspeto da pele e a diminuir a celulite e seus resultados vão surgindo progressivamente. Porém, embora seja um procedimento com poucos riscos, ele pode causar queimaduras na pele ou aumento do colesterol ruim. Após cada sessão de lipocavitação, deve-se fazer uma sessão de drenagem linfática e exercícios físicos aeróbicos para garantir a eliminação da gordura, evitando a sua deposição em outras áreas do corpo. Técnica para soltar gordura ESTÉTICA ELETROTERAPIA 14 Normalmente, os resultados da lipocavitação são vistos logo no primeiro dia de tratamento e ocorrem de forma progressiva e, normalmente é preciso pelo menos 2 e 3 sessões. A lipocavitação elimina cerca de 3 a 4 cm logo no primeiro dia de tratamento e, em média, mais 1 cm em cada sessão. Após cada sessão é necessário praticar exercício físico e drenagem linfática até 4 horas depois. 5.1 – Procedimento Para fazer uma lipocavitação, o paciente deve: 1. Deitar na maca com roupa intima; 2. A técnica irá colocar um gel sobre a área a ser tratada; 3. A técnica irá deslizar o equipamento na área a ser tratada com movimentos circulatórios. Cada sessão de lipocavitação demora em média 40 minutos e durante a aplicação, o indivíduo irá ouvir um ruído em todo o tempo, que é o funcionamento do aparelho. Técnica de lipovitação ESTÉTICA ELETROTERAPIA 15 5.2 - Indicações A lipocavitação está indicada para: Eliminar gordura localizada na barriga, flancos, culote, coxas, braços e costas, que não tenham sido completamente eliminadas com a dieta e exercício; Tratar a celulite, pois "quebra" as células de gordura que forma os indesejados "furinhos". Modelar o corpo, perdendo volume e tornando-o mais esbelto e definido. Entre cada sessão o individuo deve esperar 4 dias, para que a gordura seja eliminada totalmente do corpo através da urina e das fezes. Contraindicações Esta técnica está contraindicada para: Grávidas Diabéticos Hipertensos Doença renal Doença do figado Obesidade Doença cardíaca Epilepsia Mulher com DIU Flebite Varizes na área a ser tratada Paralisia Prótese, placas ou parafusos metálicos no corpo Processo inflamatório na área de tratamento Colesterol alto No entanto, no caso de ter algum destes problemas e desejar realizar uma lipocavitação deve contatar o médico e seguir suas indicações. Além disso, pode-se realizar o procedimento durante a menstruação, no entanto, o fluxo sanguíneo deverá aumentar. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 16 5.3 - Riscos da Lipocavitação Os risco da lipocavitação incluem: Aumento do colesterol: ocorre devido ao fato da gordura que se solta ficar na corrente sanguínea e, para evitar isto, deve-se ter o cuidado de seguir uma alimentação com pouca gordura, para que a gordura que caiu na corrente sanguínea seja eliminada; Voltar a engordar: é preciso realizar alguma atividade física até 4 horas após o procedimento, caso contrário, ela será novamente depositada em outra região do corpo. A lipocavitação não representa nenhum risco para a saúde quando é realizada corretamente e quando o indivíduo respeita suas contraindicações. No entanto, a técnica deve ter atenção à temperatura do aparelho para não provocar queimaduras. Quantas sessões preciso fazer? O número de sessões de lipocavitação a fazer vai depender do objetivo da paciente e da quantidade de gordura acumulada e, o número de sessões que varia entre 3 e 10, que devem ser realizadas no mínimo 2 vezes por mês. 6 – CORRENTE RUSSA A técnica conhecida como corrente russa é uma forma de eletroterapia associada a movimentos musculares, desenvolvida nos anos 80, pelo russo Yakov Kots. O equipamento atua emitindo impulsos elétricos até o músculo que se deseja atingir, aumentando o metabolismo e, portanto, a nutrição. Isso faz com que aumente a força da pessoa, dando volume, tonificação muscular e enrijecendo a área. Além disso, também ajuda na redução de gordura corporal e na melhora da drenagem linfática. O aparelho de corrente russa é composto de vários eletrodos. Estes devem ser posicionados estrategicamente no ventre muscular da região a ser tratada. A corrente elétrica utilizada é assimétrica, de baixa frequência, com baixa voltagem e pequena intensidade. O estímulo elétrico é aplicado por 10 segundos, seguido por intervalo de 50 segundos, com um tempo de tratamento recomendado de 10 minutos de estimulação elétrica por sessão. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 17 6.1 - Corrente russa – do que se trata? Embora esteja na moda como procedimento estético hoje em dia, a Corrente Russa já existe há mais de 30 anos e era conhecida antigamente como Estimulação Russa e sua criação estava relacionada aos astronautas. Eles passavam longos meses em órbitas e necessitavam desse auxílio para não perder a força muscular. Podemos dizer resumidamente que a Corrente Russa é uma forma de massagear o corpo através de impulsos elétricos. Seu funcionamento é muito simples. O aparelho utilizado na técnica emite uma corrente elétrica de baixa freqüência, baixa voltagem e pequena intensidade. Ao entrar em contato com a pele, o estímulo elétrico reduz medidas e promove a regeneração celular, além de ser uma opção para o pós-operatório de cirurgia estética ou reparadora. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 18 6.2 - Efeitos da corrente russa Existem vários efeitos relacionados ao sua utilização. A Corrente Russa tem como benefícios: Fortalece o abdômen em mulheres em período pós-parto ou não. Fortalece o abdomen de homens que estão em evolução de massa Ajuda a combater a flacidez cutânea e muscular em geral. Possibilita trabalhar tanto as fibras musculares vermelhas que são as de tonicidade e força quanto as fibras brancas de velocidade e pode ser usado por homens e mulheres em diferentes regiões do corpo como, glúteos, abdome, coxas, braços dependendo da finalidade do tratamento. É responsável por fortalecer, também, os músculos do abdômen, cochas, braços, pernas e glúteos, o que lhe confere melhor aparência e autoestima. A combinação das técnicas de Corrente Russa e Carboxiterapia, garante excelentes resultados no tratamento da flacidez. A corrente russa é interessante pois pode ser usada mesmo por pessoas que não pratique atividade física embora aconselhamos não deixar de fazê-lo pois os benefícios desta atividade são imprescindíveis para a saúde,assim como pode ser feitas por atletas para potencializaro estímulo ás fibras musculares o fluxo sanguíneo e o sistema linfático. 6.3 - Contraindicações Sim, algumas contra indicações devem ser observadas. Sempre antes de iniciar o tratamento seu médico realizará uma avaliação do paciente e indicará a intensidade certa da corrente para a contração muscular específica Mas é de conhecimento médico que a Corrente Russa pode ser contra-indicada para: Portadores de marca-passo. Doenças cardiovasculares Problemas de pressão. Problemas renais crônicos. Epilepsia Patologia pulmonares. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 19 7 - MICROCORRENTES É uma terapia que utiliza corrente polarizada, galvânica, pulsátil e níveis baixos de intensidade de corrente que é determinado como microampère (µA). Também chamada de MENS, é mil vezes menos intensa do que as eletroterapias comuns e é exatamente por isso que ao se trabalhar com ela, o cliente não deve sentir a corrente elétrica, ou seja, ela deve ser subsensorial (não atinge as fibras sensoriais subcutâneas) sem sensações de formigamento, ou mesmo desconforto para quem recebe a terapia, sensação essa geralmente associada aos procedimentos eletroterápicos. A microcorrentes trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável, ou seja, ela se liga com os potenciais elétricos naturais da pele ficando compatível com o campo eletromagnético do corpo, portanto, a microcorrentes se comunica diretamente com as células do nosso organismo, aumentando seu ATP local em até 500% de sua produção natural, trabalhando também na síntese de proteínas como o colágeno e a elastina. Segundo Soriano et al (2002), os efeitos da microcorrentes promovem regeneração nas células, aumenta a produção do colágeno e da elastina, aumenta a circulação sanguínea local o que consequentemente aumenta a oxigenação celular clareando a pele, tonificando o tecido e combatendo a flacidez. Na estética conseguimos obter efeitos como Normalização, nutrição, estimulação do processo de reparo tecidual, inibição celular, e além disso a microcorrentes também tem efeito sobre o sistema linfático. 7.1 - Para que serve o ATP? ATP é um fator importante principalmente em um processo de cura e cicatrização de um tecido, pois a principal fonte de energia para nossas células é o ATP, e quando há uma lesão, o nosso organismo necessita de energia (ATP) para a reparação, assim como o movimento de minerais como o sódio, potássio, magnésio e cálcio para dentro e fora das células. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 20 Um tecido lesionado tem maior impedância elétrica (maior resistência elétrica) e são pobres na quantidade de ATP produzido, assim sendo se obtivermos um aumento na produção de ATP, o processo de cicatrização será acelerado. A aplicação da microcorrentes pode ser realizada de duas formas: automática e manual. Na aplicação automática, ocorre a colocação de eletrodos fixos em pontos predeterminados da área a ser tratada. Nesse caso, como é uma terapia mais rápida, podemos utilizar em conjunto outras técnicas (manuais e cosméticas) para complementar o tratamento. Na aplicação manual, o profissional é quem movimenta dois eletrodos do tipo caneta lentamente no local de aplicação. Técnica essa, indicada para pessoas que necessitam de uma atenção especial e focalizada. Para realizar essa técnica é necessário que haja uma higienização da pele antes da aplicação da microcorrentes. Nos casos de peles espessas, desvitalizadas e desidratadas, é indicado que realize algumas sessões de hidratação previamente, para melhorar a condutibilidade da corrente 7.2 Indicações Para tratamentos de revitalização cutânea. Para processos onde necessitar reparação tecidual Em casos onde há necessidade de normalização de tecido, edema, etc. Estrias (tanto no modo de eletrolifting, quanto para nutrição e prevenção das mesmas) Prevenção do envelhecimento cutâneo. Melhora dos quadros de rosácea Tratamentos de quadro acneico, com ação anti-inflamatória e cicatrizante . 7.3 - Contraindicações Gestantes; Portadores de marca-passo; Neoplasias; Paciente em tratamento com anticoagulantes; Alergias gerais; Pacientes imunodeprimidos; ESTÉTICA ELETROTERAPIA 21 Cardiopatas descompensados; Hiper e hipotireoidismo descompensados; Aplicar em pacientes com Botox no local da aplicação; Próteses metálicas no local da aplicação. Pessoas com distúrbios de sensibilidade Você sabia? Microcorrentes não faz permeação de ativos. A microcorrentes é um aparelho que estimula as células e ―conversa‖ com elas e não consegue fazer uma iontoforese, ou seja, não é capaz de enviar produtos para dentro da nossa pele como primeira intenção, mas claro que por um atrito físico acaba ocorrendo essa permeação dos ativos cosméticos. É por esse motivo que para uma melhor resposta no tratamento com a microcorrentes usamos gel neutro para a condução da corrente elétrica. Observação: Como a microcorrentes fornece energia para as células, é importantíssimo saber se o cliente tem histórico de queloide ou tendência, caso tenha, não aplique a microcorrentes no modo de estimulação, pois pode estimular o surgimento de queloides. Se o cliente durante a aplicação da microcorrentes relatar desconforto ou formigamento, diminua a intensidade da corrente, lembrando que ela deve ser subsensorial. ATENÇÃO: A microcorrentes não realiza contração muscular! DICA IMPORTANTE: Cada vez que é retirado o contato dos eletrodos com a pele em tratamento a microcorrentes demora pelo menos 11 segundos para retomar seu funcionamento da corrente elétrica (para agir), por isso, não retire o tempo todo os eletrodos do contato com a pele, realize os movimentos lentos e deslize o eletrodo sobre a pele para passar para outro local ao invés de retirá-los. Higienização dos eletrodos Higienize os eletrodos com álcool à 70% sempre que for utilizá-los de um cliente para o outro. DICA: Sempre faça uma orientação cosmética para o cliente dar continuidade em casa com o tratamento proposto. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 22 8 - ELETROLIFITING Como funciona O eletrolifting utiliza-se da corrente contínua que é a corrente galvânica, porém sua intensidade é reduzida para microampères (µA), seu eletrodo com ou sem a agulha (eletrodo ativo) sempre será conectado ao polo negativo. Assim o eletrodo passivo (geralmente uma placa de metal coberta por uma esponja ou um bastonete), ficará em contato constante com o cliente, fechando o campo elétrico. Os efeitos da corrente galvânica na pele causam uma lesão no tecido, hiperemia (vermelhidão), edema local (inchaço) e uma maior sensibilidade à dor. Já os efeitos fisiológicos agem pela ação da corrente sobre os nervos vasomotores, causando maior vascularização e consequentemente uma hiperemia local. Esta inflamação local e controlada, produz um tecido fibroso que preenche os espaços das rugas, estrias, cicatrizes de acne, etc. Tudo isso por conta de estímulo aos fibroblastos em conjunto com a resposta de reparação da lesão que é efetuada pelo corpo. Explicando melhor… O eletrolifting causa uma lesão controlada no organismo, onde este diante de qualquer lesão tem o instinto de reparar os tecidos que foram lesionados, sendo assim os fibroblastos entre outras células, são ativadas para substituir o tecido lesado por um novo tecido reparado. 8.1 - Corrente contínua Na corrente contínua os elétrons só se direcionam para um sentido e constantemente, não há oscilaçõesde polaridade, onde o profissional é quem seleciona a polaridade do tratamento (seja positivo + ou negativo -) e essa polaridade se mantém durante todo o tempo determinado. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 23 8.2 - Eletrodos Para quem posso indicar? Para pessoas que queiram melhorar/atenuar, linhas de expressão, cicatrizes de acne, (não inflamatória) e estrias. 8.3 - Contraindicações Pessoas com problemas cardíacos, com distúrbio de sensibilidade, portadoras de marca-passo cardíaco, propensas a queloide, com neoplasias, varizes, feridas, inflamações ou lesões no local da aplicação, vitiligo, psoríase, próteses metálicas no local da aplicação, hipertensas ou hipotensas descompensadas, diabéticos descompensados, se expor ao sol após realizar a técnica. 8. 4 - Técnicas de aplicação •Punturação; •Xevron; •Escarificação; •Escarificação modificada. 8.5 - Tempo Varia de acordo com a área à ser tratada. Esta técnica pode ser aplicada 1 vez por semana, ou a cada 15 dias, o importante é que não haja processo inflamatório na área a ser tratada para realizar novamente a técnica. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 24 8.6 - Intensidade A intensidade varia de acordo com cada autor, pode-se seguir: – Rugas finas 70µA – Rugas profundas 150µA – Estrias 150 a 200µA – Higienizar a pele – Esfoliar com esfoliante físico – Tonificar com loção antisséptica – Colocar a placa de silicone com gel, ou a placa de metal com esponja molhada, (conforme indicação do fabricante do aparelho adquirido) na polaridade positiva próxima a região tratada, sob a escápula se for no rosto por exemplo ou pedir para o cliente segurar o bastonete de metal (varia de acordo com o tipo de aparelho que o profissional utiliza e serve para fechar a corrente entre os pólos) – Aplicar álcool a 70% na região do tratamento – Realização da técnica escolhida – Finalizar com protetor solar Lembre-se: você como profissional deve ser apto e capacitado antes de manusear qualquer tipo de aparelho ou de efetuar qualquer procedimento e ser formado na área. Ao adquirir o aparelho, indicamos que faça também o curso disponibilizado pela empresa. 9 - MICRO ABRASÃO O que é o Peeling de Diamante O Peelling Diamante é um peeling físico, ou seja, utiliza um equipamento próprio para esse fim para promover uma microesfoliação da pele. Entre os principais objetivos do procedimento estão a remoção das células mortas que ficam na camada mais superficial da pele e a estimulação à produção de colágeno. 9.1 - Outros nomes O método também pode ser chamado de microdermoabrasão, nome dado aos procedimentos não invasivos de esfoliação da camada superficial da pele. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 25 9.2 - Indicações do peeling de diamante A esfoliação promovida pelo peeling de diamante renova a camada celular da pele, e, segundo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado em 2009 no periódico científico Archives of Dermatology, induz alterações celulares na pele que ajudam a rejuvenescê-la. O que acontece é que para alterar a aparência da pele, o procedimento estimula a produção de colágeno, a principal proteína responsável por dar forma, estrutura e sustentação à pele. Segundo os pesquisadores, quanto mais agressivo o método - sem, claro, destruir o tecido da pele - maior o estímulo à produção de colágeno. Este procedimento estético está indicado para tratar mancha superficiais - as chamadas melanoses, que estão localizadas na epiderme, camada superficial da pele. O peeling de diamante promove a esfoliação da epiderme, promovendo a eliminação das melanoses. Também pode haver melhora nas cicatrizes de acne, mas como nesse caso as lesões são mais profundas, a melhora é mais discreta - ela acontece em função da esfoliação da pele e estímulo à renovação das células da camada superficial, mas não age profundamente, onde começam essas lesões. Da mesma forma, rugas finas são marcas mais profundas e por isso têm um benefício discreto, ele ocorre principalmente quando, junto ao peeling de diamante, é feito uso de cosméticos que agem suavizando as linhas de expressão. Poros muito abertos, quando submetidos à esfoliação do peeling de diamante, também diminuem. Isso acontece por que os poros tem formato de cone, portanto quanto mais pele é removida, mais estreitos eles ficarão. Segundo o dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o peeling de diamante pode também ser usado para melhorar o aspecto das estrias, principalmente as avermelhadas, mais recentes. O benefício acontece devido ao estimula de células novas, que promoverão uma cicatrização mais discreta na região. O peeling de diamante pode ser feitos em pessoas com qualquer tonalidade de pele e até mesmo nas bronzeadas. Neste caso, o bronzeado será removido junto com a pele superficial. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 26 Regiões do corpo em que pode ser feito Manchas no colo podem ser amenizadas com o peeling de diamante O Peeling de diamante pode ser usado em qualquer parte do corpo. Além do uso facial (rugas, manchas, poros dilatados), os mais comuns são: rejuvenescimento do colo (amenizando rugas e linhas finas),rejuvenescimento das mãos (melhorando a textura, rugas finas e manchas) e para estrias vermelhas e brancas. 9.3 - Como é feito o peeling de diamante Não é necessária qualquer anestesia prévia. Inicialmente é feita a higienização da pele, em seguida é aplicada a ponteira de diamante no local de tratamento. O profissional realiza movimentos em linha ou círculos sobre a pele. É comum que o profissional estique a pele com as mãos para permitir que a ponteira trate toda a pele. A região dos olhos não deve ser tratada com sucção e os lábios não devem receber o peeling. O equipamento é constituído por uma ponteira com um diamante na sua extremidade, rígido e capaz de promover o lixamento da pele. Existem três diferentes tipos de ponteiras: a maior, de 75 mícrones de diâmetro; a intermediária, de 100 mícrones e a menor, de 150 mícrones. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 27 As ponteiras de 100 e 150 mícrones fazem uma esfoliação mais delicada, enquanto a de 75 age de maneira mais profunda na pele, com sucção mais intensa. A escolha pela ponteira depende do problema a ser tratado, estrias, por exemplo, pedem tratamento mais intenso, enquanto para a pele do rosto é recomendado começar com esfoliações mais leves, qualquer que seja o problema. Após a sessão, a pele fica levemente avermelhada e pode descamar levemente durante alguns dias. Jardis Volpe conta que, em geral, o peeling de diamante não é doloroso. Porém, em casos em que a esfoliação é mais intensa, como no caso das estrias, pode haver desconforto, mas ainda assim leve. 9.4 - Cuidados antes do peeling de diamante É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exemplo o ácido retinoico, de 24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que deixam a pele mais sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu dermatologista sobre outros produtos que devem ser suspensos antes das sessões. Cuidados após o peeling de diamante O paciente deve hidratar a pele durante uma semana com hidratantes recomendados pelo médico para o período após o peeling, em geral esses produtos ajudam também na regeneração da pele. A dermatologista Marcela Studart recomenda o uso água termal, cuja principal função é acalmar a pele, à vontade. O uso de ácidos só deve ser retomado após sete dias, pois a pele estará sensibilizada.O rosto deve ser lavado com sabonete neutro por um período de sete dias após o procedimento. Os dermatologistas recomendam o uso de filtro solar com FPS mínimo de 50, que proteja contra radiação UVA e UVB, com reaplicação de, no mínimo, quatro em quatro horas. Os protetores solares físicos são as melhores opções, pois seus compostos reagem menos quimicamente com a pele em comparação com os filtros solares químicos, o que diminui as chances de irritações. Para reconhecer o protetor solar químico, fique atenta às informações da embalagem. Nem todos têm a informação de que se trata de um protetor solar físico, mas a maioria contém as palavras bloqueador e hipoalergênico na embalagem, além disso, boa parte deles também conta com cor de base para maquiagem. Dê preferência às maquiagens hipoalergênicas, que têm menor probabilidade de gerar irritações na pele sensibilizada. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 28 9.5 - Sessões de peeling de diamante "O numero de sessões varia de 3 a 5, de acordo com o caso, com periodicidade quinzenal". Caso o paciente queira apenas a renovação da pele, três sessões bastam. Quem precisa aliviar a aparência de cicatrizes de acne, estrias e poros muito abertos deve fazer pelo menos cinco sessões. Cada sessão dura em média 30 minutos. 9.6 - Contraindicações do peeling de diamante Para peles sensíveis ou com rosácea o peeling de diamante e qualquer outro tratamento que faça o lixamento da pele não são boas opções, pois é grande o risco de a pele ficar ainda mais irritada. Peles com inflamações, como uma acne amarelada, por exemplo, também não devem passar pelo procedimento sob o risco de aumentar a inflamação ou mesmo espalhar micro-organismos pela pele. Caso haja microlesões em outros locais, pode haver o surgimento de novas acnes. O dermatologista Jardis Volpe explica que é necessário que o dermatologista faça uma avaliação detalhada da pele antes do peeling de diamante, principalmente em peles envelhecidas, com maiores chances de lesões. "O dermatologista deve avaliar se não há nenhuma lesão pré- cancerígena ou já cancerígena, pois nesse caso não é indicado o peeling de diamante". 9.7 - Grávida pode fazer? Grávidas podem fazer o tratamento, mas sempre é indicado a mulheres gestantes que consultem o médico antes de passar por qualquer procedimento estético. A atenção deve ser redobrada caso seja feita a associação de cosméticos ao peeling de diamante. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 29 9.8 - Peeling de diamante com uso de cosméticos Peeling de diamante aprofunda a ação dos cosméticos Está comumente associado o uso de cosméticos ao peeling de diamante. Logo após a esfoliação, o profissional aplica o produto e o paciente deixa o consultório ainda com o creme em questão no rosto. A remoção das células mortas permite que esses produtos sejam melhor absorvidos e tenham efeito mais visível. Alguns exemplos de produtos usados são as vitaminas C e E e hidratantes. Com o mesmo objetivo, há também a associação do peeling químico ao peeling de diamante. Nesse caso o procedimento é feito pelo dermatologista e são utilizados ácidos, como o ácido retinóico, o ácido salicílico e o ácido glicólico para manchas e cicatrizes de acne. 9.9 - Peeling de diamante x Peeling de cristal O peeling de damante e o peeling de cristal têm a mesma função e eficácia. Ambos podem fazer desde uma esfoliação leve da epiderme até a remoção completa, a profundidade é regulada por quem está aplicando o método na pele do paciente. A única diferente é que o peeling de diamante faz uma renovação celular através do atrito das ponteiras diamantadas de diversos calibres com a pele, já o peeling de cristal libera microcristais, que são os responsáveis pela esfoliação. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 30 9.10 - Resultados O resultados do peeling de diamante são mais visíveis se associados ao peeling químico, explica a dermatologista Marcela. "Nesse caso, já temos resultado desde a primeira sessão". No caso do peeling de diamante isolado, o resultado pode ser visto a partir da terceira sessão. O paciente pode esperar diminuição dos poros e das estrias, melhora do aspecto de cicatrizes, rugas finas e estrias e um melhor aspecto da pele de maneira geral. 9.11 - Possíveis complicações A ação do sol pode gerar manchas claras ou escuras nas áreas que foram esfoliadas e estão mais sensíveis. Também podem ficar cicatrizes caso o peeling seja feito de forma mais profundo. "Nesse caso, podem aparecer pequenos pontos de sangramento, que acabam formando uma pequena lesão com casquinha, que pode, pela ação do sol, virar uma ―mancha". As chances de surgirem marquinhas são ainda maiores caso o paciente retire com os dedos as casquinhas que podem se formar. Além disso, é comum que após a sessão a pele fique levemente avermelhada. Ela pode ainda descamar levemente durante alguns dias. 10 - ULTRASSOM ESTÉTICO Ultrassom de Grande Potência O ultrassom estético é uma das modalidades terapêuticas mais empregadas na prática clínica da estética corporalpara tratamentos de algumas condições inestéticas. É um recurso terapêutico que utiliza ondas ultrassônicas que em contato com o tecido promove efeitos biofísicos. O ultrassom é uma modalidade terapêutica de penetração profunda, capaz de produzir alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e mecânicos. É considerado uma energia mecânica acústica, que se caracteriza pelo choque de moléculas ao redor na matéria que pode ou não produzir aquecimento de acordo como a onda que se propaga. Dependendo dos parâmetros de aplicação do ultrassom obtemos diferentes efeitos biofísicos. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 31 O ultrassom é definido como uma forma de vibração acústica com frequências muito altas que não podem ser percebidas pelo ouvido humano. 10.1 - Produção de ultrassom Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano, e este é capaz de escutar ondas sonoras que variam de 16 a 20.000 Hz. Os sons acima ou abaixo dessa frequência são inaudíveis para o ouvido humano. São denominados infrassons quando o som é abaixo da frequência audível humana, e ultrassons quando acima da frequência audível humana. O ultrassom terapêutico varia de 500.000 a 5.000.000 Hz (0,5 a 5MHz) na estética usamos o ultrassom de 3MHz que por sua vez atinge a derme e o tecido adiposo. 10.2 - Parâmetros Quanto menor for a frequência, maior é a capacidade de penetração, então o ultrassom de 3MHz atua nas estruturas superficiais, enquanto as frequências menores de 1MHz são usadas para estruturas mais profundas como ossos, por exemplo. Energia mecânica na aplicação terapêutica depende dos parâmetros (ajustes) de frequência que variam entre 1Mhz ou 3MHZ, modo de emissão: Contínuo ou Pulsado, tempo de aplicação e intensidade. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 32 10.3 - Modo de emissão 10.3.1 - Modo contínuo Na emissão contínua predomina o efeito térmico, a aplicação sem interrupções pode aquecer com eficiência os tecidos localizados a centímetros de profundidade e isso depende da frequência empregada. No modo contínuo o ciclo de funcionamento é de 100% o que indica uma saída constante de ultrassom e consequentemente um maior aquecimento. 10.3.2 - Modo pulsado Na emissão pulsada, entre um impulso e outro há um tempo que facilita a dispersão do calor, por isso o efeito térmico é menor, potencializando o efeito mecânico ou cavitacional. A emissão pulsada é indicada quando não se quer obter os efeitos fisiológicos do aquecimento tecidual.Ou seja, condições inflamatórias agudas, como por exemplo, no tratamento agudo de cicatrizes pós- operatórias e flacidez tissular (flacidez de pele). Na emissão pulsada, a duração do tempo de pulso é variável, por isso teremos que ajustar o ciclo e a frequência desta onda no modo pulsado. Podemos encontrar na maioria dos ultrassons frequências de 100Hz, 48Hz e 16Hz e ciclos de 5% a 75%. 10.4 - Frequência A frequência é o número de oscilações por unidade de tempo de uma onda, simbolizado por Hz (Hertz) , que equivale a uma oscilação por segundo, ou seja, 16 Hz é igual a 16 oscilações por segundo, e assim por diante. 10.5 - Ciclos Os ciclos se definem pelo tempo de atuação da onda de ultrassom, ou seja, se o ciclo estiver em 5%, o aparelho estará emitindo a onda de ultrassom (de calor) somente nesse período de 5% e os 95% do tempo restantes ele estará em pausa, e assim por diante. Quanto maior o ciclo, maior o fornecimento de calor para o tecido. Exemplo: Em um ciclo de 20% –> 80% do tempo de aplicação estará em repouso e 20% estará emitindo a onda de ultrassom. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 33 10.6 - Intensidade A potência de saída de um equipamento gerador de ultrassom é medida em watts (W) e representa a quantidade de energia produzida por um transdutor. A intensidade é a taxa na qual a energia é liberada em área por unidade, e é expressa em unidades de watts por centímetro quadrado (w/cm²); A intensidade utilizada na estética varia de 0,1 até 2,0 W/cm² no modo contínuo e 0,1 até 3,0 W/cm² no modo pulsado. Para calcular a intensidade utilizada no cliente, é feita uma regra de três que envolve medir a área a ser tratada com adipômetro ( em cm), o máximo de profundidade da corrente no tecido ( 5cm) e o máximo de potência utilizado no modo contínuo (2W/cm²) ou pulsado (3W/cm²). 10.6.1 - Cálculo de intensidade Modo Contínuo 5,0 cm ————- 2W/cm² cm tecido adiposo —— x Modo Pulsado 5,0 cm ————- 3W/cm² cm tecido adiposo —— x EXEMPLO DE CÁLCULO DE INTENSIDADE Uma pessoa com 3,5 cm de gordura (medido no adipômetro) Modo Contínuo 5,0 cm — 2W/cm² 3,5 cm — x 3.5 . 2 = 5.x 7 = 5.x 7/5 = x x= 1,4 W/cm² ESTÉTICA ELETROTERAPIA 34 Modo Pulsado 5,0 cm — 3W/cm² 3,5 cm — x 3,5 . 3 = 5.x 10,5 = 5.x 10,5/5 = x x= 2,1W/cm² Observação: Esse cálculo de intensidade (regra de três), só é utilizado em Ultrassom convencional, com apenas um cristal piezoelétrico. Já no Ultrassom de alta potência com três cristais, o cálculo da potência é feito automaticamente pelo aparelho ao inserir a adipometria. 10.7 - Tempo A aplicação do tempo é calculada sendo 1 minuto por área do cabeçote, para ultrassom de um cristal piezoelétrico. Na literatura existem várias opiniões diferentes sobre o tempo de duração das aplicações do ultrassom, dependendo da dimensão da área a ser tratada, da intensidade da saída e do objetivo do tratamento, estima-se que uma sobrecarga de energia para o organismo seja prejudicial, por isso usa-se uma conta para calcular o tempo do tratamento: 10.8 - Tempo = área / era O tempo de tratamento é igual a ÁREA (tamanho da área a ser tratada) dividida pela, ERA (tamanho em cm² do cabeçote) * Deve-se dividir a área a ser tratada em quadrantes para a aplicação do ultrassom. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 35 10.9 - Técnica de aplicação Utilizar meio acoplador (gel com ou sem princípio ativo próprios para utilização no ultrassom). Realizar movimentos circulares com uma certa pressão sob a pele, não permitindo o levantamento do transdutor e assim o desacoplamento do cabeçote (isso pode danificar seu aparelho e/ou causar queimadura no cliente). Atenção: Não reutilize géis, mesmo que for na mesma cliente, pois o ultrassom forma bolhas no gel e as ondas do ultrassom não são capazes de atravessar o ar, sendo assim seu aparelho pode não funcionar adequadamente. No caso dos géis com ativos além de formar bolhas, você perderá a ação dos ativos, pois eles já terão sido usados, assim, você pode não obter o resultado esperado para o tratamento. 10.10 - Efeitos 10.10.1 Efeitos biofísicos Tanto o efeito térmico quanto o não térmico ocorrem no organismo, mais a proporção de cada depende do ciclo de fornecimento (pulsado ou contínuo) e da intensidade da saída, e assim maior será a grandeza dos efeitos. 10.10.2 - Efeitos não térmicos alterações dentro dos tecidos, resultantes do efeito mecânico das ondas ultrassônica; Aumento da permeabilidade da membrana celular, aumento da permeabilidade vascular e consequentemente o aumento do fluxo sanguíneo, aumento da atividade dos fibroblastos, estimulação da fagocitose, síntese de proteína, redução de edema, síntese de colágeno, difusão de íons, regeneração de tecido. 10.10.3 - Efeitos térmicos Alterações dentro dos tecidos, elevação da temperatura do tecido. Aumento da velocidade de condução do nervo sensorial, aumento do alongamento das estruturas ricas em colágeno, aumento da deposição de colágeno, aumento do fluxo sanguíneo, redução do espasmo muscular, aumento da atividade das células de defesa (macrófagos), melhora da adesão dos leucócitos a células endoteliais danificadas. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 36 10.10.4 - Ação coloidoquímica Diminuição da hiperpolimerização da substância fundamental intersticial; Inibição do extravasamento de sérum para o meio extra vascular; Diminuição do edema intersticial; Diminuição da compressão vascular; Ativação da circulação; Remoção dos detritos metabólicos que irritam o tecido conjuntivo o que minimiza os processos de fibrose. 10.10.5 - Cavitação – Ação fibrinolítica Reorganização e modelagem da deposição de fibras de colágeno no tecido conjuntivo subcutâneo. 10.10.6 - Neovascularização Aumento da circulação local que favorece a nutrição e otimiza a retirada dos detritos metabólicos; reduz o processo de formação de fibrose. 11- FONOFORESE É um processo em que fisicamente o ultrassom leva o medicamento/cosmético através da pele e penetre mais profundamente nos tecidos por via transanexial (pelos anexos da pele). A energia ultrassônica pode ser utilizada para liberar medicamentos/ativos cosméticos nos tecidos pelo processo de fonoforese. A teoria da fonoforese é semelhante à da iontoforese, mas essa técnica não necessita que o produto tenha polaridade, porém, o produto deve conter moléculas de tamanho pequeno e baixo peso molecular para que haja a permeação. Dica importante Quanto maior o conteúdo de água (hidratação), mais permeável é a pele à passagem de ativos. A passagem mais fácil de cosméticos através da pele ocorre perto de folículos pilosos, glândulas sebáceas e ductos sudoríparos. Áreas altamente vascularizadas permitem melhor a transferência de ativos para tecidos profundos. A pele espessa oferece uma barreira muito grande à permeação de ativos, do que peles mais finas, por tanto é necessário esfoliar a pele antes de aplicar o aparelho de ultrassom com géis contendo ativos. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 37 11.1 - Aplicação Utilizar sempre um meio de contato, como géis próprios para o tipo de ultrassom que o profissional usar; manter o cabeçote em constante movimento; considerar atenuação como pelos por exemplo, para estabelecer a intensidade; relacionar o tempo com a área a ser tratada e intensidade com profundidade. 11.2 - Indicações Hidropolistrofia Ginóide ( HLDG ou Celulite) Fibrose e quando se deseja a permeação de algumprincípio ativo em tratamentos corporais. Respeitando as contraindicações, feridas, tecido cicatricial. Condições inflamatórias agudas (modo pulsado), condições inflamatórias crônicas (pulsado ou contínuo). 11.3 - Preparo do cliente -Verificar se não há contraindicações. -Determinar o método e o modo de aplicação de ultrassom a serem utilizados durante o tratamento. – Limpar o local a ser tratado, para remover oleosidade, impurezas ou qualquer outro tipo de sujidade que atrapalhe a propagação das ondas de ultrassom. – Sempre explicar para o cliente as sensações que poderão surgir durante o tratamento, como, calor leve. Peça para o cliente informar sobre quaisquer sensações inesperadas. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 38 11.4 - Contraindicações e cuidados • Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos, como trombose venosa profunda (TVP) ou aterosclerose severa; • Sobre a pele com lesão cutânea ou irritações; • Sobre a pele anestésica (sem sensibilidade). • Sobre epífises de crescimento em crianças e jovens; • Sobre regiões corporais previamente expostas a radiação • Pacientes com hemofilia não-controlada; • Pacientes portadores de tumores malignos; • Pacientes com processos infecciosos; • Sobre o tórax de cardiopatas ou portadores de marca-passo cardíaco; • Gestantes; • Sobre as gônadas (ovários e testículos); • Sobre os olhos; 12- RADIOFREQUÊNCIA A radiofrequência é um tratamento estético utilizado no combate à flacidez do rosto ou do corpo, sendo muito eficaz para eliminar rugas, linhas de expressão e até mesmo a gordura localizada e também a celulite, sendo um método seguro com efeitos duradouros. O aparelho de radiofrequência eleva a temperatura da pele e do músculo para aproximadamente 41ºC e isto contrai o colágeno existente e aumenta a produção de mais fibras colágeno e elastina, dando mais sustentação e firmeza à pele. Além disso, a elevação da temperatura rompe as membranas das células de gordura, fazendo com que esta seja eliminada do corpo. Os resultados podem ser observados nos primeiros dias logo após a primeira sessão e o resultado é progressivo, e por isso, quantos mais sessões, a pessoa fizer, maiores e melhores serão os resultados. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 39 12.1 - Quando a radiofrequência é indicada? A radiofrequência é um excelente tratamento estético que pode ser indicado para: Diminuir as rugas; Melhorar a aparência da pele; Melhorar a qualidade do colágeno e da elastina; Reorganizar as fibras de colágeno e elastina; Melhorar a microcirculação; Melhorar a hidratação da pele; Aumentar a oxigenação; Acelerar a eliminação de toxinas; Reduzir celulite; Combater estrias e fibroses; Melhorar a aparência das cicatrizes; Combater a gordura localizada na barriga, culote, flancos, braços, papada; Combater a flacidez em qualquer área do corpo; Combater a celulite por melhorar a firmeza da pele e queimar a gordura local. O fisioterapeuta especialista poderá avaliar pessoalmente a pessoa e indicar os locais mais indicados para serem tratados com a radiofrequência. O procedimento é simples, basta que a pessoa fique deitada numa maca, o terapeuta irá espalhar um gel específico sobre a área a ser tratada e depois ela irá deslizar o equipamento de radiofrequência com movimentos circulares verificando constantemente a temperatura da região com auxílio de um termômetro a laser, e por fim, deverá retirar o gel e limpar a área tratada. No caso da radiofrequência fracionada, um tratamento mais indicado para eliminar as rugas e linhas de expressão da face, o procedimento é ligeiramente diferente, porque o aparelho não desliza sobre a pele, mas são emitidos pequenos jatos, como se fosse um laser em pequenas áreas do rosto. Aqui a temperatura pode chegar aos 100º mas sem mudar a temperatura mais superficial da pele. Riscos da radiofrequência Os riscos da radiofrequência estão relacionados à possibilidade de queimadura na pele, pelo mau uso do equipamento. Como a radiofrequência eleva a temperatura local, o terapeuta deverá observar constantemente se a temperatura do local em tratamento não ultrapassa os 41ºC. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 40 Manter o equipamento sempre em movimentos circulares evita o sobreaquecimento de uma determinada região, diminuindo o risco de queimadura. O equipamento Vanquish é um bom exemplo de radiofrequência que tem baixo risco de queimadura na pele porque o equipamento não entra em contato com a pele, funcionando à distância. Um outro possível risco do tratamento é da pessoa não ficar satisfeita com o resultado por não ter expectativas realistas e cabe ao terapeuta informar sobre o efeito do equipamento no corpo. Pessoas com mais idade e que possuem muitas rugas na face e uma pele muito flácida poderão ficar novamente com um rosto mais jovem, com menos rugas, mas será necessário realizar um maior número de sessões. 12.2 - Quantas sessões de radiofrequência fazer? O número de sessões de radiofrequência a fazer vai depender dos objetivos da paciente mas os resultados podem ser sutilmente observados logo na primeira sessão. Radiofrequência no rosto: No caso das linhas de expressão, elas podem desaparecer logo no primeiro dia e nas rugas mais espessas, a partir da 5ª sessão haverá uma grande diferença. Quem optar pela radiofrequência fracionada deve realizar cerca de 3 sessões. Radiofrequência no corpo: Quando o objetivo é eliminar gordura localizada e tratar a celulite, dependendo da sua graduação, de 7 a 10 sessões serão necessárias. Apesar de ser um tratamento estético um pouco dispendioso, ele possui menos riscos que uma cirurgia plástica e seus resultados são progressivos e duradouros. Recomenda-se um intervalo mínimo de 15 dias entre cada sessão. Quem não pode fazer ESTÉTICA ELETROTERAPIA 41 O tratamento com radiofrequência é indicado para adolescentes e adultos saudáveis, que tenham a pele íntegra. No entanto, o tratamento possui algumas contraindicações que incluem: Febre; Gravidez; Durante a quimioterapia, Em caso do indivíduo possuir doenças do colágeno que o quelóide, por exemplo; Prótese metálica na região a ser tratada; Pacemaker; Hipertensão arterial; Diabetes pela alteração da sensibilidade no local a ser tratado. O Spectra é um dos aparelhos de radiofrequência mais utilizados, mas existem outros equipamentos igualmente eficazes, como o Vanquish, por exemplo. 13- Manutenção Preventivos de Aparelhos de Estética Ao adquirir um equipamento estético, o usuário precisa lançar mão de alguns cuidados, que garantem que o mesmo irá manter a sua qualidade ao longo dos anos. Entre essas orientações, que devem ser informadas pelo fabricante, está a importância de realizar sua calibração e manutenção preventiva. Essas atitudes são fundamentais para preservar a eficácia no tratamento e também a segurança do paciente que é submetido a algum procedimento. É importante salientar que esses cuidados devem ser tomados ainda que o sistema não apresente defeito. Dessa forma, nós conseguimos atestar que mesmo usado, o equipamento irá continuar trabalhando com a performance de um produto novo. Sem a manutenção preventiva, o tratamento pode estar sendo realizado com parâmetros diferentes do que o emitido pelo fabricante, resultando em grandes riscos à saúde do paciente anteriormente. Mas qual é a frequência ideal para realizar as manutenções? Essa periodicidadeé determinada pelo próprio fabricante. Em suas fiscalizações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode solicitar o manual do equipamento e sua nota fiscal, para verificar o tempo de uso e as recomendações técnicas para sua manutenção, certificando que o mesmo está funcionando seguindo todas as normas de segurança. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 42 Outro fator que merece a atenção dos usuários é o local onde a manutenção é realizada. Equipamentos estéticos possuem tecnologia muito avançada, de modo que esses ajustes não podem ser realizados em qualquer estabelecimento, além disso, uma assistência não credenciada não tem os parâmetros fornecidos pelo fabricante para que possa realizar esse suporte. É de suma importância optar por um local credenciado ou pela própria rede de assistência da empresa fabricante, que está autorizada a realizar a manutenção e emitir os laudos de calibração. Todo equipamento que é usando na estética, tanto em como em clinicas bem como profissionais liberais, recebe a mesma classificação de equipamentos eletro médicos e precisam passar pela manutenção preventiva e calibração. Se o profissional não está cumprindo suas obrigações ao ter um equipamento estético ele coloca em risco a saúde de seu cliente. Além desses cuidados, é necessário ter equipamentos com registros na ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para utilizá-los em suas clinicas. O ultra-som é o equipamento que mais necessita de calibração, pois em 90% dos aparelhos de ultrassom que ele recebe, estão descalibrados, e isso pode prejudicar e muito o resultado final do tratamento. Com esses cuidados, o esteticista contribui para a longevidade do seu produto, sem prejudicar a performance do tratamento ou a integridade do paciente. ESTÉTICA ELETROTERAPIA 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES, F. S. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2.ed. 2010. STARKEY, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 2.ed. São Paulo: Manole,2001. SORIANO, M.C.D.; PÉREZ, S.C.; BAKUÉS, M.I.C. Eletroestética Profissional Aplicada: Teoria e prática para a utilização de correntes em estética. Saint Quirze Del Valles: Sorisa, 2002 PEREIRA, M. F. L.Eletroterapia: no tratamento estético. 1. Ed. São Paulo: Difusão, 2014 http://www.esteticas.com.br/corrente_russa.htm https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/ultrassom/ https://www.tuasaude.com/lipocavitacao/ https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/microcorrentes/ https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/eletrolifting/ https://www.tuasaude.com/radiofrequencia/ http://negocioestetica.com.br/site/manutencao-dos-equipamentos-eletromedicos/
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