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Eletroterapia - Estetica

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ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 
 
ELETROTERAPIA 
 
SUMÁRIO 
ASSUNTO PÁGINA 
1 – DESCRIÇÃO DA ELETROTERAPIA 4 
2 – TENS 6 
3 – ONDAS CURTAS 10 
4 - LASER 11 
5 – LIPOCAVITAÇÃO 12 
6 – CORRENTE RUSSA 16 
7 - MICROCORRENTES 18 
8 – ELETROLIFITING 21 
9 – MICROABRASÃO 24 
10 – ULTRASOM ESTÉTICO 31 
11- FONOFORESE 37 
12 – RÁDIOFREQUÊNCIA 39 
13- MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE APARELHOS DE ESTÉTICA 42 
14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 2 
 
1 - DESCRIÇÃO DA ELETROTERAPIA 
 
A Eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas dentro da terapêutica. Os 
aparelhos de eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente muito baixa, são 
miliamperes e microamperes. Os eletrodos são aplicados diretamente sobre a pele e o 
organismo será o condutor. Na eletroterapia temos que considerar parâmetros como: 
resistência, intensidade, voltagem potência e condutividade. 
 
Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de correntes, onde o aparelho 
emite a energia eletromagnética que é então conduzida através de cabos condutores 
até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas incluem a 
utilização de agulhas ao invés de eletrodos, sendo este emprego mais reservado ao 
uso para terapia estética ou para métodos diagnósticos. 
 
Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia, cada 
qual com particularidades próprias quanto às indicações e contra-indicações. Mas 
todas elas tem um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é 
obtido através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao 
ser submetido à terapia. 
 
Os principais equipamentos eletroterapeuticos utilizados pela Estética são: 
1- Ultra-som 
2- Tensys 
3- Ondas Curtas – Ondas elétricas de alta frequencia que geram calor (diatermia) 
4- Laser – Classificado como Fototerapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 3 
 
1.1 - Ultra-som 
 
 
 
É um recurso da eletroterapia utilizado na fisioterapia por produzir um movimento 
ondulatório na forma de vibração mecânica, tais tipos de vibrações requerem um meio 
para sua propagação, não se propagam no vácuo.Essas vibrações produzem ondas no 
sentido longitudinal.Classificado como sonidoterapia (terapia através de ondas 
sonoras) 
 
O número de ondas são produzidas pelas vibrações do cristal de PZT cerâmico(tetânio 
de piomozirconato), localizado dentro do cabeço do aparelho. O número de ondas que 
determinam a freqüencia do aparelho. Existem aparelhos que oferecem freqüencias de 
3MHz e 1MHz. Os de 3MHz também podem ser utilizados na estética. 
 
1.2 - Propriedade acústica do tecido 
As ondas podem penetrar com mais facilidade em alguns tecidos, conforme sua 
constituição e densidade. Assim, regiões com muitos pêlos, muita queratina, como a 
planta dos pés dificultam a absorção. 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 4 
 
O tipo de cabeçote também pode influênciar a absorção do tecido. Cabeçotes de 1MHz 
são absorvidos de até 5 cm de profundidade, enquanto os de 3MHz são absorvidos de 
1,5 á 3 cm. 
 
1.3 - Tipos de ondas terapêuticas 
A)-Contínuo: Não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas. 
Normalmente são indicadas para as lesões crônicas. 
 
B)-Pulsátil: Possui interrupções no fluxo contínuo de ondas ultra-sonicas.As vibrações 
são interronpidas por pausas.São indicadas para lesões agudas. 
 
1.4 - Efeitos 
As vibrações mecânicas produzem um aumento do metabolismo local, gerando 
aumento do fluxo sanguíneo local, melhorando a nutrição tecidual, a retirada de 
catabólitos, favorecendo a regeneração tecidual. 
O aumento do metabolismo local e a conseqüente retirada dos catabólitos levam a 
uma descompressão das terminações nervosas. 
A ação mecânica entre os tecidos produz a liberação de aderências, devido a 
separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelular, absorção 
de excesso de íons de Ca++. 
 
1.5 - Passo a passo da terapia com o Ultra-som 
1)-Limpar a região a ser tratada; 
2)-Usar gel condutor ou medicamento à base de gel. O ultra-som é bloqueado na 
presença de vaselina e, óleos; 
3)-Ligar o aparelho; 
4)-Escolher a intensidade adequada para a lesão. 
5)-Manter o contato perfeito em ângulo de 90º. 
6)-Deslizar o cabeçote em movimentos circulares. 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 5 
 
1.6 - Efeitos deletérios 
A)-Queimaduras: -Altas intensidades podem produzir efeitos térmicos exagerados; - 
permanecer com o cabeçote parado durante a terapia. 
B)-Cavitação:Ocorrem por doses excessivas, que irá produzir lesões teciduais locais 
com liberação de gases e a formação de cavernas. 
C)-Hiperdosagens podem produzir fibroses teciduais. 
D)-Alterações no aparelho: falta de manutenção técnica, um acoplamento errado do 
cabeçote podem não produzir o efeito terapêutico desejado. 
 
1.7 - Contra-indicações 
1)-Ouvidos 
2)-Olhos 
3)-Ovários e Testículos 
4)-Zonas de crescimento 
5)-Útero grávido 
6)-Neoplasias 
7)-Processos infecciosos 
8)-Cicatrizes em pós-operatórios imediatos/ mediatos 
9)-Tromboses, Flebites 
10)-Áreas tratadas com radioterapia. 
 
1.8 - Indicações terapêuticas 
1)-Tendinites 
2)-Mialgias 
3)-Contraturas e tensões musculares 
4)-Bloqueios articulares 
5)-Cicatrizes cirúrgicas 
6)-Formação de calo ósseo ( retardo de consolidação) U.S específico de 0,7 ou 
1,5MHz 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 6 
 
1.9 - Dosimetria 
Dependerá da lesão e do quadro da lesão se aguda ou crônica. 
 
O tempo pode variar de 1 a 8 minutos. 
Área: Tamanho da área Tempo: 
Área pequena 5cm2 2 minutos 
Área média 10cm2 4 minutos 
Área grande 25cm2 6 a 8 minutos 
 
1.10 - Cálculo da intensidade 
Dose = área a ser tratada (cm2) x 0,1W / área do cabeçote (cm2 ) 
 
 
2 - TENS 
 
Definida como estimulação elétrica transcutânea, é um recurso da eletroterapia 
utilizado pela fisioterapia para alívio da dor em processos agudos ou crônicos. 
Entretanto, devemos considerar que a dor é a conseqüência de um processo 
inflamatório, portanto a terapia com o tens deve ser associado a outros recursos anti-
inflamatórios,ou ainda desajustes articulares, onde a mobilização articular 
(cinésioterapia) é imprescindível. 
 
2.1 - O aparelho 
O aparelho é composto por uma fonte de voltagem, eletrodos e cabos interconectores. 
 
2.2 - Energia 
O tens é uma corrente despolarizada. 
Os geradores da Tens recebem e modificam correntes alternadas para criação de sua 
energia primária e produção de formas típicas de ondas da Tens. 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 7 
 
2.3 - Eletrodos 
Existem dois tipos de eletrodos no mercado: 
1) Os siliconizado carbonados que tem uma duração média de seis meses e 
podem ser limpos com álcool a 70% 
2) E os descartáveis, que devem ser utilizados e descartados, uma vez que não 
podem ser limpos. 
 
O tamanho do eletrodo deve ser compatível com a área a ser tratada. Assim, áreas 
maiores devem receber eletrodos maiores, áreas menores, eletrodos menores. 
Para facilitar a passagem da Tens a área a ser tratada de vê estar limpa (sem pêlos, e 
oleosidade).Os eletrodos devem ser fixados de forma a ficarem bem aderidos a pele. 
 
2.4 - Posicionamento dos eletrodos 
Existem várias maneiras de se posicionar os eletrodos. O posicionamento é 
fundamental para a obtenção do êxito no tratamento. 
 
Dentre as maneirasmais utilizadas podemos citar: 
1)-Unilateral: Consiste na colocação de um eletrodo em um dos lados de uma 
articulação. 
2)-Bilateral: Consiste na colocação de dois eletrodos de um mesmo canal em um único 
lado das costa, do abdome, do braço, etc. 
3)-Cruzada: Consiste na utilização de 2 canais, dispondo os eletrodos de modo 
cruzado, obtendo uma elevada densidade de corrente na região da dor. 
4)- Proximal: Consiste na colocação dos eletrodos na parte superior da lesão. Esta 
forma de aplicação é bastante eficaz no tratamento de lesões medulares e nervos 
periféricos. 
5)- Distal: Consiste na colocação de pelo menos um eletrodo na região da dor para 
garantir que seja percebida a parestesia em toda área afetada pela dor. 
 
2. 5 - Indicações 
Dores crônicas em geral; dores pós- operatória; dores lombares(ciatalgia), cervicais; 
bursites; 
As principais aplicações da TENS são nos tratamentos de: 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 8 
 
2.6 - Contraindicações 
A tens não deve ser aplicada sobre: 
As regiões das carótidas; portadores de marcapasso; na região abdominal de mulheres 
grávidas; pálpebras; e em casos de dores não diagnosticadas; A utilização da TENS 
em crianças, epiléticos e idosos deve ser acompanhada por um Fisioterapeuta. 
 
Dosimetria: 
Existem 4 formas de utilização da Tens: 
 
2.7 - Tens convencional 
É obtido através do ajuste de: 
 Largura do pulso (Width) entre 50 e 80 segundos; 
 Freqüência de repetição do pulso (Rate) dentro da faixa que vai de 50 e 100 Hz; 
 Intensidade de corrente suficiente para gerar uma sensação agradável, sem 
contração muscular. 
 O tempo de aplicação pode variar de 5 minutos a 1 hora, sendo considerado 
suficiente o tempo de 20 minutos. 
 
2.8 - Tens com pulsos modulados 
É obtido através do ajuste de: 
 Largura do pulso (Width) entre 100 e 180 segundos; 
 Modulação dos pulsos (V. BURST) em 0,5Hz; 
 Freqüência de repetição do pulso (Rate) em 70 a 100 Hz; 
 Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável, gerando 
contrações musculares na freqüência da corrente de modulação. 
 A aplicação deve ser de no minimo 20 minutos, podendo chegar a 1hora. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 9 
 
2.9 - Tens para acupuntura 
É obtido através do ajuste de: 
 Largura do pulso (Width) entre 150 e 300 segundos; 
 Freqüência de repetição do pulso (Rate) em 14 Hz; 
 Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável, gerando contrações 
musculares intensa. 
 A aplicação deve ser de no mínimo 30 minutos e no máximo 1 hora. 
 
2.10 - Tens breve e intensa 
É obtido através do ajuste de: 
 Largura do pulso (Width) entre 150 e 300 segundos; 
 Freqüência de repetição do pulso (Rate) entre 100 e 150Hz; 
 Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável; gerando, 
dependendo da região de aplicação, contrações musculares intensas. 
 O tempo de analgesia é em torno de 15 minutos e o tempo de aplicação de 20 
minutos. 
―O tens não é um tratamento curativo, é um paliativo para a dor‖. 
 
 
3 - ONDAS CURTAS 
 
São ondas elétricas de alta freqüência que geram calor (diatermia). Normalmente deve 
ser associado a outro recurso fisioterapêutico como, por exemplo, a cinesioterapia 
(terapia através do movimento). 
Se utilizado dentro da dosagem terapêutica, o calor profundo gerado pelo Ondas 
curtas, produz o aquecimento dos tecidos. Em resposta a esse aquecimento, ocorre o 
aumento do fluxo sanguíneo, propiciando a diminuição de processos inflamatórios e 
alívio da dor. 
O aquecimento moderado é normalmente usado em processos de doenças crônicas, já 
um aquecimento mais brando pode ser usado em processos mais agudos. 
Não é correto pensar que quanto maior o calor, melhor o efeito terapêutico, pois por 
gerar um calor profundo, tem risco de piorar a dor, e em casos extremos, pode gerar 
lesões teciduais e queimaduras profundas. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 10 
 
3.1 - Indicação 
1) Contusões, contraturas, entorses: 
O efeito espasmolítico, analgésico e hiperemia bem como a estimulação de todo o 
processo metabólico intracelular e as reações fisiológicas se potencializam 
conseguindo rápidos resultados, uma grande vantagem no uso das ondas curtas é o 
efeito analgésico. 
 
2)- Anquilose fibrosa, rigidez pós-gesso e hipotrofia muscular: como nestas afecções 
entra o fator espasmódico provocado pela dor e diminuição da irrigação sangüínea, o 
uso do calor profundo é bem indicado aproveitando de suas ações fisiológicas já ditas 
anteriormente, proporcionando um maior ganho de mobilidade articular. 
 
3)- Artropatias inflamatórias degenerativas, que abrange a artrite, bursite, periartrite 
escápulo-umeral, espondilite, epicondilite e espondilo-artrose: responde bem quando 
utilizados em fase não aguda, certo que não se utiliza calor em processos inflamatórios 
agudos, pois, a função celular fica aumentada e como conseqüência o seu 
metabolismo também aumenta. 
 
4)- Mialgias, miogelose, lombalgias (de origem estática, reumática, focal e traumática), 
fibrose e torcicolo: por se trata de afecções ocasionadas por alterações da 
musculatura, caracterizada por rigidez local. Com o uso do ondas curtas a 
sintomatologia diminui em algumas as sessões. 
 
3.2 – Contra indicação 
1)-Pacientes com Marcapasso 
2)-Pacientes com prótese metálica 
3)-Alteração da sensibilidade térmica 
4)-Mulheres grávidas 
5)-Períodos menstruais 
6)-Tecidos isquêmicos 
7)-Câncer 
8)-Trombose Venosa. 
9)-Feridas abertas 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 11 
 
3.3 - Cuidados 
Os aparelhos, cabos e placas das ondas curtas devem passar por manutenção técnica 
periódica. Os cabos e as placas devem ser checados e conectados no aparelho 
adequadamente. Os cabos não devem cruzar entre si, e as placas não devem ser 
colocadas sobre espículas ósseas como, por exemplo, a patela. O aparelho deve ser 
utilizado em maca de madeira para evitar curto circuito. E se próximo de materiais 
metálicos esses devem ser isolados. 
A área a ser tratada deve estar livre de cremes, óleos e, pomadas, devendo ser 
protegida com uma toalha limpa e de boa espessura. 
O paciente não deve utilizar o celular, nem dormir durante a aplicação. 
O paciente deve ser informado da sensação térmica desejada. 
 
4 - LASER 
 
O termo Laser significa amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. 
É um recurso da fototerapia que vem sendo utilizado pela fisioterapia, por produzir um 
efeito antiinflamatório, analgésico, estimulante celular e modulador do tecido do 
conjuntivo na regeneração e na cicatrização de diferentes tecidos. Existem dois tipos 
de LASER utilizados pela fisioterapia o Hélio-Neônio e Arseneto de Gálio. 
 
4.1 - Indicação 
1)-Processos degenerativos e inflamatórios das lesões dos tecidos moles como 
ligamentos, tendões, e músculos. 
2)-Edemas periarticulares 
3)-Cicatrização de feridas abertas 
4)-Lesões nervosas periféricas 
 
4.2 - Contraindicação 
O laser não deve ser aplicado sobre a retina , sobre neoplasias , processos 
bacterianos , sobre tecidos especializados como ovários e testículos. 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 12 
 
4.3 - Cuidados 
 O ângulo de incidência deve sempre estar localizado sobre à área de aplicação 
 Fisioterapeuta e paciente devem estar usando proteção ocular específica 
 Pele do paciente deve sempre estar limpa, sem cremes, óleos, ou mesmo 
secreções sebáceas. 
 Antes do uso é importante testar a caneta do LASER. 
 
Dosimetria 
A dose do laser é indicada pelo fisioterapeuta conforme o efeito desejado, podendovariar de 1 a 6 J/ cm2 . 
 
Antiinflamatório 1 a 2 J/cm2 
Analgésico 2 a 3 J/cm2 
Anti edema 3 a 4 J/cm2 
Cicatrizante 4 a 6 J/ cm2 
 
O tempo da aplicação depende da área a ser tratada: 
Área: Tamanho da área Tempo: 
Área pequena 5cm2 2 minutos 
Área média 10cm2 4 minutos 
Área grande 25cm2 6 a 8 minutos 
 
Técnica de aplicação 
Em áreas pequenas a aplicação é pontual no local da dor. 
Em áreas grandes a aplicação é em varredura, para atingir uma margem maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 13 
 
5 - LIPOCAVITAÇÃO 
 
A lipocavitação é um procedimento estético que serve para eliminar gordura localizada 
na barriga, coxas, flancos e costas, através de um aparelho de ultrassom que ajuda a 
destruir a gordura acumulada. 
Este procedimento, também conhecido por lipo sem cirurgia, não dói e ajuda a perder 
volume, ficando com um corpo mais modelado e definido, além de ajudar a melhorar o 
aspeto da pele e a diminuir a celulite e seus resultados vão surgindo progressivamente. 
Porém, embora seja um procedimento com poucos riscos, ele pode causar 
queimaduras na pele ou aumento do colesterol ruim. 
 Após cada sessão de lipocavitação, deve-se fazer uma sessão de drenagem linfática e 
exercícios físicos aeróbicos para garantir a eliminação da gordura, evitando a sua 
deposição em outras áreas do corpo. 
 
Técnica para soltar gordura 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 14 
 
Normalmente, os resultados da lipocavitação são vistos logo no primeiro dia de 
tratamento e ocorrem de forma progressiva e, normalmente é preciso pelo menos 2 e 3 
sessões. 
A lipocavitação elimina cerca de 3 a 4 cm logo no primeiro dia de tratamento e, em 
média, mais 1 cm em cada sessão. Após cada sessão é necessário praticar exercício 
físico e drenagem linfática até 4 horas depois. 
 
5.1 – Procedimento 
Para fazer uma lipocavitação, o paciente deve: 
1. Deitar na maca com roupa intima; 
2. A técnica irá colocar um gel sobre a área a ser tratada; 
3. A técnica irá deslizar o equipamento na área a ser tratada com movimentos 
circulatórios. 
Cada sessão de lipocavitação demora em média 40 minutos e durante a aplicação, o 
indivíduo irá ouvir um ruído em todo o tempo, que é o funcionamento do aparelho. 
Técnica de lipovitação 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 15 
 
5.2 - Indicações 
A lipocavitação está indicada para: 
 Eliminar gordura localizada na barriga, flancos, culote, coxas, braços e costas, 
que não tenham sido completamente eliminadas com a dieta e exercício; 
 Tratar a celulite, pois "quebra" as células de gordura que forma os indesejados 
"furinhos". 
 Modelar o corpo, perdendo volume e tornando-o mais esbelto e definido. 
Entre cada sessão o individuo deve esperar 4 dias, para que a gordura seja eliminada 
totalmente do corpo através da urina e das fezes. 
Contraindicações 
 
Esta técnica está contraindicada para: 
Grávidas Diabéticos Hipertensos Doença renal Doença do 
figado 
Obesidade Doença 
cardíaca 
Epilepsia Mulher com DIU Flebite 
Varizes na 
área a ser 
tratada 
Paralisia Prótese, placas ou 
parafusos 
metálicos no corpo 
Processo 
inflamatório na 
área de 
tratamento 
 
Colesterol 
alto 
 
No entanto, no caso de ter algum destes problemas e desejar realizar uma 
lipocavitação deve contatar o médico e seguir suas indicações. Além disso, pode-se 
realizar o procedimento durante a menstruação, no entanto, o fluxo sanguíneo deverá 
aumentar. 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 16 
 
5.3 - Riscos da Lipocavitação 
Os risco da lipocavitação incluem: 
 Aumento do colesterol: ocorre devido ao fato da gordura que se solta ficar na 
corrente sanguínea e, para evitar isto, deve-se ter o cuidado de seguir uma 
alimentação com pouca gordura, para que a gordura que caiu na corrente sanguínea 
seja eliminada; 
 Voltar a engordar: é preciso realizar alguma atividade física até 4 horas após o 
procedimento, caso contrário, ela será novamente depositada em outra região do 
corpo. 
A lipocavitação não representa nenhum risco para a saúde quando é realizada 
corretamente e quando o indivíduo respeita suas contraindicações. No entanto, a 
técnica deve ter atenção à temperatura do aparelho para não provocar queimaduras. 
 
Quantas sessões preciso fazer? 
O número de sessões de lipocavitação a fazer vai depender do objetivo da paciente e 
da quantidade de gordura acumulada e, o número de sessões que varia entre 3 e 10, 
que devem ser realizadas no mínimo 2 vezes por mês. 
 
 
6 – CORRENTE RUSSA 
 
A técnica conhecida como corrente russa é uma forma de eletroterapia associada a 
movimentos musculares, desenvolvida nos anos 80, pelo russo Yakov Kots. O 
equipamento atua emitindo impulsos elétricos até o músculo que se deseja atingir, 
aumentando o metabolismo e, portanto, a nutrição. Isso faz com que aumente a força 
da pessoa, dando volume, tonificação muscular e enrijecendo a área. Além disso, 
também ajuda na redução de gordura corporal e na melhora da drenagem linfática. 
O aparelho de corrente russa é composto de vários eletrodos. Estes devem ser 
posicionados estrategicamente no ventre muscular da região a ser tratada. A corrente 
elétrica utilizada é assimétrica, de baixa frequência, com baixa voltagem e pequena 
intensidade. O estímulo elétrico é aplicado por 10 segundos, seguido por intervalo de 
50 segundos, com um tempo de tratamento recomendado de 10 minutos de 
estimulação elétrica por sessão. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 17 
 
6.1 - Corrente russa – do que se trata? 
 
 
Embora esteja na moda como procedimento estético hoje em dia, a Corrente Russa já 
existe há mais de 30 anos e era conhecida antigamente como Estimulação Russa e 
sua criação estava relacionada aos astronautas. Eles passavam longos meses em 
órbitas e necessitavam desse auxílio para não perder a força muscular. Podemos dizer 
resumidamente que a Corrente Russa é uma forma de massagear o corpo através de 
impulsos elétricos. 
Seu funcionamento é muito simples. O aparelho utilizado na técnica emite uma 
corrente elétrica de baixa freqüência, baixa voltagem e pequena intensidade. Ao entrar 
em contato com a pele, o estímulo elétrico reduz medidas e promove a regeneração 
celular, além de ser uma opção para o pós-operatório de cirurgia estética ou 
reparadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 18 
 
6.2 - Efeitos da corrente russa 
Existem vários efeitos relacionados ao sua utilização. A Corrente Russa tem como 
benefícios: 
 Fortalece o abdômen em mulheres em período pós-parto ou não. 
 Fortalece o abdomen de homens que estão em evolução de massa 
 Ajuda a combater a flacidez cutânea e muscular em geral. 
 Possibilita trabalhar tanto as fibras musculares vermelhas que são as de 
tonicidade e força quanto as fibras brancas de velocidade e pode ser usado por 
homens e mulheres em diferentes regiões do corpo como, glúteos, abdome, coxas, 
braços dependendo da finalidade do tratamento. 
 É responsável por fortalecer, também, os músculos do abdômen, cochas, 
braços, pernas e glúteos, o que lhe confere melhor aparência e autoestima. 
 A combinação das técnicas de Corrente Russa e Carboxiterapia, garante 
excelentes resultados no tratamento da flacidez. 
 A corrente russa é interessante pois pode ser usada mesmo por pessoas que 
não pratique atividade física embora aconselhamos não deixar de fazê-lo pois os 
benefícios desta atividade são imprescindíveis para a saúde,assim como pode ser 
feitas por atletas para potencializaro estímulo ás fibras musculares o fluxo sanguíneo e 
o sistema linfático. 
 
6.3 - Contraindicações 
Sim, algumas contra indicações devem ser observadas. Sempre antes de iniciar o 
tratamento seu médico realizará uma avaliação do paciente e indicará a intensidade 
certa da corrente para a contração muscular específica 
Mas é de conhecimento médico que a Corrente Russa pode ser contra-indicada para: 
 Portadores de marca-passo. 
 Doenças cardiovasculares 
 Problemas de pressão. 
 Problemas renais crônicos. 
 Epilepsia 
 Patologia pulmonares. 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 19 
 
7 - MICROCORRENTES 
 
É uma terapia que utiliza corrente polarizada, galvânica, pulsátil e níveis baixos de 
intensidade de corrente que é determinado como microampère (µA). Também 
chamada de MENS, é mil vezes menos intensa do que as eletroterapias comuns e é 
exatamente por isso que ao se trabalhar com ela, o cliente não deve sentir a corrente 
elétrica, ou seja, ela deve ser subsensorial (não atinge as fibras sensoriais 
subcutâneas) sem sensações de formigamento, ou mesmo desconforto para quem 
recebe a terapia, sensação essa geralmente associada aos procedimentos 
eletroterápicos. 
 
A microcorrentes trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável, 
ou seja, ela se liga com os potenciais elétricos naturais da pele ficando compatível com 
o campo eletromagnético do corpo, portanto, a microcorrentes se comunica 
diretamente com as células do nosso organismo, aumentando seu ATP local em até 
500% de sua produção natural, trabalhando também na síntese de proteínas como o 
colágeno e a elastina. 
Segundo Soriano et al (2002), os efeitos da microcorrentes promovem regeneração 
nas células, aumenta a produção do colágeno e da elastina, aumenta a circulação 
sanguínea local o que consequentemente aumenta a oxigenação celular clareando a 
pele, tonificando o tecido e combatendo a flacidez. 
 
Na estética conseguimos obter efeitos como 
Normalização, nutrição, estimulação do processo de reparo tecidual, inibição celular, e 
além disso a microcorrentes também tem efeito sobre o sistema linfático. 
 
7.1 - Para que serve o ATP? 
 ATP é um fator importante principalmente em um processo de cura e cicatrização de 
um tecido, pois a principal fonte de energia para nossas células é o ATP, e quando há 
uma lesão, o nosso organismo necessita de energia (ATP) para a reparação, assim 
como o movimento de minerais como o sódio, potássio, magnésio e cálcio para dentro 
e fora das células. 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 20 
 
Um tecido lesionado tem maior impedância elétrica (maior resistência elétrica) e são 
pobres na quantidade de ATP produzido, assim sendo se obtivermos um aumento na 
produção de ATP, o processo de cicatrização será acelerado. 
A aplicação da microcorrentes pode ser realizada de duas formas: automática e 
manual. Na aplicação automática, ocorre a colocação de eletrodos fixos em pontos 
predeterminados da área a ser tratada. Nesse caso, como é uma terapia mais rápida, 
podemos utilizar em conjunto outras técnicas (manuais e cosméticas) para 
complementar o tratamento. Na aplicação manual, o profissional é quem movimenta 
dois eletrodos do tipo caneta lentamente no local de aplicação. Técnica essa, indicada 
para pessoas que necessitam de uma atenção especial e focalizada. Para realizar 
essa técnica é necessário que haja uma higienização da pele antes da aplicação da 
microcorrentes. Nos casos de peles espessas, desvitalizadas e desidratadas, é 
indicado que realize algumas sessões de hidratação previamente, para melhorar a 
condutibilidade da corrente 
 
7.2 Indicações 
 Para tratamentos de revitalização cutânea. 
 Para processos onde necessitar reparação tecidual 
 Em casos onde há necessidade de normalização de tecido, edema, etc. 
 Estrias (tanto no modo de eletrolifting, quanto para nutrição e prevenção das 
mesmas) 
 Prevenção do envelhecimento cutâneo. 
 Melhora dos quadros de rosácea 
 Tratamentos de quadro acneico, com ação anti-inflamatória e cicatrizante 
. 
7.3 - Contraindicações 
 Gestantes; 
 Portadores de marca-passo; 
 Neoplasias; 
 Paciente em tratamento com anticoagulantes; 
 Alergias gerais; 
 Pacientes imunodeprimidos; 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 21 
 Cardiopatas descompensados; 
 Hiper e hipotireoidismo descompensados; 
 Aplicar em pacientes com Botox no local da aplicação; 
 Próteses metálicas no local da aplicação. 
 Pessoas com distúrbios de sensibilidade 
 
Você sabia? 
Microcorrentes não faz permeação de ativos. A microcorrentes é um aparelho que 
estimula as células e ―conversa‖ com elas e não consegue fazer uma iontoforese, ou 
seja, não é capaz de enviar produtos para dentro da nossa pele como primeira 
intenção, mas claro que por um atrito físico acaba ocorrendo essa permeação dos 
ativos cosméticos. É por esse motivo que para uma melhor resposta no tratamento 
com a microcorrentes usamos gel neutro para a condução da corrente elétrica. 
Observação: Como a microcorrentes fornece energia para as células, é 
importantíssimo saber se o cliente tem histórico de queloide ou tendência, caso 
tenha, não aplique a microcorrentes no modo de estimulação, pois pode estimular 
o surgimento de queloides. Se o cliente durante a aplicação da microcorrentes relatar 
desconforto ou formigamento, diminua a intensidade da corrente, lembrando que ela 
deve ser subsensorial. 
 
ATENÇÃO: A microcorrentes não realiza contração muscular! 
DICA IMPORTANTE: Cada vez que é retirado o contato dos eletrodos com a pele em 
tratamento a microcorrentes demora pelo menos 11 segundos para retomar seu 
funcionamento da corrente elétrica (para agir), por isso, não retire o tempo todo os 
eletrodos do contato com a pele, realize os movimentos lentos e deslize o eletrodo 
sobre a pele para passar para outro local ao invés de retirá-los. 
 
Higienização dos eletrodos 
Higienize os eletrodos com álcool à 70% sempre que for utilizá-los de um cliente para o 
outro. 
DICA: Sempre faça uma orientação cosmética para o cliente dar continuidade em casa 
com o tratamento proposto. 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 22 
 
8 - ELETROLIFITING 
 
Como funciona 
O eletrolifting utiliza-se da corrente contínua que é a corrente galvânica, porém sua 
intensidade é reduzida para microampères (µA), seu eletrodo com ou sem a agulha 
(eletrodo ativo) sempre será conectado ao polo negativo. 
Assim o eletrodo passivo (geralmente uma placa de metal coberta por uma esponja 
ou um bastonete), ficará em contato constante com o cliente, fechando o campo 
elétrico. 
Os efeitos da corrente galvânica na pele causam uma lesão no tecido, hiperemia 
(vermelhidão), edema local (inchaço) e uma maior sensibilidade à dor. 
Já os efeitos fisiológicos agem pela ação da corrente sobre os nervos vasomotores, 
causando maior vascularização e consequentemente uma hiperemia local. 
Esta inflamação local e controlada, produz um tecido fibroso que preenche os espaços 
das rugas, estrias, cicatrizes de acne, etc. Tudo isso por conta de estímulo aos 
fibroblastos em conjunto com a resposta de reparação da lesão que é efetuada pelo 
corpo. 
Explicando melhor… 
O eletrolifting causa uma lesão controlada no organismo, onde este diante de 
qualquer lesão tem o instinto de reparar os tecidos que foram lesionados, sendo assim 
os fibroblastos entre outras células, são ativadas para substituir o tecido lesado por um 
novo tecido reparado. 
 
8.1 - Corrente contínua 
Na corrente contínua os elétrons só se direcionam para 
um sentido e constantemente, não há oscilaçõesde polaridade, onde o profissional é 
quem seleciona a polaridade do tratamento (seja positivo + ou negativo -) e essa 
polaridade se mantém durante todo o tempo determinado. 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 23 
 
8.2 - Eletrodos 
 
Para quem posso indicar? 
Para pessoas que queiram melhorar/atenuar, linhas de expressão, cicatrizes de 
acne, (não inflamatória) e estrias. 
 
8.3 - Contraindicações 
Pessoas com problemas cardíacos, com distúrbio de sensibilidade, portadoras de 
marca-passo cardíaco, propensas a queloide, com neoplasias, varizes, feridas, 
inflamações ou lesões no local da aplicação, vitiligo, psoríase, próteses metálicas no 
local da aplicação, hipertensas ou hipotensas descompensadas, diabéticos 
descompensados, se expor ao sol após realizar a técnica. 
 
8. 4 - Técnicas de aplicação 
•Punturação; 
•Xevron; 
•Escarificação; 
•Escarificação modificada. 
 
8.5 - Tempo 
Varia de acordo com a área à ser tratada. Esta técnica pode ser aplicada 1 vez por 
semana, ou a cada 15 dias, o importante é que não haja processo inflamatório na área 
a ser tratada para realizar novamente a técnica. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 24 
 
8.6 - Intensidade 
A intensidade varia de acordo com cada autor, pode-se seguir: 
– Rugas finas 70µA 
– Rugas profundas 150µA 
– Estrias 150 a 200µA 
– Higienizar a pele 
– Esfoliar com esfoliante físico 
– Tonificar com loção antisséptica 
– Colocar a placa de silicone com gel, ou a placa de metal com esponja molhada, 
(conforme indicação do fabricante do aparelho adquirido) na polaridade positiva 
próxima a região tratada, sob a escápula se for no rosto por exemplo ou pedir para o 
cliente segurar o bastonete de metal (varia de acordo com o tipo de aparelho que o 
profissional utiliza e serve para fechar a corrente entre os pólos) 
– Aplicar álcool a 70% na região do tratamento 
– Realização da técnica escolhida 
– Finalizar com protetor solar 
Lembre-se: você como profissional deve ser apto e capacitado antes de manusear 
qualquer tipo de aparelho ou de efetuar qualquer procedimento e ser formado na área. 
Ao adquirir o aparelho, indicamos que faça também o curso disponibilizado pela 
empresa. 
 
 
9 - MICRO ABRASÃO 
 
O que é o Peeling de Diamante 
O Peelling Diamante é um peeling físico, ou seja, utiliza um equipamento próprio para 
esse fim para promover uma microesfoliação da pele. Entre os principais objetivos do 
procedimento estão a remoção das células mortas que ficam na camada mais 
superficial da pele e a estimulação à produção de colágeno. 
 
9.1 - Outros nomes 
O método também pode ser chamado de microdermoabrasão, nome dado aos 
procedimentos não invasivos de esfoliação da camada superficial da pele. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 25 
 
9.2 - Indicações do peeling de diamante 
A esfoliação promovida pelo peeling de diamante renova a camada celular da pele, e, 
segundo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado em 2009 
no periódico científico Archives of Dermatology, induz alterações celulares na pele que 
ajudam a rejuvenescê-la. O que acontece é que para alterar a aparência da pele, o 
procedimento estimula a produção de colágeno, a principal proteína responsável por 
dar forma, estrutura e sustentação à pele. Segundo os pesquisadores, quanto mais 
agressivo o método - sem, claro, destruir o tecido da pele - maior o estímulo à 
produção de colágeno. 
Este procedimento estético está indicado para tratar mancha superficiais - as 
chamadas melanoses, que estão localizadas na epiderme, camada superficial da pele. 
O peeling de diamante promove a esfoliação da epiderme, promovendo a eliminação 
das melanoses. Também pode haver melhora nas cicatrizes de acne, mas como nesse 
caso as lesões são mais profundas, a melhora é mais discreta - ela acontece em 
função da esfoliação da pele e estímulo à renovação das células da camada 
superficial, mas não age profundamente, onde começam essas lesões. Da mesma 
forma, rugas finas são marcas mais profundas e por isso têm um benefício discreto, ele 
ocorre principalmente quando, junto ao peeling de diamante, é feito uso de cosméticos 
que agem suavizando as linhas de expressão. Poros muito abertos, quando 
submetidos à esfoliação do peeling de diamante, também diminuem. Isso acontece por 
que os poros tem formato de cone, portanto quanto mais pele é removida, mais 
estreitos eles ficarão. Segundo o dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade 
Brasileira de Dermatologia, o peeling de diamante pode também ser usado para 
melhorar o aspecto das estrias, principalmente as avermelhadas, mais recentes. O 
benefício acontece devido ao estimula de células novas, que promoverão uma 
cicatrização mais discreta na região. 
O peeling de diamante pode ser feitos em pessoas com qualquer tonalidade de pele e 
até mesmo nas bronzeadas. Neste caso, o bronzeado será removido junto com a pele 
superficial. 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 26 
 
Regiões do corpo em que pode ser feito 
Manchas no colo podem ser amenizadas com o peeling de diamante 
 
O Peeling de diamante pode ser usado em qualquer parte do corpo. Além do uso facial 
(rugas, manchas, poros dilatados), os mais comuns são: rejuvenescimento do colo 
(amenizando rugas e linhas finas),rejuvenescimento das mãos (melhorando a textura, 
rugas finas e manchas) e para estrias vermelhas e brancas. 
 
9.3 - Como é feito o peeling de diamante 
Não é necessária qualquer anestesia prévia. Inicialmente é feita a higienização da 
pele, em seguida é aplicada a ponteira de diamante no local de tratamento. O 
profissional realiza movimentos em linha ou círculos sobre a pele. É comum que o 
profissional estique a pele com as mãos para permitir que a ponteira trate toda a pele. 
A região dos olhos não deve ser tratada com sucção e os lábios não devem receber o 
peeling. 
O equipamento é constituído por uma ponteira com um diamante na sua extremidade, 
rígido e capaz de promover o lixamento da pele. Existem três diferentes tipos de 
ponteiras: a maior, de 75 mícrones de diâmetro; a intermediária, de 100 mícrones e a 
menor, de 150 mícrones. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 27 
 
As ponteiras de 100 e 150 mícrones fazem uma esfoliação mais delicada, enquanto a 
de 75 age de maneira mais profunda na pele, com sucção mais intensa. A escolha pela 
ponteira depende do problema a ser tratado, estrias, por exemplo, pedem tratamento 
mais intenso, enquanto para a pele do rosto é recomendado começar com esfoliações 
mais leves, qualquer que seja o problema. 
Após a sessão, a pele fica levemente avermelhada e pode descamar levemente 
durante alguns dias. Jardis Volpe conta que, em geral, o peeling de diamante não é 
doloroso. Porém, em casos em que a esfoliação é mais intensa, como no caso das 
estrias, pode haver desconforto, mas ainda assim leve. 
 
9.4 - Cuidados antes do peeling de diamante 
É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exemplo o ácido retinoico, de 
24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que deixam a pele mais 
sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu dermatologista sobre outros 
produtos que devem ser suspensos antes das sessões. 
Cuidados após o peeling de diamante 
O paciente deve hidratar a pele durante uma semana com hidratantes recomendados 
pelo médico para o período após o peeling, em geral esses produtos ajudam também 
na regeneração da pele. A dermatologista Marcela Studart recomenda o uso água 
termal, cuja principal função é acalmar a pele, à vontade. O uso de ácidos só deve ser 
retomado após sete dias, pois a pele estará sensibilizada.O rosto deve ser lavado com 
sabonete neutro por um período de sete dias após o procedimento. 
Os dermatologistas recomendam o uso de filtro solar com FPS mínimo de 50, que 
proteja contra radiação UVA e UVB, com reaplicação de, no mínimo, quatro em quatro 
horas. Os protetores solares físicos são as melhores opções, pois seus compostos 
reagem menos quimicamente com a pele em comparação com os filtros solares 
químicos, o que diminui as chances de irritações. Para reconhecer o protetor solar 
químico, fique atenta às informações da embalagem. Nem todos têm a informação de 
que se trata de um protetor solar físico, mas a maioria contém as palavras bloqueador 
e hipoalergênico na embalagem, além disso, boa parte deles também conta com cor de 
base para maquiagem. 
Dê preferência às maquiagens hipoalergênicas, que têm menor probabilidade de gerar 
irritações na pele sensibilizada. 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 28 
 
9.5 - Sessões de peeling de diamante 
"O numero de sessões varia de 3 a 5, de acordo com o caso, com periodicidade 
quinzenal". Caso o paciente queira apenas a renovação da pele, três sessões bastam. 
Quem precisa aliviar a aparência de cicatrizes de acne, estrias e poros muito abertos 
deve fazer pelo menos cinco sessões. Cada sessão dura em média 30 minutos. 
 
9.6 - Contraindicações do peeling de diamante 
Para peles sensíveis ou com rosácea o peeling de diamante e qualquer outro 
tratamento que faça o lixamento da pele não são boas opções, pois é grande o risco 
de a pele ficar ainda mais irritada. Peles com inflamações, como uma acne amarelada, 
por exemplo, também não devem passar pelo procedimento sob o risco de aumentar a 
inflamação ou mesmo espalhar micro-organismos pela pele. Caso haja microlesões em 
outros locais, pode haver o surgimento de novas acnes. O dermatologista Jardis Volpe 
explica que é necessário que o dermatologista faça uma avaliação detalhada da pele 
antes do peeling de diamante, principalmente em peles envelhecidas, com maiores 
chances de lesões. "O dermatologista deve avaliar se não há nenhuma lesão pré-
cancerígena ou já cancerígena, pois nesse caso não é indicado o peeling de 
diamante". 
 
9.7 - Grávida pode fazer? 
Grávidas podem fazer o tratamento, mas sempre é indicado a mulheres gestantes que 
consultem o médico antes de passar por qualquer procedimento estético. A atenção 
deve ser redobrada caso seja feita a associação de cosméticos ao peeling de 
diamante. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 29 
 
 
9.8 - Peeling de diamante com uso de cosméticos 
Peeling de diamante aprofunda a ação dos cosméticos 
Está comumente associado o uso de cosméticos ao peeling de diamante. Logo após a 
esfoliação, o profissional aplica o produto e o paciente deixa o consultório ainda com o 
creme em questão no rosto. A remoção das células mortas permite que esses produtos 
sejam melhor absorvidos e tenham efeito mais visível. Alguns exemplos de produtos 
usados são as vitaminas C e E e hidratantes. Com o mesmo objetivo, há também a 
associação do peeling químico ao peeling de diamante. Nesse caso o procedimento é 
feito pelo dermatologista e são utilizados ácidos, como o ácido retinóico, o ácido 
salicílico e o ácido glicólico para manchas e cicatrizes de acne. 
 
9.9 - Peeling de diamante x Peeling de cristal 
O peeling de damante e o peeling de cristal têm a mesma função e eficácia. Ambos 
podem fazer desde uma esfoliação leve da epiderme até a remoção completa, a 
profundidade é regulada por quem está aplicando o método na pele do paciente. A 
única diferente é que o peeling de diamante faz uma renovação celular através do 
atrito das ponteiras diamantadas de diversos calibres com a pele, já o peeling de cristal 
libera microcristais, que são os responsáveis pela esfoliação. 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 30 
 
9.10 - Resultados 
O resultados do peeling de diamante são mais visíveis se associados ao peeling 
químico, explica a dermatologista Marcela. "Nesse caso, já temos resultado desde a 
primeira sessão". No caso do peeling de diamante isolado, o resultado pode ser visto a 
partir da terceira sessão. O paciente pode esperar diminuição dos poros e das estrias, 
melhora do aspecto de cicatrizes, rugas finas e estrias e um melhor aspecto da pele de 
maneira geral. 
 
9.11 - Possíveis complicações 
A ação do sol pode gerar manchas claras ou escuras nas áreas que foram esfoliadas e 
estão mais sensíveis. Também podem ficar cicatrizes caso o peeling seja feito de 
forma mais profundo. "Nesse caso, podem aparecer pequenos pontos de 
sangramento, que acabam formando uma pequena lesão com casquinha, que pode, 
pela ação do sol, virar uma ―mancha". 
As chances de surgirem marquinhas são ainda maiores caso o paciente retire com os 
dedos as casquinhas que podem se formar. Além disso, é comum que após a sessão a 
pele fique levemente avermelhada. Ela pode ainda descamar levemente durante 
alguns dias. 
 
 
10 - ULTRASSOM ESTÉTICO 
 
Ultrassom de Grande Potência 
O ultrassom estético é uma das modalidades terapêuticas mais empregadas na 
prática clínica da estética corporalpara tratamentos de algumas condições inestéticas. 
É um recurso terapêutico que utiliza ondas ultrassônicas que em contato com o tecido 
promove efeitos biofísicos. 
O ultrassom é uma modalidade terapêutica de penetração profunda, capaz de 
produzir alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e mecânicos. 
É considerado uma energia mecânica acústica, que se caracteriza pelo choque de 
moléculas ao redor na matéria que pode ou não produzir aquecimento de acordo como 
a onda que se propaga. Dependendo dos parâmetros de aplicação 
do ultrassom obtemos diferentes efeitos biofísicos. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 31 
 
O ultrassom é definido como uma forma de vibração acústica com frequências muito 
altas que não podem ser percebidas pelo ouvido humano. 
 
10.1 - Produção de ultrassom 
 
 
Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano, e este é capaz de escutar 
ondas sonoras que variam de 16 a 20.000 Hz. Os sons acima ou abaixo dessa 
frequência são inaudíveis para o ouvido humano. São denominados infrassons quando 
o som é abaixo da frequência audível humana, e ultrassons quando acima da 
frequência audível humana. O ultrassom terapêutico varia de 500.000 a 5.000.000 
Hz (0,5 a 5MHz) na estética usamos o ultrassom de 3MHz que por sua vez atinge a 
derme e o tecido adiposo. 
 
10.2 - Parâmetros 
Quanto menor for a frequência, maior é a capacidade de penetração, então 
o ultrassom de 3MHz atua nas estruturas superficiais, enquanto as frequências 
menores de 1MHz são usadas para estruturas mais profundas como ossos, por 
exemplo. 
Energia mecânica na aplicação terapêutica depende dos parâmetros (ajustes) de 
frequência que variam entre 1Mhz ou 3MHZ, modo de emissão: Contínuo ou Pulsado, 
tempo de aplicação e intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 32 
 
10.3 - Modo de emissão 
 
10.3.1 - Modo contínuo 
Na emissão contínua predomina o efeito térmico, a aplicação sem interrupções pode 
aquecer com eficiência os tecidos localizados a centímetros de profundidade e isso 
depende da frequência empregada. No modo contínuo o ciclo de funcionamento é de 
100% o que indica uma saída constante de ultrassom e consequentemente um maior 
aquecimento. 
 
10.3.2 - Modo pulsado 
Na emissão pulsada, entre um impulso e outro há um tempo que facilita a dispersão do 
calor, por isso o efeito térmico é menor, potencializando o efeito 
mecânico ou cavitacional. A emissão pulsada é indicada quando não se quer obter 
os efeitos fisiológicos do aquecimento tecidual.Ou seja, condições inflamatórias 
agudas, como por exemplo, no tratamento agudo de cicatrizes pós-
operatórias e flacidez tissular (flacidez de pele). 
Na emissão pulsada, a duração do tempo de pulso é variável, por isso teremos que 
ajustar o ciclo e a frequência desta onda no modo pulsado. Podemos encontrar na 
maioria dos ultrassons frequências de 100Hz, 48Hz e 16Hz e ciclos de 5% a 75%. 
 
10.4 - Frequência 
A frequência é o número de oscilações por unidade de tempo de uma onda, 
simbolizado por Hz (Hertz) , que equivale a uma oscilação por segundo, ou seja, 16 Hz 
é igual a 16 oscilações por segundo, e assim por diante. 
 
10.5 - Ciclos 
Os ciclos se definem pelo tempo de atuação da onda de ultrassom, ou seja, se o ciclo 
estiver em 5%, o aparelho estará emitindo a onda de ultrassom (de calor) somente 
nesse período de 5% e os 95% do tempo restantes ele estará em pausa, e assim por 
diante. Quanto maior o ciclo, maior o fornecimento de calor para o tecido. 
Exemplo: 
Em um ciclo de 20% –> 80% do tempo de aplicação estará em repouso e 20% estará 
emitindo a onda de ultrassom. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 33 
 
10.6 - Intensidade 
A potência de saída de um equipamento gerador de ultrassom é medida em watts (W) 
e representa a quantidade de energia produzida por um transdutor. A intensidade é a 
taxa na qual a energia é liberada em área por unidade, e é expressa em unidades de 
watts por centímetro quadrado (w/cm²); 
A intensidade utilizada na estética varia de 0,1 até 2,0 W/cm² no modo contínuo e 
0,1 até 3,0 W/cm² no modo pulsado. 
Para calcular a intensidade utilizada no cliente, é feita uma regra de três que envolve 
medir a área a ser tratada com adipômetro ( em cm), o máximo de profundidade da 
corrente no tecido ( 5cm) e o máximo de potência utilizado no modo contínuo (2W/cm²) 
ou pulsado (3W/cm²). 
 
10.6.1 - Cálculo de intensidade 
Modo Contínuo 
5,0 cm ————- 2W/cm² 
cm tecido adiposo —— x 
Modo Pulsado 
5,0 cm ————- 3W/cm² 
cm tecido adiposo —— x 
 
EXEMPLO DE CÁLCULO DE INTENSIDADE 
Uma pessoa com 3,5 cm de gordura (medido no adipômetro) 
Modo Contínuo 
5,0 cm — 2W/cm² 
3,5 cm — x 
3.5 . 2 = 5.x 
7 = 5.x 
7/5 = x 
x= 1,4 W/cm² 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 34 
 
Modo Pulsado 
5,0 cm — 3W/cm² 
3,5 cm — x 
3,5 . 3 = 5.x 
10,5 = 5.x 
10,5/5 = x 
x= 2,1W/cm² 
 
Observação: Esse cálculo de intensidade (regra de três), só é utilizado em Ultrassom 
convencional, com apenas um cristal piezoelétrico. Já no Ultrassom de alta potência 
com três cristais, o cálculo da potência é feito automaticamente pelo aparelho ao inserir 
a adipometria. 
 
10.7 - Tempo 
A aplicação do tempo é calculada sendo 1 minuto por área do cabeçote, 
para ultrassom de um cristal piezoelétrico. 
Na literatura existem várias opiniões diferentes sobre o tempo de duração das 
aplicações do ultrassom, dependendo da dimensão da área a ser tratada, da 
intensidade da saída e do objetivo do tratamento, estima-se que uma sobrecarga de 
energia para o organismo seja prejudicial, por isso usa-se uma conta para calcular o 
tempo do tratamento: 
 
10.8 - Tempo = área / era 
O tempo de tratamento é igual a ÁREA (tamanho da área a ser tratada) 
dividida pela, ERA (tamanho em cm² do cabeçote) 
* Deve-se dividir a área a ser tratada em quadrantes para a aplicação do ultrassom. 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 35 
 
10.9 - Técnica de aplicação 
Utilizar meio acoplador (gel com ou sem princípio ativo próprios para utilização 
no ultrassom). Realizar movimentos circulares com uma certa pressão sob a pele, não 
permitindo o levantamento do transdutor e assim o desacoplamento do cabeçote (isso 
pode danificar seu aparelho e/ou causar queimadura no cliente). 
Atenção: Não reutilize géis, mesmo que for na mesma cliente, pois o ultrassom forma 
bolhas no gel e as ondas do ultrassom não são capazes de atravessar o ar, sendo 
assim seu aparelho pode não funcionar adequadamente. No caso dos géis com ativos 
além de formar bolhas, você perderá a ação dos ativos, pois eles já terão sido usados, 
assim, você pode não obter o resultado esperado para o tratamento. 
 
10.10 - Efeitos 
 
10.10.1 Efeitos biofísicos 
Tanto o efeito térmico quanto o não térmico ocorrem no organismo, mais a proporção 
de cada depende do ciclo de fornecimento (pulsado ou contínuo) e da intensidade da 
saída, e assim maior será a grandeza dos efeitos. 
 
10.10.2 - Efeitos não térmicos 
alterações dentro dos tecidos, resultantes do efeito mecânico das ondas ultrassônica; 
Aumento da permeabilidade da membrana celular, aumento da permeabilidade 
vascular e consequentemente o aumento do fluxo sanguíneo, aumento da atividade 
dos fibroblastos, estimulação da fagocitose, síntese de proteína, redução de 
edema, síntese de colágeno, difusão de íons, regeneração de tecido. 
 
10.10.3 - Efeitos térmicos 
Alterações dentro dos tecidos, elevação da temperatura do tecido. Aumento da 
velocidade de condução do nervo sensorial, aumento do alongamento das estruturas 
ricas em colágeno, aumento da deposição de colágeno, aumento do fluxo sanguíneo, 
redução do espasmo muscular, aumento da atividade das células de defesa 
(macrófagos), melhora da adesão dos leucócitos a células endoteliais danificadas. 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 36 
 
10.10.4 - Ação coloidoquímica 
Diminuição da hiperpolimerização da substância fundamental intersticial; Inibição do 
extravasamento de sérum para o meio extra vascular; Diminuição do edema intersticial; 
Diminuição da compressão vascular; Ativação da circulação; Remoção dos detritos 
metabólicos que irritam o tecido conjuntivo o que minimiza os processos de fibrose. 
 
10.10.5 - Cavitação – Ação fibrinolítica 
Reorganização e modelagem da deposição de fibras de colágeno no tecido 
conjuntivo subcutâneo. 
 
10.10.6 - Neovascularização 
Aumento da circulação local que favorece a nutrição e otimiza a retirada dos detritos 
metabólicos; reduz o processo de formação de fibrose. 
 
 
11- FONOFORESE 
 
É um processo em que fisicamente o ultrassom leva o medicamento/cosmético 
através da pele e penetre mais profundamente nos tecidos por via transanexial (pelos 
anexos da pele). A energia ultrassônica pode ser utilizada para liberar 
medicamentos/ativos cosméticos nos tecidos pelo processo de fonoforese. A teoria da 
fonoforese é semelhante à da iontoforese, mas essa técnica não necessita que o 
produto tenha polaridade, porém, o produto deve conter moléculas de tamanho 
pequeno e baixo peso molecular para que haja a permeação. 
 
Dica importante 
Quanto maior o conteúdo de água (hidratação), mais permeável é a pele à passagem 
de ativos. A passagem mais fácil de cosméticos através da pele ocorre perto de 
folículos pilosos, glândulas sebáceas e ductos sudoríparos. 
Áreas altamente vascularizadas permitem melhor a transferência de ativos para tecidos 
profundos. A pele espessa oferece uma barreira muito grande à permeação de ativos, 
do que peles mais finas, por tanto é necessário esfoliar a pele antes de aplicar o 
aparelho de ultrassom com géis contendo ativos. 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 37 
 
 
11.1 - Aplicação 
Utilizar sempre um meio de contato, como géis próprios para o tipo de ultrassom que o 
profissional usar; manter o cabeçote em constante movimento; considerar atenuação 
como pelos por exemplo, para estabelecer a intensidade; relacionar o tempo com a 
área a ser tratada e intensidade com profundidade. 
 
11.2 - Indicações 
Hidropolistrofia Ginóide ( HLDG ou Celulite) 
Fibrose e quando se deseja a permeação de algumprincípio ativo em tratamentos 
corporais. Respeitando as contraindicações, feridas, tecido cicatricial. Condições 
inflamatórias agudas (modo pulsado), condições inflamatórias crônicas (pulsado ou 
contínuo). 
 
11.3 - Preparo do cliente 
-Verificar se não há contraindicações. -Determinar o método e o modo de aplicação de 
ultrassom a serem utilizados durante o tratamento. 
– Limpar o local a ser tratado, para remover oleosidade, impurezas ou qualquer outro 
tipo de sujidade que atrapalhe a propagação das ondas de ultrassom. 
– Sempre explicar para o cliente as sensações que poderão surgir durante o 
tratamento, como, calor leve. Peça para o cliente informar sobre quaisquer sensações 
inesperadas. 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
ELETROTERAPIA 38 
 
11.4 - Contraindicações e cuidados 
• Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos, como trombose venosa profunda 
(TVP) ou aterosclerose severa; 
• Sobre a pele com lesão cutânea ou irritações; 
• Sobre a pele anestésica (sem sensibilidade). 
• Sobre epífises de crescimento em crianças e jovens; 
• Sobre regiões corporais previamente expostas a radiação 
• Pacientes com hemofilia não-controlada; 
• Pacientes portadores de tumores malignos; 
• Pacientes com processos infecciosos; 
• Sobre o tórax de cardiopatas ou portadores de marca-passo cardíaco; 
• Gestantes; 
• Sobre as gônadas (ovários e testículos); 
• Sobre os olhos; 
 
 
12- RADIOFREQUÊNCIA 
 
A radiofrequência é um tratamento estético utilizado no combate à flacidez do rosto ou 
do corpo, sendo muito eficaz para eliminar rugas, linhas de expressão e até mesmo a 
gordura localizada e também a celulite, sendo um método seguro com efeitos 
duradouros. 
O aparelho de radiofrequência eleva a temperatura da pele e do músculo para 
aproximadamente 41ºC e isto contrai o colágeno existente e aumenta a produção de 
mais fibras colágeno e elastina, dando mais sustentação e firmeza à pele. Além disso, 
a elevação da temperatura rompe as membranas das células de gordura, fazendo com 
que esta seja eliminada do corpo. Os resultados podem ser observados nos primeiros 
dias logo após a primeira sessão e o resultado é progressivo, e por isso, quantos mais 
sessões, a pessoa fizer, maiores e melhores serão os resultados. 
 
 
 
 
 
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12.1 - Quando a radiofrequência é indicada? 
A radiofrequência é um excelente tratamento estético que pode ser indicado para: 
 Diminuir as rugas; 
 Melhorar a aparência da pele; 
 Melhorar a qualidade do colágeno e da elastina; 
 Reorganizar as fibras de colágeno e elastina; 
 Melhorar a microcirculação; 
 Melhorar a hidratação da pele; 
 Aumentar a oxigenação; 
 Acelerar a eliminação de toxinas; 
 Reduzir celulite; 
 Combater estrias e fibroses; 
 Melhorar a aparência das cicatrizes; 
 Combater a gordura localizada na barriga, culote, flancos, braços, papada; 
 Combater a flacidez em qualquer área do corpo; 
 Combater a celulite por melhorar a firmeza da pele e queimar a gordura local. 
 
O fisioterapeuta especialista poderá avaliar pessoalmente a pessoa e indicar os locais 
mais indicados para serem tratados com a radiofrequência. 
O procedimento é simples, basta que a pessoa fique deitada numa maca, o terapeuta 
irá espalhar um gel específico sobre a área a ser tratada e depois ela irá deslizar o 
equipamento de radiofrequência com movimentos circulares verificando 
constantemente a temperatura da região com auxílio de um termômetro a laser, e por 
fim, deverá retirar o gel e limpar a área tratada. 
No caso da radiofrequência fracionada, um tratamento mais indicado para eliminar as 
rugas e linhas de expressão da face, o procedimento é ligeiramente diferente, porque o 
aparelho não desliza sobre a pele, mas são emitidos pequenos jatos, como se fosse 
um laser em pequenas áreas do rosto. Aqui a temperatura pode chegar aos 100º mas 
sem mudar a temperatura mais superficial da pele. 
Riscos da radiofrequência 
Os riscos da radiofrequência estão relacionados à possibilidade de queimadura na 
pele, pelo mau uso do equipamento. Como a radiofrequência eleva a temperatura 
local, o terapeuta deverá observar constantemente se a temperatura do local em 
tratamento não ultrapassa os 41ºC. 
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Manter o equipamento sempre em movimentos circulares evita o sobreaquecimento de 
uma determinada região, diminuindo o risco de queimadura. 
O equipamento Vanquish é um bom exemplo de radiofrequência que tem baixo risco 
de queimadura na pele porque o equipamento não entra em contato com a pele, 
funcionando à distância. 
Um outro possível risco do tratamento é da pessoa não ficar satisfeita com o resultado 
por não ter expectativas realistas e cabe ao terapeuta informar sobre o efeito do 
equipamento no corpo. Pessoas com mais idade e que possuem muitas rugas na face 
e uma pele muito flácida poderão ficar novamente com um rosto mais jovem, com 
menos rugas, mas será necessário realizar um maior número de sessões. 
 
12.2 - Quantas sessões de radiofrequência fazer? 
O número de sessões de radiofrequência a fazer vai depender dos objetivos da 
paciente mas os resultados podem ser sutilmente observados logo na primeira sessão. 
 
 Radiofrequência no rosto: No caso das linhas de expressão, elas podem 
desaparecer logo no primeiro dia e nas rugas mais espessas, a partir da 5ª sessão 
haverá uma grande diferença. Quem optar pela radiofrequência fracionada deve 
realizar cerca de 3 sessões. 
 Radiofrequência no corpo: Quando o objetivo é eliminar gordura localizada e 
tratar a celulite, dependendo da sua graduação, de 7 a 10 sessões serão necessárias. 
Apesar de ser um tratamento estético um pouco dispendioso, ele possui menos riscos 
que uma cirurgia plástica e seus resultados são progressivos e duradouros. 
Recomenda-se um intervalo mínimo de 15 dias entre cada sessão. 
Quem não pode fazer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O tratamento com radiofrequência é indicado para adolescentes e adultos saudáveis, 
que tenham a pele íntegra. No entanto, o tratamento possui algumas contraindicações 
que incluem: 
 Febre; 
 Gravidez; 
 Durante a quimioterapia, 
 Em caso do indivíduo possuir doenças do colágeno que o quelóide, por 
exemplo; 
 Prótese metálica na região a ser tratada; 
 Pacemaker; 
 Hipertensão arterial; 
 Diabetes pela alteração da sensibilidade no local a ser tratado. 
 
O Spectra é um dos aparelhos de radiofrequência mais utilizados, mas existem outros 
equipamentos igualmente eficazes, como o Vanquish, por exemplo. 
 
13- Manutenção Preventivos de Aparelhos de Estética 
Ao adquirir um equipamento estético, o usuário precisa lançar mão de alguns cuidados, 
que garantem que o mesmo irá manter a sua qualidade ao longo dos anos. Entre 
essas orientações, que devem ser informadas pelo fabricante, está a importância de 
realizar sua calibração e manutenção preventiva. Essas atitudes são fundamentais 
para preservar a eficácia no tratamento e também a segurança do paciente que é 
submetido a algum procedimento. 
É importante salientar que esses cuidados devem ser tomados ainda que o sistema 
não apresente defeito. Dessa forma, nós conseguimos atestar que mesmo usado, o 
equipamento irá continuar trabalhando com a performance de um produto novo. Sem a 
manutenção preventiva, o tratamento pode estar sendo realizado com parâmetros 
diferentes do que o emitido pelo fabricante, resultando em grandes riscos à saúde do 
paciente anteriormente. 
Mas qual é a frequência ideal para realizar as manutenções? Essa periodicidadeé 
determinada pelo próprio fabricante. Em suas fiscalizações, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) pode solicitar o manual do equipamento e sua nota fiscal, 
para verificar o tempo de uso e as recomendações técnicas para sua manutenção, 
certificando que o mesmo está funcionando seguindo todas as normas de segurança. 
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Outro fator que merece a atenção dos usuários é o local onde a manutenção é 
realizada. Equipamentos estéticos possuem tecnologia muito avançada, de modo que 
esses ajustes não podem ser realizados em qualquer estabelecimento, além disso, 
uma assistência não credenciada não tem os parâmetros fornecidos pelo fabricante 
para que possa realizar esse suporte. É de suma importância optar por um local 
credenciado ou pela própria rede de assistência da empresa fabricante, que está 
autorizada a realizar a manutenção e emitir os laudos de calibração. 
 
Todo equipamento que é usando na estética, tanto em como em clinicas bem como 
profissionais liberais, recebe a mesma classificação de equipamentos eletro médicos e 
precisam passar pela manutenção preventiva e calibração. Se o profissional não está 
cumprindo suas obrigações ao ter um equipamento estético ele coloca em risco a 
saúde de seu cliente. Além desses cuidados, é necessário ter equipamentos com 
registros na ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para utilizá-los em suas 
clinicas. 
 
 O ultra-som é o equipamento que mais necessita de calibração, pois em 90% dos 
aparelhos de ultrassom que ele recebe, estão descalibrados, e isso pode prejudicar e 
muito o resultado final do tratamento. 
Com esses cuidados, o esteticista contribui para a longevidade do seu produto, sem 
prejudicar a performance do tratamento ou a integridade do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BORGES, F. S. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: 
Editora Phorte, 2.ed. 2010. 
 
STARKEY, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 2.ed. São Paulo: Manole,2001. 
 
SORIANO, M.C.D.; PÉREZ, S.C.; BAKUÉS, M.I.C. Eletroestética Profissional Aplicada: 
 
Teoria e prática para a utilização de correntes em estética. Saint Quirze Del Valles: 
Sorisa, 2002 
 
PEREIRA, M. F. L.Eletroterapia: no tratamento estético. 1. Ed. São Paulo: Difusão, 
2014 
 
http://www.esteticas.com.br/corrente_russa.htm 
 
https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/ultrassom/ 
 
https://www.tuasaude.com/lipocavitacao/ 
 
https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/microcorrentes/ 
 
https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/eletrolifting/ 
 
https://www.tuasaude.com/radiofrequencia/ 
 
http://negocioestetica.com.br/site/manutencao-dos-equipamentos-eletromedicos/

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