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COTIA - SP, 26 DE JUNHO DE 2018 REFORMA TRABALHISTA ALTERAÇÕES NA AQUISIÇÃO E CONCESSÃO DAS FÉRIAS AQUISIÇÃO DE FÉRIAS As férias são caracterizadas como o período em que o trabalhador após 12 (doze) meses trabalhados, terá o direito garantido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), de tirar um período de descanso, o qual será remunerado pelo empregador. Este período denomina-se “período aquisitivo de férias”. Por sua vez, as férias tem o intuito de proporcionar para o trabalhador, um período de descanso, com a finalidade de que, recupere as energias gastas no decorrer dos 12 (doze) meses em que trabalhou, também como da mesma forma, promover o convívio social com família e amigos. Outro aspecto importante para o motivo das férias com relação ao trabalhador será na parte produtiva, na medida em que houver o descanso, o empregado poderá repor as energias, melhorando assim a produção em sua área de serviço, o mesmo não ocorrerá com aquele trabalhador que nunca tirou férias, pois seu ciclo produtivo terá a tendência de diminuir. Existem casos em que o trabalhador não goza do período de 30 (trinta) dias de férias, este fato ocorre mediante a quantidade de faltas não justificadas que o empregado teve no decorrer dos 12 (doze) meses aquisitivos de suas férias. Sendo assim, o trabalhador poderá ter este período inferior a 30 (trinta) dias. Portanto, segundo o artigo 130 da CLT, Decreto-lei nº 1.535, de 13/04/1977para que sejam os 30 dias corridos de férias, o trabalhador não deverá ter faltado sem justificativa mais do que 5 (cinco) vezes. O período cai para 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver de 6 a 14 (quatorze) faltas injustificadas. O trabalhador receberá 18 (dezoito) dias corridos de férias caso tenha faltado de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) dias. Reserva-se o direito de 12 (doze) dias de gozo de descanso, caso o empregado tiver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. PERDA DO DIREITO ÀS FÉRIAS De acordo com o artigo 133 da CLT, o trabalhador não terá direito às férias no curso do período aquisitivo se por qualquer motivo deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 (sessenta) dias referentes à sua saída, permanecer em período de licença com recebimento de salários por mais de 30 (trinta) dias, deixar de trabalhar, com remuneração do salário, por mais de 30 (trinta) dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa, e por fim, tiver recebido da Previdência Social prestações remunerativas de acidente de trabalho ou de auxílio- doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Qualquer interrupção na prestação de serviços da parte do trabalhador deverá ser anotada na Carteira de Trabalho da Previdência Social (CTPS). Para que se inicie um novo curso do período aquisitivo de férias, após a implementação de qualquer uma das condições previstas no art. 133 da Consolidação das Leis Trabalhistas, retornar às suas atividades de trabalho. AVISO DO DIREITO ÀS FÉRIAS Atualmente, o regime integral se caracteriza com uma jornada mensal de 220 horas. O trabalhador, após 12 (doze) meses trabalhados, terá direito às férias, dessa forma, o empregado por sua vez, tem um prazo limite de os mesmos 12 meses para conceder férias a seu empregado e o mesmo deverá ser avisado por escrito, com pelo menos 30 dias antecedendo seu período de gozo. O registro das férias deverá ser anotado na Carteira de Trabalho e respectivamente, no livro ou ficha de registro dos empregados (é um documento que contém as informações profissionais dos trabalhadores da mesma empresa). Com a reforma trabalhista já atuando, em sua prescrição, não houve mudanças de forma explícitas referente à comunicação de férias para trabalhadores com cumprem jornada integral de trabalho. IMPACTOS OCORRIDOS NAS FÉRIAS A reforma trará muitos impactos para as férias como o parcelamento das mesmas que será modificando a divisão, podendo agora ser feita em 3 vezes desde que um dos períodos não seja inferior a 14 dias consecutivos e os outros dois 5 dias seguidos, como também retira a restrição de idade que havia anteriormente na CLT. O mesmo funcionando para regimes parciais de trabalho. Em casos de trabalho intermitente as férias serão proporcionais ao tempo trabalhado. Mudará também o abono pecuniário de quem é contratado em regime de tempo parcial podendo converter normalmente um terço de suas férias Não será mais possível iniciar férias em períodos que antecedem a feriados ou em dias de descanso semanal remunerado. Da mesma forma que será negociável o feriado. CONCLUSÃO A Lei 13.467/2017 promoveu alterações na concessão de férias aos empregados, mas manteve seu caráter de direito irrenunciável. Além disso, ampliou as férias para trinta dias também aos trabalhadores celetistas contratados em regime de tempo parcial. A Reforma Trabalhista inovou ao permitir o fracionamento das férias em até três períodos, independente de haver circunstância excepcional, mas exigiu a concordância do empregado e impôs limites mínimos de dias a serem usufruídos em cada um deles. Também foi revogada a proibição de fracionamento de férias a menores de 18 e maiores de 50 anos, corrigindo-se anacronismo do antigo dispositivo legal. O novel diploma legal valeu-se de regras previstas na Convenção 132 da OIT e na LC 150/2015, para garantir ao empregado ao menos 14 dias corridos de férias. Do mesmo modo, a fim de evitar que feriados e dias de repouso fossem absorvidos em férias curtas, vedou a concessão das férias com início em tais dias ou próximo a eles. Conclui-se, assim, que a Reforma Trabalhista respeitou as finalidades inerentes às férias, bem como os princípios da proteção e da irrenunciabilidade, não caracterizando, ao menos neste ponto específico, desregulamentação do Direito do Trabalho, mas sim adaptação das normas aos avanços da realidade social. AQUISIÇÃO DE FÉRIAS e PERDA DO DIREITO ÀS FÉRIAS: Utilizado o livro Reforma Trabalhista 2017 – O Mundo Trabalhista em suas Mãos. Páginas 222, 223 e 224 (Professor e Juiz do Trabalho do TRT da 5ª Região Joalvo Magalhães). AVISO DO DIREITO ÀS FÉRIAS: Artigo retirado da página da web “Direito Trabalhista” url: http://direito-trabalhista.info/direitos-do-trabalhador/ferias.html. Acessado em 30/03/2018 às 12h20min. Horário de Brasília.
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