Buscar

TAXAS e CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO 
Natallie Alves de Almeida 
natalliealmeida@yahoo.com 
(085) 9.8846.6548 / 9.9793.1290 
TAXAS 
CF Art. 145 A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de 
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de 
obras públicas. 
 
Art. 77 As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de 
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua 
disposição. 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando 
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão 
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a 
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante 
atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de 
necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. 
 
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das 
atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a 
Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a 
legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público. 
 
São instituídas pela União, Estados, DF e Municípios por lei 
ordinária (art. 145, II, CF e Arts. 77 a 79, CTN). São classificadas 
como tributo vinculado de arrecadação não vinculada (Geraldo 
Ataliba), cujo fato gerador relaciona-se com uma atuação estatal. 
A taxa é paga como uma contraprestação a atuação estatal. O 
Estado pode cobrar taxa em vista da prestação de um serviço 
público ou em virtude do exercício do poder de polícia. 
 
 Base Legal: Art. 145, II, CF; Art. 77 ao 80, CTN. 
 
Taxas são tributos vinculados e contraprestacionais. Isso significa 
que o fato gerador dessa espécie tributária está relacionado a uma 
prestação estatal específica ao contribuinte, seja por meio de 
serviços públicos ou pelo exercício do poder de polícia. As taxas 
podem ser instituídas pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. 
O poder de polícia é aquele que a administração 
pública dispõe para restringir alguns direitos 
individuais de cada particular, tendo em vista os 
interesses coletivos. Há diversas atividades 
fiscalizadoras que podem ensejar a cobrança da taxa 
de polícia. Como exemplo, temos a Taxa de Controle e 
Fiscalização Ambiental (TCFA), instituída pela Lei 
10.165/2000, tendo como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia conferido ao Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis – Ibama para controle e fiscalização das 
atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras 
de recursos naturais. 
 
É necessário ter atenção, pois tanto os serviços 
efetivamente utilizados pelo contribuinte como aqueles 
potencialmente utilizados ensejam a cobrança de taxas. 
Neste ponto, cabe esclarecer que a utilização potencial é 
aquela em que, em que pese a disponibilização do serviço 
público, o contribuinte não o utiliza. É o caso da taxa de 
lixo (POTENCIAL) , que é cobrada independentemente de 
ser utilizado ou não o serviço de coleta domiciliar de lixo. 
 
Quanto à natureza do serviço público, é importante ter 
em mente que apenas serviços públicos específicos e 
divisíveis podem ser remunerados por meio de taxas, o 
que não ocorre, por exemplo, com o serviço de 
iluminação pública. 
 
 TAXAS DE POLÍCIA 
- Tem por objetivo custear o exercício regular do Poder de Polícia. 
- O Poder de Polícia pode estar relacionado à atividade: 
 
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA: está relacionado à atividade de fiscalização. E é esse tipo 
de atividade que está sujeita à incidência de taxa de polícia. 
 
- A taxa de Polícia tem por objetivo custear o Poder de Polícia Administrativo, que exerce a 
atividade de fiscalização. 
 
 Exercício Regular: para a jurisprudência do STF e do STJ, exercício regular equivale 
apenas à existir um departamento de fiscalização em funcionamento. Ou seja, independe 
do número de vezes que o fiscal visita a empresa ou o contribuinte. 
 
Ex.: Taxa de Fiscalização de Estabelecimento – TFE. Quando uma empresa resolve abrir, 
passar a funcionar, deve ver onde ela vai estar domiciliada, porque não é em qualquer 
canto que ela pode abrir – comércio, indústria. Há regiões que não pode ter indústria, ou 
que são estritamente residenciais. E as empresas devem seguir várias exigências. E 
qualquer tipo de empresa está sujeita à uma fiscalização e, por isso, deve pagar a taxa de 
polícia, independentemente se sofreu a fiscalização efetiva ou não. 
 
 
 
OBS.: Poder de polícia. A utilização efetiva ou 
potencial se refere apenas ao serviço, de modo 
que quanto ao poder de polícia a prestação 
deve ser efetiva. No entanto, o STF entende 
que a mera existência de órgão fiscalizador 
presume a existência de fiscalização, o que 
autoriza a cobrança. 
 
OBS.: É legítima a cobrança de taxa pelo 
município de taxa de renovação de licença. 
Cancelamento da súmula 157 do STJ que dizia 
ser ilegítimo. 
 
 TAXAS DE SERVIÇO 
- Tem por objetivo custear a utilização efetiva ou potencial de um 
serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte OU então 
colocado a sua disposição. 
UTILIZAÇÃO: deve ser efetiva – de um serviço prestado; ou potencial – 
de um serviço colocado à disposição. 
 
- Ex.: Pessoa que não produz lixo nenhum, pois o imóvel está fechado. 
Mas mesmo assim a pessoa está obrigado à pagar a taxa, pois há uma 
utilização em potencial, uma vez que o serviço foi colado à disposição 
para o contribuinte. 
 
- Pouco importa se utilizou ou não o serviço, se este tiver sido colocado 
à disposição. 
- O simples fato de existir o serviço já obriga o pagamento da taxa, se 
estiver à disposição. 
Serviço Público – Art. 79, CTN: todo e qualquer serviço público pode ser custeado por 
taxa? NÃO – serviço público para ser custeado por taxa deve ser: específico E divisível. 
 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição 
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas deintervenção, de 
utilidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos 
seus usuários. 
 
 Serviço Específico: é aquele em que é possível identificar o contribuinte, quando se 
observa a identidade do contribuinte. Quando é possível determinar quem é o 
contribuinte que se vale do serviço. PERGUNTA-SE: QUEM? 
 
 Serviço Divisível: divisível, diz respeito à quantidade do serviço. Ex.: requerer uma 
certidão, um documento público – paga-se uma taxa – é um serviço público específico 
e divisível – paga-se de acordo com a quantidade de certidões. PERGUNTA-SE: 
QUANTO? 
 
OBS.: Taxa de serviço. O fato gerador é a utilização, efetiva (uso real do serviço) ou 
potencial (serviço à disposição), de serviço público específico (possibilidade de 
identificar o beneficiário) e divisível (possibilidade de mensurar a utilização do 
serviço). 
 
Características da Utilização: 
efetiva OU potencial. 
 
Características do Serviço: 
específico E divisível. 
 
Taxa de Lixo X Taxa de Limpeza Pública 
 
 Taxa de Lixo: tem por objetivo custear a 
coleta de lixo. É serviço divisível, logo, foi 
considerada pelo STF como constitucional. 
 
 Taxa de Limpeza Pública: tem por objetivo 
custear a limpeza de logradouros públicos – 
como varrição das ruas, limpeza de boieiros, 
monumentos, praças, parques. É serviço 
indivisível e, portanto, foi considerada pelo 
STF como inconstitucional. 
 
TAXAS X TARIFAS – Diferenças 
 
 Taxa: é uma cobrança que depende de lei – é vinculada à 
lei, por ser um tributo. É uma cobrança de natureza 
obrigatória, com pagamento obrigatório – é compulsória. Ex.: 
taxa de lixo, mesmo sem usar o serviço, é obrigado a pagar. 
 
 Tarifa: é uma cobrança que não depende de lei. É uma 
cobrança de pagamento facultativo – a cobrança não é 
compulsória. Ex.: passagem do ônibus. Ônibus sempre está 
disponível, mas não é obrigado a pagar a passagem do ônibus 
mesmo sem usar – a passagem tem natureza de tarifa, 
natureza contratual – paga a passagem quando utiliza o 
ônibus. 
 
 
 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
Base Legal: Art. 145, III, CF e Artigos 81 e 82, CTN. É a terceira espécie tributária 
conflagrada na CF e destacada no CTN. 
 
 Art. 145, III CF e art. 81 e 82 do CTN. Há vários pontos em comum entre 
contribuição de melhoria e taxa. São eles: lei ordinária; União, Estados, Municípios e 
DF podem criar (tributo federal, estadual ou municipal); princípios constitucionais 
tributários; tributo bilateral, contraprestracional ou sinalagmático. 
 
- Não é legítima a sua cobrança antes da realização da obra pública. Excepcionalmente, 
poderá ser cobrada em face de realização de parte da obra, se inequívoca a 
valorização. 
 
- A contribuição de melhoria é um tributo vinculado, cobrado em razão de obras 
públicas das quais decorra valorização imobiliária. É um tributo de competência 
comum, isto é, tanto a União, como os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
podem instituí-la. 
 
- É interessante destacar que a contribuição de melhoria possui dois limites para sua 
cobrança: 
Limite Total  Despesa realizada; 
Limite Individual  Acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. 
 
 O fato gerador da contribuição de melhoria não pode se confundir 
com o da taxa, o fator da contribuição de melhoria é a valorização 
imobiliária - não é qualquer benefício. Tem de haver a valorização 
imobiliária (se ocorrer desvalorização não haverá o tributo), decorrente 
de uma obra pública (art. 2º do Dec-Lei nº 195/67 trata do rol de obras 
que podem ensejar a contribuição de melhoria). Há um nexo de 
causalidade, a valorização tem que ser decorrente da obra pública. 
Paga-se apenas um vez o tributo. Não tem relação com o IPTU pago 
anualmente (a base de cálculo inflou). 
 
 A base de cálculo não é o valor da obra pública, nem mesmo o custo 
dela, é o quantum de valorização do imóvel – o valor final do imóvel 
menos o valor inicial. A base de cálculo está regida por um sistema de 
cobrança balizado em dois limites no Brasil: o limite individual (partir da 
valorização individualmente detectada), limite global ou total (respeito 
ao teto do valor gasto com a obra). Não pode ultrapassar esses dois 
limites, sob pena de locupletamento estatal. Esses limites não estão na 
CF e sim na legislação infraconstitucional. 
 
 
Características: 
 
I) Diz respeito à obra pública. Mas não basta a 
obra pública para se exigir a contribuição de 
melhoria. 
II) Em razão da obra pública deve haver a 
valorização imobiliária. 
 
A obra pública é importante, mas fundamental 
para a existência desse tributo, é a valorização 
imobiliária decorrente dessa obra. 
Fato Gerador: é a valorização imobiliária. 
 
- Pouco importa a obra, pois pode ter melhoria, e não ter a valorização. 
 
 Quem pode exigir a contribuição de melhoria? Art. 145, III, CF: 
- A Contribuição de Melhoria faz parte da chamada competência tributária comum – é 
o tipo de tributo que é comum a todos os entes federados – pode ser exigida pela 
União, Estados, Municípios, DF – qualquer um deles pode realizar obra pública. 
 
Ex.: Obra Pública realizada na divisa de dois Estados, alcançando municípios do Estado 
A e do Estado B. O ente competente para exigir a contribuição é o ente realizador da 
obra. 
 
- A definição do ente político competente depende da localização da obra? É 
irrelevante a região onde a obra foi realizada. Pouco importa se alcançou um, dois 
estados ou vários municípios. Deve-se levar em consideração o ente federado 
realizador da obra. Se a obra foi federal, quem pode cobrar é a União, se for estadual, 
dividida entre os dois estados, ambos podem cobrar na proporção que lhe foi 
outorgada. 
 
Quando pode se cobrar a título de contribuição de melhoria? 
Art. 81, CTN 
 
 Para cobrar a contribuição de melhoria, é preciso observar 
dois limites – que devem ser observados 
concomitantemente: 
 
Limite Individual: a contribuição de melhoria não pode ser 
superior ao montante da valorização do imóvel. 
Limite Total ou Global: o resultado da somatória das 
contribuições de melhoria não pode ultrapassar ao custo total 
da obra. 
 
 Decreto-Lei 195/1967

Continue navegando