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ARTIGO A CONDUTA ÉTICA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE

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A CONDUTA ÉTICA DE BIOMÉDICOS, DENTISTAS E NUTRICIONISTAS NO MUNICÍPIO DE BARREIRAS-BA
Ana Lídia F. de Miranda, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Ana Carolina M. Barreto, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Daniel de O. Miranda, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Elenilda C. da Silva, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Eurides de O. Arruda, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Guilherme T. Almeida, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Ivete S. de S. Almeida, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Jéssica Railma S. P. Queiroz, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Luís Fenicks S. da Cruz, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
Tácito G. dos S. C. de Borja, UNIRB, saudeunirb@hotmail.com
RESUMO
Este artigo objetiva explorar a dimensão ética da atividade profissional e relacionar no cotidiano da Biomedicina, Nutrição e Odontologia como aspecto fundamental ao exercício da profissão. Relaciona os princípios da ética e bioética com as ações de saúde prestada aos pacientes do município de Barreiras-BA, avaliando em quais momentos foi necessário o comportamento ético dos profissionais e a opinião deles sobre a importância da bioética no desenvolvimento do seu trabalho e a relação médico-paciente.
Palavras-chave: Bioética; Biomédico; Dentista; Ética; Nutricionista. 
1. INTRODUÇÃO
A pesquisa se desenvolveu com base na temática da conduta ética de profissionais de biomedicina, nutrição e odontologia, foi fundamental entender o que estes profissionais acham da importância da ética em sua profissão e no atendimento aos pacientes. A ética é fundamental e necessária na vida de todos, ela que norteia nossos atos e os separa em bons ou ruins, sendo assim, buscou-se saber quais os atos éticos e antiéticos destes profissionais da saúde e como eles pensam a respeito do seu próprio desenvolvimento pessoal alinhado a bioética e sua importância na relação médico-paciente. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO
	A ética é um conjunto de normas morais que dita os direitos e deveres de cada indivíduo em sociedade, em determinada época. Ela irá nortear as atitudes do ser humano, separando-as em boas ou ruins, o agir do homem e suas finalidades. A bioética é compreendida como o estudo que norteia a conduta humana na área das ciências da saúde e da vida, levando em conta os valores e princípios morais. O comportamento ético relacionado à saúde não irá limitar-se apenas ao indivíduo, mas também, a todo um contexto social e direito da cidadania. (KOERICH, MACHADO E COSTA, 2004).
	A humanização é atualmente um tema bastante questionado nos serviços públicos de saúde, o uso histórico do termo “humanização” o consagra como relembrar movimentos de recuperação de valores humanos, que foram esquecidos em épocas de frouxidão ética. Hoje em dia a humanização desponta novamente, em uma sociedade pós-moderna que começa a revisar os valores e atitudes. (RIOS, Izabel Cristina, 2009).
	Humanizar é reconhecer todas as pessoas que buscam nos profissionais da saúde uma solução para seus problemas de saúde. É observar cada um em sua individualidade, suas necessidades particulares e assim ampliar as possibilidades para que eles possam exercer sua autonomia. Qualquer pessoa em suas plenas faculdades mental consegue apreciar as consequências de um ato ou proposta de assistência à sua saúde e a partir disso tomar decisões relacionadas, poder agir enquanto pessoa autônoma. (FORTES E MARTIS, 2000).
	Para a formação do caráter e do acervo ético critico para o profissional da saúde é preciso considerar como princípios: a beneficência, não-maleficência, a autonomia, a justiça. O foco principal da educação bioética é ajudar a incluir valores, moldar o caráter, promover os princípios e tentar alcançar as virtudes mínimas para uma boa conduta profissional. É necessário oferecer aos profissionais da saúde uma postura ética que estimula uma saudável e proveitosa relação com pacientes, outros profissionais e a sociedade. (COMES, 2000)
	A beneficência está relacionada ao ajudar os outros, fazer ou promover o bem independente de seus interesses. Leva-se em conta que ao maximizar o bem do outro é possível reduzir o mal, o profissional se compromete em avaliar os riscos e os benefícios do paciente buscando ao máximo os benefícios e reduzindo os danos e riscos. (KOERICH, MACHADO E COSTA, 2004).
	O principio da não-maleficência fala do dever de se abster de praticar o mal para qualquer paciente, não causar danos ou coloca-los em riscos. O profissional se compromete á avaliar, prever e evitar os possíveis danos. (KOERICH, MACHADO E COSTA, 2004).
	A autonomia está ligada ao poder de decidir sobre si mesmo, a liberdade de cada indivíduo deve ser mantida, é limitada para situações em que o agir diferente não resulte a danos para outras pessoas, nesse caso, violar a autonomia do paciente só é aceitável quando o bem social se sobressair sobre o individual. (KOERICH, MACHADO E COSTA, 2004).
	O princípio da justiça se relaciona a distribuição coerente e adequada de deveres e benefícios sociais, ou seja, todo cidadão terá direito à saúde, sempre que precisar, mesmo que não possua um plano de saúde. Tendo em vista o Sistema Única de Saúde(SUS), os profissionais acabam por estarem diante de diversos problemas éticos, principalmente quanto a qualidade dos serviços de saúde. (KOERICH, MACHADO E COSTA, 2004).
3. RESULTADOS E DISCURSÕES
	Após a aplicação dos questionários, foi possível chegar a resultados interessantes, visto que, foi entrevistado um público alvo de trinta profissionais sendo eles, dezessete (Dentistas), sete (Nutricionistas) e seis (Biomédicos).
	Em um primeiro momentos é importante ressaltar que absolutamente todos os entrevistados consideram a ética é muito importante e fundamental para o desenvolvimento do trabalho, em seguida, dados preocupantes em que 83,3% dos entrevistados relataram já terem presenciado atos antiéticos de seus colegas de profissão. Diante disso é possível questionar, qual a efetividade dos conselhos regionais? Tendo em vista que, a sua função é organizar, manter e executar inspeções de trabalho, como é apontado pela Constituição Federal Brasileira de 1988, no seu artigo 21, inciso XXIV.
	Foi perguntado aos entrevistados qual a importância dos conselhos regionais na manutenção da ética e alguns ressaltaram que: 
“[...] Os conselhos Regionais tem acima de tudo uma responsabilidade social.” Dentista 001. “Importante, devem: orientar, fiscalizar e punir (se necessário)” Nutricionista 002. 
Sendo assim, cabe e então aos conselhos a função pública de fiscalizar, defender e disciplinar o exercício da atividade profissional, assim como o dever de resguardar o interesse público. Tendo como alvo, a garantia e segurança da qualidade dos serviços prestados à sociedade.
	Em sua totalidade os entrevistados reconheceram que a manutenção da ética é muito importante no sucesso profissional, como visto em algumas das respostas: 
“É muito importante, haja vista que, a ética perpassa todas as relações sociais. [...]” Biomédico 001. 
“Uma conduta ética no trabalho, seguindo padrões e valores, tanto social, quanto da profissão são essenciais para o alcance da excelência profissional.” Nutricionista 001. 
Os profissionais não devem apenas buscar a qualificação constante para adquirir reconhecimento em sua atividade profissional, é fundamental adotar uma postura ética. De modo que, o sujeito conquista confiança e respeito de pacientes, fornecedores e colegas de trabalho.
	O sigilo profissional trata-se de uma informação a ser agasalhada com muito cuidado, (sobretudo, na área da saúde) impõe uma relação de privacidade entre profissional e indivíduo que utiliza o serviço por ele oferecido. Os profissionais entrevistados asseguram que as particularidades de cada paciente são preservadas. Os mesmos ainda apontam que: 
“[...] O profissional ético deve manter total discrição e sigilo em relação aos seus pacientes, sem expor os mesmos.” Biomédico 001. 
“[...] compromisso com a intimidade dos pacientes perpassam por questões sociais.” Nutricionista 003.
“[...] O profissional deve sempre zelar,respeitar e proteger as particularidades de cada paciente.” Dentista 003.
	Constitucionalmente falando, nenhum cidadão será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude da lei, e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem dos mesmos. Essa compreensão capitaneia os dispositivos legais que fazem alusão ao sigilo profissional, em particular o sigilo dos profissionais em saúde.
	Por último foi questionado se algum colega de profissão já tinha agido de forma antiética e o que os entrevistados achavam dessas atitudes, como dito anteriormente 83,3% já haviam afirmado presenciar comportamentos antiéticos e opinaram sobre da seguinte forma:
“[...] Sempre que vamos agir, devemos pensar no quero, posso, devo? Que estão relacionadas a ética.” Biomédico 001.
“[...] Totalmente desrespeitoso e infelizmente o paciente é quem perde com esse desinteresse e falta de ética e profissionalismo” Biomédico 002.
“[...] Deveria ser punido, mas na prática os Conselhos são ineficazes.” Dentista 004.
	É de suma importância intensificar o diálogo entre a sociedade, conselhos regionais e profissionais, é essencial que todos tomem consciência da importância de agir de forma ética, assim sendo, com a cooperação de todos, o controle social e dos órgãos reguladores serão realizados de forma ainda mais democrática e transparente. Nessa relação quem sai como vitoriosa é toda a sociedade.
	Para finalizar foi possível atingir os objetivos e ter uma dimensão do comportamento ético de alguns dos profissionais da saúde, bem como o posicionamento destes a respeito da importância da ética, assim como, a gratificação por realizar um projeto tão enriquecedor que proporciona conhecimento e prepara futuros profissionais.
4. REFERÊNCIAS 
COMES, Júlio César Meirelles. O Atual Ensino da Ética para os profissionais de Saúde e seus Reflexos no Cotidiano do Povo Brasileiro, 2000.
FORTES, Paulo Antônio de C, MARTINS, Cleide de Lavieri. A ÉTICA, A HUMANIZAÇÃO E A SAÚDE DA FAMÍLIA, 2000.
KOERICH, M. S. MACHADO, R. R. COSTA, E. ÉTICA E BIOÉTICA: PARA DAR INICÍO À REFLEXÃO, 2004.
RIOS, Izabel Cristina. Humanização: a Essência da Ação Técnica e Ética nas Práticas de Saúde. 2009.

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