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SAÚDE COLETIVA 2ª Aula

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DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE 
DETERMINANTES SOCIAIS E A SAÚDE 
 Nas últimas décadas, tanto na literatura nacional, como 
internacional, observa-se um extraordinário avanço no estudo das 
relações entre a maneira como se organiza e se desenvolve uma 
determinada sociedade e a situação de saúde de sua população 
(ALMEIDA-FILHO, 2002). 
 
 Esse avanço se dá pelas desigualdades de saúde entre grupos 
populacionais que é sistemáticas e relevantes, porem, evitáveis, 
injustas e desnecessárias (WHITEHEAD, 2000). 
DETERMINANTES SOCIAIS E A SAÚDE 
 Segundo Nancy Adler (2006), podemos identificar três gerações de 
estudos sobre as iniqüidades em saúde: 
 
 1ª Gerações: 
 
 Dedicou a descrever as relações entre pobreza e saúde. 
 
 2 ª Geração: 
 
 Dedicou a descrever os gradientes de saúde de acordo com vários 
critérios de estratificação socioeconômica. 
 
 3ª Geração: 
 
 Atual geração está dedicada a responder à pergunta como a 
estratificação econômico-social consegue ―entrar‖ no corpo humano? 
 
DETERMINANTES SOCIAIS E A SAÚDE 
 
 Consiste em estabelecer uma hierarquia de determinações entre os 
fatores mais gerais de natureza social, econômica, política e as mediações 
através das quais esses fatores incidem sobre a situação de saúde de 
grupos e pessoas, já que a relação de determinação não é uma simples 
relação direta de causa-efeito. 
 
 É através do conhecimento deste complexo de mediações que se pode 
entender, por exemplo, por que não há uma correlação constante entre os 
macroindicadores de riqueza de uma sociedade, como o PIB, com os 
indicadores de saúde. 
 OBJETIVOS 
 
 Distinção entre os determinantes de saúde dos indivíduos/ 
de grupos e populações: 
 
 
 Os fatores individuais :são importantes para identificar que 
indivíduos no interior de um grupo estão submetidos a maior 
risco, as diferenças nos níveis de saúde entre grupos e países 
estão mais relacionadas com outros fatores, principalmente o 
grau de eqüidade na distribuição de renda.. 
 Exemplo, o Japão é o país com a maior expectativa de vida ao 
nascer, não porque os japoneses fumam menos ou fazem mais 
exercícios, mas porque o Japão é um dos países mais igualitários 
do mundo. 
 
Mecanismos através dos quais causam as iniqüidades de saúde 
segundo os Estudos dos DSS: 
 A primeira delas privilegia os ―aspectos físico-materiais‖ na 
produção da saúde e da doença, entendendo que as diferenças de 
renda influenciam a saúde pela escassez de recursos dos 
indivíduos e pela ausência de investimentos em infra-estrutura 
comunitária (educação, transporte, saneamento, habitação, 
serviços de saúde etc.), decorrentes de processos econômicos e de 
decisões políticas. 
 
 Outro enfoque privilegia os ―fatores psicosociais‖, explorando as 
relações entre percepções de desigualdades sociais, mecanismos 
psicobiológicos e situação de saúde, com base no conceito de que 
as percepções e as experiências de pessoas em sociedades 
desiguais provocam estresse e prejuízos à saúde. 
 
 
Mecanismos através dos quais causam as iniqüidades de saúde 
segundo os Estudos dos DSS: 
 Os enfoques ―ecossociais‖ e os chamados ―enfoques multiníveis‖ 
buscam integrar as abordagens individuais e grupais, sociais e 
biológicas numa perspectiva dinâmica, histórica e ecológica. 
 
 Finalmente, há os enfoques que buscam analisar as relações entre 
a saúde das populações, as desigualdades nas condições de vida e 
o grau de desenvolvimento da trama de vínculos e associações 
entre indivíduos e grupos. 
 
 Mecanismos através dos quais causam as iniqüidades de saúde 
segundo os Estudos dos DSS: 
 Esses estudos identificam o desgaste das relações de solidariedade 
e confiança entre pessoas e grupos, como um importante 
mecanismo através do qual as iniqüidades de renda impactam 
negativamente a situação de saúde. 
 
 Esses estudos também procuram mostrar por que não são as 
sociedades mais ricas as que possuem melhores níveis de saúde, 
mas as que são mais igualitárias e com alta coesão social. 
 OBJETIVOS: 
  O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS 
dispostos em diferentes camadas, desde uma camada 
mais próxima dos determinantes individuais até uma 
camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. 
 
Determinantes sociais: modelo de Dahlgren e Whitehead 
AS INTERVENÇÕES SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA 
SAÚDE 
 
 O modelo de Dahlgren e Whitehead e o de Diedricksen permitem 
identificar pontos para intervenções de políticas no sentido de 
minimizar os diferenciais de DSS originados pela posição social 
dos indivíduos e grupos. 
 
O primeiro nível relacionado aos fatores comportamentais 
e de estilos de vida: 
 
 Estes estão fortemente influenciados pelos DSS, pois é muito difícil 
mudar comportamentos de risco sem mudar as normas culturais que 
os influenciam- Atuando-se exclusivamente sobre os indivíduos. 
 Para atuar nesse nível de maneira eficaz, são necessárias 
políticas de abrangência populacional que promovam mudanças 
de comportamento, através de programas educativos, 
comunicação social, acesso facilitado a alimentos saudáveis, 
criação de espaços públicos para a prática de esportes e 
exercícios físicos, bem como proibição à propaganda do tabaco e 
do álcool em todas as suas formas 
 
 O segundo nível corresponde às comunidades e suas redes de 
relações: 
 
 Os laços de coesão social e as relações de solidariedade e 
confiança entre pessoas e grupos são fundamentais para a 
promoção e proteção da saúde individual e coletiva. 
 Incluem políticas que busquem estabelecer redes de apoio e 
fortalecer a organização e participação das pessoas e das 
comunidades, especialmente dos grupos vulneráveis, em 
ações coletivas para a melhoria de suas condições de saúde e 
bem-estar, e para que se constituam em atores sociais e 
participantes ativos das decisões da vida social. 
 O terceiro nível se refere à atuação das políticas sobre as 
condições materiais e psicossociais nas quais as pessoas vivem e 
trabalham: 
 
 Buscando assegurar melhor acesso à água limpa, esgoto, 
habitação adequada, alimentos saudáveis e nutritivos, emprego 
seguro e realizador, ambientes de trabalho saudáveis, serviços de 
saúde e de educação de qualidade e outros. 
 O quarto nível de atuação se refere à atuação ao nível dos 
macrodeterminantes: 
 
 Através de políticas macroeconômicas e de mercado de trabalho, 
de proteção ambiental e de promoção de uma cultura de paz e 
solidariedade que visem a promover um desenvolvimento 
sustentável, reduzindo as desigualdades sociais e econômicas, 
as violências, a degradação ambiental e seus efeitos sobre a 
sociedade . 
 
A Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde 
(CNDSS): 
 Essa Comissão foi estabelecida em 13 de março de 2006, através de 
Decreto Presidencial, com um mandato de dois anos. 
 
 A criação da CNDSS é uma resposta ao movimento global em torno 
dos DSS desencadeado pela OMS, que em março de 2005 criou a 
Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde (Commission on 
Social Determinants of Health - CSDH) 
 
 
A Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde 
(CNDSS): 
 
 Objetivo: 
 
 Promover, em âmbito internacional, uma tomada de consciência sobre 
a importância dos determinantes sociais na situação de saúde de 
indivíduos e populações e sobre a necessidade do combate às 
iniqüidades de saúde por eles geradas. 
 
A Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde 
(CNDSS): 
 Está integrada por 16 personalidades expressivas denossa vida 
social, cultural, científica e empresarial. 
 
 Sua constituição diversificada é uma expressão do reconhecimento 
de que a saúde é um bem público, construído com a participação 
solidária de todos os setores da sociedade brasileira. 
 
 O decreto presidencial que criou a CNDSS constituiu também: 
 
 Grupo de Trabalho Intersetorial, integrado por diversos ministérios 
relacionados com os DSS. 
 
 Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de 
Saúde (Conass e Conasems). 
 O trabalho articulado da CNDSS com esse grupo permite que se 
multipliquem ações integradas entre as diversas esferas da 
administração pública, e que as já existentes ganhem maior 
coerência e efetividade. 
 
 As atividades da CNDSS: 
 
 Têm como referência o conceito de saúde, tal como a concebe a 
OMS - ―um estado de completo bem-estar físico, mental e social e 
não meramente a ausência de doença ou enfermidade‖ - e o 
preceito constitucional de reconhecer a saúde como um ―direito de 
todos e dever do Estado. 
 
 Garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação‖ (artigo 196 da Constituição brasileira de 
1988). 
 
 Três compromissos vêm orientando a atuação da 
Comissão: 
1. Compromisso com a ação: 
 
 Implica apresentar recomendações concretas de políticas, 
programas e intervenções para o combate às iniqüidades de saúde 
geradas pelos DSS. 
 
 
2. Compromisso com a eqüidade: 
 
 A promoção da eqüidade em saúde é fundamentalmente um 
compromisso ético e uma posição política que orienta as ações da 
CNDSS para assegurar o direito universal à saúde. 
 
 Três compromissos vêm orientando a atuação da 
Comissão: 
 3. Compromisso com a evidência: 
 
 As recomendações da Comissão devem estar solidamente 
fundamentadas em evidências científicas, que permitem, por um lado, 
entender como operam os determinantes sociais na geração das 
iniqüidades em saúde e, por outro, como e onde devem incidir as 
intervenções para combatê-las e que resultados podem ser 
esperados em termos de efetividade e eficiência. 
Os principais objetivos da CNDSS são: 
 I - apoiar e articular a atuação do Poder Público, instituições de 
pesquisa e da sociedade civil sobre determinantes sociais 
relacionados à melhoria da saúde e redução das iniqüidades 
sanitárias; 
 
 
II - promover modelos e práticas efetivas relacionadas aos 
determinantes sociais da saúde e voltados à inserção da eqüidade em 
saúde nas políticas de governo; 
 
 Os principais objetivos da CNDSS são: 
III - contribuir para a formulação e implementação de políticas, planos e 
programas de saúde baseados em intervenções sobre os 
determinantes sociais que condicionam o nível de saúde; 
 
 IV - organizar e gerar informações e conhecimentos voltados a 
informar políticas e ações sobre os determinantes sociais da saúde; 
 
 Os principais objetivos da CNDSS são: 
V - mobilizar setores de governo e a sociedade civil para atuar na 
prevenção e solução dos efeitos negativos de determinantes sociais da 
saúde. 
 
 CNDSS LINHAS DE ATUAÇÃO: 
 Produção e Disseminação de conhecimentos e informações 
 
 Apoio, avaliação e coordenação de Políticas e Programas 
 
 Mobilização Social 
 
 Comunicação 
 
 Projeção Internacional 
 
 CNDSS LINHAS DE ATUAÇÃO: 
1.Produção e Disseminação de conhecimentos e informações: 
 
 Objetivo: 
 
 Produzir conhecimentos e informações sobre as relações entre os 
determinantes sociais e a situação de saúde, particularmente as 
iniquidades de saúde, com vistas a fundamentar políticas e 
programas. 
 
. 
1.Produção e Disseminação de conhecimentos e informações: 
 
 Edital de pesquisas 
 
o Lançamento – junho 2006 
o Avaliação de propostas: critérios de mérito científico e relevância 
social (pares e ímpares) 
o Acompanhamento: 
 
 Rede de intercambio/colaboração e seminários periódicos entre 
pesquisadores e utilizadores para acompanhar o andamento das 
pesquisas e analisar resultados preliminares. 
 
o Avaliação de resultados: mérito científico e implicações para políticas 
(pares e ímpares). 
 
1. Produção e Disseminação de conhecimentos e informações: 
 
 Seminários Metodológicos 
 
 Seminários periódicos, virtuais ou presenciais, para discussão entre 
pesquisadores, gestores e outros interessados sobre metodologias 
de pesquisa e avaliação de políticas e intervenções relacionadas 
aos determinantes sociais das saúde. 
1.Produção e Disseminação de conhecimentos e informações: 
 
 Participação em Congressos: 
 
 Promoção de discussões em Congressos e Reuniões que tratem 
de temas vinculados aos DSS. 
 
 Publicações 
 
 Boletim de notícias virtual e em papel, sobre atividades da 
CNDSS e seus membros e notícias de interesse sobre DSS. 
 
 Divulgação de resultados finais e parciais de pesquisas e 
estudos, assim como de reuniões e seminários promovidos pela 
CNDSS. 
 
2- Políticas e Programas 
 Objetivo: 
 
 Promoção, apoio, elaboração, coordenação, seguimento e avaliação 
de políticas, programas e intervenções governamentais e não-
governamentais realizadas em nível local, regional e nacional. 
 
2- Políticas e Programas 
 CNDSS e GT trabalhando em estreita colaboração para promover 
intercâmbio de informações, coordenação e avaliação das ações 
governamentais relacionadas aos DSS e para implementação das 
recomendações da CNDSS. 
 
 Apoiar a atuação dos membros dos Conselhos Municipais e 
Estaduais de Saúde, através de disseminação seletiva de 
informações sobre DSS e criação de espaço no Portal de DSS com 
informações e grupos de discussão sobre intervenções em DSS, 
entre outras iniciativas. 
 3- Mobilização da Sociedade Civil: 
 Objetivos: 
 
 Desenvolver ações de promoção junto a diversos setores da 
sociedade civil sobre a importância das relações entre saúde e 
condições de vida e sobre as possibilidades de atuação para 
diminuição das iniquidades de saúde. 
 
 3- Mobilização da Sociedade Civil: 
 A CNDSS e cada um de seus membros no respectivo campo de 
atuação deverão identificar oportunidades para apoiar mobilização em 
torno dos DSS. 
 
 Contato regular com diversos meios de comunicação de massa. 
 
 Aproveitar oportunidade da campanha eleitoral para discussão de 
políticas relativas aos DSS. 
 4- Portal de DSS: 
 Divulgar informações sobre as atividades desenvolvidas pela 
CNDSS, incluindo publicação virtual de boletim de notícias coletar e 
registrar dados, informações e conhecimentos sobre DSS existentes 
nos sistemas de informação em saúde e na literatura mundial e 
nacional estabelecer espaços de interação dedicados a grupos 
estratégicos como pesquisadores, membros do GT, tomadores de 
decisão (espaço do gestor), profissionais de comunicação (espaço da 
mídia), etc. 
 
 5- PROJEÇÃO INTERNACIONAL: 
 COOPERAÇÃO COM A COMISSÃO SOBRE DETERMINANTES 
SOCIAIS DA SAÚDE DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. 
 
 Participar de atividades organizadas pela Comissão sobre 
Determinantes Sociais da Organização Mundial da Saúde 
(CSDH/OMS), de interesse da CNDSS. 
 
 COOPERAÇÃO COM PAÍSES DA AMÉRICA LATINA E ÁFRICA 
 
 Participar de atividades de cooperação com os países da América 
Latina, para promoção do enfoque de DSS em suas políticas de saúde 
e/ou criação de suas respectivas comissões nacionais. 
 . 
 Condições favoráveis para o trabalho da CNDSS: Comunidade científica nacional com produção de alta qualidade 
 
 SUS baseado nos princípios de equidade e gestão participativa com 
estruturas descentralizadas onde são tomadas decisões sobre 
políticas e programas. 
 
 Disseminação das novas tecnologias de comunicação e informação. 
 
 Legitimidade internacional com apoio da OMS. 
 
 Campanha eleitoral favorece debate público sobre propostas políticas 
que tratem dos DSS. 
 O conceito de saúde é algo que varia de acordo com a 
época e contexto social. 
 
 Antigamente tal definição era tida como algo unicausal, 
ausência de doença. 
 
 Com o decorrer dos anos e avanços sociais observou -se que 
isso era muito limitado; que saúde abrange um campo bem 
maior, como: bem estar físico, psico e social. 
 Dessa forma, foram integradas as políticas publicas, através de 
 financiamentos do Estado, justamente para organizar a prestação 
 de serviços a toda a população (SUS). 
Século XIX 
 
 Marcado pela confirmação da teoria microbiana. 
 
 Sendo esta uma teoria científica em que microorganismos 
são a causa de inúmeras doenças. 
 
 É hoje parte integrante da microbiologia clínica e medicina 
modernas, estando na origem de inovações importantes como os 
antibióticos e hábitos de higiene. 
Século XIX 
 
 A unicausalidade das doenças: 
 
 Foi um modelo baseado a existência de apenas uma causa 
(agente) de um a gravo ou doença. 
 
 Essa concepção, que permitiu o sucesso na prevenção de 
diversas doenças, termina por reduzi -lá à ação única de um agente 
específico. 
Século XIX 
 
 Na parte urbana, ocorreu a manifestação de surtos 
epidemiológicos como febre amarela e varíola disseminadas 
rapidamente entre cortiços pelo grande crescimento 
populacional. 
 
 Já no campo, a preocupação era a penas quando tais 
epidemias chegavam a afetar a produção (menos trabalha- 
dores). 
 
 Vacinas e medicamentos foram as formas iniciais de 
tratamento, dando um ponta pé nos processos de cura. 
Século XX 
 
 Ocorre a evolução do processo de saúde/doença,que deixa de 
ser algo unicausal para multicausalidade, com um caráter de 
observação coletivo e comparação em massa entre indivíduos 
saudáveis ou adoecidos. 
 
 Com a medicina integral, surge o equilíbrio entre a gente, 
hospedeiro e meio ambiente. 
 
 Não se estuda apenas a causa da doença, mas todo o 
 contexto que veio a provoca-la. 
Século XX 
 
 Prevalecia o modelo do homem como ser bio -psico-social, 
em que psicológico, fatores sociais e biológicos, 
influenciam na atividade humano, se tratando de 
enfermidade; 
 
 Assim sendo, a saúde é vista como algo que engloba todas as 
dimensões cientificas inerentes ao homem. 
 
 ―O foco neste modelo não é apenas a doença em si e o 
tratamento delas, mas todos os aspectos que estariam 
diretamente relacionados ao fenômeno do adoecer, sejam eles 
fisiológicos, psicológicos, sociais, ambientais, dentre 
outros, os quais também devem ser considerados para que o 
tratamento seja eficaz‖ (Silva e t al. 2011). 
Constituição de 1988 
 Houve uma mudança de conceito de ―seguro‖ para ―seguridade‖ 
social. 
 O Seguro Social : 
 protegia o risco social do indivíduo, como invalidez, 
orfandade, mutilação, entre outros, uma vez que tinha a 
ocorrência de algum evento resultante em alguma forma de 
―dano‖ ao indivíduo - trabalhador com vínculo de emprego. 
 
 A Seguridade Social : 
 oferece proteção das contingências que venha a passar o 
indivíduo, independente da existência de qualquer forma de 
dano. Ou seja, não protege o risco, mas sim a necessidade 
social do indivíduo. 
Constituição de 1988 
―Com efeito, a Seguridade Social é uma forma de “avanço” 
da sociedade, decorrente do Seguro Social, que decorreu do 
Seguro Privado, que, por sua vez, evolui a partir dos ideais 
de proteção social por meio de auxilio, caridades, aos 
necessitados prestados pela comunidade – quando havia 
recursos para tanto.” – José Afonso da Silva ( Especialista em 
Direito constitucional). 
Constituição de 1988 
 Na Constituição, a Seguridade Social é relacionada à 
Previdência Social, que é responsável por atender as 
necessidades dos indivíduos contribuintes relacionadas à saúde, 
gestação, desemprego involuntário , etc; 
 
 A Saúde, é direito de todos e dever do Estado, garantido 
perante políticas sociais e econômicas que visem diminuir o 
risco de doenças e acesso igualitário aos serviços públicos de 
saúde; 
 
 Assistência Social, que é ofertada a todos, independente de 
ser contribuinte ou não; sendo executada por ações dos 
Poderes Públicos e da Sociedade e financiada pela 
sociedade de forma direta e indireta. 
Conferência de Alma - Ata (1978) 
Sobre CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE: “Saúde 
para todos no ano 2000”. 
 Ocorrida no Casaquistão, a Conferência sublinhou a 
necessidade de ação urgente por parte de todos os governos, 
de todos os profissionais da saúde e do desenvolvimento, e da 
comunidade em geral para estabelecer melhorias na saúde 
de todo o mundo, a fim de diminuir a desigualdade do 
estado de saúde dos povos. 
Conferência de Alma- Ata (1978) 
 Nela está assegurada que é direito e dever dos povos 
participar individual e coletivamente do planejamento e 
execução de seus cuidados de saúde e também que os 
Cuidados de Saúde Primários refletem (e evoluem) as 
condições econômicas e as características socioculturais e 
políticas do país e suas comunidade. 
 
 Na aplicação de resultados: pesquisa social, biomédica, 
serviços de saúde e da experiência em saúde pública. 
Carta de Ottawa – 1986 
 Promoção de Saúde nos Países Industrializados: 
 A Carta estão as orientações para a tingir a saúde para 
todos no ano 2000. 
 
 Centralizadas nas necessidades dos países industrializados, 
porém considerando os demais. 
 
 Baseado nos progressos decorrentes da Alma-Ata,o documento 
da OMS “As metas da saúde para todos” e um debate na 
Assembleia Mundial de Saúde sobre a ação intersetorial para a 
saúde. 
 Promoção da Saúde ―Para a tingir um estado de completo 
bem – estar físico, mental e social, o indivíduo ou o grupo 
devem estar aptos a identificar e realizar as suas aspirações, 
a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar -se 
ao meio. 
 
 Solidariedade, prestação de cuidados, abordagem holística e 
ecologia, são temas essenciais no desenvolvimento de 
estratégias para a promoção da saúde. 
Pré-requisitos para a Saúde 
 Paz, abrigo, educação, alimentação, recursos econômicos, 
ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e 
equidade. 
• Advogar: 
 Os fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, 
comportamentais e biológicos, podem ser favoráveis ou nocivos à 
saúde por meio da advocacia da saúde(participação social voltado 
à defesa do direito universal à saúde). 
 
• Capacitar: 
 Reduzir as desigualdades existentes nos níveis de saúde das 
populações e assegurar a igualdade de oportunidades e 
recursos. 
 
• Mediar: Adaptar à s necessidades locais e às possibilidades de cada 
país e região, considerados os diferentes sistemas sociais, 
culturais e econômicos. 
Intervenção em Promoção de Saúde 
 Construir Políticas Saudáveis: 
 
 Promoção da saúde combinada, incluindo a legislação, as 
medidas fiscais, os impostos e as mudanças organizacionais. 
 
o A ação coordenada que leva à saúde, ao rendimento e às 
políticas sociais, cria maior equidade. 
 
 Criar ambientes favoráveis: 
 
 Necessidade de encorajar os cuidados mútuos – cuidar uns 
dos outros, das comunidades e do ambiente natural. 
Intervenção em Promoção de Saúde 
 Reforçar a ação comunitária: 
 
 Promover acesso pleno e contínuo à informação, oportunidades 
de aprendizagem sobre saúde, para além de suporte financeiro. 
 
 Desenvolver competências pessoais: 
 
 Apoiar os indivíduos e as comunidades na satisfação das suas 
necessidades para uma vida saudável e abrir canais de 
comunicação entre o setor da saúde e os setores social, político, 
econômico e ambiental. 
Intervenção em Promoção de Saúde 
 Ao final, ―se as pessoas de todos os meios – as organizações 
não governamentais e de voluntariado, os governos, a 
Organização Mundial de Saúde e todas as outras instâncias a 
quem tal diz respeito — se unirem e apresentarem estratégias 
para a promoção da saúde, em conformidade com os valores 
morais e sociais que compõem a presente Carta, a Saúde Para 
Todos no Ano 2000 será uma realidade‖ 
Políticas públicas: 
 
 Um conjunto de ações do poder público, constituídas por regras 
e procedimentos que auxiliam nas relações entre poder público 
e sociedade, visando solucionar problemas da coletividade. 
O objetivo: 
 
 Analisar as políticas públicas voltadas para os serviços 
públicos de saúde bucal no Brasil. 
 Ao longo da história a saúde pública brasileira, dentre esses, os 
problemas relacionados aos serviços de assistência à saúde 
odontológica. 
 
 O acesso à saúde bucal sempre se mostrou extremamente difícil e 
limitado. 
 
 O setor saúde foi parte inerente e sofreu as influências de todo o 
contexto político-social pelo qual o Brasil passou ao longo dos anos. 
 
 O reflexo desse período repercutiram no serviço público odontológico 
focado nos municípios, em ações voltadas para a faixa etária 
escolar de 6 a 12 anos e em gestantes. 
 
 Serviços de Pronto atendimento (URGÊNCIAS) - Os adultos e os 
idosos – mutiladores. 
 
 Na saúde bucal não existe uma porcentagem de verba que é específica 
do todo da parte da saúde. 
 
 Discussões, envolvendo o Congresso como a Conferência Nacional de 
Saúde, almejou-se ter um repasse fixo para a saúde bucal. 
 
 Expandir o atendimento público odontológico- para além do tradicional 
grupo materno-infantil . 
METAS PRIORITÁRIAS: 
 
 Foram criadas as UBS ( Unidades Básicas de Saúde): 
 
 Para o atendimento de caráter de Urgência para crianças e 
gestantes. 
 
 
 Implementação da equipe de saúde bucal na Estratégia de Saúde 
da Família (PSF), em 2000, e o estabelecimento dos Centros de 
Especialidades Odontológicas (CEO), em 2004, representaram 
novos impulsos para a ampliação da oferta de atendimento 
odontológico público. 
 
 Políticas Públicas no Serviço 
 Público Odontológico 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
A prestação de serviços públicos de saúde bucal no 
Brasil, historicamente: 
 Caracterizava-se por ações de baixa complexidade, na sua maioria 
curativas e mutiladoras com acesso restrito. 
 
 Tal constatação caracterizava a Odontologia como uma das áreas da 
saúde com extrema exclusão social. 
 Segundo o Levantamento Nacional de Saúde Bucal , concluído pelo 
Ministério da Saúde, 13% dos adolescentes nunca havia ido ao dentista, 
20% da população brasileira já tinha perdido todos os dentes e 45% dos 
brasileiros não possuíam acesso regular a escova de dente. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 Para amplificação dos atendimentos no setor público, adotaram-se 
medidas estabelecendo atendimento dentário na PSF e implantaram-se 
os CEO, o que possibilitou o estabelecimento de uma postura mais 
ativa de atenção primária em saúde bucal. 
 
 Os CEOs ampliaram a oferta de atendimentos com maior 
complexidade, dentre eles: procedimentos protéticos, endodônticos e 
radiológico. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 O serviço público odontológico tende a ter caráter mais holístico e não 
se limita ao atendimento clínico; 
 
 Inclui a atuação na comunidade, através de levantamentos 
epidemiológicos; 
 
 Ações preventivas e de educação em saúde; 
 
 Atuar promovendo a prestação de serviços para grupos com 
necessidades diferenciadas, o que pode ser entendido como promoção 
de saúde bucal. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 Para implantar o atendimento público odontológico de caráter 
imediato e universal, foram direcionados recursos: 
 
- tratamento de crianças e gestantes e a atenção especializada em 
prótese dentária, endodontia e radiologia odontológica. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 A assistência odontológica pública no Brasil tem-se limitado em grande 
parte aos serviços básicos. 
 
 No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços 
odontológicos especializados correspondem a não mais do que 3,5% 
do total de procedimentos clínicos odontológicos. 
 
 A baixa capacidade de oferta dos serviços de atenção secundária e 
terciária comprometendo, em consequência, o estabelecimento de 
adequados sistemas de referência e contra referência em saúde bucal 
na quase totalidade dos sistemas loco-regionais de saúde. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 São estratégia das ações municipais de saúde integrando os diferentes 
pontos que compõe e definindo um novo modelo de atenção à saúde. 
 
 Princípios Ordenadores: Acessibilidade, Longitudinalidade, Integralidade, 
Responsabilização, Coordenação e Resolubilidade. 
SISTEMAS LOCO-REGIONAIS DE SAÚDE 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 A atenção básica tem importância extremada, necessitando aumento 
da oferta na diversidade de procedimentos a serem oferecidos à 
população,como também, fazem necessários investimentos que 
propiciem aumentar o acesso aos níveis secundário e terciário de 
atenção em saúde. 
 
 A história reporta inúmeras crises econômicas, envolvendo um enorme 
contingente de pessoas desprovidas de recursos financeiros, por outro 
lado, a oferta de alguns serviços é maior do que a procura. 
 
 Esse quadro marcou a atividade odontológica, quando coexistia 
grande número de clínicas e unidades odontológicas e uma fraca 
demanda pelos serviços prestados pelos profissionais da área. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 Para diminuir a ociosidade das unidades odontológicas, foram 
propostos os planos de sistemas de pagamento por terceiros. 
 
 objetivo: Financiamento não é diminuir o valor dos honorários profissionais, 
mas financiá-los, promovendo a melhor distribuição dos serviços 
voltados à manutenção da saúde bucal. 
Políticas Públicas no Serviço Público Odontológico 
 A prestação de serviços públicos de saúde bucal no Brasil, 
historicamente: 
 A verba disponibilizada para saúde bucal é gasta em grande parte 
com custeio de material de consumo. 
 
 O orçamento específico dos programas da saúde da família é 
composto por verbas escassas porque tem que ser gastas com 
materiais. 
 
 A área odontológica parece não dar prejuízo, porque principalmente 
atende a procedimentos de cunho preventivo e coletivos, que são 
muito bem pagos para os cofres municipais. 
 
 Em se tratando de prevenção, não existe onerosidade para se 
efetivar a abordagem clínica, comparado a outros procedimentos 
mais complexos clinicamente. 
Política Nacional 
 de Saúde Odontológica 
Política Nacional de Saúde Odontológica 
 Nas duas últimas décadas não houve política nacional odontológica 
efetiva, apenas algumas experiências isoladas no setor de saúde 
bucal ampliavam o acesso e desenvolviam ações de promoção e 
prevenção, além de atividades curativas mais complexas. 
 Em 2003 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde 
Bucal (PNSB), com o Programa Brasil Sorridente (PBS). 
 
 O PBS foi constituído por uma série de medidas que visaram garantir 
ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, com 
intuito de aprimorar a qualidade de vida da população. 
Política Nacional de Saúde Odontológica 
 A implementação da PNSB, intitulada Brasil Sorridente, significou um 
marco na mudança do foco da atenção em saúde bucal, visando 
avançar na melhoria da organização do sistema de saúde como um 
todo, propondo um modelo que desse conta da universalidade, 
integralidade e equidade, princípios básicos do SUS. 
 
 As diretrizes da PNSB visavam o acesso universal e a integralidade da 
atenção à saúde bucal. 
Política Nacional de Saúde Odontológica 
Nas últimas décadas, duas importantes intervenções em 
saúde bucal: 
 
1. Expandidas em todo o país- O princípio constitucional da 
universalização das ações e serviços de saúde no âmbito da 
 saúde bucal. 
 
2. A fluoretação da água de abastecimento público e o atendimento 
 odontológico na rede pública do SUS, condutas que superaram a 
 restrição histórica dessa modalidade assistencial ao grupo 
 materno-infantil, notadamente aos escolares.

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