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ARTIGO PARA PÓS EM ESTETICA CORPORAL

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 
A ESTÉTICA, A MÍDIA E A SAÚDE SOB O CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA
STEFANY MAIMONE DO NASCIMENTO 
CARATINGA – MG
2017
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 
A ESTÉTICA, A MÍDIA E A SAÚDE SOB O CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA
STEFANY MAIMONE DO NASCIMENTO 
Artigo cientifico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do titulo de especialista em Estética Corporal 
CARATINGA – MG
2017
A ESTÉTICA, A MÍDIA E A SAÚDE SOB O CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA
Stefany Maimone do Nascimento 
RESUMO
Conceitos de saúde e beleza se misturam e englobam uma diversidade de idealizações educativas que podem ser trazidas para o meio social como forma instrucional ou direcionamento para uma qualidade de vida. A partir da associação entre um padrão específico de estética e a saúde, iniciamos assim uma discussão sobre como se dá a relação entre estética e saúde como forma de promover certa qualidade de vida. De acordo com o processo analítico, estabelecem-se ligações com o poder da ideologia do ser saudável, enfatizando o que a sociedade dita como magreza e robustez, contribuindo com o método associativo entre a saúde e o padrão específico de estética corporal por meio de pesquisas de internet e literárias onde, através dos autores poderemos alcançar um parâmetro de estética corporal, levando em consideração os conceitos pré-definidos de beleza apresentados pela mídia e industrias culturais. O ponto chave da analise se baseia em como é o corpo ideal, o que é preciso para ter esse corpo e quais os motivos que nos induzem a ter esse corpo. 
Palavras-chave: Estética. Magreza. Robustez. Saúde. 
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho propõe um estudo na busca da investigação sobre questões concernentes à estética, à saúde e às suas correlações com a indústria cultural e midiática. Partindo de trajetórias acadêmicas ligadas às discussões a respeito da estética e das práticas corporais de um modo geral, observando também suas apropriações pela economia de mercado, constituídas de produções capitalistas, instigamo-nos a entender como se dá a valorização de só um estereotipo corporal e em como a mídia se articula nesse contexto, fabricando a ideia de um corpo esteticamente belo, (de)formando a tendência humana. 
O comportamento alimentar é influenciado por diversos fatores, entre eles os biológicos, psicológicos, socioculturais e psicossociais, os quais resultam na escolha de alimentos (MARCHIONI, 1999), verificando que os meios de comunicação contribuem substancialmente na influência sobre o consumo de alimentos pelos indivíduos (REES, 1992).
O encontro entre estética e saúde se dá através de variados estudos e intervenções demarcados por linhas tênues e nem sempre fáceis de se compreender, mas abusar do bom senso é o mais importante para evitar uma gama de informações desnecessárias e patologias derivadas de excessos do uso de tais informações convertidas em ações impensadas. Na contemporaneidade pode-se observar em vários lugares e momentos a combinação entre a saúde e o padrão típico de estética corporal. 
De acordo com o médico nutrólogo, Dr. Roberto Navarro (Revista Estética Saúde):
O organismo humano é a integração de vários órgãos e sistemas que, para se manterem saudáveis, dependem de um adequado aporte nutricional, produção hormonal em nível ótimo e metabolismo em equilíbrio. Antes de pensar em qualquer tipo de dieta, seja para emagrecer, para ganhar massa, para ganhar peso ou qualquer outro objetivo, é fundamental a avaliação de um médico nutrólogo que vai identificar as necessidades daquele indivíduo no que se refere à alimentação.
Atualmente pode-se perceber uma gama de pessoas desejando um corpo esteticamente magro, tentando se adequar aos padrões excessivos que a mídia impõe de forma escancarada através dos meios de comunicação. Em pensar que, tempos atrás a robustez fosse tida como sinônimo de saúde e beleza podemos refletir em como nos deixamos influenciar pelos modelos de beleza física. Questionamos sobre como as coisas devem ser ou seguir de uma forma e não de outra, nos permitindo ser atravessados por discursos e matérias que cultuam a perfeição, bem como FOUCAULT (1999) considera discurso como algo que nos atravessa e nos constitui de alguma forma.
Dietas mirabolantes, exercícios desgastantes, cirurgias plásticas, anabolizantes, suplementos dentre outras medidas se acomodam em um grande espaço dentro de meios de comunicação, transformando costumes e tradições, definindo a historia de uma sociedade e fabricando uma certa lei de como se viver em sociedade sendo aceito dentro dos padrões de estética e beleza pré-definidos. 
Segundo Adorno e Horkheimer (1985), o caráter fetichista da mercadoria se adequa à cultura, visto que esta se funde com a publicidade ao ponto de se confundirem. Nesse sentido, percebemos a imprescindível contribuição do “espírito” da publicidade com o processo de mercadorização da cultura, pois, “tanto técnica quanto economicamente, a publicidade e a indústria cultural se confundem” (ADORNO; HORKHEIMER, 1985, p. 153).
A sociedade dita o que se deve seguir como fruto de uma boa estética e uma qualidade de vida melhor através dos meios de comunicação que a mesma tem acesso, juntamente com a mídia influenciando nesse cenário, e a massa acatam como busca de melhorar o contexto de vida. Assim nos faz pensar que nossa identidade nesse aspecto se constrói através dos discursos apresentados, nos bombardeando de todos os lados e nos induzindo ao desejo de assumirmos uma posição de sujeitos governados pelos discursos, regulando nossas condutas e escolhas na busca incessante pela aceitação. Desse modo, a reprodução mecânica do belo torna-se mito, pois é idolatrada e padronizada (ADORNO; HORKHEIMER, 1985). TAGLE (1988) reafirma que a exposição à publicidade comercial pode promover alterações no consumo alimentar das pessoas. MACEDO (1999) ressalta que os temas relacionados à saúde, quando expostos na mídia, não promovem comportamentos saudáveis, em contrapartida, BELTRAN (2001) analisa e argumenta que a comunicação é fundamental para atuar na preservação da saúde. 
Por outro lado, se não existissem as normas e regras a serem seguidas, o mundo entraria em um colapso total, com pessoas idealizando praticas aleatórias de qualidade de vida, estética e saúde, sem nenhum embasamento cientifico que comprovasse que tais métodos fossem adequados e fidedignos. SÁ (2001) relembra que a notícia tem como finalidade o interesse social e coletivo e que a informação deve ser divulgada de forma precisa e correta, destacando a importância de se investir na educação e na informação em saúde, tornando a linguagem acessível a pessoas comuns.
MAGREZA OU ROBUSTEZ: QUAL ESCOLHER?
A população brasileira estava a caminho da degeneração e da extinção. Além de estar sendo considerada totalmente fora dos padrões pré-concebidos de civilidade, também era reconhecida como sujo, doente, imoral e preguiçosa. 
No ano 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu 189 países, os chamando de a ‘cúpula do milênio’, onde foram estabelecidos oito objetivos através dos quais se pretende intervir para reduzir a gravidade do estado social verificado em vários países no mundo. Os ‘objetivos do milênio’, assim chamados, constituem ações em áreas prioritárias com o intuito de até 2015 construir a melhoria de um conjunto de situações que incluem: erradicar a pobreza extrema e a fome; alcançar o ensino primário universal; promover a igualdade de gênero e capacitar as mulheres; reduzir a mortalidade de crianças; melhorar a saúde materna; combater a Aids, malária e outras doenças; assegurar a sustentabilidade ambiental; e promover uma parceria mundial para o desenvolvimento (BRASIL, 2006a).
Nesse contexto, o conceito de saúde ate então pré-definido foi influenciado pela crença deque os progressos do final do século XIX iriam sanar os males dos brasileiros e angariar desenvolvimento para o país. 
O alcance destas metas somente será possível através da universalização de serviços básicos de saúde, educação, abastecimento de água potável, tratamento de esgoto, coleta e destino adequado do lixo, energia elétrica, segurança, urbanização, bem como do estabelecimento de políticas públicas que visem à geração de emprego, distribuição de renda, moradia digna e ambientes com baixo adensamento domiciliar. Implicará, sobretudo, a luta pela democracia substantiva, que, além do simples direito ao voto (democracia representativa), representa a ampliação da igualdade, ou seja, da participação coletiva na apropriação dos bens coletivamente criados: “não há democracia efetiva onde existe excessiva desigualdade material entre os cidadãos. E essa desigualdade material, econômica, impede inclusive que haja uma democracia política efetiva” (COUTINHO, 2002: 20).
Em uma sociedade em que a busca pelos prazeres que a vida pode oferecer era constante, as consequências de tais atos eram seguidas por alterações da saúde e produziam desigualdades sociais. A procura medica era intensa e a população se submetia aos saberes da medicina para sanar tais consequências. 
O bio-poder se instaura e o corpo que vive, suporte do nascimento, da morte, da longevidade e da saúde é controlado para ser inserido no campo produtivo e econômico, servindo, desse modo, para o desenvolvimento da sociedade industrial. As estratégias biopolíticas intentam intervir sobre a maneira de viver, para ampliar a vida, controlar os acidentes, o aleatório, as deficiências. O poder sobre a vida se propõe a instaurar uma administração calculista da existência (FOUCAULT, 1988). 
A proposta de atingir o ser saudável ideal se espalhou por diversas épocas em torno das civilizações. Para Foucault (1997) às técnicas e modos de guiar a conduta dos seres humanos se relacionam com a ideia de governo. 
O conceito de qualidade de vida é construído, nos dias atuais, com base na pratica esportiva, nos procedimentos estéticos e na orientação nutricional, se fundamentando das teorias americanas e trazendo para a realidade brasileira. A procura pela qualidade de vida se baseia basicamente na redução de consumo de calóricos e níveis de lipídios, controlando o IMC e a taxa metabólica. 
O consumo alimentício é regulado de acordo com as atividades desenvolvidas, podendo perceber que a reeducação alimentar, os exercícios e os procedimentos estéticos se entrelaçam em busca de uma boa forma. Os alimentos são selecionados através da verificação da quantidade de calorias, pela fonte de energia liberada e pelos níveis de gordura. Os exercícios são escolhidos através do gasto calórico e energético e são prescritos mediante os testes aplicados nas avaliações funcionais e laboratoriais. Os procedimentos estéticos são indicados através da necessidade de cada pessoa, tendo uma contribuição muito grande da mídia nesse contexto, ditando aquilo que é mais moderno, aquilo que melhor ira lhe favorecer e aquilo que se encaixa com o seu objetivo e disponibilidade financeira.
Nesse contexto, a associação de saúde à estética da magreza tem tido um reforço induzido e manipulado através do cenário midiático, contribuindo com o processo amplo de mercadorização da saúde. Discursos idealizadores propagam um conceito de estética e qualidade de vida, propagando e induzindo ao consumo de uma gama de produtos, procedimentos estéticos e alimentos funcionais, utilizando estes conceitos pré-definidos e premeditados como um padrão específico de estética corporal. 
De acordo com as palavras de Anzai (2000, p. 73):
Se a televisão, a publicidade, o cinema, as revistas, os jornais, e agora a internet, defendem as dietas milagrosas, os músculos torneados e bronzeados, as vitaminas que evitam o envelhecimento, as clínicas de rejuvenescimento e as academias de ginástica, é porque isso tudo dá muito dinheiro. E se muito pouco se fala de afeto e respeito entre as pessoas comuns, não tão lindas e nem tão elegantes como as modelos mas que mesmo assim, se sentem felizes, certamente é porque isso é bem menos rentável.
O dito e o não dito se interagem e se comunicam, dando múltiplos significados para quem os lê, busca ou os procura, levando a crer que o consumo dos suplementos nutricionais se associa à exibição de homens e mulheres musculosos e vitoriosos, considerados “belos” e “saudáveis”, sem explicar os efeitos colaterais e riscos que os mesmos podem causar.
Sendo assim, pode-se perceber que a mídia influencia muito nas decisões da escolha da estrutura corporal adequada para cada pessoa, manipulando suas mentes a inserir aquilo que o merchandising do momento coloca em ápice sobre saúde e qualidade de vida, inutilizando o poder do livre arbítrio de cada pessoa para a escolha do tipo de corpo desejado. Para estudiosos ou entendedores essa influencia pode ate não ser tão direta, mas para leigos essa influencia pode gerar grandes efeitos, sendo ou não benéfico para a pessoa afetada. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Mediante o estudo sobre saúde, mídia e estética, a conexão com a ideologia do ser saudável acaba sendo vinculada a discursos diversos. Do ectomorfo ao endomorfo, podemos observar intervenções alicerçadas a uma postura de modelos pré-concebidos, que exibem modelos de conduta que desejam obediência. 
Nesse contexto, nos esbarramos com avaliações antropométricas que colaboram com a classificação corporal. Observou-se que a mídia contribui de forma grotesca com a ideia da saúde e qualidade de vida ao propagandear ideais de beleza, os associando ao consumo de produtos. 
Dessa maneira, podemos relatar que, reconhecer a heterogeneidade de tipos corporais existentes na sociedade e disseminar informações corretas de cuidados com o corpo na busca da qualidade de vida e saúde, sem influencia de um padrão idealizado pela mídia, é e sempre será um desafio muito grande.
Independente da idade, é interessante salientar a importância que cada pessoa em cada fase de sua vida, dá ao seu corpo bem como a qualidade que promove ao mesmo, em busca de uma vida saudável, de forma inerente ao que a mídia dita como certo ou errado. O corpo sendo endomorfo, ectomorfo ou mosomorfo será perfeito desde que a pessoa se sinta bem com esse tipo corporal, levando em consideração a busca da qualidade de vida para promoção da saúde e tomando cuidados com relação aos excessos. 
REFERÊNCIAS 
ADORNO, T.W. Indústria cultural. In: COHN, G. Theodor Adorno. Sociologia. São Paulo: Ática, 1994. p. 92-99.
CROCHIK. J. L. A Corporalidade e a formação humana: uma análise a partir da teoria crítica. Discorpo, São Paulo, v. 9, p. 11-21, ago. 1999.
FRAGA, Alex. B. Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativa. São Paulo: Autores Associados, 2006. 
GUEDES, D. P.; GRONDIM, L. M. V. Percepção de hábitos saudáveis por adolescentes: associação com indicadores alimentares, prática de atividade física e controle de peso corporal. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 24, n. 1, p.23-45, set., 2002. 
KEHL, R. Povo são e povo doente: algumas considerações e dados anthropometricos. Brazil-Médico, Rio de Janeiro, p.280-283, 1920. 
OLIVOTO, R. R. Composição corporal: estudo comparativo da mensuração de pregas cutâneas e bioimpedância. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 21, n. 1, p.787-791, set., 1999. 
SILVA, Ana Márcia. Corpo e diversidade cultural. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 23, n. 1, p.87-98, set., 2001. 
SILVA, D. K.; PETROSKI, E. L. Percepção da forma corporal e aspectos morfológicos em adultos de meia idade. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 21, n. 1, p.802-807, set., 1999.

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