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O bom e o belo

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UNINTER CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
PATRICIA STOCO DOS SANTOS – RU 1335666
ÉTICA, ESTÉTICA E LUDICIDADE
O bom e o belo na minha cidade
CURITIBA
2016
UNINTER CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
PATRICIA STOCO DOS SANTOS – RU 1335666
ÉTICA, ÉSTETICA E LUDICIDADE
O bom e o belo na minha cidade
Trabalho apresentado ao curso de licenciatura em pedagogia do centro universitário internacional pela aluna Patrícia Stoco dos Santos, RU 1335666.
CURITIBA
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................04
2 O BOM E O BELO.................................................................................................05
3 MINHA CIDADE: UM LUGAR BELO....................................................................08
3.1 PRINCIPAIS EVENTOS DA CIDADE.................................................................09
4 REFERÊNCIAS......................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO
Kant vê na experiência do belo a realização das capacidades mais elevadas do ser humano. A riqueza do real admitida na contemplação estética é experimentada como afirmação prazerosa de sua ampla determinabilidade por nós. Já para Hegel, a dificuldade de se estudar estética é o fato de seu objeto – o belo – ser de ordem espiritual, pois o belo não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada individuo. Segundo Kant, para nós apreciarmos uma obra de arte precisamos primeiro usar nossa intuição, e quando conceituamos essa intuição, ela vira significativa, pois criamos juízos dessa obra, e assim podemos dizer que “Isto é belo!”. Esse juízo não esta direcionado a conceitos, nem a conhecimentos, mas a prazer e desprazer. Nesse trabalho consta apresentação do bom e belo da cidade onde resido.
Palavras-Chave: humano; belo; determinabilidade.
2. O BOM E O BELO
No século XVIII, ao refletir sobre esse tema, Immanuel Kant adotou uma nova perspectiva, apresentando a seguinte definição: belo é o que agrada universalmente, sem depender de um interesse ou de um conceito. Para esse filósofo, a beleza era um dado objetivo – presente nos próprios objetos como um atributo destes – e o gosto era faculdade humana de julgar esse dado. Segundo ele, tais julgamentos, denominados juízos de gosto, não eram lógicos, mas estéticos, ou seja, sensíveis e subjetivos. Diferentemente dos juízos de conhecimento, os de gosto não eram teóricos, nem práticos, tampouco dependiam de conceitos: eram apenas contemplativos. Isso quer dizer que nenhum modelo ou norma poderia ser utilizado para determinar previamente o que é belo e o que não é. 	
A fim de esclarecer esse ponto de vista, recorremos ao exemplo de uma escultura. Imagine que ela seja observada por uma pessoa que conte a alguém o que viu. O conceito de escultura permitirá que o interlocutor compreenda de que ele está falando, mas não lhe revelará se a obra era bela ou não, pois essa característica não faz parte do conceito – mesmo sendo feio, tal objeto não deixaria de ser o que é. Para tecer um juízo estético, ele necessitará de uma observação pessoal. No entanto, é provável mesmo não sendo capaz de argumentar a favor de sua posição, quem viu a escultura e julgou que era bela supôs que, ao vê-la, todos reconheceriam essa beleza. Segundo Kant, a causa dessa expectativa seria a presença do belo na própria obra como atributo objetivo, universalmente percebido. Por outro lado, a compreensão kantiana do belo ressalta suas diferenças em relação ao agradável, ao bom e ao sublime. A principal diferença em relação ao agradável seria o fato de buscarmos este último devido a um interesse, o que não ocorreria na busca do belo. Em relação ao bom, o fato de que este dependeria de um conceito, de um princípio que teríamos o dever de respeitar, enquanto o belo seria independente de conceitos ou normas previamente estabelecidos.
De Platão ao classicismo, os filósofos tentaram fundamentar a objetividade da arte e da beleza. Para Platão, a beleza é a única ideia que resplandece no mundo. Se, por um lado, ele reconhece o caráter sensível do belo, por outro, continua a afirmar sua essência Idea, objetiva. Segundo o pensamento platônico, somos obrigados a admitir a existência do “belo em si” independentemente das obras individuais que, na medida do possível, devem se aproximar desse ideal universal. 	O classicismo vai mais longe, pois deduz regras para o fazer artístico a partir do belo ideal, fundando a estética normativa. É o objeto que passa a ter qualidade que o tornam mais ou menos agradável, independentemente do sujeito que as percebe. 												
Nos séculos XVII e XVIII, do outro lado da polemica, os filósofos empiristas Locke e Hume relativizam a beleza, uma vez que ela não é uma qualidade das coisas, mas só o sentimento na mente de quem as contempla. Por isso, o julgamento de beleza depene tão somente da presença ou ausência de prazer em nossas mentes. Todos os julgamentos de beleza, portanto, são verdadeiros, e todos gostos são igualmente válidos. Aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutidos racionalmente, donde o ditado: “Gosto não se discute”. O belo, portanto não está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito. 	No século seguinte, Kant na tentativa de superar a dualidade objetividade-subjetividade, debruça-se sobre os julgamentos estéticos, ou de beleza, e não sobre a experiência estética. Afirma que o belo é “aquilo que agrada universalmente ainda que possa justificá-lo intelectualmente”. Para ele, o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja a causa reside no sujeito. O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito, e não o conceito do objeto. Entretanto, esse sentimento é despertado pela presença do objeto. Embora seja um sentimento, portanto, subjetivo, individual, há a possibilidade de universalização desse juízo, pois as condições subjetivas da faculdade de julgar são as mesmas em cada ser humano. 	Belo, portanto, é uma qualidade que atribuímos aos objetos para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Sendo assim, não há uma ideia de belo nem pode haver regras para produzi-lo. Há objetos belos, modelos exemplares inimitáveis. 												
Hegel, em seguida, introduz o conceito de história ao estudo do belo, e, a partir do século XIX, a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. Essa mudança que se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que de uma exigência interna do belo. 						
Hoje em dia, de uma perspectiva fenomenológica, consideramos o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que nos dão à percepção. Beleza é, também, a imanência total de um sentido ao sensível. O objeto é belo porque realiza sua finalidade, é autêntico, verdadeiramente segundo seu modo de ser, isto é, por ser um objeto singular, sensível, carrega um significado que só pode ser percebido na experiência estética. Não existe mais a ideia de um único valor estético baseado no qual julgamos todas as obras. Cada objeto singular estabelece seu próprio tipo de beleza. A questão do feio está implícita na problemática do belo. Por princípio, o feio não pode ser objeto da arte.
No entanto, podemos distinguir, de imediato, dois modos de representações do feio: a representação do assunto "feio", como na obra de Rochelle Costti, e a forma de representação feia. No primeiro caso, embora o assunto "feio" tenha sido banido do território artístico durante séculos, no século XIX ele vêm ser reabilitado. No momento em que a arte rompe com a ideia de ser cópia do real para ser considerada criação autônoma que tem a função de revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da sua proposta e sua capacidade de falar ao sentido. No segundo caso,trata-se de percebemos que o problema do belo foi deslocado do assunto para o modo de representação. Só haverá obras feias na medida em que forem malfeitas, isto é, que não correspondam plenamente a sua proposta.
Em outras palavras se houver uma obra feia, nesse último sentido, não haverá obra de arte. O conceito de gosto não deve ser encarado como uma preferência arbitrária e imperiosa da nossa subjetividade. Quando o gosto é entendido dessa forma, ele refere-se mais a si mesmo do que ao mundo dentro do qual ele se forma, a esse tipo de julgamento estético decide o que prefiro em virtude do que sou. Passo a ser a medida absoluta de tudo (aquilo de que eu gosto é bom e aquilo de que não gosto é ruim), e essa atitude só pode levar ao dogmatismo e ao preconceito. A subjetividade em relação ao objeto estético precisa estar mais interessada em conhecer, entregando-se às particularidades de cada objeto, do que em preferir. Nesse sentido, ter gosto é ter capacidade de julgamento sem preconceitos. É a própria presença da obra de arte que forma o gosto: torna-nos disponíveis, supera as particularidades da subjetividade, converte o particular em universal. A obra de arte convida a subjetividade a se constituir como olhar puro, livre abertura para o objeto, e o conteúdo particular a se pôr a serviço da compreensão em lugar de ofuscá-la fazendo prevalecer as suas inclinações. A medida que o sujeito exerce a aptidão de se abrir, desenvolve a aptidão de compreender, de penetrar no mundo aberto pela obra. Gosto é, finalidade, comunicação com a obra para além de todo saber e de toda técnica. O poder de fazer justiça ao objeto estético é a via da universalidade do julgamento do gosto. Uma vez que reunidas as duas qualidades, parecidas em contraste, mas não convergentes, podemos dizer que no belo, da natureza ou da arte, é preciso que exista como se não existisse, isto é, que a intencionalidade e a espontaneidade estejam fundidas de tal maneira que a natureza pareça arte e a arte pareça natureza.
Portanto, o belo é aquilo que é reconhecido, sem preconceito, como objeto de prazer necessário. Trata-se obviamente, não de uma necessidade lógica, mas sim subjetiva, no sentido de que trata de algo que não se impõe a todos os homens.
																	
3. MINHA CIDADE: UM LUGAR BELO
Moro numa cidade chamada São José dos Pinhais, No Paraná. De origem religiosa e geográfica, Homenageia ao santo padroeiro,  São José, e aos extensos pinheirais que cobriam o território municipal. é uma cidade média, a segunda mais populosa da mesorregião  Metropolitana de Curitiba e a população vem aumentando muito em pouco tempo. A população apurada pelos Recenseamentos do IBGE foram de 169.035 habitantes em 1996, de 204.316 habitantes no ano 2000 e de 264.210 habitantes em 2010. Para o ano de 2014 a população estimada pelo IBGE é de 292.934 habitantes, É o terceiro polo automotivo do Brasil, abrigando montadoras da Volkswagen,  Audi, Nissan e Renault. É, também, sede do Aeroporto Internacional Afonso Pena, principal terminal aéreo do estado  brasileiro do Paraná.
Em São José foi inaugurado em Setembro de 2008 o Shopping da Cidade onde conta com mais de 150 lojas e 5 salas de cinemas multiplex, da rede Cinemark. O Shopping já se tornou referência na cidade por seus eventos voltados às crianças.
3.1 Principais eventos da cidade
Carnaval de Bonecos: Acontece sempre uma semana antes do Carnaval com tradicional desfile dos bonecos da cidade, os bonecos geralmente desfilam também em Antonina na semana de Carnaval.
Festa da Cidade e Festa do Pinhão: Já participaram dos grandes roteiros de Tchê Garotos, Raimundos, Os Serranos, e outros grupos musicais de grande reputação nacional.
Festa da Colheita, da Murici, do Morango : São grandes festas que agitam a região das colônias com muita comida e tradição das colônias europeias que por lá vivem.
3.2 Principais pontos de visitação
Praça Verbo Divino : É a maior praça de São José dos Pinhais, nunca está fechada e a entrada é gratuita. A praça contém uma pista de skate, quadra de futebol de areia, parques infantis simples (balanço, gangorra e escorregador), academia ao ar livre para a 3ª idade, e locais para caminhar. Nos feriados a praça contém mais brinquedos infantis; várias barracas que vendem objetos comuns, comidas e objetos mais raros de encontrar. Às terças-feiras tem a feira da noite que vende desde frutas e verduras à comidas e lanches.
Figura 1: Praça Verbo Divino
Fonte: www.sjp.pr.gov.br
Praça Getúlio Vargas: Praça localizada na Rua XV de Novembro no centro da cidade. Até o começo de 2011, a praça abrigou o terminal urbano central. Com a mudança do local das paradas de ônibus a praça passou por um processo de revitalização, entre eles, a reforma do monumento de destaque: A antiga caixa d'água. O novo ponto de visitação recebeu melhorias como: troca de piso, arborização, novos bancos, parque infantil, iluminação especial para a caixa d'água, módulo da guarda municipal, espelho d'água e chafariz. Revitalização entregue em 2012.
Figura 2: Praça Getúlio Vargas
Fonte: www.sjp.pr.gov.br
Caminho do Vinho e Festa do Vinho: O Caminho do Vinho é uma rota rural com mais de 30 produtores de vinho em São José dos Pinhais, localizada na Colônia do Mergulhão, funciona durante o ano todo fornecendo vinhos, queijos e doces de diversos tipos, a culminância do Caminho do Vinho dá-se na Festa do Vinho, onde você é recepcionado por estudantes de turismo locais e moradores da região trajados tipicamente como italianos. A festa acontece anualmente em Agosto.
Figura 3: Portal do caminho do vinho
Fonte: www.caminhodovinho.tur.br
Casa do papai Noel: A casa do Papai Noel fica aberta no mês de dezembro, variando de ano a ano a data de início e término, todos os dias. Nela há várias lojas que vendem enfeites natalinos, parque para as crianças, pequenas praças e a casa do Papai Noel, que é onde as crianças pedem seus presentes. Está localizado longe do centro da cidade, perto da Avenida Rui Barbosa. As escolas podem levar seus alunos para visitarem o local à tarde.
Figura 4: Casa do papai Noel
Fonte: www.sjp.pr.gov.br
Parque de São José dos Pinhais: É um espaço verde, pertencente à prefeitura municipal, criado em 2011. É o primeiro parque do município, com a característica esportiva. Fica às margens do rio Iguaçu e possui diversos espaços para caminhada/corrida, prática e esportes, parquinho infantil, local para exercícios de cães e lagos para pesca. Neste parque também estão o Jardim das Sensações, o horto municipal e o Batalhão da Polícia Ambiental do Paraná.
Figura 5: Parque São José
Fonte: www.kekanto.com
				 
Para determinarmos que algo é belo, precisamos de uma coincidência entre o juízo e os sentimentos, todo olhar racional pode sentir. O julgamento do belo se dá por uma ação imediata do sentimento. Kant revolucionou o conceito de estética, e achar das pessoas pra arte, ele criticou a faculdade de pensar e foi de juízo do que é belo, para ele a estética era sentir prazer nas coisas belas. 		“O belo é um prazer universal" (KANT, Immanuel).
4. REFERÊNCIAS 
WIKIPEDIA.		 São José dos Pinhais. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sao_Jose_dos_Pinhais>. Acesso em: 28 Out. 2016.	
CAMINHO DO VINHO. Conheça a história do Caminho do Vinho, que completa 15 anos. Disponível em: <www.caminhodovinho.tur.br/historia/>. Acesso em: 28 Out. 2016.
JIMENEZ, Marc. O que é estética?. Tradução Fulvia M. L. Moretto. São Leopoldo, Rio Grande do Sul: Unisinos, 1999.
KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Tradução Valério Rohden e Antônio Marques. 2. ed. Rio De Janeiro: Forense Universitária, 1995.
														
	
	
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