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Resumo de Farmacologia


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Sedativos e Ansiolíticos 
 
Drogas ansiolíticas diminuem a ansiedade, moderam a excitação e acalmam o paciente. 
Os hipnóticos induzem e mantêm o sono. 
O primeiro grupo de substâncias a ser utilizado na prática médica para insônia foi o grupo 
dos ​barbitúricos com fenobarbital. 
Porém, efeitos colaterais com ​ação depressora do sistema nervoso central (SNC) foi um 
empecilho para sua boa aceitação em uso clínico ambulatorial de rotina. 
 
Benzodiazepínicos 
 
Esses compostos foram introduzidos devido à necessidade de ​sedativos e hipnóticos ​"não 
barbitúricos"​. Apesar de terem uso restrito, tornaram-se drogas de significante uso 
abusivo. 
 
Nome genérico Nome comercial 
Clordiazepóxido Librium 
Diazepam Valium 
Clonazepam Rivotril 
Lorazepam Lorax 
 
Os benzodiazepínicos são drogas de ​ação direta do SNC e com menos efeitos 
colaterais.​ Ação: 
 
 
1. Hipnótica; 
2. Relaxante muscular; 
 
3. Sedativa; 
4. Anticonvulsivante; 
 
5. Bloq. neuromuscular; 
6. Dilatação coronariana. 
 
Os benzodiazepínicos têm um efeito sedativo-hipnótico, dependendo da dose utilizada e 
com o aumento progressivo da dose os efeitos são: sono, inconsciência, anestesia cirúrgica, 
coma e por fim a depressão fatal da regulação respiratória e cardiovascular. 
O coma só ocorre em doses muito elevadas, e a ocorrência de depressão respiratória fatal é 
muito difícil. Ainda em doses terapêuticas os benzodiazepínicos têm a capacidade de dilatar 
os vasos coronarianos, já em doses altas pode também bloquear a transmissão 
neuromuscular. 
 
Hipotálamo ⇒ Hipófise ⇒ Reação de medo/ hormônio do estresse 
 
Mecanismo de ação: 
 
As drogas desse grupo ​promovem a ligação do ácido gama-amino-butírico (GABA)​, ​nos 
receptores (GABA) na membrana dos neurônios. Esse conjunto de receptores são chamados 
de sistema GABAergético. ​Com essa ligação, permitem um aumento de liberação de íons 
de cloro, inibindo a atividade neuronal. 
 
O complexo funciona da seguinte maneira: 
Os neurônios liberam o GABA que se liga ao receptor GABA, que conseqüentemente 
libera Cloro. Ou seja, quando as moléculas de benzodiazepínicos se ligam aos 
receptores benzodiazepínicos, ocorre o aumento da ligação entre GABA e os 
receptores GABA assim, a ligação é potencializada, prolongando tal ligação. 
Tolerância e dependência aos benzodiazepínicos 
A tolerância ocorre de modo diferente para os vários efeitos. ​A ação ansiolítica parece não 
sofrer tolerância, mas isto ocorre rapidamente para as ações sedativas e hipnóticas. Essa 
tolerância parece ser tanto funcional como metabólica. 
O desenvolvimento da dependência ocorre devido ao uso crônico de benzodiazepínicos e 
sua magnitude é dependente da dose utilizada. ​A síndrome de abstinência caracteriza-se 
por: insônia, ansiedade e alucinações. 
Benzodiazepínicos e a gravidez 
A mulher grávida deve saber que os benzodiazepínicos podem afetar o bebê. ​O uso desses 
medicamentos durante a gravidez podem fazer com que o recém-nascido apresente sinais 
de abstinência. ​Os benzodiazepínicos também podem ser passados através do leite materno, 
por isso seu uso na gravidez deve ser cuidadoso. 
 
Midazolan 
 
Características da molécula 
 
Meia-vida curta​ (1,7 a 4 horas); 
Meia-vida aumentada em algumas circunstâncias: idosos, obesos, hepatopatas, débito 
cardíaco ou fluxo sanguíneo diminuído. 
 
Reações adversas no SNC: 
 
- Alucinações; - Bradicardia; - Hipotensão. 
 
Diazepan 
 
Droga semelhante ao Midazolan; 
Meia-vida de 36 a 100 horas ​(em idosos a meia-vida é aumentada). 
 
MIDAZOLAN DIAZEPAN 
Curta duração de ação (<2 horas) Longa duração de ação (>4 horas) 
Causa amnésia Amnésia rara 
Bom hipnótico Melhor ansiolítico 
Provoca alguma depressão do SCV Depressão mínima do SCV 
Facilmente induz anestesia geral 
 
Droga reversora (antagonista específica de benzodiazepínicos) 
 
Flumazenil​ ​– ​meia-vida de 11 minutos. 
 
- ​Se ligam no mesmo local que os benzodiazepínicos​, ou seja, mesmo receptor. Sendo 
assim, essas drogas ​reversoras são drogas antagonistas através de competição​. 
Devido á meia-vida curtíssima do Flumazenil, ​é necessária a aplicação da mesma droga por 
vários períodos, até que o benzodiazepínico tenha sido completamente metabolizado pelo 
organismo. 
Efeitos dos benzodiazepínicos como sedação, hipnose, ansiólise, relaxamento muscular e 
amnésia são rapidamente revertidos com o uso do Flumazenil. 
 
 
Analgésicos e Antiinflamatórios 
 
Traumas – Calor – Microrganismos – Reações imunes 
⇓ 
Injúria 
(Célula que sobreviveu a algum estresse) 
⇓ 
Inflamação 
⇓ 
Rubor; tumor; calor; dor; perda de função. 
 
 
Reações inflamatórias 
 
FASE AGUDA FASE CRÔNICA 
Curta duração Longa duração 
Dilatação de vasos e permeabilidade vascular Presença de linfócitos e macrófagos 
Migração de ​leucócitos Proliferação de vasos e tecidos conjuntivos 
Exudação de fluidos e proteínas plasmáticas 
 
Analgésicos e antiinflamatórios 
AINES – DAINES – MAINES (antiinflamatórios não esteroidais) 
Ação ⇒ analgésica; antiinflamatória e antipirética. 
 
O ácido araquidônico, AA, ​é obtido da dieta ou é derivado do ácido linoléico dietético e​ age 
na enzima cicloxigenase transformando cox 1 e cox 2 nos seus sub-produtos: 
 
- Prostaglandinas (PGE) 
- Prostaciclinas (PGI) 
- Tromboxanos (TXA) 
 
 
 
Ações farmacológicas 
Cox 1 e cox 2 são fundamentais para o organismo. 
 
Cox 1 
Enzima constitutiva: as prostaglandinas derivadas da cox 1 estimulam a ​produção da 
mucosa gástrica​. ​Quando inibidas não ocorre formação de muco, aumentando assim, o 
nível de ácido clorídrico, o que leva á problemas gástricos. 
A prostaglandina é necessária para o fígado e rim devido á sua ​ação vaso dilatadora​. E ​as 
plaquetas precisam do ​tromboxano para fazer agregação plaquetária​. 
 
Cox 2 
Enzima indutível: se expressa principalmente em condições inflamatórias. Mas é 
extrmamente ​necessária para o rim e para o sistema cardíaco vascular. 
No sistema cardiovascular a Cox 2 localizada no endotélio confere ​vasoproteção e ação 
antiaterogênica graças a seu maior produto, a ​prostaciclina​, que é um potente vasodilatador 
e ​inibidor da agregação plaquetária (contra a formação das placas de gorduras nas 
artérias). 
 
Mecanismo de ação: INIBIÇÃO DA ENZIMA COX POR AINES 
 
Ação antiinflamatória 
Inibição da enzima cox ⇒ redução da vasodilatação, edema e hiperalgesia inflamatória. 
 
- Não agem no acúmulo celular do foco inflamatório; 
 
Ação analgésica 
PGE e PGIs ⇒ provocam dor!​ (Por isso durante um processo inflamatório a PGE e PGI são 
inibidas). 
 
Controle da febre (antipirético)​: 
Infecção 
⇓ 
Macrófagos 
⇓ 
⇒ IL 1; IL 6; IL 8; TNF; INF-α 
⇓ 
 Endotélio ⇒ 
⇓ 
PGEs 
⇓ 
Hipotálamo 
 
 
A febre é um mecanismo de proteção do organismo contra agentes invasores. 
 
Efeitos no rim: 
A cox promove o funcionamento do rim, agindo no processo de absorção de água e sódio 
por ser vasodilatador. ​Sua inibição causa: 
- Insuficiência renal aguda (IRA); 
- Aumento da excreção de sódio; 
- Alteração da manutenção da dinâmica sanguínea renal; 
- Nefrite e necrose renal. 
 
Esse efeito ocorre devido á vasoconstricção, além dos ​tromboxanos serem ​potentes 
agregantes plaquetários,​ já que a enzima cox está inibida pela ação dos fármacos​. 
 
Ação trombolítica (inibição dos tromboxanos) 
Ação antiagregante plaquetária (prevenção e tratamentode infartos do miocárdio, acidentes 
cerebrais e trombose). 
 
Diclofenaco de sódio (Cataflan – Diclofenaco de potássio) e Salicilatos (AAS) 
Antiinflamatórios não-esteroidais ​NÃO SELETIVOS. 
Promovem a ​inibição irreversível​ das enzimas cox. 
O uso de AAS não é indicado em quadro de úlceras peptídicas, pois podem 
potencializar o mesmo. 
 
Efeitos adversos 
 
- Gastrite; 
- Erosão gástrica; 
- Sangramentos focais; 
- Zumbido; 
- Tonturas; 
- Problemas auditivos; 
- Náuseas; 
- Vômitos; 
- Erupções cutâneas; 
- Piora a asma; 
- Síndrome de Raye; 
- Distúrbios hemeostáticos. 
 
Pirazolônicos ​(Dipirona) 
- Não tem ação antiinflamatória (somente analgésica); 
- Age possivelmente na cox 3. 
 
Paracetamol ​(Tylenol – produz um sub-produto tóxico para o fígado [hepatotóxico], 
enquanto o fígado produz fatores da coagulação, ocasionando em hemorragia). 
- Inibição reversível e rápida da cox; 
- Meia vida de 2 a 4 horas; 
- Analgésico e antipirético 
- Antiinflamatório fraco; 
 
Ácido propiônico ​(Ibuprofeno e Naproxeno) 
- Hemorragia gástrica extremamente reduzida, assim como outros efeitos gástricos. 
 
Oxicam​ (Piroxicam e Meloxicam) 
- Provoca inibição reversível da cox; 
- Inibe mais a cox 2 do que a cox 1 ​(inibição seletiva); 
- Meia vida de eliminação lenta. 
 
Nimesulina 
 
Observação: os antiinflamatórios não–esteroidais seletivos provocam a inibição da cox 2! 
 
 
Analgésicos opióides 
 
São utilizados quando existe muita dor (ex. câncer) ou em caso de alergia a muitos 
medicamentos. 
São ​derivados da morfina​, que vem da Papoula. 
 
Os opióides interferem na condução da dor ⇒ SNC 
 
Classificação 
 
Naturais (origem animal): 
- Endorfina; 
- Dinorfina; 
- Encefalina. 
Naturais (origem vegetal): 
- Morfina; 
- Papaverina; 
- Codeína. 
Substâncias semi-sintéticas: 
- Heroína; 
- Etorfina. 
Substâncias sintéticas: 
- Meperidina; 
- Nalorfina. 
 
 
 
Agonistas puros: morfina; heroína; codeína; meperidina. 
Agonistas parciais: nalorfina; buprenorfina. 
Antagonista: NALOXONA. 
 
Absorção 
Bem absorvido pelas mucosas e pela via parenteral. 
A biodisponibilidade por via oral é baixa. 
 
Distribuição 
Os opióides se ligam às albuminas​ (proteínas) com graus variáveis de afinidade. 
 
CEREBRO​: heroína tem boa distribuição. Morfina não. 
 
Metabolismo 
- Primeira passagem; 
- Conjugação pelo ácido glicurônico; 
- Eliminação renal e hidrólise por esterases teciduais – Durante sua eliminação, 
além de ser eliminado pelo rim, também sofre hidrólise (quebra da molécula). 
 
Mecanismo de ação 
Analgesia: ligação com receptores específicos. 
 
- Altera a percepção da dor: 
Hiperpolariza as fibras nervosas responsáveis pela condução da dor impedindo a 
transmissão da mesma. Esse processo ocorre através da abertura dos canais de potássio e 
inibição dos canais de cálcio na membrana, diminuindo assim, a atividade neuronal. 
 
 
Efeitos farmacológicos 
 
- Analgesia; 
- Euforia; 
- Náuseas e Vômitos; 
- Sedação. 
 
Efeitos periféricos 
- Vasodilatação (leve); 
- Constipação (diminui a motilidade e tônus do intestino); 
- Contração de esfíncter; 
- Contração do trato geniturinário; 
- Relaxamento do útero. 
 
Efeitos adversos 
 
- Náuseas e vômitos; 
- Sonolência; 
- Disforia; 
- Insônia; 
- Reações alérgicas; 
- Choque anafilático. 
 
Tolerância 
O organismo se adapta com a dose. 
 
Overdose (toxicidade aguda) 
- Miose (pupilas puntiformes); 
- Depressão respiratória; 
- Coma. 
 
Naloxona 
⇒ Assume o local do receptor da droga opióide. A droga continua em circulação, mas 
o receptor está “ocupado” com a Naloxona. 
 
Síndrome de abstinência 
Ocorre depois da eliminação da droga. 
O tratamento é ​Metadona ou Buprenorfina – drogas substituídas em doses menores 
(doses decrescentes). 
 
Contra-indicações 
- Grávidas; 
- Pacientes com distúrbio da função pulmonar ou hepática. 
 
Corticóides 
 
Os glicocorticóides são usados como: 
 
- Antipirético; 
- Antiinflamatório; 
 
- Analgésico; 
- Antialérgico; 
 
- Imunossupressor; 
- Antiedematoso. 
Não são drogas de cura, ​trata apenas os sintomas. 
O cortisol é uma substância imunossupressora produzida pelas supra-renais, assim como a 
aldosterona. ​Ele é indispensável para a manutenção da vida. 
O aumento de cortisol está diretamente relacionado com o aumento do estresse. 
 
Hipotálamo 
 ⇓ ⇒ ​CRF: Fator liberador de corticotrofina 
Hipófise 
 ⇓ ⇒ ​ACTH 
Córtex da adrenal 
⇓ 
Cortisol 
 
Doença de Adison (destruição das supra-renais) provoca a ​diminuição da produção de 
cortisol. 
Cushing – Contrário da doença de Adison (​aumento do cortisol, devido á hipersecreção de 
ACTH). 
 
- O cortisol é inibido quando sua quantidade está elevada e assim, provoca um 
feedback negativo; 
- Usuários de corticóides são chamados de HHA suprimidos; 
- O cortisol pode ser usado como doping, pois têm a capacidade de quebrar 
proteínas e lipídios para produzir energia para o organismo. 
- O horário fisiológico para administração dessa classe de drogas é pela manhã, 
devido ao seu ciclo circadiano: 
● ACTH – secreção maior a partir das 23 horas; 
● Os níveis de cortisol são mais elevados pela manhã. 
Os corticóides​ dividem-se em: 
▪ GLICOCORTICÓIDES (cortisol ou hidrocortisona); 
▪ MINERALCORTICÓIDES (aldosterona); 
▪ ESTERÓIDES (andrógenos e estrógenos). 
 
Os corticóides (cortisol, aldosterona e estradiol) ​são derivados do colesterol (LDL), que são 
obtidos a partir da alimentação e são fabricados pelo fígado. 
 
Regulação da síntese de aldosterona 
Principal estímulo: hipovolemia. 
A produção de renina transforma o angiotensinogênio em angiotensina I. A enzima de 
conversão transforma angiotensina I em angiotensina II. Esta última estimula a secreção de 
aldosterona pela supra-renal. 
 
Drogas sintéticas 
As alterações feitas para produção das drogas sintéticas são para ​melhorar a ligação com os 
receptores e aumentar a absorção, meia-vida e solubilidade. 
 
Mecanismo de ação 
Os corticóides se ligam a receptores situados no citoplasma de praticamente todas as 
células. Existem 3 vias de ação: 
 
• Efeito direto no genoma: 
O complexo corticóide-receptor desloca-se para o interior do núcleo celular, onde ​se liga ao 
DNA e promove a transcrição de certos segmentos de DNA. Assim, haverá a ​formação 
de RNAm, responsáveis pela síntese de enzimas e proteínas específicas que alterarão a 
função daquela célula. 
 
• Efeito indireto no genoma​: 
Há interação com outros fatores de transcrição. Essa ação ocorre em níveis séricos de 
cortisol mais baixos do que os necessários para transcrição por ligação direta com o DNA. 
 
• Efeito não ligado ao genoma​ (físico-químicos): 
Ações mediadas por receptores de membrana e alguns receptores citoplasmático/ nucleares. 
Essa via de ​ação do corticóide parece influenciar diversas funções celulares​, incluindo 
apoptose, função imune e rápida inibição da secreção do ACTH. 
 
Inibição de mediadores da inflamação 
Ligação das glicocorticóides aos fatores de transcrição (que sintetizam citocinas) resulta na 
queda de citocinas e diminuição da inflamação. 
- Produção de proteínas que provocam a resposta farmacológica. Exemplo: Lipocortina 
(antiinflamatório) e a Vasocortina. 
 
Meia-vida ​biológica 
Redução de 50% da droga (do nível inicial) no TECIDO e NÃO no plasma. 
 
FármacosCortisol (HC); cortisona; prednisona... 
 
Efeitos do tratamento prolongado 
 
- Hipertensão; 
- Alteração hematopoiética; 
- Hipocalcemia (potássio); 
- Supressão do eixo HHA. 
 
A supressão do eixo HHA é caracterizada pelos ​efeitos de contra-regulação negativa dos 
glicocorticóides sobre o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), em que a redução do 
glicocorticóide circulante resulta num aumento compensatório do ACTH hipofisário e 
plasmático. 
 
A crise adrenal aguda pode ser decorrente da suspensão abrupta da terapia com 
glicocorticóides, devendo ser evitado e promover o planejamento para suspensão de terapia 
com corticosteróides, ou seja, s​ubstituir a droga utilizada por GC de ação intermediária; 
concentrar a posologia em dose única matinal; reduzir doses; passar GC para dias 
alternados. 
 
Biotransformação e eliminação 
O hepatócito reduz a dupla ligação e os grupos cetônicos importantes, inativando-os. Em 
parte são conjugados com ácido glicurônico. Tornam-se mais hidrossolúveis e são 
eliminados pelos rins.