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Resumo de Farmacologia

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Bases Farmacológicas
Farmacologia
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a farmacologia tem objetivos de:
atuar na descoberta de novos fármacos (MEDICAMENTOS).
auxiliar os profissionais da área da saúde e a população em geral para o uso seguro, eficaz e racional de medicamentos
Finalidades da Farmaco
Preventiva: ex: vacina contra Hepatite B; 
Curativa: tem a finalidade a cura. 
Ex: Antimicrobiano; 
Paliativa: tem a finalidade a redução de sintomas em doença já está instalada.
 Ex: Analgésicos, atihipertensivos, etc; 
Diagnóstica: com finalidade de estudar órgãos patologias. 
Ex: contrates. 
Droga/ Fármaco: toda substância química que possa produzir efeito somático ou funcional;
Medicamento: é a droga ou a preparação da mesma, com ação benéfica, desde que seja utilizada conforme suas indicações;
Tóxico/ veneno: droga ou fármaco, que possa produzir efeito maléfico;
Remédio: expressão utilizada de forma ampla que, com objetivo de tratar o doente. 
Medicamento de Referência: Medicamento de eficácia, segurança e qualidade comprovados cientificamente, por ocasião do registro junto ao Ministério da Saúde, através da ANVISA. Geralmente, se encontram há bastante tempo no mercado e tem uma marca comercial conhecida.
Medicamento Similar x Referência
Contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica. 
Administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica e segurança que o medicamento de referência. 
Obs: Sem testes de bioequivalência entre este e seu medicamento de referência. 
Medicamento Genérico x Referência
Contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica. 
Administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica e segurança que o medicamento de referência. 
MS (ANVISA) deve realizar os testes entre o genérico e seu medicamento de referência para comprovar BIOEQUIVALÊNCIA.
Medicamento Genérico – Identificação : Embalagem –genéricos contêm em sua embalagem logo abaixo do nome do princípio ativo, a frase “Medicamento Genérico – Lei 9.787/99” e uma letra “G” azul impressa sobre uma tarja amarela. 
Obrigatoriedade de receitar Genérico: A prescrição (receita) de genéricos é obrigatória apenas no serviço público (SUS), mas pode ser solicitada ao médico. Se na farmácia não tiver o genérico prescrito, pode-se procurar outro estabelecimento que possua o medicamento genérico prescrito. 
Porque o Genérico é mais barato? Porque os fabricantes não precisam fazer investimentos em pesquisas, visto que as fórmulas já estão definidas pelo fabricante do medicamento de referência. E porque os fabricantes não precisam fazer “propaganda” pois não há marca para ser divulgada. 
FORMA FARMACÊUTICA
É o conjunto das principais características químicas e físicas do medicamento (aparência e liberação de princípio ativo).
No desenvolvimento de novas formulações deve sempre prevalecer o critério da premissa hipocrática “ Primo non nocere” (primeiro não causar mal). 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
É o caminho pelo qual um medicamento é levado ao organismo para exercer seu efeito.
Escolha – depende de propriedades físico-químicas do medicamento e da finalidade terapêutica.
A Forma Farmacêutica e a Via de Administração devem ser levadas em conta objetivando o máximo de atividade farmacológica.
FASES DOS PROCESSOS PARA AÇÃO DO FÁRMACO 
1ª) Farmacêutica – liberação do composto de sua forma farmacêutica para ser absorvido. 
2ª) Farmacocinética – absorção, distribuição e eliminação do fármaco. “O que o corpo faz ao fármaco”.
3ª) Farmacodinâmica – ação do fármaco e resposta do organismo. “O que o fármaco faz ao corpo”. 
TUBO DIGESTIVO:
Sublingual – (mucosa oral)
Absorção rápida de substâncias lipossolúveis.
Redução parcial da biotransformação hepática. 
Prejudicada por substâncias irritantes ou de sabor desagradáveis.
Oral – (mucosa do TGI) 
VANTAGENS:
 Segurança, comodidade e economia. 
 Esquema terapêutico fácil de ser seguido. 
Grande superfície de absorção.
DESVANTAGENS:
 Irritação de mucosas (náuseas, vômitos e diarréia). 
 Absorção varia com (plenitude gástrica, enzimas digestivas, tipo de formulações e pH).
 Necessita de cooperação do paciente. 
FORMAS : 
Sólida
a) Comprimido – aglomerado de pó obtido por compressão.
b) Drágea – comprimido revestido por camada colorida (sabor agradável e boa aparência) objetivando alterar a dissolução e/ ou mascarar propriedades desagradáveis. 
c) Cápsula – o pó é colocado em envoltório gelatinoso composto de duas metades. (sofre rápida dissolução em meio ácido e portanto absorção mais rápida que drágeas e comprimidos.
Retal 
VANTAGENS:
 Inconscientes, com náuseas, vômitos e lactentes 
 Atinge diretamente a circulação sistêmica (sem passagem pelo fígado).
DESVANTAGENS: 
 Absorção irregular e incompleta.
 Ação irritante à mucosa.
VIA INTRAMUSCULAR:
Concentração sérica e duração do efeito depende da dissolução do fármaco no local de aplicação. 
VANTAGENS: Administração rápida e utilização em pacientes inconscientes.
DESVANTAGENS: Dor; lesões pelo pH, por irritantes, inflamação e infecção. 
VIA INTRAVENOSA:
 VANTAGENS:
 Efeito imediato. 
 Uso de substâncias irritantes diluídas. 
 Infusão de grandes volumes. 
 Maior controle de doses p/ prevenção de toxicidade. 
 DESVANTAGENS:
 Superdosagem relativa.
 Embolia, flebite, infecções. 
 Imprópria para solventes oleosos e insolúveis. 
VIA SUBCUTÂNEA:
 VANTAGENS: 
 Absorção constante de soluções. 
 Absorção lenta para suspensões e “pellets” (pequenas partículas sólidas). 
 DESVANTAGENS:
 Absorção menor que intramuscular. 
 Facilidade de sensibilização.
 Dor e necrose por irritantes.
VIA INTRADERMICA: entre a derme e a epiderme
 Úteis para pequenos volumes e processos que envolvem reações imunológicas (sensibilização e aplicação de vacinas).
INFILTRAÇÕES: Utilizada para injetar anestésicos locais.
VIA INTRA-ARTERIAL:
 Usada para atingir determinado órgão com contrastes radiológicos, agentes antineoplásicos, vasodilatadores, e embolização de tumores.
VIA INTRA-CARDÍACA:
 Indicação extremamente rara.
VIA INTRA-PERITONEAL:
 Cavidade rica em vascularização (permite rápida absorção de fármacos).
 Usada em pesquisas laboratoriais, diálise e infusão de gases (cirurgias). 
VIA INTRA-TECAL (subaracnóidea = raqui):
 Direta no SNC ultrapassando a BHE
 Indicado em meningites, quimioterapia antineoplásica (leucemias) e raquianestesia.
VIA PERIDURAL: (entre dura-mater e ligamento amarelo)
 Anestesia e analgesia (simples ou contínua).
VIA PELE E MUCOSAS:
AÇÃO TÓPICA ( local ):
Pomadas – misturas de substâncias graxas ou untuosas. Quando contém resina, constituem ungüentos.
Cremes (emulsões) – são misturas estáveis de substâncias graxas ou oleosas com água (usadas como umectantes e emolientes).
VIA NASAL:
 Anti-sépticos, vasoconstritores e anestésicos locais.
 Pode ser utilizada para obter efeito sistêmico. (Desmopresssina – HAD, Ocitocina – estimula a lactação, Midazolam – pré-anestésico em pediatria)
VIA CONJUNTIVAL: 
 Colírios, pomadas ou cremes.
VIA VAGINAL:
 Obtenção de efeitos locais.
 Anti-sépticos, antimicrobianos e antiinflamatórios.
 Cremes, óvulos e soluções.
VIA TRANSDÉRMICA:
 Através da pele intacta.
 Hormônios, vasodilatadores, anestésicos e analgésicos.
AÇÃO SISTÊMICA VIA MUCOSA:
Inalação: 
 Gases e substâncias voláteis (O2, N2O, anestésicos voláteis e aerossóis broncodilatadores).
Implantes - “pellets”: 
 geralmente subcutâneo (hormônios e AMB e em ossos nos casos de osteomielíte crônica). 
O FUTURO: NANOTECNOLOGIA (Tecnologia de manufatura endógena )
Ramo da ciência molecular que visa obtenção da tecnologia de manufatura endógena (separação, manipulação e modificação da molécula no local de ação desejado) obtendo “100% de eficácia e 0% de toxicidade”. 
FARMACODINÂMICA
AÇÃO do FÁRMACO e RESPOSTA do ORGANISMO ou seja, relação DOSE/ EFEITO
“O que o fármaco faz ao corpo”
CURVADOSE-RESPOSTA
 Dose Eficaz – estimativas de frequência, que estabelece a dose que produz resposta desejada na população 
DE50: dose eficaz 50% – eficaz p/ 50% dos animais
 Dose Letal – estimativas de frequência, que estabelece percentual de animais exterminados
DL50: dose letal 50% – letal para 50% dos animais
ÍNDICE DE PROTEÇÃO/ ÍNDICE TERAPÊUTICO
 É a relação entre a dose letal 50% (DL50) e a dose eficaz 50% (DE50)
	Índice terapêutico: dose letal 50% ((DL50) / dose eficaz 50% (DE50)
BENEFÍCIO E RISCO: “NÚMERO NECESSÁRIO A TRATAR E A CAUSAR EFEITOS ADVERSOS” 
 N° de pacientes que precisam ser tratados para que um deles mostre efeito desejado ou ndesejado (NNT)
 Efeitos benéficos: Ex: antidepressivos X dor
	 NNT = 3 para efeitos benéficos
	 NNH = 3 para efeitos indesejáveis mínimos
	 NNH = 20 para efeitos adversos significativos
Para 100 pacientes tratados, 33 terão benefícios, 33 terão efeitos adversos mínimos e 5 terão efeitos significativos
LIGAÇÕES DROGA-RECEPTOR:
 Agonistas – “ativam” o receptor ao ocupá-lo. Sua potencia depende da:
 Afinidade pelo receptor
 Capacidade de uma vez ligado, produzir efeitos 
 Antagonistas – ligam-se aos receptores sem produzir resposta.
TAQUIFILAXIA:
 Diminuição gradativa do efeito de uma droga quando administrada de modo contínuo ou repetida, após poucos minutos da utilização. 
TOLERÂNCIA:
 Diminuição mais lenta do efeito de uma droga quando administrada de modo contínuo ou repetida, após dias ou semanas
MECANISMOS DE TAQUIFILAXIA E TOLERÂNCIA:
 Alteração na conformação do receptor. 
 Perda dos receptores – por captação celular.
 Exaustão de mediadores – depleção de substâncias intermediárias essenciais. Ex: anfetamina liberação de noradrenalina nas terminações nervosas causando esgotamento das reservas. 
 Aumento da degradação metabólica – Ex: etanol e barbitúricos 
 Adaptação fisiológica – ativação gradual de sistemas fisiológicos. Ex: 
Efeitos colaterais – náuseas no início do uso da droga tendem a diminuir com administração contínua
FARMACOGENÉTICA / FARMACOGENÔMICA: 
 Farmacogenética: estuda a influência genética na resposta aos fármacos.
 Farmacogenômica: estuda o genoma humano na busca de genes relevantes para a susceptibilidade a doenças e ação de fármacos
FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO/ ELIMINAÇÃO do FÁRMACO e a relação DOSE/ CONCENTRAÇÃO
“O que o corpo faz ao fármaco” 
ABSORÇÃO
Transferência do fármaco desde o local administrado até a corrente sanguínea (alvo)
A velocidade e a eficiência dependem da via de administração
Ex: IV – biodisponibilidade total; outras vias – pode haver biodisponibilidade parcial
ABSORÇÃO – EFEITO DE FATORES FÍSICOS
Fluxo sanguíneo no local de absorção:
Intestino é maior que para o estômago
Área de superfície disponível para absorção:
 transito do TGI (diarreia) – fármaco se move rápido
 transito do TGI (estresse – ativação simpática, enxaqueca) – fármaco se moverá lentamente
Alimentos – dilui o fármaco e retarda absorção 
PROTEINAS PLASMÁTICAS
ALBUMINA 
mais importante (alguns fármacos se ligam 99%)
 no final da gravidez ( forma livre de diversos fármacos (diazepam, propranolol, lidocaína, etc) 
 GLOBULINA
se liga a certos fármacos
aumentada em doenças 
SÍTIO DE LIGAÇÃO:
Muitos fármacos se ligam ao mesmo sítio na proteína concorrendo entre si a forma livre. 
Ex: Aspirina desloca o diazepam (potencializa seus efeitos) 
PARTIÇÃO – TECIDO ADIPOSO CORPORAL
 Constitui um grande compartimento apolar
 “Facilitaria” o acúmulo de substâncias lipossolúveis 
– Fluxo sanguíneo: de apenas 2% do débito cardíaco
– Equilíbrio lento: (apenas substâncias altamente lipossolúveis como os anestésicos gerais e tiopental tem importância quando administrados agudamente ) 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS NO CORPO 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO (Vd)
 Relação entre a concentração da droga no plasma e a quantidade total no organismo
Ex: Heparina – alto PM a restringe ao LIV, ou seja a 4% do líquido corporal e assim seu Vd será 0,04 L.Kg-1
	Gentamicina – lipossolubilidade, não penetra nas células, se distribui no LEC (20% do LC) – Vd = 0,2 L.Kg-1 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS NO CORPO
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
Etanol – se distribui por todo LC, com Vd de 0,6 L.Kg-1 
Obs: distribuição por vários tecidos (fígado, pulmões, olhos, adiposo, transcelular, etc) pode aumentar o Vd. de um fármaco acima do LCT. Ex: Amiodarona possui Vd de 60 L.Kg-1 
ACÚMULO SELETIVO DE DROGAS 
Rins (metalotioneina) – proteína com alta afinidade por metais, responsável pelo acúmulo renal de mercúrio, cádmio e chumbo 
Olhos (retina) – fenotiazinas (clorpromazina) e cloroquina se acumulam e pode causar toxicidade
ACÚMULO SELETIVO DE DROGAS 
Gordura – drogas com alta lipossolubilidade tendem a se acumular, reduzindo a atividade terapêutica. 
Ex: DDT – inanição pode levar a mobilização e intoxicação
ACÚMULO SELETIVO DE DROGAS 
Ossos: acumula substâncias por adsorção à superfície
Tetraciclinas – desbotamento amarelo-acastanhado durante a odontogenese. 
 Chumbo – substitui o Ca+ e leva a fragilidade óssea
BARREIRAS FISIOLÓGICAS À DROGAS
BP (Barreira Placentária)
PM < 600d atravessam – (warfarin – anticoagulante)
Alcoolismo materno – retardo no crescimento e malformações (articular e cardiovascular) 
Tabagismo – resulta em HbCO que resulta em baixo peso, abortamento espontâneo e parto prematuro 
REMOÇÃO DE FÁRMACOS DO CORPO
VIAS:
 Rins – a grande maioria dos fármacos
 Fígado – sistema Hepato-biliar 
 Pulmões
 Leite
 Suor
METABOLISMO:
Ocorre principalmente no fígado a metabólitos mais polares que o original (não reabsorvidos nos túbulos renais)
Existem dois tipos de reações químicas: reações de fase I e de fase II 
METABOLISMO: FÍGADO
Enzimas Intracelulares – “Microssômicas” (CYP3A4)
Moléculas apolares – passam facilmente a membrana celular do hepatócito e as polares são eliminadas inalteradas na urina 
INDUÇÃO ENZIMÁTICA 
 reversível da síntese de enzimas microssômicas (Ex: álcool, Fenobarbital, corticóide, cigarro, etc). 
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA 
 da síntese de enzimas microssômicas (Ex: cimetidina, cetoconazol, etc). 
METABOLISMO: 
METABOLISMO DE 1ª PASSAGEM
 Circulação porta fígado circulação sistêmica
Obs: necessita dose maior VO que por outras vias. Ex: morfina, salbutamol, propranolol, verapamil, etc. 
METABOLISMO: PRÓ-FÁRMACOS
Fármaco inativo Metabolismo surge atividade farmacologica 
 enalapril metabolismo enalaprilat (inibidor da ECA)
CINÉTICA DE 1ª ORDEM
 Dificilmente haverá saturação e, aumentando a dose, aumentará a taxa de eliminação. Ocorre com a maioria dos fármacos
CINÉTICA DE SATURAÇÃO (ORDEM ZERO)
 Ocorre saturação do sistema de metabolismo e a duração de ação depende da dose. Ex: fenitoína 
CINÉTICA DE SATURAÇÃO (ETANOL): 120 mg.kg.h-1.
✔ Ex: Indivíduo de 70 Kg = 8.400mg/h ou 8,4g.h-1.
		30 ml de Whisky (45% de álcool) – 13,5g
		120 ml de Vinho (12% de álcool) – 14,4 g
		360 ml de Cerveja (4% de álcool) – 14,4g
✔ Obs: Sem considerar; indução enzimática*, doenças* e farmacogenética*, 1 dose será eliminada em aproximadamente 3 horas, 2 doses em 6 horas e 3 doses em 9 horas e, 4 doses em 12 horas. 
FÁRMACOS USADOS NOS DISTÚRBIOS AFETIVOS “ANTIDEPRESSIVOS”
Distúrbios afetivos:
5% da população americana adulta apresenta em algum momento da vida, um transtorno do humor
Transtornos mais freqüentes
Depressão Maior (Distúrbio Unipolar);
Doença Maníaco-Depressiva (Distúrbio Bipolar).
Depressão Maior (Distúrbio Unipolar):
Em geral apresenta humor deprimido;
Redução no interesse pelas atividades normais;
Anorexia e perda de peso;
Insônia, fadiga e incapacidade de concentração.
Doença Maniaco-Depressiva (Distúrbio Bipolar): 
Oscilação entre depressão e mania;
Humor expansivo (inapropriado para circunstância);
Grandiosidade, auto-estimaexagerada, fala rápida, fuga de idéias, sono parcimonioso (3 h por noite).
Diagnóstico diferencial:
Hipotireoidismo;
Doença de Parkinson;
Medicamentos Anti-hipertensivos (reserpina).
Teoria da Monoamina: 
Depressão – déficit funcional dos transmissores da monoamina em certos locais no cérebro;
Mania – excesso funcional desses transmissores.
Inibidores da MAO (IMAO): Década de 50
IMAO A: tranilcipromina, parnate®; Moclobemida, aurorix®; Fenelzina, nardil®; Isocarboxazida, marplan®
Ação intracelular com atividade antidepressiva e menos efeitos colaterais que IMAO B – preferência maior Serotonina > Noradrenalina > Dopamina). 
Propriedades:
Normais – euforia, agitação, agressão e hostilidade;
Deprimidos – aumentam a atividade.
Inibidores da MAO (IMAO):
Ação:
Início lento e efeitos prolongados (inibição irreversível - tempo aproximado de 15 dias para haver reversão) 
Efeitos colaterais:
Insônia – não administrar a noite;
Hipotensão Ortostática – postural;
Antimuscarínico – impotência sexual e boca seca;
Conversão – da Depressão em Mania. 
Inibidores da MAO (IMAO):
Superdosagem:
Hiperpirexia, hipertensão, hiperreflexia, agitação, movimentos involuntários, alucinação e coma
Indicações:
Depressão atípica - fadiga, excesso de sono, ansiedade fóbica, queixas somáticas e não resposta a tricíclicos.
Antidepressivos Tricíclicos: Década 50/60
Mecanismo de Ação:
Inibição da recaptação neural de NE (norepinefrina) e de 5-HT (serotonina)
Efeitos:
Não elevam o humor nem o nível de vigília em indivíduos normais;
Em deprimidos aumentam o humor e a atividade paulatinamente. 
Antidepressivos Tricíclicos:
Efeitos Anticolinérgicos:
Visão embaçada, boca seca, retenção urinária, glaucoma agudo, etc.
Efeitos Anti-histamínicos:
Sedação e fadiga.
Absorção
Completa pelo TGI, sofre metabolismo de primeira passagem, T 1/2 de 10 a 20 h. 
Antidepressivos Tricíclicos:
Interação Medicamentosa:
IMAO – aminas biogênicas.
Aminas simpatomiméticas – crise hipertensiva e arritmias cardíacas.
Epilépticos – o limiar convulsivo.
Hipoglicemiantes orais – os efeitos (regulação decrescente sobre os e 2 adrenoreceptores). 
Antidepressivos Tricíclicos:
Escolha do Triciclico:
Agitados e Ansiosos – (amitriptilina, tryptanol®) possui propriedades sedativas;
Introvertidos – (imipramina, tofranil®); 
Fobia / Obsessão – (clomipramina, anafranil®); 
Dor neurológica – (amitriptilina, tryptanol®); 
Enurese noturna – (amitriptilina, tryptanol®). 
Inibidores da captação de 5-HT: Década de 80 
Fluoxetina, prozac®,daforin®; Sertralina, zoloft®; Paroxetina, pondera®, aropax®; Citalopran, celexa®; 
Ação semelhante aos TCA;
Efeito inicia em 2 semanas;
Sem efeitos colaterais cardiovasculares e colinérgicos, além de baixa toxicidade aguda e com alimentos.
Inibidores da captação de 5-HT:
Efeitos colaterais
Náuseas e vômitos;
Aumento da agressividade (suicídio);
Associação com IMAO (síndrome da serotonina - hipotermia, tremores e colapso cardiovascular).
Indicações
Depressão, ansiedade, distúrbio do pânico.
Inibidores da captação de 5-HT e de Nor: Déc 90 
Venlafaxina, effexor®; Duloxetina, cymbalta®; Desvenlafaxina, pristiq®, Mirtazapina, Remeron® 
Ação sobre 5-Ht e Nor;
Regulam o humor e funções congnitivas;
Efeitos colaterais: náuseas, sonolência, tontura, obstipação, hipertensão arterial, disfunção sexual.
Inibidores da captação de Dopamina e de Nor: 90 
Bupropiona, zyban®. 
Ação sobre Dopa e Nor, sem ação sobre serotonina;
Melhoram o prazer, impulsividade, apetite, libido e auxilia a interrupção do tabagismo;
Efeitos colaterais: náuseas, insônia, tontura, tremores, perda de peso, cefaléia, xerostomia..
Agonistas da melatonina: 
Agomelatina, valdoxan®. 
Ação sobre melatonina;
Regulam o sono e promove liberação de Nor e Dopa, estabilizando o humor e funções cognitivas;
Efeitos colaterais: náuseas, tontura e cefaléia..
Antidepressivos Atípicos: década de 60
Maprotilina, ludiomil®; Mianserina, tolvon®; Trazodona, donaren®. 
Mecanismo de ação obscuro;
Resposta terapêutica semelhante ao TCA;
Menos efeitos colaterais. 
Carbonato de Lítio: carbolim®, carbolitium® 
Não produz efeitos depressivos ou euforizantes em indivíduos normais; 
Estabiliza o humor sem produzir sonolência ou incoordenação;
Início do efeito em duas a três semanas;
Uso profilático na oscilação do humor (enfermidade bipolar). 
Carbonato de Lítio: carbolim®, carbolitium®
Agudo – reduz a mania e é ineficaz na depressão; 
Janela terapêutica estreita – 0,5 a 1,5 mmol.l-1 ( > 3 mmol.l-1 confusão mental e deterioração motora).
Efeitos tóxicos
Náuseas, vômitos, sede, diarréia, poliúria, tremores, fraqueza, confusão mental, teratogênese, lesão tubular renal, inibição de TSH (hipotireoidismo com da glândula – bócio). 
TEC – Terapia Eletroconvulsiva: 
Eletrodos colocados em ambos os lados do crânio; 
Paciente anestesiado e curarizado (bloqueio da JNM);
Eficácia semelhante aos antidepressivos (mais eficaz na depressão suicida grave);
Confusão e perda da memória (dias ou semanas).
Obs: 30% dos pacientes não melhoram com qualquer opção terapêutica
FÁRMACOS NEUROLÉPTICOS
 Antiesquizofrênicos 
 Antipsicóticos 
 Tranquilizantes maiores
Primariamente utilizados no tratamento da esquizofrenia, mas também eficazes em outros estados psicóticos, como a mania e delírio. 
Esquizofrenia – características:
Sintomas positivos
 Ilusões, alucinações (na forma de vozes);
 Distúrbios ideativos (tira conclusões irracionais com sensação de que os pensamentos são introduzidos por intervenção externa “DIVINA”)
Sintomas negativos
 Afastamento de contatos sociais;
 Nivelamento de respostas emocionais
 Tipo de psicose, ou seja, uma doença cerebral causada por alguma disfunção cerebral intrínseca;
 Ocorre em cerca de 1% da população, em geral tem início na adolescência, é crônica e incapacitante;
 Apresenta componente genético que reflete alguma provável anormalidade bioquímica fundamental, com aumento de receptores de dopamina no sistema límbico.
Teorias:
Da dopamina 
Substâncias que liberam dopamina no cérebro, pode produzir no homem síndrome indiferenciável à dos sintomas positivos da esquizofrenia
 Anfetamina – estimula a liberação de dopamina;
 Apomorfina e bromocriptina – agonistas do receptor D2 exacerbam os sintomas;
 Antagonistas – são eficazes no controle dos sintomas. 
Da 5-HT (serotonina):
 O LSD (dietilamida do ácido lisérgico) produz alucinações e distúrbios sensoriais e um metabólito da 5-HT, a (dimetiltriptamina) produz efeitos semelhantes ao LSD no homem;
 Muitos neurolépticos são antagonistas da 5-HT; 
 A 5-HT exerce um efeito modulador sobre as vias da dopamina;
CLASSIFICAÇÃO: NEUROLÉPTICOS
CLÁSSICOS OU TÍPICOS 
 Fenotiazinas: (clorpromazina – amplictil ®, haloperidol – haldol ®, flufenazina – flufenan ®, trifluperazina – stelapar ®, prometazina – fenergam ® e tioridazina – melleril ®).
ATÍPICOS
 Benzamidas: (sulpirida – sulpan ®, pimozida – orap ®, closapina – leponex ®). 
PROPRIEDADES
 Controle dos sintomas de pacientes psicóticos sem produzir sedação excessiva.
 Bloqueio da ação de muitos mediadores diferentes:
a) Dopamina (principal determinante da ação psicótica);
b) Histamina;
c) Catecolaminas;
d) Acetilcolina;
e) 5-HT.
EFEITOS COMPORTAMENTAIS DOS NEUROLÉPTICOS
 Redução da atividade espontânea;
 Catalepsia (imobilidade, porém com capacidade de responder à estimulação);
 Suspensão de respostas condicionadas de fuga;
 Redução de interações sociais (arrumação, acasalamento, combate, etc);
 Inibição de tendências agressivas (sem causar sonolência e confusão como os hipnóticos); 
EFEITOS OUTROS (antagonizando a dopamina)
Antiemético:
 Antagonismo dos receptores da dopamina na zona quimiorreceptora do bulbo (quimioterapia anti-cancerosa, gravidez e insuficiência renal)
Sintomas de parkinsonismo: 
 Rigidez muscular, perda da mobilidade e tremores, geralmente de início rápido e reversíveis
Discinesia tardia
 Movimentos involuntários(face, língua, tronco e membros) costuma não ser reversível e muitas vezes são incapacitantes;
 Início desde alguns dias a vários anos após iniciado o tratamento;
 Menor incidência com os neurolépticos atípicos como sulpirida e clozapina.
Endócrinos 
 A dopamina, através da estimulação de receptores D2 inibe a secreção de prolactina;
 Bloqueando receptores D2 haverá da concentração sérica de prolactina (hipertrofia mamária e possível lactação tanto em homens como em mulheres)
EFEITOS OUTROS (não relacionados ao antagonismo da dopamina)
Bloqueio de receptores muscarínicos 
 Boca e olhos secos;
 Constipação e retenção urinária; 
Obs: O déficit de efeito colinérgico pode reduzir os efeitos colaterais extra-piramidais (alta potência antimuscarínica – clozapina e tioridazina) 
Bloqueio de receptores -adrenérgicos
 Hipotensão ortostática;
 Maior bloqueio: clorpromazina (amplictil®, clozapina e tioridazina;
 Menor bloqueio: haloperidol (haldol®, flupentixol e flufenazina.
EFEITOS INDESEJÁVEIS
Reações indiossincrásicas e de hipersensibilidade
 Icterícia – mecanismo obscuro e reversível (mais comum com neurolépticos típicos).
 Leucopenia e agranulocitose – reação rara e reversível de hipersensibilidade que pode ser fatal.
 Reações cutâneas – comum nas primeiras semanas de tratamento e na exposição à luz UV. 
 Síndrome malígna neuroléptica – rara, em geral reversível com da temperatura e confusão mental.
TRATAMENTO E MANUTENÇÃO
 Volume de distribuição alto e individual, assim a relação concentração plasmática / efeito é muito variável.
 A posologia deve ser instituída na base da tentativa e do erro.
ANTIMICROBIANOS
Nomenclatura
Quimioterápico – substância química sintética com atividade antimicrobiana e antiblástica 
Antibiótico (anti = contra; bios = vida) – substância produzida por microorganismos (fungos ou bactérias) capazes de inibir a reprodução ou destruir outros microorganismos
Antimicrobiano – engloba quimioterápico e antibiótico, com tendência atual de ser utilizado 
Classificação
A) Quanto a Origem 
Naturais
Produzido por culturas de microorganismos e utilizados sem modificação na sua estrutura
Ex: fungos – penicilina; bactérias – bacitracina
Sintéticos
Sintetizados em laboratório
Ex: sulfas
B) Quanto ao Espectro 
Curto
Limitado a um pequeno grupo de microorganismos 
Ex: Penicilina natural (atua sobre germes G +)
Amplo
Atua sobre um grupo amplo de microorganismos 
Ex: Cloranfenicol (atua sobre germes G+ e G-) 
D) Quanto ao Modo de Ação 
Bactericidas 
Produzem a lise (morte) das bactérias
Ex: Penicilina 
Bacteriostáticos
Impedem a reprodução bacteriana (pela ação mais lenta, imunodeprimidos podem sofrer prejuízos)
Ex: cloranfenicol
E) Quanto ao Local de Ação 
Atuam Sobre a Parede Bacteriana 
Causa destruição do microorganismo. Bactericidas 
Ex: Penicilina 
Atuam Sobre a Membrana Celular
Alteram a fisiologia da membrana, causando a morte do microorganismo. Bactericidas 
Ex: Polimixinas
Aspectos Gerais da Administração
Farmacocinética – Dosagem e posologia. 
Ex: Ampicilina 
Atinge concentração mínima eficaz em 1 hora, e após 7 horas, sua concentração fica sub-ótima.
Reações alérgicas
Pode ocorrer com todos os antimicrobianos
Toxicidade específica ao grupo
Aminoglicosídeo causa oto e ou nefrotoxicidade 
Superinfecção (infecção se sobrepõe a outra) 
Desequilíbrio ecológico entre as floras de um trato (intestinal, genito-urinário, respiratório, etc). Ex: proliferação de fungos no TGI
Resistência Bacteriana
Incapacidade do microorganismo de responder ao antimicrobiano 
a) Resistência Bacteriana Natural
Resistência que determinado gênero de microorganismo apresenta a um antimicrobiano. 
Ex: Penicilina natural não atua sobre G(-) – entre a parede e a membrana celular há uma camada lipídica onde a penicilina natural não se difunde
b) Resistência Bacteriana Adquirida
Determinado microorganismo que era sensível torna-se resistente àquele antimicrobiano
Cromossômica – seleção de cepas resistentes originárias de mutantes
Extra-cromossômica – transmissível / plasmídica (características genéticas de uma bactéria é transmitida a outra, até de espécies diferentes) 
Mecanismos de Resistência Bacteriana
a) Alteração do local alvo do AMB
O AMB não se liga e não exerce seu efeito
b) Produção de Enzimas Induzíveis
O microorganismo tem potencial de produzi-las quando estimulado. 
Ex: Stafilococos passam a produzir -lactamase (inativa a penicilina) 
c) Alteração no Papel da Membrana
Certos antimicrobianos precisam de sistema transportador para penetrarem na bactéria.
Ex: Tetraciclinas – espécies resistentes são capazes de estruturar um sistema para bombear o AMB para fora 
d) Alteração da Via Metabólica
Produção de bases purínicas e pirimídicas por via alternativa (não aquela que o AMB inibe)
Ex: sulfametoxazol + trimetropin (inibe a enzima di-hidro-folato-redutase e as bases serão sintetizadas por outra via sem a participação da di-hidro-folato-redutase 
Seleção da Terapia Antimicrobiana
a) De Maneira Lógica
Após identificação da causa da infecção (cultura e antibiograma)
b) De Maneira Profilática
Antes da provável infecção (para preveni-la) 
c) De Maneira Empírica
Pela impressão clínica, não sendo apropriado esperar a identificação. 
Ex: Penicilina – Amigdalite estreptocócica
Antibioticoterapia e Gravidez
Categoria A
Estudos adequados não demonstraram risco para o feto (mesmo no 1 trimestre de gravidez)
Categoria B
Estudos em animais não demonstraram riscos para o feto, embora não se tenham estudos bem controlados em grávidas humanas 
Categoria C
Estudos em animais demonstraram efeitos adversos no feto. Embora, sem estudos em humanos, os benefícios podem justificar o uso
Categoria D
Evidências positivas de risco para o feto humano, porém benefícios potenciais podem justificar o uso 
Categoria X
Estudos demonstraram anomalias fetais e ou evidência positiva de risco para o feto humano.
Os riscos implicados no uso em gestantes superam claramente os benefícios potenciais

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