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TCC Versão Final Zanella

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Prévia do material em texto

LUCAS VENÍCIUS ZANELLA 
 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVA DO VOLUME DE MADEIRA NÃO UTILIZADA NA 
COLHEITA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES – SC 
2017 
 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
LUCAS VENÍCIUS ZANELLA 
 
 
 
ESTIMATIVA DO VOLUME DE MADEIRA NÃO UTILIZADA NA 
COLHEITA FLORESTAL 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
departamento de Engenharia Florestal, como 
requisito para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Florestal. 
 
Orientador: Prof. Dr. Geedre Adriano Borsoi 
 
 
 
LAGES – SC 
 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A todas as pessoas que acreditaram na eficácia do 
ensino, no professor e que buscam a auto realização. 
Como sentido para suas vidas. A meu pai e meus 
irmãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agradeço, primeiramente, a Deus, pela força, energia e oportunidade de concluir este 
trabalho. 
 A meu pai, Marcos Venícius Zanella, pela orientação, força de vontade, que em 
nenhum momento se deixou fraquejar, servindo de exemplo e motivação para conclusão de 
mais uma etapa. 
 Ao Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina 
pelos conhecimentos e experiência adquiridos ao longo destes 5 anos de curso. 
 Ao meu orientador e amigo, Prof. Dr. Geedre Adriano Borsoi, por todo o 
conhecimento e experiência compartilhados durante a vivência acadêmica. 
 Também agradecer aos Professores Doutores Marcos Felipe Nicoletti e Thiago 
Floriani Stepka, pelos valorosos ensinamentos em sala de aula, sem os quais este trabalho não 
seria possível. 
 Igualmente, agradeço ao Engenheiro Florestal Gerson Leick, pelas oportunidades e 
desafios propostos, sem o qual este trabalho não seria possível. 
 A Gilson de Deus Bueno pela ajuda e companheirismo na execução deste trabalho. 
 A meu amor, pela companhia, carinho, paciência e apoio nas horas das dificuldades. 
 A meus amigos e amigas, pelo companheirismo durante esta jornada. 
 A CAV Florestal Empresa Júnior, pelos desafios propostos ao longo de 2 anos e meio 
de trabalho, que me fizeram crescer profissionalmente e pessoalmente. 
 A alegria de uma conquista sempre deve ser compartilhada, assim divido essa alegria 
com todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para que este projeto se tornasse 
realidade, obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Com o objetivo de avaliar a qualidade da colheita florestal em um povoamento de Pinus 
taeda, este estudo analisou uma operação executada pelo método mecanizado em um plantio 
de pinus de 25 anos em corte raso, pertencente a uma empresa florestal no planalto norte do 
estado de Santa Catarina, com a finalidade de quantificar a perda volumétrica e monetária em 
um sistema de colheita de toras curtas. No presente trabalho para quantificação das perdas, 
foram simulados dois cenários com diferentes alturas de corte, ajustando os modelos de taper 
de Prodan et al 1966 e Kozak et al 1969. Para isso, na área de estudo foram mensurados 150 
tocos remanescentes, sendo realizadas duas medidas de altura por toco, a fim de determinar a 
altura média de corte do local; para quantificação das perdas, com banco de dados de 
inventário florestal cedido pela empresa, foi possível determinar as classes diâmétricas em 
que o povoamento se distribui, assim foram cubadas pelo método de Smalian, um total de 42 
árvores, sendo estas divididas de maneira equilibrada em 6 classes de diâmetro. Os modelos 
de afilamento foram ajustados ao conjunto de dados, assim, com a análise gráfica dos resíduos 
e dos coeficientes gerados, sendo estes, coeficiente de determinação (R² ajustado), erro padrão 
da estimativa (Syx) da variável de interesse e em porcentagem (Syx%), o modelo de Prodan et 
al 1966 obteve melhor ajuste para a variável diâmetro. O estudo aponta que a altura de corte 
média do local é de 24,38cm, e altura mínima possível considerando a distância entre o sabre 
de corte e a parte inferior do cabeçote harvester é de 16cm, com essas alturas de corte foi 
possível a simulação dos cenários por meio da equação de afilamento ajustada e do cálculo 
das seções de interesse pelo método de Smalian, apontando que em média por toco perde-se 
cerca de 0,0168 m³, considerando o valor do sortimento de 35cm mínimos na ponta fina de 
R$/m³ 205,00; deixa-se de arrecadar em média por toco R$ 3,45; extrapolando, temos a perda 
volumétrica de 4,09 m³.ha-1, significando R$ 838,85/ha; somente em tocos com altura fora do 
padrão. A perda é contínua nos sortimentos decorrentes da árvore, onde neste estudo aponta-
se que em média deixa-se de colher 4,40 m³.ha-1, em valores monetários cerca de R$/ha 
698,81. Assim a perda total é de 8,49 m³/ha e R$/ha 1.537,66 devido a 8,37cm de altura 
excessiva de corte. 
 
PALAVRAS CHAVE: Perdas na Colheita, Avaliação Financeira, Otimização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
In order to evaluate the quality of the forest harvest in a stand of Pinus taeda, this study 
analyzes an operation carried out by the mechanized method in a shallow cut 25 - year - old 
Pinus plantation belonging to a forest company in the northern plateau of the state of Santa 
Catherine, with the purpose of quantifying the volumetric and monetary loss in a system of 
harvesting short logs. In the present work to quantify the losses, two scenarios with different 
cutting heights were simulated, adjusting the taper models of Prodan et al 1966 and Kozak et 
al 1969. For this reason, 150 remaining stumps were measured in the study area, two height 
measures per stump, an order to determine a local average cut height; for quantification of 
losses, with forest inventory database provided by the company, it was possible to determine 
as diameter classes in which the stands are distributed, as well as cubicles by the Smalian 
method, a total of 42 trees, these being divided in a balanced way 6 classes of diameter. The 
adjustment models are adjusted to the data set, thus, with a graphical analysis of the residues 
and coefficients generated, which are, coefficient of determination (R² adjusted), standard error 
of estimate (Syx) of the variable of interest and percentage (Syx%), the model of Prodan et al 
1966 obtained better fit for a variable diameter. The study points to a mean cutting height of 
24.38cm, and minimum height available considering the distance between the cutting soap 
and the bottom of the harvesting head of 16cm, with these cutting heights for possible a 
simulation of the scenarios through of the adjusted adjustment equation and of the calculation 
of the sections of interest by the Smalian method, pointing out that in average per wooden 
stump is lost about 0.0168 m³, considering the assortment value of 35cm minimum in the fine 
tip in R$/m³ 205,00; it leaves of raisings in average for wooden stump R$ 3,45; extrapolating, 
with a volumetric loss of 4.09 m³.ha-1, meaning R$ 838.85/ha; only on stumps with height to 
make the pattern. The loss is continuous in the assortments deriving from the Source, where 
there is no study, it is pointed out that in average one does not collect 4.40 m³.ha-1, in 
monetary values close to R$/ha 698.81. Thus, a total loss is 8.49 m³/ha and R$ / ha 1,537.66 
due to 8,37cm of excessive cutting height. 
 
 
KEY WORDS: Harvest Losses, Financial Assessment, Optimization. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕESFigura 1. A e B. Tocos mensurados em área de corte mecanizado...........................................20 
Figura 2. A - Árvore abatida cubagem rigorosa. B - Toco mensurado de árvore abatida....... 21 
Figura 3. Dispersão Gráfica dos Resíduos para o modelo de afilamento de Kozak et al. 
1969...........................................................................................................................................26 
Figura 4. Dispersão Gráfica dos Resíduos para o modelo de afilamento de Prodan et al. 
1966...........................................................................................................................................27 
Figura 5. Frequência relativa de tocos por classe.....................................................................28 
Figura 6. Distância mínima entre a parte inferior do cabeçote e o sabre de corte....................31 
Figura 7. Representação gráfica do perfil do fuste no cenário 1...............................................33 
Figura 8. Representação gráfica do perfil do fuste no cenário 2...............................................34 
Figura 9. Sortimentos Comerciais Atuais.................................................................................35 
Figura 10. Receitas por árvore em diferentes cenários.............................................................39 
Figura 11. Perdas monetárias estimadas por hectare................................................................39 
Figura 12. Perdas monetárias por sortimento estimadas na área total......................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1. Médias das variáveis do cenário 1......................................................... .....37 
Quadro 2. Médias das variáveis do cenário 2......................................................... .....37 
Quadro 3. Diferenças entre de Cenários....................................... ...............................37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Sortimentos Comerciais utilizados............................................................................19 
Tabela 2. Fórmulas para Cubagem Rigorosa............................................................................22 
Tabela 3. Modelos de taper ajustados para expressar a forma do fuste das árvores.................23 
Tabela 4. Estatísticas de Ajuste e Precisão...............................................................................24 
Tabela 5. Coeficientes dos modelos ajustados para a variável diâmetro..................................25 
Tabela 6. Equação de afilamento ajustada...............................................................................27 
Tabela 7. Classificação dos tocos por altura de corte................. .............................................28 
Tabela 8. Tabela de Distribuição de Frequências................. ...................................................29 
Tabela 9. Resumo do Inventário Florestal......................... ......................................................29 
Tabela 10. Intervalo de Confiança do Inventário Florestal........... ...........................................30 
Tabela 11. Cenário 1 – Variáveis geradas.................... ...................................................32 
Tabela 12. Cenário 2 – Variáveis geradas................ .........................................................34 
Tabela 13. Sortimentos Comerciais Estimados................... .....................................................35 
Tabela 14. Perdas volumétricas e monetárias estimadas em tocos..................... ..........36 
Tabela 15. Perdas nos Sortimentos...................................... ........................................38 
Tabela 16. Resumo dos Cenários Gerados................................. .....................................40 
Tabela 17. Perdas Volumétricas e Monetárias Totais................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... .........13 
1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 14 
1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 14 
2. REVISÃO DE LITRATURA ....................................................................................... 15 
2.1 Setor Florestal Brasileiro ................................................................................................ 15 
2.2 Produtividade de Sítios Florestais ................................................................................... 15 
2.3 Colheita Florestal ............................................................................................................ 16 
2.4 Funções de Afilamento ou Taper .................................................................................... 16 
2.5 Avaliação Econômica de Florestas ................................................................................. 16 
3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 18 
3.1 Localização da área ......................................................................................................... 18 
3.2 Caracterização da Área ................................................................................................... 18 
3.3 Sistema de Colheita ........................................................................................................ 18 
3.4 Coleta dos dados ............................................................................................................. 19 
3.4.1 Mensuração de Tocos ............................................................................................. 19 
3.4.2 Inventário Florestal ................................................................................................ 20 
3.4.3 Cubagem Rigorosa ................................................................................................. 20 
3.5 Suficiência Amostral ....................................................................................................... 21 
3.6 Estimativas de Perda ....................................................................................................... 22 
3.7 Modelos de Taper Ajustados .......................................................................................... 23 
3.8 Seleção do Modelo de Taper .......................................................................................... 23 
4. RESULTADOS ........................................................................................................... 25 
4.1 Modelos de Taper Ajustados .......................................................................................... 25 
4.1.1 Parâmetros Estatísticos Avaliados ........................................................................ 25 
4.1.2 Análise Gráfica dos Resíduos ................................................................................ 25 
4.1.3 Coeficientes do Modelo de Taper Selecionado .................................................... 27 
4.2 Dados Processados dos Tocos Remanescentes ............................................................... 27 
4.2.1 Altura Média de Corte ........................................................................................... 27 
4.2.2 Distribuição de Frequência dos Tocos Mensurados............................................28 
4.3 Inventário Florestal ......................................................................................................... 28 
4.4 Suficiência Amostral ....................................................................................................... 30 
4.4.1 Cubagem Rigorosa ................................................................................................. 30 
4.4.2 Altura Média de Corte ........................................................................................... 30 
4.5 Cenários Gerados para Estimativas de Perda.................................................................. 30 
 
 
4.5.1 Cenário 1 – Altura de Corte a 24,38cm ................................................................ 32 
4.5.2 Cenário 2 – Altura de Corte a 16cm ..................................................................... 33 
4.6 Sortimentos Comerciais .................................................................................................. 35 
4.7 Estimativas de Volume Não Utilizados na Colheita Florestal ........................................ 36 
4.7.1 Volume não Utilizado em Tocos Remanescentes ................................................. 36 
4.7.2 Volumes Não Utilizados por Árvore ..................................................................... 36 
4.7.3 Volumes Não Utilizados nos Sortimentos Comerciais ........................................ 38 
4.8 Resultados Finais .......................................................................................................... 40 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 42 
6 RECOMENDAÇÕES PARA OTIMIZAÇÃO E APROVEITAMENTO DA 
COLHEITA FLORESTAL .............................................................................................. 43 
 
 
13 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A mecanização da colheita florestal no Brasil nas últimas décadas, tem trazido uma 
série de benefícios para o setor florestal, dentre eles, a diminuição do risco de acidentes de 
trabalho, possibilidade de trabalho frente a diversas intempéries, redução do quadro de 
funcionários, e a significativa otimização do setor, com aumento expressivo na produção. 
 O uso de sistemas mecanizados de colheita de madeira é afetado por diversas variáveis 
que interferem na capacidade operacional dos equipamentos e consequentemente, no custo 
final da madeira (BRAMUCCI & SEIXAS 2002). De acordo com Fontes et al. (1996), as 
principais causas da crescente mecanização desta atividade são, a busca do aumento da 
produtividade, necessidade de redução dos custos de produção e a falta de mão de obra 
capacitada para esta atividade. 
 Para Arce et al. (2004) a colheita florestal representa a operação final de um ciclo de 
produção florestal, na qual são obtidos os produtos de maior valor agregado, constituindo um 
dos fatores que determinam a rentabilidade florestal. Esta atividade é a que também mais 
sofre o processo de mecanização. Segundo Machado et al (1989), no setor florestal, a colheita 
da madeira é uma das atividades mais importantes economicamente, pois representa 50% ou 
mais no custo final do produto. 
 Com os benefícios advindos da mecanização da colheita florestal, também surgiram 
algumas adversidades, como a dificuldade de locomoção das máquinas dentro do povoamento 
florestal e entre os locais de colheita. Também a necessidade de treinamento específico para 
seus operadores, a dificuldade de reposição de peças com agilidade e a dependência de uma 
segunda máquina para a manutenção da produção ficando a mercê da interrupção da 
atividade. 
 Segundo Luz et al. (2016), ultimamente no setor florestal denota-se uma grande 
preocupação com a perda em volume na colheita florestal mecanizada devido à altura 
excessiva de tocos. Operações da colheita feita com má qualidade tende a gerar desperdícios, 
refletindo muitas vezes em sérios danos econômicos provocados por falhas nas operações de 
corte. 
 Os desperdícios existentes no processo de colheita florestal evidenciam a necessidade 
de se realizar avaliações para determinação destas perdas em termos econômicos (FIEDLER 
et al. 2013), de forma a promover a maximização de receitas. 
14 
 
 Visando a melhor utilização da floresta em multiprodutos, a quantificação do volume 
nos diferentes sortimentos empregados, podem ser estimados por meio de equações de 
afilamento ou taper. Sendo mais utilizados os modelos simples que descrevem o perfil do 
fuste em uma única equação, desde a base até o ápice, tem-se a vantagem de modelar todo o 
fuste com uma única expressão, sendo fáceis de ajustar e aplicar (NICOLETTI et al., 2016). 
 Com o uso de funções de afilamento pode-se, dentre suas várias utilidades, simular o 
aproveitamento do fuste com diferentes alturas de corte, onde é possível quantificar as seções 
de interesse, sendo, entre elas do desperdício ou aproveitamento. 
 Tocos com excesso de altura causam prejuízos na colheita florestal, no entanto estudos 
sobre o impacto no volume final e em valores financeiros são escassos. Agregam-se as perdas 
citadas as de sortimentos de toras seguintes, principalmente nas primeiras toras da árvore, pois 
é onde ocorrem os sortimentos de maior valor para o produtor e para o industrialista. 
 
1.1 Objetivo Geral 
 
 Dessa forma, este trabalho teve como principal objetivo, a determinação de perdas de 
madeira nos tocos e sortimentos empregados pela altura excessiva de corte. 
 
1.2 Objetivos Específicos 
 
 Determinar as perdas volumétricas em todos os sortimentos empregados pela empresa, 
assim como, a estimativa de valores financeiros relacionados a esta variável e seu impacto na 
receita bruta oriunda da floresta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2. REVISÃO DE LITRATURA 
 
2.1 Setor Florestal Brasileiro 
 
 O setor florestal brasileiro, mantem-se em uma constante ascensão, apesar das 
adversidades encontradas nos cenários econômicos enfrentados nos últimos anos, dando 
firmes demonstrações de sua resiliência. Com uma área de 7,84 milhões de hectares de 
florestas plantadas, é responsável por 91% de toda madeira produzida para fins industriais e 
impressionantes 6,2% do PIB industrial do país (IBÁ,2017). 
 Com um crescimento de 0,5% em relação ao ano de 2015, a área total de florestas 
plantadas, totalizou 7,84 milhões de hectares em 2016, em grande parte, devido ao aumento 
das florestas de eucalipto; áreas de pinus e demais gêneros comerciais, tiveram pouca ou 
nenhuma alteração significativa (IBÁ, 2017). 
 Atualmente, os plantios de pinus ocupam 1,6 milhão de hectares, concentrando-se 
principalmente nos estados do Paraná e Santa Catarina, com 42% e 34% respectivamente. Nos 
últimos anos, percebe-se uma queda nas áreas plantadas de pinus, a uma taxa de 0,7 % a.a., 
devido a substituição por eucalipto, em estados onde o pinus não é tradicional. Porém, nos 
estados da região sul, que possuem melhores condições edafoclimáticas, a área de plantios de 
pinus se mantém constante neste período (IBÁ, 2017). 
 
2.2 Produtividade de Sítios Florestais 
 
 A produtividade dos sítios florestais, é um fator básico a ser determinado, para a 
condução de florestas plantadas e em seu planejamento para produção de madeira em 
empresas florestais. (SELLE et al., 1994). 
 Segundo Davis e Johnson (1987), a produtividade de uma área de produção florestal é 
determinada pelo volume máximo de madeira que o local pode produzir em um intervalo de 
tempo. 
 A forma do fuste de uma árvore pode variar de acordo com vários fatores, sendo eles, 
espécie, genética, tratos silviculturais, sítio entre outros, sendoimportantes para considerar o 
método a utilizar para estimativas dos volumes das árvores. Os troncos das árvores podem 
assumir diferentes formas, assemelhando-se a figuras geométricas, ou ainda ter formas 
irregulares, não se assemelhando a quaisquer tipos geométricos (MACHADO; FIGUEIREDO 
FILHO, 2014). 
 
16 
 
2.3 Colheita Florestal 
 
 Os benefícios alcançados pela mecanização das operações de colheita, vão desde a 
redução de custos de produção, maior segurança durante as atividades realizadas até o 
controle mais eficaz sobre a produtividade dos operadores (VIEIRA et al., 2016). 
 Segundo Sampietro et al. (2016), o transporte de madeira junto a colheita mecanizada, 
representa mais de 50% dos custos de produção, sendo a etapa com maior potencial de 
alteração do meio ambiente e em termos de segurança do trabalho, representando maiores 
riscos. 
 Nesse contexto, o aperfeiçoamento das técnicas e operações de colheita florestal são 
de extrema importância, visando o aumento da produtividade, redução dos custos, para a 
busca por melhorias na qualidade do trabalho, buscando sempre a minimização de danos a 
natureza, assim, favorecendo a sustentabilidade e potencial competitivo das empresas 
florestais (PEREIRA et al., 2015) 
 
2.4 Funções de Afilamento ou Taper 
 
 Assim sendo, as funções de afilamento, tendo em vista a quantificação de sortimentos 
dos povoamentos florestais, apresentam-se como uma opção distinta. O conjunto de 
informações por elas fornecido, tem otimizado o setor florestal, sendo crucial no crescimento 
do setor nas últimas décadas (Souza et al, 2008). 
 Com o objetivo de tornar as florestas plantadas mais rentáveis, a pesquisa, uso de 
modelos estatísticos e a crescente necessidade quantificar as perdas em qualidade nos 
processos aplicados ao manejo florestal, tem a finalidade de destinar um melhor uso destes 
volumes de madeira a produtos finais com maior valor agregado, tornando o processo mais 
rentável (CHICHORRO et al., 2003). 
 
2.5 Avaliação Econômica de Florestas 
 
 A avaliação econômica de povoamentos florestais, torna-se uma das grandes 
dificuldades do manejo florestal, em alguns casos a inexistência de tabelas de produção, que 
independente dos tipos de aproveitamento da madeira, possibilitem a determinação com 
agilidade do estoque disponível, ou ainda em se determinar as perdas envolvidas no manejo 
da floresta. Assim, com o objetivo de otimizar a descrição da forma dos fustes segundo sua 
qualidade, suas dimensões e suas possibilidades de utilização, muitas pesquisas estão sendo 
17 
 
desenvolvidas, com o intuito de melhorar a classificação das toras em seus respectivos 
sortimentos e melhor remuneração da madeira. Permitindo ao gestor florestal realizar a 
prognose, em diversos horizontes, dos sortimentos de madeira em diferentes classes de sítio, 
permitindo planejar a produção de toras, bem como a sua renda (SCHNEIDER et al., 1996). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
3.1 Localização da área 
 
 A área de estudo localiza-se no munícipio de Timbó Grande, pertencente a 
Agroflorestal Campo Alto S/A. A região pertence ao planalto norte de Santa Catarina, nas 
coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator) 539454.10 m E e 7050120.39 m S 
(Datum Sirgas 2000, Zona 22 J). O local do estudo encontra-se a uma altitude média de 1.060 
m. 
 
3.2 Caracterização da Área 
 
 O presente estudo foi desenvolvido durante os meses de agosto e setembro de 2017. A 
floresta consistia de plantios de Pinus taeda, com idade de 25 anos. A área de efetivo plantio 
era de aproximadamente 83,73 ha. 
 De acordo com Köeppen, o clima da região onde o estudo foi realizado é classificado 
como mesotérmico úmido (Cfb), com precipitação pluviométrica anual média de 1.608 mm, 
com chuvas bem distribuídas durante o ano, a área de estudo apresenta as temperaturas 
médias, entre 11,5 e 13 ºC. 
 O solo predominante para a região, é classificado como, cambissolo álico com relevo 
ondulado a forte ondulado (EMPRABA, 2004). A região encontra-se inserida na Floresta 
Ombrófila Mista (FOM), também conhecida como Mata de Araucária, pertencente ao Bioma 
Mata Atlântica (IBGE, 2012). 
 
3.3 Sistema de Colheita 
 
 No local foi adotado o sistema de toras curtas, as etapas de corte, desgalhamento e 
seccionamento utiliza-se um cabeçote harvester, o baldeio é realizado por um forwader, 
durante o seccionamento das toras, as mesmas são classificadas nos sortimentos apresentados 
na Tabela 1. 
 
 
 
 
 
19 
 
Tabela 1. Sortimentos Comerciais utilizados. 
Diâmetro na Ponta Fina (cm) Comprimento toras (m) (R$/m³) 
35↑ 3,07 205,00 
25 a 34 3,07 135,00 
16 a 24 2,10 86,00 
8 a 15 2,10 60,00 
8↓ 2,40 57,00 
Sendo: 35↑= toras com diâmetro na ponta fina =>35cm; 25 a 34 = toras com diâmetro na ponta fina entre 25cm e 
34,99cm; 16 a 24 = toras com diâmetro na ponta fina entre 16 e 24,99cm; 8 a 15 = toras com diâmetro na ponta 
fina entre 8cm e 15,99cm; 8↓= toras com diâmetro < 8cm. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
3.4 Coleta dos dados 
 
 O estudo foi dividido em duas etapas, sendo a primeira, a coleta das alturas de corte 
nos tocos pós corte raso, nos locais onde já haviam realizado a colheita na área de estudo, para 
determinar a altura média de corte. 
 A segunda etapa foi a coleta de dados para gerar as estimativas da perda volumétrica 
nos sortimentos utilizados pela empresa, sendo necessário, realizar a cubagem rigorosa das 
árvores não processadas no talhão. Sendo gerado uma tabela de distribuição de frequências, 
sendo determinado o número de árvores a serem cubadas por classe, com o banco de dados do 
inventário florestal da área cedido pela empresa. 
 Após a cubagem rigorosa das árvores, os dados foram processados em planilha 
eletrônica, com o ajuste de dois modelos de taper, sendo escolhido o modelo com menor erro 
padrão da estimativa (Syx%), maior R²ajustado e gráfico de resíduos com menor dispersão dos 
dados, apresentando pouca tendência, para as estimativas dos diâmetros de interesse no fuste. 
 
3.4.1 Mensuração de Tocos 
 
 Na área de estudo, foram mensurados 150 tocos, sendo realizadas duas medidas de 
altura em lados opostos de cada toco (Figura 1 - A e B), a fim de se estimar a altura média de 
corte para o talhão. 
 Os tocos mensurados, foram de árvores derrubadas e processadas pelo harvester. As 
medidas foram realizadas no centro do talhão, não escolhendo tocos próximos até 20 metros 
das vias de transporte, pois há rebaixamento de tocos nestas faixas dos talhões, para não 
danificar o maquinário, que ali trafega intensamente realizando baldeio, evitando assim 
tendência nos resultados. 
20 
 
Figura 1. A e B. Tocos mensurados em área de corte mecanizado. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 
3.4.2 Inventário Florestal 
 
 Com a finalidade de realizar estimativas para a área total, foi cedido pela empresa os 
dados do inventário florestal pré – corte raso da floresta, sendo possível elaborar uma tabela 
de distribuição de frequências, onde foram determinadas o número de classes pelo método 
empírico, e a quantidade de árvores a ser cubada por classe. 
 
3.4.3 Cubagem Rigorosa 
 
 Para determinação das árvores a serem cubadas rigorosamente, a campo, com auxílio 
de uma suta, foram medidos os diâmetros na altura do peito, assim checando se as árvores se 
enquadravam nas classes determinadas na tabela de distribuição de frequências. 
 Nos tocos das árvores derrubadas, foi realizadaduas medidas de altura com auxílio de 
trena métrica (Figura 2-A), a fim de determinar a altura média do toco, assim na árvore 
A B 
21 
 
derrubada, a trena era estendida até o ápice da árvore, sendo na sua base partindo do 
comprimento correspondente a altura média do toco, determinado no momento. 
 Além da altura média de toco (Figura 2-B) e seu respectivo diâmetro, nos fustes 
abatidos, foram medidos os diâmetros nos seguintes comprimentos: 0,3m; 0,5m; 0,9m; 1,3m; 
2,3m; 3,3m; 4,3m, e 5,3m, a partir de 5,3m de comprimento a cada 2 m até o final do fuste, 
sendo também medido a altura total. Afim de melhorar o ajuste do modelo de taper, foram 
coletados também os comprimentos em que se encontravam os diâmetros comerciais, de 8cm, 
16cm, 25cm e 35cm; utilizados para classificação das toras na ponta fina apresentados na 
Tabela 1. 
 
Figura 2. A - Árvore abatida cubagem rigorosa. B - Toco mensurado de árvore abatida. 
 
 Fonte: Próprio Autor. 
 
3.5 Suficiência Amostral 
 
 
 Para verificação da suficiência amostral dos dados ajustados para os modelos de taper 
e para as alturas de corte dos tocos mensuradas para determinação da altura média de corte foi 
utilizada a Fórmula 1. 
A B 
22 
 
Fórmula 1. Suficiência amostral (n) 
𝑛 =
(𝑡 𝑡𝑎𝑏)2 ∗ 𝐶𝑉%2
𝐸%2
 
Sendo: t tab: valor tabelado da estatística de “t” de student, a dado nível de significância α e n-1 graus de 
liberdade; CV%: Coeficiente de variação da característica analisada; E%: Erro admissível em torno da média. 
 
3.6 Estimativas de Perda 
 
 As estimativas de perda nos tocos e sortimentos comerciais utilizados, foram geradas 
por meio do cálculo das seções nas árvores. Iniciando pelos tocos, procurando determinar se 
há altura excessiva de corte e se houver, quantos centímetros acima da altura mínima de corte; 
assim a seção de interesse neste caso, será desde a altura mínima, até a altura média de corte 
estimada para o talhão, sendo estimada a quantidade de madeira em m³ que é deixada a campo 
e seu respectivo valor em R$/m³ nos tocos. 
 Na derrubada das árvores, cada centímetro elevado em relação ao solo, a árvore será 
cortada com um diâmetro menor do que efetivamente poderia ser derrubado, assim, essa perda 
se dá nos sortimentos seguintes da árvore. 
 Para estimar a perda de madeira devido à altura de corte excessiva, foram simulados 
dois cenários nas árvores da cubagem rigorosa, no primeiro, com o corte na altura média dos 
tocos, no segundo cenário na altura de corte mínima, sendo os comprimentos das toras e 
diâmetros de classificação na ponta fina utilizados em ambos os casos, apresentados na 
Tabela 1. O cálculo dos volumes das seções foi realizado pela fórmula de Smalian (Tabela 2) 
bem como o volume do cone no ápice de cada árvore. 
 
Tabela 2. Fórmulas para Cubagem Rigorosa 
Autor Fórmula 
Smalian 𝑣 𝑠𝑒çã𝑜 = (
𝑔𝑖1 + 𝑔𝑖2
2
) ∗ 𝑙 𝑖 
 
- 𝑣 𝑐𝑜𝑛𝑒 = (
1
3
) ∗ 𝑔𝑛 ∗ 𝑙𝑖 
Sendo = V Seção: volume em m³ da seção; gi1: área transversal da tora na ponta grossa em m²; gi2: área 
transversal da tora na ponta fina em m²; gn: área transversal da última seção em m²; li: comprimento da seção em 
metros. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 Assim, foi possível realizar a comparação entre cenários e estimar a quantidade de 
volume de madeira não aproveitada, e a perda em R$/m³, nos tocos, por árvore, por 
sortimento, por hectare e para a área total, dentro dos valores de cada sortimento, 
especificados na Tabela 1. 
23 
 
3.7 Modelos de Taper Ajustados 
 
 Para a estimativa dos diâmetros de interesse nos fustes abatidos foram ajustados os 
modelos de taper apresentados na Tabela 3. 
 
Tabela 3. Modelos de taper ajustados para expressar a forma do fuste das árvores. 
Função de taper Autor 
(
𝑑𝑖
𝑑𝑎𝑝
)
2
= 𝛽0 + 𝛽1 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
) + 𝛽2 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
) ² 
 
Kozak et al 1969 
(
𝑑𝑖
𝑑𝑎𝑝
) = 𝛽0 + 𝛽1 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
) + 𝛽2 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
2
+ 𝛽3 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
3
+ 𝛽4 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
4
+ 𝛽5 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
5
 Prodan et al 1966 
Sendo: di = diâmetro tomado a i-ésima altura da árvore em centímetros; dap = diâmetro da árvore a 1,3m de 
altura em centímetros; hi = altura referente ao diâmetro di em metros; h = altura total da árvore em metros; B0, 
B1, B2, B3, B4 e B5 = coeficientes do modelo estimado. 
 
3.8 Seleção do Modelo de Taper 
 
 De posse das equações ajustadas procedeu-se a seleção da melhor equação por meio 
do recálculo da tabela de análise de variância; assim fornecendo as estatísticas de ajuste de 
precisão: coeficiente de determinação, erro padrão da estimativa na unidade da variável 
diâmetro (Syx) e em porcentagem (Syx%) e para este estudo também foi realizada a análise 
gráfica de resíduos. 
 Os modelos apresentam variações em relação ao número de variáveis independentes, 
desta forma, trabalhou-se com o R² ajustado. O erro padrão da estimativa (Syx) indica o quão 
próximo em média os valores preditos ou estimados da variável y estão de seus respectivos 
valores reais ou percentuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Tabela 4. Estatísticas de Ajuste e Precisão 
Número Descrição Fórmula 
 
1 
Soma dos Quadrados Total 
SQ total = ∑(y − y med)2 
 
 
2 
Soma dos Quadrados do Resíduo 
SQ resíduo = ∑(y − ŷ)2 
 
 
3 
Erro Padrão da Estimativa. 𝑆𝑦𝑥 = √
∑(y − ŷ)2
𝑛 − 𝑝
 
2
 
 
4 
. Erro Padrão da Estimativa (%). 
 
𝑆𝑦𝑥 (%) =
𝑆𝑦𝑥
Ῡ
∗ 100 
 
 
5 
Coeficiente de Determinação. 
𝑅2 = 1 −
𝑆𝑄 𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜
𝑆𝑄 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
 
 
 
6 
Coeficiente de Determinação Ajustado. 
 
𝑅2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 1 − ((
𝑆𝑄 𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜
𝑆𝑄 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
) ∗ (
𝐺𝐿 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐺𝐿 𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜
)) 
Sendo: Syx = erro padrão da estimativa; y = volume observado (m³); y med = volume médio observado (m³); ŷ 
= volume estimado (m³); n = número de observações; p = número de coeficientes do modelo; R²: Coeficiente 
de determinação; SQ Resíduo: Soma dos quadrados do resíduo; SQ T otal: Soma dos Quadrados Total; 
R² aj. = R² ajustado; GL Total: graus de liberdade n-1; GL resíduo: graus de liberdade n-p. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4. RESULTADOS 
 
4.1 Modelos de Taper Ajustados 
 
4.1.1 Parâmetros Estatísticos Avaliados 
 
 Após o ajuste das equações, aplicou-se as estatísticas de ajuste e precisão, descritos na 
metodologia, para verificação do modelo que melhor se ajusta às características do perfil de 
fuste. Os coeficientes da regressão obtidos para os modelos testados após o recálculo da 
ANOVA podem ser observados na Tabela 5. 
 
Tabela 5. Coeficientes dos modelos ajustados para a variável diâmetro. 
 
Precisão Ajuste 
Modelo Syx (cm) Syx (%) R² R² ajust 
Prodan et al 1966 2,27 7,00 0,9771 0,9770 
Kozak et al 1969 3,10 9,57 0,9571 0,9571 
Sendo = R²: Coeficiente de determinação R² ajust. = Coeficiente de determinação ajustado; Syx = erro padrão da 
estimativa; Syx% = erro padrão da estimativa em porcentagem. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 O modelo de Kozak et a 1969, apresenta-se com valores do erro padrão da estimativa 
(Syx) da variável diâmetro, de 3,10 cm e relativo de 9,57%, sendo superiores ao modelo de 
Prodan et al 1966; apresentando 2,27cm na variável diâmetro e relativo de 7,0%; resultados 
semelhantes a Souza et al (2008). 
Para o presente estudo foi realizado a análise gráfica de resíduos (%) dos modelos, 
paraverificação de eventuais tendenciosidades, sendo apresentado os gráficos dos modelos 
ajustados (Figura 3 e 4). 
4.1.2 Análise Gráfica dos Resíduos 
 
A dispersão gráfica dos resíduos dos modelos ajustados, apresentaram resultados 
diferenciados. 
Com tendenciosidades na variável dependente dos dados ajustados no modelo de 
Kozak et al. 1969, verificasse a tendência na subestimativa de diâmetros acima de 40 cm e 
superestimativa de diâmetros menores que 40 cm, a maior parte dos resíduos compreende-se 
entre 25% e -25%. Para os diâmetros inferiores a 20 cm, há grande superestimativa dos 
diâmetros, com resíduos de até -138,57% (Figura 3). 
26 
 
 
Figura 3. Dispersão Gráfica dos Resíduos para o modelo de afilamento de Kozak et al. 1969. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 O modelo de Prodan et al. 1966, apresentou pouca tendência na variável estimada, 
com melhor distribuição dos resíduos (Figura 4), com a dispersão dos resíduos em sua 
maioria entre 25% e -25% para diâmetros maiores que 20 cm. 
 Para a maior parte dos resíduos com diâmetros abaixo de 20 cm, estabeleceram-se 
entre 25% a -50%, apresentado menor precisão na estimativa de diâmetros menores que 20 
cm, com outlier de até -87,28% (Figura 4). 
 
-150%
-125%
-100%
-75%
-50%
-25%
0%
25%
50%
75%
100%
125%
150%
0 10 20 30 40 50 60 70 80
E
rr
o
 R
el
at
iv
o
Di estimado (cm)
27 
 
Figura 4. Dispersão Gráfica dos Resíduos para o modelo de afilamento de Prodan et al. 1966. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 4.1.3 Coeficientes do Modelo de Taper Selecionado 
 
 Assim, o modelo do Polinômio de 5º Grau foi o selecionado para a estimativa das 
variáveis de interesse, apresentando maiores valores de R²ajustado, menores Syx, e Syx (%) e 
melhor distribuição dos resíduos. A Tabela 6 apresenta os coeficientes ajustados do modelo 
selecionado. 
Tabela 6. Equação de afilamento ajustada. 
Equação de Prodan Ajustada 
di = DAP ∗ √1,14961 − 3,45838 ∗ (
hi
h
) + 14,9502 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
2
− 31,85148 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
3
+ 29,12700 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
4
− 9,95861 ∗ (
ℎ𝑖
ℎ
)
52
 
Sendo que: di = diâmetro tomado a i-ésima altura da árvore em centímetros; dap = diâmetro da árvore à 1,3m de 
altura em centímetros; hi = altura referente ao diâmetro di em metros; h = altura total da árvore em metros. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
4.2 Dados Processados dos Tocos Remanescentes 
 
 4.2.1 Altura Média de Corte 
 Com os dados coletados dos 150 tocos mensurados na área de colheita florestal 
mecanizada, foi possível determinar a altura média de corte no local, bem como o número de 
tocos por classe de altura (Tabela 7). A média geral de altura de toco foi de 24,38 cm. 
 
-150%
-125%
-100%
-75%
-50%
-25%
0%
25%
50%
75%
100%
125%
150%
0 10 20 30 40 50 60 70 80
E
rr
o
 R
el
at
iv
o
Di estimado (cm)
28 
 
 4.2.2 Distribuição de Frequência dos Tocos Mensurados 
 
Tabela 7. Classificação dos tocos por altura de corte. 
Classe Altura de Tocos (cm) Número de Tocos Fr (%) 
1 0 – 10 0 0,0 
2 10,1 – 20 40 26,7 
3 20,1 – 30 95 63,3 
4 30,1 – 40 11 7,3 
5 >40 4 2,7 
 ∑150 ∑100,0,0 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 A Tabela 7, demonstra que do total de 150 tocos mensurados, nenhum dos mesmos 
apresentou altura média inferior a 10cm, sendo 63,3% dos tocos na classe 3 com alturas entre 
20,1cm a 30cm, e apenas 2,7% dos tocos acima de 40cm, ilustrados na Figura 5. 
 
Figura 5. Frequência relativa de tocos por classe. 
 
 Fonte: Próprio Autor. 
 
4.3 Inventário Florestal 
 
 Com as variáveis do inventário florestal da área, pode-se elaborar uma tabela de 
distribuição de frequências, sendo os dados distribuídos em 6 classes (Tabela 8). 
Determinando a quantidade de 7 árvores por classe, foram cubadas ao todo 42 árvores. 
Também foram calculadas as variáveis de interesse do inventário florestal (Tabelas 9 e 10). 
 
 
 
0,0%
26,7%
63,3%
7,3%
2,7%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0 - 10 cm 10,1 - 20 cm 20,1 - 30 cm 30,1 - 40 cm 40,01cm ↑
F
re
q
u
ên
ci
a
 R
el
a
ti
v
a
Altura de tocos por classe
29 
 
Tabela 8. Tabela de Distribuição de Frequências. 
Classe Li (cm) Xi (cm) Ls (cm) fi Fr (%) FAC Árvores Cubagem Rigorosa 
1 30,6 33,0 35,4 2 2,5 2 7 
2 35,4 37,8 40,2 16 19,8 18 7 
3 40,2 42,6 45,0 32 39,5 50 7 
4 45,0 47,4 49,8 17 21,0 67 7 
5 49,8 52,2 54,6 12 14,8 79 7 
6 54,7 57,1 59,5 2 2,5 81 7 
 ∑ fi ∑ fr (%) ∑ Árvore Cubagem Rigorosa 
 81 100 42 
 Sendo: Li: limite inferior da classe em centímetros; Xi: centro de classe em centímetros; Ls: limite superior da 
classe em centímetros; fi: frequência absoluta; fr: frequência relativa; FAC: frequência acumulada. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 Os dados da distribuição de frequências na Tabela 8 e das variáveis dendrométricas na 
Tabela 9, apresenta um plantio florestal próximo a rotação de corte para a região, devido aos 
diâmetros mínimos da floresta serem superiores a 30,0cm, a média dos DAP’s de 44,6cm e 
pela densidade de 243 indivíduos por hectare. O erro de inventário relativo ficou próximo ao 
recomendável 10%, sendo para este estudo de 12,66%. 
 
Tabela 9. Resumo do Inventário Florestal. 
Variáveis Dendrométricas 
DAP médio (cm) 44,3 
Árvore dg (cm) 44,6 
h média (m) 32,6 
h dom (m) 33,9 
N/ha 243 
G (m²/ha) 37,9 
Ea (m³/ha) 70,5 
Er. (%) 12,66 
Sendo: DAP médio: diâmetro a altura do peito (1,30m) médio da floresta em centímetros; h média: altura 
média total das árvores em metros; h dom: altura dominante de Assman em metros; N/ha: número de árvores 
por hectare; G/ha: área basal por hectare em metros quadrados por hectare; Ea: erro absoluto do inventário 
florestal em metros cúbicos por hectare; Er %: erro relativo do inventário florestal. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 A Tabela 10 apresenta os valores do intervalo de confiança, gerado para a variável 
volume, em hectares e para a área total, sendo, que neste povoamento, em média 557,0 m³/ha 
e para a área total 46.633,7 m³. 
 
 
 
 
30 
 
Tabela 10. Intervalo de Confiança do Inventário Florestal. 
Volume 
Intervalo de Confiança 
LI (m³/ha) XI (m³/ha) LS (m³/ha) 
486,5 557,0 627,4 
 
Volume Total 
LI (m³) Média (m³) LS (m³) 
40.731,4 46.633,7 52.536,0 
Sendo: Li: limite inferior do intervalo de confiança em m³/ha; XI: média do intervalo de confiança em m³/há; 
LS: limite superior do intervalo de confiança. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
4.4 Suficiência Amostral 
 
 4.4.1 Cubagem Rigorosa 
 
 Para o presente estudo foram cubadas rigorosamente pelo método de Smalian 7 
árvores por classe, nas 6 classes determinadas, totalizando um esforço amostral de 42 árvores, 
sendo analisadas pela variável DAP, diâmetro a altura do peito; com t tabelado de 1,962 
(valor tabelado da estatística de “t” de student, a dado nível de significância α e n-1 graus de 
liberdade). 
 Considerando um erro admissível de 10%, com coeficiente de variação de 18,02%, o 
número de árvores suficientes para expressar a variável com segurança foi de 13 árvores, 
sendo a suficiência amostral utilizada suficiente. 
 4.4.2 Altura Média de Corte 
 
 Nos 150 tocos mensurados, para estimativa da média de altura de corte do talhão, foi 
realizado também o cálculo da suficiência amostral, onde com t tabelado de 1,976; 
considerando um erro admissível de 10%, com coeficiente de variação de 36,51%, o número 
de tocos suficientes para expressar a variável com segurança foi de 52 tocos, sendo a 
suficiência amostral utilizadasuficiente. 
 
4.5 Cenários Gerados para Estimativas de Perda 
 
 A campo mensurou-se no cabeçote do harvester, a distância entre o sabre de corte e a 
fração inferior o cabeçote, obtendo-se aproximadamente 16cm (Figura 6). 
31 
 
 Assim foi definida para este estudo, a altura mínima de corte a ser utilizada em um dos 
cenários avaliados, estimando-se a perda volumétrica e monetária atual na área. 
 
Figura 6. Distância mínima entre a parte inferior do cabeçote e o sabre de corte.
 
 Fonte: Próprio Autor. 
 
 Com a altura de corte definida a 16 cm e a média de altura de corte obtida no 
levantamento de tocos de 24,38 cm, percebe-se que há em média 8,37 cm de excesso na altura 
de corte, que resulta em uma maior quantidade de madeira da primeira tora deixada a campo, 
consequentemente há perdas de volume e valor nas demais toras da árvore. 
 Para determinação e comparação de tais volumes, a partir dos dados da cubagem 
rigorosa das 42 árvores de Pinus taeda, foi utilizada a equação de taper de Prodan, para 
estimativa dos diâmetros de interesse nas alturas em que se encontram a ponta fina das toras, 
utilizando dos comprimentos apresentados na Tabela 1. Sendo possível estimar o volume 
deixado em tocos, número de toras e o volume cortado em ambos os cenários. 
 Nos cenários gerados, foram calculados para cada toco e cada tora, seu respectivo 
volume, nas 42 árvores cubadas, por meio do uso da equação de Prodan et al 1966 para 
estimar os diâmetros nas extremidades das seções de interesse e os volumes calculados pelo 
método de Smalian. 
 Assim foi calculado o valor médio (R$) dos tocos e para cada tora, dentro de seu 
sortimento, podendo assim calcular seus valores médios, sendo realizado dentro de cada 
cenário, possibilitando a comparação dos volumes e valores calculados. 
32 
 
 4.5.1 Cenário 1 – Altura de Corte a 24,38cm 
 
 O cenário um, apresenta a situação encontrada da colheita mecanizada na 
floresta, onde a partir da altura de corte de 24,38cm, foram simulados os diâmetros nas 
pontas finas das toras, apresentados na Tabela 11. 
 Apesar da média de altura de corte, os diâmetros médios na ponta fina das toras 
indicam que, em média as árvores no talhão em estudo, fornecem cerca de 3 toras no 
sortimento 35cm mínimos de diâmetro na ponta fina; 3 toras no sortimento de 25cm a 
35cm na ponta fina; 3 toras no sortimento de 16 a 25cm na ponta fina; 1 tora de 8 a 
15cm na ponta fina e um torete com no máximo 8cm na ponta fina, sendo este material 
de descarte ou ainda aproveitável, dependendo do mercado. 
 
Tabela 11. Cenário 1 – Variáveis geradas. 
Sortimento (cm) di^ PF (cm) hi (m) Comprimento Tora (m) 
Toco 50,73 0,2438 0,2438 
35 ↑ 41,31 3,31 3,07 
35 ↑ 38,08 6,38 3,07 
35 ↑ 36,60 9,45 3,07 
25 a 35 34,51 12,52 3,07 
25 a 35 31,00 15,59 3,07 
25 a 35 26,19 18,66 3,07 
16 a 25 22,41 20,76 2,10 
16 a 25 18,41 22,86 2,10 
16 a 25 14,17 24,96 2,10 
8 a 15 9,30 27,36 2,40 
8 ↓ 5,27 29,76 2,40 
Sendo: 35 ↑: diâmetro na ponta fina mínimo para a classe em centímetros; 8 ↓: diâmetro máximo na ponta fina 
para a classe em centímetros; di^PF: diâmetro médio estimado na ponta fina das toras em centímetros; hi: 
altura no fuste em que se encontra o diâmetro estimado em metros. 
 Fonte: Próprio Autor. 
 Na Figura 7, onde percebe-se que os valores médios dos diâmetros estimados, 
descrevem de maneira gráfica o perfil do fuste para o cenário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Figura 7. Representação gráfica do perfil do fuste no cenário 1. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 4.5.2 Cenário 2 – Altura de Corte a 16cm 
 
 O cenário dois, apresenta a situação com aproveitamento de 100% para a 
colheita mecanizada na floresta, com altura de corte em 16cm, sendo para o campo de 
estudo, de difícil obtenção, devido aos fatores como, relevo, solo, operador, precisão do 
cabeçote na máquina em cortar a árvore na altura correta, servindo assim com a 
finalidade comparativa para quantificação das perdas. 
 Na Tabela 12, apresenta os diâmetros simulados nas pontas finas das toras e 
altura em que se encontram os diâmetros para o cenário. 
 Na altura de corte de 16cm, os diâmetros médios na ponta fina das toras indicam 
uma situação semelhante apresentada para no cenário 1 para o número de toras por 
sortimento, porém pode-se visualizar as diferenças quanto aos diâmetros na ponta fina, 
maiores que o cenário 2, assim, tendo toras com maiores volumes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0
10
20
30
40
50
60
0,24 3,31 6,38 9,45 12,52 15,59 18,66 20,76 22,86 24,96 27,36 29,76
D
iâ
m
et
ro
 M
éd
io
 n
a
 P
o
n
ta
 F
in
a
 (
cm
)
Comprimento Fuste (m)
34 
 
Tabela 12. Cenário 2 – Variáveis geradas. 
Sortimento (cm) Di^ PF (cm) hi (m) Comprimento da Tora (m) 
Toco 51,14 0,16 0,16 
35 ↑ 41,46 3,23 3,07 
35 ↑ 38,13 6,30 3,07 
35 ↑ 36,64 9,37 3,07 
25 a 35 34,59 12,44 3,07 
25 a 35 31,12 15,51 3,07 
25 a 35 26,33 18,58 3,07 
16 a 25 22,57 20,68 2,10 
16 a 25 18,57 22,78 2,10 
16 a 25 14,35 24,88 2,10 
8 a 15 9,27 27,28 2,40 
8 ↓ 5,33 29,68 2,40 
Sendo: 35 ↑: diâmetro na ponta fina mínimo para a classe em centímetros; 8 ↓: diâmetro máximo na ponta fina 
para a classe em centímetros; di^PF: diâmetro médio estimado na ponta fina das toras em centímetros; hi: 
altura no fuste em que se encontra o diâmetro estimado em metros. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 Na Figura 8, onde percebe-se que os valores médios dos diâmetros estimados, 
descrevem de maneira gráfica o perfil do fuste para o cenário. 
 
Figura 8. Representação gráfica do perfil do fuste no cenário 2. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
0
10
20
30
40
50
60
0,16 3,23 6,30 9,37 12,44 15,51 18,58 20,68 22,78 24,88 27,28 29,68
D
iâ
m
et
ro
 M
éd
io
 n
a
 P
o
n
ta
 F
in
a
 (
cm
)
Comprimento Fuste (m)
35 
 
4.6 Sortimentos Comerciais 
 
 Nas 42 árvores cubadas, calculou-se o número de toras por árvore, sendo possível 
estimar a quantidade de toras em média por sortimento e a porcentagem de sortimento, sendo 
extrapolado os valores para hectare (Tabela 13 e Figura 9). 
 
Tabela 13. Sortimentos Comerciais Estimados 
Sortimento 35cm ↑ 25 - 35cm 16 - 24cm 8 a 15cm 8cm ↓ Total 
Toras/Árvore 3 3 3 1 1 11 
Toras/ha 729 729 729 243 243 2.673 
Sortimento (%) 27,3 27,3 27,3 9,1 9,1 100 
Sendo: 35↑= toras com diâmetro na ponta fina =>35cm; 25 a 34 = toras com diâmetro na ponta fina entre 25cm e 
34,99cm; 16 a 24 = toras com diâmetro na ponta fina entre 24,3 e 24,99cm; 8 a 15 = toras com diâmetro na ponta 
fina entre 8cm e 15,99cm; 8↓= toras com diâmetro na ponta fina < 8cm. 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 Assim, em média tem-se 11 toras por árvore, destas, 3 toras em cada um dos seguintes 
sortimentos, 35cm ↑; 25 a 35cm e 16 a 24cm, sendo que, cada um destes representa 27,3% da 
árvore. Nos sortimentos de 8 a 15cm e 8cm ↓ apenas 1 tora em média por árvore, 
representando cada um 9,1% da árvore. 
 Nos três primeiros sortimentos com maior valor agregado, tem-se cerca de 729 
toras/ha para cada um dos sortimentos, sendo estes de 35cm↑, 25 a 35cm e 16 a 24cm. 
 Para os sortimentos 8 a 15cm e 8cm ↓, tem-se 243 toras/ha cada. Assim para todos os 
sortimentos tem-se uma estimativa de 2.673 toras por hectare. 
 
Figura 9. Sortimentos Comerciais Atuais. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
27,3%
27,3%
27,3%
9,1%
9,1%
18,2%
35cm ↑ 25 - 35cm 16 - 25cm 8 a 15cm 8cm ↓
36 
 
4.7 Estimativas de Volume Não Utilizados na Colheita Florestal 
 
 4.7.1 Volume não Utilizado em Tocos RemanescentesO cálculo do valor médio de madeira em m³ encontrado na seção das árvores 
entre a alturas de corte dos dois cenários, sendo entre 16cm a 24,38cm, determina o 
volume não aproveitado nesta seção do fuste. A Tabela 14 exibe a estimativa de perdas 
volumétricas e monetárias, por árvore, por hectare e para área total. 
 A perda nos tocos é mais expressiva, devido ao alto valor agregado no 
sortimento, onde tal seção poderia ter um melhor aproveitamento. Como apresentado 
na Tabela 1, o sortimento de toras com 35cm mínimo na ponta fina, tem o valor de R$ 
205,00/m³. O volume médio calculado por toco na seção entre 16cm a 24,38cm de 
altura é de 0,0168m³, com um valor estimado em R$ 3,45 por toco remanescente. 
 Na área em estudo tem-se a densidade de 243 árvores por hectare, assim a 
quantidade estimada de madeira não aproveitada é de 4,09 m³/ha, gerando uma perda 
de R$/ha 838,85; sendo para a área total de 83,73 ha, uma perda significativa de 
342,62 m³, com expressivos R$ 70.237,02 deixados de ser arrecadados (Tabela 14). 
Tabela 14. Perdas volumétricas e monetárias estimadas em tocos. 
Estimativas para Tocos entre 16 a 24,4cm de altura 
Volume Médio entre 16cm a 24cm (m³/toco) 0,0168 
Perda monetária (R$/toco) R$ 3,45 
Número de tocos p/ ha 243 
Volume médio entre 16cm a 24cm (m³/ha) 4,09 
Perda monetária (R$/ha) R$ 838,85 
Volume médio entre 16cm e 24cm Área Total (m³) 342,62 
Perda monetária (R$) R$ 70.237,02 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 4.7.2 Volumes Não Utilizados por Árvore 
 
 Por meio do cálculo dos diâmetros nas extremidades das seções das árvores, foi 
realizado o cálculo dos volumes das seções pelo método de Smalian, para cada tora de 
cada árvore, o volume obtido foi multiplicado pelo valor do sortimento correspondente 
a classificação da tora pela ponta fina. 
 Assim obteve-se o volume em m³ e valor em R$/m³ em média por tora, por 
árvore e por sortimento dentro de cada cenário; podendo extrapolar para a área em 
37 
 
estudo. Nos Quadros 1 e 2 apresenta-se os valores médios de volume por tora e 
R$/tora obtidos para os cenários analisados. 
Quadro 1. Médias das variáveis do cenário 1. 
Cenário 1 - Altura de Corte de 24,38cm 
Tora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
Sortimento 
(cm) 35 ↑ 35 ↑ 35 ↑ 35 - 25 35 - 25 35 - 25 25 - 16 25 - 16 25 - 16 15 a 8 8 ↓ 
Seção (m) 
0,24 - 
3,31 
3,31 - 
6,38 
6,38 - 
9,45 
9,45 - 
12,52 
12,52 - 
15,59 
15,59 - 
17,69 
17,69 - 
19,79 
19,79 - 
21,89 
21,89 - 
23,99 
23,99 - 
26,39 
26,39 - 
28,79 
v médio/tora 
(m³) 0,5332 0,3934 0,3476 0,3156 0,2692 0,2070 0,1029 0,0736 0,0482 0,0301 0,0041 
Ganhos a 
24,4cm 
(R$/tora) 
 R$ 
109,31 
 R$ 
80,64 
 R$ 
71,26 
 R$ 
42,61 
 R$ 
36,34 
 R$ 
27,95 
 R$ 
8,85 
 R$ 
6,33 
 R$ 
4,14 
 R$ 
1,81 
 R$ 
0,23 
Sendo: Ganhos a 24cm: Ganhos atuais em R$/tora no cenário 1 com altura de toco média de 24,38cm. 
Fonte: Próprio Autor. 
Quadro 2. Médias das variáveis do cenário 2. 
Cenário 2 - Altura de Corte 16cm 
Tora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
Sortimento 
(cm) 35 ↑ 35 ↑ 35 ↑ 35 - 25 35 - 25 35 - 25 25 - 16 25 - 16 25 - 16 15 a 8 8 ↓ 
Seção (m) 
0,16 - 
3,23 
3,23 - 
6,30 
6,30 - 
9,37 
9,37 - 
12,44 
12,44 - 
15,51 
15,51 - 
17,61 
17,61 - 
19,71 
19,71 - 
21,81 
21,81 - 
23,91 
23,91 - 
26,31 
26,31 - 
28,71 
v 
médio/tora 
(m³) 0,5399 0,3954 0,3485 0,3166 0,2707 0,2088 0,1042 0,0747 0,0491 0,0309 0,0043 
Ganhos a 
16cm 
(R$/tora) 
 R$ 
110,67 
 R$ 
81,06 
 R$ 
71,43 
 R$ 
42,75 
 R$ 
36,54 
 R$ 
28,19 
 R$ 
8,96 
 R$ 
6,42 
 R$ 
4,22 
 R$ 
1,86 
 R$ 
0,24 
Sendo: Ganhos a 16cm: Ganhos desejados em R$/tora no cenário 2 com altura de toco média em 16cm. 
Fonte: Próprio Autor. 
 De acordo com o valor do sortimento e volume da tora, percebe-se o decréscimo 
nos valores em R$/m³, conforme diminui os volumes tendo valores agregados menores 
em ambos os cenários, no Quadro 3, fica evidente o impacto que a diferença de 
8,37cm nas alturas de tocos, nos cenários analisados pode causar, os valores em m³ e 
R$/m³ que deixam de ser ganhos por tora dentro de cada sortimento. Sendo apenas na 
primeira tora a perda de R$ 1,36/m³. 
Quadro 3. Diferenças entre de Cenários. 
Perdas com altura de corte a 24,38cm 
Tora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
Sortimento 35 ↑ 35 ↑ 35 ↑ 35 - 25 35 - 25 35 - 25 25 - 16 25 - 16 25 - 16 15 a 8 15 a 8 
v médio/tora (m³) 0,0067 0,0020 0,0009 0,0010 0,0015 0,0018 0,0012 0,0011 0,0009 0,0008 0,0002 
 Perdas com 24,38 cm 
(R$/tora) 
R$ 
1,36 
R$ 
0,41 
R$ 
0,17 
R$ 
0,14 
R$ 
0,20 
R$ 
0,24 
R$ 
0,11 
R$ 
0,09 
R$ 
0,08 
R$ 
0,05 
R$ 
0,01 
Sendo: Perdas a 24,38cm: Perdas monetárias devido a altura excessiva de 24,38cm; v médio/tora (m³): 
Perdas volumétricas devido a altura excessiva de 24,38cm. 
Fonte: Próprio Autor. 
38 
 
 4.7.3 Volumes Não Utilizados nos Sortimentos Comerciais 
 
 Para facilitar a análise dos resultados, a Tabela 15 apresenta os resultados por 
sortimento, tendo uma visão mais ampla da situação. Na primeira linha os valores 
arrecadados atuais com a altura de corte média a 24,38 cm, e na segunda linha os 
valores que poderiam ser almejados com a altura de corte em 16 cm. 
 
Tabela 15. Perdas nos Sortimentos 
ANÁLISE DE CENÁRIOS 
Sortimento 35cm ↑ 25 a 35cm 16 a 25cm 8 a 15cm 8cm ↓ Total 
RA Cenário 1 (R$/árvore) R$ 261,21 R$ 106,89 R$ 19,32 R$ 1,81 R$ 0,23 R$ 389,47 
RD Cenário 2 (R$/árvore) R$ 263,16 R$ 107,48 R$ 19,60 R$ 1,86 R$ 0,24 R$ 392,34 
Perdas a 24,38 (R$/árvore) R$ 1,95 R$ 0,59 R$ 0,28 R$ 0,05 R$ 0,01 R$ 2,88 
Perdas a 24,38 (m³/árvore) 0,0095 0,0043 0,0033 0,0008 0,0002 0,02 
Perdas a 24,38 (m³/ha) 2,31 1,05 0,79 0,20 0,04 4,40 
Perdas a 24,38 (R$/ha) R$ 474,26 R$ 142,30 R$ 68,17 R$ 11,70 R$ 2,37 R$ 698,81 
Perdas a 24,38 - Área Total (m³) 193,7 88,3 66,4 16,3 3,5 368,15 
Perdas a 24,38 - Área Total (R$) R$ 39.709,79 R$ 11.914,91 R$ 5.708,23 R$ 979,84 R$ 198,27 R$ 58.312,77 
Sendo: RA: Receita Atual em R$/árvore com corte a 24,38cm de altura; RD: Receita desejada 
R$/árvore com corte a 16cm de altura; Perdas a 24,38 (R$/árvore): Perdas monetários estimados com corte a 
24,38cm dentro de cada sortimento; Perdas a 24,38 (m³/árvore): Perdas em m³/árvore estimados com corte a 
24,38cm dentro de cada sortimento; Perdas a 24,4 (m³/ha): estimativa de perdas por hectare em m³ dentro de 
cada sortimento com corte a 24,38cm; Perdas a 24,38 (R$/ha): estimativa de perdas monetários por hectare 
dentro de cada sortimento com corte a 24,38cm; 35cm↑: sortimento de toras com diâmetro na ponta fina 
=>35cm; 25 a 34cm: sortimento de toras com diâmetro na ponta fina entre 25cm e 34,99cm; 16 a 24cm: 
sortimento de toras com diâmetro na ponta fina entre 16 e 24,99cm; 8 a 15cm = sortimento de toras com 
diâmetro na ponta fina entre 8cm e 15,99cm; 8cm↓= sortimento de toras com diâmetro < 8cm. 
Fonte: Próprio Autor. 
 Assim em média, com o corte a 24,38cm de altura, por árvore temos, o ganho 
de R$ 261,21 para o sortimento de 35cm na ponta fina; R$ 106,89 no sortimento de 25 
a 35cm a ponta fina; R$ 19,32 no sortimento de 16a 25cm ponta fina; R$ 1,81 no 
sortimento de 8 a 15cm na ponta fina; e ainda cerca de R$ 0,23 na classificação para 
toras com diâmetro na ponta fina menor que 8cm, totalizando R$ 389,47/árvore; da 
mesma forma para o cenário 2, onde o ganho estimado é de R$ 392,34/árvore. Assim 
devido a 8,37cm de altura, temos uma perda média de R$ 2,88 por árvore. 
 Os valores expressos na Tabela 15, mostram que devido a altura de corte 
excessiva, por hectare perde-se cerca de 4,4 m³ de madeira nos sortimentos, deixando 
de arrecadar cerca de R$ 698,81/ha; e para a área total de 83,73ha, 368,15 m³ de 
madeira, em valores monetários R$ 58.321,77. A Figura 10 ilustra os valores médios 
por árvore dentro de cada sortimento, apresentados na Tabela 15. 
 
39 
 
Figura 10. Receitas por árvore em diferentes cenários. 
 
 Fonte: Próprio Autor. 
 
 A Figura 11, ilustra os valores monetários, deixados de arrecadar nos 
sortimentos por hectare apresentados na Tabela 15. Destaque para os valores de R$/ha 
474,26 no sortimento de 35cm mínimo na ponta fina e R$/ha 142,30 para o sortimento 
de toras com diâmetros de 25cm a 34cm, sendo as classes com maiores valores 
agregados. 
Figura 11. Perdas monetárias estimadas por hectare. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 A Figura 12, demonstra os valores perdas nos sortimentos para a área total na 
também citados na Tabela 15. 
R
$
2
6
1
,2
1
 
R
$
1
0
6
,8
9
 
R
$
1
9
,3
2
 
R
$
1
,8
1
 
R
$
0
,2
3
 
R
$
3
8
9
,4
7
 
R
$
 2
6
3
,1
6
 
R
$
 1
0
7
,4
8
 
R
$
 1
9
,6
0
 
R
$
 1
,8
6
 
R
$
 0
,2
4
 
R
$
3
9
2
,3
4
 
 R$-
 R$50
 R$100
 R$150
 R$200
 R$250
 R$300
 R$350
 R$400
 R$450
35cm ↑ 25 a 34cm 16 a 24cm 15 a 8cm 8cm ↓ Total
R
$
/á
rv
o
re
Sortimentos Comerciais
Valor médio atual Cenário 1 (R$/árvore) Valor desejado Cenário 2 (R$/árvore)
R$ 474,26 
R$ 142,30 
R$ 68,17 
R$ 11,70 R$ 2,37 
R$698,81 
R$ 0
R$ 100
R$ 200
R$ 300
R$ 400
R$ 500
R$ 600
R$ 700
R$ 800
35cm ↑ 25 a 34cm 16 a 24cm 15 a 8cm 8cm ↓ Total
R
$
/h
a
Sortimentos Comerciais
40 
 
Figura 12. Perdas monetárias por sortimento estimadas na área total. 
 
Fonte: Próprio Autor. 
 
4.8 Resultados Finais 
 
 A produtividade atual na área, demonstrada pelo cenário 1, mostra que, para o 
plantio de 25 anos de idade, tem-se em média 2,32 m³/árvore, com valor médio de R$ 
389,47 por árvore, extrapolando, tem-se cerca de 562,02 m³/ha, dentro do intervalo de 
confiança do inventário apresentado na Tabela 10, ou ainda em valores monetários 
R$/ha 94.652,57. 
 Frente ao cenário 2, onde o volume médio a ser colhido, é de 2,34 m³/árvore, 
com valor médio de R$ 392,34 por árvore, representando 569,42 m³/ha e renda bruta 
de R$/ha 95.351,38. 
 Percebe-se que devido a altura de corte excedente em 8,37cm, nos sortimentos 
comerciais os valores em madeira que deixam de ser colhidos, são de 0,0181 
m³/árvore, inferindo, tem-se 4,4 m³/ha, em valores monetários R$ 2,88 por árvore. A 
diferença entre a arrecadação nos cenários gerados, chega a R$ 698,81/ha (Tabela 16), 
 
Tabela 16. Resumo dos Cenários Gerados. 
COMPARAÇÃO DE CENÁRIOS 
Variáveis analisadas Cenário 1 (24,4cm) Cenário 2 (16cm) Perdas com corte a 24,38cm 
Produtividade/Árvore (m³) 2,325 2,343 0,0181 
Arrecadação (R$/árvore) R$ 389,47 R$ 392,34 R$ 2,88 
Produtividade (m³/ha) 565,02 569,42 4,40 
Arrecadação (R$/ha) R$ 94.652,57 R$ 95.351,38 R$ 698,81 
Fonte: Próprio Autor. 
R$39.709,79 
R$11.914,91 
R$5.708,23 
R$979,84 R$198,27 
R$58.312,77 
 R$-
 R$10.000
 R$20.000
 R$30.000
 R$40.000
 R$50.000
 R$60.000
 R$70.000
35cm ↑ 25 a 34cm 16 a 24cm 15 a 8cm 8cm ↓ Total
R
$
Sortimentos Comerciais
41 
 
 
 O impacto na colheita florestal, com valores excessivos de altura de corte, não 
se restringe somente aos tocos (Tabela 14), se dá também nas toras em cada árvore, 
como apresentados nos Quadros 1,2 e 3, e nas Tabelas 15 e 16. 
 Assim a perda de volume e valor em uma árvore se dá nas várias seções de uma 
árvore, onde não é dado seu devido aproveitamento, a Tabela 17, mostra a estimativa 
de perda de total para a área estudada, nos tocos e sortimentos, segundo os cenários 
gerados. 
 
Tabela 17. Perdas Volumétricas e Monetárias Totais. 
RESULTADOS FINAIS 
Estimativas de Perdas em Tocos Remanescentes 
Estimativa de perdas nos 
Sortimentos 
Perdas nos Tocos e Sortimentos 
V médio (m³/ha) 4,09 V médio (m³/ha) 4,40 Volume perdido (m³/ha) 8,49 
Volume Médio (m³) 342,62 Perdas (m³) 368,15 V total (m³) 710,77 
Valor (R$/ha) R$ 838,85 Valor (R$/ha) R$ 698,81 Valor (R$/ha) R$ 1.537,66 
Valor - Área Total (R$) R$ 70.237,02 
Valor – Área Total 
(R$) 
 R$ 58.511,04 Valor -Área Total (R$) R$ 128.748,06 
Fonte: Próprio Autor. 
 
 Os valores estimados em perdas nos tocos e sortimentos já discutidos 
anteriormente, apresentam perdas significativas para a área total, somados, o volume 
médio perdido, culmina em 8,49 m³/ha com impacto de R$ 1.537,66 por hectare e 
710,77 m³ para a área total, com consideráveis R$ 128.748,06 para a área de 83,73 ha. 
 Apesar do valor estimado para a perda monetária na área total ser expressivo, 
representa apenas 1,62% da renda bruta (R$) esperada para a área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
5 CONCLUSÃO 
 
 O estudo realizado aponta que, há perdas de madeira na área estudada, tanto nos tocos 
remanescentes como nos sortimentos, devido à altura excessiva dos tocos. 
 A altura média de corte encontrada foi de 24,38cm. Dos tocos mensurados, 63,3% 
destes encontram-se entre 20,1 a 30cm de altura, com perda monetária estimada em R$ 3,45 
por cepa remanescente. Assim, por hectare estima-se a perda de 4,09 m³ ou R$ 838,85. 
 A queda na arrecadação em m³/ha e R$/ha não se limita aos tocos, pois quanto mais 
alto o corte é realizado, tem-se uma tendência a diminuir o diâmetro da tora, e isso se 
transfere de tora em tora na árvore. 
 Com o uso dos cenários gerados, nos sortimentos o volume deixado de colher foi 
quantificado em 4,40 m³/ha, com consequente perda financeira de R$ 698,81. 
 O volume deixado de colher em tocos e nos sortimentos é de 8,49 m³/ha, com perda 
financeira de R$/ha 1.537,66. Sendo 710,77 m³ na área em estudo de 83,73ha, deixando de 
arrecadar para área total do talhão cerca de R$ 128.748,06; devido a média de 8,37 cm de 
altura excedente nas cepas remanescentes. 
 A altura excessiva de corte, mesmo em poucos centímetros, tem impacto nos volumes 
colhidos, consequentemente na renda bruta a ser obtida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
6 RECOMENDAÇÕES PARA OTIMIZAÇÃO E APROVEITAMENTO DA 
COLHEITA FLORESTAL 
 
 Sabe-se da dificuldade de realizar o corte da árvore o mais próximo ao solo possível, e 
que alturas mais baixas de corte podem vir a causar danos ao cabeçote da máquina, porém é 
recomendado que se diminua a altura média de corte, para evitar perdas em m³/ha e R$/ha, 
como as estimativas apresentadas. 
 Visando um melhor aproveitamento do processo, o treinamento dos operadores das 
máquinas de corte florestal, é uma opção, assim, podendo ser realizado, em diferentes 
declividades e situações que o terreno das áreas a serem colhidas possam apresentar, 
determinando as causas e possíveis soluções. 
 Ainda, é recomendado a contratação de pessoal para limpeza das acículas no entorno 
das árvores a serem abatidas, com uso de ancinhos. O acúmulo de acículasno solo da floresta, 
dificulta a precisão do corte na altura recomendada, sendo um dos motivos das perdas 
volumétricas em colheita florestal. Assim a limpeza no entorno de cada árvore a ser abatida 
poderá vir a acarretar na redução da altura média de corte das árvores. 
 
 
 
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