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Administração financeira curto prazo - FGV

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Administração Financeira de Curto Prazo S U M Á R I O
SUMÁRIO
ABERTURA .................................................................................................................................. 7
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 7
OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 7
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA ................................................................................................................................................ 9
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ......................................................................................................................................... 9
PROFESSOR-AUTOR ................................................................................................................................................................... 9
MÓDULO 1 – CAPITAL DE GIRO ................................................................................................ 11
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 11
UNIDADE 1 – SOLVÊNCIA E CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO – OS INDICADORES TRADICIONAIS ... 11
1.1LIQUIDEZ .............................................................................................................................................................................. 11
1.2 BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................................................................ 11
1.2.1LIQUIDEZ DO AT ............................................................................................................................................................. 11
1.3 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................................................................................................................................. 12
1.4 GRAUS DE LIQUIDEZ DO CCL ...................................................................................................................................... 12
1.4.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 13
1.5 CONTAS REMUNERADAS E NÃO REMUNERADAS ................................................................................................. 13
1.6 LIQUIDEZ PATRIMONIAL DE CURTO PRAZO ........................................................................................................... 14
1.7 VISUALIZAÇÃO DE CCL POSITIVO .............................................................................................................................. 15
1.7.1 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................................................................... 16
1.7.2 CCL’ E CCL’’ ........................................................................................................................................................................ 16
1.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 16
1.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 16
UNIDADE 2 – RENTABILIDADE DE ATIVO ........................................................................................... 17
2.1 SITUAÇÃO DE CURTO PRAZO ....................................................................................................................................... 17
2.2 NÍVEL ÓTIMO ..................................................................................................................................................................... 17
2.2.1 CCL ZERO VERSUS CCL POSITIVO ........................................................................................................................... 17
2.3 GERAÇÃO DE LUCRO ....................................................................................................................................................... 18
2.4 IMPOSSIBILIDADE DE GESTÃO .................................................................................................................................... 18
2.5 CCL POSITIVO IDEAL ....................................................................................................................................................... 18
2.6 CÁLCULO DE CCL ............................................................................................................................................................. 19
2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 19
2.8 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 19
UNIDADE 3 – ESTRATÉGIAS DE GERÊNCIA ......................................................................................... 19
3.1 ESTRATÉGIAS DE GERÊNCIA .......................................................................................................................................... 19
3.2 EXEMPLO ............................................................................................................................................................................. 20
3.3 ESTRATÉGIA AGRESSIVA ................................................................................................................................................. 20
3.3.1 RISCOS ............................................................................................................................................................................... 21
3.4 ESTRATÉGIA CONSERVADORA ...................................................................................................................................... 21
3.5 UTILIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS .................................................................................................................................. 22
3.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 23
3.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 23
UNIDADE 4 – FONTES DE FINANCIAMENTO ...................................................................................... 23
4.1 FINANCIAMENTO DE CURTO PRAZO ........................................................................................................................ 23
Administração Financeira de Curto PrazoS U M Á R I O
4.1.1 CAPITAL PRÓPRIO ........................................................................................................................................................... 23
4.1.1.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS ............................................................................................................................ 23
4.1.1.2 EXEMPLO GRÁFICO ................................................................................................................................................... 24
4.1.1.3EXEMPLO NUMÉRICO ............................................................................................................................................... 25
4.1.2 CAPITAL BANCÁRIO ...................................................................................................................................................... 26
4.1.2.1 EXEMPLO ....................................................................................................................................................................... 26
4.1.3 ANTECIPAÇÃO DE RECEITAS ...................................................................................................................................... 27
4.1.3.1 EXEMPLO GRÁFICO ................................................................................................................................................... 28
4.1.3.2 EXEMPLO NUMÉRICO ............................................................................................................................................... 29
4.1.3.3 TIPOS DE ANTECIPAÇÃO .......................................................................................................................................... 29
4.2 BNDES ................................................................................................................................................................................... 30
4.2.1 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................................................................... 30
4.3 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 31
4.4 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 31
UNIDADE 5 – ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 31
5.1 EMPRESA CARDY ............................................................................................................................................................... 31
5.2 CÁLCULO DO CCL ............................................................................................................................................................ 33
5.3 ATIVO CIRCULANTE ......................................................................................................................................................... 33
5.4 GERÊNCIA DO CCL ........................................................................................................................................................... 34
5.4.1 POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS ............................................................................................................................................. 34
5.5 FINANCIAMENTO COM CAPITAL PRÓPRIO .............................................................................................................. 34
5.6 FINANCIAMENTO COM ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ............................................................................................ 36
5.7 FINANCIAMENTO COM EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS .......................................................................................... 37
5.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 39
UNIDADE 6 – ORÇAMENTO DE CAIXA ............................................................................................... 39
6.1 ORÇAMENTO DE CAIXA .................................................................................................................................................. 39
6.1.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 39
6.2 ORÇAMENTO DE CAIXA VERSUS ANÁLISE DO CCL ............................................................................................. 41
6.3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ..................................................................................................................................... 42
6.4 MATERIAL PARA PROJEÇÕES ......................................................................................................................................... 42
6.5 ADMINISTRAÇÃO DO CAIXA ......................................................................................................................................... 42
6.6 EXCESSO DE RECURSOS ................................................................................................................................................. 43
6.6.1 SOLUÇÃO .......................................................................................................................................................................... 44
6.7 REMUNERAÇÃO EFETIVA ................................................................................................................................................ 44
6.8 INDICADORES ..................................................................................................................................................................... 44
6.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 45
6.10 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 45
UNIDADE 7 – CENÁRIOS CULTURAIS .................................................................................................. 45
MÓDULO 2 – PONTO DE EQUILÍBRIO ....................................................................................... 47
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 47
UNIDADE 1 – ESTRUTURA DE CUSTOS .............................................................................................. 47
1.1 PONTO DE EQUILÍBRIO ................................................................................................................................................... 47
1.2 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ...................................................................................................................... 47
1.2.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 49
Administração Financeira de Curto Prazo S U M Á R I O
1.2.2 IMPLICAÇÕES DO EXEMPLO ..................................................................................................................................... 50
1.3 ESTRUTURA DE CUSTOS ................................................................................................................................................ 50
1.4 ECONOMIAS DE ESCALA ................................................................................................................................................ 51
1.4.1 EXEMPLO NUMÉRICO .................................................................................................................................................. 51
1.4.2 EXEMPLO GRÁFICO ...................................................................................................................................................... 52
1.5 MAXIMIZAÇÃO DE LUCROS ..........................................................................................................................................53
1.6 PREÇO VERSUS CUSTO ................................................................................................................................................... 54
1.7 DESCOBERTA DO PONTO DE EQUILÍBRIO ............................................................................................................... 54
1.7.1 CONDIÇÕES DE LUCRO VERSUS CONDIÇÕES DE PREJUÍZO ........................................................................ 57
1.7.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 58
1.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 59
1.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 59
UNIDADE 2 – TIPOS DE EQUILÍBRIO ................................................................................................... 59
2.1 EQUILÍBRIO .......................................................................................................................................................................... 59
2.1.1 TIPOS .................................................................................................................................................................................. 60
2.1.1.1 EXEMPLO ....................................................................................................................................................................... 61
2.1.2 RELEVÂNCIA .................................................................................................................................................................... 62
2.2 EMPRESA MULTIPRODUTO ............................................................................................................................................ 62
2.3 DOIS PRODUTOS ............................................................................................................................................................... 63
2.3.1 DISTRIBUIÇÃO DO CUSTO FIXO ............................................................................................................................... 64
2.3.2 UTILIZAÇÃO DE DADOS HISTÓRICOS .................................................................................................................... 65
2.3.2.1 CÁLCULO DO EQUILÍBRIO DO PRODUTO ......................................................................................................... 66
2.3.2.2 ANÁLISE MULTIPRODUTO ....................................................................................................................................... 66
2.3.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E CUSTOS FIXOS ............................................................................................. 67
2.4 EMPRESA N-PRODUTO .................................................................................................................................................... 68
2.4.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 68
2.4.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................................................................... 69
2.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 70
2.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 70
UNIDADE 3 – MARGEM DE SEGURANÇA ............................................................................................ 70
3.1 MARGEM DE SEGURANÇA ............................................................................................................................................ 70
3.2 CÁLCULO DA MARGEM DE SEGURANÇA ................................................................................................................ 71
3.3 MARGEM ABSOLUTA VERSUS MARGEM RELATIVA .............................................................................................. 71
3.3.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 72
3.4 GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL – GAO ................................................................................................. 73
3.5 DEFINIÇÃO ALGÉBRICA DE GAO ................................................................................................................................. 74
3.5.1 LAJI E PONTO DE EQUILÍBRIO ................................................................................................................................... 74
3.5.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 74
3.5.3 EXEMPLO 2 ...................................................................................................................................................................... 75
3.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 76
3.7 EXERCÍCIOS ......................................................................................................................................................................... 76
UNIDADE 4 – ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 76
4.1 EMPRESA GALILEI ............................................................................................................................................................. 76
4.2 CUSTO MÉDIO OPERACIONAL ..................................................................................................................................... 77
4.2.1 CÁLCULO .......................................................................................................................................................................... 78
Administração Financeira de Curto PrazoS U M Á R I O
4.3 PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL .................................................................................................................... 78
4.4 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL ............................................................................................................................. 79
4.5 EQUILÍBRIO ECONÔMICO .............................................................................................................................................. 80
4.6 CÁLCULO DA MARGEM DE SEGURANÇA ................................................................................................................ 80
4.6.1 GRÁFICO ............................................................................................................................................................................ 82
4.7 ALAVANCAGEM OPERACIONAL ................................................................................................................................... 82
4.7.1 FÓRMULA ......................................................................................................................................................................... 83
4.8 MUDANÇA NO PONTO DE EQUILÍBRIO.................................................................................................................... 83
4.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 84
UNIDADE 5 – CENÁRIOS CULTURAIS .................................................................................................. 84
MÓDULO 3 – LOTE ECONÔMICO DE COMPRA E ALAVANCAGEM FINANCEIRA ..................... 85
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 85
UNIDADE 1 – MODELO DE LOTE ECONÔMICO DE COMPRA ............................................................. 85
1.1 COMPRA DE INSUMOS ................................................................................................................................................... 85
1.2 CUSTOS DE ESTOCAGEM .............................................................................................................................................. 85
1.2.1 JUST-IN-TIME .................................................................................................................................................................. 86
1.2.1.1 MINIMIZAÇÃO DE ESTOQUES ............................................................................................................................... 87
1.2.2 GRANDES LOTES ............................................................................................................................................................ 87
1.3 RESUMO DO CONCEITO ................................................................................................................................................. 87
1.4 TAMANHO ÓTIMO ............................................................................................................................................................ 88
1.5 PONTO DE DETERMINAÇÃO DO LOTE ...................................................................................................................... 89
1.5.1 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA – JUST-IN-TIME ........................................................................................................ 89
1.5.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA – GRANDES LOTES .................................................................................................. 90
1.6 CÁLCULO DO LEC ............................................................................................................................................................. 91
1.7 PROPORCIONALIDADE DOS CUSTOS ........................................................................................................................ 91
1.7.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 92
1.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 92
1.9 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 92
UNIDADE 2 – ALAVANCAGEM FINANCEIRA ....................................................................................... 93
2.1 GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA .................................................................................................................... 93
2.1.1 SITUAÇÕES POSSÍVEIS ................................................................................................................................................. 93
2.2 CÁLCULO DE ALAVANCAGEM ..................................................................................................................................... 94
2.3 CÁLCULO SEM DESPESAS FINANCEIRAS ................................................................................................................. 94
2.3.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 94
2.3.2 EXEMPLO 2 ...................................................................................................................................................................... 95
2.4 IMPORTÂNCIA RELATIVA ................................................................................................................................................ 95
2.5 ADMINISTRAÇÃO DO GAF ............................................................................................................................................. 95
2.6 PLANEJAMENTO ................................................................................................................................................................ 96
2.6.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 96
2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 96
2.8 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 96
UNIDADE 3 – ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 97
3.1 EMPRESA GALILEI ............................................................................................................................................................. 97
3.2 LAJI E LAIR ........................................................................................................................................................................... 97
Administração Financeira de Curto Prazo S U M Á R I O
3.2.1 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ...................................................................................................................................... 98
3.2.2 RECEITA TOTAL E CUSTO TOTAL .............................................................................................................................. 98
3.2.3 LAJI ...................................................................................................................................................................................... 99
3.2.4 LAIR ................................................................................................................................................................................... 100
3.3 ALAVANCAGEM FINANCEIRA ..................................................................................................................................... 100
3.4 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 101
UNIDADE 4 – CENÁRIOS CULTURAIS ................................................................................................ 101
MÓDULO 4 – CONTROLE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO................................................... 103
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 103
UNIDADE 1 – APLICAÇÃO ................................................................................................................ 103
1.1 UTILIZAÇÃO ......................................................................................................................................................................103
1.2 META .................................................................................................................................................................................... 103
1.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL .................................................................................................................. 104
1.4 IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS ............................................................................................................................... 104
1.5 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 105
1.6 EXERCÍCIO .......................................................................................................................................................................... 105
UNIDADE 2 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PROJETADAS ....................................................... 105
 2.1 CARACTERIZAÇÃO ......................................................................................................................................................... 105
2.2 PREVISÃO DE VENDAS .................................................................................................................................................. 105
2.3 METAS DE CRESCIMENTO ............................................................................................................................................ 106
2.4 USOS .................................................................................................................................................................................... 106
2.5 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 106
2.6 EXERCÍCIO .......................................................................................................................................................................... 106
UNIDADE 3 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO ...................................................... 107
3.1 CARACTERIZAÇÃO .......................................................................................................................................................... 107
3.2 PROJEÇÃO .......................................................................................................................................................................... 107
3.3 DEFINIÇÃO DE CENÁRIOS ............................................................................................................................................ 108
3.3.1 CENÁRIO PESSIMISTA ................................................................................................................................................. 108
3.3.2 CENÁRIO ESTÁVEL ....................................................................................................................................................... 109
3.3.3 CENÁRIO OTIMISTA ..................................................................................................................................................... 109
3.4 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 110
3.5 EXERCÍCIO .......................................................................................................................................................................... 110
UNIDADE 4 – SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS ......................................................................................... 110
4.1 DRE ....................................................................................................................................................................................... 110
4.2 SIMULAÇÃO 1 – CENÁRIO PESSIMISTA .................................................................................................................. 110
4.3 SIMULAÇÃO 2 – CENÁRIO ESTÁVEL ........................................................................................................................ 111
4.4 SIMULAÇÃO 3 – CENÁRIO OTIMISTA ...................................................................................................................... 112
4.5 ANÁLISE DO ADMINISTRADOR .................................................................................................................................. 113
4.6 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 114
UNIDADE 5 – CENÁRIOS CULTURAIS ................................................................................................ 114
MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO .............................................................................................. 115
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 115
Administração Financeira de Curto Prazo A B E R T U R A
7
ABERTURA
APRESENTAÇÃO
A disciplina Administração Financeira de Curto Prazo contempla as principais necessidades
de um administrador nas questões relacionadas à administração de capital de giro e financiamento
de curto prazo.
Muitas empresas têm dificuldades no planejamento financeiro operacional, apresentando pontos
de estrangulamento que podem limitar a capacidade produtiva e a capacidade de sobrevivência
da empresa. A falta de planejamento financeiro pode prejudicar empresas de todos os tipos,
mesmo aquelas bem sucedidas operacionalmente, com boa marca e demanda.
Por isso, é necessário desenvolvermos habilidades para lidar com questões relevantes para o
desenvolvimento financeiro da empresa, como financiamento de capital de giro, fontes de
financiamento e mesmo a determinação do verdadeiro ponto de equilíbrio da empresa. Todos
esses temas são trabalhados nesta disciplina.
Devido ao enfoque do conteúdo aqui tratado, poderemos identificar vários pontos de aplicação
efetiva dos temas da disciplina na vida profissional, dado que os exemplos apresentados usam
métodos que podem ser replicados na maioria das empresas.
OBJETIVO E CONTEÚDO
A disciplina Administração Financeira de Curto Prazo tem como objetivo principal fazer com
que o aluno desenvolva habilidades que lhe permitam estabelecer relações entre o lado financeiro
e o lado operacional da empresa. Para tanto, são apresentados conceitos como ponto de equilíbrio
operacional e financeiro, e as principais fontes de financiamento da empresa. Ao final da disciplina,
o aluno deverá estar apto a aplicar seus conhecimentos em uma grande gama de situações
encontradas nas empresas modernas.
Para tanto, a disciplina Administração Financeira de Curto Prazo foi estruturada em cinco
módulos, nos quais foi inserido o seguinte conteúdo...
Módulo 1 – Capital de giro
Neste módulo, trataremos do conceito de capital de giro, ou seja, da capacidade de a
empresa honrar seus compromissos de curto prazo.
Dessa forma, mostraremos como utilizar o conceito de capital circulante líquido para
administrar as necessidades de caixa de uma empresa.
Além disso, também apontaremos as principais fontes de financiamento à disposição
da empresa.
Administração Financeira de Curto PrazoA B E R T U R A
8
Módulo 2 – Ponto de equilíbrio
Neste módulo, apresentaremos os diferentes conceitos de ponto de equilíbrio.
Relacionaremos a parte operacional com a parte financeira e econômica da empresa.
Módulo 3 – Lote econômico de compra e alavancagem financeira
Neste módulo,aprofundaremos a relação entre a parte operacional e a parte financeira
da empresa, apresentando e examinando o conceito de modelo de lote econômico de
compras.
Estudaremos também o importante conceito de alavancagem financeira.
Mostraremos ainda as diferentes formas de analisar a capacidade de financiamento de
curto prazo de uma empresa e veremos as situações nas quais podemos considerar
uma empresa frágil do ponto de vista financeiro.
Módulo 4 – Controle e planejamento financeiro
Neste módulo, aprenderemos sobre os diferentes mecanismos de controle e
planejamento financeiro.
Veremos em que consistem e como aplicamos a demonstração de resultados do
exercício e a demonstração financeira projetada.
Compreenderemos ainda por que é necessário projetar cenários futuros – e como isso
pode ser feito.
Módulo 5 – Encerramento
Neste módulo, – além da avaliação deste trabalho –, haverá algumas divertidas opções
para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido nos módulos anteriores:
caça-palavras, jogo da memória, jogo da caça e jogo do labirinto. Entre neles e bom
trabalho!
Administração Financeira de Curto Prazo A B E R T U R A
9
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.
O livro de Roberto Braga, Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira, é um
livro essencial na área de Administração Financeira. O livro apresenta, com clareza,
conceitos sofisticados, como capital circulante líquido – CCL – e administração de capital
de giro. Embora não contenha muitos exemplos e exercícios, o livro é suporte
fundamental a vários módulos da disciplina.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
HOJI, M. Administração Financeira: Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 1999.
O livro de Masazaku Hoji, Administração Financeira: Uma Abordagem Prática, é um
bom complemento ao livro de Braga – sugerido na bibliografia obrigatória –, por
contar com uma série de questões e exercícios que ajudam a levar as questões teóricas
à prática necessária a uma disciplina como esta. Além de apresentar questões práticas,
o livro de Hoji também aprofunda alguns temas teóricos complementares, que podem
ser de extrema utilidade ao aluno que procura conhecimentos extras.
PROFESSOR-AUTOR
Rodrigo Mariath Zeidan é doutor em Economia pela UFRJ.
Atualmente, é Professor de Economia e Finanças da Fundação Dom
Cabral e Visiting Professor da Nottingham University Business School
China e da Copenhagen Business School. Tem publicações em
periódicos internacionais de destaque, tais como Journal of Business
Ethics, Economic Letters, European Journal of Health Economics, Applied
Financial Economics e Review of Industrial Organization. Participa de
vários eventos nacionais e internacionais, tendo recebido convites
para keynote speaker na l Conference on Social Entrepreneurship, Systems Thinking, and Complexity,
em Nova Iorque, EUA. Recebeu vários prêmios como professor, destacando-se o Prêmio Academia
Itaú/IBGC (2011). Presta consultoria e ministra diversos cursos de educação para executivos em
empresas de médio e grande porte, com destaque para Johnson & Jonhson, Petrobras, Vale,
Grupo Queiroz Galvão, RCI Banque, Sesi/AM e Kraft Foods, além de instituições públicas como o
Sefaz/CE e TCE/MG. Seus projetos de pesquisa atuais relacionam gestão de risco, governança
corporativa e sustentabilidade.
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
11
MÓDULO 1 – CAPITAL DE GIRO
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, trataremos do conceito de capital de giro, ou seja, da capacidade de a empresa
honrar seus compromissos de curto prazo.
Dessa forma, mostraremos como utilizar o conceito de capital circulante líquido para administrar
as necessidades de caixa de uma empresa.
UNIDADE 1 – SOLVÊNCIA E CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO – OS INDICADORES
TRADICIONAIS
1.1LIQUIDEZ
Dentro da Administração Financeira de Curto Prazo, um dos conceitos mais importantes para a
gerência de fluxo de caixa é o conceito de liquidez...
A liquidez de um ativo financeiro é sua característica de facilidade de transação.
Quanto mais facilmente negociável, mais líquido é o ativo financeiro.
1.2 BALANÇO PATRIMONIAL
No caso do balanço patrimonial, analisando o ativo total, AT, da empresa, percebemos, facilmente,
que...
ativo total (AT) = ativo circulante (AC) + ativo realizável a longo prazo (RLP) + ativo
permanente (AP)
Sendo...
 ativo circulante ou AC = parte líquida;
 ativo realizável a longo prazo ou RLP = parte líquida, porém menos líquida que o
AC;
 ativo permanente ou AP = imobilizado.
1.2.1LIQUIDEZ DO AT
Também apontaremos as principais fontes de financiamento à disposição da
empresa.
O ativo financeiro mais líquido de todos é a moeda do país.
Por que a análise da liquidez do AT é importante para a empresa?
O imobilizado representa a parte menos líquida do ativo total, AT.
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12
Toda empresa possui obrigações...
...seja de curto prazo – passivo circulante ou PC...
...seja de longo prazo – passivo não circulante.
Em quaisquer dos casos, essas obrigações são pagas com o ativo e com as receitas por ele
geradas.
1.3 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
A capacidade de honrar os compromissos de curto prazo pode ser medida pelo conceito de
capital circulante líquido – CCL.
O CCL é um importante indicador de solvência.
O CCL mede a solvência estática da empresa, ou seja...
CCL = AC - PC
1.4 GRAUS DE LIQUIDEZ DO CCL
De modo geral, se CCL > 0...
...a empresa tem a capacidade de honrar os compromissos de curto prazo – isto é, PC
– assumidos se for liquidada.
Contudo, nem sempre esse indicador é eficaz.
A diferença entre solvência e liquidez está no fato de, dentro da estrutura das contas de ativo
circulante e passivo circulante, existirem lançamentos com diferentes graus de liquidez.
Além disso, alguns são renovados nas operações da empresa – estoques, fornecedores,
clientes e salários – enquanto outros são contas que não estão relacionadas a operações
da empresa – caixa e disponível, empréstimos e financiamentos de curto prazo.
 Que tal um exemplo?
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
13
1.4.1 EXEMPLO
Suponhamos uma empresa com as seguintes contas...
Nesse caso...
CCL = AC - PC = 1200 - 800 = 400
O valor de R$ 400.000,00 é a folga de caixa de curto prazo da empresa – ou seja, o CCL
é de R$ 400.000,00.
Dessa forma, se a empresa for liquidada, haverá uma sobra de ativos de curto prazo de R$
400.000.
Por que a solvência é importante?
Porque, para financiadores da empresa – como bancos –, é importante entender se é possível o
pagamento dos compromissos empresariais se a empresa falir. Ou seja, para um banco é importante
analisar tanto o padrão de solvência como o de liquidez de uma empresa.
Neste exemplo, AC PC.
Se todo o ativo e o passivo – mais o patrimônio líquido – fossem representados, necessariamente,
deveríamos ter...
AT = PT + PL
Sendo...
AT = ativo total;
PT = passivo total;
PL = patrimônio líquido.
1.5 CONTAS REMUNERADAS E NÃO REMUNERADAS
Dentro da estrutura do AC e do PC, podemos dividir as contas em remuneradas –
onerosas – e não remuneradas – não onerosas.
ativo circulante passivo circulante
caixa 100 empréstimos 500
bancos 100 fornecedores 100
estoques 1000 salários 200
total 1200 total 800
≠
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14
Considerando os dados da empresa que já temos...
No lado do AC...
...recursos em bancos e em aplicações de liquidez imediata remuneram a empresa
com juros.
...impostos a recuperar e estoques não remuneram com juros.
No lado do PC...
...empréstimos, financiamentos e adiantamento declientes geram custos de juros
para a empresa, isto é, são fontes onerosas de recursos.
...fornecedores e impostos a pagar não são fontes onerosas de recursos.
1.6 LIQUIDEZ PATRIMONIAL DE CURTO PRAZO
Uma empresa deve ser analisada não somente pelo indicador de CCL mas também pelas
composições de AC e PC.
Vamos rever esses dados...
Neste caso, o AC, além de apresentar baixa solvência – pois se concentra em estoques –, ainda
gera pouca remuneração para a empresa.
 Para completar o quadro da liquidez patrimonial de curto prazo...
ativo circulante passivo circulante
caixa 100 empréstimos 500
bancos 100 fornecedores 100
estoques 1000 salários 200
total 1200 total 800
ativo circulante passivo circulante
caixa 100 empréstimos 500
bancos 100 fornecedores 100
estoques 1000 salários 200
total 1200 total 800
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15
No PC, a participação de empréstimos e financiamentos é significativa – 500 –, o que onera a
empresa pelo pagamento de juros e gera possíveis pressões futuras sobre o fluxo de caixa.
1.7 VISUALIZAÇÃO DE CCL POSITIVO
Há duas formas de visualizarmos um CCL positivo...
 a solvência de curto prazo;
 o financiamento do caixa da empresa por recursos próprios – PL – ou de terceiros
de longo prazo – PNC.
Se CCL > 0, a empresa está tomando financiamento de longo prazo de terceiros ou usando seu
patrimônio líquido para fechar suas contas de curto prazo.
Se CCL > 0, AC > PC.
Contudo, se AC > PC...
ANC < PL + PNC
Ou seja...
CCL = (PL + PNC) - ANC
Todas essas contas podem ser resumidas da seguinte forma...
Se o AC é maior que o PC – e daí o CCL positivo –, o resto do ativo total é menor que
o resto do passivo total somado ao patrimônio líquido.
Esse quadro decorre da equação do balanço patrimonial, em que o AT tem de ser igual
ao PT + PL.
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16
1.7.1 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Segundo Braga, podemos perceber os casos de CCL>0, graficamente, da seguinte forma...
1.7.2 CCL’ E CCL’’
CCL’ e CCL’’ são duas formas de visualizar o mesmo conceito – isto é, CCL > 0...
1.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
1.9 EXERCÍCIO
Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.
 Como entendemos CCL’ e CCL’’?
CCL' CCL = AC - PC sobra de ativos de curto prazo
CCL" CCL’’ = - PNC + PL -
ANC
CCL financiado por recursos de longo prazo ou próprios – ou seja, parte do PNC
e PL –, configurado da seguinte forma...
origens não circulantes (PNC + PL) menos aplicações não
circulantes (ANC)
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17
UNIDADE 2 – RENTABILIDADE DE ATIVO
2.1 SITUAÇÃO DE CURTO PRAZO
O conceito de CCL não é perfeito para descrever a situação de solvência de curto prazo da
empresa.
Dentro da estrutura de AC e PC, existem contas com diferentes níveis de liquidez.
No entanto, o conceito de CCL é o que mais se aproxima – dentro da estrutura do
balanço patrimonial – de um conceito que revele a situação de curto prazo da empresa
se ela for liquidada.
2.2 NÍVEL ÓTIMO
Assumindo que a solvência de curto prazo da empresa seja representada pelo CCL,
surge uma pergunta importante...
A resposta a essa pergunta pode parecer surpreendente à primeira vista, se considerarmos um
mundo no qual...
...a empresa consiga se planejar de forma eficiente internamente...
...os riscos de eventos extremamente ruins sejam pequenos no curto prazo...
Para esse caso, a resposta é zero.
2.2.1 CCL ZERO VERSUS CCL POSITIVO
À primeira vista, pode ser interessante um CCL extremamente positivo...
A empresa apresentaria um AC suficientemente grande para saldar todos os seus
compromissos de curto prazo sem apresentar nenhum problema de solvência.
No entanto, o CCL, em uma situação ideal, deve ser zero.
Qualquer sobra de caixa, em princípio, deveria ser imediatamente aplicada no aumento
da eficiência produtiva da empresa ou na redução de seu financiamento oneroso.
A empresa reduziria, por exemplo, sua dívida, pagando menos encargos futuros.
Um CCL muito positivo representa uma oportunidade perdida. Os recursos, se mantidos
em caixa ou mesmo em bancos, ficam parados. Entretanto, o objetivo é gerar retorno!
Qual é o nível ótimo para o CCL?
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18
2.3 GERAÇÃO DE LUCRO
Para compreender como funciona uma empresa, devemos lembrar de algo...
...empresas capitalistas operam apostando que seus investimentos presentes gerarão
lucros no futuro.
O que isso significa?
Em outras palavras, o que gera retorno – lucro – para as empresas são investimentos
bem realizados e financiamentos bem captados.
Dentro do balanço patrimonial, esses investimentos são contabilizados como ativo e os
financiamentos, como passivo.
O que gera retorno para a empresa é ter um ativo de boa qualidade!
2.4 IMPOSSIBILIDADE DE GESTÃO
A gestão de fluxo de caixa com CCL zero é impossível...
Os riscos inerentes à atividade capitalista fazem com que nem o ativo nem o passivo
circulante sejam completamente previsíveis.
Desse modo, nasce a necessidade de alguma folga de caixa para honrar, sem problemas,
os compromissos de curto prazo.
A folga de caixa também serve como sinalização aos credores de que a empresa
oferece baixo risco a seus financiadores.
2.5 CCL POSITIVO IDEAL
Essa passa a ser a questão importante, cuja resposta mais simples é...
Não existe estratégia ideal de gestão de fluxo de caixa.
Portanto, não há nível ótimo de CCL para a empresa.
Sem folga de caixa, os compromissos de curto prazo podem sufocar os
recursos da empresa!
Qual é o nível de CCL positivo ideal?
O investimento em máquinas aqui é um ativo...
O financiamento que eles terão será contado como passivo.
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19
O fato de não existir um nível ótimo de CCL não significa que a empresa não deva administrá-lo...
Como não existe um nível ótimo de CCL para todas as empresas, cada uma deve procurar seu
nível ótimo.
O nível ótimo vai depender dos objetivos da empresa e dos riscos aos quais ela se
expõe.
2.6 CÁLCULO DE CCL
Qualquer cálculo de CCL deve levar em consideração os objetivos estratégicos da empresa...
Estratégias mais arriscadas levarão a folgas menores de caixa para aproveitar oportunidades de
investimento – CCL mais próximo de zero.
Estratégias conservadoras requerem mais folgas de caixa e, portanto, CCL consistentemente
positivo.
2.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
2.8 EXERCÍCIO
Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.
UNIDADE 3 – ESTRATÉGIAS DE GERÊNCIA
3.1 ESTRATÉGIAS DE GERÊNCIA
Recursos temporários, provenientes de linhas de empréstimos e financiamentos...
A empresa aumenta, temporariamente, seu AC, tornando o CCL zero nos próximos
meses.
Desmobilização de ativos de longo prazo para aumentar o ativo circulante...
A empresa muda a estrutura do AT, mantendo um AC maior e, portanto, um CCL
positivo.
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20
3.2 EXEMPLO
Consideremos uma empresa com a seguinte estrutura esperada de passivo e ativo circulantes
para os próximos seis meses...
Analisando a tabela, percebemos que as necessidades de financiamento da empresa são, em
média, de R$ 20.000,00 se assumirmos que estamos lidando com contas do Balanço Patrimonial
envolvidas nas operações da empresa.
Outra forma de obter essa visualização – mas não de forma tão simples como na tabela
apresentada – é seguir o Modelo Dinâmico de Gestão Empresarial, desenvolvido por
Michel Fleuriet na década de 70, no Brasil.
Nesse modelo, o AC e PC são divididos em contas cíclicas e erráticas, e a Necessidadede Capital de Giro vira a diferença entre os ativos e passivos cíclicos.
Contudo, existe sazonalidade nessas necessidades, com valores que vão de -R$ 50.000,00 a +R$
30.000,00.
Em casos de necessidade de desmobilização de ativos de longo prazo, para aumentar
o ativo circulante, diversas estratégias podem ser empregadas. Conheceremos algumas
delas a seguir.
3.3 ESTRATÉGIA AGRESSIVA
Utilizando a estratégia agressiva, a empresa toma recursos no mercado – a serem
pagos no longo prazo – na exata medida de suas necessidades de financiamento de
curto prazo.
1º mês 2° mês 3° mês 4° mês 5° mês 6° mês média
ativo circulante 80 90 100 70 60 110 85
passivo circulante 100 120 150 100 80 80 105
CLL -20 -30 -50 -30 -20 +30 -20
*valores em R$ mil
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21
Na verdade, a empresa vai manter um CCL próximo de zero com recursos temporários. O resultado
final seria de...
No 6o mês, a empresa amortizava parte dos financiamentos de longo prazo captados nos meses
anteriores.
O financiamento captado pela empresa...
...pode representar um aumento de ativo circulante pela entrada em caixa ou bancos.
...pode ser utilizado para diminuir o passivo circulante por meio do pagamento de
alguma conta, como despesas de juros.
3.3.1 RISCOS
Como qualquer estratégia dita agressiva, vários riscos estão envolvidos em sua execução...
...a projeção pode apresentar resultados diferentes da realidade, e a empresa pode ter
maiores necessidades de financiamento do que aquela projetada na tabela.
...a empresa pode perder direito a linhas de financiamento.
3.4 ESTRATÉGIA CONSERVADORA
No caso da estratégia conservadora, a empresa desmobiliza ativos – como a venda de
equipamentos – na exata medida do máximo das necessidades de financiamento.
A empresa desmobiliza recursos na ordem de R$ 50.000,00 e obtém, ao longo do período, um
CCL de – no mínimo – zero no período de CCL mais negativo, mas com folga de caixa nos outros
meses.
1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês média
ativo circulante 80 90 100 70 60 110 85
passivo circulante 100 120 150 100 80 80 105
CCL -20 -30 -50 -30 -20 +30 -20
financiamento de longo prazo +20 +30 +50 +30 +20 -30 +20
novo ativo circulante 100 120 150 100 80 80 105
novo CCL 0 0 0 0 0 0 0
*valores em R$ mil .
Administração Financeira de Curto PrazoM Ó D U L O 1
22
A empresa vai financiar o CCL com recursos que resolvam o máximo de suas
necessidades.
Na tabela, a empresa apresenta um novo AC após a venda de equipamentos – e, portanto, um
novo CCL.
Nesse caso – a não ser para o 3º mês –, a empresa apresenta um novo CCL sempre
positivo, indicando folga de caixa e liquidez de curto prazo.
3.5 UTILIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS
Normalmente, empresas não agem de forma extremamente arrojada nem conservadora.
As empresas costumam preferir um meio termo.
Nesse ponto...
 não há um risco muito grande de fluxo de caixa;
 não é demandada uma desmobilização muito grande de ativos produtivos.
Nossa abordagem é estática!
Em situações reais, muitas vezes, temos situações dinâmicas em que as estratégias mudam ao
longo do tempo.
Por exemplo, a Petrobras, em 2013, tinha mais de R$ 46 bilhões em caixa e disponíveis. Ainda
assim, vivia uma situação de falta de caixa, resolvida por empréstimos de curto e longo prazos. A
razão se deveu ao fato de a empresa, à época, estar fazendo projetos de investimento que
totalizavam quase R$ 100 bilhões...
...ou seja, a empresa, no final das contas, estava mantendo uma estratégia agressiva de
gestão do CCL – algo natural em empresas com altos investimentos – mesmo com R$
46 bilhões em caixa.
As estratégias conservadora e agressiva, como apresentadas, são extremos.
1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês média
ativo circulante 80 90 100 70 60 110 85
passivo circulante 100 120 150 100 80 80 105
CCL -20 -30 -50 -30 -20 +30 -20
novo ativo circulante 130 140 150 120 110 160 135
novo CCL +30 +20 0 +20 +30 +80 +30
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23
3.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
3.7 EXERCÍCIO
Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.
UNIDADE 4 – FONTES DE FINANCIAMENTO
4.1 FINANCIAMENTO DE CURTO PRAZO
O conceito de CCL permitiu uma série de análises sobre como desenvolver estratégias para
resolver problemas de liquidez de curto prazo sem prejudicar a rentabilidade da empresa.
Contudo, resta uma questão importante...
Quais são as fontes de recursos que permitem à empresa financiar o CCL no curto
prazo?
As principais formas de financiamento são...
 o capital próprio;
 o capital bancário;
 a antecipação de receitas.
4.1.1 CAPITAL PRÓPRIO
O capital próprio pode ser uma fonte importante de recursos para gerenciar problemas
de liquidez de curto prazo.
Em termos práticos, há um lançamento no ativo, normalmente, em caixa – AC –, e um aumento
correspondente no patrimônio líquido – PL.
4.1.1.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS
Vantagem...
Embora oneroso, a remuneração desse capital próprio fica atrelada ao fato de a empresa
apurar lucro.
Desvantagem...
A desvantagem do capital próprio é que sua utilização depende da disponibilidade e
da disposição dos sócios para integralizarem mais capital.
Vamos conhecê-las?
Uma das principais fontes de recursos de micro e pequenas empresas é o
capital próprio financiado pelos sócios.
Administração Financeira de Curto PrazoM Ó D U L O 1
24
Ademais, ele pode representar um custo de oportunidade perdido pelos sócios, que
deixariam de ser remunerados.
Por fim, a remuneração do capital próprio não é dedutível da base de cálculo do IR.
De fato, na vida real, o capital próprio tende a ser usado somente em último caso...
A princípio, não podemos contar com a disponibilidade do capital próprio para cobrir as
contas da empresa.
Um investimento só é atrativo se sua taxa interna de retorno for superior à taxa mínima
de retorno exigida pelo investidor!
4.1.1.2 EXEMPLO GRÁFICO
No gráfico a seguir, a empresa parte de uma situação de CCL negativo...
Para gerenciar o CCL < 0, é adicionado capital próprio, com correspondente lançamento no AC,
tornando o CCL positivo...
Nesse primeiro caso, o CCL é negativo porque o passivo circulante é maior que o ativo circulante.
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
25
Com a integralização de capital social e o consequente aumento do PL e do AC, temos...
Os lançamentos de aumento de patrimônio líquido e aumento do ativo circulante fazem com
que o CCL deixe de ser negativo e passe a ser positivo.
4.1.1.3 EXEMPLO NUMÉRICO
Em termos numéricos, imagine uma situação inicial como se segue...
Nesse caso, o CCL = AC - PC = - 200.
Existe falta de caixa para honrar compromissos de curto prazo no montante de R$ 200.000,00.
Administração Financeira de Curto PrazoM Ó D U L O 1
26
Imaginando que os sócios da empresa integralizem capital no montante de R$ 300.000,00, o
novo balanço é...
O novo CCL = 600 - 500 = 100 ou R$ 100.000,00.
Como é positivo, o novo CCL indica solvência de curto prazo.
O patrimônio líquido e o ativo circulante aumentaram em R$ 300.000,00.
4.1.2 CAPITAL BANCÁRIO
Ademais, essa fonte de financiamento se apresenta com quantidade suficiente para
cobrir qualquer problema de liquidez temporária da empresa.
A desvantagem é que o capital bancário compõe uma fonte onerosa...
O capital bancário tende a pressionar a liquidez futura pela necessidade de pagamento
de amortizações e juros.
Nesse caso, a empresa estaria financiando o CCL por meio do passivo não circulante –
PNC.
A tomada de empréstimos representa um lançamento em PNC e um correspondente
em caixa ou bancos no AC.
4.1.2.1 EXEMPLOA representação gráfica e numérica é semelhante a do caso de emprego de capital próprio...
No entanto, aqui assumimos que, em vez da integralização de R$ 300.000,00 em
capital social, esse valor seja levantado junto a bancos.
Nesse caso, em vez do aumento de patrimônio líquido, aumenta o ELP.
A utilização de capital bancário é uma alternativa que, normalmente,
apresenta disponibilidade imediata...
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
27
Vejamos...
O novo CCL é o mesmo do caso do financiamento por capital próprio, R$ 100.000,00.
A única diferença é o aumento do PNC em vez do PL.
4.1.3 ANTECIPAÇÃO DE RECEITAS
Outra forma de financiamento de curto prazo é a antecipação de receitas de longo prazo, em
especial a antecipação de recebimentos futuros.
Segundo Braga, são duas as principais formas de antecipação de receitas...
 oferecimento de descontos financeiros – oferecimento de descontos aos clientes
para a antecipação de pagamentos;
 venda de receitas futuras – venda no mercado de direitos de recebimentos futuros.
Nos dois casos, a empresa consegue retirar receitas do RLP e passá-las ao caixa para
fazer frente a compromissos de curto prazo.
A desvantagem da antecipação de receitas é que a empresa incorre em custos para realizá-la. Os
descontos são concedidos a...
 seus clientes;
 empresas que compram seus direitos de recebimento, como as empresas de
factoring.
Contudo, se a empresa deseja hoje ter o dinheiro referente a um recebimento futuro, esse valor
futuro deve ser trazido a valor presente por intermédio de uma taxa de juros.
Desse modo, há, obviamente, diminuição de valor.
balanço patrimonial da
empresa Montresor – R$ mil
AC = 600 PC = 500
RLP = 400 PNC = 800
AP = 1000 PL = 700
AT = 2000 PT + PL = 2000
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4.1.3.1 EXEMPLO GRÁFICO
Graficamente, saindo de uma situação de CCL negativo como a que segue...
Uma antecipação de receitas faz com que a empresa mude somente sua estrutura de ativos,
obtendo o seguinte resultado...
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
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4.1.3.2 EXEMPLO NUMÉRICO
Em termos numéricos, para uma situação inicial igual à que segue...
Balanço patrimonial da empresa ‘Montresor’ – R$ mil...
O CCL = AC - PC = - 200. Existe falta de caixa para honrar compromissos de curto prazo
no montante de R$ 200.000,00.
Imaginando que haja mercado e seja possível antecipar todo o RLP – para que o
exemplo continue simples, assumimos que a antecipação se dê pelo valor total, sem
nenhum tipo de desconto...
Novo balanço patrimonial da empresa ‘Montresor’ – R$ mil...
O novo CCL = 700 - 500 = 200 ou R$ 200.000,00. Como é positivo, o novo CCL indica
solvência de curto prazo.
O ativo realizável de longo prazo agora é zero, e o ativo circulante aumentou em
R$ 400.000,00, sem mudanças no ativo total e no passivo total + patrimônio líquido.
4.1.3.3 TIPOS DE ANTECIPAÇÃO
Os tipos principais de antecipação de recebíveis são...
Desconto de duplicatas...
Permite à empresa receber, no momento presente, as vendas realizadas a prazo com
duplicatas.
balanço patrimonial da empresa Montresor – R$ mil
AC = 300 PC = 500
RLP = 400 PNC = 500
AP = 1.000 PL = 700
AT = 1.700 PT = 1.700
novo balanço patrimonial da empresa Montresor – R$ mil
AC = 700 PC = 500
RLP = 0 PNC = 500
AP = 1.000 PL = 700
AT = 1.700 PT + PL = 1.700
Administração Financeira de Curto PrazoM Ó D U L O 1
30
Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo médio de 30
dias e máximo de 60 dias. O custo depende do relacionamento da empresa com o
banco e gira em torno de 2% a 5% ao mês na maior parte dos bancos.
Desconto de cheques...
A empresa pode solicitar a antecipação de recursos das vendas realizadas por meio de
cheques pré-datados. Para tanto, de modo geral, os cheques devem estar sob custódia
do banco ou da financeira que fará o desconto.
Cartão de crédito...
A empresa pode antecipar o recebimento das receitas de vendas com cartões de
crédito que, normalmente, levam quatro semanas para serem finalizadas pelas
administradoras de cartões de crédito.
4.2 BNDES
O BNDES – importante banco público – tem como sua principal especialidade o
financiamento de longo prazo.
No entanto, o BNDES também age na concessão de crédito de curto prazo para aquisição de
insumos, máquinas, equipamentos e outros bens de produção.
O cartão BNDES é um produto voltado para todas as empresas de micro, pequeno e
médio porte que estejam em dia com suas obrigações com o INSS, o FGTS, o RAIS e os
demais tributos federais.
O portal de operações do sistema BNDES na internet disponibiliza um espaço exclusivo para a
realização de negócios entre as micro, pequenas e médias empresas portadoras do cartão BNDES,
e seus fornecedores fabricantes de bens de produção.
O cartão BNDES não permite a livre utilização dos recursos.
O cartão BNDES só pode ser utilizado para adquirir máquinas e alguns insumos
específicos de fornecedores cadastrados junto ao BNDES.
4.2.1 CARACTERÍSTICAS
As características principais do cartão BNDES são...
Clientes...
 micro, pequena e média empresa;
 limite de crédito – definido pelo banco emissor do cartão BNDES, até R$ 250 mil,
por cliente e por emissor.
A principal forma de atuação do BNDES na concessão de crédito de curto
prazo é o cartão BNDES.
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
31
Custo...
 anuidade – a ser definida pelo banco emissor;
 taxa de juros – definida em percentual ao mês, em função da taxa a termo divulgada
pela ANDIMA, calculada com base nas Letras do Tesouro Nacional.
Prazo...
 amortização – 12, 18, 24 ou 36 prestações mensais, fixas e iguais;
 sujeito à consulta junto ao banco emissor.
Garantias...
 negociadas entre o banco emissor e o cliente na análise de crédito para concessão
do cartão.
Fornecedor...
 empresas fabricantes de máquinas, equipamentos e outros bens de produção que
tenham fabricação total ou parcial no Brasil.
Emissor...
 instituição financeira autorizada, pelo BACEN, a operar cartão de crédito – aprovada
pelo BNDES, e responsável pela emissão do cartão BNDES e pelo risco da operação.
Afiliadora...
 empresa responsável pela afiliação de fornecedores e pela gestão de transações
comerciais por meio de cartões de crédito ou de outros meios de pagamento.
4.3 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
4.4 EXERCÍCIO
Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.
UNIDADE 5 – ESTUDO DE CASO
5.1 EMPRESA CARDY
A fim de compreender a aplicação prática do CCL, das estratégias e dos financiamentos, veremos
um estudo de caso, com base em uma empresa fictícia, a Cardy.
Administração Financeira de Curto PrazoM Ó D U L O 1
32
Vejamos os dados da empresa para os próximos seis meses, em R$ mil...
AC...
PC...
PNC...
RLP...
PL e AP...
Para os próximos seis meses, assumem-se constantes os valores – em R$ mil – de PL
e AP, como...
PL = 1.000
AP = 5.000
Composição do AC...
Para os primeiros dois meses, a composição do ativo circulante é...
A ordem de apresentação das contas do AC segue o caráter de liquidez.
Administração Financeira de Curto Prazo M Ó D U L O 1
33
5.2 CÁLCULO DO CCL
Para calcular o CCL da Cardy para os próximos seis meses, utilizamos a fórmula simples...
CCL = AC - PC
Dessa forma...
Do 4º mês em diante, o CCL é negativo, revelando que a empresa apresenta fragilidade financeira
de curto prazo nesse período.
Em outras palavras, a empresa não é capaz de honrar seus compromissos de curto
prazo.
5.3 ATIVO CIRCULANTE
Com base nesses dados, podemos discutir a liquidez do ativo circulante da empresa paraos dois
primeiros meses.
Revendo o AC da empresa...
Percebemos que a maior parte do AC é proveniente de estoques.
Estoques é a conta mais representativa, com cerca de 50% do AC.
Administração Financeira de Curto PrazoM Ó D U L O 1
34
Portanto, na prática, o AC não é totalmente líquido.
Desse modo, embora o CCL se apresente positivo para esses meses, mesmo assim
podem existir problemas de curto prazo.
5.4 GERÊNCIA DO CCL
Vamos determinar uma estratégia agressiva e outra conservadora para gerência do CCL?
Vimos que o CCL da empresa Cardy para os seis meses analisados é...
Dessa forma, a partir do 4º mês, a empresa apresenta CCL negativo e pode não ter
como honrar os compromissos de curto prazo.
5.4.1 POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS
Que estratégias podemos pensar para a Cardy?
Estratégia agressiva...
Uma estratégia agressiva seria conseguir somente a quantidade necessária de recursos,
na exata medida das necessidades da empresa.
Nesse caso, a empresa deveria levantar recursos de R$ 300.000,00 no 4º mês e de
mais R$ 700.000,00 no mês seguinte para fechar os R$ 1.000.000,00 necessários no
5º mês.
Para tanto, a empresa pode desmobilizar R$ 800.000,00 dos recursos no 6º mês, pois
a empresa necessita somente de R$ 200.000,00 nesse mês.
Estratégia conservadora...
Uma estratégia conservadora, por sua vez, seria aquela na qual a empresa levantaria os
recursos necessários relativos ao máximo de suas necessidades.
Nesse caso, a empresa deveria levantar, o mais rapidamente possível, R$ 1.000.000,00,
mantendo esses recursos durante todo o período.
5.5 FINANCIAMENTO COM CAPITAL PRÓPRIO
Como seria o financiamento com capital próprio para a estratégia conservadora, com
redesenho do balanço patrimonial da empresa no último mês?
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Primeiramente, devemos montar o balanço patrimonial do 6º mês sem nenhum tipo de
financiamento relativo ao CCL negativo.
Com os dados da empresa Cardy, o BP apresentaria ativo total no 6o mês de R$ 8.000.000,00 e
seria composto de...
Como, nesse caso, a empresa utilizaria estratégia conservadora, haveria financiamento do máximo
dos recursos necessários do período, ou R$ 1.000.000,00.
Com financiamento de capital próprio, o patrimônio líquido da empresa aumentaria nesse valor,
com correspondente aumento no ativo circulante, sendo o novo BP...
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Como pode ser visto, o aumento do ativo circulante fez com que o CCL deixasse de ser negativo,
passando a ser positivo e deixando a empresa com folga financeira para sustentá-lo durante o
período.
No caso do 6º mês, essa folga financeira seria de R$ 800.000,00. Nesse caso, houve aumento do
ativo total, de R$ 8.000.000,00 para R$ 9.000.000,00, como consequência da integralização de
capital social no valor de R$ 1.000.000,00.
5.6 FINANCIAMENTO COM ANTECIPAÇÃO DE RECEITA
No caso da adoção de uma estratégia agressiva, com antecipação de receita de longo prazo, o
redesenho do balanço patrimonial da empresa no último mês deve...
...incluir a diminuição do ativo não circulante – ANC – por meio do RLP e um aumento
do AC...
...manter o mesmo valor de ativo total, pois só há rearranjo na parte do ativo.
Como a estratégia é agressiva, a antecipação de receita – utilização de factoring, venda de
recebíveis... – deve ser na medida das necessidades de financiamento de curto prazo da empresa.
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No 6º mês, as necessidades de financiamento são de R$ 200.000,00. Portanto, esse deve ser o
valor antecipado do RLP – que cai de R$ 1.900.000,00 para R$ 1.700.000,00, com correspondente
aumento de R$ 200.000,00 no AC – de R$ 1.100.000,00 para R$ 1.300.000,00.
Para simplificar a demonstração, assumimos que a empresa consiga antecipar esses recebíveis
sem nenhum custo. O valor do CCL, nesse caso, é zero.
O CCL = 0 condiz com a estratégia agressiva, que visa acabar com qualquer necessidade
de financiamento de curto prazo, mas sem deixar folga que prejudique a utilização de
recursos para investimentos produtivos.
5.7 FINANCIAMENTO COM EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
O financiamento com empréstimos bancários implica a utilização de passivo exigível de longo
prazo – ELP – para financiar as necessidades de curto prazo.
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Para a estratégia conservadora – de acordo com os dados que temos –, significa pegar
empréstimos de R$ 1.000.000,00. Partindo do balanço patrimonial original do 6º mês...
Para executar a estratégia conservadora, a empresa deve aumentar seu ELP em R$ 1.000.000,00
e usar esse valor como caixa para sustentar as necessidades de financiamento de curto prazo da
empresa.
Para o 6º mês, isso significa...
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O financiamento com empréstimo bancário ocasionou um aumento no ativo total da empresa de
R$ 8.000.000,00 para R$ 9.000.000,00.
Por isso, essa estratégia só faz sentido se a empresa espera lucrar mais no futuro do que os custos
de juros desse empréstimo.
Um investimento só é atrativo se o valor presente líquido – VPL – é positivo. Nesse caso, o VPL
pode ser entendido como a diferença entre o lucro e os custos de juros, trazidos para a data zero.
5.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 6 – ORÇAMENTO DE CAIXA
6.1 ORÇAMENTO DE CAIXA
O orçamento de caixa permite ao administrador financeiro identificar necessidades e
oportunidades financeiras de curto prazo.
O conceito de orçamento de caixa ajuda na definição das necessidades de financiamento e na
análise do capital circulante líquido – CCL.
No entanto, no caso do orçamento de caixa, a análise do CCL é feita partindo das estimativas de
vendas e despesas da empresa até chegar às necessidades de curto prazo.
6.1.1 EXEMPLO
Para melhor visualizar a relação entre o orçamento de caixa e a análise do CCL, vejamos um
exemplo...
A tabela mostra as entradas de caixa da empresa.
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Nesse exemplo, as fontes de receita da empresa são as vendas da empresa, outros recebimentos
e as rendas de ativos financeiros.
A tabela é construída tendo como base um saldo inicial do passado – de R$ 50 mil –, e cada saldo
inicial segue do trimestre passado.
Vamos ver a tabela correspondente de saídas de caixa?
A tabela foi construída para mostrar as saídas de caixa da empresa para os quatro trimestres do
ano a ser analisado.
Assumimos que a divisão das diversas saídas se deu em três categorias, que são custos diretos –
como matérias-primas – , salários e aluguéis, e outros custos e outras despesas.
O saldo de caixa do orçamento de caixa é então...
Durante o terceiro trimestre, a empresa apresenta necessidades de caixa, no valor de R$ 50.000,00,
para cumprir suas obrigações. Contudo, a empresa não apresenta nenhum problema estrutural,
pois, ao final do 4o trimestre, a expectativa é de saldo positivo. Mesmo assim, tais necessidades
têm de ser financiadas.
Se as tabelas do exemplo fossem reconstruídas em termos de AC e PC, e fosse calculado o CCL
em termos trimestrais, os resultados seriam exatamente os mesmos da tabela de saldos de caixa.
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Portanto, o cálculo do orçamento de caixa e do CCL equivalem em termos de estratégia
de administração financeira de curto prazo.
6.2 ORÇAMENTO DE CAIXA VERSUS ANÁLISE DO CCL
O cálculo do CCL é feito, normalmente, para analisar o que acontece na empresa no momento
presente ou no passado.
O CCL lida com os dados reais.
Já o orçamento de caixa é uma ferramenta de previsão.
O orçamento de caixa tenta estimar as necessidades

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