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PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CIMENTO Disciplina: Processos Industriais Prof.º: Aline Simoura de Jesus Alunos: Daiana Maia e Joyce Fabiana 5º Engenharia Química OBJETIVO Adquirir conhecimento básico sobre o processo de fabricação do cimento, desde a matéria-prima até as suas aplicações. 2 O que é cimento? O cimento é o componente básico do concreto, é um produto homogêneo, com variedade limitada de tipos e com especificações e processos de fabricação semelhantes em todo o mundo. Presente em todo tipo de construção, desde a mais simples moradia até a mais complexa obra de infraestrutura, do início ao acabamento final. 3 ❖ Os primeiros relatos sobre a história do cimento, ou Caementu no latim, se dão há cerca de 4500 A.C., no Egito Antigo. ❖ 1756 John Esmeaton – Calcinação de calcários contendo argila. ❖ 1824 Vicat – Mistura de compostos de argila e calcário. ❖ 1824 Joseph Aspdin – Queima de pedras de argila e calcário, transformando-as em um pó fino. Recebeu a patente do Rei George IV da Inglaterra (Cimento Portland). HISTÓRIA 4 ❖ 1855 J. Louis Lambot – Cimento ou concreto armado (Paris). ❖ 1892 Louis Nóbrega – 1ª produção de cimento no Brasil (Paraíba). ❖ 1897 A. Rodovalho – Usina Rodovalho (São Paulo). ❖ 1912 Governo Estadual – Usina em Cachoeiro Itapemirim (ES). HISTÓRIA 5 Óxidos Designação Representação % Ponderal Principais CaO Cal C 60 a 68 SiO2 Sílica S 17 a 25 Secundários Al2O3 Alumina A 2 a 9 Fe2O3 Óxido de Ferro F 0,5 a 6 MgO Magnésia M 0,1 a 4 SO3 Trióxido de Enxofre 1 a 3 Na2O Álcalis N 0,5 a 1,5 K2O K MATÉRIA PRIMA 6 ✓ Via Úmida A matéria prima é moída e homogeneizada dentro da água. ✓ Via Seca A homogeneização se realiza a seco. 7 TIPOS DE PROCESSO O PROCESSO DE FABRICAÇÃO ➢ Extração da matéria-prima ➢ Britagem ➢ Pré-homogeneização e dosagem ➢ Moagem do “cru” ➢ Homogeneização ➢ Pré-aquecimento ➢ Cozedura ➢ Resfriamento ➢ Moagem e adições ➢ Embalagem e Expedição 8 Fluxograma 9 Extração da Matéria-Prima O primeiro passo na produção de cimento é extrair as matérias-primas, calcário e argila, das pedreiras. A exploração de pedreiras é feita normalmente a céu aberto e a extração da pedra pode ser mecânico ou com explosivos. 10 Mina de Calcário Abastecimento na indústria 11 O material, após a extração, apresenta-se em blocos, sendo necessário reduzir o seu tamanho a uma granulometria adequada. BRITAGEM 12 Britador PRÉ-HOMOGENEIZAÇÃO E DOSAGEM O material britado é transportado para a fábrica e armazenado em silos verticais. Essa armazenagem pode ser combinada com uma função de pré- homogeneização que consiste em colocar por camadas o calcário e a argila. 13 As matérias-primas selecionadas são depois dosadas, tendo em consideração a qualidade do produto a obter (clínquer). Essa dosagem é efetuada com base em parâmetros químicos pré-estabelecidos. 14 PRÉ-HOMOGENEIZAÇÃO E DOSAGEM Clínquer 75-80% de Calcário 20-25% de Argila 15 MOAGEM DO “CRU” Definida a proporção das matérias primas, elas são retomadas dos locais de armazenagem e transportadas para moinhos onde se produz o chamado “cru” ou farinha. Simultaneamente à moagem ocorre um processo de adição de outros materiais como a areia (SiO2), cinza de pirite (Fe2O3) e bauxite (Al2O3) de forma a obter as quantidades pretendidas dos compostos que constituem o “cru”. 16 17 18 HOMOGENEIZAÇÃO A mistura de “cru”, devidamente dosada e com a finura adequada, deve ter a sua homogeneização assegurada para permitir uma perfeita combinação dos elementos formadores do clínquer. A homogeneização é executada em silos verticais de grande porte, através de processos pneumáticos e por gravidade. 19 20 PRÉ-AQUECIMENTO Antes do “cru” entrar no forno, este será aquecido ao passar pela torre de ciclones, onde é iniciado a fase de pré-aquecimento. 21 PRÉ-AQUECIMENTO COZEDURA 22 Com as transformações físico-químicas ocorridas na torre de ciclones devido às variações térmicas, o “cru” da lugar à farinha. Ao entrar no forno, a farinha desloca-se lentamente até ao fim deste passando por um processo de clinquerização (1300~1500ºC), resultando no clínquer, produto com aspecto de bolotas escuras. 23 Clínquer Forno 24 RESFRIAMENTO Uma vez cozido, o clínquer sai do forno e segue para o arrefecedor onde sofre uma diminuição brusca de temperatura que lhe confere as características importantes do cimento. 25 MOAGEM E ADIÇÕES O cimento resulta da moagem do clínquer, gesso e aditivos (cinza volante, escórias de alto forno, filler calcário) que irão dar as características ao cimento. Após a moagem, o cimento produzido é normalmente transportado por via pneumática ou mecânica e armazenado em silos ou armazéns horizontais. 26 MOAGEM E ADIÇÕES 27 MOAGEM E ADIÇÕES Moinho Corpo moedor 28 EMBALAGEM E EXPEDIÇÃO A remessa do cimento ao mercado pode ser feita de duas maneiras: a granel ou em sacos. Na forma de granel é transferido diretamente do silo de armazenagem para caminhões-cisterna. Na forma de saco, o cimento é embalado (através de máquinas ensacadoras) e depositados em paletes. 29 Máquina EnsacadoraCaminhão-cisterna Depósito de cimento CP I Cimento Portland comum CP I – S Cimento Portland comum com adição CP II – E Cimento Portland composto com escória de alto-forno CP II – Z Cimento Portland composto com pozolana CP II – F Cimento Portland composto com filler CP III Cimento Portland de alto-forno CP IV Cimento Portland pozolânico CP V – ARI Cimento Portland alta resistência inicial CP V – ARI RS Cimento Portland de alta resistência inicial resistente a sulfatos 30 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND Tipo Classes Resist. (MPa) Composição (%) Norma BrasileiraClínquer + Gesso Escória Alto-forno Pozolana Filler CP I 25 32 40 100 95-99 0 1-5 NBR 5732 CP I – S CP II – E 25 32 40 56-94 6-34 0 0-10 NBR 11578CP II – Z 25 32 40 76-94 0 6-14 0-10 CP II – F 25 32 40 90-94 0 0 6-10 CP III 25 32 40 25-65 35-70 0 0-5 NBR 5735 CP IV 25 32 40 45-85 0 15-50 0-5 NBR 5736 CP V – ARI - 95-100 0 0 0-5 NBR 5733 CP V – ARI RS - * * * 0-5 NBR 5737 31 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND *CP V-ARI RS admite adição de escória ou material pozolânico, porém a NBR-5737 não fixa limites. Tipo Resistência à Compressão 1 Dia (MPa) 3 Dia (MPa) 7 Dia (MPa) 28 Dia (MPa) CP I - ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0 ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0 ≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0CP I – S CP II – E - ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0 ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0 ≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0 CP II – Z CP II – F CP III - ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 12,0 ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 23,0 ≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0 CP IV - ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0 ≥ 32,0 CP V – ARI ≥ 14,0 ≥ 24,0 ≥ 34,0 - CP V – ARI RS ≥ 11,0 ≥ 24,0 ≥ 34,0 - 32 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND 33 APLICAÇÕES DO CIMENTO ➢ Cimento Portland Comum (CP I) sem quaisquer adições além do gesso Construção em geral, quando não são exigidas propriedades especiais. ➢ Cimento Portland Composto (CP II) com adições CP II-Z, CP II-E, CP II-F Obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. 34 ➢ Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) – Obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos tubose canaletas para condução de líquidos agressivos, esgoto e efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação. ➢ Cimento Portland Pozolânico (CP IV) – Obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. APLICAÇÕES DO CIMENTO 35 ➢ Cimento Portland de Alta Resistencia Inicial (CP V—ARI) – Blocos para alvenaria, para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-fabricados. ➢ Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) – Em ambientes submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de água e esgoto, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. APLICAÇÕES DO CIMENTO 36 CONSUMO MENSAL DE CIMENTO (Toneladas) Fonte: Sindicato Nacional da Indústria do Cimento 37Fonte: Sindicato Nacional da Indústria do Cimento PRODUÇÃO MENSAL DE CIMENTO (Toneladas) 38 Fonte: Sindicato Nacional da Indústria do Cimento INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 39 Fonte: Sindicato Nacional da Indústria do Cimento INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 40 41 http://snic.org.br/sustentabilidade-indicadores.php https://www.wbcsdcement.org/index.php/about-cement/cement- production http://sobrinhopicui.blogspot.com/2016/11/etapas-do-processo-de- fabricacao-de.html https://www.industriahoje.com.br/fabricacao-de-cimento REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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