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radiodiagnóstico da região cervical

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EM MEDICINA VETERINÁRIA 09.05.2018
Radiodiagnóstico da região cervical:
Se as cartilagens da laringe aparecerem na radiografia, isso significa que elas estão calcificadas.
Estudo padrão:
Exposições:
	Lateral direita (LL ou Ldir)
	VD ou DV – apresentam limitações (ex: sobreposição da traqueia com as vértebras cervicais)
	Oblíqua (em vez de fazer VD ou DV) – importância de um bom posicionamento pois algumas situações podemos ter artefatos, como: hiperextensão ou flexão da cabeça podem apresentar artefatos como deslocamento da faringe.
Alterações na faringe
1. Redução na luz ou obliteração:
a) Tecido mole na nasofaringe: polipos, abscessos ou reação a corpos estranhos, neoplasias (carcinoma – cão, linfoma – gato), no equino (bolsa gutural), granuloma, cistos (epidermoide e divertículo hipofisário remanescente)
Bolsa gutural: dilatação na abertura da tuba auditiva – ampliar a sensibilidade aos sons 
Gato: muito comum polipo nasal ou de nasofaringe, processos infecciosos micóticos
b) Espessamento de palato mole: parte da síndrome respiratória superior do cão braquicefálico; massa palatina (qualquer aumento de volume de massa como tumor, cisto, granuloma)
c) Tecido faringeano excessivo: Síndrome Respiratória Superior do cão braquicefálico
d) Corpo estranho – cravados na base da língua, delineado com gas?
e) Aumento de volume retrofaríngeo: linfonodos retrofaríngeos reativos (linfoma), abscesso retrofaríngeo, tumor retrofaríngeo (tiroide).
f) Estenose nasofaríngea: pode ser congênita (má formação com atresia de coana); disgenesia nasofaríngea estenótica (espessamento do músculo palatofaríngal); adquirida, secundária a traumas ou doença respiratória superior em gatos
g) Obesidade
2. Dilatação aérea da faringe
A) Paralisia de faringe
B) Obstrução respiratória ou dificuldade respiratória
C) Divertículo faríngeo, possivelmente relacionado a trauma
Diverticulo (dilatação com fundo cego)
3. Radiopacidade da faringe
a) Sobreposição do meato acustico e da sombra da pina
b) osso hioide
c) mineralização das cartilagens da laringe
d)…
4. Alterações mistas de faringeano: abscedação da língua
ALTERAÇÕES DA LARINGE
1. Deslocamento ventral: normal em braquicefálicos, flexão excessiva da cabeça e pescoço, aumento de glândula tireoide (uni ou bilateral), celulite, abscedação ou corpo estranho afetando os tecidos retrofaríngeos, neoplasias envolvendo os tecidos retrofaríngeos.
2. Deslocamento caudal: normal em cães braquicefálicos, dispneia extrema, paralisia de laringe, ruptura do aparelho hioide ou músculos entre hioide e laringe, normalmente devido a trauma (mordedura ou lesão por enforcadores), ou neoplasias.
3. Mineralização das cartilagens da laringe: alteração ao envelhecimento, inflamação da cartilagem da laringe
4. Redução ou obliteração da laringe: cistos, granulomas, neoplasmas...
Alterações do aparelho hioide
1. Aparência de subluxação entre os ossos devido ao posicionamento
2. Deslocamento causal devido ao músculo masseter em cães braquicefálicos
3. Fraturas – enforcadores
4. Ruptura entre os ossos – injuria por suspensão
5. Proliferação ou destruição óssea – osteomielite ou neoplasias
6. Hipoplasia de hioide
TECIDO MOLE CERVICAL
Espessamento:
	Deslocamento das estruturas, principalmente traqueia
	Contraste esofágico – bário – pode ajudar a localizá-lo
	Exames adicionais: US, BAAF guiada por US, Biopsia, cuidar os vasos devido ser uma região bem vascularizada
1. Tecido mole cervical: sialocele (infartamento com aumento de volume na glândula salivar), tumor, abscessos, hematoma, granuloma, cistos, administração recente de fluidos subcutâneos na área cervical
2. Espessamento difuso: obesidade, celulite, edema, neoplasia difusa
ALTERAÇÕES DE OPACIDADE
1. Diminuição de radiopacidade do tecido mole
a) Gás dentro do tecido: esôfago (normal em pouca quantidade), Secundário a perfurações faríngeas, secundarias a perfurações em traqueia; trajetos sinuosos ou fistulosos geralmente associados a corpos estranhos (fistulografia com iodeto aquoso ou US), secundário a pneumomediastino, abscesso cavitário ou punção ou laceração de pele.
2. Aumento de radiopacidade do tecido mole
a) artefatos
b) mineralização (calcificação circunscrita e cutânea), calcificação distrofica em tumor, abscesso, hematoma, granulomas
c) Corpos estranhos radiopacos
d) Sialolitiase
e) Microchip
f) Extravasamento de sulfato de bário para o interior do tecido mole
TRAQUEIA
Indicações para exame: tosse (palpação), dificuldade respiratória, suspeitas de obstrução das vias aéreas superiores.
Efeitos de massas extraluminais podem comprimir a traqueia
Massas murais: são incomuns, porém quando aparecem são tumores como osteocondroma, condroma, leiomioma, linfoma (gatos); sarcomas, adenocarcinoma, CCE, plasmocitoma.
Outras considerações: hematomas, amiloidose, polipos e granulomas (migração de corpos estranhos, Mycobacterium, Zygomicose, Doenças parasitárias).
Corpos estranhos aspirados: radiopaco dá para enxergar.
RUPTURA DE TRAQUEIA
1. Causas: intubação, feridas penetrantes, CE
Sinais: enfisema dos tecidos moles e pneumomediastino
AVULSÃO
1. Causas: traumas bruscos com severa hiperextensão da cabeça e pescoço
2. Sinais: descontinuidade da traqueia, dilatação esférica do lume limitada por fina margem do tecido mole
ESTENOSE
1. Causas: as mesmas de ruptura e avulsão = TRAUMA, cirurgias traqueais e compressões por tubos
2. Sinais: área focal estática de estreitamento, cuidado com os estreitamentos produzidos por massas focais.
HIPOPLASIA: é uma redução generalizada do diâmetro traqueal, causada por aposição ou sobreposição de cartilagens traqueais e uma membrana dorsal reduzida ou ausente.
Como avaliar se a luz esta normal em termos de diâmetro? Radiografia lateral da entrada do tórax,
TRAQUEITE: processo inflamatório da traqueia. Estreitamento generalizado por inflamação severa que leva ao espessamento da mucosa, pode ser difícil diferenciar de hipoplasia e podem ocorrer simultaneamente. Causas: inalação de irritantes químicos ou tóxicos (incêndios), traumas (tubo calibroso e traumas internos como traqueoscopia) e infecções (vírus da tosse dos canis (adenovírus tipo 2).
MEMBRANA DORSAL REDUNDANTE
1. Membrana dorsal maior que o normal
2. Pode parecer uma diminuição da luz traqueal, por isso faz-se radiografias dinâmicas durante a inspiração e expiração
3. Diferenciar de hipoplasia e colapso
4. Não induz sinais clínicos
COLAPSO TRAQUEAL: comum em cães de raças pequenas ou toys de meia idade ou idosos (braquicefálicos). Com sinais clínicos de tosse crônica, obstrução de vias aéreas superiores podem aparecer em pacientes gravemente afetados, pode ser estático (acontece a qualquer momento do dia) ou dinâmico (aparecer e desaparecer durante certas situações – dinâmico)
- Intratorácico – expiração
- Projeção crânio caudal da entrada do tórax com o pescoço em extensão dorsal pode auxiliar a mensurar o diâmetro da traqueia (obliqua)
- Fluoroscopia
Quanto maior o colapso, mais pronunciados os sinais clinicos
ESÔFAGO
Sinais clínicos: engasgos, esforços ou mímica do vômito, regurgitação, dor a deglutição, dificuldades em deglutir.
Sinais secundários: inflamação de faringe, secreção nasal, perda de peso, efusão pleural, pneumonia por aspiração e pneumomediastino.
Exposição radiográfica: cervical lateral incluindo a base da língua
Antímero esquerdo (apenas na região cervical) – localização do esôfago e depois dorsal a traqueia na região torácica. 
Precisa-se colocar contraste dentro do esôfago, senão não dá para percebê-lo.
Sinais radiográficos: 
	Aumento de radiopacidade no mediastino: CE radiopaco, retenção de ingesta, massa esofágica ou massa ou fluido no mediastino.
	Aumento de radiolucencia no mediastino: dilatação esofágica com gás, pneumomediastino (secundário) ou pneumotórax (secundário)
	Deslocamento ventral da traqueia
	Sinal de faixa traqueal
	Visualização do músculo cervical longo
Efusão pleural
	Pneumonia por aspiração que pode ser associada ao megaesôfago
Exame contrastado do esôfago: esofagograma
Indicados para anormalidades funcionais e usa-se fluoroscopia, anormalidades mecânicas, compressão extrínseca (algo fora do esôfago que comprime o esôfago), confirmar origens de massas.
Contraindicações para esofagograma: evidências de perfuração esofágica (contraste irrita/inflama o mediastino ou cavidade pleural), obstrução cronica com objeto pontiagudo, megaesôfago, grande volume de líquidos ou ingesta radiografados.
Meios de contrastes:
	Sulfato de bário: liquido ou pasta (bario não é absorvido e gruda em tudo – se animal aspirar ele morre!)
	Iodo aquoso: diatrizoato de megalumine e sódio ou iohexol (prefere-se iodo)
Procedimentos: filmes simples, depois administra-se o contraste via oral (imagem lateral direita, VD, e oblíquas às vezes), nota-se preenchimento do esôfago, pode ser necessário fazer várias tomadas para avaliar se tem alteração ou não.
Anormalidades funcionais: megaesofago, alterações de motilidade, refluxo gastro-esofágico

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